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CLASSES SOCIAIS

Para o filósofo Karl Marx (1818-1883) existem dois grandes grupos de interesse
de classe contrários um ao outro: o grupo dos que possuem os meios de
produção (terra, fábrica, banco, etc.), mais conhecidos como burguesia, e o
grupo dos que não possuem meios de produtos, mas que, através de seus
esforços, realiza trabalhos para a burguesia, esse grupo é mais conhecido como
proletariado.

O grupo de proprietários é formado por uma minoria de indivíduos, já o grupo do


proletariado é formado pela maioria dos indivíduos. Estes vendem sua força
produtiva aos donos do capital, que pode ser produtivo (indústria, agricultura e
pecuária), financeiro (bancos, seguradoras) ou ligado ao setor de serviços
(comércio, transportes, comunicação, etc.).A desigualdade nas relações de
trabalho e na divisão da riqueza produzida permite a acumulação de mais
capital. Pode-se perceber o que foi dito anteriormente a partir do dito de Marx:
“Enquanto a divisão do trabalho eleva a força produtiva do trabalho, a riqueza e
o aprimoramento da sociedade, ela empobrece o trabalhador até [a condição de]
máquina. Enquanto o trabalho suscita o acúmulo de capitais e, com isso, o
progressivo bem-estar da sociedade, a divisão do trabalho mantém o
trabalhador sempre mais dependente do capitalista, levo-o a maior
concorrência, impele-o à caça da sobre produção, que é seguida por uma
correspondente queda de intensidade” (Marx, 2004, p. 29).

Além disso, a luta de classes funciona como “o motor da história”, pois segundo
ele, em oposição à burguesia, o proletariado é a única classe social capaz de se
conscientizar acerca da situação em que vivem (consciência de classe), e dessa
forma, realizar uma ação coletiva, ou seja, fazer frente e derrotar a burguesia.

A imagem a seguir apresenta, de forma simples e clara, o que Marx tenta


mostrar em suas teorias:
Atualmente, passados mais de um século desde que as teorias de Marx foram
divulgadas, a situação não é muito diferente. No Brasil, um país caro para se
viver e com salário mínimo baixo, onde muitos pagam aluguel e há 14,1
milhões de desempregados, a situação assemelha-se à dita por Marx, como
pode-se ver na imagem a seguir:
Pode-se perceber que das 69 milhões de unidades familiares brasileiras, 17%
têm despesa monetária com aluguel. A fatia dos domicílios que recebem
dinheiro de aluguel é menor: 5%. Ainda sim, os números absolutos são
grandes: 11,7 milhões de domicílios pagam e 3,4 milhões recebem aluguéis.

A desigualdade social no Brasil ocorre desde os primórdios da colonização,


visto que, a terra foi dividida em capitanias, ou seja, um grande espaço se
concentrava nas mãos de poucas pessoas, configurando então, um problema
social que junto à diversos outros fatores, contribuíram para a desigualdade de
hoje. É válido salientar, sobre a situação da classe social mais baixa, Segundo
o IBGE, o Brasil tem mais de 13 milhões de pessoas na extrema pobreza,
aquelas que, de acordo com o Banco Mundial, vivem com até R$ 151 por mês.
E quase 52 milhões na pobreza, com renda de até R$ 436 por mês. Segundo o
Portal CUT, 30% da riqueza do Brasil estão nas mãos de 1% da população. Ou
seja, pode-se perceber que, não muito diferente de mais de um século atrás, os
proprietários continuam sendo minoria, e o proletariado maioria.

Fontes:
http://eumarxista.blogspot.com/2013/12/reflexoes-sobre-relacoes-de-trabalho-
e.html?m=1
https://www.insper.edu.br/conhecimento/politicas-publicas/pobres-concentram-
despesas-com-aluguel/#:~:text=Das%2069%20milh%C3%B5es%20de
%20unidades,3%2C4%20milh%C3%B5es%20recebem%20alugu%C3%A9is.
https://www.google.com/amp/s/m.mundoeducacao.uol.com.br/amp/sociologia/cl
asse-social.htm

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