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Atente-se para a expressão “que transportem car-

gas e pessoas”. Essa expressão nos indica que parte do


art. 1º se refere aos veículos que tem sua finalidade
essencial atrelada ao transporte de cargas e de pes-
soas (neste último caso, em maior quantidade, como
RESOLUÇÕES DO os ônibus e os caminhões. Isso não está expressamen-
te escrito na resolução, mas é a conclusão que extraí-
CONSELHO NACIONAL mos quando fazemos uma interpretação sistêmica
sobre o seu texto.
DE TRÂNSITO Já a outra parte do artigo se refere à restrição para
o trânsito de veículos usados incompletos, nacionais

(CONTRAN) E SUAS ou importados, e veículos inacabados novos.


Note também a existência de dois termos dife-

ALTERAÇÕES rentes: “autorização especial” e “permissão”.

Autorização Especial

Ao referir-se à “autorização especial”, a Resolução


RESOLUÇÃO Nº 04/1998 DO CONTRAN traz restrições que serão impostas ao trânsito dos veí-
culos novos, nacionais ou importados, que trans-
A Resolução nº 04/98 do CONTRAN dispõe sobre o portem cargas e pessoas. Esta “autorização especial”:
trânsito de veículos novos, nacionais ou importados,
antes do registro e do licenciamento e de veículos usa- z Será válida apenas para deslocamento para o
dos incompletos, nacionais ou importados, antes da município de destino;
transferência. z Será expedida para o veículo que portar os Equi-
Ou seja, ela regulamenta como ocorrerá o trânsito pamentos Obrigatórios previstos pelo CONTRAN
de veículos nas vias públicas que ainda não estejam (adequado ao tipo de veículo), com base na Nota
registrados (e, portanto, não possuam placas nem Fiscal de Compra e Venda;
licenciamento) e veículos que já estejam registrados, z Terá validade de (15) quinze dias transcorridos da
mas não estejam licenciados. data da emissão; é prorrogável por igual período
Considere, também, que ela teve a sua redação par- por motivo de força maior
z Será impressa em (3) três vias: a primeira e a
cialmente alterada em 2017, o que provocou um efeito
segunda serão colocadas respectivamente, no
de “colcha de retalhos” na resolução. Ela é pequena,
vidro dianteiro (para-brisa), e no vidro traseiro;
porém, bastante complexa, por isso vamos separar ela
a terceira arquivada na repartição de trânsito
em partes para facilitar a compreensão. Atente-se aos
expedidora.
termos literais utilizados pela norma.
PERMISSÃO RESTRITA PARA TRÂNSITO
VEÍCULOS QUE TRANSPORTEM CARGAS E
PESSOAS E VEÍCULOS INACABADOS NOVOS OU
Esta hipótese é tratada especificamente no §1º do
VEÍCULOS USADOS INCOMPLETOS
art. 1º da Resolução.
Dispõe o art. 1º:
Aplicabilidade
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a permissão
para o trânsito de veículos novos, nacionais ou A permissão restrita referida pelo artigo diz res-
importados, que transportem cargas e pessoas, peito a:
antes do registro e do licenciamento e de veícu-
los usados incompletos, nacionais ou importa- z Veículos usados incompletos, nacionais ou impor-
dos, antes da transferência. tados, antes da transferência;
§1º A permissão estende-se aos veículos inaca- z Veículos inacabados novos, antes do registro e do
bados novos ou veículos usados incompletos, licenciamento.
no período diurno, no percurso entre os seguin-
tes destinos: pátio do fabricante, concessionário, Permissão delimitada quanto ao percurso e horário
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

revendedor, encarroçador, complementador final, de trânsito


Posto Alfandegário, cliente final ou ao local para
o transporte a um dos destinatários mencionados. Dispõe a Resolução que esta permissão se estende
§2º A “autorização especial” válida apenas para aos veículos inacabados novos ou veículos usados
deslocamento para o município de destino, será incompletos, porém, apenas:
expedida para o veículo que portar os Equipamen-
tos Obrigatórios previstos pelo CONTRAN (ade-
quado ao tipo de veículo), com base na Nota Fiscal
z No período diurno; e
de Compra e Venda, com validade de (15) quinze z No percurso entre os seguintes destinos: pátio do
dias transcorridos da data da emissão, prorrogá- fabricante, concessionário, revendedor, encarro-
vel por igual período por motivo de força maior. çador, complementador final, Posto Alfandegário,
§3º A autorização especial será impressa em (3) cliente final ou ao local para o transporte a um dos
três vias, das quais, a primeira e a segunda serão destinatários mencionados.
colocadas respectivamente, no vidro dianteiro
(para-brisa), e no vidro traseiro, e a terceira arqui- Note que, nestes casos específicos, a Resolução
vada na repartição de trânsito expedidora. não faz referência à validade da permissão ou à 1
necessidade de equipamentos obrigatórios, itens que VEÍCULOS “COMUNS”
são referidos quando ela menciona a “autorização
especial”. Entende-se que o art. 4º trata do trânsito de veí-
culos novos ou usados incompletos que não são des-
VEÍCULOS PRESTANDO SERVIÇO REMUNERADO tinados ao transporte de passageiros nem de carga
(são carros, motos, veículos “comuns” sem a finalida-
Veículos que não possuam registro/licenciamen- de própria de realizar este tipo de transporte, a título
to podem prestar serviço remunerado, em hipóteses comercial ou não).
específicas: Veja a redação do artigo:

Art. 2º. Os veículos adquiridos por autônomos e Art. 4º Antes do registro e licenciamento, o veículo
por empresas que prestam transportes de cargas novo ou usado incompleto, nacional ou importado,
e de passageiros, poderão efetuar serviços remu- que portar a nota fiscal de compra e venda ou
nerados para quais estão autorizados, atendida documento alfandegário poderá transitar:
a legislação específica, as exigências dos poderes
I - do pátio da fábrica, da indústria encarroçado-
concedentes e das autoridades com jurisdição
ra ou concessionária e do Posto Alfandegário, ao
sobre as vias públicas.
órgão de trânsito do município de destino, nos
Art. 3º. Os veículos consignados aos concessioná-
quinze dias consecutivos à data do carimbo de
rios, para comercialização, e os veículos adquiridos
saída do veículo, constante da nota fiscal ou docu-
por pessoas físicas, entidades privadas e públicas,
mento alfandegário correspondente;
a serem licenciados nas categorias “PARTICULAR
II - do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora
e OFICIAL”, somente poderão transportar suas
cargas e pessoas que tenham vínculo empregatício ou concessionária, ao local onde vai ser embarcado
com os mesmos. como carga, por qualquer meio de transporte;
III - do local de descarga às concessionárias ou
indústrias encarroçadora;
Vamos separar esta hipótese em duas partes, para
IV - de um a outro estabelecimento da mesma mon-
facilitar a compreensão. Estas disposições devem ser
tadora, encarroçadora ou concessionária ou pes-
vistas como complemento aos demais capítulos.
soa jurídica interligada.

Veículos adquiridos por autônomos e por empresas


Aplicabilidade
No caso dos veículos adquiridos por autônomos
Estas disposições se aplicam a:
e por empresas que prestam transportes de cargas
e de passageiros (ou seja, provavelmente destina-
z Veículo novo, nacional ou importado;
dos à categoria ALUGUEL), devem ser observadas as
z Veículo usado incompleto, nacional ou importado
diretrizes:
Requisitos
z Poderão efetuar serviços remunerados para quais
estão autorizados pelo poder público competente;
z Deve ser atendida: a legislação específica de trans- Para que possa transitar nestes termos, o veículo
porte e as exigências (dos poderes concedentes deve portar:
e das autoridades com jurisdição sobre as vias
públicas). z Nota fiscal de compra e venda ou documento
alfandegário;
Outros veículos z No caso do veículo novo ou usado doado por
órgãos ou entidades governamentais, cópia do
O art. 3º trata da hipótese de transporte de cargas instrumento de doação;
e pessoas em veículos que não são destinados a esse z No caso de veículo usado incompleto deverá portar
tipo de atividade comercial. prévia autorização emitida pelo órgão ou entida-
de executiva de trânsito dos Estados e do Distrito
Tipos de veículos Federal para troca de carroceria.

z Veículos consignados aos concessionários, para Percursos e prazos


comercialização;
z Veículos adquiridos por pessoas físicas, entida- Estes veículos podem transitar apenas nos percur-
des privadas e públicas, destinados a ser licen- sos definidos pela Resolução. A depender do percurso
ciados nas categorias “particular e oficial” (ou a ser feito, a Resolução estabelece um prazo diferente
seja, não serão destinados à exploração da ativi- para que esse trânsito possa ocorrer.
dade comercial e, portanto, não serão registrados
na categoria aluguel). Trânsito com prazo

Restrições No percurso do pátio da fábrica, da indústria


encarroçadora ou concessionária e do Posto Alfande-
z Quanto à carga: somente podem transportar suas gário, ao órgão de trânsito do município de destino o
próprias cargas, não podendo transportar cargas trânsito fica limitado aos quinze dias consecutivos.
de terceiros; No caso dos Estados da Região Norte do País, este
z Quanto às pessoas: somente podem transportar prazo será de 30 (trinta) dias consecutivos.
2 pessoas que tenham vínculo empregatício consigo. O prazo é contado:
A partir da data do carimbo de saída do veículo, z Lanternas de posição traseiras de cor vermelha;
constante na nota fiscal ou documento alfandegário z Lanternas de freio de cor vermelha;
correspondente; z Lanternas indicadoras de direção: dianteiras de
A partir da data de efetiva entrega do veículo cor âmbar e traseiras de cor âmbar ou vermelha;
ao proprietário, no caso de veículo novo ou usado z Lanterna de marcha à ré, de cor branca;
comprado diretamente pelo comprador por meio z Retrorrefletores (catadióptrico) traseiros, de cor
eletrônico. vermelha;
z Lanterna de iluminação da placa traseira, de
Trânsito sem prazo cor branca;
z Velocímetro,
A Resolução estabelece outras hipóteses de per- z Buzina;
curso que podem ser feitos por estes veículos, para as z Freios de estacionamento e de serviço, com coman-
quais não define prazo: dos independentes;
z Pneus que ofereçam condições mínimas de
z Do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou segurança;
concessionária, ao local onde vai ser embarcado z Dispositivo de sinalização luminosa ou refletora
como carga, por qualquer meio de transporte; de emergência, independente do sistema de ilumi-
z Do local de descarga às concessionárias ou indús- nação do veículo;
trias encarroçadoras; z Extintor de incêndio;
z De um a outro estabelecimento da mesma monta-
dora, encarroçadora ou concessionária ou pessoa Observações sobre o extintor de incêndio:
jurídica interligada. CONTRAN - Resolução nº 556 - Torna facultativo
o uso do extintor de incêndio para os: Automóveis,
VEÍCULOS RECÉM-PRODUZIDOS, BENEFICIADOS Utilitários, Camionetas, Caminhonetes e Triciclos De
POR REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL E SEM NOTA Cabine Fechada.
FISCAL CONTRAN - Resolução nº 157, §4º - É obrigatório
o uso do extintor de incêndio para caminhão, cami-
Esta hipótese consta no art. 4º, §6º da Resolução, e nhão-trator, micro-ônibus, ônibus, veículos destina-
abrange veículos para os quais ainda não foi emitida dos ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos,
a nota fiscal de faturamento: gasosos e para todo veículo utilizado no transporte
coletivo de passageiros.
§ 6º Para os veículos recém-produzidos, beneficia-
dos por regime tributário especial e para os quais z Registrador instantâneo e inalterável de velo-
ainda não foram emitidas as notas fiscais de fatu- cidade e tempo (TACÓGRAFO), nos veículos que
ramento, fica permitido o transporte somente veremos abaixo;
do pátio interno das montadoras e fabrican- z Cinto de segurança para todos os ocupantes do veí-
tes para os pátios externos das montadoras e culo (há exceções, que veremos abaixo);
fabricantes ou das empresas responsáveis pelo z Dispositivo destinado ao controle de ruído do
transporte dos veículos, em um raio máximo de motor (silenciador), naqueles dotados de motor a
10 (dez) quilômetros, desacompanhados de nota combustão;
fiscal, desde que acompanhados da relação de z Roda sobressalente, compreendendo o aro e o
produção onde conste a numeração do chassi. pneu, com ou sem câmara de ar, conforme o
caso;
z Macaco, compatível com o peso e carga do
veículo;
RESOLUÇÃO Nº 14/1998 DO CONTRAN z Chave de roda;
z Chave de fenda ou outra ferramenta apropriada
A Resolução nº 14/98 do CONTRAN estabelece os para a remoção de calotas;
equipamentos obrigatórios para a frota de veículos z Lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos
em circulação. veículos de carga, quando suas dimensões assim
o exigirem;
z Cinto de segurança para a árvore de transmissão
VEÍCULOS AUTOMOTORES E ÔNIBUS ELÉTRICOS
em veículos de transporte coletivo e carga.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Os equipamentos obrigatórios para esse tipo de Exige-se, ainda, de acordo com a Resolução 518/2015,
veículo são: apoio de cabeça em todas as posições de assento.
Nos automóveis esportivos do tipo “dois mais
z Para-choques, dianteiro e traseiro; dois”, ou nos modelos conversíveis, é facultativo o uso
z Protetores das rodas traseiras dos caminhões; do encosto de cabeça nos bancos traseiros.
z Espelhos retrovisores, interno e externo;
z Limpador de para-brisa; REBOQUES E SEMIRREBOQUES
z Lavador de para-brisa (há exceções, que veremos
abaixo); z Para-choque traseiro;
z Pala interna de proteção contra o sol (pára-sol) z Protetores das rodas traseiras;
para o condutor; z Lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
z Faróis principais dianteiros de cor branca ou z Freios de estacionamento e de serviço, com coman-
amarela; dos independentes, para veículos com capacidade
z Luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor superior a 750 quilogramas e produzidos a partir
branca ou amarela; de 1997; 3
z Lanternas de freio, de cor vermelha; EQUIPAMENTO CICLOMOTOR TRICICLO QUADRICICLO
z Iluminação de placa traseira;
z Lanternas indicadoras de direção traseiras, de cor Retrovisores SIM SIM SIM
âmbar ou vermelha; Farol Dianteiro SIM SIM SIM
z Pneus que ofereçam condições mínimas de
segurança; Lanterna
SIM SIM SIM
traseira
z Lanternas delimitadoras e lanternas laterais,
quando suas dimensões assim o exigirem. Velocímetro SIM SIM SIM

Buzina SIM SIM SIM


CICLOMOTORES
Pneus SIM SIM SIM
z Espelhos retrovisores, de ambos os lados;
Lanterna de
z Farol dianteiro, de cor branca ou amarela; NÃO SIM SIM
Freio
z Lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
Iluminação
z Velocímetro; placa
NÃO SIM SIM
z Buzina;
z Pneus que ofereçam condições mínimas de Pisca dianteiro NÃO SIM SIM
segurança; Pisca traseiro NÃO SIM SIM
z Dispositivo destinado ao controle de ruído do
motor. Controle de
SIM SIM SIM
Ruído

MOTONETAS, MOTOCICLETAS E TRICICLOS Protetor das


NÃO NÃO SIM
rodas

z Espelhos retrovisores, de ambos os lados;


z Farol dianteiro, de cor branca ou amarela; TRATORES DE RODA, DE ESTEIRAS E MISTOS
z Lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
z Lanterna de freio, de cor vermelha z Faróis dianteiros, de luz branca ou amarela;
z Iluminação da placa traseira; z Lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
z Indicadores luminosos de mudança de direção, z Lanternas de freio, de cor vermelha;
dianteiro e traseiro; z Lanterna de marcha à ré, de cor branca;
z Velocímetro; z Alerta sonoro de marcha à ré;
z Buzina; z Indicadores luminosos de mudança de direção,
dianteiros e traseiros;
z Pneus que ofereçam condições mínimas de
z Iluminação de placa traseira;
segurança;
z Faixas retrorrefletivas;
z Dispositivo destinado ao controle de ruído do
z Pneus que ofereçam condições mínimas de segu-
motor, dimensionado para manter a tempe- rança (exceto os tratores de esteiras);
ratura de sua superfície externa em nível tér- z Dispositivo destinado ao controle de ruído do motor;
mico adequado ao uso seguro do veículo pelos z Espelhos retrovisores;
ocupantes sob condições normais de utilização z Cinto de segurança para todos os ocupantes do
e com uso de vestimentas e acessórios indicados veículo;
no manual do usuário fornecido pelo fabricante, z Buzina;
devendo ser complementado por redutores de z Velocímetro e registrador instantâneo e inalte-
temperatura nos pontos críticos de calor, a critério rável de velocidade e tempo para veículos que
do fabricante. desenvolvam velocidade acima de 60 km/h;
z Pisca alerta.
QUADRICICLOS
EXCEÇÕES ÀS EXIGÊNCIAS DOS EQUIPAMENTOS
z Espelhos retrovisores, de ambos os lados; OBRIGATÓRIOS
z Farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
z Lanterna, de cor vermelha na parte traseira; Art. 2° (...)
I) lavador de pára-brisa:
z Lanterna de freio, de cor vermelha;
a) em automóveis e camionetas derivadas de veícu-
z Indicadores luminosos de mudança de direção, los produzidos antes de 1º de janeiro de 1974;
dianteiros e traseiros; b) utilitários, veículos de carga, ônibus e micro-ôni-
z Iluminação da placa traseira; bus produzidos até 1º de janeiro de 1999;
z Velocímetro; II) lanterna de marcha à ré e retro-refletores,
z Buzina; Nos veículos fabricados antes de 1º de janeiro de
z Pneus que ofereçam condições mínimas de 1990;
segurança; III) registrador instantâneo inalterável de velocida-
z Dispositivo destinado ao controle de ruído do de e tempo:
a) para os veículos de carga com capacidade máxi-
motor;
ma de tração inferior a 19 (dezenove) toneladas,
z Protetor das rodas traseiras. fabricados até 31 de dezembro de 1990;
b) nos veículos de transporte de passageiros ou
Comparação entre os equipamentos obrigatórios de uso misto, registrados na categoria particula-
para ciclomotores, triciclos e quadriciclos, segundo res que não realizem transporte remunerado de
4 a Res. 14/98 pessoas;
Consolidando todas as normas relativas ao tacó- z Mountain bike (ciclismo de montanha);
grafo, chegamos ao seguinte resumo acerca da sua z Downhill (descida de montanha);
obrigatoriedade: z Freestyle (competição estilo livre);
z Competição olímpica e panamericana;
FABRICADOS z Competição em avenida, estrada e velódromo.
FABRICADOS FABRICADOS
CARACTERÍSTICAS ENTRE
ATÉ A PARTIR DE
DO VEÍCULO 01/01/1991 E
31/12/1990 01/01/19999
31/12/1998
Peso Bruto Total
(PBT) ≤ 4.536 kg, in-
dependente da Ca- Isento Isento Isento RESOLUÇÃO Nº 24/1998 DO CONTRAN
pacidade máxima
de tração (CMT) Esta resolução dispõe sobre os critérios de identi-
CMT < 19 t e PBT >
Isento Isento Obrigatório ficação de veículos na forma da numeração VIN e VIS.
4.536 kg
A origem desta identificação é a previsão do art.
CMT >= 19 t e PBT >
4.536 kg
Obrigatório Obrigatório Obrigatório 114 do CTB:
CTB - Art. 114. O veículo será identificado obriga-
IV) cinto de segurança: toriamente por caracteres gravados no chassi ou no
a) para os passageiros, nos ônibus e micro-ônibus monobloco, reproduzidos em outras partes, con-
produzidos até 1º de janeiro de 1999; forme dispuser o CONTRAN.
b) para os veículos destinados ao transporte de passa-
geiros, em percurso que seja permitido viajar em pé. § 1º A gravação será realizada pelo fabricante
ou montador, de modo a identificar o veículo, seu
Dica fabricante e as suas características, além do ano de
fabricação, que não poderá ser alterado.
A legislação não deixa claro se o condutor tam-
bém estaria excluído da obrigatoriedade do uso O VIN e o VIS são duas sequencias de numeração
de cinto de segurança nos veículos em que seja que devem ser indelevelmente gravadas no veículo,
permitido viajar em pé. Atualmente, se exige a pre- seguindo especificações da ABNT, de maneira a indi-
sença do cinto de segurança para esses veículos, vidualizá-los e identificá-los permanentemente. Este
mas o seu uso pelos ocupantes é facultativo. procedimento é feito para que se possa controlar os
As normas técnicas específicas quanto ao cinto veículos produzidos e em trânsito, além de impedir a
de segurança são regulamentadas na Resolução realização de clones e fraudes veiculares.
nº 48/1998 do CONTRAN.
VEÍCULOS
V) pneu e aro sobressalente, macaco e chave de
roda: De forma geral, todos os veículos devem possuir a
a) nos veículos equipados com pneus capazes de gravação do VIN e da VIS, mesmo os inacabados!
trafegar sem ar, ou aqueles equipados com disposi- Os seguintes veículos estão excluídos da obrigato-
tivo automático de enchimento emergencial; riedade da gravação:
b) nos ônibus e micro-ônibus que integram o siste-
ma de transporte urbano de passageiros, nos muni- z Tratores;
cípios, regiões e microrregiões metropolitanas ou z Veículos protótipos utilizados exclusivamente
conglomerados urbanos;
para competições esportivas;
c) nos caminhões dotados de características especí-
z Viaturas militares operacionais das Forças
ficas para transporte de lixo e de concreto;
d) nos veículos de carroçaria blindada para trans-
Armadas.
porte de valores.
e) para automóveis, camionetas, caminhonetes e VIN
utilitários, com peso bruto total – PBT, de até 3,5
toneladas, a dispensa poderá ser reconhecida pelo A gravação do número de identificação veicular
órgão máximo executivo de trânsito da União, por (VIN) é feita diretamente no chassi ou monobloco do
ocasião do requerimento do código específico de veículo, no mínimo, em um ponto de localização.
marca/modelo/versão, pelo fabricante ou impor- Nos veículos reboques e semirreboques, as grava-
tador, quando comprovada que tal característica é ções serão feitas, no mínimo, em dois pontos do chassi
inerente ao projeto do veículo, e desde que este seja
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

(art. 4º).
dotado de alternativas para o uso do pneu e aro
sobressalentes, macaco e chave de roda.
VIS
VI) velocímetro
Nos veículos dotados de registrador instantâneo e
inalterável de velocidade e tempo integrado.
Já o número sequencial de produção (VIS) é grava-
VII) para-choque traseiro nos veículos mencio- do em outras partes do veículo, através de plaquetas
nados no Art. 4º da Resolução nº 593, de 24 de ou chapas que sejam coladas, soldadas ou rebitadas
maio de 2016, do CONTRAN. no veículo ou de etiquetas autocolantes. Independen-
te do suporte escolhido para registrar o VIS, ele deve
Exceções ser autodestrutível em caso de remoção, para que a
sua autenticidade seja mantida.
Estão dispensadas do espelho retrovisor e da Tais gravações podem ser feitas na fábrica do veí-
campainha as bicicletas destinadas à prática de culo ou em outro local, e são de a responsabilidade do
esportes, quando em competição dos seguintes fabricante do veículo, que deve realizá-las antes da
tipos: venda ao consumidor. 5
O VIS deve ser aplicado nos seguintes locais:
RESOLUÇÃO Nº 36/1998 DO CONTRAN
Art. 2º, §1º [VIS]
I - na coluna da porta dianteira lateral direita; A Resolução nº 36/98 do CONTRAN dispõe sobre a
II - no compartimento do motor; forma de sinalização de advertência para os veículos
III - em um dos pára-brisas e em um dos vidros tra- que, em situação de emergência.
seiros, quando existentes; Dispõe o art. 46 do CTB que sempre que for neces-
IV - em pelo menos dois vidros de cada lado do veícu-
sária a imobilização temporária de um veículo no
lo, quando existentes, excetuados os quebra-ventos.
leito viário, em situação de emergência, deverá ser
§ 2º As identificações previstas nos incisos “III” e
providenciada a imediata sinalização de advertência.
“IV” do parágrafo anterior, serão gravadas de for-
ma indelével, sem especificação de profundidade e, Neste sentido, previu o CONTRAN que o condutor
se adulterados, devem acusar sinais de alteração deverá acionar de imediato as luzes de advertência
(pisca-alerta) providenciando a colocação do triângu-
O ANO DA FABRICAÇÃO lo de sinalização ou equipamento similar à distância
mínima de 30 metros da parte traseira do veículo.
O ano de fabricação do veículo deve ser gra-
vado no chassi/monobloco do veículo ou colocado em Importante!
plaqueta destrutível quando da sua remoção (art. 3º).
O equipamento de sinalização de emergência
RESPONSABILIDADE PELAS GRAVAÇÕES deve ser instalado perpendicularmente ao eixo
da via, e em condição de boa visibilidade: caso
A responsabilidade pela gravação pertence ao contrário, a ação será inócua, não surtindo os
fabricante ou montador do veículo. efeitos desejados.
No caso de veículo inacabado, o VIS é implantado
pelo fabricante que complementar o veículo com a res-
O condutor que deixar de seguir esta determina-
pectiva carroçaria.
ção está sujeito à infração prevista no art. 225 do CTB:
Os veículos que não estiverem devidamente iden-
tificados não podem ser registrados, licenciados ou
Art. 225 Deixar de sinalizar a via, de forma a pre-
emplacados:
venir os demais condutores e, à noite, não manter
acesas as luzes externas ou omitir-se quanto a pro-
Art. 7º Os órgãos executivos de trânsito dos Esta-
vidências necessárias para tornar visível o local,
dos e do Distrito Federal não poderão registrar,
quando:
emplacar e licenciar veículos que estiverem em
I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento
desacordo com o estabelecido nesta Resolução.
ou permanecer no acostamento;
Infração - grave;
CARACTERÍSTICAS DAS GRAVAÇÕES
Penalidade - multa.

z Profundidade mínima de 0,2mm (exceto as conti-


das nas áreas envidraçadas);
z Indeléveis;
z Acusar sinais de adulteração ou de tentativa de RESOLUÇÃO Nº 92/1999 DO CONTRAN
remoção;
Esta resolução dispõe sobre o registrador instantâ-
REGRAVAÇÃO neo e inalterável de velocidade e tempo: o tacógrafo.
O tacógrafo é equipamento mecânico, eletrônico
A regravação, substituições ou reposições dos ou conjunto computadorizado destinado a controlar e
sinais de identificação dos veículos, quando forem registrar a velocidade desenvolvida por um determi-
necessárias, podem ser realizadas apenas com PRÉ- nado veículo em razão do tempo. Há duas finalidades
VIA autorização da autoridade de trânsito competen- práticas relacionadas ao tacógrafo:
te, mediante comprovação da propriedade do veículo,
e só serão processadas por empresas credenciadas z Fiscalizar o tempo de direção de motoristas profis-
pelo DETRAN (art. 6º). sionais e o respeito ao tempo de descanso;
Neste caso, as etiquetas ou plaquetas novas z Subsidiar perícias em acidentes de trânsito, forne-
DEVEM ser fornecidas pelo fabricante do veículo, mas cendo dados sobre a velocidade que vinha sendo
o procedimento de remarcação do chassi pode ser desenvolvida pelo veículo.
realizado por empresa credenciada, que deverá enca-
minhar registro fotográfico do resultado da remarca- Dica
ção ao departamento de trânsito de registro do veículo,
mediante regulamentação do órgão executivo de trân- Tacógrafo é um assunto muito sério! A violação
sito do Estado ou do Distrito Federal (art. 6º, §4º). ou adulteração do registrador instantâneo e inal-
Não é possível, porém, proceder à regravação/ terável de velocidade e tempo sujeitará o infra-
substituição do VIS gravado nas áreas envidraçadas tor às cominações da legislação penal aplicável
6 do veículo. (art. 9º).
INFORMAÇÕES REQUISITOS DE FUNCIONAMENTO

O tacógrafo deve ser capaz de disponibilizar, no São requisitos de operação do tacógrafo e objeto de
mínimo, as seguintes informações sobre as últimas 24 fiscalização pelos agentes:
horas de operação:
z Perfeitas condições de uso;
Art. 2º Deverá apresentar e disponibilizar a qual-
z Ligações necessárias ao seu correto funcionamen-
quer momento, pelo menos, as seguintes informa-
ções das últimas vinte e quatro horas de operação to devidamente conectadas e lacradas, e seus com-
do veículo: ponentes sem qualquer alteração;
I - velocidades desenvolvidas; z Disponibilidade das informações mínimas exi-
II - distância percorrida pelo veículo; gidas (ver tópico Informações anteriormente
III - tempo de movimentação do veículo e suas apresentado);
interrupções; z Atividade da forma de registro (por exemplo,
IV - data e hora de início da operação;
se naquele momento está ocorrendo o devido
V - identificação do veículo;
VI - identificação dos condutores; registro);
VII - identificação de abertura do compartimento z Existência de fita ou disco diagrama reserva para
que contém o disco ou de emissão da fita diagrama. manter o funcionamento do tacógrafo até o final
da operação do veículo;
Os agentes de trânsito usarão, na fiscalização do z Aprovação e verificação pelo INMETRO ou entida-
tempo de direção e descanso de condutores, as infor- de credenciada, a qual pode ser comprovada por
mações de tempo de movimentação do veículo e suas consulta eletrônica ao site do INMETRO ou apre-
interrupções; data e hora de início da operação; iden-
sentação da via original ou cópia autenticada do
tificação do veículo e identificação dos condutores.
certificado de verificação metrológica.

Importante! INMETRO

Ao final de cada período de 24hs, essas informa- Para que possa ser certificado pelo INMETRO, além
ções ficarão à disposição da autoridade policial de cumprir os requisitos da legislação metrológica
ou da autoridade administrativa com jurisdição específica, o tacógrafo deverá:
sobre a via pelo prazo de 90 dias. Porém, se
ocorrer acidente de trânsito com vítima, este I - possuir registrador próprio, em meio físico
prazo será de 1 ano. adequado, de espaço percorrido, velocidades desen-
volvidas e tempo de operação do veículo, no perío-
do de vinte e quatro horas;
COMPETÊNCIA
II - fornecer, em qualquer momento, as informações
de que trata o art. 2o desta Resolução;
A fiscalização do tacógrafo ocorre nos veículos em
III - assegurar a inviolabilidade e inalterabili-
que seu uso é obrigatório (veja, para isso, a resolução
14/1998 do CONTRAN), e é feita pelos agentes de trân- dade do registro de informações;
sito que possuem circunscrição naquela via. Exemplo: IV - possuir lacre de proteção das ligações neces-
a PRF em rodovias federais. sárias ao seu funcionamento e de acesso interno ao
Cuidado com a disposição do art. 279 do CTB, que equipamento;
não se refere à fiscalização de tempo de direção, mas V. dispor de indicação de violação;
sim, à perícia em acidentes: VI - ser constituído de material compatível para o
fim a que se destina;
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envol- VII - totalizar toda distância percorrida pelo
vendo veículo equipado com registrador instantâ- veículo;
neo de velocidade e tempo, somente o perito oficial VIII - ter os seus dispositivos indicadores ilumina-
encarregado do levantamento pericial poderá reti- dos adequadamente, com luz não ofuscante ao
rar o disco ou unidade armazenadora do registro. motorista;
IX - utilizar como padrão as seguintes unidades de
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Nas operações de fiscalização do registrador ins- medida e suas frações: quilômetro por hora (Km/h),
tantâneo e inalterável de velocidade e tempo, o agente para velocidade; hora (h) para tempo e quilômetro
fiscalizador deverá identificar-se e assinar o verso do (km) para espaço percorrido;
disco ou fita diagrama, bem como mencionar o local, X - situar-se na faixa de tolerância máxima de erro
a data e horário em que ocorreu a fiscalização (art.
nas indicações, conforme Anexos I e II;
3º, §2º). Isso porque qualquer interrupção do funcio-
XI - possibilitar leitura fácil, direta e sem uso
namento é registrada pelo aparelho, então isso deve
de instrumental próprio no local de fiscalização,
ficar devidamente registrado e justificado.
nos dados registrados no meio físico.
É de responsabilidade do fabricante do tacógrafo
promover prévio treinamento dos agentes de trânsito,
conforme instrução dos fabricantes dos equipa- MODELOS DE TACÓGRAFO
mentos ou pelos órgãos incumbidos da fiscaliza-
ção. Este treinamento é requisito indispensável para Há, basicamente, duas possibilidades de modelo
que o agente possa realizar a extração, análise e inter- de tacógrafo: o tacógrafo de disco diagrama e o tacó-
pretação dos dados. grafo de fita diagrama. 7
1. Tacógrafo de Disco
ALGARISMO FINAL DA PRAZO FINAL PARA
PLACA RENOVAÇÃO
O tacógrafo de disco opera por meio de mecanis-
mo manual, com uma agulha que registra os dados em 1e2 Até setembro
um suporte circular chamado de disco diagrama.
3, 4 e 5 Até outubro

2. Tacógrafo Computadorizado 6, 7 e 8 Até novembro

9e0 Até dezembro


O tacógrafo computadorizado opera por meio
de mecanismo eletrônico, registrando os dados em
memória eletrônica, os quais podem ser consultados O prazo a ser estabelecido por cada estado, para
a partir da impressão de uma fita diagrama. fins de autuação e aplicação de penalidades, somen-
te é válido quando o veículo estiver circulando dentro
daquele estado.
INFRAÇÕES
Quando o veículo se encontrar fora da unidade da
federação em que estiver registrado, devem ser utili-
Art. 8º A inobservância do disciplinado nesta Reso- zados, na fiscalização, os prazos previstos na tabela
lução constitui-se em infração de trânsito previs- acima.
tas nos arts. 238 e 230, incisos, IX, X, XIV, com as Tome o exemplo de um veículo registrado na Bah-
penalidades constantes dos arts. 258, inciso II, 259, ia, mas que se encontre em circulação no estado de
inciso II, 262 e 266, e as medidas administrativas Pernambuco, no mês de setembro, com placa de alga-
disciplinadas nos arts. 270, 271 e 279 do Código de rismo final de número 5.
Trânsito Brasileiro, não excluindo-se outras estabe- Mesmo que o Detran da Bahia tivesse estabeleci-
lecidas em legislação específica. do o prazo final para renovar o licenciamento deste
veículo no mês de agosto, como ele se encontra circu-
Veja as infrações específicas: lando fora do estado em que se encontra registrado, o
agente fiscalizador deverá adotar a tabela da Resolu-
ção como base, ou seja, como a resolução estabelece
Art. 230. Conduzir o veículo:
o mês de outubro para regularizar veículos de placa
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este
com final 5, não haveria infração sendo cometida.
ineficiente ou inoperante; Por outro lado, se este mesmo veículo fosse flagra-
X - com equipamento obrigatório em desacordo do transitando dentro do estado da Bahia, no mês de
com o estabelecido pelo CONTRAN; setembro, havia infração ao art. 230, V, além de ser
XIV - com registrador instantâneo inalterável de aplicável a medida administrativa prevista no art.
velocidade e tempo viciado ou defeituoso, quan- 274, II, do CTB:
do houver exigência desse aparelho;
Infração - grave; Art. 230. Conduzir o veículo:
Penalidade - multa; V - que não esteja registrado e devidamente
Medida administrativa - retenção do veículo licenciado;
Infração - gravíssima;
para regularização;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de Medida administrativa - remoção do veículo;
trânsito ou a seus agentes, mediante recibo, os Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licen-
documentos de habilitação, de registro, de licen- ciamento Anual dar-se-á mediante recibo, além dos
ciamento de veículo e outros exigidos por lei, para casos previstos neste Código, quando:
averiguação de sua autenticidade: II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo.
RESOLUÇÃO Nº 160/2004 DO
CONTRAN

RESOLUÇÃO Nº 110/2000 DO A Resolução nº 160/04 do CONTRAN estabelece o


Anexo II do CTB, dispondo sobre o sistema de sinali-
CONTRAN zação viária.
O que é sinalização de trânsito? O anexo I do CTB
A Resolução nº 110/00 do CONTRAN fixa o calen- responde:
dário para renovação do Licenciamento Anual de
Sinalização - conjunto de sinais de trânsito e
Veículos.
dispositivos de segurança colocados na via públi-
Os DETRANs de cada estado e do Distrito Federal ca com o objetivo de garantir sua utilização ade-
(órgãos executivos de trânsito) devem estabelecer quada, possibilitando melhor fluidez no trânsito e
os prazos para renovação do Licenciamento Anual dos maior segurança dos veículos e pedestres que nela
circulam.
Veículos registrados sob sua circunscrição, de acordo
com o algarismo final da placa de identificação. Antes de iniciar, relembre o art. 89 do CTB, que dis-
A tabela que for estabelecida por cada estado deve põe sobre a ordem de preferência entre os diversos
8 respeitar os limites fixados na tabela a seguir: tipos de sinalização de trânsito, quando conflitantes
entre si. Você DEVE memorizar este artigo, pois é alvo Sinalização de Regulamentação
frequente de cobrança:

Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de


Tem por finalidade informar aos usuários as
prevalência:
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas
de circulação e outros sinais;
II - as indicações do semáforo sobre os demais
sinais;
Condições
III - as indicações dos sinais sobre as demais nor- Proibições
mas de trânsito. Obrigações
Ou restrições
Veja, ainda, os tipos de sinalização estabelecidos
pela Resolução (os mais importantes estão grifados):

z Sinalização Vertical;
No uso das vias
z Sinalização Horizontal;
z Dispositivos Auxiliares;
z Sinalização Semafórica;
z Gestos; Suas mensagens são imperativas e o desrespeito a
z Sinais Sonoros.
elas constitui infração de trânsito.
SINALIZAÇÃO VERTICAL
Formas e Cores
É um subsistema da sinalização viária cujo meio
de comunicação está na posição vertical, normalmen- A forma padrão do sinal de regulamentação é a
te em placa, fixado ao lado ou suspenso sobre a pista, circular e as cores são vermelha, preta e branca.
transmitindo mensagens de caráter permanente e,
eventualmente, variáveis. FORMA COR
A sinalização vertical é classificada de acordo com
sua finalidade: Fundo Branca

z Sinalização de Regulamentação: cria normas de Símbolo Preta


trânsito cuja observância é obrigatória;
Tarja Vermelha
z Sinalização de Advertência: tem caráter de recomen-
dação ao condutor, advertindo para situações poten- Orla Vermelha
cialmente perigosas ou que exigem maior atenção; Obrigação/Restrição Proibição
z Sinalização de Indicação: como o nome já infor- Letras Preta
ma, caracteriza-se por conter mensagens que auxi-
liam o condutor a se orientar ou informam sobre
alguma circunstância.
Importante!
Dica Nos sinais de trânsito, restrição não possui o
Os assuntos mais cobrados em prova são: finali- mesmo significado que proibição, representando
dades, diferenças entre os 3 tipos de sinalização; situações diferentes!
cores e formatos característicos de cada um,
além do significado dos sinais de regulamenta-
Confira nos exemplos abaixo:
ção e advertência (os de indicação são cobrados
Constituem exceção, quanto à forma, os sinais R-1
também, porém, com frequência muito baixa).
Dê atenção especial a estes tipos de sinalização. – Parada Obrigatória e R-2 – Dê a Preferência:

Relembre a diferença entre placa e sinal constan- SINAL


te no CTB: COR
FORMA CÓDIGO
Placas – elementos colocados na posição vertical,
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

fixados ao lado ou suspensos sobre a pista, transmi- Fundo Vermelha


tindo mensagens de caráter permanente e, even- Orla interna Branca
R-1
tualmente, variáveis, mediante símbolo ou legendas Orla externa Vermelha
pré-reconhecidas e legalmente instituídas como sinais
Letras Branca
de trânsito. É o suporte físico dos sinais, relacionado
diretamente com a sinalização vertical. Fundo Branca
Sinais De Trânsito – elementos de sinalização viá-
R-2
ria que se utilizam de placas, marcas viárias, equipa- Orla Vermelha
mentos de controle luminosos, dispositivos auxiliares,
apitos e gestos, destinados exclusivamente a ordenar
ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres. É o nome Dica
que se dá ao símbolo/imagem/gesto/som que estará
pintado na placa, no pavimento ou será executado Os sinais de regulamentação não possuem exce-
pelo condutor/agente de trânsito. ção quanto à cor. 9
R-1 R-2
R-8a
Parada obrigatória (exceção Dê a preferência (exceção
R-7 Proibido mudar de faixa ou
quanto à forma) quanto à forma)
Proibido ultrapassar pista de trânsito da esquerda
para a direita

R-3 R-4a R-8b


Sentido proibido Proibido virar à esquerda Proibido mudar de faixa ou R-9
pista de trânsito da direita para Proibido trânsito de caminhões
a esquerda

R-4b R-5a
Proibido virar à direita Proibido retornar à esquerda R-10 R-11
Proibido trânsito de veículos Proibido trânsito de veículos de
automotores tração animal

R-5b R-6a
R-13
Proibido retornar à direita Proibido estacionar R-12
Proibido trânsito de tratores e
Proibido trânsito de bicicletas
máquinas de obras

R-6b R-14
R-6c R-15
Estacionamento Peso bruto total Máximo
Proibido parar e estacionar Altura máxima permitida
regulamentado permitido
10
R-17 R-25a R-25b
R-16
Peso máximo permitido por Vire à esquerda Vire à direita
Largura Máxima permitida
eixo

R-25c R-25d
R-18
R-19 Siga em frente ou à esquerda Siga em frente ou à direita
Comprimento Máximo
Velocidade Máxima permitida
permitido

R-27
R-20 R-26 Ônibus, caminhões e veículos
R-21
Proibido acionar buzina ou Siga em frente de grande porte, mantenham-
Alfândega
sinal sonoro se à direita

R-22 R-23
R-28 R-29
Uso obrigatório de correntes Conserve-se à direita
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Duplo sentido de circulação Proibido trânsito de pedestres

R-24a
R-24b
Sentido de circulação da via/ R-30 R-31
Passagem obrigatória
pista Pedestre, ande pela esquerda Pedestre, ande pela direita
11
R-33 R-40
R-32
Sentido de Circulação na Trânsito proibido a carros
Circulação exclusiva de ônibus
rotatória de mão

Informações Complementares

Sendo necessário acrescentar informações para


complementar os sinais de regulamentação, como
período de validade, características e uso do veículo,
condições de estacionamento, além de outras, deve
ser utilizada uma placa adicional ou incorporada
à placa principal, formando um só conjunto, na for-
ma retangular, com as mesmas cores do sinal de
R-34 regulamentação.
R-35a
Circulação exclusiva de
Ciclista, transite à esquerda Veja exemplos extraídos da Resolução nº 798/2020,
bicicletas
sobre fiscalização de velocidade, contendo o sinal
R-19 (velocidade máxima permitida) e a informação
complementar sobre o tipo de veículo:

R-36a
R-35b
Ciclistas à esquerda, pedestres
Ciclista, transite à direita
à direita

Importante!
Nos sinais de R-1 - Parada Obrigatória e R-2 - Dê
a Preferência não é possível inserir informações
complementares.
R-37
R-36b
Proibido trânsito de
Pedestres à esquerda, ciclistas
motocicletas, motonetas e Sinalização de Advertência
à direita
ciclomotores
Sua finalidade é alertar os usuários da via para
condições potencialmente perigosas.
Diferentemente dos sinais de regulamentação, sua
observância não é obrigatória, e seu descumprimento
não enseja cometimento de infração de trânsito.

Formas e Cores

A forma padrão dos sinais de advertência é quadra-


da, devendo uma das diagonais ficar na posição vertical.
R-39 À sinalização de advertência estão associadas as
R-38
Proibido trânsito de ônibus
Circulação exclusiva de cores amarela e preta.
caminhão
12 Características dos Sinais de Advertência:
FORMA COR A-2a A-2b
Curva à esquerda Curva à direita
Fundo Amarela

Símbolo Preta

Orla interna Preta

Orla externa Amarela

Legenda Preta

Constituem exceções:

z Quanto à cor: A-3a A-3b


„ O sinal A-24 (Obras), que possui fundo e orla Pista sinuosa à esquerda Pista sinuosa à direita
externa na cor laranja;
„ O sinal A-14 (Semáforo à Frente), que possui sím-
bolo nas cores preta, vermelha, amarela e verde;
„ Todos os sinais que, quando utilizados na sinali-
zação de obras, possuem fundo na cor laranja.

z Quanto à forma:
„ A sinalização especial de advertência e as infor-
mações complementares (ver abaixo);
„ Os sinais A-26a (Sentido Único), A-26b (Sentido
Duplo) e A-41 (Cruz de Santo André): A-4a A-4b
Curva acentuada em “S” à Curva acentuada em “S” à
esquerda direita
SINAL
COR
FORMA CÓDIGO

Fundo Amarela

A-26a Orla interna Preta


A-26b Orla externa Amarela

Seta Preta

Fundo Amarela

Orla interna Preta A-5a A-5b


Curva em “S” à esquerda Curva em “S” à direita
A-41

Orla externa Amarela

Conjunto de Sinais de Advertência

RESOLUÇÕES DO CONTRAN

A-6 A-7a
Cruzamento de vias Via lateral à esquerda

A-1a A-1b
Curva acentuada à esquerda Curva acentuada à direita

A-7b A-8
Via lateral à direita Interseção em “T”
13
A-9 A-10a A-16 A-17
Bifurcação em “Y” Entroncamento oblíquo à Bonde Pista irregular
esquerda

A-10b A-11a A-18 A-19


Entroncamento oblíquo à Junções sucessivas Saliência ou lombada Depressão
direita Contrárias primeira à
esquerda

A-20a A-20b
Declive acentuado Aclive acentuado
A-11b A-12
Junções sucessivas Interseção em círculo
Contrárias primeira à direita

A-21a A-21b
Estreitamento de pista ao Estreitamento de pista à
A-13a A-13b centro. esquerda
Confluência à esquerda. Confluência à direita

A-14 A-15 A-21c A-21d


Semáforo à frente Para obrigatória à frente Estreitamento de pista à Alargamento de pista à
(exceção quanto à cor) direita esquerda
14
A-21e A-22 A-30a A-30b
Alargamento de pista à direita Ponte estreita Trânsito de ciclistas Passagem sinalizada de
ciclistas

A-23 A-24
Ponte móvel Obras A-30c A-31
(exceção quanto à cor) Trânsito compartilhado por Trânsito de tratores ou
ciclistas e pedestres maquinário agrícola

A-25 A-26a
A-32a A-32b
Mão dupla adiante Sentido único
Trânsito de pedestres Passagem sinalizada de
(exceção quanto à forma)
pedestres

A-26b A-27 A-33a A-33b


Sentido duplo Área com desmoronamento Área Escolar Passagem sinalizada de
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

(exceção quanto à forma) escolares

A-28 A-29 A-34 A-35


Pista escorregadia Projeção de cascalho Crianças Animais
15
A-36 A-37 A-44 A-45
Animais selvagens Altura limitada Vento lateral Rua sem saída

A-38 A-39
A-46 A-47
Largura limitada Passagem de nível sem
Peso bruto total limitado Peso limitado por eixo
barreira

A-48
A-40 A-41 Comprimento limitado
Passagem de nível com Cruz de Santo André
barreira (exceção quanto à forma)

Sinalização Especial de Advertência

Estes sinais são empregados nas situações em que


não é possível a utilização dos sinais mostrados acima.
O formato adotado é retangular, de tamanho
variável em função das informações nelas contidas, e
suas cores são amarela e preta:
Na sinalização de obras, o fundo e a orla externa
A-42a A-42b
Início de pista dupla Fim de pista dupla devem ser na cor laranja.
Exemplos:

a) Sinalização Especial para Faixas ou Pistas Exclusi-


vas de Ônibus

A-42c A-43
Pista dividida Aeroporto
16
Informações Complementares

Havendo necessidade de fornecer informações


complementares aos sinais de advertência, estas
devem ser inscritas em placa adicional ou incorpo-
rada à placa principal formando um só conjunto, na
forma retangular, admitida a exceção para a placa
b) Sinalização Especial para Pedestres adicional contendo o número de linhas férreas que
cruzam a pista. As cores da placa adicional devem ser
as mesmas dos sinais de advertência.
Exemplos:

c) Sinalização Especial de Advertência somente para


RESOLUÇÕES DO CONTRAN

rodovias, estradas e vias de trânsito rápido


Fundo amarelo

Sinalização de Indicação

Com mensagens de caráter informativo ou educa-


tivo, possui como finalidades principais:

z Identificar as vias e os locais de interesse


z Orientar condutores de veículos quanto aos per-
cursos, os destinos, as distâncias e os serviços
auxiliares
z Educação do usuário 17
Placas de Identificação b) Placas de Identificação de Municípios

Posicionam o condutor ao longo do seu desloca- FORMA COR


mento, ou com relação a distâncias ou ainda aos locais
de destino. Fundo Azul

Orla interna Branca


a) Placas de Identificação de Rodovias e Estradas:
Orla externa Azul
Placas de Identificação de Rodovias e Estradas
Pan-Americanas: Retangular, com lado maior Legenda Branca
na horizontal
FORMA COR

Fundo Branca c) Placas de Identificação de Regiões de Interesse de


Tráfego e Logradouros
Orla interna Preta

Orla externa Branca FORMA COR

Fundo Azul
Legenda Preta
Orla interna Branca

Orla externa Azul


Placas de Identificação de Rodovias e Estradas Tarja Branca
Federais: Retangular Legendas Branca
FORMA COR
A parte de cima da placa deve indicar o bairro ou
Fundo Branca
avenida/rua da cidade. A parte de baixo a região ou
Orla interna Preta zona em que o bairro ou avenida/rua estiver situado
(essa parte da placa é opcional).
Orla externa Branca

Tarja Preta d) Placas de Identificação Nominal de Pontes, Viadu-


tos, Túneis e Passarelas
Legendas Preta
FORMA COR
Placas de Identificação de Rodovias e Estradas Fundo Azul
Estaduais:
Orla interna Branca
FORMA COR Orla externa Azul
Fundo Branca Tarja Branca
Retangular, com lado maior na
Orla interna Preta horizontal. Legendas Branca
Orla externa Branca

Legendas Preta e) Placas de Identificação Quilométrica

FORMA COR
Exemplos:
Fundo Azul

Orla interna Branca

Orla externa Azul

Tarja Branca
Retangular, com lado maior
na vertical Legendas Branca

Na utilização em vias urbanas as dimensões devem


ser determinadas em função do local e do objetivo da
sinalização.

f) Placas de Identificação de Limite de Municípios/


18 Divisa de Estados/Fronteira/Perímetro Urbano
COR
Fundo Azul
Orla interna Branca
Orla externa Azul
Tarja Branca
Legendas Branca
FORMA
Retangular, com lado maior na horizontal

g) Placas de Pedágio

FORMA COR
Fundo Azul
Orla interna Branca
Orla externa Azul
Tarja Branca
Legendas Branca
Retangular, com lado maior na Seta Branca
horizontal

Placas de Orientação de Destino

Indicam ao condutor a direção que o mesmo deve


seguir para atingir determinados lugares, orientando
seu percurso e/ou distâncias.

a) Placas Indicativas de Sentido (Direção)

RESOLUÇÕES DO CONTRAN

b) Placas Indicativas de Distância

19
Placas Educativas

As placas educativas têm a função de educar os


usuários da via quanto ao seu comportamento ade-
quado e seguro no trânsito.
Podem conter mensagens que reforcem normas
gerais de circulação e conduta.

FORMA COR
Fundo Branca
Orla interna Preta
Orla externa Branca
Tarja Preta
Retangular Legendas Preta
Pictograma Preta

Placas de Serviços Auxiliares

Indicam aos usuários da via os locais onde podem


dispor dos serviços indicados, orientando sua direção
ou identificando estes serviços.
Quando num mesmo local encontra-se mais de um
tipo de serviço, os respectivos símbolos podem ser
agrupados numa única placa.

a) Placas para Condutores


c) Placas Diagramadas
Caracterizada pelas cores azul, branco e preto. A
placa indicativa de “Pronto Socorro” deve conter o
símbolo vermelho.

S–1 S–2
Área de Serviço telefônico
estacionamento

S–3 S–4
Serviço mecânico Abastecimento

S–5 S–6
Pronto socorro Terminal Rodoviário

S–7 S–8
Restaurante Borracheiro
20
Placas de Atrativos Turísticos

S–9 S – 10
Hotel Área de campismo

TNA-01 TNA-02
Praia Cachoeira e Quedas d’água

S – 11 S – 12
Aeroporto Transporte sobre
água
TNA-03 TNA-04
Patrimônio Natural Estância Hidromineral

Atrativos Históricos e Culturais

S – 13 S – 14
Terminal ferroviário Ponto de parada

THC-01 THC-02
Templo Arquitetura Histórica

S – 15 S – 16
Informação turística Pedágio

Os pictogramas podem ser utilizados opcional-


mente nas placas de orientação.
THC-03 THC-04
Museu Espaço Cultural

Área para a prática de esportes

TAD-1 TAD-2
Aeroclube Marina

b) Placas para Pedestres


RESOLUÇÕES DO CONTRAN

TAD-3
Área para esportes náuticos

Área de Recreação

TAR-01 TAR-02
Área de descanso Barco de passeio
21
z Contínuo: são linhas sem interrupção pelo trecho
da via onde estão demarcando; podem estar longi-
tudinalmente ou transversalmente apostas à via.
z Tracejado ou Seccionado: são linhas interrompi-
das, com espaçamentos respectivamente de exten-
são igual ou maior que o traço.
TAR-03 z Símbolos e Legendas: são informações escritas
Parque ou desenhadas no pavimento, indicando uma
situação ou complementando sinalização vertical
existente.
a) Placas de Identificação de Atrativo Turístico
Cores

z Amarela:
„ Regulação de fluxos de sentidos opostos;
„ Delimitação de espaços proibidos para esta-
cionamento e/ou parada e na marcação de
obstáculos.

z Vermelha: proporcionar contraste, quando ne-


cessário, entre a marca viária e o pavimento das
ciclofaixas e/ou ciclovias, na parte interna des-
b) Placas Indicativas de Sentido de Atrativo Turístico tas, associada à linha de bordo branca ou de linha
de divisão de fluxo de mesmo sentido e nos símbo-
los de hospitais e farmácias (cruz).

z Branca:
„ Regulação de fluxos de mesmo sentido;
„ Delimitação de trechos de vias, destinados ao
estacionamento regulamentado de veículos
em condições especiais;
„ Marcação de faixas de travessias de pedestres,
símbolos e legendas.
c) Placas Indicativas de Distância de Atrativos
Turísticos z Azul: utilizada nas pinturas de símbolos de pes-
soas portadoras de deficiência física, em áreas
especiais de estacionamento ou de parada para
embarque e desembarque.
z Preta: utilizada para proporcionar contraste
entre o pavimento e a pintura.

Dica
SINALIZAÇÃO HORIZONTAL Nessa matéria, os assuntos mais cobrados são:
finalidade de cada tipo de sinalização horizontal;
Na sinalização horizontal são utilizadas linhas, diferença entre sinalização horizontal e sinaliza-
marcações, símbolos e legendas, pintados ou apostos ção vertical; os padrões de traçado, as cores e as
sobre o pavimento das vias. características gerais dos tipos de sinalização
De forma simples, são as pinturas que encontra- horizontal, em especial, as marcas longitudinais
mos sobre o chão em uma via! e transversais. Dê atenção especial a estes itens!
Funções:
Para identificação da cor, na Resolução, é adotada
z Organizar o fluxo de veículos e pedestres; a seguinte convenção:
z Controlar e orientar os deslocamentos em situa-
ções com problemas de geometria, topografia ou
frente a obstáculos;
z Complementar os sinais verticais de regulamenta-
ção, advertência ou indicação.
z Em casos específicos, tem poder de regulamentação.

Características

Fique atento a estas características, pois elas são


relevantes para determinar a função e eventual nor- Classificação
matividade da sinalização!
22 Padrão de Traçado: z Marcas longitudinais;
z Marcas transversais;
z Marcas de canalização;
z Marcas de delimitação e controle de estaciona-
mento e/ou parada;
z Inscrições no pavimento.

Marcas Longitudinais

z Estabelecem as regras de ultrapassagem e trans-


posição (conforme o padrão de traçado);
z Separam e ordenam as correntes de tráfego, con-
forme a cor da marca, definindo:
„ A parte da pista destinada normalmente à cir-
culação de veículos;
„ A divisão da pista em faixas (cor branca);
„ A separação de fluxos opostos (cor amarela); b) Linhas de Divisão de Fluxo de Mesmo Sentido
„ As faixas de uso exclusivo de um tipo de veículo;
„ As faixas reversíveis; Separam os movimentos veiculares de mesmo
sentido (cor branca) e regulamentam a ultrapassa-
gem e a transposição.
Dica
Relembre a diferença entre ultrapassagem e trans-
posição de faixas, segundo o Anexo I do CTB:
Transposição de Faixas - passagem de um veí-
culo de uma faixa demarcada para outra.
Ultrapassagem - movimento de passar à frente de
outro veículo que se desloca no mesmo sentido,
em menor velocidade e na mesma faixa de tráfe-
go, necessitando sair e retornar à faixa de origem.

a) Linhas de Divisão de Fluxos Opostos

Separam os movimentos veiculares de sentidos


contrários (cor amarela) e regulamentam a ultra-
passagem e os deslocamentos laterais, exceto para
acesso à imóvel lindeiro.
Ou seja, mesmo que exista, na via, linha amarela
de separação de fluxos opostos, caso o veículo precise
cruzar a via para acessar algum imóvel, não há neces-
sidade de respeitar esta sinalização horizontal, mes-
mo que se trate de linha contínua.

c) Linha de Bordo

Delimita a parte da pista destinada ao desloca-


mento de veículos (cor branca).
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

23
d) Linha de Continuidade

Proporciona continuidade a outras marcações


longitudinais, quando há quebra no seu alinhamento
visual.
Quando dá continuidade a linhas brancas, será na
cor branca, mas se der continuidade a linhas amare-
las, será amarela.

b) Linhas de Estímulo à Redução de Velocidade

Conjunto de linhas brancas paralelas que, pelo


efeito visual, induzem o condutor a reduzir a velo-
cidade do veículo.

Exemplo de Aplicação Antecedendo um Obstáculo


Transversal

Marcas Transversais

Finalidades:

z Ordenar os deslocamentos frontais dos veículos


e os harmonizar com os deslocamentos de outros
veículos e dos pedestres;
z Informar os condutores sobre a necessidade de c) Linha de “Dê a Preferência”
reduzir a velocidade;
Branca, indica ao condutor o local limite em que
z Indicar travessia de pedestres e posições de
deve parar o veículo, quando necessário, em locais
parada.
sinalizados com a placa R-2 (dê a preferência).
Note que, neste caso, a normatização não advém
Em casos específicos têm poder de regulamentação.
propriamente da marca transversal, mas sim da placa
Conforme a função específica exercida, as mar-
que deve acompanhá-la, pois se trata de sinalização
cas transversais são classificadas conforme veremos
vertical de regulamentação.
abaixo.

a) Linha de Retenção

Na cor branca indica ao condutor o local limite em


24 que deve parar o veículo.
e) Marcação de Cruzamentos Rodocicloviários

Regulamenta o local de travessia de ciclistas, na


cor branca.

d) Faixas de Travessia de Pedestres

Regulamentam o local de travessia de pedestres,


na cor branca.

RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Importante!
Nem todas as sinalizações horizontais relacio-
nadas aos ciclistas são na cor vermelha – acima
vimos um exemplo de marca transversal, destina-
da aos ciclistas, que deve ser feita na cor branca.

f) Marcação de Área de Conflito

Na cor amarela, assinala aos condutores a área da


pista em que não devem parar e estacionar os veículos, 25
Marcas de Canalização

Finalidades e características:

z Orientam os fluxos de tráfego em uma via, direcio-


nando a circulação de veículos.
z Regulamentam as áreas de pavimento não
utilizáveis.

Cores possíveis:

z Branca: quando direcionam fluxos de mesmo sen-


tido e na proteção de estacionamento;
z Amarela: quando direcionam fluxos de sentidos
opostos.

Este tipo de marcação possui relação com os arts.


45 e 182 do CTB:

Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semá-


foro lhe seja favorável, nenhum condutor pode
entrar em uma interseção se houver possibilidade
de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do
cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem
do trânsito transversal.
Art. 182. Parar o veículo:
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a
circulação de veículos e pedestres:
Infração - média;
Penalidade - multa; (neste caso específico, o CON- Marcas de Delimitação e Controle de
TRAN equiparou o termo “parar” à ação de imobili- Estacionamento e/ou Parada
zar o veículo, sendo aplicável este tipo específico ao
condutor que imobilizar seu veículo sobre a marca- Delimitam e propiciam melhor controle das áreas
ção de área de conflito) onde é proibido ou regulamentado o estacionamento
e a parada de veículos, quando associadas à sinali-
g) Marcação de Área de Cruzamento com Faixa zação vertical de regulamentação.
Exclusiva Em casos específicos, têm poder de regulamentação.

Indica ao condutor a existência de faixa(s) exclusi- a) Linha de Indicação de Proibição de Estacionamen-


va(s), em quadriculado amarelo e branco. to e/ou Parada:

Delimita a extensão da pista ao longo da qual apli-


ca-se a proibição de estacionamento ou de parada e
estacionamento estabelecida pela sinalização vertical
correspondente. Cor amarela.

26
z Paralelo ao meio-fio:
„ Linha simples contínua ou tracejada

z Em ângulo:
b) Marca Delimitadora de Parada de Veículos
Específicos „ Linha contínua

Delimita a extensão da pista destinada à opera-


ção exclusiva de parada. Deve sempre estar associa-
da ao sinal de regulamentação correspondente. Cor
amarela.
É opcional o uso destas sinalizações quando utili-
zadas junto ao marco do ponto de parada de transpor-
te coletivo.

Inscrições no Pavimento

Melhoram a percepção do condutor quanto às con-


dições de operação da via, permitindo-lhe tomar a deci-
são adequada, no tempo apropriado, para as situações
que se lhe apresentarem. Cor: branca.

c) Marca delimitadora para parada de ônibus em fai- a) Setas Direcionais


xa de estacionamento

d) Marca delimitadora para parada de ônibus em fai-


xa de trânsito
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Indicativo de mudança obrigatório de faixa:

e) Marca Delimitadora de Estacionamento Regulamentado

Delimita o trecho de pista no qual é permitido o


estacionamento estabelecido pelas normas gerais de
circulação e conduta ou pelo sinal R-6b. Cor branca. 27
Indicativo de movimento em curva (uso em situa-
ção de curva acentuada):

z “Deficiente físico”
b) Símbolos
Indicativo de local de estacionamento de veículos
Indicam e alertam o condutor sobre situações que transportam ou que sejam conduzidos por pessoas
específicas na via. portadoras de deficiências físicas. Cor: branco e azul.

z “Dê a preferência”

Indicativo de interseção com via que tem prefe-


rência. Cor: branca.

c) Legendas

Advertem acerca de condições particulares de ope-


ração da via e complementam os sinais de regulamen-
tação e advertência. Cor: branco.

z “Cruz de Santo André”

Indicativo de cruzamento rodoferroviário. Cor:


branca.

Importante!
z “Bicicleta” Por vezes, as inscrições no pavimento são obje-
to de cobrança pela banca. Não deixe de revisar
Indicativo de via, pista ou faixa de trânsito de uso esta parte.
de ciclistas. Cor: branca.
DISPOSITIVOS AUXILIARES

Dispositivos Auxiliares são elementos aplicados


ao pavimento da via, junto a ela, ou nos obstáculos
próximos, de forma a tornar mais eficiente e segura a
operação da via.
São constituídos de materiais, formas e cores
diversos, dotados ou não de refletividade.

Finalidades:

z Incrementar a percepção da sinalização, do ali-


nhamento da via ou de obstáculos à circulação;
z “Serviços de saúde” z Reduzir a velocidade praticada;
z Oferecer proteção aos usuários;
Indicativo de área ou local de serviços de saúde. z Alertar os condutores quanto a situações de perigo
28 Cor: BRANCO e VERMELHO potencial ou que requeiram maior atenção.
Importante!
Esta não é a matéria preferida das bancas, mas
você deve saber a finalidade que é indicada para
cada tipo de dispositivo!

Dispositivos delimitadores

São elementos utilizados para melhorar a percep-


ção do condutor quanto aos limites do espaço desti-
nado ao rolamento e a sua separação em faixas de z Tachas:
circulação.
São apostos em série no pavimento ou em supor- Elementos contendo unidades refletivas, aplicados
tes, reforçando marcas viárias, ou ao longo das áreas diretamente no pavimento.
adjacentes a elas.
Podem ser mono ou bidirecionais em função de „ Cor do corpo:
possuírem uma ou duas unidades refletivas. O tipo e
a(s) cor(es) das faces refletivas são definidos em fun-
Branca ou amarela, de acordo com a marca viária
ção dos sentidos de circulação na via, considerando
que complementa.
como referencial um dos sentidos de circulação, ou
seja, a face voltada para este sentido.
„ Cor do elemento refletivo:
z Balizadores:
Branca - para ordenar fluxos de mesmo sentido;
Unidades refletivas mono ou bidirecionais, afixa- Amarela - para ordenar fluxos de sentidos opostos,
das em suporte. Vermelha - em rodovias, de pista simples, duplo
sentido de circulação, podem ser utilizadas unidades
„ Cor do elemento refletivo: refletivas na cor vermelha, junto à linha de bordo do
sentido oposto.
Branca - para ordenar fluxos de mesmo sentido;
Amarela - para ordenar fluxos de sentidos opostos;
Vermelha - em vias rurais, de pista simples, duplo
sentido de circulação, podem ser utilizadas unidades
refletivas na cor vermelha, junto ao bordo da pista ou
acostamento do sentido oposto.

z Tachões:

Elementos contendo unidades refletivas, aplicados


z Balizadores de Pontes, Viadutos, Túneis, Barreiras diretamente no pavimento.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

e Defensas: Cor do corpo: amarela;


Cor do elemento refletivo:
Unidades refletivas afixadas ao longo do guarda-
Branca - para ordenar fluxos de mesmo sentido;
-corpo e/ou mureta de obras de arte, de barreiras e
defensas. Amarela - para ordenar fluxos de sentidos opostos;
Vermelha - em rodovias, de pista simples, duplo
„ Cor do elemento refletivo: sentido de circulação, podem ser utilizadas unidades
refletivas na cor vermelha, junto à linha de bordo do
Branca - para ordenar fluxos de mesmo sentido; sentido oposto.
Amarela - para ordenar fluxos de sentidos opostos;
Vermelha - em vias rurais, de pista simples, duplo
sentido de circulação, podem ser utilizadas unidades
refletivas na cor vermelha, afixados no guarda-corpo
ou mureta de obras de arte, barreiras e defensas do
sentido oposto. 29
z Cilindros Delimitadores:

z Marcadores de Perigo

Unidades refletivas fixadas em suporte destina-


Cor do Corpo: preta; das a alertar o condutor do veículo quanto a situação
Cor do Material Refletivo: amarela. potencial de perigo.

Dispositivos de canalização

Os dispositivos de canalização são apostos em


série sobre a superfície pavimentada.

z Prismas

Têm a função de substituir a guia da calçada (meio- z Marcadores de Alinhamento


-fio) quando não for possível sua construção imediata.
Cor: branca ou amarela, de acordo com a marca Unidades refletivas fixadas em suporte, destinadas
viária que complementa. a alertar o condutor do veículo quando houver altera-
ção do alinhamento horizontal da via.

z Segregadores

Têm a função de segregar pistas para uso exclusivo


de determinado tipo de veículo ou pedestres.
Cor: amarela.
Alterações nas características do pavimento

São recursos que alteram as condições normais


da pista de rolamento, quer pela sua elevação com a
utilização de dispositivos físicos, quer pela mudança
nítida de características do próprio pavimento.
Dispositivos de sinalização de alerta
Finalidades:
São elementos que têm a função de melhorar a per-
z Estimular a redução da velocidade;
cepção do condutor quanto aos obstáculos e situações z Aumentar a aderência ou atrito do pavimento;
geradoras de perigo potencial à sua circulação, que z Alterar a percepção do usuário quanto a alterações
estejam na via ou adjacentes a mesma, ou quanto a de ambiente e uso da via, induzindo-o a adotar
mudanças bruscas no alinhamento horizontal da via. comportamento cauteloso;
Cores amarela e preta quando sinalizam situa- z Incrementar a segurança e/ou criar facilidades
ções permanentes. para a circulação de pedestres e/ou ciclistas.
Cores laranja e branca quando sinalizam situa-
ções temporárias, como obras. Dispositivos de proteção contínua

z Marcadores de Obstáculos São elementos colocados de forma contínua e per-


manente ao longo da via, confeccionados em material
Unidades refletivas apostas no próprio obstáculo, flexível, maleável ou rígido.
destinadas a alertar o condutor quanto à existência de Finalidades:
obstáculo disposto na via ou adjacente a ela.
z Evitar que veículos e/ou pedestres transponham
determinado local;
z Evitar ou dificultar a interferência de um fluxo de
veículos sobre o fluxo oposto.

z Gradis de Canalização e Retenção: para controlar o


30 fluxo de pedestres e ciclistas
Dispositivos luminosos

São dispositivos que se utilizam de recursos lumi-


nosos para proporcionar melhores condições de
visualização da sinalização, ou que, conjugados a ele-
mentos eletrônicos, permitem a variação da sinaliza-
ção ou de mensagens, como:

z Advertência de situação inesperada à frente;


z Mensagens educativas, visando o comportamento
adequado dos usuários da via;
z Orientação em praças de pedágio e pátios públicos
de estacionamento;
z Informação sobre condições operacionais das vias;
z Orientação do trânsito para a utilização de vias
z Dispositivos de Contenção e Bloqueio: para contro- alternativas;
lar o fluxo de pedestres e ciclistas z Regulamentação de uso da via.
z Painéis Eletrônicos

z Defensas Metálicas: para controlar o fluxo de


veículos.
z Painéis com setas luminosas

z Barreiras de Concreto: para controlar o fluxo de


veículos.
Dispositivos de uso temporário

São elementos fixos ou móveis diversos, utilizados


em situações especiais e temporárias, como opera-
ções de trânsito, obras e situações de emergência ou
perigo, com o objetivo de alertar os condutores, blo-
quear e/ou canalizar o trânsito, proteger pedestres,
trabalhadores, equipamentos, etc.

Importante!
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Aos dispositivos de uso temporário estão


z Dispositivos Anti-ofuscamento: para controlar o
associadas as cores laranja e branca.
fluxo de veículos.
z Cones

31
z Cilindro

z Barreiras

z Balizador Móvel

z Tambores

z Fita Zebrada

z Tapumes
z Cavaletes

32
z Gradis SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA

Composta por indicações luminosas acionadas


alternada ou intermitentemente através de siste-
ma elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os
deslocamentos.
São divididas em:

z Sinalização semafórica de regulamentação;


z Sinalização semafórica de advertência.

Formas e Dimensões

z Movimento veicular: circular;


z Elementos Luminosos Complementares z Movimento de pedestres e ciclistas: redonda.

Sinalização semafórica de regulamentação

Finalidade: efetuar o controle do trânsito num cru-


zamento ou seção de via, através de indicações lumino-
sas, alternando o direito de passagem dos vários fluxos
de veículos e/ou pedestres.

Características

Compõe-se de indicações luminosas de cores prees-


tabelecidas, agrupadas num único conjunto, dispostas
verticalmente ao lado da via ou suspensas sobre ela,
podendo neste caso ser fixadas horizontalmente.

Cores das Indicações Luminosas

a) Para controle de fluxo de pedestres:

Vermelha: indica que os pedestres não podem


atravessar.
Vermelha Intermitente: Indica para o pedestre o
término do direito de iniciar a travessia. Sua duração
z Bandeiras
deve permitir a conclusão das travessias iniciadas no
tempo de verde;
Verde: assinala que os pedestres podem atravessar.

b) Para controle de fluxo de veículos:

Vermelha: indica obrigatoriedade de parar.


Amarela: indica “atenção”, devendo o condutor
parar o veículo, salvo se isto resultar em situação de
perigo.
Verde: indica permissão de prosseguir na marcha,
z Faixas podendo o condutor efetuar as operações indicadas
pelo sinal luminoso, respeitadas as normas gerais de
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

circulação e conduta.

Tipos

a) Para Veículos:

z Com 3 indicações luminosas:

33
z Com 2 indicações luminosas, sendo de uso exclu- SINALIZAÇÃO DE OBRAS
sivo em controles de acesso específico, tais como
praças de pedágio e balsa. Utiliza os sinais e elementos de Sinalização Verti-
cal, Horizontal, Semafórica e de Dispositivos e Sinali-
zação Auxiliares combinados de forma que:

z Os usuários da via sejam advertidos sobre a inter-


venção realizada e possam identificar seu caráter
temporário;
z Sejam preservadas as condições de segurança e
fluidez do trânsito e de acessibilidade;
z Os usuários sejam orientados sobre caminhos
z Com símbolos, que podem estar isolados ou inte-
alternativos;
grando um semáforo de três ou duas indicações
z Sejam isoladas as áreas de trabalho, de forma a
luminosas.
evitar a deposição e/ou lançamento de materiais
sobre a via.

Possui como características as cores laranja e


preto.

GESTOS

Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito

As ordens emanadas por gestos de Agentes da


b) Para Pedestres
Autoridade de Trânsito prevalecem sobre as regras de
circulação e as normas definidas por outros sinais de
trânsito.

Dica
Estes gestos e os sinais sonoros são alvo fre-
quente de prova. Memorize-os todos!

SIGNIFICADO SINAL

Sinalização semafórica de advertência Ordem de parada obriga-


tória para todos os veí-
Finalidade: advertir da existência de obstáculo culos. Quando executada
ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a em interseções, os veícu-
velocidade e adotar as medidas de precaução compa- los que já se encontrem
nela não são obrigados a
tíveis com a segurança para seguir adiante.
parar. Braço levantado verticalmente,
com a palma da mão para
Características frente.

Compõe-se de uma ou duas luzes de cor AMARE-


Ordem de parada para
LA, cujo funcionamento é intermitente ou piscante todos os veículos que
alternado, no caso de duas indicações luminosas. venham de direções que
cortem ortogonalmente
a direção indicada pelos
braços estendidos, qual-
quer que seja o sentido de
seu deslocamento. Braços estendidos
horizontalmente, com a
palma da mão para a frente.
34
Ordem de parada para
todos os veículos que
venham de direções que
cortem ortogonalmente Dobrar à direita
a direção indicada pelo
braço estendido, qualquer Braço estendido
que seja o sentido de seu horizontalmente, com a palma
deslocamento. da mão para frente, do lado do
trânsito a que se destina.

Diminuir a marcha ou
parar

Ordem de diminuição da
velocidade. SINAIS SONOROS

Somente devem ser utilizados em conjunto com os


Braço estendido
horizontalmente, com a palma
gestos dos agentes.
da mão para baixo, fazendo
movimentos verticais. SINAIS DE
SIGNIFICADO EMPREGO
APITO

Liberar o trânsito em
Um silvo
Siga direção / sentido indi-
breve
cado pelo agente.
Ordem de parada para Dois silvos Indicar parada
Pare
veículos aos quais a luz é breves obrigatória
dirigida.
Quando for necessário
Um silvo Diminuir a
fazer diminuir a marcha
Braço estendido longo marcha
horizontalmente, agitando
dos veículos.
a luz vermelha para um
determinado veículo.

RESOLUÇÃO Nº 210/2006 DO
CONTRAN
A Resolução nº 210/06 do CONTRAN dispõe sobre
limites de peso e dimensões para veículos que transi-
tem por vias terrestres.
Não se permite o registro e o licenciamento de
Ordem de seguir. veículos com peso excedente aos limites fixado
nesta Resolução.

DIMENSÕES AUTORIZADAS PARA VEÍCULOS


Braço levantado, com
movimento de antebraço da Com ou sem carga, se autorizam as seguintes
frente para a retaguarda e a dimensões para os veículos (art. 1º):
palma da mão voltada para
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

trás. I – largura máxima: 2,60m;


II – altura máxima: 4,40m;
III – comprimento total:
Gestos de Condutores
a) veículos não-articulados: máximo de 14 metros;
b) veículos não-articulados de transporte coleti-
SIGNIFICADO SINAL vo urbano de passageiros que possuam 3º eixo de
apoio direcional: máximo de 15 metros;
b1) veículos não articulados de característica rodo-
viária para o transporte coletivo de passageiros, na
configuração de chassi 8X2: máximo de 15 metros;
Dobrar à esquerda c) veículos articulados de transporte coletivo de
passageiros: máximo 18,60 metros;
d) veículos articulados com duas unidades, do tipo
caminhão-trator e semirreboque: máximo de 18,60
metros; 35
e) veículos articulados com duas unidades do tipo g) peso bruto total combinado para combinações
caminhão ou ônibus e reboque: máximo de 19,80; de veículos articulados com duas unidades, do tipo
f) veículos articulados com mais de duas unidades: caminhão e reboque, e comprimento igual ou supe-
máximo de 19,80 metros. rior a 17,50 m: 57 t;
h) peso bruto total combinado para combinações
Atente-se de veículos articulados com mais de duas unidades
São exemplos de veículos não articulados: carros, e comprimento inferior a 17,50 m: 45 t;
ônibus comuns etc. i) para a combinação de veículos de carga – CVC,
São exemplos de veículos articulados: ônibus san- com mais de duas unidades, incluída a unidade tra-
fonados, caminhões de carga com vários eixos etc. tora, o peso bruto total poderá ser de até 57 tone-
ladas, desde que cumpridos os seguintes requisitos:
1 – máximo de 7 (sete) eixos;
BALANÇO TRASEIRO
2 – comprimento máximo de 19,80 metros e mínimo
de 17,50 metros;
Primeiramente, relembre o conceito de “balanço 3 – unidade tratora do tipo caminhão trator;
traseiro” trazido pelo Anexo I do CTB: 4 – estar equipadas com sistema de freios conjuga-
dos entre si e com a unidade tratora atendendo ao
BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano ver- estabelecido pelo CONTRAN;
tical passando pelos centros das rodas traseiras 5 – o acoplamento dos veículos rebocados deverá
extremas e o ponto mais recuado do veículo, consi- ser do tipo automático conforme NBR 11410/11411
derando-se todos os elementos rigidamente fixados e estarem reforçados com correntes ou cabos de
ao mesmo. aço de segurança;
6 – o acoplamento dos veículos articulados com
Os limites para o comprimento do balanço traseiro pino-rei e quinta roda deverão obedecer ao disposto
de veículos de transporte de passageiros e de cargas são: na NBR NM ISO337.
§2° peso bruto por eixo isolado de dois pneu-
z Nos veículos não-articulados de transporte de máticos: 6 t;
carga: até 60% (sessenta por cento) da distância §3° peso bruto por eixo isolado de quatro pneu-
entre os dois eixos, não podendo exceder a 3,50m máticos: 10 t;
(três metros e cinquenta centímetros); §4° peso bruto por conjunto de dois eixos dire-
z Nos veículos não-articulados de transporte de cionais, com distância entre eixos de no mínimo 1,20
passageiros (distância entre eixos medida de cen- metros, independente da distância do primeiro eixo
tro a centro das rodas dos eixos dos extremos do traseiro, dotados de dois pneumáticos cada: 12 t.
veículo): com motor traseiro, até 62% (sessenta e §5° peso bruto por conjunto de dois eixos em tan-
dem, quando à distância entre os dois planos ver-
dois por cento) da distância entre eixos; com motor
ticais, que contenham os centros das rodas, for
central, até 66% (sessenta e seis por cento) da dis-
superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 17 t;
tância entre eixos; com motor dianteiro, até 71%
§6° peso bruto por conjunto de dois eixos não em
(setenta e um por cento) da distância entre eixos.
tandem, quando à distância entre os dois planos
verticais, que contenham os centros das rodas, for
PBT E PESO BRUTO TRANSMITIDO POR EIXO superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 15 t;
§7° peso bruto por conjunto de três eixos em tan-
Os limites máximos de peso bruto total e peso bru- dem, aplicável somente a semirreboque, quando à
to transmitido por eixo de veículo, nas superfícies das distância entre os três planos verticais, que conte-
vias públicas, são (art. 2º): nham os centros das rodas, for superior a 1,20m e
inferior ou igual a 2,40m: 25,5t;
§1º - peso bruto total ou peso bruto total com- §8° peso bruto por conjunto de dois eixos, sendo
binado, respeitando os limites da capacidade um dotado de quatro pneumáticos e outro de dois
máxima de tração – CMT da unidade tratora pneumáticos interligados por suspensão especial,
determinada pelo fabricante: quando à distância entre os dois planos verticais
a) peso bruto total para veículo não articulado: 29 que contenham os centros das rodas for:
t; a) inferior ou igual a 1,20m; 9 t;
b) veículos com reboque ou semirreboque, exceto b) superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 13,5 t.
caminhões: 39,5 t;
c) peso bruto total combinado para combinações VEÍCULOS DE CARACTERÍSTICA RODOVIÁRIA
de veículos articulados com duas unidades, do tipo PARA TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS
caminhão-trator e semirreboque, e comprimento
total inferior a 16 m: 45 t; Art. 2°-A Os veículos de característica rodoviá-
d) peso bruto total combinado para combinações ria para transporte coletivo de passageiros terão
de veículos articulados com duas unidades, do tipo os seguintes limites máximos de peso bruto total
caminhão-trator e semirreboque com eixos em tan- (PBT) e peso bruto transmitido por eixo nas super-
dem triplo e comprimento total superior a 16 m: fícies das vias públicas:
48,5 t; I. Peso bruto por eixo:
e) peso bruto total combinado para combinações a) Eixo simples dotado de 2 (dois) pneumáticos = 7t;
de veículos articulados com duas unidades, do tipo b) Eixo simples dotado de 4 (quatro) pneumáticos
caminhão-trator e semirreboque com eixos distan- = 11t;
ciados, e comprimento total igual ou superior a 16 c) Eixo duplo dotado de 6 (seis) pneumáticos = 14,5t;
m: 53 t; d) Eixo duplo dotado de 8 (oito) pneumáticos = 18t;
f) peso bruto total combinado para combinações e) Dois eixos direcionais, com distância entre eixos
de veículos com duas unidades, do tipo caminhão de no mínimo 1,20 metros, dotados de 2 (dois) pneu-
36 e reboque, e comprimento inferior a 17,50 m: 45 t; máticos cada = 13t.
II. Peso bruto total (PBT) = somatório dos limites com peso bruto total acima de 57t ou com comprimen-
individuais dos eixos descritos no inciso I. to total acima de 19,80m, só poderão circular portan-
Parágrafo único. Não se aplicam estas dispo- do Autorização Especial de Trânsito (AET).
sições aos veículos de característica urbana
para transporte coletivo de passageiros. AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE TRÂNSITO

EIXOS EM TANDEM Competência

São eixos em tandem dois ou mais eixos que cons- A AET pode ser concedida pelo Órgão Executivo
tituam um conjunto integral de suspensão, podendo Rodoviário da União, dos Estados, dos Municípios ou
qualquer deles ser ou não motriz (art. 4º). do Distrito Federal que detenha circunscrição sobre a
via onde a CVC pretende circular.
§1° Quando, em um conjunto de dois ou mais eixos, Isso porque estes órgãos são responsáveis pela
a distância entre os dois planos verticais paralelos,
conservação do pavimento destas vias, o qual é dire-
que contenham os centros das rodas for superior
tamente desgastado pelo trânsito de veículos pesados.
a 2,40m, cada eixo será considerado como se fosse
distanciado.
§2° Em qualquer par de eixos ou conjunto de três Art. 2º  A Autorização Especial de Trânsito - AET
eixos em tandem, com quatro pneumáticos em pode ser concedida pelo Órgão Executivo Rodoviá-
cada, com os respectivos limites legais de 17 t e rio da União, dos Estados, dos Municípios ou do
25,5t, a diferença de peso bruto total entre os eixos Distrito Federal, mediante atendimento aos seguin-
mais próximos não deverá exceder a 1.700kg. tes requisitos:
I - para a CVC:
a) Peso Bruto Total Combinado (PBTC) igual ou infe-
COMBINAÇÕES DE VEÍCULOS DE CARGA
rior a 91 toneladas; (Redação do inciso dada pela
Resolução CONTRAN Nº 640 DE 14/12/2016).
A partir de 1º de janeiro de 2011, as Combinações b) Comprimento superior a 19,80 me máximo de 30
de Veículos de Carga (CVC), de 57 toneladas, foram metros, quando o PBTC for inferior ou igual a 57t.
dotadas obrigatoriamente de tração dupla 6x4 (seis c) Comprimento mínimo de 25 m e máximo de 30
por quatro), podendo suspender um dos eixos trato- metros, quando o PBTC for superior a 57t.
res somente quando a CVC estiver descarregada, pas- d) limites legais de Peso por Eixo fixados pelo
sando a operar na configuração 4X2 (quatro por dois) CONTRAN;
(art. 11). e) a compatibilidade da Capacidade Máxima de
Tração - CMT da unidade tratora, determinada
pelo fabricante, com o Peso Bruto Total Combina-
Importante! do - PBTC;
f) estar equipadas com sistemas de freios conjuga-
O disposto nesta Resolução não se aplica aos dos entre si e com a unidade tratora, atendendo o
veículos especialmente projetados para o trans- disposto na Resolução n°. 777/93 - CONTRAN;
porte de carga indivisível. g) o acoplamento dos veículos rebocados deverá ser
do tipo automático conforme NBR 11410/11411 e
estarem reforçados com correntes ou cabos de aço
COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS RODOVIÁRIOS de segurança;
h) o acoplamento dos veículos articulados deverá
O peso e as dimensões máximos aqui estabelecidos ser do tipo pino-rei e quinta roda e obedecer ao dis-
não excluem a competência dos demais órgãos e posto na NBR NM/ ISO 337.
entidades executivos rodoviários fixarem valores i) possuir sinalização especial na forma do Anexo
mais restritivos em relação a vias sob sua circuns- II e estar provida de lanternas laterais colocadas a
crição, de acordo com as restrições ou limitações intervalos regulares de no máximo 3 (três) metros
estruturais da área, via/pista, faixa ou obra de arte, entre si, que permitam a sinalização do compri-
desde que observado o estudo de engenharia respec- mento total do conjunto.
tivo (art. 12-A). II - as condições de tráfego das vias públicas a
serem utilizadas.
SINALIZAÇÃO
CONTEÚDO
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Nestes casos, o órgão e entidade com circunscrição


sobre a via deverá observar a regular colocação de A AET:
sinalização vertical regulamentadora.
z Conterá o percurso estabelecido e aprovado pelo
órgão com circunscrição sobre a via;
z Será concedida para cada caminhão trator;
z Especificará os limites de comprimento e de peso
RESOLUÇÃO Nº 211/2006 DO bruto total combinado (PBTC) da combinação de
CONTRAN veículo de carga (CVC), e o cada caminhão trator
não está vinculado às unidades rebocadas na res-
A Resolução nº 211/06 do CONTRAN dispõe sobre pectiva AET, podendo ambos serem substituídos
requisitos necessários à circulação de Combinações a qualquer tempo, observadas as mesmas carac-
de Veículos de Carga (CVC). terísticas de dimensões e peso e adequada (CMT);
As Combinações de Veículos de Carga (CVC), com z Terá validade pelo prazo máximo de 1 (um)
mais de duas unidades, incluída a unidade tratora, ano, de acordo com o licenciamento da unidade 37
tratora, para os percursos e horários previamente inicialmente pode ser substituída por um Laudo Téc-
aprovados nico de inspeção veicular elaborado e assinado por
z Somente será fornecida após vistoria técnica da engenheiro mecânico responsável pelo projeto, acom-
CVC, que será efetuada pelo Órgão Executivo Rodo- panhado pela respectiva Anotação de Responsabilida-
viário da União, ou dos Estados, ou dos Municípios de Técnica (ART).
ou do Distrito Federal
Casos Especiais
Medidas Complementares
Art. 7° Excepcionalmente será concedida AET
A critério do Órgão responsável pela AET, nas vias para as Combinações de Veículos de Carga
de duplo sentido de direção, poderão ser exigidas (CVC) com peso bruto total combinado de até
medidas complementares que possibilitem o trân- 74 (setenta e quatro) toneladas e comprimento
sito dessas composições, respeitadas as condições de inferior a 25 (vinte e cinco) metros, desde que
segurança, a existência de faixa adicional para veícu- as suas unidades tracionadas tenham sido
los lentos nos segmentos em rampa com aclive e com- registradas até 03/02/06, respeitadas as res-
primento superior a 5% e 600 m, respectivamente. trições impostas pelos órgãos executivos com
circunscrição sobre a via (art. 7º).
Delimitação do Trânsito Para os veículos boiadeiros articulados
(Romeu e Julieta) com até 25 m (vinte e cinco
O trânsito de Combinações de Veículos de Carga de metros):
que trata esta Resolução ocorrerá: I - Fica permitida a concessão de Autorização Espe-
cial de Trânsito (AET);
z Do amanhecer ao pôr do sol: será autorizado II - As unidades tracionadas ficam isentas do requi-
o trânsito demorado nas vias com pista dupla e sito da data de registro
duplo sentido de circulação, dotadas de separado- Para Combinações de Veículos de Carga cujo
res físicos e que possuam duas ou mais faixas de comprimento seja de no máximo 19,80 m, o
circulação no mesmo sentido; poderá ser autoriza- trânsito será diuturno.
do trânsito noturno em casos especiais, como vere-
mos abaixo; o trânsito será em qualquer hora do
dia para os veículos boiadeiros articulados (Romeu
e Julieta) com até 25m (vinte e cinco metros); RESOLUÇÃO Nº 216/2006 DO
z Em velocidade máxima de 80 km/h.
CONTRAN
Trânsito noturno em casos especiais
A Resolução nº 216/06 do CONTRAN dispõe sobre
Art. 3 [...] exigências sobre condições de segurança e visibi-
§2° Em casos especiais, devidamente justifica- lidade dos condutores em para-brisas em veículos
dos, poderá ser autorizado o trânsito noturno automotores
de CVC, nas vias de pista simples com duplo Esta Resolução estabelece a tolerância de alguns
sentido de circulação, observados os seguintes tipos de danos nos para-brisas de veículos, sem que
requisitos: seja necessário realizar a troca integral deste vidro de
I - volume horário de tráfego no período noturno segurança.
correspondente, no máximo, ao nível de serviço
“C”, conforme conceito da Engenharia de Tráfego;
DEFINIÇÃO DE DANO
II - traçado adequado de vias e suas condições de
segurança, especialmente no que se refere à ultra-
passagem dos demais veículos; A resolução considera como dano ao para-brisa:
III - colocação de placas de sinalização em todo o
trecho da via, advertindo os usuários sobre a pre- z Trincas;
sença de veículos longos.” z Fraturas de configuração circular.

Dica DEFINIÇÃO DE ÁREA CRÍTICA

Níveis de serviço, em teoria de trânsito, é a A área crítica de visão do condutor é uma área
representação do fluxo de pedestres em deslo- delimitada do para-brisa, considerada indispensável
camento em conjunto com aqueles que estão para boa dirigibilidade do veículo, a qual deve estar
esperando o momento de se deslocarem. impecável e livre de danos.
O nível “C”, ou de fluxo estável, significa que os
pedestres podem se deslocar em velocidade
normal e passar por outros no mesmo sentido. Importante!
Conflitos de passagem podem começar a apare-
cer nesse nível, o que pode acarretar diminuição Art. 3° Na área crítica de visão do condutor e em
de movimentos. uma faixa periférica de 2,5 centímetros de largu-
ra das bordas externas do para-brisa não devem
Renovação da AET existir trincas e fraturas de configuração circu-
lar, e não podem ser recuperadas.
Para renovação da Autorização Especial de Trân- Nestes casos, o vidro deve ser inteiramente
38 sito (AET), a vistoria técnica que havia sido realizada substituído.
Esta área é delimitada de forma diferente confor- de segurança para circulação, poderá ser libera-
me o tipo de veículo que estiver sendo tratado. do e entregue a condutor regularmente habilita-
do, mediante recolhimento do Certificado de
Ônibus, Micro-ônibus e Caminhões Licenciamento Anual, contra apresentação de
recibo, assinalando-se prazo razoável ao condutor
Nestes veículos, a área crítica é aquela situada à para regularizar a situação, para o que se conside-
esquerda do veículo determinada por um retângulo rará, desde logo, notificado.     
de 50 centímetros de altura por 40 centímetros de lar-
gura, cujo eixo de simetria vertical é demarcado pela
projeção da linha de centro do volante de direção, para-
lela à linha de centro do veículo, cuja base coincide com RESOLUÇÃO Nº 227/2017 DO
a linha tangente do ponto mais alto do volante.
CONTRAN (EXCETO ANEXOS)
Demais veículos automotores
Esta resolução regulamenta os sistemas de ilumi-
nação dos veículos. A partir de 01/01/2023, ela será
Nos demais veículos automotores, como carros,
revogada pela Resolução nº 667/2017, mas esta já
camionetas e caminhonetes, a área crítica de visão do
produzirá efeitos a partir de 01/01/2021. Durante este
condutor é a metade esquerda da região de varre-
período, as duas resoluções vão coexistir. Não se preo-
dura das palhetas do limpador de para-brisa.
cupe com isto, pois a redação delas é praticamente
igual em sua parte inicial.
DANOS EM PARA-BRISAS DOS ÔNIBUS, MICRO-
ÔNIBUS E CAMINHÕES
EXIGÊNCIA
Nos para-brisas destes veículos, são permitidos no
máximo TRÊS danos fora da área crítica, limitados Os itens de iluminação veicular são equipamentos
aos seguintes tamanhos (art. 4°, I e II): obrigatórios para os veículos automotores, nos termos
delimitados pela Resolução nº 14/1998 do CONTRAN.
I – Trinca não superior a 20 centímetros de
comprimento; VEÍCULOS INACABADOS
II – Fratura de configuração circular não superior a
4 centímetros de diâmetro. Para os veículos inacabados do tipo chassi de
caminhão com cabina e sem carroçaria com des-
DANOS EM PARA-BRISAS DOS DEMAIS VEÍCULOS tino ao concessionário, encarroçador ou, ainda, a
AUTOMOTORES serem complementados por terceiros não se exige
os seguintes equipamentos, que serão aplicados quan-
Neste para-brisas, são permitidos no máximo do ocorrer a complementação do veículo:
DOIS danos fora da área crítica, limitados aos
seguintes tamanhos (art. 5°, I e II): z Lanternas delimitadoras traseiras;
z Lanternas laterais traseiras e intermediárias;
I – Trinca não superior a 10 centímetros de z Retrorrefletores laterais traseiros e intermediários.
comprimento;
II – Fratura de configuração circular não superior a Para os veículos inacabados do tipo chassi de cami-
4 centímetros de diâmetro. nhão com cabina incompleta ou sem cabina, chassi e
plataforma para ônibus ou micro-ônibus não se exi-
INFRAÇÃO gem os seguintes:

O veículo flagrado sendo conduzido com para-bri- z Lanternas delimitadoras dianteiras e traseiras;
sa danificado além dos limites expostos na Resolução z Lanternas laterais e dianteiras, traseiras e
será enquadrado no art. 230, XVIII, do CTB: intermediárias;
z Retrorrefletores laterais e dianteiros, traseiros e
Art. 230 Conduzir o veículo: intermediários;
XVIII - em mau estado de conservação, comprome- z Lanternas de iluminação da placa traseira; e
tendo a segurança, ou reprovado na avaliação de z Lanterna de marcha-a-ré.
inspeção de segurança e de emissão de poluentes e
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

ruído, prevista no art. 104:


DISPOSITIVOS LUMINOSOS
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para A Resolução limita em OITO o número máximo de
regularização faróis que podem estar instalados e funcionando simul-
taneamente, independentemente de suas finalidades.
A medida administrativa aplicável é a retenção, A identificação, localização e forma correta de uti-
logo, o infrator poderá ser beneficiado pela liberação lização dos dispositivos luminosos deverão constar no
condicional do veículo, disposta no art. 270, §2º, do manual do veículo (art. 1º, §8º).
CTB: É PROIBIDA a colocação de adesivos, pinturas,
películas ou qualquer outro material nos dispositivos
Art. 270 O veículo poderá ser retido nos casos dos sistemas de iluminação ou sinalização de veículos,
expressos neste Código. sem exceção (art. 1º, §9º).
§ 2°  Não sendo possível sanar a falha no local da O CONTRAN admite inovações tecnológicas que
infração, o veículo, desde que ofereça condições não estejam dispostas na resolução, desde que estejam 39
avaliadas e aprovadas pelo DENATRAN e comprovada- AUTO DE INFRAÇÃO
mente assegurem a sua eficácia e segurança dos veículos.
O auto de infração, além do disposto no art. 280 do
Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e regulamentação
INFRAÇÕES
específica, deverá conter:
Art. 6º-A. O não atendimento ao disposto nesta
z A medição realizada pelo instrumento (em valores
Resolução sujeita o infrator à aplicação das penali-
percentuais);
dades e medidas administrativas previstas no arti-
z O valor considerado para fins de aplicação de
go 230, incisos IX, XII, XIII e XXII do CTB, conforme
infração a ser apurada.
penalidade (em valores percentuais);
z O limite regulamentado para a área envidraçada
fiscalizada (em valores percentuais);
Veja as infrações específicas no CTB:
z A identificação da área envidraçada objeto da
autuação
Art. 230. Conduzir o veículo:
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este
REGISTRO IMPRESSO
ineficiente ou inoperante;
XII - com equipamento ou acessório proibido;
Assim como o etilômetro, pode ser que o medi-
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação
dor de transmitância pode ter uma impressora, para
e de sinalização alterados;
expedir um “recibo” sobre a autuação. Este registro
Infração - grave;
impresso deverá conter (art. 5°):
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo I – data e hora;
para regularização; II – placa do veículo;
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de III – transmitância medida pelo instrumento;
sinalização ou com lâmpadas queimadas: IV – área envidraçada fiscalizada;
Infração - média; V – identificação do instrumento; e
Penalidade - multa. VI – identificação do agente.
Medida administrativa – não tem

RESOLUÇÃO Nº 254/2007 DO
RESOLUÇÃO Nº 253/2007 DO CONTRAN
CONTRAN
A Resolução nº 254/07 do CONTRAN dispõe sobre
A Resolução nº 253/2007 do CONTRAN dispõe sobre requisitos para os vidros de segurança e critérios para
o uso de medidores de transmitância luminosa. aplicação de inscrições, pictogramas e películas nas
A medição da transmitância luminosa das áreas áreas envidraçadas dos veículos automotores.
envidraçadas de veículos deverá ser efetuada por As disposições da Resolução não se aplicam a máqui-
nas agrícolas, rodoviárias e florestais e aos veículos
meio de instrumento denominado Medidor de Trans-
destinados à circulação exclusivamente fora das vias
mitância Luminosa, definido pela Resolução como:
públicas e nem aos veículos incompletos ou inacabados.
instrumento de medição destinado a medir, em valores
percentuais, a transmitância luminosa de vidros, pelí- VIDROS DE SEGURANÇA
culas, filmes e outros materiais simples ou compostos
(art. 1º). Os veículos automotores, os reboques e semir-
reboques devem sair de fábrica com as suas partes
envidraçadas equipadas com vidros de segurança que
Importante! atendam aos termos da legislação do CONTRAN e da
ABNT. Da mesma forma deve ocorrer com os vidros
O medidor de transmitância luminosa das áreas
destinados a reposição.
envidraçadas de veículos deve ser aprovado pelo
INMETRO e homologado pelo DENATRAN. Tipo de vidro

O vidro destinado ao para-brisa deve ser do tipo


VALORES REFERENCIAIS
laminado, apenas, e os demais vidros podem ser lami-
nados ou temperados.
Como todo medidor metrológico, a legislação
admite a existência de uma margem de erro, a qual,
Vidros indispensáveis à dirigibilidade
no caso do medidor de transmitância, é de 7% (confor-
me alterações promovidas pela Res. 385/11). Consideram-se áreas envidraçadas indispensáveis
O resultado da medição, chamado de “valor consi- à dirigibilidade do veículo:
derado”, é obtido por meio de uma operação matemá-
tica: deve-se somar à medição realizada o percentual z A área do para-brisa, excluindo a faixa periférica de
relativo de 7%. A aplicação das margens de erro é sem- serigrafia destinada a dar acabamento ao vidro e à
40 pre realizada com o intuito de beneficiar o cidadão. área ocupada pela banda degrade, caso existente;
z As áreas envidraçadas situadas nas laterais dian- MARCAÇÕES NOS VIDROS
teiras do veículo, respeitando o campo de visão do
condutor. Os vidros de segurança devem receber marcação
indelével, em local de fácil visualização, que informe,
Veja as imagens abaixo, extraídas da própria reso- no mínimo, a marca do fabricante do vidro e o símbo-
lução, em que os vidros mais claros representam as lo de conformidade com a legislação brasileira defini-
áreas indispensáveis à dirigibilidade e os mais escu- do pelo INMETRO.
Nos vidros das áreas indispensáveis à dirigibilida-
ros, as demais áreas envidraçadas:
de que possuam película, deve haver chancela espe-
cífica e indelével indicando a marca do instalador e
o índice de transmissão luminosa existentes em cada
conjunto vidro-película. Essa chancela deve ser visível
pelos lados externos dos vidros.

PELÍCULAS

É proibida a aplicação de películas refletivas nas


áreas envidraçadas do veículo. Note que a Resolução
não traz nenhuma exceção explícita.
Nas demais áreas envidraçadas, a aplicação de
película é permitida, desde que atendidas as mesmas
condições de transparência para o conjunto vidro-pe-
lícula estabelecidas pela Resolução (ver “transmissão
luminosa” disposto anteriormente).

INSCRIÇÕES, PICTOGRAMAS OU PAINÉIS


DECORATIVOS

É proibida a aplicação inscrições, pictogramas


ou painéis decorativos de qualquer espécie nas áreas
envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do
veículo.
Nas demais áreas envidraçadas, a aplicação destes
elementos é permitida, desde que:

z O veículo possua espelhos retrovisores externos


direito e esquerdo
z Sejam atendidas as mesmas condições de transpa-
Dica rência para o conjunto vidro-pictograma/inscrição
(ver, acima, “transmissão luminosa”).
Não confunda “área indispensável à dirigibilida- z Painéis luminosos que reproduzam mensagens
de” com o conceito de “área crítica de visão do dinâmicas ou estáticas
condutor”, presente na Resolução nº 216/2006
do CONTRAN! Em regra, o seu uso é vedado, sendo permitidos,
A delimitação da área crítica de visão do condu- apenas, as utilizadas em transporte coletivo de passa-
tor é muito mais restrita do que a área indispen- geiro com finalidade de informar o serviço ao usuário
da linha.
sável à dirigibilidade.
FISCALIZAÇÃO
TRANSMISSÃO LUMINOSA
A verificação dos índices de transmitância lumi-
A transmissão luminosa não poderá ser inferior a: nosa estabelecidos nesta Resolução será realizada na
forma regulamentada pelo CONTRAN, mediante uti-
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

z 75% para os vidros incolores dos para-brisas; lização de instrumento aprovado pelo INMETRO e
z 70% para: para-brisas coloridos; demais vidros homologado pelo DENATRAN (art. 10). Essa fiscaliza-
indispensáveis à dirigibilidade do veículo; vidro ção ocorre nos termos da Res. 253/2007 do CONTRAN.
de segurança traseiro (vigia), se o veículo NÃO for
dotado de espelho retrovisor externo direito INFRAÇÃO
z 28% para outros vidros que não interferem nas
áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade Veículo flagrado desrespeitando as disposições
do veículo; vidro de segurança traseiro (vigia), se o desta Resolução incorrerá em infração ao inciso XVI
veículo FOR dotado de espelho retrovisor externo do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro.
direito
Art. 230 Conduzir o veículo:
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por
O CONTRAN não especifica percentual mínimo películas refletivas ou não, painéis decorativos ou
para os vidros de segurança situados no teto dos veí- pinturas;
culos, limitando-se a exclui-los da regra dos 75/70. Infração - grave; 41
Penalidade - multa; (R$ 195,23 + 5 pontos) VEÍCULO ACABADO – Veículo automotor que sai de
Medida administrativa - retenção do veículo para fábrica pronto para licenciamento, sem precisar de
regularização. complementação.
VEÍCULO NOVO – veículo de tração, de carga e
transporte coletivo de passageiros, reboque e semir-
reboque, antes do seu registro e licenciamento.

RESOLUÇÃO Nº 290/2008 DO INSCRIÇÃO


CONTRAN
Nos termos do art. 117 do CTB, os veículos de trans-
A Resolução nº 290/08 do CONTRAN dispõe sobre porte de carga e os coletivos de passageiros deverão
inscrição de pesos e capacidades em veículos de tra- conter, em local facilmente visível, a inscrição indicati-
ção, de carga e de transporte coletivo de passageiros. va de sua tara, do peso bruto total (PBT), do peso bruto
total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de tra-
DEFINIÇÕES ção (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desacordo
com sua classificação.
Inicialmente, é preciso conhecer as definições tra- Veículos de tração, de carga e de transporte coleti-
zidas pelo anexo da Resolução, que diferem das cons- vo de passageiros devem ter indicação de suas caracte-
tantes no Anexo do CTB: rísticas registradas para obtenção do CAT (Certificado
de Adequação à Legislação de Trânsito) para fins de
PESOS E CAPACIDADES INDICADOS – pesos máxi- registro, licenciamento e circulação.
mos e capacidades máximas informados pelo Esta inscrição deve ser realizada por meio de
fabricante ou importador como limites técnicos do plaqueta ou adesivo resistente à ação do tempo.
veículo; Doravante a chamaremos apenas de “plaqueta”, para
PESOS E CAPACIDADES AUTORIZADOS – o menor sintetizar o estudo.
valor entre os pesos e capacidades máximos estabe-
lecidos pelos regulamentos vigentes (valores legais) RESPONSABILIDADE PELA INSCRIÇÃO
e os pesos e capacidades indicados pelo fabricante
ou importador (valores técnicos); A responsabilidade por colocar tais inscrições no
TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos
veículo nem sempre será o seu proprietário:
da carroçaria e equipamento, do combustível – pelo
menos 90% da capacidade do(s) tanque(s), das fer-
ramentas e dos acessórios, da roda sobressalente, z Veículo novo acabado ou inacabado: fabrican-
do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimen- te ou importador. No caso do veículo inacabado,
to, expresso em quilogramas. o fabricante ou importador deve declarar na nota
LOTAÇÃO - carga útil máxima, expressa em quilo- fiscal o peso do veículo nesta condição;
gramas, incluindo o condutor e os passageiros que z Carroçaria ou de outros implementos: seu fabri-
o veículo pode transportar, para os veículos de car- cante, em caráter complementar ao informado
ga e tração ou número de pessoas para os veículos pelo fabricante ou importador do veículo;
de transporte coletivo de passageiros. z Veículo modificado: responsável pelas modificações,
PESO BRUTO TOTAL (PBT) - o peso máximo (autori- quando se tratar de veículo novo ou já licenciado que
zado) que o veículo pode transmitir ao pavimento, tiver sua estrutura e/ou número de eixos alterados;
constituído da soma da tara mais a lotação. z Veículos em uso e os licenciados até a data da entra-
PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC) – Peso da em vigor da Resolução: proprietário do veículo.
máximo que pode ser transmitido ao pavimento
pela combinação de um veículo de tração ou de LOCAL DA APLICAÇÃO
carga, mais seu(s) semirreboque(s), reboque(s), res-
peitada a relação potência/peso, estabelecida pelo
Dependendo do tipo de veículo, a plaqueta será
INMETRO – Instituto de Metrologia, Normalização
aplicada em diferentes locais na estrutura do veículo.
e Qualidade Industrial, a Capacidade Máxima de
Tração da unidade de tração, conforme definida no
item 2.7 do anexo dessa Resolução e o limite máxi- Veículos de carga e tração
mo estabelecido na Resolução CONTRAN nº 211/06,
e suas sucedâneas. Nestes veículos (por exemplo, caminhões), a pla-
CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO (CMT) - máxi- queta deve ser fixada em um dos seguintes locais:
mo peso que a unidade de tração é capaz de tracio-
nar, incluído o PBT da unidade de tração, limitado z Na coluna de qualquer porta, junto às dobradiças,
pelas suas condições de geração e multiplicação do ou no lado da fechadura;
momento de força, resistência dos elementos que z Na borda de qualquer porta;
compõem a transmissão. z Na parte inferior do assento, voltada para porta;
CAMINHÃO – veículo automotor destinado ao z Na superfície interna de qualquer porta;
transporte de carga, com PBT acima de 3.500 qui- z No painel de instrumentos.
logramas, podendo tracionar ou arrastar outro
veículo, desde que tenha capacidade máxima de
Veículos destinados ao transporte coletivo de
tração compatível;
passageiros
CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destina-
do a tracionar ou arrastar outro veículo.
VEÍCULO INACABADO OU INCOMPLETO – todo o Neste caso, a plaqueta deverá ser afixada na parte
chassi e plataforma para ônibus ou micro-ônibus frontal interna acima do para-brisa ou na parte supe-
e os chassis de caminhões, caminhonete, utilitário rior da divisória da cabina de comando do lado do
42 com cabine completa, incompleta ou sem cabine. condutor.
II - não atrapalhe a visibilidade à frente do con-
Importante! dutor nem comprometa a estabilidade ou condução
do veículo;
Na impossibilidade técnica ou ausência de local
III - não provoque ruído nem poeira;
para fixação, poderão ser utilizados os mesmos IV - não oculte as luzes, incluídas as luzes de freio
locais previstos para os veículos de carga e e os indicadores de direção e os dispositivos refleto-
tração. res; ressalvada, entretanto, a ocultação da lanterna
de freio elevada (categoria S3);
V - não exceda a largura máxima do veículo;
z Reboques, semirreboques e implementos mon-
VI - não ultrapasse as dimensões autorizadas
tados sobre chassi de veículo de carga: a pla-
para veículos estabelecidas na Resolução CON-
queta será afixada parte externa da carroçaria na
TRAN nº 210/2006 ou Resolução posterior que
lateral dianteira.
venha sucedê-la.
VII - todos os acessórios, tais como cabos, corren-
INFRAÇÃO
tes, lonas, grades ou redes que sirvam para acon-
dicionar, proteger e fixar a carga deverão estar
Condutor flagrado transitando com o veículo sem
devidamente ancorados e atender aos requisitos
plaqueta ou com plaqueta irregular responderá pelo
desta Resolução.
art. 237 do CTB:
VIII - não se sobressaiam ou se projetem além
do veículo pela frente.
Art. 237 Transitar com o veículo em desacordo
com as especificações, e com falta de inscrição e
simbologia necessárias à sua identificação, quando SINALIZAÇÃO DO VEÍCULO
exigidas pela legislação:
Infração - grave; Assim está disposto na resolução a respeito:
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para Art. 4º Será obrigatório o uso de segunda placa tra-
regularização. seira de identificação nos veículos na hipótese do
transporte eventual de carga ou de bicicleta resultar
no encobrimento, total ou parcial, da placa traseira.
§1° A segunda placa de identificação será apos-
ta em local visível, ao lado direito da traseira do
RESOLUÇÃO Nº 349/2010 DO
veículo, podendo ser instalada no para-choque ou
CONTRAN na carroceria, admitida a utilização de suportes
adaptadores.
A Resolução nº 349/10 do CONTRAN dispõe sobre §2° A segunda placa de identificação será lacrada
o transporte eventual de cargas ou de bicicletas nos na parte estrutural do veículo em que estiver insta-
veículos classificados nas espécies automóvel, cami- lada (para-choque ou carroceria).
nhonete, camioneta e utilitário.
Régua de Sinalização
ABRANGÊNCIA
A régua de sinalização é assim definida pela
Os veículos atingidos pelas disposições desta Reso- Resolução:
lução são os classificados nas espécies:
“Régua de sinalização é o acessório com carac-
z Automóvel; terísticas físicas e de forma semelhante a um
z Caminhonete; para-choque traseiro, devendo ter no mínimo um
z Camioneta; metro de largura e no máximo a largura do veícu-
z Utilitário. lo, excluídos os retrovisores, e possuir sistema de
sinalização paralelo, energizado e semelhante em
DISPOSIÇÕES SOBRE A CARGA conteúdo, quantidade, finalidade e funcionamento
ao do veículo em que for instalado”.
Respeito ao PBT do veículo
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

z Hipóteses de uso: deve ser utilizada régua de


O transporte de cargas e de bicicletas sempre deve sinalização quando a carga transportada ocultar
respeitar o peso máximo especificado para o veículo. total ou parcialmente, a sinalização traseira obri-
gatória do veículo.
Acomodação da carga
z Características: a régua de sinalização deve ter
sua superfície coberta com faixas refletivas oblí-
Para que seja preservada a segurança viária e
quas, nas cores branca e vermelha refletiva,
a dos ocupantes do veículo, a carga ou a bicicleta
idênticas às dispostas nos para-choques traseiros
deverá estar acondicionada e afixada de modo que
dos veículos de carga.
(art. 3º):
z Fixação: A fixação da régua de sinalização deve
I - não coloque em perigo as pessoas nem cause ser feita no veículo, de forma apropriada e segu-
danos a propriedades públicas ou privadas, e em ra, por meio de braçadeiras, engates, encaixes e/ou
especial, não se arraste pela via nem caia sobre parafusos, podendo ainda ser utilizada a estru-
esta; tura de transporte de carga ou seu suporte. 43
Segunda placa de identificação Figura 1
Z
z Hipóteses de uso: deve ser colocada quando o X

transporte resulte no encobrimento, total ou par- Y

cial, da placa traseira.


z Fixação: a segunda placa de identificação será
lacrada no centro da régua de sinalização ou na
parte estrutural do veículo em que estiver instala-
da (para-choque ou carroceria), devendo ser apos-
ta em local visível na parte direita da traseira.

Se o veículo possuir extensor de caçamba, é dis- Carga indivisível transportada na parte traseira do
pensado o uso da régua de sinalização, devendo ser veículo
lacrada a segunda placa traseira neste extensor.
Extensor de caçamba é o acessório que permite a Importante!
circulação do veículo com a tampa do compartimento
de carga aberta, de forma a impedir a queda da carga
A bicicleta é considerada carga indivisível, e seu
transporte na caçamba de caminhonetes deverá
na via, sem comprometer a sinalização traseira.
respeitar o disposto neste capítulo.
REGRAS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE EVENTUAL
DE CARGAS Se permitirá o transporte eventual de carga indivi-
sível desde que sejam observadas as diretrizes abaixo:
No teto do veículo
z As cargas que sobressaiam ou se projetem além
do veículo para trás estejam bem visíveis e sina-
A Resolução permite o transporte de cargas acon- lizadas. No período noturno, esta sinalização
dicionadas em bagageiros ou presas a suportes apro- deverá ser feita por meio de uma luz vermelha e
priados devidamente afixados na parte superior um dispositivo refletor de cor vermelha.
externa da carroçaria (teto do veículo). z Apenas durante o transporte de carga indivisível
que ultrapasse o comprimento da caçamba ou
do compartimento de carga é permitido o deslo-
Importante! camento do veículo com o compartimento de car-
ga aberto;
As regras deste capítulo são aplicáveis para o z O balanço traseiro não deve exceder 60% do
transporte de bicicletas no teto dos veículos, valor da distância entre os dois eixos do veículo.
com exceção da regra quanto à altura máxima Veja a definição de balanço traseiro segundo o
de 50cm que, em razão do tamanho próprio da Anexo I do CTB:
bicicleta, não necessita ser respeitada.
BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano ver-
tical passando pelos centros das rodas traseiras
Art. 1° (...) extremas e o ponto mais recuado do veículo, consi-
§1° O fabricante do bagageiro ou do suporte deve derando-se todos os elementos rigidamente fixados
ao mesmo.
informar as condições de fixação da carga na parte
superior externa da carroçaria e sua fixação deve Na imagem:
respeitar as condições e restrições estabelecidas B ≤ 0,6 x A, onde B = Balanço traseiro e A = distância
pelo fabricante do veículo. entre os dois eixos.

Dimensões da carga Figura 2

As cargas, já considerada a altura do bagageiro


ou do suporte, deverão ter:

z Altura máxima de cinquenta centímetros


z Suas dimensões não devem ultrapassar: O com- A B

primento da carroçaria e largura da parte superior


da carroçaria. REGRAS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE DE
BICICLETAS NA PARTE EXTERNA DOS VEÍCULOS
Na imagem:
Local de transporte
Y≤ 50 cm, onde Y = altura máxima;
X ≤ Z, onde Z = comprimento da carroçaria e X = Desde que fixada em dispositivo apropriado,
44 comprimento da carga. móvel ou fixo, aplicado diretamente ao veículo ou
acoplado ao gancho de reboque, a bicicleta poderá ser Penalidade - multa acrescida a cada duzentos qui-
transportada: logramas ou fração de excesso de peso apurado,
constante na seguinte tabela:
z Na parte posterior externa do veículo (traseira do a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32
veículo); (cinco reais e trinta e dois centavos);
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos qui-
z Sobre o teto; ou
logramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro
z Na caçamba de caminhonetes, desde que respei-
centavos);
tadas as disposições constantes no capítulo “carga c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilo-
indivisível” acima. gramas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito
centavos);
Na hipótese de a bicicleta ser transportada sobre d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogra-
o teto do veículo: mas) - R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois
centavos);
z Não se aplica a altura máxima de 50cm prevista e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil qui-
para as demais cargas; logramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cin-
z Ainda assim se aplicam as regras quanto às quenta e seis centavos);
dimensões máximas, que não devem ultrapassar f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas)
- R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos);
o comprimento da carroçaria e a largura da parte
Medida administrativa - retenção do veículo e
superior da carroçaria
transbordo da carga excedente;
Art. 248 Transportar em veículo destinado ao
Dispositivos para transporte de bicicletas transporte de passageiros carga excedente em
desacordo com o estabelecido no art. 109:
O dispositivo para transporte de bicicletas para Infração - grave; Penalidade - multa; Medida admi-
aplicação na parte externa dos veículos deverá ser nistrativa - retenção para o transbordo.
fornecido com instruções precisas sobre (art. 9º):

I - Forma de instalação, permanente ou temporária,


do dispositivo no veículo;
II - Modo de fixação da bicicleta ao dispositivo de
RESOLUÇÃO Nº 360/2010 DO
transporte; CONTRAN
III - Quantidade máxima de bicicletas transporta-
dos, com segurança; A Resolução nº 360/10 do CONTRAN dispõe sobre
IV - Cuidados de segurança durante o transporte de habilitação do candidato ou condutor estrangeiro
forma a preservar a segurança do trânsito, do veí- para direção de veículos em território nacional.
culo, dos passageiros e de terceiros. É permitido que um condutor estrangeiro dirija
no Brasil sem que seja necessário realizar todo o pro-
INFRAÇÕES cesso de habilitação brasileiro, desde que cumpra os
requisitos da Resolução.
Condutor flagrado desrespeitando os preceitos
desta Resolução será enquadrado nos seguintes arti- CONDUTOR AMPARADO POR ACORDO
gos do CTB, conforme o caso: INTERNACIONAL

Art. 230 Conduzir o veículo: (...) Para o condutor amparado por convenções ou
IV - sem qualquer uma das placas de identificação; acordos internacionais, ratificados e aprovados
Infração - gravíssima; pela República Federativa do Brasil e, igualmen-
Penalidade - multa e apreensão do veículo; te, pela adoção do Princípio da Reciprocidade, há
Medida administrativa - remoção do veículo. poucos requisitos a serem obedecidos para que possa
Art. 231 Transitar com o veículo: conduzir veículos no Brasil:
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a
via: a) carga que esteja transportando; b) combustí- z Deve ser habilitado no seu país de origem;
vel ou lubrificante que esteja utilizando; c) qualquer z Deve ser penalmente imputável no Brasil (obser-
objeto que possa acarretar risco de acidente: ve que este requisito deve ser cumprido no BRA-
Infração - gravíssima;
SIL, de nada adiantando que ele seja penalmente
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Penalidade - multa;
imputável no seu país de origem e não o seja no
Medida administrativa - retenção do veículo para
Brasil).
regularização.
z Deve ser respeitada a validade da habilitação
III - produzindo fumaça, gases ou partículas em
níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN;
de origem;
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores z Deve portar a carteira de habilitação estrangeira,
aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinali- dentro do prazo de validade, acompanhada do seu
zação, sem autorização: documento de identificação
Infração - grave; z O prazo máximo que poderá dirigir no país será
Penalidade - multa; de 180 (cento e oitenta) dias (ou o prazo da habi-
Medida administrativa - retenção do veículo para litação de origem, se esta vencer antes). Este prazo
regularização; começa a contar a partir da data de entrada no
V - com excesso de peso, admitido percentual de âmbito territorial brasileiro.
tolerância quando aferido por equipamento, na for- z Dirigindo após o prazo: se este condutor quiser
ma a ser estabelecida pelo CONTRAN: continuar dirigindo veículos no Brasil após esgo-
Infração - média; tado o prazo de 180 dias, deverá submeter-se aos 45
Exames de aptidão Física e Mental e Avaliação I – recolher e reter o documento de habilitação,
Psicológica, nos termos do artigo 147 do CTB, res- até que expire o prazo da suspensão do direito
peitada a sua categoria, para obter a Carteira de usá-la, ou até que o condutor saia do territó-
Nacional de Habilitação. rio nacional, se a saída ocorrer antes de expirar o
prazo;
II – comunicar à autoridade que expediu ou em
Na hipótese de mudança de categoria, deverão
cujo nome foi expedido o documento de habilitação,
ser realizados os exames complementares que forem a suspensão do direito de usá-la, solicitando que
exigidos. notifique ao interessado da decisão tomada;
III – indicar no documento de habilitação, que
EXCEÇÃO o mesmo não é válido no território nacional,
quando se tratar de documento de habilitação com
Os diplomatas ou cônsules de carreira e aqueles a validade internacional.
eles equiparados não precisam cumprir os requisitos
desta resolução para poder dirigir no território brasi- Quando se tratar de missão diplomática, consular
leiro, mesmo sendo habilitados somente no exterior. ou a elas equiparadas, as medidas cabíveis deverão
ser tomadas pelo Ministério das Relações Exteriores.
CONDUTOR NÃO AMPARADO POR ACORDO
INTERNACIONAL PENALIDADES AO BRASILEIRO

Para poder dirigir no Brasil, este condutor deve- O condutor com Habilitação Internacional para
rá trocar a sua habilitação pela equivalente nacional Dirigir, expedida no Brasil, que cometer infração de
junto ao DETRAN dos Estados ou do Distrito Federal. trânsito em que implique penalidade na suspensão
Para isso, deverá: ou cassação do direito de dirigir, terá o recolhimento
e apreensão desta, juntamente com o documento de
z Ser habilitado no seu país de origem; habilitação nacional pelo órgão ou entidade executivo
z Ser penalmente imputável no Brasil; de trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
z Ser aprovado nos Exames de Aptidão Física e A Carteira Internacional expedida pelo órgão ou
Mental, Avaliação Psicológica e de Direção Vei- entidade executiva de trânsito do Estado ou do Distri-
cular, respeitada a sua categoria. to Federal não poderá substituir a CNH.

CIDADÃO BRASILEIRO HABILITADO NO EXTERIOR

Ao cidadão brasileiro habilitado no exterior serão RESOLUÇÃO Nº 432/2013 DO


aplicadas as regras estabelecidas anteriormente, res- CONTRAN
pectivamente, desde que comprove que mantinha
residência normal naquele País por um período não A Resolução nº 432/13 do CONTRAN dispõe sobre
inferior a 06 (seis) meses quando do momento da os procedimentos a serem adotados pelas autoridades
expedição da habilitação. de trânsito e seus agentes na fiscalização do consumo
de álcool ou de outra substância psicoativa que deter-
Art. 3° (...) mine dependência, para aplicação do disposto nos arts.
Parágrafo único. A comprovação de residência 165, 276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de
mencionada no ‘caput’ deste artigo, para habili- 1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
tações oriundas de países fronteiriços (Uruguai,
Paraguai, Argentina, Colômbia, Peru, Bolívia, OBJETO
Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Suriname),
Chile e Equador, se dará com a apresentação de
A resolução se presta a regulamentar os seguintes
Atestado, Declaração ou Certidão da autoridade
artigos do CTB:
consular do Brasil no respectivo país. (Parágrafo
acrescentado pela Resolução CONTRAN Nº 671
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de
DE 21/06/2017)
qualquer outra substância psicoativa que determi-
ne dependência: Infração - gravíssima; Penalidade
ESTRANGEIRO NÃO HABILITADO - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir
por 12 (doze) meses. Medida administrativa - reco-
Para dirigir no território nacional, este estrangei- lhimento do documento de habilitação e retenção
ro deverá cumprir todas as exigências previstas do veículo, observado o disposto no § 4º do art.
na legislação de trânsito brasileira em vigor, para 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do
obter a sua CNH. Código de Trânsito Brasileiro.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa pre-
PENALIDADES AO ESTRANGEIRO vista no caput em caso de reincidência no período
de até 12 (doze) meses.
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste,
Quando o condutor habilitado em país estran-
exame clínico, perícia ou outro procedimento que
geiro cometer infração de trânsito, cuja penalidade permita certificar influência de álcool ou outra
implique na proibição do direito de dirigir, a autori- substância psicoativa, na forma estabelecida pelo
dade de trânsito competente tomará as seguintes pro- art. 277:
vidências com base no artigo 42 da Convenção sobre Infração - gravíssima;
Trânsito Viário, celebrada em Viena e promulgada pelo Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direi-
46 Decreto n° 86.714, de 10 de dezembro de 1981 (art. 5º): to de dirigir por 12 (doze) meses;
Medida administrativa - recolhimento do documen- z Exame de sangue;
to de habilitação e retenção do veículo, observado o z Exames realizados por laboratórios especializa-
disposto no § 4º do art. 270. dos, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa pre- competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de
vista no caput em caso de reincidência no período consumo de outras substâncias psicoativas que
de até 12 (doze) meses.
determinem dependência;
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por
z Teste em aparelho destinado à medição do teor
litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o
condutor às penalidades previstas no art. 165. alcoólico no ar alveolar (etilômetro);
Parágrafo único. O Contran disciplinará as mar- z O etilômetro é o tipo de teste prioritário
gens de tolerância quando a infração for apurada z Verificação dos sinais que indiquem a alteração da
por meio de aparelho de medição, observada a capacidade psicomotora do condutor.
legislação metrológica. z Se o condutor apresentar sinais ou haja compro-
Art. 277. O condutor de veículo automotor envol- vação da embriaguez por meio do teste de etilôme-
vido em acidente de trânsito ou que for alvo de fis- tro e houver encaminhamento do condutor para a
calização de trânsito poderá ser submetido a teste, realização do exame de sangue ou exame clínico,
exame clínico, perícia ou outro procedimento que, não será necessário aguardar o resultado desses
por meios técnicos ou científicos, na forma discipli- exames para fins de autuação administrativa.
nada pelo Contran, permita certificar influência de
z Prova testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer
álcool ou outra substância psicoativa que determi-
outro meio de prova em direito admitido.
ne dependência.
§ 1º (Revogado).
§ 2º A infração prevista no art. 165 também poderá É importante você saber que é obrigatória a reali-
ser caracterizada mediante imagem, vídeo, consta- zação do exame de alcoolemia para as vítimas fatais
tação de sinais que indiquem, na forma disciplinada de acidentes de trânsito
pelo Contran, alteração da capacidade psicomo-
tora ou produção de quaisquer outras provas em TESTE DE ETILÔMETRO
direito admitidas.
§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas O etilômetro deve atender aos seguintes requisitos:
administrativas estabelecidas no art. 165-A deste
Código ao condutor que se recusar a se submeter z O modelo deve ser aprovado pelo inmetro;
a qualquer dos procedimentos previstos no caput
z Individualmente, cada etilômetro precisa ser
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016)
aprovado na verificação metrológica do inmetro:
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capa-
cidade psicomotora alterada em razão da influên- „ Inicial,
cia de álcool ou de outra substância psicoativa que „ Eventual,
determine dependência: Penas - detenção, de seis „ Em serviço
meses a três anos, multa e suspensão ou proibição „ Anual
de se obter a permissão ou a habilitação para diri-
gir veículo automotor. O resultado do etilômetro, para fins de autuação,
§ 1º As condutas previstas no caput serão consta- deve ser obtido através de uma operação matemática
tadas por: simples.
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas
Temos a medição realizada, que é o número que
de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a
aparecerá na tela do etilômetro. Deste número, vamos
0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo
descontar o erro máximo admissível para o equipa-
Contran, alteração da capacidade psicomotora. mento, conforme legislação metrológica em vigor.
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá Desta operação de subtração, encontraremos o
ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxico- valor considerado, que deverá ser considerado para
lógico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemu- fins de autuação.
nhal ou outros meios de prova em direito admitidos, Tabela do erro máximo admissível:
observado o direito à contraprova.
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre MEDIÇÃO REALIZADA ERRO MÁXIMO ADMIS-
os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos - MR SÍVEL - EMR
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

para efeito de caracterização do crime tipificado


neste artigo. MR inferior a 0,40mg/L: 0,032 mg/L

FISCALIZAÇÃO DO CONSUMO DE ÁLCOOL E MR acima de 0,40mg/L


8%
DROGAS até 2,00mg/L

MR acima de 0,40mg/L
A fiscalização do consumo, pelos condutores de veí- 30%
até 2,00mg/L:
culos automotores, de bebidas alcoólicas e de outras
substâncias psicoativas que determinem dependência
deve ser procedimento operacional rotineiro dos Apesar de o EMR, na maioria das medições, ser
órgãos de trânsito (art. 2º). 0,032 mg/L, convencionou-se que o desconto será de
Existem diversos métodos que podem ser utiliza- 0,04 mg/L, conforme a tabela constante no Anexo da
dos para confirmar a alteração da capacidade psico- resolução (cujo trecho reproduzimos aqui), pois é rea-
motora em razão da influência de álcool ou de outra lizado um arredondamento somente com as duas pri-
substância psicoativa: meiras casas decimais. 47
z Quanto à capacidade motora e verbal, se o con-
MR VC*
dutor apresenta:
MG/L MG/L

0,05 0,01 Dificuldade no equilíbrio;


Fala alterada;
0,06 0,02

0,07 0,03 INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA

0,08 0,04 A infração prevista no art. 165 do CTB será carac-


0,09 0,05 terizada por:

0,10 0,06 z Exame de sangue que apresente qualquer con-


centração de álcool por litro de sangue;
0,11 0,07
z Teste de etilômetro com medição realizada igual
0,12 0,08 ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro
de ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado o
0,13 0,09
erro máximo admissível;
z Sinais de alteração da capacidade psicomotora.
SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE
PSICOMOTORA Ao condutor que recusar a se submeter a qualquer
um dos procedimentos serão aplicadas as penalida-
Os sinais de alteração da capacidade psicomotora des e medidas administrativas previstas no art. 165 do
poderão ser verificados por: CTB. Atualmente, esta disposição encontra-se especifi-
camente regulamentada no art. 165-A do CTB.
z Exame clínico com laudo conclusivo e firmado por
médico perito; ou
CRIME
z Constatação, pelo agente da Autoridade de
Trânsito, dos sinais de alteração da capacidade
O crime previsto no art. 306 do CTB será caracte-
psicomotora.
z O agente não deverá ser considerado somente um rizado por qualquer um dos procedimentos abaixo:
sinal, mas um conjunto de sinais que comprovem
a situação do condutor. z Exame de sangue que apresente resultado igual
z Esses sinais deverão ser descritos no AIT ou em ou superior a 6 (seis) decigramas de álcool por
termo específico. litro de sangue (6 dg/L);
z O Anexo II da Resolução contém as informações z Teste de etilômetro com medição realizada
mínimas que esse termo específico deve conter. igual ou superior a 0,34 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar expirado (0,34 mg/L), des-
Veja os sinais trazidos no Anexo II da Resolução: contado o erro máximo admissível;
VI. Sinais observados pelo agente fiscalizador: z Exames realizados por laboratórios especializa-
dos, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito
z Quanto à aparência, se o condutor apresenta: competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de
consumo de outras substâncias psicoativas que
Sonolência;
determinem dependência;
Olhos vermelhos;
Vômito; z Sinais de alteração da capacidade psicomotora;
Soluços; „ A mesma constatação de sinais que serviu para
Desordem nas vestes; o enquadramento administrativo poderá ser
Odor de álcool no hálito. utilizada para o enquadramento no crime.

z Quanto à atitude, se o condutor apresenta:


Importante!
Agressividade;
Arrogância; A ocorrência do crime não elide (não afasta) a
Exaltação; aplicação do disposto no art. 165 do CTB.
Ironia; O fato de ter ocorrido a infração administrativa
Falante; não significa, necessariamente, que ocorreu o
Dispersão.
crime.
z Quanto à orientação, se o condutor:
Porém, a ocorrência do crime do 306, necessa-
riamente, indica que ocorreu a infração adminis-
Sabe onde está; trativa ao art. 165.
Sabe a data e a hora.

z Quanto à memória, se o condutor: Configurado o crime, o condutor e testemu-


nhas, se houver, serão encaminhados à Polícia Judi-
Sabe seu endereço; ciária, devendo ser acompanhados dos elementos
48 Lembra dos atos cometidos; probatórios.
AUTO DE INFRAÇÃO z As carroçarias sejam com as guardas laterais
fechadas; ou
Além das exigências estabelecidas em regulamen- z As carroçarias sejam com guardas laterais dotadas
tação específica, o auto de infração lavrado em decor- de telas metálicas com malhas de dimensões que
rência da infração prevista no art. 165 do CTB deverá impeçam o derramamento de fragmentos do mate-
conter (art. 8º): rial transportado.

z No caso de encaminhamento do condutor para Dica


exame de sangue, exame clínico ou exame em
Sólidos a granel são sólidos fracionados ou em
laboratório especializado, a referência a esse
grãos, por exemplo, grandes quantidades de
procedimento;
soja, milho, feijão, trigo, sal etc., transformados
z Os documentos gerados e o resultado dos exames
ou in natura, transportados sem embalagens,
devem integrar o AIT;
z Os sinais de alteração da capacidade psicomotora
ou seja, em contato direto com a carroceria do
ou a referência ao preenchimento do termo espe- caminhão.
cífico, caso isto tenha ocorrido; As disposições da Resolução não são aplicáveis
z No caso de teste de etilômetro, a marca, modelo e ao transporte de cargas que tenham regulamen-
nº de série do aparelho, nº do teste, a medição rea- tação específica.
lizada, o valor considerado e o limite regulamen-
tado em mg/L; REQUISITOS PARA O TRANSPORTE
z Conforme o caso, a identificação da(s) testemu-
Art. 1° (...)
nha(s), se houve fotos, vídeos ou outro meio de
§ 1º As cargas transportadas deverão estar total-
prova complementar, se houve recusa do condu- mente cobertas por lonas ou dispositivos similares,
tor, entre outras informações disponíveis. que deverão cumprir os seguintes requisitos:
z Informações sobre as medidas administrativas I - possibilidade de acionamento manual, mecânico
aplicadas. ou automático;
II - estar devidamente ancorados à carroçaria do
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS veículo;
III - cobrir totalmente a carga transportada de for-
O veículo será retido até a apresentação de con- ma eficaz e segura;
dutor habilitado, que também será submetido à IV - estar em bom estado de conservação, de forma
a evitar o derramamento da carga transportada.
fiscalização.
§ 2º A lona ou dispositivo similar não poderá
Não se apresentando condutor habilitado ou o prejudicar a eficiência dos demais equipamentos
agente verifique que ele não está em condições de obrigatórios.
dirigir (pois ele também deverá realizar o teste do eti- § 3º Para fins desta Resolução entende-se como
lômetro), o veículo será recolhido ao depósito do órgão «sólido a granel» qualquer carga sólida fracio-
ou entidade responsável pela fiscalização, mediante nada, fragmentada ou em grãos, transformada
recibo. ou in natura, transportada diretamente na car-
roceria do veículo sem estar acondicionada em
Documento de Habilitação embalagem.  (Parágrafo acrescentado pela
Resolução CONTRAN Nº 499 DE 28/08/2014).
§ 4º A carga transportada não poderá exceder os
O documento de habilitação será recolhido pelo
limites da carroceria do veículo. (Parágrafo acres-
agente, mediante recibo, e ficando sob custódia do centado pela Resolução CONTRAN Nº 499 DE
órgão ou entidade de trânsito responsável pela autua- 28/08/2014).
ção até que o condutor comprove que não está com
a capacidade psicomotora alterada. CANA-DE-AÇÚCAR
Se o condutor não comparecer ao órgão ou entida-
de de trânsito responsável pela autuação no prazo de Para os veículos utilizados no transporte de cana-
5 (cinco) dias da data do cometimento da infração, -de-açúcar, é exigido o uso de lona, cordas ou dispo-
o documento será encaminhado ao DETRAN, respon- sitivo similar (Art. 1º-A).
sável pelo seu registro, onde o condutor deverá bus- As cordas somente poderão ser utilizadas quando
car seu documento. se tratar de cana de açúcar inteira, medindo entre 1,50
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

e 3,00m, devendo ter distância máxima entre elas de


1,50m, impedindo o derramamento da carga na via.
No regulamento geral de amarração de cargas
(Resolução 552/2015), se proíbe a utilização de cordas
RESOLUÇÃO Nº 441/2013 DO
para amarrar as cargas. Note, por outro lado, que a
CONTRAN presente Resolução autoriza o uso de cordas para casos
específicos de transporte de cana-de-açúcar inteira,
A Resolução nº 441/13 do CONTRAN dispõe sobre desde que todos os demais requisitos sejam seguidos.
transporte de cargas de sólidos a granel nas vias aber-
tas à circulação pública em todo o território nacional. INFRAÇÕES

VEÍCULOS AUTORIZADOS Condutor flagrado transportando sólidos a gra-


nel em desacordo com a Resolução será enquadra-
É permitido o transporte de sólidos a granel em do nos artigos descritos abaixo, conforme a situação
veículos de carroçarias abertas, desde que: observada: 49
z Irregularidade nas lonas ou dispositivos similares autoridade ou o agente da autoridade de trânsito, que
destinados a cobrir a carga, será enquadrado no pode realizar fiscalização de trânsito de forma remota
seguinte artigo do CTB: por meio dos sistemas de videomonitoramento.
Caso seja constatado o cometimento de alguma
Art. 230 Conduzir o veículo: infração por descumprimento das normas gerais de
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este
circulação e conduta, o agente poderá lavrar o AIT
ineficiente ou inoperante;
X - com equipamento obrigatório em desacordo desde que a infração tenha sido percebida “online”,
com o estabelecido pelo CONTRAN; ou seja, ao vivo pelo agente.
Infração - grave; Neste caso, o fato de que a infração foi constatada
Penalidade - multa; por videomonitoramento deve ser incluído no campo
Medida administrativa - retenção do veículo para “observações” do AIT.
regularização.

z Carga ultrapassando os limites da carroceria, mas Importante!


sem ultrapassar os limites de dimensões do veículo,
será enquadrado no seguinte artigo do CTB: A Resolução não permite que o agente faça
autuações com base em eventuais gravações
Art. 235 Conduzir pessoas, animais ou carga nas dos sistemas de videomonitoramento.
partes externas do veículo, salvo nos casos devida-
Isso quer dizer que o agente de trânsito ape-
mente autorizados:
Infração - grave; nas pode se valer do videomonitoramen-
Penalidade - multa; to para fazer autuações caso as infrações
Medida administrativa - retenção do veículo para tenham sido constatadas, por si, ao vivo.
transbordo. Caso o agente, ao reassistir as gravações das
imagens, perceba o cometimento de infração
z Carga ultrapassando simultaneamente os limites
de trânsito da qual não havia se dado conta
da carroceria e um ou mais limites de dimensões
para o veículo (largura, comprimento ou altura), quando estava acompanhando as imagens ao
será enquadrado no seguinte artigo do CTB: vivo, ele não poderá lavrar o auto de infração.
Perceba que, neste sentido, o videomonitora-
Art. 231 Transitar com o veículo: mento serve para fazer que o agente esteja
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores “virtualmente” presente na via, podendo agir
aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinali- como se lá estivesse: se constatou a infração
zação, sem autorização:
Infração - grave; naquele momento, poderá fazer o AIT. Caso a
Penalidade - multa; infração não tenha sido constatada ao vivo,
Medida administrativa - retenção do veículo para mas apenas por imagens gravadas, não será
regularização; possível lavrar nenhum auto de infração de
trânsito, por mais variadas e gravosas que
z Carga sendo derramada na via, será enquadrado tenham sido as condutas cometidas.
no seguinte artigo do CTB:

Art. 231 Transitar com o veículo: Por fim, dispõe a Resolução que a fiscalização de
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a
trânsito mediante sistema de videomonitoramento
via:
a) carga que esteja transportando; somente poderá ser realizada nas vias que estejam
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando; devidamente sinalizadas para esse fim.
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de Observe, porém, que a Resolução não trouxe a
acidente: forma como essa sinalização deveria ocorrer ou o
Infração - gravíssima; modelo de sinal a ser adotado, o qual é inexistente
Penalidade - multa; na Resolução 160/2004, que regulamenta o sistema de
Medida administrativa - retenção do veículo para
sinalização brasileiro.
regularização.

RESOLUÇÃO Nº 471/2013 DO RESOLUÇÃO Nº 508/2014 DO


CONTRAN CONTRAN

A Resolução nº 471/13 do CONTRAN dispõe sobre A Resolução nº 508/14 do CONTRAN dispõe sobre
fiscalização de trânsito por intermédio de videomoni- requisitos de segurança para a circulação, a título pre-
toramento nos termos do §2º do artigo 280 do Código cário, de veículo de carga ou misto transportando pas-
de Trânsito Brasileiro sageiros no compartimento de cargas.
O art. 280 do CTB, assim como os Manuais Brasilei- O transporte de passageiros, em geral, é realiza-
ros de Fiscalização de Trânsito (Resoluções 371/2020 e do em veículos registrados na espécie “passageiros”.
561/2015) preveem diversas formas pelas quais pode Porém, há situações excepcionais em que esse trans-
ocorrer a constatação de uma infração de trânsito porte pode ocorrer em veículos da espécie “carga” ou
com a correspondente lavratura do AIT. “misto”, conforme o art. 108 do CTB, seguindo as dis-
O videomonitoramento foi, assim, definido como posições constantes nessa Resolução.
50 forma possível de constatação de infração pela Relembre os conceitos destas espécies de veículo:
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao trans- Limites territoriais
porte de carga, podendo transportar dois passagei-
ros, exclusive o condutor. Art. 2° A circulação destes veículos só poderá ser
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao autorizada entre localidades de origem e destino
transporte de pessoas e suas bagagens. que estiverem situadas em um mesmo município
VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao ou entre municípios limítrofes, quando não houver
transporte simultâneo de carga e passageiro. linha regular de ônibus.

REQUISITOS Prazo

Dispõe o art. 108 do CTB: Esta autorização terá o prazo máximo de 12 meses.
Durante este prazo, a autoridade deverá implantar o
Art. 108 Onde não houver linha regular de ônibus, serviço regular de transporte coletivo de passageiros,
a autoridade com circunscrição sobre a via poderá em conformidade com a legislação pertinente e com os
autorizar, a título precário, o transporte de passa- dispositivos do CTB (art. 108, parágrafo único do CTB).
geiros em veículo de carga ou misto, desde que obe-
decidas as condições de segurança estabelecidas Formalidades
neste Código e pelo CONTRAN.
Após o veículo ser devidamente adaptado, confor-
De acordo com a Resolução, os requisitos gerais me veremos abaixo, a autoridade com circunscrição
para que se possa transportar passageiros em veículos sobre a via, declarando a não existência de linha regu-
de carga ou misto são: lar de ônibus, estabelecerá no documento de autoriza-
ção os seguintes elementos técnicos (art. 4º):
z Somente pode-se adotar este procedimento em
locais que não possuam linha regular de ônibus z Identificação: do órgão de trânsito e da autori-
e seja extremamente necessário que se realize o dade; do veículo: marca, modelo, espécie, ano de
trajeto. Por exemplo, para a condução de trabalha- fabricação, placa e UF do veículo; do proprietário
dores até uma indústria localizada em local afasta- do veículo.
do e não atendido pelo transporte público regular. z Número de passageiros: lotação a ser transporta-
z Esse transporte ocorrerá a título precário, aqui da, calculado na base de 35dm² -trinta e cinco decí-
entendido no sentido de “temporário” e “fora das metros quadrados- do espaço útil da carroceria por
condições ideais em que isso deveria ocorrer”; pessoa, incluindo-se o encarregado da cobrança
z Esse transporte também será eventual, aqui de passagem e atendimento aos passageiros.
entendido como algo que não se tornará prática z O local de origem e de destino do transporte;
corrente pelos envolvidos; z O itinerário (trajeto) a ser percorrido; e
z Deve haver autorização da autoridade com cir- z O prazo de validade da autorização (o qual, confor-
cunscrição sobre a via; me vimos acima, será de, no máximo, 12 meses).
z A autorização para que este tipo de transporte
aconteça não poderá exceder a doze meses; Porte
z No prazo em que perdurar a autorização, a autori-
dade pública responsável deverá implantar o ser- Esta autorização será de porte obrigatório!
viço regular de transporte coletivo de passageiros; Caso o condutor do veículo seja flagrado transitan-
z A autorização somente poderá ser expedida para do sem portar a autorização, será enquadrado no art.
circulação dentro de um mesmo município ou 232 do CTB.
municípios limítrofes;
z Os veículos devem receber as adaptações exigi- VEÍCULOS UTILIZADOS
das pela Resolução.
Quando se fala em transporte de passageiros em
AUTORIZAÇÃO veículos de carga ou mistos, logo vem à mente a ima-
gem de veículos conhecidos como “pau de arara”, que
Vimos que, para que este tipo de transporte ocorra, transportam pessoas em suas caçambas sem nenhum
a autoridade de trânsito precisa autorizar. tipo de adaptação ou segurança para os passageiros.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Há de se recordar, neste momento, de que o trans-


Competência porte de passageiros, especialmente o realizado a títu-
lo comercial, não é regido somente pelas normas de
A autoridade competente para fazer isso é a auto- trânsito, mas também pela legislação de transporte,
ridade de trânsito que possui circunscrição sobre de competência dos entes públicos, como podemos
a via. observar no CTB:
Se o trajeto que precise ser feito utilizar mais de
uma via com autoridades de trânsito com circunscri- Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao
ção diversa, a autorização deve ser concedida por transporte individual ou coletivo de passageiros,
cada uma das autoridades para o respectivo trecho deverão satisfazer, além das exigências previs-
a ser utilizado. tas neste Código, às condições técnicas e aos
Essas autoridades são competentes não apenas requisitos de segurança, higiene e conforto
para permitir esta modalidade de transporte e expedir estabelecidos pelo poder competente para
a autorização, mas também para exercer a fiscaliza- autorizar, permitir ou conceder a exploração
ção destes veículos por meio de seus órgãos próprios. dessa atividade. 51
Adaptações estruturais
Importante!
Neste sentido, o CONTRAN trouxe algumas adap- Caçamba de caminhão não é considerada parte
tações que devem ser adotadas pelos veículos que externa de veículo.
pretendem realizar esta atividade. Não é necessário
memorizar todos os requisitos, mas atente para os tre-
chos grifados para compreender a intenção de promo- CONDUTOR
ver a segurança, higiene e conforto dos passageiros:
Em qual categoria deve o condutor deste tipo de
z Bancos na quantidade suficiente para todos os veículo ser habilitado? A regra é basicamente a mes-
passageiros, revestidos de espuma, com encos- ma contida no art. 143 do CTB, sobre as habilitações
to e cinto de segurança, fixados na estrutura da em geral:
carroceria;
z Carroceria com cobertura, barra de apoio para z Na categoria B, se o transporte for realizado em
as mãos, proteção lateral rígida, com dois metros veículo cujo peso bruto total não exceda a três mil
e dez centímetros de altura livre, de material de e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exce-
da a oito lugares, excluído o do condutor;
boa qualidade e resistência estrutural, que evite o
z Na categoria C, se o transporte for realizado em
esmagamento e a projeção de pessoas em caso
veículo cujo peso bruto total exceda a três mil e
de acidente com o veículo;
quinhentos quilogramas;
z Escada para acesso, com corrimão; z •Na categoria D e ter o curso especializado para
z Cabine e carroceria com ventilação, garantida a o transporte coletivo de passageiros, se o trans-
comunicação entre motorista e passageiros; porte for realizado em veículo cuja lotação exceda
z Compartimento resistente e fixo para a guarda das a oito lugares, excluído o do condutor.
ferramentas e materiais, separado dos passagei-
ros, no caso de transporte de trabalhadores; O curso especializado para o transporte coletivo de
z Sinalização luminosa, na forma do inciso VIII passageiros é exigido apenas para o condutor habilita-
do artigo 29 do CTB e da Resolução nº 268/2008, do na categoria D.
no caso de transporte de pessoas vinculadas à O condutor pode ter CNH da categoria E desde que
prestação de serviço em obras na via (confor- possua o curso especializado e conduza veículos de
me a Resolução 268/08: dispositivo, não removível, categorias inferiores. Isto porque é vedada a utiliza-
de iluminação intermitente ou rotativa, com luz ção de combinação de veículos (característica da cate-
amarelo-âmbar). goria E) neste tipo de transporte.
Para determinar a lotação destes veículos deverá
Formalidades ser considerada, além da lotação do compartimento
de passageiros, a lotação do compartimento de carga
após a adaptação.
Estes veículos só poderão ser utilizados após:
INFRAÇÕES
z Expedição do Certificado de Segurança Veicular
(CSV), expedido por Instituição Técnica Licenciada
Veja a seguir o artigo 8°, que trata da parte de infra-
(ITL); e
ções na Resolução, assim como os respectivos artigos
z Vistoria da autoridade competente para conceder do CTB citados pelos incisos:
a autorização de trânsito.
Art. 8° Pela inobservância ao disposto nesta Reso-
VEDAÇÕES lução, fica o proprietário ou o condutor do veículo,
independentemente das demais penalidades pre-
Pensando na realidade brasileira, em que adapta- vistas e outras legislações, sujeito às penalidades
ções similares ao “pau de arara” são comumente utili- e medidas administrativas previstas nos seguintes
zadas, quis o CONTRAN cristalizar algumas vedações artigos:
neste tipo de transporte, para que não houvesse dúvi- I - Art. 230, inciso II, do CTB:
a) transporte de passageiro em compartimento
das acerca da matéria.
de carga sem autorização ou com a autorização
Assim, neste tipo de veículo é vedado: vencida;
b) inobservância do itinerário (trajeto);
z Transportar passageiros com idade inferior a c) se o veículo não estiver devidamente adaptado
10 anos: o transporte de crianças nestes veículos na forma vista acima;
é proibido mesmo que sejam utilizados os dispo- d) utilização dos veículos do tipo basculante, boia-
sitivos de retenção estabelecidos pelo CONTRAN; deiro ou combinações de veículos
z Transportar passageiros em pé; e) transportar passageiros em pé.
z Transportar cargas no mesmo ambiente dos
passageiros; Veja o artigo do CTB citado:
z Utilizar veículos de carga tipo basculante e
Art. 230. Conduzir o veículo:
boiadeiro;
II - transportando passageiros em compartimento
z Utilizar combinação de veículos: por exemplo, de carga, salvo por motivo de força maior, com per-
caminhão trator e seu semirreboque, ou caminhão missão da autoridade competente e na forma esta-
mais o seu reboque ou reboques; belecida pelo CONTRAN;
52 z Transportar passageiros nas partes externas. Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo; RESOLUÇÃO Nº 520/2015 DO
II. art. 231, inciso VII, do CTB, por exceder o CONTRAN
número de passageiros autorizado pela autoridade
competente; A Resolução nº 520/15 do CONTRAN dispõe sobre requi-
O artigo citado no CTB: sitos mínimos para a circulação de veículos com dimen-
Art. 231. Transitar com o veículo: sões excedentes aos limites estabelecidos pelo CONTRAN.
VII - com lotação excedente
Infração – gravíssima; AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE TRÂNSITO
Penalidade – multa;
Medida administrativa – remoção do veículo A circulação de veículo com suas dimensões ou de
III. art. 168 do CTB, se o (s) passageiro(s) trans- sua carga superiores aos limites legais poderá ser permi-
portado no compartimento de carga for menor de tida mediante Autorização Especial de Trânsito (AET) da
10 (dez) anos; autoridade com circunscrição sobre a via pública.

Temos, então, no CTB:


Importante!
Art. 168. Transportar crianças em veículo auto-
A AET é documento de porte obrigatório para
motor sem observância das normas de segurança
veículos que têm dimensões ou carga superiores
especiais estabelecidas neste Código:
aos limites estabelecidos pelo CONTRAN.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até AET
que a irregularidade seja sanada.
IV. Art. 162, inciso III, do CTB, se o condutor pos- A AET é fornecida pelo Órgão Executivo Rodo-
suir habilitação de categoria diferente da do veícu- viário da União, dos Estados, dos Municípios e do
lo que esteja conduzindo; Distrito Federal com circunscrição sobre a via, terá
validade máxima de 1 (um) ano e conterá, no míni-
O respectivo artigo do CTB: mo (art. 3º):

Art. 162. Dirigir veículo: a) a identificação do órgão emissor;


III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Per- b) o número de identificação;
missão para Dirigir de categoria diferente da do c) a identificação e características do(s) veículo(s);
d) o peso e dimensões autorizadas;
veículo que esteja conduzindo:
e) o prazo de validade;
Infração – gravíssima; f) o percurso;
Penalidade - multa (duas vezes; g) a identificação em se tratando de carga
Medida administrativa - retenção do veículo até a indivisível.
apresentação de condutor habilitado; A autoridade concedente da AET poderá exigir a
V. Artigo 232 do CTB, se: indicação de um engenheiro como responsável
a) o condutor não possuir o curso especializado técnico, quando as dimensões da carga assim o
para o transporte coletivo de passageiros; exigirem, bem como medidas preventivas de segu-
b) se não portar a autorização de trânsito – perce- rança a serem adotadas pelo proprietário para
ba que, neste caso, ele possui a autorização, apenas a circulação do veículo no percurso autorizado,
incluindo escolta especializada (art. 4º).
não a está portando naquele momento.
A AET não exime o condutor e/ou proprietário da
O referido artigo do CTB é:
responsabilidade por eventuais danos que o veículo
ou a combinação de veículos causar à via ou a tercei-
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de ros, como exposto no CTB:
porte obrigatório referidos neste Código:
Infração - leve; Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos
Penalidade - multa; utilizado no transporte de carga indivisível, que
Medida administrativa - retenção do veículo até a não se enquadre nos limites de peso e dimensões
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

apresentação do documento. estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser concedi-


VI. Artigo 235 do CTB, por transportar passagei- da, pela autoridade com circunscrição sobre a via,
ros, animais ou cargas nas partes externas dos autorização especial de trânsito, com prazo certo,
veículos. válida para cada viagem, atendidas as medidas de
segurança consideradas necessárias.
§ 2º A autorização não exime o beneficiário da
O artigo do CTB citado: responsabilidade por eventuais danos que o
veículo ou a combinação de veículos causar à
Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas via ou a terceiros.
partes externas do veículo, salvo nos casos devida-
mente autorizados: SINALIZAÇÃO
Infração - grave;
Penalidade - multa; O veículo, cujas dimensões excedam os limites
Medida administrativa - retenção do veículo para fixados pelo CONTRAN, deverá portar na parte trasei-
transbordo. ra a sinalização especial de advertência. 53
através da Lei nº 13.103/2015, o capítulo sofreu diver-
sas alterações.
Neste sentido, desde 2012, o tema passou a ser
regulado por diversas Resoluções do CONTRAN,
encontrando-se atualmente disposto na resolução
525/2015.

ABRANGÊNCIA

Em que pese as disposições do CTB sejam bastante


restritas (aplicáveis apenas aos motoristas profissio-
nais de transporte rodoviário coletivo de passageiros
e de transporte rodoviário de cargas), a Resolução
abrangeu, também, outras espécies de motoristas
profissionais:

z Dos veículos de transporte e de condução de


escolares;
z De transporte de passageiros com mais de 10 (dez
lugares); e
z De carga com peso bruto total superior a 4.536 (qua-
tro mil e quinhentos e trinta e seis) quilogramas.

As exigências da Resolução referentes ao transpor-


te coletivo de passageiros não excluem outras defini-
das pelo poder concedente.

DEFINIÇÕES

I – motorista profissional: condutor que exerce ati-


vidade remunerada ao veículo.
II - tempo de direção: período em que o condutor
estiver efetivamente ao volante de um veículo em
movimento.
III – intervalo de descanso: período de tempo em
que o condutor estiver efetivamente cumprindo
o descanso estabelecido nesta Resolução, compro-
vado por meio dos documentos previstos no art. 2º,
não computadas as interrupções involuntá-
rias, tais como as decorrentes de engarrafamen-
tos, semáforo e sinalização de trânsito.
IV – ficha de trabalho do autônomo: ficha de contro-
le do tempo de direção e do intervalo de descanso
do motorista profissional autônomo, que deve-
rá sempre acompanhá-lo no exercício de sua
profissão.

NORMAS PARA O MOTORISTA PROFISSIONAL


RESOLUÇÃO Nº 525/2015 DO
O motorista profissional, no exercício de sua pro-
CONTRAN fissão e na condução de veículos abrangidos pela Reso-
lução, fica submetido às condições dispostas a seguir
A Resolução nº 525/15 do CONTRAN dispõe (art. 3º).
sobre fiscalização de tempo de direção do motorista
profissional
Tempo máximo de direção
PANORAMA
O tempo de direção ou de condução consiste
apenas no período em que o condutor estiver efeti-
A Lei nº 12.619/2012 (conhecida como ‘primeira
lei dos caminhoneiros’) incluiu ano CTB o CAPÍTULO vamente ao volante, em curso entre a origem e o
III-A - DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORIS- destino;
TAS PROFISSIONAIS, visando regular esta atividade É vedado ao motorista profissional dirigir por
e estipular os direitos e os deveres dos motoristas, mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veícu-
inserindo disposições importantes acerca do tempo los de transporte rodoviário coletivo de passagei-
54 de direção e jornada de trabalho. Posteriormente, ros ou de transporte rodoviário de cargas.
z Ficha de trabalho externo; e/ou
Importante! z Ou por meios eletrônicos instalados no veículo,
conforme regulamentação específica do Con-
Embora a Resolução também se refira a outras
tran, observada a sua validade jurídica para fins
categorias de motoristas, perceba que houve
trabalhistas.
delimitação aos tipos de veículos a que se aplica
o tempo máximo de direção: veículos de trans-
Pausa para descanso
porte rodoviário coletivo de passageiros ou de
transporte rodoviário de cargas. O momento em que ocorrerá a pausa para o des-
canso dependerá do tipo de veículo que estiver sendo
Início da viagem conduzido:

Início de viagem é a partida do veículo na ida ou z Descanso A, veículo de transporte de carga:


no retorno, com ou sem carga, considerando-se como serão observados 30 (trinta) minutos para descan-
sua continuação as partidas nos dias subsequentes até so dentro de cada 6 (seis) horas na condução do
o destino. veículo, sendo facultado o seu fracionamento e o
O condutor somente iniciará uma viagem após o do tempo de direção desde que não ultrapassadas
cumprimento integral do intervalo de descanso míni- 5 (cinco) horas e meia contínuas no exercício da
mo de 11hs dentro de um período de 24hs: condução. Este descanso pode ocorrer em cabine
leito do veículo.
V - O condutor é obrigado, dentro do período de z Descanso B, veículo rodoviário de passageiros:
24 (vinte e quatro) horas, a observar o mínimo de serão observados 30 (trinta) minutos para descan-
11 (onze) horas de descanso, que podem ser fra- so a cada 4 (quatro) horas na condução do veí-
cionadas, usufruídas no veículo e coincidir com os culo, sendo facultado o seu fracionamento e o do
intervalos mencionados no inciso II, observadas, tempo de direção. Este descanso pode ocorrer em
no primeiro período, 8 (oito) horas ininterruptas de poltrona correspondente ao serviço de leito.
descanso; z Descanso C: dentro do período de 24 (vinte e
quatro) horas, o condutor deve observar o míni-
Nenhum transportador de cargas ou coletivo de mo de 11 (onze) horas de descanso, que podem
passageiros, embarcador, consignatário de cargas, ser fracionadas, usufruídas no veículo e coin-
operador de terminais de carga, operador de trans- cidir com os intervalos mencionados acima,
porte multimodal de cargas ou agente de cargas orde- observadas, no primeiro período, 8 (oito) horas
nará a qualquer motorista a seu serviço, ainda ininterruptas de descanso.
que subcontratado, que conduza veículo referido no
caput sem que o condutor tenha cumprido integral- Este descanso, especificamente, pode ocorrer na
mente este intervalo de descanso. cabine leito do veículo ou em poltrona corresponden-
te ao serviço de leito, devendo ocorrer com o veículo
Prolongamento do tempo de direção estacionado.
Porém, nos casos em que o empregador adotar 2
Apesar de haver vedação a jornadas acima de cin- (dois) motoristas trabalhando no mesmo veículo,
co horas e meia ininterruptas, a Resolução admite o tempo de repouso poderá ser feito com o veícu-
exceções, compreendendo que nem sempre será pos- lo em movimento, assegurado o repouso mínimo
sível ao motorista realizar a pausa para descanso. de 6 (seis) horas consecutivas a cada 72 (setenta e
Assim, o tempo de direção poderá ser elevado, duas) horas, a ser usufruído: Fora do veículo em alo-
cumpridas as diretrizes abaixo: jamento externo; ou, se na cabine leito, com o veículo
estacionado.
z Essa hipótese ocorrerá em situações excepcionais;
z A inobservância do tempo de direção deve ser Responsabilidades
devidamente justificada e registrada;
z O prolongamento da jornada se dará apenas pelo O motorista profissional é responsável por:
período necessário para que o condutor, o veí-
culo e a carga cheguem a um lugar que ofereça a z Controlar e registrar o tempo de condução esti-
segurança e o atendimento demandados; pulado neste artigo, com vistas à sua estrita
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

z O prolongamento da jornada somente poderá observância;


ocorrer se não houver comprometimento da z Guardar e preservar a exatidão das informações
segurança rodoviária. contidas no tacógrafo.

Controle do tempo de direção TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O tempo de direção será controlado: Para o transporte de passageiros, serão observa-


dos, ainda, os seguintes requisitos:
z Mediante registrador instantâneo inalterável de
velocidade e tempo (TACÓGRAFO, que deve funcio- I - é facultado o fracionamento do intervalo de con-
nar de forma independente de qualquer interfe- dução do veículo previsto no CTB em períodos de no
rência do condutor, quanto aos dados registrados); mínimo 5 (cinco) minutos;
e/ou II - será assegurado ao motorista intervalo mínimo
z Por meio de anotação em diário de bordo, ou pape- de 1 (uma) hora para refeição, podendo ser fracio-
leta; e/ou nado em 2 (dois) períodos e coincidir com o tempo 55
de parada obrigatória na condução do veículo esta- Medida administrativa
belecido pelo CTB, exceto quando se tratar do moto-
rista profissional enquadrado no § 5º do art. 71 da A medida administrativa prevista pela infração é a
Consolidação das Leis Trabalhistas.
de retenção do veículo para cumprimento do tempo
de descanso aplicável.
MÉTODOS DE FISCALIZAÇÃO
Ela não será aplicada nos seguintes casos:
A fiscalização do tempo de direção e do intervalo
de descanso do motorista profissional será realizada z Caso se apresente outro condutor habilitado que
pelo órgão ou entidade de trânsito com circunscrição tenha observado o tempo de direção e descanso
sobre a via em que ocorrer a abordagem do veículo, e para dar continuidade à viagem.
ocorrerá por meio de: z Caso se trate de veículo de transporte coletivo de
Análise do disco ou fita diagrama do registra- passageiros, carga perecível e produtos perigosos,
dor instantâneo e inalterável de velocidade e tempo sendo esta hipótese sujeita a critério do agente
(TACÓGRAFO) ou de outros meios eletrônicos idôneos (art. 270, §5º, do CTB).
instalados no veículo, na forma da Resolução 92/99 do
CONTRAN; Não ocorrendo estas hipóteses, a retenção do veí-
A fiscalização por meio do tacógrafo é o método culo será aplicada pelos seguintes períodos de tempo:
preferencial que deve ser adotado, de forma que
os métodos dispostos abaixo (verificação do diário
z Quando se tratar de descumprimento dos descan-
de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo etc.)
sos A e B mencionados acima: pelo período de 30
somente serão utilizados quando da impossibilidade
da comprovação por meio do disco ou fita diagrama; minutos, ressalvada as hipóteses de prolongamen-
Quando a fiscalização for realizada por meio do to justificado do tempo de direção;
tacógrafo, deverá ser descontado da medição realiza- z Quando se tratar de descumprimento do descanso
da, o erro máximo admitido de 2 (dois) minutos a cada C mencionado acima: pelo período de 11 horas.
24 (vinte e quatro) horas e 10 (dez) minutos a cada 7
(sete) dias. Neste caso, a retenção poderá ser realizada em
depósito do órgão ou entidade de trânsito responsá-
Verificação do diário de bordo, papeleta ou ficha de vel pela fiscalização, caso não se apresente condutor
trabalho externo, fornecida pelo empregador habilitado no local da infração

Este documento deve possuir espaço, no verso ou Art. 6° Caso haja local apropriado para descanso
anverso, para que o agente de trânsito possa registrar, nas proximidades o agente de trânsito poderá libe-
no ato da fiscalização, seu nome e matrícula, data, rar o veículo para cumprimento do intervalo de
hora e local da fiscalização, e, quando for o caso, o descanso nesse local, mediante recolhimento do
número do auto de infração CRLV (CLA), o qual será devolvido somente depois
de decorrido o respectivo período de descanso.
Verificação da ficha de trabalho do autônomo
O estabelecimento reconhecido como ponto de
O motorista profissional autônomo deverá portar
parada e descanso deverá contar com sinalização de
a ficha de trabalho das últimas 24 (vinte quatro) horas.
indicação de serviços auxiliares, devendo ser utili-
Este documento deve possuir espaço, no verso ou
zados os pictogramas correspondentes aos serviços
anverso, para que o agente de trânsito possa registrar,
no ato da fiscalização, seu nome e matrícula, data, oferecidos.
hora e local da fiscalização, e, quando for o caso, o
número do auto de infração

INFRAÇÃO

300 M
O condutor que for flagrado em desrespeito ao dis-
posto na Resolução, ou deixe de apresentar ao agen-
te de trânsito qualquer um dos meios de fiscalização
será enquadrado no art. 230, XXIII do CTB:
PONTO DE PARADA E DESCANSO
RECONHECIDO - DNIT - (61) 3315-4000
Art. 230. Conduzir o veículo:
XXIII - em desacordo com as condições estabeleci-
das no art. 67-C, relativamente ao tempo de perma-
nência do condutor ao volante e aos intervalos para
descanso, quando se tratar de veículo de transporte
de carga ou coletivo de passageiros:
Infração – média;
Penalidade – multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para
cumprimento do tempo de descanso aplicável.
§ 1º Se o condutor cometeu infração igual nos últi-
ACESSO
mos 12 (doze) meses, será convertida, automatica- PONTO DE PARADA E DESCANSO
mente, a penalidade disposta no inciso XXIII em RECONHECIDO - DNIT - (61) 3315-4000
56 infração grave.
c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilo-
gramas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito
centavos);
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogra-
mas) - R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois
centavos);
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil qui-
logramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cin-
quenta e seis centavos);
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas)
- R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos);
Medida administrativa - retenção do veículo e
transbordo da carga excedente.

z Art. 231, inciso VI: quando as informações do(s)


veículo(s) e/ou carga, com dimensões superiores
aos limites estabelecidos legalmente, estão em
desacordo com aquelas constantes da AET, tais
como peso, dimensões, percurso, exigência da
sinalização, configuração de eixos, entre outras
INFRAÇÕES informações e exigências;

Condutor flagrado descumprindo os preceitos des- CTB – Art. 231. Transitar com o veículo:
ta Resolução será enquadrado nos seguintes artigos, VI - em desacordo com a autorização especial,
conforme for a infração cometida: expedida pela autoridade competente para transi-
tar com dimensões excedentes, ou quando a mesma
z Art. 187, inciso I: quando o(s) veículo(s) e/ou carga estiver vencida:
estiverem com dimensões superiores aos limites Infração - grave;
estabelecidos legalmente e existir restrição de trá- Penalidade - multa e apreensão do veículo;
fego referente ao local e/ou horário imposta pelo Medida administrativa - remoção do veículo;
órgão com circunscrição sobre a via e não cons-
tante na AET. z Art. 231, inciso VI: quando o veículo(s) e/ou car-
ga estiverem com suas dimensões superiores aos
CTB - Art. 187. Transitar em locais e horários não limites estabelecidos legalmente e circularem com
permitidos pela regulamentação estabelecida pela a AET vencida;
autoridade competente:
I - para todos os tipos de veículos: CTB – Art. 231. Transitar com o veículo:
Infração - média; VI - em desacordo com a autorização especial,
Penalidade – multa. expedida pela autoridade competente para transi-
tar com dimensões excedentes, ou quando a mesma
z Art. 231, inciso IV: quando o(s) veículo(s) e/ou car- estiver vencida:
ga estiverem com suas dimensões superiores aos Infração - grave;
limites estabelecidos legalmente e circularem sem Penalidade - multa e apreensão do veículo;
a expedição da AET ou com AET expedida em desa- Medida administrativa - remoção do veículo;
cordo com os requisitos vistos acima;
z Art. 231, inciso X: quando o peso do veículo mais
CTB – Art. 231. Transitar com o veículo: a carga for superior à Capacidade Máxima de Tra-
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores ção (CMT) do(s) caminhão(ões) trator(es);
aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinali-
zação, sem autorização: CTB – Art. 231. Transitar com o veículo:
Infração - grave; X - excedendo a capacidade máxima de tração:
Penalidade - multa; Infração - de média a gravíssima, a depender da
Medida administrativa - retenção do veículo para
relação entre o excesso de peso apurado e a capaci-
regularização.
dade máxima de tração, a ser regulamentada pelo
CONTRAN;
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

z Art. 231, inciso V: quando o peso do veículo mais o Penalidade - multa;


peso da carga for superior aos limites legais de peso; Medida Administrativa - retenção do veículo e
transbordo de carga excedente.
CTB – Art. 231. Transitar com o veículo: V - com
excesso de peso, admitido percentual de tolerância
z Art. 232: quando o(s) veículo(s) e/ou carga com
quando aferido por equipamento, na forma a ser
dimensões superiores aos limites estabelecidos
estabelecida pelo CONTRAN:
Infração - média; legalmente não estiver portando a AET regular-
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos qui- mente expedida;
logramas ou fração de excesso de peso apurado,
constante na seguinte tabela: CTB - Art. 232. Conduzir veículo sem os documen-
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 tos de porte obrigatório referidos neste Código:
(cinco reais e trinta e dois centavos); Infração - leve;
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos qui- Penalidade - multa;
logramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro Medida administrativa - retenção do veículo até a
centavos); apresentação do documento. 57
z Art. 235: quando a carga ultrapassar os limites Dispositivos de amarração - Dispositivo pro-
laterais, posterior e/ou anterior do(s) veículo(s), jetado para ser fixado aos pontos de amarração
ainda que não ultrapasse os limites regulamenta- com objetivo de imobilizar a carga no veículo. O
res de dimensões: material de amarração é composto de elementos de
tensão (por exemplo, corrente, cabo de aço, trava,
CTB - Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou car- cinta têxtil, rede, etc.), de dispositivo de tensão (por
ga nas partes externas do veículo, salvo nos casos exemplo, catraca, tensionador, esticador) quando
devidamente autorizados: aplicável e se, necessário, de acessórios de união
Infração - grave; (por exemplo: anel, manilha ou elo).
Penalidade - multa; Carga - Todo material e/ou objeto embarcado e
Medida administrativa - retenção do veículo para transportada em um veículo.
transbordo.
AMARRAÇÃO DE CARGAS
z Art. 237: quando o(s) veículo(s) e/ou carga estive-
rem com suas dimensões superiores aos limites Todas as cargas transportadas, conforme seu tipo,
estabelecidos legalmente e a sinalização especial devem estar devidamente amarradas, ancoradas
de advertência não tiver sido instalada ou não e acondicionadas no compartimento de carga ou
atender aos requisitos previstos para a sinalização superfície de carregamento do veículo.
especial: A finalidade deste requisito é prevenir movimen-
tos relativos durante todas as condições de operação
CTB - Art. 237. Transitar com o veículo em desa-
esperadas no transcorrer da viagem, como: manobras
cordo com as especificações, e com falta de inscri-
ção e simbologia necessárias à sua identificação, bruscas, solavancos, curvas, frenagens ou desacelera-
quando exigidas pela legislação: ções repentinas, visando preservar a segurança viária.
Infração - grave;
Penalidade - multa; Dispositivos de amarração
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização. Há uma grande variedade de dispositivos que
podem ser utilizados para amarração das cargas:

z Cintas têxteis;
RESOLUÇÃO Nº 552/2015 DO z Correntes ou cabos de aço, com resistência total à
ruptura por tração de, no mínimo, 2 (duas) vezes o
CONTRAN peso da carga;
z Dispositivos adicionais como: barras de contenção,
A Resolução nº 552/15 do CONTRAN dispõe sobre trilhos, malhas, redes, calços, mantas de atrito,
requisitos mínimos de segurança para amarração das separadores, bloqueadores, protetores, etc;
cargas transportadas em veículos de carga. z Pontos de amarração adequados e em número
suficiente.
ABRANGÊNCIA
Os dispositivos de amarração devem estar em bom
Esta resolução se aplica a transporte de CARGA em: estado e serem dotados de mecanismo de tensiona-
mento, quando aplicável, que possa ser verificado
z Veículos de carga; e reapertado manual ou automaticamente durante o
z Veículos registrados como especiais ou mistos utili- trajeto.
zados no transporte de cargas. O CONDUTOR é responsável por verificar periodi-
camente durante o percurso o tensionamento dos dis-
Regra: todo transporte de carga nas vias nacionais positivos de fixação, e reapertá-los quando necessário.
abertas à circulação deve respeitar o disposto nesta O que não pode ser usado como dispositivo de
Resolução; amarração?
Exceção: a resolução não se aplica ao: Segundo a Resolução, é proibida a utilização de
cordas como dispositivo de amarração de carga, sen-
z Transporte de cargas que tenham regulamentação do permitido o seu uso exclusivamente para fixação da
específica; lona de cobertura, quando exigível.
z Transporte de cargas realizado em veículo dedica-
do a transportar determinado tipo de carga, o qual
possua sistemas específicos de contenção (exem- Importante!
plo: cargas indivisíveis).
A Resolução nº 441/2013 do CONTRAN, com a
DEFINIÇÕES redação dada pela Res. 664/2017, ficou permi-
tida a utilização de cordas como dispositivos de
Extraímos do Anexo da Resolução as seguintes amarração para transporte de cana-de-açúcar
definições, no que nos importa para o estudo: inteira, medindo entre 1,50 e 3,00m.

Ponto de amarração - Dispositivos de ancoragem


ou fixação existentes no veículo ao qual se pode PONTOS DE AMARRAÇÃO
fixar diretamente um dispositivo de amarração.
Um ponto de amarração pode ser, por exemplo, um Os pontos de amarração são os locais onde serão
58 elo, um gancho, um anel ou uma saliência. fixados os dispositivos de amarração.
Para veículos de carga de uso geral, PBT superior VEÍCULOS DO TIPO CARROCERIA ABERTA
a 3,5 t, devem cumprir os seguintes requisitos (Anexo
da Resolução): Nos veículos do tipo carroceria aberta, com guar-
das laterais rebatíveis (aquela carroceria cujas pare-
z Devem ser projetados para transmitir as forças des não são fixas, mas podem ser abaixadas), no caso
que recebem aos elementos estruturais do veículo. de haver espaço entre a carga e as guardas laterais, os
z Devem estar fixados na plataforma de carga e dispositivos de amarração devem ser tensionados pelo
sobre a parede vertical dianteira (painel frontal), lado interno das guardas laterais, observando que:
quando esta for utilizada para apoiar a carga.
z É proibida a passagem dos dispositivos pelo lado
z Quando não utilizados, não devem ficar acima
externo das guardas laterais;
do nível horizontal da plataforma e nem sobre a
z Exceto quando a carga ocupa todo o espaço inter-
parede vertical dianteira no interior da região de no da carroceria, estando apoiada ou próxima das
carga. guardas laterais ou dos seus fueiros (estacas late-
z Os encaixes necessários para acomodar os pontos rais), impedindo a passagem dos dispositivos de
de amarração na plataforma de carga devem ser amarração por dentro das guardas.
os menores possíveis. z Os dispositivos NÃO PODEM estar fixados exclusi-
z Devem ser projetados de modo a não afetar a vamente no piso de madeira, mas sim fixados na
segurança das pessoas que tenham contato com parte metálica da carroceria ou no próprio chassi.
os pontos.
z O número de amarrações deve ser determinado
considerando-se o maior valor do comprimento da
plataforma de carga, da distância máxima entre
os pontos de amarração ou da força de tração
admissível.
z Os veículos cujos pontos de amarração cumpram
esta Resolução devem ser providos de uma placa
ou adesivo de identificação contendo o Nome e
CNPJ do fabricante dos pontos, bem como a frase
“Veículo com pontos de ancoragem para amarra-
ção de carga de acordo com a Resolução CONTRAN
nº 552, de 17 de setembro de 2015”, colocado em
lugar visível.

CARROÇARIAS DE MADEIRA

As carroçarias novas deverão ser construídas com Cargas que não ocupam toda a carroceria
madeira de alta densidade e alta resistência, ter longitudinal
obrigatoriamente fixadores metálicos de perfil U que
comprovadamente resistam às forças solicitadas. Se a carga não ocupa toda a carroceria no senti-
As guardas laterais e piso não podem ser conside- do longitudinal, havendo espaços vazios nos painéis
rados pontos de fixação se estes pontos de amarração traseiro e frontal, devem ser previstos pelo transpor-
não estiverem em contato com travessas ou o chassi. tador, além dos dispositivos de amarração, outros
É somente na inexistência de pontos de amarração dispositivos diagonais que impeçam os movimentos
adequados, ou em número suficiente que se permite a para frente e para trás da carga:
fixação dos dispositivos de amarração no próprio
chassi do veículo.
Para os veículos em circulação, deverão ser adiciona-
dos aos dispositivos de amarração perfis metálicos em
“L” ou “U” nos pontos de fixação, fixados nas travessas da
estrutura por parafusos, de modo a permitir a soldagem
do gancho nesse perfil e a garantir a resistência necessária.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

VEÍCULOS DO TIPO PRANCHA OU CARROCERIA


ABERTA

Os veículos do tipo prancha (por exemplo, guin- PAINEL FRONTAL


cho) ou carroceria aberta (que não possui cobertura
superior fixa), transportando: No veículo cujo painel frontal seja utilizado
como batente dianteiro, o painel frontal deve ter
z Equipamento(s), máquina(s), veículo(s) ou qualquer resistência suficiente para absorver os esforços pre-
outro tipo de carga fracionada. Esses deverão: amar- vistos nas rodovias e adequados ao tipo de carga a que
rar cada unidade de carga com correntes, cintas têx- se destinam.
teis, cabos de aço ou combinação entre esses tipos, Neste caso, fica proibida a circulação de veícu-
ancorados nos pontos de amarração da estrutura los cuja carga ultrapasse a altura do painel frontal e
metálica da carroceria e/ou do próprio chassi em exista a possibilidade de deslizamento longitudinal da
pelo menos 4 (quatro) terminais de amarração. parte da carga que está acima do painel frontal. 59
se a carga não ocupa todo o espaço interno da
carroceria;
z Os dispositivos de fixação dos veículos do tipo car-
roceria aberta, com guardas laterais rebatíveis
não podem estar fixados exclusivamente no piso
de madeira;
z É proibida a circulação de veículos cuja carga
ultrapasse a altura do painel frontal e exista a pos-
sibilidade de deslizamento longitudinal da parte
da carga que está acima do painel frontal.

INFRAÇÕES

O não cumprimento do disposto na Resolução


implicará, conforme o caso, no enquadramento do
VEÍCULOS DO TIPO BAÚ LONADO
infrator nos seguintes artigos do CTB:
Nos veículos do tipo baú lonado (tipo “sider”),
z Art. 169
as lonas laterais não podem ser consideradas como
estrutura de contenção da carga, devendo existir „ Quando transitar com os dispositivos de fixa-
pontos de amarração em número suficiente. ção sem estar devidamente tensionados.

Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados


VEÍCULOS COM CARROCERIA INTEIRAMENTE
indispensáveis à segurança:
FECHADA Infração - leve;

Nos veículos com carroceria inteiramente fecha- Penalidade - multa.


da (furgão carga geral, baú isotérmico, baú frigorífi-
co, etc.), as paredes podem ser consideradas como z Art. 230, inciso IX
estrutura de contenção, sendo opcional a existência „ Quando for constatada falta dos dispositivos
de pontos de amarração internos. obrigatórios de fixação, fabricados para amar-
Veja, abaixo, algumas frases que resumem as nor- ração de cargas, ou mecanismo de tensiona-
mas que acabamos de ver, ditas de outra forma: mento (quando aplicável);
„ Quando portar os dispositivos obrigatórios de
Normas positivas fixação, em mau estado de conservação;
„ Quando utilizar cordas como dispositivo de
z É permitida a passagem dos dispositivos de amar- amarração de carga, em substituição aos dis-
ração pelo lado externo das guardas laterais nos positivos de fixação previstos nesta Resolução;
veículos do tipo carroceria aberta, com guardas
Art. 230. Conduzir o veículo:
laterais rebatíveis se a carga ocupa todo o espaço
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este
interno da carroceria e está apoiada ou está próxi- ineficiente ou inoperante;
ma das guardas ou estacas laterais; Infração - grave;
z Os dispositivos de fixação dos veículos do tipo car- Penalidade - multa;
roceria aberta, com guardas laterais rebatíveis, Medida administrativa - retenção do veículo para
devem estar fixados na parte metálica da carro- regularização;
ceria ou no próprio chassi do veículo (não podem
estar fixados nas guardas laterais, portanto); z Art. 230, inciso X
z Normas condicionais „ Quando utilizar a passagem dos dispositivos
z A fixação dos dispositivos de amarração no pró- de fixação pelo lado externo das guardas late-
prio chassi do veículo (e não em um ponto de rais nos veículos do tipo carroceria aberta, com
amarração) com carroçaria de madeira somente guardas laterais rebatíveis;
pode ocorrer SE não existirem pontos de amarra- „ Quando utilizar os dispositivos de fixação com
ção adequados ou em número suficiente; os pontos de ancoragem não fixados nas tra-
z Se a carga não ocupa toda a carroceria no sentido vessas da estrutura da carroceria, ou com os
longitudinal, devem ser previstos dispositivos dia- pontos de ancoragem em desacordo com os
gonais que impeçam os movimentos para frente e requisitos da Resolução.
para trás da carga;
z Se o painel frontal for utilizado como batente dian- Art. 230. Conduzir o veículo:
teiro, ele deve ter resistência suficiente para absor- X - com equipamento obrigatório em desacordo
ver os impactos da carga. com o estabelecido pelo CONTRAN;
z Normas negativas: Infração - grave;
z As guardas laterais e piso das carroçarias de Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para
madeira não podem ser considerados pontos de
regularização;
fixação se estes pontos de amarração não estive-
rem em contato com travessas ou o chassi;
z É proibida a passagem dos dispositivos pelo lado z d) Art. 235:
externo das guardas laterais nos veículos do tipo „ Quando transportar carga ultrapassando a altu-
60 carroceria aberta, com guardas laterais rebatíveis, ra do painel frontal, existindo a possibilidade
de deslizamento longitudinal da parte da carga DENATRAN: Departamento Nacional de Trânsito;
que está acima do painel frontal. DER: Departamento de Estradas de Rodagem;
DETRAN: Departamento Estadual de Trânsito;
Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura de
partes externas do veículo, salvo nos casos devida- Transportes;
mente autorizados: DPRF: Departamento de Polícia Rodoviária Federal;
Infração - grave; Ex.: Exemplo;
Penalidade - multa; GLP: Gás Liquefeito de Petróleo;
Medida administrativa - retenção do veículo para GNV: Gás Natural Veicular;
transbordo. INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia Nor-
malização e Qualidade Industrial;
IPVA: Imposto sobre Propriedades de Veículos
z e) Art. 237:
Automotores;
„ Quando for constatada a ausência da placa ou ITL: Instituições Técnica Licenciadas;
adesivo de identificação contendo o Nome e ITT: Instituto Tecnológico de Transporte e Trânsito;
CNPJ do fabricante dos pontos de amarração, ITV: Inspeção Técnica Veicular;
prevista na Resolução. LCP: Lei das Contravenções Penais;
NBR: Normas Técnicas Brasileiras;
Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo PBT: Peso Bruto Total;
com as especificações, e com falta de inscrição e PBTC: Peso Bruto Total Combinado;
simbologia necessárias à sua identificação, quando PM: Polícia Militar;
exigidas pela legislação: PPD: Permissão para Dirigir;
Infração - grave; RBMLQ: Rede Brasileira de Metrologia Legal e
Penalidade - multa; Qualidade;
Medida administrativa - retenção do veículo para RENACH: Registro Nacional de Condutores
regularização. Habilitados;
RENAVAM: Registro Nacional de Veículos
Automotores;
RNE: Registro Nacional de Estrangeiro;
Res.: Resolução;
RESOLUÇÃO Nº 561/2015 DO SNT: Sistema Nacional de Trânsito.
CONTRAN - TRANSCRITAS
INTRODUÇÃO
Para sua melhor compreensão a resolução nº
561/2015 será abordada juntamente à resolução nº A fiscalização, conjugada às ações de operação de
371/2020. trânsito, de engenharia de tráfego e de educação para
o trânsito, é uma ferramenta de suma importância na
A Resolução nº 371/2010 do CONTRAN aprova o busca de uma convivência pacífica entre pedestres e
Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, Volume condutores de veículos.
I. As ações de fiscalização influenciam diretamente
Já a Resolução nº 561/2015 do CONTRAN aprova o na segurança e fluidez do trânsito, contribuindo para
Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, Volume a efetiva mudança de comportamento dos usuários da
II. via, e de forma específica, do condutor infrator, atra-
vés da imposição de sanções, propiciando a eficácia
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS da norma jurídica.
Nesse contexto, o papel do agente de trânsito é
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas; desenvolver atividades voltadas à melhoria da quali-
ACC: Autorização para Conduzir Ciclomotor; dade de vida da população, atuando como facilitador
AE: Autorização Especial; da mobilidade urbana ou rural sustentáveis, nortean-
AGETRAN: Agência Municipal de Transporte e do-se, dentre outros, pelos princípios constitucionais
Trânsito; da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicida-
AIT: Auto de Infração de Trânsito; de e eficiência.
Art: Artigo; Desta forma, o Manual Brasileiro de Fiscalização
CF: Constituição Federal; de Trânsito tem como objetivo uniformizar procedi-
CLA: Certificado de Licenciamento Anual; mentos, de forma a orientar os agentes de trânsito nas
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

CMT: Capacidade Máxima de Tração; ações de fiscalização.


CNH: Carteira Nacional de Habilitação;
CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica; AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO
CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente;
CONTRAN: Conselho Nacional de Trânsito;
O agente da autoridade de trânsito competente
CP: Código Penal;
para lavrar o auto de infração de trânsito (AIT) pode-
CPF: Cadastro de Pessoa Física;
CRLV: Certificado de Registro e Licenciamento de
rá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou,
Veículo; ainda, policial militar designado pela autoridade de
CRV: Certificado de Registro de Veículo; trânsito com circunscrição sobre a via no âmbito de
CSV: Certificado de Segurança Veicular; sua competência.
CTB: Código de Trânsito Brasileiro; Para que possa exercer suas atribuições como
CTV: Combinação para Transporte de Veículos; agente da autoridade de trânsito, o servidor ou poli-
CTVV: Convenção de Trânsito Viário de Viena; cial militar deverá ser credenciado, estar devidamen-
CVC: Combinação de Veículos de Carga; te uniformizado, conforme padrão da instituição e no
Dec.: Decreto; regular exercício de suas funções. 61
O infrator está sujeito às penalidades e medidas
Importante! administrativas previstas no CTB.
O veículo utilizado na fiscalização de trânsito As infrações classificam-se, de acordo com sua gra-
deverá estar caracterizado. vidade, em quatro categorias, computados, ainda, os
seguintes números de pontos:

O agente de trânsito, ao constatar o cometimento I - infração de natureza gravíssima, 7 pontos;


da infração, lavrará o respectivo auto e aplicará as II - infração de natureza grave, 5 pontos;
medidas administrativas cabíveis. III - infração de natureza média, 4 pontos;
É vedada a lavratura do AIT por solicitação de IV - infração de natureza leve, 3 pontos.
terceiros, excetuando-se o caso em que o órgão ou
entidade de trânsito realize operação (comando) de RESPONSABILIDADE PELA INFRAÇÃO
fiscalização de normas de circulação e conduta, em
que um agente de trânsito constate a infração e infor- As penalidades serão impostas ao condutor ou ao
me ao agente que esteja na abordagem. proprietário do veículo, salvo os casos de descumpri-
Neste caso, o agente que constatou a infração deve- mento de obrigações e deveres impostos a pessoas físi-
rá convalidar a autuação no próprio auto de infração cas ou jurídicas expressamente mencionadas no CTB.
ou na planilha da operação (comando), a qual deverá
ser arquivada para controle e consulta. Proprietário
O AIT traduz um ato vinculado na forma da Lei,
não havendo discricionariedade com relação a sua Ao proprietário caberá sempre a responsabilida-
lavratura, conforme dispõe o artigo 280 do CTB. de pela infração referente à prévia regularização e
preenchimento das formalidades e condições exi-
CTB - Art. 280. Ocorrendo infração prevista na gidas para o trânsito do veículo na via terrestre, con-
legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de infração, servação e inalterabilidade de suas características,
do qual constará: componentes, agregados, habilitação legal e compa-
I - tipificação da infração; tível de seus condutores, quando esta for exigida e
II - local, data e hora do cometimento da infração; outras disposições que deva observar.
III - caracteres da placa de identificação do veículo,
sua marca e espécie, e outros elementos julgados
Condutor
necessários à sua identificação;
IV - o prontuário do condutor, sempre que possível;
V - identificação do órgão ou entidade e da autori- Ao condutor caberá a responsabilidade pelas
dade ou agente autuador ou equipamento que com- infrações decorrentes de atos praticados na direção
provar a infração; do veículo.
VI - assinatura do infrator, sempre que possível,
valendo esta como notificação do cometimento da Pessoa Física ou Jurídica expressamente
infração. mencionada no CTB
§ 1º (VETADO)
§ 2º A infração deverá ser comprovada por decla- A pessoa física ou jurídica é responsável por infra-
ração da autoridade ou do agente da autoridade ção de trânsito, não vinculada a veículo ou à sua con-
de trânsito, por aparelho eletrônico ou por equipa-
dução, expressamente mencionada no CTB. Exemplo:
mento audiovisual, reações químicas ou qualquer
outro meio tecnologicamente disponível, previa-
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercado-
mente regulamentado pelo CONTRAN.
rias, materiais ou equipamentos, sem autorização
§ 3º Não sendo possível a autuação em flagrante,
do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
o agente de trânsito relatará o fato à autoridade
sobre a via:
no próprio auto de infração, informando os dados a
respeito do veículo, além dos constantes nos incisos Infração - grave;
I, II e III, para o procedimento previsto no artigo Penalidade - multa;
seguinte. Medida administrativa - remoção da mercadoria
§ 4º O agente da autoridade de trânsito compe- ou do material.
tente para lavrar o auto de infração poderá ser Parágrafo único. A penalidade e a medida adminis-
servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, trativa incidirão sobre a pessoa física ou jurídica
policial militar designado pela autoridade de trân- responsável.
sito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua
competência. AUTUAÇÃO

O agente de trânsito deve priorizar suas ações no Autuação é ato administrativo da Autoridade de
sentido de coibir a prática das infrações de trânsito, Trânsito ou de seus agentes quando da constatação do
devendo tratar a todos com urbanidade e respeito, cometimento de infração de trânsito, devendo ser for-
sem, contudo, omitir-se das providências que a lei malizado por meio da lavratura do AIT.
lhe determina. O AIT é peça informativa que subsidia a Autorida-
de de Trânsito na aplicação das penalidades e sua con-
INFRAÇÃO DE TRÂNSITO sistência está na perfeita caracterização da infração,
devendo ser preenchido de acordo com as disposições
Constitui infração a inobservância a qualquer pre- contidas no artigo 280 do CTB e demais normas regu-
ceito da legislação de trânsito, às normas emanadas lamentares, com registro dos fatos que fundamenta-
62 do Código de Trânsito. ram sua lavratura.
O AIT não poderá conter rasura, emenda, uso de O AIT deverá ser impresso em, no mínimo, duas
corretivo, ou qualquer tipo de adulteração. O seu vias, exceto o registrado em equipamento eletrônico.
preenchimento se dará com letra legível, preferen- Uma via do AIT será utilizada pelo órgão ou enti-
cialmente, com caneta esferográfica de tinta azul. dade de trânsito para os procedimentos administrati-
Poderá ser utilizado o talão eletrônico para vos de aplicação das penalidades previstas no CTB. A
o registro da infração conforme regulamentação outra via deverá ser entregue ao condutor, quando se
específica. tratar de autuação com abordagem, ainda que este se
O agente só poderá registrar uma infração por recuse a assiná-lo.
auto e, no caso da constatação de infrações em que Nas infrações cometidas com combinação de veí-
os códigos infracionais possuam a mesma raiz (os culos, preferencialmente será autuada a unidade tra-
três primeiros dígitos), considerar-se-á apenas uma tora. Na impossibilidade desta, a unidade tracionada.
infração.
Exemplos: MEDIDAS ADMINISTRATIVAS

z Condutor e passageiro sem usar o cinto de segu- Medidas administrativas são providências de cará-
rança, lavrar somente o auto de infração com o ter complementar, exigidas para a regularização de
código 518-51 e descrever no campo “Observa- situações infracionais, sendo, em grande parte, de
ções” a situação constatada (condutor e passageiro aplicação momentânea, e têm como objetivo priori-
sem usar o cinto de segurança). tário impedir a continuidade da prática infracional,
z Veículo sem equipamento obrigatório e com garantindo a proteção à vida e à incolumidade física
equipamento obrigatório ineficiente/inoperan- das pessoas, e não se confundem com penalidades.
te, utilizar o código 663-71 e descrever no campo Compete à autoridade de trânsito com circuns-
“Observações” a situação constatada (ex.: sem o crição sobre a via e seus agentes aplicar as medidas
estepe e com o extintor de incêndio vazio). administrativas, considerando a necessidade de segu-
rança e fluidez do trânsito.
As infrações podem ser concorrentes ou A impossibilidade de aplicação de medida admi-
concomitantes: nistrativa prevista para infração não invalidará a
São concorrentes aquelas em que o cometimento autuação pela infração de trânsito, nem a imposição
de uma infração tem como pressuposto o cometimen-
das penalidades previstas.
to de outra.
Por exemplo:
Retenção do Veículo
z Veículo sem as placas (art. 230, IV), por falta de
Consiste na sua imobilização no local da aborda-
registro (art. 230, V).
gem, tendo como finalidade a solução de determinada
z Ultrapassar pelo acostamento (art. 202) e transitar
irregularidade.
com o veículo pelo acostamento (art. 193).
A retenção se dará nas infrações em que esteja pre-
vista esta medida administrativa.
Nesses casos, o agente deverá lavrar um único
Quando a irregularidade puder ser sanada no local
AIT, com base no art. 230, V.
onde for constatada a infração, o veículo será liberado
São concomitantes aquelas em que o cometimento
tão logo seja regularizada a situação.
de uma infração não implica o cometimento de outra,
Na impossibilidade de sanar a falha no local da
na forma do art. 266 do CTB.
infração, o veículo poderá ser retirado por condutor
Art. 266. Quando o infrator cometer, simultanea- regularmente habilitado, desde que não ofereça ris-
mente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplica- co à segurança do trânsito, mediante recolhimento do
das, cumulativamente, as respectivas penalidades. Certificado de Licenciamento Anual - CLA/CRLV, con-
tra recibo, notificando o condutor do prazo para sua
Por exemplo: regularização.
Não se apresentando condutor habilitado no local
z Deixar de reduzir a velocidade do veículo de for- da infração, o veículo será recolhido ao depósito.
ma compatível com a segurança do trânsito ao No prazo assinalado no recibo, o infrator deverá
ultrapassar ciclista (art. 220, XIII) e não manter a providenciar a regularização do veículo e apresentá-
distância de 1,50m ao ultrapassar bicicleta (art. -lo no local indicado, onde, após submeter-se à visto-
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

201). ria, terá seu CLA/CRLV restituído.


z Dirigir veículo com a CNH vencida há mais de trin- No caso de não observância do prazo estabeleci-
ta dias (art. 162, V) e de categoria diferente para a do para a regularização, o agente da autoridade de
qual é habilitado (art. 162, III). trânsito deverá encaminhar o documento ao órgão ou
entidade de trânsito de registro do veículo.
No caso de estacionamento irregular e que, por Havendo comprometimento da segurança do trân-
motivo operacional, a remoção não possa ser reali- sito e/ou no caso de o condutor sinalizar que não regu-
zada, será lavrado somente um AIT, independente- larizará a situação, a retenção do veículo poderá ser
mente do tempo que o veículo permaneça estacionado, transferida para local mais adequado ou para o depó-
desde que o mesmo não se movimente neste período. sito do órgão ou entidade de trânsito.
Nesses casos, o agente deverá lavrar os dois AIT. Quando se tratar de transporte coletivo conduzin-
O agente de trânsito, sempre que possível, deve- do passageiros ou de veículo transportando produto
rá abordar o condutor do veículo para constatar a perigoso ou perecível, desde que o veículo ofereça con-
infração, ressalvados os casos nos quais a infração dições de segurança para circulação em via pública, a
poderá ser comprovada sem a abordagem. retenção pode deixar de ser aplicada imediatamente. 63
Remoção do Veículo Quando houver fundada suspeita quanto à inau-
tenticidade ou adulteração, deverão ser adotadas as
A remoção do veículo consiste em deslocar o veícu- medidas de polícia judiciária.
lo para o depósito fixado pela autoridade de trânsito De acordo com a Resolução do CONTRAN nº
com circunscrição sobre a via. 61/1998, o CLA é o Certificado de Registro e Licencia-
Tem por finalidade restabelecer as condições de mento de Veículos (CRLV).
segurança, fluidez da via, garantir a boa ordem admi- Todo e qualquer recolhimento de CLA deve ser
nistrativa, dentre outras hipóteses estabelecidas pela documentado por meio de recibo, sendo que uma das
legislação. vias será entregue, obrigatoriamente, ao condutor.
A remoção deve ser feita por meio de veículo des- Após o recolhimento do documento pelo agente,
tinado para esse fim ou, na falta deste, valendo-se a Autoridade de Trânsito do órgão autuador deve-
da própria capacidade de movimentação do veículo rá adotar medidas destinadas ao registro do fato no
a ser removido, desde que haja condições de seguran- RENAVAM.
ça para o trânsito.
A remoção do veículo não será aplicada se o con- HABILITAÇÃO
dutor, regularmente habilitado, sanar a irregula-
ridade no local, desde que isso ocorra antes que a Para a condução de veículos automotores é obriga-
operação de remoção tenha sido iniciada, ou quando tório o porte do documento de habilitação, apresenta-
o agente avaliar que a operação de remoção trará do no original e dentro da data de validade.
ainda mais prejuízo à segurança e/ou fluidez da via. Esta disposição será flexibilizada com a Lei nº
Este procedimento somente se aplica para o veículo 14.071/2020, que incluirá ao art. 159 o seguinte
devidamente licenciado e que esteja em condições de dispositivo:
segurança de circulação.
A restituição dos veículos removidos só ocorrerá § 1º-A O porte do documento de habilitação será
após o pagamento das multas, taxas e despesas com dispensado quando, no momento da fiscalização,
remoção e estada, além de outros encargos previstos for possível ter acesso ao sistema informatizado
para verificar se o condutor está habilitado.
na legislação específica.

O documento de habilitação não pode estar plastifi-


Recolhimento do Documento de Habilitação
cado para que sua autenticidade possa ser verificada.
São documentos de habilitação:
O recolhimento do documento de habilitação tem
por objetivo imediato impedir a condução de veí-
z Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) -
culos nas vias públicas enquanto perdurar a irregula-
habilita o condutor somente para conduzir ciclo-
ridade constatada.
motores e cicloelétricos.
O documento de habilitação será recolhido pelo
z Permissão para Dirigir (PPD) - categorias A e B.
agente, mediante recibo, sendo uma das vias entre-
z Carteira Nacional de Habilitação (CNH) - catego-
gue, obrigatoriamente, ao condutor, e ficará sob cus-
rias A, B, C, D e E.
tódia do órgão ou entidade de trânsito responsável
pela autuação até que o condutor comprove que a
Condutor oriundo de país Estrangeiro
irregularidade foi sanada.
Caso o condutor não compareça ao órgão ou enti-
O condutor de veículo automotor, oriundo de país
dade de trânsito responsável pela autuação em até 5
estrangeiro e nele habilitado, poderá dirigir portando
(cinco) dias da data do cometimento da infração, o
Permissão Internacional para Dirigir (PID) ou docu-
documento será encaminhado ao órgão executivo de
mento de habilitação estrangeira, acompanhados de
trânsito responsável pelo seu registro.
documento de identificação, quando o país de origem
Sanada a irregularidade, a restituição do docu-
do condutor for signatário de Acordos ou Convenções
mento de habilitação se dará sem qualquer outra
Internacionais, ratificados pelo Brasil, respeitada a
exigência.
validade da habilitação de origem e o prazo máximo
O recibo expedido pelo agente não autoriza a con-
de 180 dias da sua estada regular no Brasil.
dução do veículo.
As normas sobre condutores estrangeiros encon-
tram-se na Resolução 360/2010 do CONTRAN.
Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual
O condutor de motocicleta, motoneta e ciclomotor,
(CLA/CRLV)
quando desmontado e puxando ou empurrando o veí-
culo nas vias públicas, não se equipara ao pedestre,
Consiste no recolhimento do documento que cer-
estando sujeito às infrações previstas no CTB.
tifica o licenciamento do veículo com o objetivo de
garantir que o proprietário promova a regularização
da infração constatada.
Deve ser aplicada nos seguintes casos:
RESOLUÇÃO Nº 667/2017 DO
z Quando não for possível sanar a irregularidade, CONTRAN (EXCETO ANEXOS)
nos casos em que esteja prevista a medida admi-
nistrativa de retenção do veículo; Para sua melhor compreensão a resolução nº
z Quando houver fundada suspeita quanto à inau- 667/2017 será abordada juntamente à resolução nº
64 tenticidade ou adulteração; 227/2007.
Estas resoluções regulamentam os sistemas de Ademais, o uso de luzes estroboscópicas (intermi-
iluminação dos veículos. A partir de 01 de janeiro de tente) é restrita a estes veículos, sendo vedado o seu
2023, ela será revogada pela Resolução nº 667/2017, uso em qualquer outro.
mas já produzirá efeitos a partir de 01 de janeiro de
2021. Durante este período, as duas resoluções vão VEÍCULOS INACABADOS – RES. 667/2017
coexistir. Não se preocupe com isto, pois a redação
delas, com exceção dos anexos, é praticamente igual. Para os veículos inacabados do tipo (chassi de
caminhão com cabine incompleta ou sem cabine, chassi
EXIGÊNCIA e plataforma para ônibus ou micro-ônibus) com desti-
no ao concessionário, encarroçador ou, ainda, a serem
Os itens de iluminação veicular são equipamentos complementados por terceiros, não se exige os seguin-
obrigatórios para os veículos automotores, nos termos tes equipamentos, que serão aplicados quando ocor-
delimitados pela Resolução nº 14/1998 do CONTRAN. rer a complementação do veículo:

I - lanternas delimitadoras dianteiras e traseiras;


ANEXOS
II - lanternas laterais e dianteiras, traseiras e
intermediárias;
A Resolução 667/2017 possui 16 anexos, que não III - retrorrefletores laterais e dianteiros, traseiros
são exigidos em prova, mas é interessante que você e intermediários;
tenha conhecimento dos nomes e do conteúdo de cada IV – lanternas de iluminação da placa traseira; e
um deles: V - lanterna de marcha-a-ré.
Anexo I - Instalação de dispositivos de iluminação
e sinalização luminosa. Para os veículos inacabados do tipo chassi de cami-
Anexo II - Faróis principais emitindo fachos assi- nhão com cabine e sem carroçaria com destino ao
métricos e equipados com lâmpadas de filamento. concessionário, encarroçador ou, ainda, a serem com-
Anexo III - Faróis de neblina dianteiros. plementados por terceiros, não se exigem os seguintes
Anexo IV - Lanternas de marcha à ré. equipamentos:
Anexo V - Lanternas indicadoras de direção.
Anexo VI - Lanternas de posição dianteiras e tra- I - lanternas delimitadoras traseiras;
seiras, lanternas de freio e lanternas delimitadoras II - lanternas laterais traseiras e intermediárias;
III- retrorrefletores laterais traseiros e
traseiras.
intermediários.
Anexo VII - Lanterna de iluminação da placa
traseira.
Os tipos de veículos mencionados acima devem
Anexo VIII - Lanternas de neblina traseiras.
receber tais dispositivos quando ocorrer a sua
Anexo IX - Lanternas de estacionamento.
complementação.
Anexo X - Faróis principais equipados com fonte
de luz de descarga de gás.
DISPOSITIVOS LUMINOSOS
Anexo XI - Fonte de luz para uso em farol de des-
carga de gás. A Resolução limita em oito o número máximo
Anexo XII - Retrorrefletores. de faróis que podem estar instalados e funcionan-
Anexo XIII - Lanterna de posição lateral. do simultaneamente, independentemente de suas
Anexo XIV - Farol de rodagem diurna. finalidades.
Anexo XV - Lanternas de Sinalização para Veícu- A identificação, localização e forma correta de uti-
los Transporte Escolar. lização dos dispositivos luminosos devem estar referi-
Anexo XVI - Especificação de Lanternas especial das no manual do veículo.
de emergência de Luz Azul. É proibida a colocação de adesivos, pinturas, pelí-
culas ou qualquer outro material nos dispositivos dos
LANTERNAS DE EMERGÊNCIA DE LUZ AZUL sistemas de iluminação ou sinalização de veículos,
sem exceção.
As lanternas especiais de emergência que emi- Também é proibida a instalação de dispositivo ou
tem luz de cor azul (Anexo XVI) poderão ser utiliza- equipamento adicional luminoso não previsto pelas
das exclusivamente nos seguintes veículos, e apenas resoluções.
quando em efetiva prestação de serviço de urgência e O CONTRAN admite inovações tecnológicas que
não estejam dispostas na resolução, desde que este-
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

devidamente identificados.
jam avaliadas e aprovadas pelo DENATRAN e compro-
vadamente assegurem a sua eficácia e segurança dos
VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA veículos.

As lanternas especiais de emergência que emi- INFRAÇÕES


tem luz de cor azul (Anexo XVI) poderão ser utiliza-
das exclusivamente nos veículos listados abaixo, e Art. 6º-A. O não atendimento ao disposto nesta
apenas quando em efetiva prestação do serviço de Resolução sujeita o infrator à aplicação das penali-
urgência e devidamente identificados, nos termos dades e medidas administrativas previstas no arti-
do art. 29, VII, do CTB: go 230, incisos IX, XII, XIII e XXII do CTB, conforme
infração a ser apurada.
z Destinados a socorro de incêndio e salvamento;
z De polícia; Veja as infrações específicas:
z De fiscalização e operação de trânsito;
z Ambulâncias CTB - Art. 230. Conduzir o veículo: 65
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este 11410/11411, e estar reforçados com correntes ou
ineficiente ou inoperante; cabos de aço de segurança;
XII - com equipamento ou acessório proibido; VIII - os acoplamentos dos veículos articulados
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação com pino-rei e quinta roda deverão obedecer ao
e de sinalização alterados; disposto na ABNT NBR NM ISO 337/2001 e suas
Infração - grave; atualizações;
Penalidade - multa; IX - contar com sinalização especial na traseira do
Medida administrativa - retenção do veículo conjunto veicular para Combinações com compri-
para regularização; mento superior a 19,80 m;
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de X - estar provido de lanternas laterais, colocadas
sinalização ou com lâmpadas queimadas: em intervalos regulares de no máximo 3,00 m entre
Infração - média; si, que permitam a sinalização do comprimento
Penalidade - multa. total do conjunto.
Medida administrativa – não tem
A Autorização Especial de Trânsito (AET) expedida
pela autoridade competente terá validade máxima
de 1 (um) ano.
RESOLUÇÃO Nº 735/2018 DO
TRÂNSITO DE CTV E CTVP
CONTRAN
O trânsito deste tipo de veículo observará as
A Resolução nº 735/18 do CONTRAN dispõe os
requisitos de segurança necessários à circulação de seguintes diretrizes:
Combinações para Transporte de Veículos (CTV) e
Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Pale- z Só poderá ocorrer do amanhecer ao pôr do sol;
tizadas (CTVP). não se aplica a restrição quanto ao horário de
trânsito para Combinações cujo comprimento seja
DEFINIÇÕES de no máximo 19,80 m;
z É admitido o trânsito noturno das Combinações
Combinações de Transporte de Veículos (CTV) que apresentem comprimento superior a 19,80 m
o veículo ou combinação de veículos construídos ou até 23,00 m nas vias com pista dupla e duplo sen-
adaptados especial e exclusivamente para o transpor- tido de circulação, dotadas de separadores físicos;
te de veículos e chassis (caminhão cegonha). z Será permitido o trânsito noturno nos trechos
Combinações de Transporte de Veículos e Car- rodoviários de pista simples, quando o veículo
gas Paletizadas (CTVP) a combinação de veículos con- estiver vazio, ou com carga apenas na plataforma
cebida e construída especialmente para o transporte inferior, devidamente ancorada e ativada toda a
de veículos acabados e cargas unitizadas sobre pale- sinalização do equipamento transportador;
tes ou racks. z Sua velocidade máxima será de 80 km/h;
z Poderão ser adotados horários distintos dos
CIRCULAÇÃO E A CONCESSÃO DA AUTORIZAÇÃO estabelecidos por esta Resolução em trechos
ESPECIAL DE TRÂNSITO específicos, mediante proposição da autoridade
competente com circunscrição sobre a via.
Os seguintes limites devem ser observados para a
circulação e a concessão da AET (art. 3º) TRANSPORTE DE CARGAS PALETIZADAS EM CTV
I - poderá ser admitida, a critério dos órgãos e enti-
As CTV constituídas por caminhão trator 6x2 ou
dades executivos rodoviários, a altura máxima do
conjunto carregado de 4,95 m; 6x4 mais semirreboque novo, saído de fábrica, de dois
II - largura: 2,60m ou até 3,0 m quando se tratar eixos, especialmente projetadas e construídas para
de CTV e CTVP destinada ao transporte de ônibus, o transporte de automóveis, poderão transportar
chassis de ônibus e de caminhões; outras cargas paletizadas ou acondicionadas em
III - comprimento - medido do para-choque diantei- racks, não sendo admitido o compartilhamento
ro à extremidade posterior (plano inferior e supe- simultâneo de espaço entre veículos e outro tipo
rior) da carroceria do veículo: de carga.
a) veículo simples: 14,00 m;
b) veículo articulado: até 23,00 m, desde que a dis-
TRANSFORMAÇÃO DE CTV PARA CTVP
tância entre os eixos extremos não ultrapasse a
18,00 m;
c) veículo com reboque: até 23,00 m; É proibida a transformação de CTV para TVP.
IV - os limites legais de PBTC e peso por eixo pre-
vistos na Resolução CONTRAN nº 210/2006 e suas INFRAÇÕES
sucedâneas;
V - a compatibilidade do limite da CMT do cami- As infrações estão dispostas no art. 16 da Resolu-
nhão trator, determinada pelo seu fabricante, com ção e fazem referência a outros dispositivos que estão
o PBTC;
no CTB. Por isso, colocamos o inciso do artigo 16 e o
VI - as combinações deverão estar equipadas com
sistemas de freios conjugados entre si e com o cami-
referido artigo do CTB logo em seguida para melhor
nhão-trator, atendendo o disposto na Resolução entendimento.
CONTRAN nº 210/2006 e suas sucedâneas; Condutor flagrado violando a resolução será
VII - os acoplamentos dos veículos rebocados enquadrado nos seguintes dispositivos do CTB, con-
66 deverão ser do tipo automático, conforme NBR forme a infração cometida:
I - Art. 169, quando as Combinações de Transporte Infração - grave;
de Veículos (CTV) e as Combinações de Transporte Penalidade - multa;
de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) transita- Medida administrativa - retenção do veículo para
rem com os dispositivos de fixação sem estar devi- regularização.
damente tensionados; VI - Art. 231, inciso VI:
CTB - Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cui- a) quando as Combinações de Transporte de Veí-
dados indispensáveis à segurança: culos (CTV) e as Combinações de Transporte de
Infração - leve; Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) e/ou car-
Penalidade - multa. ga estiverem com suas dimensões superiores aos
II - Art. 187, inciso I, quando as Combinações de limites estabelecidos legalmente, e apresentarem
Transporte de Veículos (CTV) e as Combinações informações divergentes em relação à Autorização
de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas
Especial de Trânsito (AET) já expedida;
(CTVP) e/ou carga estiverem com suas dimensões
b) quando as Combinações de Transporte de Veí-
superiores aos limites estabelecidos legalmente
culos (CTV) e as Combinações de Transporte de
e existir restrição de tráfego, referente ao local e/
ou horário, imposta pelo órgão com circunscrição Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) e/ou carga
sobre a via e não constante na Autorização Espe- estiverem com suas dimensões superiores aos limi-
cial de Trânsito (AET); tes estabelecidos legalmente, e a Autorização Espe-
CTB - Art. 187. Transitar em locais e horários não cial de Trânsito (AET) estiver vencida;
permitidos pela regulamentação estabelecida pela CTB - Art. 231. Transitar com o veículo:
autoridade competente: VI - em desacordo com a autorização especial,
I - para todos os tipos de veículos: expedida pela autoridade competente para transi-
Infração - média;
Penalidade – multa. tar com dimensões excedentes, ou quando a mesma
III - Art. 230, inciso IX: estiver vencida:
a) quando for constatada a falta de qualquer um Infração - grave;
dos dispositivos obrigatórios para fixação e anco- Penalidade - multa e apreensão do veículo;
ragem de chassis, veículos e cargas unitizadas Medida administrativa - remoção do veículo.
sobre paletes ou racks, ou do mecanismo de tensio- VII - Art. 232, quando as Combinações de Trans-
namento (quando aplicável);
porte de Veículos (CTV) e as Combinações de Trans-
b) quando portar os dispositivos obrigatórios
para fixação e ancoragem em mau estado de porte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) e/ou
conservação; carga estiverem com suas dimensões superiores
c) quando uma ou mais rodas do veículo transpor- aos limites estabelecidos, e não estiverem portando
tado não estiver ancorada à estrutura de apoio; a Autorização Especial de Trânsito (AET) regular-
d) quando utilizar cordas como dispositivo para mente expedida;
amarração de chassis, veículos e cargas unitizadas
CTB - Art. 232. Conduzir veículo sem os documen-
sobre paletes ou racks, em substituição aos disposi-
tivos de fixação previstos nesta Resolução; tos de porte obrigatório referidos neste Código:
e) quando as Combinações de Transporte de Veí- Infração - leve;
culos e Cargas Paletizadas (CTVP) não possuírem Penalidade - multa;
sider protetor contra intempéries, ou este estiver Medida administrativa - retenção do veículo até a
em mau estado de conservação; apresentação do documento.
CTB - Art. 230. Conduzir o veículo:
VIII - Art. 235, quando a carga ultrapassar os
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este
ineficiente ou inoperante; limites laterais, posterior e/ou anterior das Com-
Infração - grave; binações de Transporte de Veículos (CTV) e as
Penalidade - multa; Combinações de Transporte de Veículos e Cargas
Medida administrativa - retenção do veículo para Paletizadas (CTVP), ainda que não ultrapasse os
regularização. limites estabelecidos legalmente;
IV - Art. 230, inciso X:
CTB - Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou car-
a) quando os dispositivos de fixação e ancoragem
estiverem em desacordo com os requisitos previs- ga nas partes externas do veículo, salvo nos casos
tos nesta Resolução; devidamente autorizados:
b) quando as Combinações de Transporte de Veí- Infração - grave;
culos e Cargas Paletizadas (CTVP) portar sider Penalidade - multa;
protetor contra intempéries e este não atender aos Medida administrativa - retenção do veículo para
requisitos previstos na Resolução;
transbordo.
CTB - Art. 230. Conduzir o veículo:
IX - Art. 237, quando as Combinações de Transporte
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

X - com equipamento obrigatório em desacordo


com o estabelecido pelo CONTRAN; de Veículos (CTV) e as Combinações de Transporte
Infração - grave; de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) e/ou carga
Penalidade - multa; estiverem com suas dimensões superiores aos limi-
Medida administrativa - retenção do veículo para tes estabelecidos legalmente e a sinalização espe-
regularização.
cial de advertência não tiver sido instalada ou não
V - Art. 231, inciso IV, quando as Combinações de
Transporte de Veículos – CTV e as Combinações atender aos requisitos da Resolução.
de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTB - Art. 237. Transitar com o veículo em desacor-
CTVP e/ou carga estiverem com suas dimensões do com as especificações, e com falta de inscrição e
superiores aos limites estabelecidos legalmente, e simbologia necessárias à sua identificação, quando
não houver a expedição da correspondente Autori- exigidas pela legislação:
zação Especial de Trânsito (AET);
Infração - grave;
CTB - Art. 231. Transitar com o veículo:
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores Penalidade - multa;
aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinali- Medida administrativa - retenção do veículo para
zação, sem autorização: regularização. 67
É um Anexo que envolve bastante leitura e texto,
RESOLUÇÃO Nº 740/2018 DO entretanto, é interessante que você leia a introdução
CONTRAN que consta nesse material, que traz um panorama
nacional e internacional sobre o combate aos aci-
A Resolução nº 740/2018 do CONTRAN dispõe sobre dentes de trânsito, explicando como o PNATRANS se
metas de redução dos índices de mortos por grupo de encaixa nesta iniciativa da qual o Brasil faz parte:
veículos e dos índices de mortos por grupo de habitan-
tes para cada um dos Estados da Federação e para o Os acidentes de trânsito são reconhecidos pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) como
Distrito Federal.
um grave problema de saúde pública e uma das
O Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões
principais causas de mortes e lesões em todo
no Trânsito (PNATRANS) foi instituído pela Lei nº
o mundo. Além do elevado custo para os serviços
13.614/2018, com o objetivo de criar metas para redu-
de saúde e para as economias dos países, podendo
ção do número de mortos por acidentes de trânsito, atingir de 1% a 3% do Produto Interno Bruto (PIB)
como o próprio nome já informa. (ONU, 2011), os acidentes de trânsito desencadeiam
Esta lei foi responsável por acrescentar, ao CTB, o diversos traumas para a sociedade e as relações
art. 326-A, cujo caput está transcrito abaixo: sociais, além de acarretar a perda precoce de vidas.
É necessário compreender que o trânsito é primor-
Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sis- dial para o desenvolvimento nacional. Facilita a
tema Nacional de Trânsito, no que se refere à circulação de pessoas e bens, melhora o acesso à
política de segurança no trânsito, deverá voltar- educação, aos serviços de saúde, ao emprego e ao
-se prioritariamente para o cumprimento de desenvolvimento. A Segurança Viária envolve a res-
metas anuais de redução de índice de mortos ponsabilidade quanto à mobilidade das pessoas e
por grupo de veículos e de índice de mortos por veículos na via, bem como a complexa dinâmica de
grupo de habitantes, ambos apurados por Estado compartilhamento de espaço, até o estabelecimen-
e por ano, detalhando-se os dados levantados e to de normas de circulação com o objetivo de prote-
as ações realizadas por vias federais, estaduais e ger os usuários e evitar reflexos negativos em todo
municipais. o aparato estatal.
O desenvolvimento desordenado das cidades,
As ações do PNATRANS constituem o Programa com vias pouco interconectadas, ocasiona pre-
Nacional de Trânsito a que se refere o CTB: juízo à mobilidade urbana, dificuldades para a
melhoria na infraestrutura pela falta da aplicação
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de dos conceitos relacionados à segurança das vias.
trânsito da União: Um grave sintoma disso é a perda significativa
II - proceder à supervisão, à coordenação, à correi- de vidas, danos à integridade psicológica e físi-
ção dos órgãos delegados, ao controle e à fiscaliza- ca das pessoas e perdas econômicas da ordem
ção da execução da Política Nacional de Trânsito e de bilhões de dólares.
do Programa Nacional de Trânsito; Para que o enfrentamento aos acidentes de trânsito
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades execu- seja eficaz, a política de segurança viária deve
tivos rodoviários da União, dos Estados, do Dis- contar com o empenho de todos os setores e
trito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua a responsabilidade deve ser compartilhada
circunscrição: entre os vários atores sociais: o Poder Executivo,
X - implementar as medidas da Política Nacional de o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, os órgãos
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; e entidades pertencentes ao Sistema Nacional de
Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executi- Trânsito, os setores de saúde, transporte e indús-
vos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no tria automobilística, as organizações não governa-
âmbito de sua circunscrição: mentais e a sociedade.
XI - implementar as medidas da Política Nacional de A evolução da segurança viária no Brasil deve
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; considerar o desenvolvimento de um sistema
Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executi- de trânsito que seja capaz de acomodar o erro
vos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua humano com a maior margem de segurança
circunscrição: possível, levando em consideração a vulnera-
XIV - implantar as medidas da Política Nacional de bilidade do corpo humano, em vez de manter
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; como foco principal a prevenção do erro, visto
que vias e acostamentos mais seguros e velocida-
Observe que o art. 20, que trata das competências des menores acomodam erros humanos com mais
da PRF, trouxe uma redação levemente diferente dos segurança.
demais, o que não significa que a PRF não tenha que
cumprir com o Programa Nacional de Trânsito: A DÉCADA DE AÇÕES PARA A SEGURANÇA VIÁRIA

Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no As ações de segurança viária ganharam amplitude
âmbito das rodovias e estradas federais: mundial de forma organizada e articulada a par-
VIII - implementar as medidas da Política Nacio- tir da Conferência Mundial Ministerial sobre
nal de Segurança e Educação de Trânsito; Segurança Viária: Tempo de Agir, realizada em
Moscou em novembro de 2009. A partir desse
INTRODUÇÃO AO PNATRANS evento, a Organização Mundial de Saúde (OMS),
endossada pela Organização das Nações 10 Unidas
O Anexo I da Resolução trouxe, detalhadamente, (ONU), recomendou a criação de uma campanha
68 todos os desdobramentos do PNATRANS. mundial pela redução dos acidentes de trânsito.
Assim, foi proclamado, por meio da Resolução A/ BASE DE DADOS
RES/64/255, publicada em 2 de março de 2010, o
período de 2011 a 2020 como a Década de Ações Atualmente, existem três fontes de dados que
para a Segurança Viária. O objetivo primordial buscam contabilizar as mortes em acidentes de
era que cada país membro elaborasse um plano trânsito no Brasil: DENATRAN ― Departamento
para definir políticas, programas, ações e metas Nacional de Trânsito; DATASUS ― Banco de dados
para reduzir a quantidade de mortos em acidentes do Sistema Único de Saúde/Ministério da Saúde;
de trânsito em 50% no período de dez anos. Como e Seguro DPVAT ― Danos Pessoais Causados por
Veículos Automotores de Via Terrestre ou por sua
forma de estimular a mobilização dos países mem-
Carga a Pessoas Transportadas ou Não. Tais bases
bros, a ONU lançou o Plano de Ação para a Década,
de dados adotam metodologias distintas, o que
que contém subsídios para o desenvolvimento de pode gerar resultados diferenciados na análise dos
planos de ação nacionais e locais. dados
No Brasil, a Década de Ação para a Segurança (...)
Viária foi lançada em 11 de maio de 2011, sendo
o marco para várias ações dos órgãos envolvidos Em que pese os órgãos de Educação (Ministério e
na fiscalização e infraestrutura viária no enfrenta- Secretarias) não tenham sido incluídos formalmente
mento aos acidentes de trânsito. (...) na Lei do PNATRANS, as ações que envolvam os órgãos
Diante desse mapeamento, a OMS e, por conseguin- e entidades de educação são primordiais à consecução
te, a ONU passaram a fomentar ações para promo- do Plano.
ver a segurança viária em nível mundial, com base
em cinco pilares: Gestão de Segurança Viária; OBJETIVO DO PNATRANS
Infraestrutura Viária; Segurança Veicular;
Segurança dos Usuários e Conscientização; e O objetivo geral do PNATRANS é, ao final do prazo
Resposta ao Acidente. de 10 anos, reduzir à metade, no mínimo, o índice
(...) nacional de mortos por grupo de veículos e o índice
Em 2006, o IPEA, em parceria com o DENATRAN, nacional de mortos por grupo de habitantes, tomando
divulgou o estudo Impactos sociais e econômicos como base o índice divulgado no ano de 2018, em que
dos acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras. foi publicado o Plano.
Para as rodovias federais, os custos obtidos foram O plano está dividido em 8 pilares, que se subdivi-
um pouco maiores do que R$ 6,5 bilhões, com a esti- dem em iniciativas, as quais, por sua vez, são subdi-
mativa de R$ 6,1 bilhões para as rodovias estaduais vididas em ações, com a descrição do que deverá ser
e cerca de R$ 1,4 bilhão para 11 as rodovias muni- feito, o responsável e o prazo para execução. Veja os
cipais, num total de R$ 22 bilhões, com valores pilares e as iniciativas do Plano:
referentes ao mês de dezembro de 2005 (IPEA,
2006, p. 64). PILAR
DESCRIÇÃO DO
INICIATIVA
DESCRIÇÃO DA
PILAR INICIATIVA
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o IPEA divul-
garam, no dia 23 de setembro de 2015, o relatório Implementar a coorde-
I1
nação do PNATRANS
Acidentes de Trânsito nas Rodovias Federais Bra-
sileiras: Caracterização, Tendências e Custos para Monitorar o plano a par-
I2 tir das metas, ações, pra-
a Sociedade com a análise da evolução de aciden- zos e responsáveis
tes, custos e principais componentes (PRF, 2016b).
Acompanhar os
A publicação tem por base dados de 2007, 2010 e I3
investimentos
2014, atualizando trabalhos desenvolvidos, naque- Integração, Coope-
I4 Fomentar a inovação
les anos, com a ANTP e o DENATRAN. P1 ração e Coordena-
ção no PNATRANS Aprimorar a qualificação
Já o Observatório Nacional de Segurança Viá- I5
dos agentes públicos
ria, divulgou estudo, em 2017, sobre o custo per
Fomentar o desenvol-
capita por acidentes de trânsito no Brasil, que
vimento dos órgãos e
alcançaram um total de R$ 52.283.362 bilhões, I6
entidades componentes
em 2015, o que representava um custo per capita do SNT
de R$ 255,69. Incentivar a participação
I7
da sociedade
O PNATRANS E O FORTALECIMENTO DO MODELO
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

DE GESTÃO DO TRÂNSITO NO BRASIL PILAR


DESCRIÇÃO DO
INICIATIVA
DESCRIÇÃO DA
PILAR INICIATIVA
Há algum tempo, discute-se, no Brasil, principal- Adequar os sistemas e me-
mente entre especialistas dos órgãos do Sistema todologia dos órgãos e enti-
Coleta e Integra- I1 dades para coleta de dados
Nacional de Trânsito e mesmo da Casa Civil da P2 sobre acidentes e mortes no
ção de Dados
Presidência da República, a necessidade de um trânsito
projeto que altere de maneira substancial o I2 Unificar as bases de dados
modo como o trânsito no Brasil é concebido
e a forma como é gerido e organizado. Apesar
DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DA
de as divisões e estruturas estarem relativamente PILAR INICIATIVA
DO PILAR INICIATIVA
bem definidas no CTB, o modelo atual necessita de
I1 Prever fontes orçamentárias
fortalecimento para efetivar a integração plena dos
Financiamento Aumentar a eficiência na
órgãos. Neste processo, é primordial o fortaleci- P3 I2
do Plano aplicação dos recursos
mento de órgãos na governança da implemen-
I3 Captar novos recursos
tação do PNATRANS. 69
DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DA CONSULTA PÚBLICA
PILAR INICIATIVA
DO PILAR INICIATIVA
Viabilizar aprovação de ins- Antes de submeterem as propostas ao CONTRAN,
P4 Esforço Legal I1 trumentos legais que favore- os CETRAN, o CONTRANDIFE e o Departamento de
çam a segurança viária Polícia Rodoviária Federal realizarão consulta ou
audiência pública para manifestação da sociedade
DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DA sobre as metas a serem propostas.
PILAR INICIATIVA
DO PILAR INICIATIVA Veja o fluxograma trazido pelo Plano:
Ampliar o uso de tecnologia
I1
na fiscalização de trânsito
Ampliar as fiscalizações
Fiscalização de I2
P5 específicas
Trânsito
Fomentar o desenvolvi-
I3 mento de equipamentos de
fiscalização

DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DA
PILAR INICIATIVA
DO PILAR INICIATIVA
Transversalizar a educação
I1 para o trânsito no ensino
básico
Fomentar o incremento de
I2 disciplinas sobre segurança TRATAMENTO DOS DADOS
viária no ensino superior
P6
Educação para
Promover ações de educa- Os dados estatísticos coletados em cada Estado e
o Trânsito I3
ção para o trânsito no Distrito Federal serão tratados e consolidados pelo
Aprimorar e direcionar cam- respectivo DETRAN, que os repassará ao DENATRAN
I4 panhas educativas de segu- até o dia 1º de março, por meio do sistema de registro
rança viária nacional de acidentes e estatísticas de trânsito.
Aprimorar a formação dos Os dados sujeitos à consolidação pelo DETRAN são
I5
condutores os coletados, naquela circunscrição:

z Pela PRF e pelo DNIT;


DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DA
PILAR
DO PILAR
INICIATIVA
INICIATIVA z Pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade exe-
cutiva rodoviária do Estado ou do Distrito Federal
Ampliar a qualidade e oferta
I1
do transporte público (DER/DAER);
z Pelos órgãos ou entidades executivos rodoviários
Reduzir a vitimização de
I2
pedestres e pelos órgãos ou entidades executivas de trânsito
dos Municípios.
Reduzir a vitimização de
I3
Mobilidade e ciclistas
P7
Engenharia ALINHAMENTO COM OUTRAS POLÍTICAS, PLANOS
Reduzir a vitimização de
I4
motociclistas E AÇÕES
Aumentar a segurança
I5
veicular O PNATRANS, que institui o Programa Nacional
de Trânsito, está alinhado a outros documentos e leis
Aprimorar a infraestrutura
I6
viária
existentes no Brasil, que também versam sobre a mes-
ma matéria.

PILAR
DESCRIÇÃO
INICIATIVA
DESCRIÇÃO DA Política Nacional de Trânsito
DO PILAR INICIATIVA

I1
Otimizar o socorro de víti- A Política Nacional de Trânsito (PNT) foi instituí-
mas de acidentes de trânsito
P8
Atendimento da pela Resolução do CONTRAN nº 514/2014, sendo o
de Vítimas Ampliar a rede de atendi- marco referencial do país para o planejamento, organi-
I2
mento às vítimas de trânsito zação, normalização, execução e controle das ações de
trânsito em todo o território nacional.
Seus objetivos e diretrizes visam assegurar a pro-
FIXAÇÃO DAS METAS
teção da integridade humana e o desenvolvimento
socioeconômico.
O CONTRAN será responsável por fixar as metas
para cada um dos Estados e para o DF, mediante pro- Política Nacional de Mobilidade Urbana
postas fundamentadas dos CETRAN, do CONTRANDIFE
A Política Nacional de Mobilidade Urbana foi regu-
e do DPRF, no âmbito das respectivas circunscrições.
lada pela Lei nº 12.587/2012, sendo instrumento da
As metas fixadas serão divulgadas em setembro, política de desenvolvimento urbano de que trata o inci-
durante a Semana Nacional de Trânsito, a qual é so XX do artigo 21 e o artigo 182 da Constituição Fede-
ral, objetivando a integração entre os diferentes
comemorada anualmente entre 18 e 25 de setembro.
modos de transporte e a melhoria da acessibilida-
Estas metas podem ser revisadas pelo CONTRAN, de e mobilidade das pessoas e cargas no território
70 a cada ano. nacional.
Art. 21. Compete à União: „ Alinhar o PNATRANS com os demais planos e
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento programas que tratam da Segurança Viária já
urbano, inclusive habitação, saneamento básico e em desenvolvimento por outros Ministérios.
transportes urbanos;
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano,
z Iniciativa 2 – Monitorar o plano com metas, ações,
executada pelo Poder Público municipal, confor-
me diretrizes gerais fixadas em lei, tem por obje- prazos e responsáveis:
tivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções „ Realizar reuniões de trabalho nos Estados
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus para sensibilizar os gestores dos órgãos de trân-
habitantes. sito e fomentar a elaboração dos planos locais.
„ Divulgar as metas e ações do PNATRANS para
Plano Plurianual os órgãos de controle, Poder Legislativo Esta-
dual e Municipal.
O PPA, instituído pelo governo federal, é instru-
mento de planejamento governamental que defi- z Iniciativa 3 – Acompanhar os investimentos:
ne diretrizes, objetivos e metas da administração
„ Identificar os investimentos que estão sendo
pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de executados com o objetivo de reduzir acidentes.
duração continuada, com o propósito de viabilizar a
implementação e a gestão das políticas públicas. z Iniciativa 4 – Incentivar a inovação:
„ Desenvolver programa de reconhecimento de
Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável melhores práticas na área de Segurança Viária.
„ Desenvolver programa de visitas técnicas em
Durante a 70ª Assembleia Geral das Nações Uni- nível regional, nacional e internacional.
das, ocorrida em 2015, os representantes dos países
membros da ONU adotaram a Agenda 2030 de Desen- z Iniciativa 5 – Aprimorar a qualificação dos agen-
volvimento Sustentável. tes públicos:
Nela foi proposta a implantação de 17 Objetivos
„ Elaborar grade curricular mínima para o cur-
do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas
so de Segurança Viária.
correspondentes no decorrer do período 2016-2030,
„ Desenvolver cursos de formação, especializa-
objetivando a promoção do desenvolvimento susten-
ção e mestrado em Segurança Viária.
tável nas dimensões social, econômica e ambiental,
incluindo a segurança viária. „ Disponibilizar plataformas EAD e promover
cursos na área de trânsito, de mobilidade e
Década de Segurança no Trânsito (Segunda) de segurança viária, voltados para agentes
públicos.
„ Fomentar a participação de agentes públicos
O PNATRANS é de 2018, logo, seu documento faz
menção à década de segurança no trânsito ocorrida em cursos internacionais na área de trânsito
de 2011 a 2020. e segurança viária.
Em setembro de 2020, a ONU definiu os anos de „ Implantar a Escola Pública de Trânsito.
2021 a 2030 como sendo a segunda década de ação
pela segurança no trânsito. z Iniciativa 6 – Fomentar o desenvolvimento dos
Nesta nova década, a meta continua sendo o com- órgãos e entidades componentes do SNT:
promisso dos países membros em reduzir pela meta- „ Adquirir etilômetros e aparelhos para iden-
de o número de mortes e lesões no trânsito durante tificar o uso de substâncias psicoativas que
o período proposto. Note, neste sentido, como o PNA- determine dependência (drogômetros).
TRANS está alinhado a todos estes programas, a nível
nacional e também internacional. z Iniciativa 7 – Incentivar a participação da
sociedade:
PLANO DESCRITIVO
„ Realizar anualmente uma audiência pública
Até 1º de agosto de cada ano, os CETRAN, o CON- ou consulta pública em cada um dos estados
TRANDIFE e a PRF deverão encaminhar ao CONTRAN para apresentar os resultados e os investimen-
as ações, projetos ou programas, com os respectivos tos realizados pelos Governos Federal, Estadual
orçamentos. e Municípios.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

O próprio PNATRANS já trouxe, outrossim, um pla-


no descritivo das principais ações que devem ser ado- Pilar 2 – Coleta e Integração de Dados
tadas, conforme as iniciativas contidas em cada um
dos pilares. z Iniciativa 1 – Adequar os sistemas e metodologia
Veja, a seguir, as principais ações constantes do dos órgãos e entidades para coleta de dados sobre
Plano. acidentes e mortes:
„ Possibilitar o registro de grau de alcoolemia
Pilar 1 - Integração, Cooperação e Coordenação no no Boletim de Acidentes de Trânsito.
PNATRANS „ Integrar e aprimorar base de dados entre
todos os órgãos do Sistema Nacional de Trânsi-
z Iniciativa 1 – Implementar a coordenação do to e demais órgãos correlatos.
PNATRANS:
„ Incorporar o PNATRANS nas atribuições do z Iniciativa 2 – Unificar bases de dados:
Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde, „ Padronizar o levantamento de informações e
Segurança e Paz no Trânsito. registro de acidentes de trânsito. 71
„ Estimular a adoção de um sistema único de z Iniciativa 3 – Fomentar com apoio dos centros de
registro e estatística de acidentes de trânsito. pesquisa o desenvolvimento de equipamentos que
contribuam na fiscalização:
Pilar 3 – Financiamento do Plano „ Fomentar a pesquisa, desenvolvimento e
homologação pelo INMETRO de equipamento
z Iniciativa 1 – Prever fontes orçamentárias: medidor do uso de álcool e outras drogas
„ Prever a utilização de parte do FUNSET nas por condutores.
ações elencadas para o plano. „ Fomentar a cooperação com centros de pesqui-
sa e desenvolvimento, universidades federais,
z Iniciativa 2 – Aumentar a eficiência na aplicação entre outras, visando o desenvolvimento de
dos recursos: tecnologia nacional voltadas à medição de
velocidade, álcool e outras drogas, peso e
„ Estabelecer parâmetros de distribuição de
dimensões, etc.
recursos para execução do PNATRANS, neles
incluídos o FUNSET.
Pilar 6 - Educação Para o Trânsito
z Iniciativa 3 – Captar recursos:
z Iniciativa 1 – Transversalizar a educação para o
„ Prospectar recursos internacionais para trânsito no ensino básico:
financiamento de ações de segurança viária.
„ Disponibilizar o projeto FETRAN PEDAGÓGI-
„ Fomentar as parcerias público-privadas.
CO - Modalidade de Educação para o Trânsi-
to desenvolvido pela PRF que envolve alunos
Pilar 4 – Esforço Legal do ensino fundamental e médio, de escolas
públicas ou privadas, e trabalha elementos do
z Iniciativa 1 - Viabilizar aprovação de instrumen- trânsito, transversalmente no conteúdo das dis-
tos legais que favoreçam a segurança viária ciplinas, conduzido pelos docentes e com parti-
„ Tornar obrigatório o uso do Talonário Eletrô- cipação ampla da comunidade escolar.
nico para todos os órgãos e entidade perten- „ Formalizar acordo de cooperação com Uni-
centes ao Sistema Nacional de Trânsito – SNT. versidades e outras instituições para desen-
„ Aperfeiçoar o modelo de penalização do volvimento de material pedagógico.
transporte com excesso de peso e Capacidade
Máxima de Tração. z Iniciativa 2 – Fomentar o incremento de discipli-
„ Aprimorar a legislação do Crime de Embria- nas sobre segurança viária no ensino superior:
guez com graduação de pena. „ Incentivar as instituições de ensino superior a
„ Incluir no CTB dispositivo que regulamente a disponibilizar em seus currículos, disciplinas
remoção de pessoas e veículos do local de aci- de Direito de Trânsito e Segurança Viária, por
dente de trânsito com vítima. exemplo, nos cursos de Direito e Engenharias.
„ Regulamentar o uso de novos equipamentos
de segurança obrigatórios para ciclistas e z Iniciativa 3 – Promover ações de educação para o
motociclistas. trânsito:
„ Viabilizar cobrança administrativa dos cus- „ Estabelecer parcerias com a iniciativa privada
tos com saúde e previdência social dos cau- para transmitir vídeos de campanhas educati-
sadores de acidentes com vítimas. vas em ônibus, aviões, empresas, órgãos públi-
cos, etc.
Pilar 5 – Fiscalização de Trânsito
z Iniciativa 4 – Aprimorar e direcionar campanhas
z Iniciativa 1 – Ampliar o uso de tecnologia na fisca- educativas de segurança viária:
lização de trânsito:
„ Estabelecer estratégias e campanhas de
„ Modernizar os meios de fiscalização eletrônica publicidade na área de Segurança Viária,
de peso e dimensões. com foco nos principais fatores de riscos
„ Prospectar novas tecnologias para maior efeti- (excesso de velocidade, não uso do cinto de
vidade da fiscalização. segurança, não uso do capacete, consumo de
bebida alcoólica por condutores, transporte
z Iniciativa 2 – Ampliar as fiscalizações específicas: inadequado de crianças, uso do celular na dire-
ção de veículos).
„ Ampliar, em relação ao ano anterior, a fiscali-
zação de: z Iniciativa 5 – Aprimorar a formação de condutores:
„ Ultrapassagens proibidas em pistas simples.
„ Reavaliar metodologia atual dos exames médi-
„ Uso de álcool e outras drogas por condutores.
cos para obtenção e renovação da CNH.
„ Veículos de 2 rodas.
„ Uso de cinto de segurança.
Pilar 7 – Mobilidade e Engenharia
„ Limites da velocidade.
„ Uso de capacetes, demais equipamentos obri-
gatórios e normas de circulação nas cidades do z Iniciativa 1 – Ampliar a qualidade e oferta do
interior do país. transporte público:
„ Uso de equipamentos de retenção para crianças. „ Investir em medidas de priorização do trans-
„ Uso de celular na direção do veículo. porte público coletivo no sistema viário (cor-
72 „ Controle de direção do motorista profissional. redores e faixas exclusivas).
„ Promover a integração física entre o servi-
ço de transporte público coletivo e os demais RESOLUÇÃO Nº 780/2019 DO
modos de transporte. CONTRAN
„ Estimular programas que contemplem com-
partilhamento de veículos. A Resolução nº 780/19 do CONTRAN dispõe sobre o
„ Combater o transporte ilegal de passageiros. novo sistema de Placas de Identificação Veicular.

z Iniciativa 2 – Reduzir a vitimização de pedestres: IDENTIFICAÇÃO VEICULAR


„ Considerar nos projetos de novas vias e ajustes
das existentes, obras que evitem o conflito do Após o registro no respectivo órgão ou entidade
pedestre com os veículos. executivos de trânsito do Estado ou do Distrito Federal
„ Adequar os passeios existentes aos padrões de (DETRAN), cada veículo será identificado por Placas
acessibilidade. de Identificação Veicular (PIV) dianteira e traseira.
„ Implantar iluminação pública voltada para No padrão desta Resolução, a PIV possui 3 algaris-
mos numéricos e 4 letras, havendo a substituição do
as calçadas, especialmente nos pontos de
segundo caractere numérico do padrão anterior por
travessias.
um caractere alfabético, seguindo a seguinte tabela:
z Iniciativa 3 – Reduzir a vitimização de ciclistas:
PLACA ANTIGA NOVA PLACA
„ Viabilizar a fiscalização e o processamento de
infrações de trânsito cometidas por ciclistas e 0 A
pedestres.
„ Implantar o Manual Brasileiro de Sinalização 1 B
de Trânsito sobre Sinalização Cicloviária. 2 C

z Iniciativa 4 – Reduzir a vitimização de 3 D


motociclistas:
4 E
„ Desenvolver novos equipamentos de segu-
rança para as motocicletas e seus ocupantes. 5 F
„ Regulamentar o uso de defensas metálicas
6 G
com dispositivo de proteção ao motociclista.
7 H
z Iniciativa 5 – Aumentar a segurança veicular:
8 I
„ Incrementar a segurança dos veículos comer-
cializados no Brasil, com a internalização das 9 J
evoluções tecnológicas da indústria automobi-
lística mundial.
„ Aprimorar o processo de investigação de aci- Somente PIV traseira
dentes de consumo e de comunicação de
recall. Em regra, os veículos conterão PIV dianteira E
traseira.
Porém, os seguintes veículos serão identificados
z Iniciativa 6 – Aprimorar a infraestrutura viária:
apenas com a PIV traseira:
„ Melhorar a segurança de rodovias de pista
simples nos trechos mais críticos em ocorrên- z Reboques;
cias de acidentes com mortes. z Semirreboques;
„ Promover a redução de velocidades nas vias z Motocicletas;
urbanas e nas vias rurais com características z Motonetas;
de vias urbanas (vias rurais que cruzam áreas z Ciclomotores;
urbanas). z Cicloelétricos;
z Triciclos;
Pilar 8 – Atendimento de Vítimas z Quadriciclos,
z Quando couber, os tratores destinados a puxar ou
arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

z Iniciativa 1 – Otimizar o socorro de vítimas de aci-


executar trabalhos agrícolas e de construção, de
dentes de trânsito:
pavimentação ou guindastes
„ Adequar as unidades hospitalares existentes
e disponibilizar novas unidades ao longo de QR CODE
rodovias federais e estaduais com maiores índi-
ces de mortes em acidentes de trânsito. O “lacre” obrigatório das PIV é substituído, no
padrão Mercosul, pelo código de barras bidimensio-
z Iniciativa 2 – Ampliar rede de atendimento às víti- nais dinâmico (Quick Response Code, ou QR Code).
mas de trânsito: Assim, todas as PIV deverão possuir código de barras
bidimensionais dinâmico (Quick Response Code, ou QR
„ Ampliar a cobertura do SAMU nas rodovias Code) contendo números de série e acesso às informações
federais e estaduais. do banco de dados do fabricante, especificados no Ane-
„ Implementar bases de resgate aeromédico xo I, com a finalidade de controlar a produção, logística,
em regiões metropolitanas que ainda não dis- estampagem e instalação das PIV nos respectivos veícu-
põem do serviço. los, além da verificação da sua autenticidade (art. 3°). 73
Caberá ao DENATRAN disponibilizar aplicativo III - disponibilizar acesso às informações dos fabri-
aos órgãos e entidades do SNT para leitura do QR Code cantes credenciados aos DETRAN;
de que trata o caput. IV - fiscalizar a regularidade das atividades dos
fabricantes de PIV, suas instalações, equipamentos
e soluções tecnológicas de controle e gestão do pro-
SEGUNDA PIV TRASEIRA
cesso produtivo;
V - desenvolver, manter e atualizar o sistema infor-
É obrigatório o uso de segunda PIV traseira nos matizado de emplacamento;
veículos equipados com engates para reboques ou VI - estabelecer os requisitos mínimos do sistema
carroceria intercambiável, transportando eventual- desenvolvido pelo fabricante, bem como os crité-
mente carga que cobrir, total ou parcialmente, a PIV rios de registro das informações necessárias para
traseira. o rastreamento do processo de fabricação e estam-
A segunda PIV deve atender a todos os requisitos pagem da PIV;
da Resolução e ser disposta em local visível, podendo VII - disponibilizar o sistema informatizado de
ser instalada (art. 4°, §1°, I e II): emplacamento para a gestão e controle de distri-
buição do QR Code e das combinações alfanuméri-
cas, estampagem das PIV e emplacamento;
I - no caso de engate de reboque, no para-choque VIII - aplicar as sanções administrativas aos fabri-
ou carroceria, admitida a utilização de suportes cantes credenciados, registrando e informando em
adaptadores; seu sítio eletrônico as sanções aplicadas.
II - no caso de transporte eventual de carga, ou de
carroceria intercambiável, nos termos da Resolu-
DETRANS
ção nº 349/2010 do CONTRAN.
I - cumprir e fazer cumprir as disposições desta
CORES DAS PIV Resolução;
II - credenciar as empresas estampadoras de PIV
O padrão de cores adotado pela Resolução é bem no âmbito de sua circunscrição, utilizando sistema
mais simples do que o anteriormente disposto pela informatizado disponibilizado pelo DENATRAN;
R231. III - fiscalizar a regularidade das atividades dos
Neste padrão, a cor de fundo da placa é mantida estampadores de PIV, suas instalações, equipa-
sempre branca, havendo alternância das cores dos mentos, bem como o controle e gestão do processo
produtivo;
caracteres de acordo com o uso do veículo:
IV - aplicar as sanções administrativas aos estam-
padores credenciados no âmbito de sua circuns-
COR DOS crição, registrando e informando em seu sítio
USO DO VEÍCULO
CARACTERES eletrônico as sanções aplicadas.

Particular Preta
Vedações
Comercial (Aluguel e Aprendizagem) Vermelha
É vedado aos DETRANs estabelecerem a ativida-
Oficial e Representação Azul de de intermediários na execução das atividades de
que trata a Resolução, bem como restringir o forneci-
Diplomático/Consular (Missão Di-
mento da PIV pelos fabricantes credenciados.
plomática, Corpo Consular, Corpo É vedado ao DENATRAN e aos DETRANs:
Diplomático, Organismo Consular Dourada
e/ou Internacional e Acordo de Coo- I - credenciar empresa que não possua objeto social
peração Internacional) para a atividade de fabricação ou estampagem de
PIV.
Especiais (Experiência / Fabricantes
Verde II - estabelecer critérios adicionais aos contidos no
de veículos, peças e implementos)
Anexo III da Resolução.
Coleção Cinza Prata
FABRICANTES E ESTAMPADORES

No padrão Mercosul, todos os veículos oficiais e A prestação de serviços de fabricação e estampa-


os de representação estão enquadrados na opção gem das PIV será realizada apenas por meio de cre-
“C” acima, ou seja, serão caracterizados pela cor azul. denciamento de fabricantes e estampadores.
Com isto, há revogação tática de todas as resoluções
que dispunham acerca das placas especiais de repre- Definições
sentação, incluindo a Resolução nº 32/98 do CONTRAN
(placas “douradas”). I - Fabricante de Placa de Identificação Veicu-
Não há mais indicação do município nem do Esta- lar (PIV): empresa credenciada pelo DENATRAN
do da Federação em que o veículo está registrado. para exercer a atividade de fabricação, opera-
ção logística, gerenciamento informatizado
COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS EXECUTIVOS DE e a distribuição das PIV semiacabadas para os
estampadores;
TRÂNSITO
II - Estampador de Placa de Identificação Vei-
cular (PIV): empresa credenciada pelo órgão ou
DENATRAN entidade executivo de trânsito dos Estados e do Dis-
trito Federal (DETRAN), em sistema informatizado
I - cumprir e fazer cumprir as disposições desta do DENATRAN, para exercer, exclusivamente, o ser-
Resolução; viço de acabamento final das PIV e a comercializa-
74 II - credenciar as empresas fabricantes de PIV; ção com os proprietários dos veículos.
O estampador tem como finalidade executar a III - manter arquivo eletrônico completo de for-
estampagem e o acabamento final das PIV. necimento das PIV produzidas e estampadas, e for-
necer sempre que solicitado, o acesso deste arquivo
ao DENATRAN e aos DETRAN para consultas e
Importante! auditorias;
IV - registrar os procedimentos relativos ao pro-
O fabricante é credenciado pelo DENATRAN, cesso de fabricação e estampagem das PIV no siste-
enquanto o estampador é credenciado pelo ma informatizado de emplacamento;
DETRAN. É vedado aos fabricantes firmarem V - não se dedicar à produção ou distribuição de
contratos de exclusividade com os estampado- outros produtos ou serviços relacionados à
res, sob pena de descredenciamento. legalização dos veículos ou de seus condutores,
de modo a restringir o acesso, a concentração e o
perfilhamento das informações relativas ao regis-
Credenciamento tro nacional de veículos por entidade privada, sob
pena de descredenciamento;
Art. 14 O credenciamento das empresas fabrican- VI - disponibilizar aos consumidores, via inter-
tes e estampadoras terá validade de 5 (cinco) anos, net, informações adequadas, claras e precisas
podendo ser cassado a qualquer tempo, se não sobre todas as etapas e procedimentos relativos à
mantidos, no todo ou em parte, os requisitos exi- produção, estampagem e acabamento das PIV, com
gidos para o credenciamento, observado o devido especificação dos materiais utilizados, bem como
processo administrativo. o preço final da PIV, sendo solidariamente respon-
sáveis pelas irregularidades praticadas e vícios do
O credenciamento deverá ser renovado, a pedido, produto e do serviço pelo período mínimo de 5
por igual período, sem limite de renovações, desde (cinco) anos;
que atendidos os requisitos da Resolução. VII - inserir, em campo específico no sistema infor-
matizado de emplacamento, o serial (QR Code) das
Infrações PIV utilizadas no atendimento, o arquivo eletrônico
(XML) da referida nota fiscal e o CPF do funcionário
responsável;
O descumprimento das regras sujeita os fabrican-
VIII - ressarcir os custos relativos às transações
tes e os estampadores de PIV credenciados às seguin-
sistêmicas, conforme normativos do DENATRAN
tes sanções administrativas, conforme a gravidade
que disciplinam o acesso aos seus sistemas e sub-
da conduta, assegurado o devido processo adminis-
sistemas informatizados.
trativo, sem prejuízo de sanções cíveis ou penais
cabíveis:
Fabricantes e estampadores respondem solidaria-
mente pelas irregularidades cometidas no processo
z Advertência: para descumprimentos de menor
de estampagem das PIV.
gravidade (perceba que a Resolução não especifica
o que seria considerado “de menor gravidade”, dei-
xando a cargo do julgador fazer esta apreciação); PROCESSO PRODUTIVO
z Suspensão do credenciamento de 30 (trinta)
dias: aplicada caso não seja sanada a irregulari- Art. 19 Todas as etapas do procedimento devem
dade que ensejou a advertência no prazo de 30 possuir trilhas de auditoria comprobatórias, desde
(trinta) dias. Durante o período, o credenciado não a fabricação e estampagem da PIV até a sua vincu-
poderá produzir, estampar ou comercializar as lação ao veículo e inserção dos dados no sistema
PIV. informatizado de emplacamento, nos termos esta-
z Cassação do credenciamento: em caso de cometi- belecidos pelo DENATRAN.
mento de irregularidade grave ou persistência do
motivo da suspensão. A empresa punida poderá SUBSTITUIÇÃO DA PIV
requerer novo credenciamento depois de trans-
corridos 2 (dois) anos da cassação, ficando sujei- O proprietário, possuidor ou condutor do veículo
ta à análise, pelo órgão competente, das causas da poderá requerer a substituição da PIV em qualquer
penalidade, sem prejuízo do integral ressarcimen- Unidade da Federação onde o veículo estiver circu-
to à Administração e aos usuários dos prejuízos lando, independentemente do município ou Unidade
causados com as irregularidades perpetradas. da Federação onde o veículo estiver registrado (art.
20) em caso de:
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Responsabilidades das empresas credenciadas


z Extravio, furto ou roubo de quaisquer das PIV;
Sem prejuízo das demais disposições, as empresas z Veículo que estiver legalmente retido ou recolhi-
credenciadas são responsáveis pelo cumprimento do a depósito em outra Unidade da Federação ou
das seguintes exigências (art. 18): município e necessite ser regularizado para voltar
a circular em via pública.
I – atender às especificações dos insumos perso-
nalizados utilizados na produção das PIV, estando IMPLEMENTAÇÃO DA PIV MERCOSUL
sujeitas ao descredenciamento, no caso de fabri-
cação e estampagem de PIV que não atendam às
Facultativa
especificações;
II - garantir a confidencialidade das operações e
de qualquer informação que lhe seja confiada pelo É facultado aos condutores adotarem, voluntaria-
DENATRAN ou pelos DETRAN, atestando que não mente, as PIV no novo padrão.
será fornecida a terceiros sem autorização expres-
sa e escrita, sob pena de descredenciamento; Art. 22 (...) 75
§1° No caso de adoção do novo modelo, os carac- z Para o veículo já emplacado com o modelo de
teres originais alfanuméricos da PIV deverão PIV de que trata esta Resolução ou a R729, trans-
ser mantidos no cadastro do veículo e constar ferido para um Estado que ainda esteja em fase de
no campo “placa anterior” do Certificado CRV transição para o novo modelo, não poderá ser exi-
e CRLV, atribuindo-se a nova combinação alfanu- gido o retorno ao modelo de placa anterior.
mérica de que trata esta Resolução, devendo ser
possível a consulta e demais transações refe-
INFRAÇÕES
rentes ao veículo por meio de ambas as combi-
nações (art. 22, §1º).
Conforme a conduta observada, o infrator estará
Caso não queira fazê-lo, os veículos em circulação sujeito a ser enquadrado nos seguintes artigos do CTB:
que utilizem PIV no padrão estabelecido pela Resolu-
ção CONTRAN nº 231/07, poderão circular até o seu Art. 221 Portar no veículo placas de identifi-
sucateamento sem necessidade de substituição cação em desacordo com as especificações e
modelos estabelecidos pelo CONTRAN:
das placas e, a qualquer tempo, optar voluntaria-
Infração - média;
mente pelo novo modelo de PIV de que trata a Resolu-
Penalidade - multa;
ção, ressalvado o caso de já ter sido feita a troca pela
Medida administrativa - retenção do veículo para
PIV Mercosul anteriormente estabelecida pela Res. regularização e apreensão das placas irregulares.
729/18-CONTRAN. Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aque-
Por fim, é vedado aos DETRANs e estampadores: le que confecciona, distribui ou coloca, em veículo
próprio ou de terceiros, placas de identificação não
z Exigirem a substituição das PIV pelo modelo de autorizadas pela regulamentação.
que trata esta Resolução, exceto nas situações de Art. 230 Conduzir o veículo:
troca OBRIGATÓRIA (ver abaixo) e nos casos de I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a
CLONAGEM do veículo, regulados pela Res. 670/17 placa ou qualquer outro elemento de identifi-
do CONTRAN. cação do veículo violado ou falsificado;
z Exigido o retorno ao modelo de placa anterior ao o IV - sem qualquer uma das placas de
veículo que, já emplacado com o modelo de PIV identificação;
de que trata esta Resolução ou a R729, for trans- VI - com qualquer uma das placas de iden-
ferido para um Estado que ainda esteja em fase de tificação sem condições de legibilidade e
transição para o novo modelo. visibilidade:
Infração - gravíssima;
Obrigatória Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 243 Deixar a empresa seguradora de
A troca pela nova PIV é obrigatória apenas nos
comunicar ao órgão executivo de trânsito
casos de: competente a ocorrência de perda total do veí-
culo e de lhe devolver as respectivas placas e
z Primeiro emplacamento do veículo; documentos:
z Substituição de qualquer das placas em decorrên- Infração - grave;
cia de mudança de categoria do veículo ou furto, Penalidade - multa;
extravio, roubo ou dano da referida placa; Medida administrativa - Recolhimento das placas e
z Mudança de município ou de Unidade Federativa; dos documentos.
z Em que haja necessidade de instalação da segunda Art. 250 Quando o veículo estiver em movimento:
placa traseira; III - deixar de manter a placa traseira ilumi-
z Ocorrência de clonagem do veículo, nos termos nada, à noite;
do procedimento estabelecido pela 670/17 do Infração - média;
CONTRAN. Penalidade - multa.

Normas de transição entre as PIV MERCOSUL

A da Res. 729/18 do CONTRAN estabeleceu o pri- RESOLUÇÃO Nº 789/2020 DO


meiro padrão Mercosul implementado no Brasil,
o qual possuía algumas diferenças com relação ao CONTRAN
padrão atualmente implementado pela Res. 780/20.
Para que os cidadãos não ficassem prejudicados, A Resolução nº 789/2020 do CONTRAN consolida
previu o CONTRAN algumas normas de transição, des- normas sobre o processo de formação de condutores
tinadas especialmente aos órgãos de fiscalização e aos de veículos automotores e elétricos.
DETRAN:
Norma 1
z Os emplacamentos realizados de acordo com a
R729, e suas alterações, serão aceitos por todos z Documento de Habilitação: ACC
os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trân- z Categoria: -
sito (SNT) e demais órgãos e entidades públicas e z Especificação:
privadas. Neste caso, havendo necessidade de „ Ciclomotores;
aquisição de nova PIV, por extravio, furto, roubo „ Bicicletas dotadas originalmente de motor elé-
ou dano ou por segunda placa traseira, o proprie- trico auxiliar, bem como aquelas que tiverem
tário do veículo poderá adquiri-la de outra Uni- o dispositivo motriz agregado posteriormente
dade da Federação, mediante intermediação do à sua estrutura, em que se verifique, ao menos,
76 DETRAN onde seu veículo estiver registrado uma das seguintes situações:
I – com potência nominal superior a 350 W; Norma 5
II – velocidade máxima superior a 25 km/h;
III – funcionamento do motor sem a necessidade de z Documento de Habilitação: CNH
o condutor pedalar; e z Categoria: D
IV – dispor de acelerador ou de qualquer outro dis- z Especificação:
positivo de variação manual de potência.
„ Veículos automotores e elétricos utilizados no
transporte de passageiros, cuja lotação exceda
Norma 2
a oito lugares, excluído o do condutor;
„ Veículos destinados ao transporte de escolares
z Documento de Habilitação: PPD/CNH
independentemente da lotação;
z Categoria: A
„ Veículos automotores da espécie motor-casa,
z Especificação:
cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o
„ Veículos automotores e elétricos, de duas ou do motorista;
três rodas, com ou sem carro lateral ou semir- „ Ônibus articulado;
reboque especialmente projetado para uso „ Todos os veículos abrangidos nas categorias B
exclusivo deste veículo; e C.
„ Todos os veículos abrangidos pela ACC.
Obs.: Não se aplica a quadriciclos, cuja catego- Norma 6
ria é a B.
z Documento de Habilitação: CNH
Norma 3 z Categoria: E
z Especificação:
z Documento de Habilitação: PPD/CNH
„ Combinações de veículos automotores e elétri-
z Categoria: B
cos em que a unidade tratora se enquadre nas
z Especificação:
categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada,
„ Veículos automotores e elétricos, não abran- reboque, semirreboque, trailer ou articulada
gidos pela categoria A, cujo Peso Bruto Total tenha 6.000 kg ou mais de PBT, ou cuja lotação
(PBT) não exceda a 3.500 kg e cuja lotação não exceda a oito lugares;
exceda a oito lugares, excluído o do motorista; „ Combinações de veículos automotores e elé-
„ Combinações de veículos automotores e elétri- tricos com mais de uma unidade tracionada,
cos em que a unidade tratora se enquadre na independentemente da capacidade máxima de
categoria B, com unidade acoplada, reboque, tração ou PBTC;
semirreboque, trailer ou articulada, desde que „ Todos os veículos abrangidos nas categorias B,
a soma das duas unidades não exceda o peso C e D.
bruto total de 3.500 kg e cuja lotação total não
exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
„ Veículos automotores da espécie motor-casa,
cujo peso não exceda a 6.000 kg e cuja lota-
ção não exceda a oito lugares, excluído o do RESOLUÇÃO Nº 798/2020 DO
motorista; CONTRAN
„ Tratores de roda e equipamentos automotores
destinados a executar trabalhos agrícolas; A Resolução nº 798/2020 do CONTRAN, que entrou
„ Quadriciclos de cabine aberta ou fechada. em vigor em 01/11/2020 e trata da fiscalização do
excesso de velocidade, substituiu a Resolução nº
Norma 4 396/2011desse órgão.
Esta é uma das resoluções mais importantes no
z Documento de Habilitação: CNH estudo para concurso, de forma que é necessário
z Categoria: C saber todos os seus aspectos. sobre os requisitos de
z Especificação: segurança para a circulação, a título precário, de veí-
„ Veículos automotores e elétricos utilizados em culo de carga ou misto transportando passageiros no
transporte de carga, cujo PBT exceda a 3.500 kg; compartimento de cargas.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

„ Tratores de esteira, tratores mistos ou equipa-


mentos automotores destinados à movimenta- FORMA E PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO DE
ção de cargas, de terraplanagem, de construção VELOCIDADE
ou de pavimentação;
„ Veículos automotores da espécie motor-casa, Toda medição de velocidade que for realizada em
cujo PBT ultrapasse 6.000 kg, e cuja lotação não vias nacionais deve ser realizada por medidores (que
exceda a oito lugares, excluído o do motorista; nada mais são do que equipamentos) que estejam em
„ Combinações de veículos automotores e elétri- consonância com o disposto na Resolução.
cos não abrangidas pela categoria B, em que a O que é um medidor de velocidade? Define a reso-
unidade tratora se enquadre nas categorias B lução, em seu art. 2º, §1º: instrumento ou equipamento
ou C, e desde que o PBT da unidade acoplada, de aferição destinado a fiscalizar o limite máximo de
reboque, semirreboque, trailer ou articulada velocidade regulamentado para o local, que indique a
seja menor que 6.000 kg; velocidade medida e contenha dispositivo registrador
„ Todos os veículos abrangidos pela categoria B. de imagem que comprove o cometimento da infração. 77
É indispensável o uso do medidor de velocidade Art. 7º, §4º Os medidores de velocidade do tipo
para que o agente possa lavrar autos de infração por portátil somente devem ser utilizados por autori-
excesso de velocidade (art. 218 do CTB) dade de trânsito ou seu agente, no exercício regu-
Todos os medidores devem conter indicador da lar de suas funções, devidamente uniformizados,
velocidade medida e registrador de imagem. em ações de fiscalização, não podendo haver
obstrução da visibilidade, do equipamento e de seu
operador, por placas, árvores, postes, passarelas,
DOS TIPOS DE MEDIDORES DE VELOCIDADE
pontes, viadutos, marquises, ou qualquer outra for-
ma que impeça a sua ostensividade.
A norma dispôs apenas dois tipos de medidores,
que possuem características e possibilidades de uso REQUISITOS METROLÓGICOS E TÉCNICOS DOS
diferentes: MEDIDORES DE VELOCIDADE
Medidor do tipo Fixo
Caracterizado por instalação na via de caráter Para poderem ser usados, os medidores devem
duradouro. atender a todos estes requisitos simultaneamente:
Não podem ser afixados em árvores, marquises,
passarelas, postes de energia elétrica, ou qualquer Requisitos Metrológicos
outra obra de engenharia, de modo velado ou não
ostensivo (art. 6º, §4º). z Modelo aprovado pelo INMETRO (verificação
A presença da autoridade de trânsito e de seus genérica: o modelo do aparelho é aprovado).
agentes no local de operação desses medidores é z Cada aparelho, individualmente, deve ser aprova-
dispensada! do em verificação metrológica pelo INMETRO ou
Se subdividem em: entidade delegada (verificação inicial, feita antes
do aparelho ser colocado para operar pela 1ª vez).
z Controlador: fiscaliza o limite máximo de veloci- z Cada aparelho, individualmente, deve ser veri-
dade da via ou de seu ponto específico; ficado pelo INMETRO ou entidade delegada, com
z Redutor: destinado a fiscalizar redução pontual periodicidade mínima de doze meses (verifica-
de velocidade em trechos críticos e de vulnerabili- ção periódica anual).
dade dos usuários da via. Possui, obrigatoriamen-
te, display eletrônico que mostra aos condutores Requisitos Técnicos
a velocidade medida. Na linguagem comum, é
conhecido como “lombada eletrônica”. z Registrar a velocidade medida do veiculo em km/h
z Registrar a contagem volumétrica de tráfego
Art. 3º, § 2º Em vias com duas ou mais faixas de z Registrar a latitude e longitude do local de operação
circulação no mesmo sentido, deve-se instalar um z Possuir tecnologia de Reconhecimento Óptico de
display para cada faixa, em ambos os lados da via Caracteres (OCR)
ou em pórtico ou semipórtico sobre a via.
A Res. 804/2020 excluiu o critério da verificação
O “trecho crítico” a que se referem os redutores é periódica anual dos medidores, passando a dispor que
definido pela própria Resolução como “segmento de o medidor deve ser aprovado em verificação metroló-
via inscrito em área circular que concentre número gica periódica, de acordo com a regulamentação técni-
de acidentes com mortes e lesões no trânsito consi- ca metrológica vigente.
derado significativo pela autoridade de trânsito com Essa resolução dispôs, ainda, que as aprovações
circunscrição sobre a via” (art. 6º, §2º). B e C dispostas acima podem ser substituídas por pro-
O raio desse trecho será de 2.500m nas vias rurais cedimento previsto em regulamentação metrológica
e 500m nas vias urbanas ou rurais com características vigente.
urbanas.
DO PROCESSO DE INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E
Medidor do tipo Portátil MONITORAMENTO DE MEDIDORES DE VELOCIDADE

Pode ser instalado em viatura caracterizada O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via
estacionada, em tripé, suporte fixo ou manual. É determina a localização, a sinalização, a instalação
usado como controlador da via ou de pontos especí- e a operação dos medidores de velocidade.
ficos de vias que possuam um limite de velocidade Que órgão será esse? O responsável por instalar ou
igual ou superior a 60 km/h (atenção para este ponto, operar o medidor! Por exemplo, em rodovias federais,
pois veremos uma hipótese em que ele só poderá ser conforme a Resolução 289/2008 do CONTRAN: O DNIT
usado em trechos com velocidade igual ou superior a será responsável pelos redutores de velocidade (art.
21 do CTB), enquanto a PRF é responsável pelos medi-
80km/h).
dores portáteis e pelos controladores de velocidade,
A legislação de trânsito não prevê mais a existên-
se houver autorização do DNIT (art. 20 do CTB).
cia de medidores móveis, que eram instalados em veí- Essa instalação/operação, entretanto, NÃO pode
culos em movimento. ocorrer em qualquer lugar, aleatoriamente. Cada tipo
A viatura caracterizada, cuja menção é feita tam- de medidor possui requisitos específicos que devem
bém na Resolução nº 561/2015 do CONTRAN, é a via- ser observados para poder ser instalado e utilizado.
tura que possui a identidade visual correspondente
ao órgão a que pertence, tornando sua identificação Instalação de Medidores Fixos
rápida e fácil por qualquer cidadão.
A Resolução também se preocupa com a ostensivi- z Controladores de Velocidade: deve ser realiza-
78 dade do uso de tais medidores: do Levantamento Técnico, com periodicidade
bienal, para verificação ou readequação da sina- Dica
lização instalada ao longo da via.
z Redutores de Velocidade: deve ser realizado Estu- Segundo o Anexo I do CTB, rodovia é a via
do Técnico, com periodicidade anual, em trechos rural pavimentada e estrada é a via rural não
críticos, com índices de acidentes, ou locais onde pavimentada.
haja vulnerabilidade dos usuários da via, de modo Nem a resolução nem o CTB definem o que seria
a se comprovar a necessidade de redução pontual uma “via rural com características urbanas”,
da velocidade.
de forma que o significado deste conceito é
z Requisitos Comuns: devem ser refeitos quando
lacunoso.
ocorrer alguma das situações listadas:
Distância entre os Medidores
Art. 6º § 1º Os Levantamentos Técnicos e/ou
É possível fiscalizar o excesso de velocidade com
Estudos Técnicos deverão ser refeitos sempre que
medidor portátil em uma via que já possua medidor
houver:
fixo instalado?
I - readequação dos limites de velocidade da via;
Sim!
II - alteração da estrutura viária;
PORÉM, deve haver uma distância mínima a ser
III - mudança do sentido do fluxo;
observada entre eles:
IV - alteração da competência sobre a circunscrição
da via; e
Art. 7º, § 3º Nos locais em que houver instalado
V - mudança de local do medidor de velocidade.
medidor de velocidade do tipo fixo, os medidores de
velocidade portáteis somente podem ser utilizados
z Devem estar disponíveis ao público na sede do a uma distância mínima de:
órgão de trânsito responsável pelo medidor e em I - 500 m (quinhentos metros), em vias urbanas e
seu site na rede mundial de computadores; em trechos de vias rurais com características de via
z Devem ser encaminhados aos órgãos recursais urbana; e
quando solicitados (por exemplo, a JARI). II - 2.000 m (dois mil metros), para os demais tre-
chos de vias rurais.
Instalação de Medidores Portáteis
DA CARACTERIZAÇÃO DA INFRAÇÃO
z Instalação: antes de utilizá-los, o órgão deverá
Velocidade Medida e Velocidade Considerada
realizar planejamento operacional prévio nos
trechos ou locais que tenham pelo menos uma das
A infração por excesso de velocidade é caracteriza-
seguintes características: da por uma operação matemática de subtração reali-
zada entre a velocidade medida pelo equipamento e o
Art. 7º, §1º erro máximo admissível para este equipamento. Assim:
I - com potencial ocorrência de acidentes de (Velocidade Medida - VM) – (Erro máximo admis-
trânsito; sível) = (Velocidade a ser considerada para fins de
II - que tenham histórico de acidentes de trânsito autuação e enquadramento no art. 218 do CTB - VC)
que geraram mortes ou lesões; ou A Resolução prevê uma tabela para facilitar esta
III - em que haja recorrente inobservância dos operação, mas, de forma geral, podemos observar que:
limites de velocidade previstos para a referida via
ou trecho. z Até a VM de 107km/h, o valor a ser descontando é
de 7km/h;
A relação de trechos ou locais aptos a serem fis- z Entre a VM de 108km/h e 194km/h, usam-se os valo-
calizados com medidor portátil deve ser mapeada e res da tabela presente no Anexo III da Resolução;
publicada no site do órgão responsável por operar z Para VM acima de 194km/h, o erro máximo admis-
estes medidores. sível será de 7%, com arredondamento matemático.

z Utilização Requisitos do Auto de Infração de Trânsito

Além de apenas os trechos mapeados neste plane- A Resolução 805/2020 modificou o art. 9º da R798,
jamento operacional prévio poderem ser fiscalizados passando a dispor, apenas, que para sua consistência
com este medidor, o uso do medidor portátil está res- e regularidade, o auto de infração de trânsito (AIT) e a
notificação de autuação (NA), além do disposto no CTB
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

trito a vias que possuam limites mínimos de velocida-


de de 60km/h ou 80km/h, dependendo do tipo de via: e na legislação complementar, devem conter a imagem
com a placa do veículo.
Art. 7º O uso de medidores do tipo portátil para a A preocupação da Resolução com a publicidade
fiscalização do excesso de velocidade é restrito às dos dados é latente:
seguintes situações:
I - nas vias urbanas e rurais com característi- Art. 9º, Parágrafo único. O órgão ou entidade com
cas urbanas, quando a velocidade máxima per- circunscrição sobre a via deve dar publicidade,
mitida for igual ou superior a 60 km/h (sessenta por meio do seu site na rede mundial de compu-
quilômetros por hora); e tadores, antes do início de sua operação, da
II - nas vias rurais, quando a velocidade máxima relação de todos os medidores de velocidade
permitida for igual ou superior a: existentes em sua circunscrição, contendo o
a) 80 km/h (oitenta quilômetros por hora), em tipo do equipamento, o número de registro junto ao
rodovia; e Inmetro, o número de série do fabricante, a identi-
b) 60 km/h (sessenta quilômetros por hora), em ficação estabelecida pelo órgão e, no caso do tipo
estrada. fixo, também do local de instalação. 79
DOS LOCAIS DE FISCALIZAÇÃO E DA SINALIZAÇÃO II - VEÍCULO PESADO - ônibus, micro-ônibus,
caminhão, caminhão-trator, trator de rodas, trator
Medidores do tipo fixo misto, chassi-plataforma, motor-casa, reboque ou
semirreboque, combinação de veículos, veícu-
Os locais onde estejam sendo operados medidores lo leve tracionando outro veículo, ou qualquer
fixos sempre devem estar sinalizados com placas que
outro veículo com peso bruto total superior a três
regulamentem o limite de velocidade, mesmo que este
mil e quinhentos quilogramas.
limite seja igual ao limite genérico do art. 61 do CTB:

Art. 10 Os locais em que houver fiscalização de Exemplo:


excesso de velocidade por meio de medidores do
tipo fixo devem ser precedidos de sinalização com

90 70
placa R-19, na forma estabelecida nesta Resolução
e no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito
- Volume I (MBST-I), de forma a garantir a seguran- Km/h Km/h

ça viária e informar aos condutores dos veículos VEÍCULOS VEÍCULOS


a velocidade máxima permitida para o local. LEVES PESADOS
§ 1º Onde houver redução de velocidade, deve ser
observada a existência de placas R-19, informando
a redução gradual do limite de velocidade confor- A sinalização horizontal pode ser utilizada para
me MBST-I. reforçar a sinalização vertical de velocidade.

Além da sinalização antes de cada medidor, deve


Medidores do tipo portátil
existir uma placa junto a cada medidor fixo.
Essas placas não podem ser instaladas aleatoria-
mente em qualquer lugar: elas precisam estar a uma A Resolução não traz disposições sobre a necessida-
distância mínima e máxima do respectivo medidor, de de instalação de placas para este tipo de medidor.
conforme a tabela abaixo, sendo possível repetir ela Disto depreendemos que a fiscalização com medidor
em distâncias menores: portátil pode ocorrer tanto em locais em que haja insta-
lação das placas R-19 (e, neste caso, devem ser observa-
VELOCIDADE MÁXIMA
REGULAMENTADA PARA
DISTÂNCIA MÍNIMA E das as distâncias mínimas e máximas da tabela acima)
MÁXIMA quando em locais cuja velocidade máxima seja aquela
O LOCAL
definida pelo art. 61 do CTB, sem necessidade, neste
Via urbana ou via Via rural
rural com carac- último caso, de placas de sinalização, e desde que a
terísticas urbanas velocidade mínima seja de 60 ou 80km/h, conforme
o tipo da via (como vimos acima!):
Maior ou igual a 80km/h 400 a 500m 1000 a
2000m
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a
Menor que 80km/h 100 a 300m 300 a
via será indicada por meio de sinalização, obede-
1000m
cidas suas características técnicas e as condições
de trânsito.
Art. 11, § 1º Em vias com duas ou mais faixas
§ 1º Onde não existir sinalização regulamenta-
de trânsito por sentido, a sinalização, por meio da
placa de regulamentação R-19, deve estar afixada dora, a velocidade máxima será de:
nos dois lados da pista ou suspensa sobre a via, I - nas vias urbanas:
nos termos do MBST-I. a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de
§ 2º Em vias em que haja acesso de veículos por trânsito rápido:
outra via pública, no trecho compreendido entre
o acesso e o medidor de velocidade, deve ser b) sessenta quilômetros por hora, nas vias
acrescida, nesse trecho, sinalização por meio de arteriais;
placa R-19. c) quarenta quilômetros por hora, nas vias
§ 3º Para fins de fiscalização do excesso de coletoras;
velocidade, é vedada a utilização de placa R-19
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
que não seja fixa.
II - nas vias rurais:
Se o local da via possuir velocidade máxima regu- a) nas rodovias de pista dupla:
lamentada de forma diferente dependendo do tipo de 1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora)
veículo, a placa deve estar acompanhada desta infor- para automóveis, camionetas e motocicletas;
mação, seguindo o padrão informado na Resolução e 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora)
a seguinte classificação:
para os demais veículos;
Art. 12, § 1º Para fins de cumprimento do estabe- b) nas rodovias de pista simples:
lecido no caput, os tipos de veículos registrados e 1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para auto-
licenciados devem estar classificados conforme as móveis, camionetas e motocicletas;
duas denominações descritas a seguir: 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os
I - VEÍCULO LEVE - ciclomotor, motoneta, motocicle-
demais veículos;
ta, triciclo, quadriciclo, automóvel, utilitário, cami-
nhonete e camioneta, com peso bruto total inferior c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por
80 ou igual a três mil e quinhentos quilogramas; e hora).
z 10% (dez por cento) sobre os limites de peso regu-
RESOLUÇÃO Nº 803/2020 DO lamentares por eixo de veículos transmitidos à
CONTRAN superfície das vias públicas.

A Resolução nº 803/20 do CONTRAN dispõe sobre Para fins de fiscalização de peso de veículos que
infrações de trânsito previstas nos incisos V e X do art. transportem produtos classificados como Biodie-
231 do Código Trânsito Brasileiro (CTB), relativas ao sel (B-100) e Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP),
trânsito de veículos com excesso de peso ou exceden- por meio de balança rodoviária ou de Nota Fiscal,
do a capacidade máxima de tração. fica permitida a tolerância de 7,5% (sete e meio por
cento) no PBT ou PBTC até 30 de novembro de 2021.
DESCOBRINDO O PBT, PBTC E CMT
FISCALIZAÇÃO POR NOTA FISCAL
Para descobrir o PBT/PBTC/CMT de um veículo,
é necessário enquadrá-lo em alguma das categorias A fiscalização dos limites de peso dos veículos por
dispostas na Resolução nº 210/2006. Para fazer isso, é meio do peso declarado na Nota Fiscal, Conhecimento
necessário medir o comprimento do veículo. ou Manifesto de carga poderá ser feita em qualquer
Comprimento total é aquele medido do ponto mais tempo ou local.
avançado de sua extremidade dianteira ao ponto Não há qualquer tolerância sobre o peso decla-
mais avançado de sua extremidade traseira, incluídos rado, exceto a disposta abaixo:
todos os acessórios para os quais não esteja previsto Para fins de fiscalização de peso de veículos que
exceção (art. 2º). transportem produtos classificados como Biodiesel
Na medição do comprimento dos veículos não serão (B-100) e Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP), por
tomados em consideração os seguintes dispositivos: meio de balança rodoviária ou de Nota Fiscal, fica per-
mitida a tolerância de 7,5% (sete e meio por cento) no
I - limpador de pára-brisa e dispositivos de lavagem PBT ou PBTC até 30 de novembro de 2021.
do para-brisa;
II - placas dianteiras e traseiras; INFRAÇÃO POR EXCESSO DE PESO
III - dispositivos e olhais de fixação e amarração da
carga, lonas e encerados; Constatado o excesso de peso, será lavrado o AIT
IV - luzes; com base nos arts. 231, V, do CTB.
V - espelhos retrovisores ou outros dispositivos
Para fins de autuação, o embarcador é o remetente
similares;
ou expedidor da carga, mesmo se o frete for a pagar.
VI - tubos de admissão de ar;
VII - batentes;
VIII - degraus e estribos de acesso; Cálculo da multa
IX - borrachas;
X - plataformas elevatórias, rampas de acesso e O cálculo do valor da multa de excesso de peso se
outros equipamentos semelhantes, em ordem de dará nos termos do inciso V do art. 231 do CTB:
marcha, desde que não constituam saliência supe-
rior a 200 mm (duzentos milímetros); e Art. 231. Transitar com o veículo:
XI - dispositivos de engate do veículo a motor. V - com excesso de peso, admitido percentual de
tolerância quando aferido por equipamento, na for-
Os instrumentos utilizados para medição do veícu- ma a ser estabelecida pelo CONTRAN:
lo devem ter seu modelo aprovado pelo INMETRO. Infração - média;
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos qui-
FISCALIZAÇÃO logramas ou fração de excesso de peso apurado,
constante na seguinte tabela:
A fiscalização de peso dos veículos deve ser feita a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32
por: (cinco reais e trinta e dois centavos);
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos qui-
logramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro
z Equipamento de pesagem (balança rodoviária): os
centavos);
instrumentos devem estar de acordo com a regula-
c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilo-
mentação do INMETRO. gramas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

z Na impossibilidade, pela verificação de documen- centavos);


to fiscal. d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogra-
mas) - R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois
FISCALIZAÇÃO POR BALANÇA centavos);
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil qui-
Tolerância logramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cin-
quenta e seis centavos);
Admitem-se os seguintes percentuais de tolerância f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas)
na fiscalização com balança, os quais não podem ser - R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos);
incorporadas aos limites de peso previstos em regula-
mentação específica: Excessos simultâneos

z 5% (cinco por cento) sobre os limites de pesos Mesmo que haja excessos simultâneos nos pesos
regulamentares para o peso bruto total (PBT) e por eixo ou conjunto de eixos e no PBT ou PBTC, a mul-
peso bruto total combinado (PBTC); ta para infração será aplicada uma única vez. 81
Quando houver excessos tanto no peso por eixo Excesso de PBT ou PBTC
quanto no PBT ou PBTC, os valores dos acréscimos à
multa serão calculados isoladamente e somados entre Quando o peso verificado estiver acima do PBT ou
si, sendo adicionado ao resultado o valor inicial refe- PBTC estabelecido para o veículo, acrescido da tole-
rente à infração de natureza média. rância de 5% (cinco por cento), a multa será apli-
O valor do acréscimo à multa será calculado nos cada somente sobre a parcela que exceder essa
seguintes termos: tolerância.
O veículo somente poderá prosseguir viagem
I – enquadrar o excesso total de acordo com o dis- depois de sanar a irregularidade, respeitada a tolerân-
posto nas alíneas do inciso V do art. 231 do CTB; cia para fins de remanejamento ou transbordo, sem
II – dividir o excesso total por 200 kg (duzentos qui- prejuízo da multa aplicada.
logramas), arredondando-se o valor para o inteiro
superior, resultando na quantidade de frações; e Carga sem remanejamento ou transbordo
III – multiplicar o resultado da quantidade de fra-
ções pelo valor previsto para a faixa do excesso Nos casos em que não for dispensado o remaneja-
indicada no inciso I. mento ou transbordo da carga, o veículo deverá ser
recolhido ao depósito, sendo liberado somente após
Multa no excesso de peso por eixo ou conjunto de sanada a irregularidade e pagas todas as despesas de
eixos remoção e estada.

Quando o peso verificado for igual ou inferior ao


PBT ou PBTC estabelecido para o veículo, acrescido Importante!
da tolerância de 5% (cinco por cento), mas ocorrer
excesso de peso em algum dos eixos ou conjunto de O CTB normalmente autoriza que o veículo retido
eixos, será aplicada multa somente sobre a parcela seja liberado provisoriamente mediante o reco-
que exceder essa tolerância. lhimento do CRLV, mas isso só pode ser feito se
houver condições de segurança adequadas (art.
INFRAÇÃO POR EXCESSO NA CMT 270, §2º).
No caso do excesso de peso, a própria resolução
Constatado o excesso de capacidade máxima de já dispõe que a medida administrativa aplicável,
tração, será lavrado o AIT com base nos arts. 231, X, caso a falha não seja sanada no local, será a
do CTB. remoção (art. 271).
De toda forma, remanesce a possibilidade de o
Art. 231. Transitar com o veículo: agente dispensado o remanejamento ou trans-
X - excedendo a capacidade máxima de tração: bordo de produtos perigosos, produtos perecí-
Infração - de média a gravíssima, a depender da veis, cargas vivas e passageiros.
relação entre o excesso de peso apurado e a capaci-
dade máxima de tração, a ser regulamentada pelo
CONTRAN; Tolerância para fins de remanejamento ou trans-
Penalidade - multa; bordo na fiscalização de peso por eixo ou conjunto de
Medida Administrativa - retenção do veículo e eixos
transbordo de carga excedente. O veículo poderá prosseguir viagem sem rema-
nejamento ou transbordo, independentemente da
As infrações por excesso da CMT serão aplicadas, a natureza da carga, se os excessos aferidos em cada
depender da relação entre o excesso de peso apurado eixo ou conjunto de eixos forem, simultaneamente,
e a CMT, da seguinte forma: inferiores a 12,5% (doze e meio por cento) do menor
valor entre os pesos e capacidades máximos estabele-
I – até 600 kg (seiscentos quilogramas): infração cidos pelo CONTRAN e os pesos e capacidades indica-
média, com valor conforme definido no CTB; dos pelo fabricante ou importador (art. 10).
II – entre 601 kg (seiscentos e um quilogramas) e Esta tolerância não será cumulativa aos limites
1.000 kg (um mil quilogramas): infração grave, com de peso admitidos na fiscalização com balança.
valor conforme definido no CTB; e
III – acima de 1.000 kg (um mil quilogramas): infra-
ção gravíssima, com valor conforme definido no
CTB, aplicado a cada 500 kg (quinhentos quilogra-
mas) ou fração de excesso de peso apurado. RESOLUÇÃO Nº 806/2020 DO
CONTRAN
APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
A Resolução nº 806/2020 do CONTRAN estabelece
Excesso de peso por eixo a mensagem, os temas e o cronograma da Campanha
Educativa de Trânsito de 2021 a ser realizada nacio-
Constatada a infração, deverá ocorrer remaneja- nalmente de janeiro a dezembro de 2021.
mento da carga dentro do veículo ou deverá ser efe- A Campanha Educativa de Trânsito de 2021 tem
tuado transbordo, para eliminar os excessos por eixo. como mensagem “No trânsito, sua responsabilida-
O veículo somente poderá prosseguir viagem de salva vidas”, que deve ser divulgada pelos órgãos
depois de sanar a irregularidade, respeitada a possi- e entidades do Sistema Nacional de Trânsito.
bilidade de tolerância para fins de remanejamento Esta mensagem deverá ser veiculada obrigatoria-
82 ou transbordo, sem prejuízo da multa aplicada. mente nos meios de comunicação social em toda peça
publicitária destinada à divulgação ou promoção de lesões e mortes no trânsito. Neste mês, caracterizado
produtos oriundos da indústria automobilística ou por ser um período de férias escolares, com aumen-
afim, nos termos do art. 77-B do CTB: to de fluxo de veículos nas vias, as campanhas edu-
cativas devem focar nos cuidados às crianças em
Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divul- deslocamentos nos carros e motos, lembrando a alte-
gação ou promoção, nos meios de comunicação ração no CTB quanto à idade e altura.
social, de produto oriundo da indústria automo- Dar enfoque à importância de trafegar com o farol
bilística ou afim, incluirá, obrigatoriamente, men- baixo aceso nas rodovias.
sagem educativa de trânsito a ser conjuntamente Responsabilidades na mobilidade urbana em
veiculada. todos os papéis: Pedestre, Passageiro, Condutor.
Citar o aniversário de 24 anos do CTB.
Veja as imagens que estão sendo divulgadas no mês
de janeiro de 2021 relativamente a esta campanha: Fevereiro

z Tema:

Álcool e condução (substâncias psicoativas lícitas


e ilícitas).
Suspensão do Direito de Dirigir a partir do novo
CTB.
Luz de rodagem diurna.

z Orientações:

Em decorrência dos festejos de carnaval, onde o


consumo de álcool e outras substâncias psicoativas
é elevado, deve-se alertar motociclistas e condutores
CONTRAN
sobre os riscos de pilotar ou dirigir após consumo de
substâncias psicoativas lícitas e ilícitas.
Promoção de ações integradas com a fiscalização
são importantes, estimulando o folião a utilizar os
transportes alternativos.
Com as novas regras para a suspensão da CNH,
há uma escala de três limites de pontuação, deven-
do ser melhor explicado como fica a suspensão e a
importância de conhecer bem as regras.
Importância de trafegar com o farol baixo aceso
nas rodovias.

Março

z Tema:

Volta às aulas.
A punição para quem comete crimes de trânsito.
Gestantes no trânsito.
PRF
z Orientações:
A Resolução definiu um calendário a ser segui-
do pelos órgãos de trânsito, contendo os temas que Campanha de cuidado com volta às aulas, pós-pan-
devem ser explorados em cada um dos meses: demia, intensificando fiscalização dos meios de trans-
porte dos alunos, os cuidados no entorno das escolas,
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Janeiro em especial o respeito às faixas de pedestres.


Entrará em vigor no mês de abril algumas alte-
z Tema: rações no CTB. Dentre elas está uma fundamen-
tal mudança para quem acha que, infringir a lei de
Ações de prevenção voltadas para o período das trânsito, não tem punição. A partir de 12 de abril, os
férias escolares, em especial o uso de cinto de segu- crimes de trânsito que sofrerem condenação, não
rança, dispositivo de retenção, uso luz de rodagem poderão mais ser convertidos em cestas básicas. A
diurna. campanha deverá mostrar o que é considerado crime
24 anos de CTB. no CTB.
Por ser comemorado o Dia Internacional da
z Orientações: Mulher, reforçar os cuidados com as gestantes no
trânsito, envolvidas por um trânsito seguro, sendo
O uso de cinto de segurança e dispositivos de elas pedestres, passageiras, condutoras, instrutoras,
retenção são fatores importantes de prevenção de agentes, policiais ou demais profissionais. 83
Abril z Orientações:

z Tema: Reforçar a adoção de condutas mais seguras no


trânsito e a importância de respeitar as regras para
Motocicleta - Não assuma o risco. condução de motocicletas.
Aos motociclistas entregadores (motofretistas),
z Orientações: enfatizar os cuidados básicos com a velocidade
incompatível, utilização de celular ao pilotar, den-
Realizar campanhas para conscientizar esse públi- tre outras condutas.
co sobre atitudes saudáveis no trânsito, tais como cui- Dar enfoque especial aos motociclistas profissio-
dar de si e do outro, ver e ser visto, cuidados com nais (mototaxistas e motofretistas).
a motocicleta (manutenção, importância do uso do
capacete e dos equipamentos de segurança). Agosto

Maio z Tema:

z Tema: Pedestres e ciclistas: Campanha de valorização


das Faixas para Pedestres.
Maio Amarelo: a responsabilidade e o papel de
cada um no trânsito. z Orientações:

z Orientações: Reforçar os cuidados que pedestres e ciclistas pre-


cisam ter para evitar acidentes.
Campanha voltada à utilização das passarelas, Fazer campanhas para incentivar todos os con-
faixas elevadas e faixas de pedestres, alertando os dutores a respeitarem o pedestre e do mesmo modo,
condutores para o respeito as sinalizações e cuidados fazer com que todos os pedestres procurem sempre a
com os vulneráveis no trânsito (em algum momento faixa para atravessá-la.
todos nós o somos), colocando a palavra responsa-
bilidade com destaque para todos os atores sociais Setembro
envolvidos.
Tratar da humanização das estatísticas de aci- z Tema:
dentes de trânsito para a segurança no trânsito por
se tratar da história de pessoas e não apenas números Pedestres e ciclistas: ver e ser visto
(empatia).
z Orientações:
Junho
No período noturno há maior risco de acidentes
z Tema: envolvendo os usuários vulneráveis pela dificuldade
de visibilidade. Assim, as campanhas educativas deste
Respeito no trânsito. mês devem apontar para a importância de ver e ser
Ser parte da solução e não do problema. visto no trânsito, com enfoque especial nos motoci-
Nova pontuação na CNH. clistas, ciclistas e pedestres reforçando a necessi-
dade do uso de equipamentos e vestimentas que os
z Orientações: tornem mais visíveis.
Trabalhar a empatia, reforçando o papel dos mais
Neste mês, as campanhas educativas devem abor- fortes protegerem os mais vulneráveis.
dar a relação de violência e conflitos entre os usuá-
rios do trânsito, reforçando seu caráter coletivo e Outubro
abordando a importância de cuidar de si, do outro e
do meio ambiente. z Tema:
Destacar a necessidade de responsabilidade com-
partilhada entre pedestres, ciclistas e demais condu- Pedestres e ciclistas: o que pode e o que não pode!
tores para que todos possam conviver pacificamente Uso da Cadeirinha.
nas vias.
Um bom condutor, respeitoso e responsável, z Orientações:
não precisa se preocupar com a pontuação como
penalidade na CNH, mas, se por algum motivo vier a Abordar a vulnerabilidade dos pedestres, ciclis-
infringir a legislação deve saber que, desde abril, con- tas, crianças, bem como pessoas com deficiência e
dutores prudentes serão beneficiados com uma nova idosos, os quais estão mais expostos ao risco de lesões
regra da pontuação. caso sofram um acidente, ressaltando a fragilidade
inerente a esses usuários.
Julho Em relação aos ciclistas, incentivá-los a escolher
rotas mais seguras para prática do esporte.
z Tema: Realizar campanha de educação sobre a utilização
do celular quando estamos em movimento, quando
84 Motociclista consciente evita acidentes nos papéis de pedestre e ciclista.
Novembro CERTIFICADO DE REGISTRO E LICENCIAMENTO DE
VEÍCULO EM MEIO DIGITAL (CRLV-E)
z Tema:
O DENATRAN estabelecerá a forma de expedição
Não deixe marcas que desculpas não apaguem. do novo CRLVe, que conterá, vinculados em um único
Manutenção preventiva dos veículos. documento, o Certificado de Registro de Veículo (CRV)
e o Certificado de Licenciamento Anual (CLA), referi-
z Orientações: dos nos arts. 121 e 133 do CTB:

Trazendo o tema do Dia Mundial em Memória Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Cer-
das Vítimas do Trânsito, as campanhas devem levar tificado de Registro de Veículo - CRV de acordo
a uma reflexão sobre como as lesões e sequelas psico- com os modelos e especificações estabelecidos pelo
lógicas e sociais impactam a vida das vítimas e de seus CONTRAN, contendo as características e condições
de invulnerabilidade à falsificação e à adulteração.
familiares depois do acidente.
Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de
Dicas e orientações de manutenção preventi-
Licenciamento Anual.
va dos veículos nos meses de novembro, dezembro
e janeiro, tendo em vista que são meses com maior Obrigatoriedade de Expedição
movimentos nas rodovias, por conta dos feriados de
fim de ano e das férias escolares. A transição dos antigos documentos ao atual CRL-
Ve será gradual, conforme as situações abaixo lista-
Dezembro das, ensejadoras da obrigatoriedade de expedição do
CRLVe, forem ocorrendo:
z Tema:
z No registro do veículo;
Festejos em segurança: os perigos do uso de subs- z No licenciamento anual do veículo;
tâncias psicoativas por condutores. z Na transferência de propriedade;
Manutenção preventiva dos veículos. z Na mudança de Município de domicílio ou de
Município de residência do proprietário;
z Orientações: z Na alteração de qualquer característica do veículo;
z Na mudança de categoria;
Em decorrência das festas de final de ano, deve- z No caso de segunda via dos documentos emitidos
-se alertar motociclistas e demais condutores sobre os com base nas antigas resoluções que regulamenta-
riscos de pilotar ou dirigir após consumo de subs- vam o CRV e o CLA;
tâncias psicoativas lícitas e ilícitas. Promoção de z No caso de remarcação de chassi;
ações integradas com a fiscalização. z Nos casos previstos em regulamentos complemen-
Dicas e orientações de manutenção preventi- tares onde seja necessária a emissão de um CRV;
va dos veículos nos meses de novembro, dezembro z Um exemplo deste caso é o previsto pela Resolu-
e janeiro, tendo em vista que são meses com maior ção nº 810/2020, após o veículo sofrer um dano de
movimentos nas rodovias, por conta dos feriados de média monta e ser regularizado perante o órgão
fim de ano e das férias escolares. de trânsito.
Campanha de educação sobre a utilização do celu-
lar quando estamos em movimento, nos papéis de Assim como ocorre com o atual CRLV, o CRLV-e
pedestre/ciclista/condutor somente será expedido após a quitação dos débi-
tos relativos a tributos, encargos e multas de trân-
sito e ambientais, vinculados ao veículo, bem como
o pagamento do Seguro Obrigatório de Danos Pes-
RESOLUÇÃO Nº 809/2020 DO soais causados por Veículos Automotores de Via Ter-
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

restres (Seguro DPVAT).


CONTRAN A existência de restrições administrativas ou judi-
ciais que restrinjam a circulação do veículo também
A Resolução nº 809/2020 do CONTRAN dispõe sobre
serão causa de impedimento da expedição do CRLV-e.
os requisitos para emissão do Certificado de Registro de
Veículo (CRV), do Certificado de Licenciamento Anual Campos e Leiaute
(CLA) e do comprovante de transferência de proprieda-
de em meio digital. Os campos do CRLV-e permanecem praticamente
Observação: a transferência de propriedade de veí- os mesmos da versão anterior, contendo as princi-
culos inscritos no Registro Nacional de Veículos em pais informações sobre o veículo e sua propriedade,
Estoque (RENAVE) seguirão os procedimentos estabe- podendo o DENATRAN estabelecer outras informa-
lecidos em Resolução específica, não lhes aplicando os ções que deverão constar no documento.
termos da presente regulamentação. Veja parte do modelo do CRLVe: 85
AUTORIZAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA DE
PROPRIEDADE DO VEÍCULO EM MEIO DIGITAL
(ATPV-E)

No modelo de documentos anteriormente adota-


do, a transferência do veículo ocorria através do docu-
mento conhecido como DUT (Documento Único de
Transferência, que também é uma Autorização para
Transferência de Propriedade de Veículo no modelo
antigo), localizado fisicamente no verso do CRV, o qual
deveria ser preenchido pelo proprietário do veículo e
adquirente quando houvesse a transferência da pro-
priedade do veículo.
No novo modelo, instituído pela R809, o DUT é
substituído por um documento chamado Autoriza-
ção para Transferência de Propriedade do Veículo
em meio digital (ATPV-e), expedida na forma esta-
belecida pelo DENATRAN, e será o documento hábil
para comprovar a transferência de propriedade,
nos termos do CTB:

Art. 124. Para a expedição do novo Certificado


de Registro de Veículo serão exigidos os seguintes
documentos:
III - comprovante de transferência de propriedade,
quando for o caso, conforme modelo e normas esta-
belecidas pelo CONTRAN;

A ATPV-e possui a mesma finalidade que era cum-


A inclusão do Qr Code ao documento representa, sem prida pelo DUT: gerada pelo DENATRAN. Nela, o anti-
dúvida, uma das maiores novidades da Resolução, que é go e o novo proprietário, respectivamente, vendedor
e comprador, declaram estar de acordo com a trans-
requisito de segurança e de validação do documento. ferência da propriedade do veículo, responsabilizan-
do-se pela veracidade das informações ali declaradas.
Porte do Documento
Campos

A apresentação do CRLVe, seja na versão digital


A ATPV-e conterá:
por meio dos aplicativos oficiais do Governo Federal,
z Os dados identificadores
seja na versão impressa em papel A4 branco comum, z Do proprietário do veículo;
é suficiente para cumprir a exigência de porte obri- z Do veículo; e
z Do comprador.
gatório do documento de licenciamento do veículo.
z Código de barras bidimensionais dinâmico (QRCo-
Repare que não é obrigatório que o cidadão faça a de) gerado pelos sistemas do DENATRAN;
z Assinaturas autenticadas das partes envolvidas.
impressão do documento, bastando que o apresente
diretamente na tela do celular. A ATPV-e somente será disponibilizada aos veí-
culos que forem registrados após a sua vigência
(04/01/2021), salvo:
CRV Físico
z Quando houver expedição de segunda via dos
O DETRAN não poderá mais expedir o CRV em documentos de licenciamento; ou
z Mediante requerimento do proprietário do veí-
meio físico (modelo verde) com o modelo das resolu-
culo, observados os requisitos estabelecidos pelo
ções que anteriormente regulavam a matéria. DETRAN responsável pelo registro do veículo.

Cancelamento
Modelo físico do CLA/CRLV
Quando houver a necessidade de cancelamento
O CRLV físico (modelo verde), chamado pela R809 da ATPV-e que tenha sido expedida, o DETRAN res-
ponsável pelo registro do veículo poderá estabelecer
de CLA, poderá ser utilizado para comprovar o licen-
os requisitos necessários para emissão de uma nova
86 ciamento do veículo para o exercício 2020. ATPV-e.
Disponibilização Parágrafo único. O comprovante de transferência
de propriedade de que trata o caput deste artigo
A ATPV-e deverá ser disponibilizada por meio poderá ser substituído por documento ele-
dos canais de atendimento dos DETRANs, podendo trônico com assinatura eletrônica válida, na
o DENATRAN instituir outros canais de atendimento forma regulamentada pelo Contran (redação
para disponibilização da ATPV-e. conforme a Lei nº 14.071/2020).

Assinatura Eletrônica Comunicação de venda por meio eletrônico

Quando ambos, proprietário vendedor e compra- No caso da ATPV-e, a comunicação de venda será
dor, possuírem os requisitos necessários para assi- realizada por algum dos seguintes meios:
natura eletrônica da ATPV-e, o preenchimento e a
assinatura poderão ocorrer nos sistemas do DENA- z Pela própria assinatura eletrônica da ATPV-e pelo
TRAN ou DETRANs que disponibilizarem essa fun- antigo proprietário;
cionalidade, de acordo com a Lei nº 14.063/2020 e z Por meio de sistema eletrônico implantado pelo
regulamentação vigente (art. 16). DENATRAN, com a utilização de:
„ Assinatura digital avançada, nos termos da
Lei nº 14.063/2020 e de regulamentação vigen-
Importante! te; ou
Neste caso, a assinatura eletrônica da ATPV-e „ Certificado digital, de propriedade do vendedor
e do comprador, emitido por autoridade certifi-
pelo antigo proprietário já caracteriza a comuni-
cadora, conforme padrão de Infraestrutura de
cação de venda eletrônica do veículo para efei-
Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil);
tos do art. 134 do CTB.
z Por entidade pública ou privada com atribuição
Art. 134 Os órgãos ou entidades executivos de legal, em conformidade com a Lei nº 8.935/1994
trânsito dos Estados ou do Distrito Federal pode- (lei de serviços notariais), expressamente autori-
rão estabelecer outros meios para autenticar a zada pelo DENATRAN para tal finalidade;
identificação do vendedor e do comprador em „ Neste caso, estas entidades públicas ou priva-
conformidade com a legislação em vigor para vali-
das poderão contratar entidades privadas que
dação jurídica.
tenham como atividade principal ou acessória,
prevista em lei ou em seu estatuto constitutivo
Impressão
ou contrato social, a prestação de serviços ine-
rentes à comunicação de venda de veículos
Na versão impressa, assim como ocorre com o
DUT, a ATPV-e deverá ser assinada e conter o reco-
z Pelo DETRAN, conforme procedimentos definidos
nhecimento de firma do vendedor e do comprador
por cada órgão ou entidade.
por autenticidade.
No caso da ATPV-e na versão impressa ou da ATPV
COMUNICAÇÃO DE VENDA DE VEÍCULO
(DUT) constante no verso de CRV válido, o antigo pro-
prietário deverá encaminhar ao DETRAN onde o veí-
O encaminhamento do comprovante de transfe-
culo foi registrado a cópia autenticada da ATPV-e ou
rência de propriedade aos órgãos ou entidades exe-
da ATPV, respectivamente, devidamente preenchida.
cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal
corresponde à comunicação de venda de veículo, con-
forme o CTB:

Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Cer- RESOLUÇÃO Nº 810/2020 DO


tificado de Registro de Veículo quando:
§ 1º No caso de transferência de propriedade, o
CONTRAN
prazo para o proprietário adotar as providências
necessárias à efetivação da expedição do novo A Resolução nº 810/2020 do CONTRAN dispõe
Certificado de Registro de Veículo é de trinta sobre a classificação de danos e os procedimentos para
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

dias, sendo que nos demais casos as providências a regularização, a transferência e a baixa dos veículos
deverão ser imediatas. envolvidos em acidentes.
Art. 134. No caso de transferência de propriedade,
expirado o prazo previsto no § 1º do art. 123 deste CONCEITO
Código sem que o novo proprietário tenha tomado
as providências necessárias à efetivação da expe- Veículo sinistrado é aquele envolvido em ocor-
dição do novo Certificado de Registro de Veículo, rência de acidente de trânsito, dano ou qualquer
o antigo proprietário deverá encaminhar ao outro evento que ocasione avaria em uma ou mais
órgão executivo de trânsito do Estado ou do
partes do veículo.
Distrito Federal, no prazo de 60 (sessenta) dias,
cópia autenticada do comprovante de trans-
ferência de propriedade, devidamente assinado ABRANGÊNCIA
e datado, sob pena de ter que se responsabilizar
solidariamente pelas penalidades impostas e suas A Resolução se aplica a todos os veículos sinistra-
reincidências até a data da comunicação. (redação dos, definidos nos termos acima.
conforme a Lei nº 14.071/2020) Os termos da Resolução também se aplicam a: 87
z Veículos que sofreram acidentes antes de serem A categoria em que o veículo será enquadrado
cadastrados depende do tipo de veículo que estará sendo avaliado
„ Neste caso, deve ser enviada a documentação e, claro, dos danos que existirem no veículo.
com a classificação de danos ao DENATRAN,
para bloqueio administrativo no pré-cadastro Imagens
da Base Índice Nacional e demais procedimen-
tos daí decorrentes. Devem ser anexadas ao BAT imagens das laterais
direita e esquerda, da frente e da traseira do veícu-
lo acidentado, salvo se for devidamente justificada a
z Veículos objetos de roubo ou furto que tenham
impossibilidade de juntada de imagens
sido sinistrados
„ Neste caso, devem ser feitos o boletim de ocor- Item não avaliado
rência policial e o BAT, encaminhando-os ao
DETRAN que detiver o registro do veículo. Quando, em virtude de circunstâncias excepcio-
nais, não for possível verificar se um componente do
z Veículos transportados, envolvidos em acidentes veículo foi danificado no acidente, esse componente
de trânsito durante o transporte deve ser assinalado como “não avaliado” no Relatório
„ Neste caso, deve ser realizado relatório de ava- de Avarias e será considerado como item danificado
rias individualmente e independente do rela- até que se prove o contrário, sendo computado na
tório de avarias do veículo transportador. avaliação geral do veículo
A impossibilidade de avaliação de algum item deve
COMPETÊNCIA ser devidamente justificada no Relatório.

Compete à autoridade de trânsito ou seu agente a COMUNICAÇÃO AO DETRAN


avaliação dos danos sofridos pelo veículo.
Este procedimento será feito, preferencialmente, Em caso de danos de média monta ou grande
quando os veículos estiverem em condições adequa- monta, o órgão ou entidade fiscalizadora de trânsito
responsável pelo BAT deve, em até 60 (sessenta) dias
das de análise, especialmente, após o destombamento,
contados da data do acidente, expedir ofício acom-
socorro e desencarceramento de vítimas, entre outros.
panhado dos registros que possibilitaram a classifica-
Os danos de veículos indenizados integralmente
ção do dano ao DETRAN responsável pelo registro do
que não tenham sido objeto do relatório de avarias
veículo, comunicando a restrição.
pela autoridade competente devem receber a sua
Este envio da documentação deve ser por meio
classificação no momento da transferência para o eletrônico previamente definido entre os órgãos,
nome da companhia seguradora, mediante regula- excepcionalmente admitido o meio postal.
mentação do DETRAN responsável pela transferência.
RESTRIÇÃO ADMINISTRATIVA

Importante! O DETRAN em que o veículo estiver registrado


A realização da avaliação de danos aos veículos deve incluir a restrição administrativa no cadas-
não dispensa o registro completo do acidente no tro em até 10 (dez) dias úteis após o recebimento
da documentação mencionada acima, remetida pelo
BAT.
órgão responsável pelo BAT.
A restrição administrativa será registrada na Base
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE de Índice Nacional (BIN) pertencente ao sistema de
Registro Nacional de Veículos Automotores (RENA-
VAM), contendo a data do sinistro, o tipo de dano clas-
Os órgãos ou entidades com circunscrição sobre a
sificado, o órgão executivo de trânsito do Estado ou do
via poderão disponibilizar em seu sítio eletrônico na
Distrito Federal responsável pela inclusão e, se for o
rede mundial de computadores o acesso a formulário caso, número do BAT e o órgão fiscalizador responsá-
ou outro meio eletrônico que possibilite o registro vel pela ocorrência.
de acidentes de trânsito sem vítimas por meio de Os órgãos e entidades pertencentes ao Sistema
declaração do próprio cidadão. Nacional de Trânsito (SNT) poderão celebrar acordo
Este documento poderá substituir a lavratura do de cooperação, ou outros tipos de ajustes, que possibi-
Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito (BAT) lite o registro da monta diretamente pelo responsável
após ser validado pela autoridade ou seu agente. pelo atendimento do acidente.

REGISTRO DOS DANOS Efeitos

Concomitantemente à lavratura do BAT, a autori- O veículo fica proibido de circular em vias públi-
dade de trânsito ou seu agente deve avaliar o dano cas enquanto estiver com a restrição administrativa,
sofrido pelo veículo no acidente, enquadrando-o em sob pena de cometer a infração prevista no VIII do art.
uma das categorias a seguir e preenchendo o relatório 230 do CTB.
de avarias:
Art. 230. Conduzir o veículo:
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de seguran-
z Dano de pequena monta (DPM) ou sem dano; ça veicular, quando obrigatória;
z Dano de média monta (DMM); e Infração - grave;
88 z Dano de grande monta (DGM). Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para Veículo Não Recuperado
regularização;
Caso não ocorra a recuperação do veículo, seu
Notificação proprietário deve providenciar a baixa do registro
do veículo junto ao órgão de trânsito de seu registro,
Imediatamente após o lançamento da restrição de acordo com o art. 126 do CTB e regulamentação
administrativa, o DETRAN deve notificar o proprie- complementar:
tário do veículo, informando-o sobre as providências
que devem ser adotadas para a regularização ou bai- Art. 126. O proprietário de veículo irrecuperável,
xa do veículo. ou destinado à desmontagem, deverá requerer a
baixa do registro, no prazo e forma estabelecidos
Dano de Média Monta e Regularização pelo Contran, vedada a remontagem do veículo
sobre o mesmo chassi de forma a manter o registro
O veículo que tenha sofrido dano de MÉDIA mon- anterior.
ta pode ser recuperado e devidamente desbloqueado Parágrafo único. A obrigação de que trata este arti-
para circulação, desde que alguns requisitos sejam go é da companhia seguradora ou do adquirente
cumpridos: do veículo destinado à desmontagem, quando estes
sucederem ao proprietário.
z O responsável pelo veículo deve promover o seu
conserto; Dano de Grande Monta
z O responsável deve apresentar os seguintes
documentos ao DETRAN onde o veículo estiver O veículo enquadrado na categoria “dano de gran-
registrado: de monta” deve ser classificado como “irrecuperá-
z I - CRV e CLA originais do veículo, RG, CPF ou CNPJ vel” pelo DETRAN que detiver seu registro, devendo
e comprovante de residência ou domicílio do pro- ser executada a baixa do seu cadastro na forma esta-
prietário, sendo aceitos os documentos emitidos belecida na Resolução CONTRAN nº 11/1998, bem
em meio digital; como pelo CTB.
z II - comprovação do serviço executado e das Caso o sinistro ocorra em UF distinta daquela na
peças utilizadas, mediante apresentação da nota qual o veículo está registrado, o proprietário pode,
fiscal de serviço da oficina reparadora ou declara- para efeito de baixa definitiva, entregar a compro-
ção do proprietário, acompanhada da(s) nota(s) vação de inutilização do chassi e placas no DETRAN
fiscal(is) das peças utilizadas; onde o veículo se encontra, que encaminhará a Cer-
z III - Certificado de Segurança Veicular (CSV) expe- tidão de Entrega da inutilização do chassi e das placas
dido por Instituição Técnica Licenciada (ITL), devi- para o DETRAN da UF onde o veículo estiver registra-
damente licenciada pelo órgão máximo executivo do, o qual, por sua vez, promoverá a baixa definitiva.
de trânsito da União e acreditada pelo INMETRO; e
z IV- comprovação da autenticidade da identifica-
ção do veículo mediante VISTORIA do DETRAN ou Importante!
entidade por ele autorizada.
z Caso o veículo sofra acidente em UF distinta A baixa definitiva é sempre realizada pelo
daquela na qual está registrado, o proprietário do DETRAN onde o veículo se encontra registrado.
veículo ou seu representante podem obter o CSV e
realizar a vistoria do veículo no próprio local onde
Reenquadramento do Dano
se encontra.
z Neste caso, o DETRAN que realizar vistoria em veí-
Vamos imaginar um veículo que tenha sido enqua-
culo registrado deve comunicar formalmente sua
drado como possuindo dano de média ou de grande
realização ao DETRAN da UF onde o veículo está
monta, e seu proprietário foi notificado da restrição
registrado.
administrativa incluída pelo DETRAN.
O proprietário do veículo, ou seu representante
O desbloqueio do veículo, que consiste na retirada legal poderá, nesta situação, apresentar recurso para
da restrição administrativa, só pode ser realizado pelo reenquadramento do dano na categoria imediata-
DETRAN no qual o veículo esteja registrado. mente inferior, desde que atenda ao seguinte:
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Efeitos do Desbloqueio z Realize nova avaliação técnica por profissional


engenheiro legalmente habilitado e apresente o
O desbloqueio implica a retirada da restrição sobre respectivo laudo;
o veículo, para que possa voltar a circular. z O veículo deve estar nas mesmas condições em
Entretanto, até a baixa definitiva do veículo, que se encontrava após o acidente;
deverá constar no campo “observações” do CRV/CLA z A avaliação deve ser feita conforme os critérios
o número do CSV e a palavra “Sinistrado” ou a sigla de classificação de danos constantes da Resolução
“DMM”, que deverá permanecer no documento e no e seus anexos;
cadastro do veículo na BIN mesmo após eventuais z O laudo deve estar acompanhado de imagens ilus-
transferências de propriedade, município ou Unidade trativas do veículo mostrando as partes danifica-
da Federação (UF). das e as vistas do veículo;
Esta observação será incluída pelo DETRAN res- z O laudo deve estar acompanhado de Anotação
ponsável pela retirada da restrição do veículo no de Responsabilidade Técnica (ART) devidamente
novo CRV que será obrigatoriamente expedido para preenchida e assinada pelo engenheiro e pelo pro-
o veículo. prietário do veículo ou seu representante legal; e 89
z O laudo e demais documentos devem ser apresen- para empresas que trabalhem com veículos sinistra-
tados ao DETRAN que detiver o registro do veículo dos. Esta operação apenas é possível quando o dano
no prazo máximo de 90 (noventa) dias, a contar for de média monta.
da data da lavratura do BAT, salvo caso fortuito Estas empresas, desta forma, passarão a ser res-
ou força maior devidamente comprovados. ponsáveis pela regularização do veículo. Antes de
promoverem esta regularização, não poderão comer-
Julgamento e Reavaliação cializar tais veículos e nem mesmo comunicar a sua
venda a terceiros.
O recurso deve ser apreciado no prazo de 15 (quin- Esquematizando:
ze) dias úteis, podendo o DETRAN requisitar a apre-
sentação do veículo para avaliação própria ou por Em caso de dano O veículo pode transferido
de média ou grande à seguradora a que for Pelo seu proprietário
entidade por ele reconhecida. Esta requisição inter- monta sub-rogado
romperá, por sua vez, o prazo para apreciação do
recurso, até que a nova avaliação seja realizada. Em caso de danos de
O veículo pode ser transfe- Pelo seu proprietário
rido à empresa que trabalhe ou pela seguradora
O proprietário deve atender esta requisição no média monta
com veículos sinistrados que já foi sub-rogada
prazo de 10 dias úteis, e, se deixar de fazê-lo, haverá o
pronto indeferimento do recurso.
Requisitos
Deferimento do Recurso
O veículo sinistrado somente será transferido à
companhia seguradora ou às empresas e entidades de
Em caso de deferimento do recurso, com o reen-
compra e venda de veículos sinistrados mediante apre-
quadramento do dano para média monta, o desblo-
queio do veículo fica sujeito ao cumprimento de todos sentação (§ 4º, do art 14):
os requisitos apresentados acima.
Nos casos de itens de peças e componentes assina- z Do relatório de avarias;
lados com a opção “NA”(Não Avaliado), é possível o z Das imagens do veículo acidentado;
reenquadramento do dano do item e posterior reava- z Do CRV;
liação do somatório para a classificação da categoria z Da documentação referente ao processo de indeni-
de monta do veículo, inclusive para reenquadramen- zação, em caso de veículo segurado; e
to para “dano de pequena monta”. z Do BAT, se houver.
z Realização de vistoria, que irá verificar somente
Prazo para julgamento os itens de identificação do veículo, dispensada
a verificação dos equipamentos e itens de segurança
Se transcorrer o prazo de 60 (sessenta) dias para
análise do recurso, sem que a autoridade do DETRAN Esta transferência de propriedade está sujeita
se manifeste, este silêncio importará aprovação tácita aos mesmos prazos para comunicação de venda e
para todos os efeitos do recurso. registro do veículo previstos para os demais tipos de
transferência.
TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE No ato da transferência de propriedade previs-
ta, será emitido o CRV com a informação de que o
Destinatário veículo se encontra proibido de circular nas vias
públicas, até que seja promovida a sua regularização.
O veículo classificado com dano de média ou gran-
de monta somente poderá ter sua propriedade trans- CÁLCULO DOS DANOS
ferida para as companhias seguradoras, nos casos de
acidentes em que, por força da indenização, se opere a O cálculo dos danos dos veículos é realizado con-
sub-rogação nos direitos de propriedade. forme os parâmetros previstos no Anexo da Resolução.
A sub-rogação é um instrumento jurídico comu- Este cálculo é realizado de forma diferente de
mente previsto nos contratos de seguros de veículos, acordo com cada grupo de veículos, que veremos a
em que ocorre a substituição do sujeito da obrigação. seguir, mas, para todos eles, envolve a avaliação de:
Assim, nestes casos, a obrigação de realizar a regu-
larização ou a baixa do veículo, que pertence origi- z Os danos provocados diretamente pela dinâmica
nalmente ao seu proprietário, é transferida para a do acidente;
empresa seguradora. z Os danos advindos do atendimento ao acidente,
As seguradoras, por sua vez, e os proprietários tais como resgate, remoção, desobstrução da via,
dos veículos não segurados poderão transferir a entre outros; e
propriedade do veículo classificado com danos de z Outros danos preexistentes, sem relação direta
média monta para empresas ou entidades priva- com o acidente.
das, cuja atividade principal seja a compra e ven- z Estes danos devem ser identificados adicionalmen-
da de veículos sinistrados, exclusivamente mediante te no campo observações do relatório de avarias.
apresentação do CRV, com a Autorização para Transfe-
rência de Propriedade de Veículo (ATPV) devidamente
preenchida, Importante!
Em todo caso, a circulação do veículo em vias ter-
restres continua sendo proibida até que seja promo- A avaliação de danos não engloba apenas os
vida a sua regularização, nos termos que vimos acima. danos decorrentes diretamente do acidente,
Repare que, no caso de veículos classificados com mas abrange aqueles danos que já existiam no
90 dano de grande monta, não é possível a transferência veículo.
AVALIAÇÃO DANO
No caso de combinações de veículos, a análi-
Descrição da peça
se de danos deve ser realizada individualmente ITEM SIM NÃO NA
ou componente
para cada veículo registrado.
Mesa superior da
1
suspensão dianteira
Automóveis e para camionetas, caminhonetes Mesa inferior da
2
e utilitários com estrutura em monobloco; suspensão dianteira
motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e 3 Coluna de direção
quadriciclos 4 Chassi
5 Garfo traseiro
Para estes tipos de veículos, o agente deverá pro-
ceder a uma avaliação dos elementos estruturais do Eixo traseiro (trici-
6
clo e quadriciclo)
veículo, marcando, no Relatório de Avarias, aqueles
componentes que sofreram dano ou não. TOTAL GERAL
(SIM+NA):
A cada peça danificada, o agente assinalará “SIM”
na coluna de dano. Caso não haja dano ou a peça seja
A classificação da monta do dano será obtida atra-
inexistente, deverá assinalar “NÃO”. Caso não tenha vés da contagem do número de itens danificados que
sido possível avaliar a peça, deverá marcar a coluna forem assinalados, seguindo a seguinte regra:
“NA” (Não Avaliado), e o item será computado como
danificado. z Automóveis e para camionetas, caminhonetes e
Exemplo de componentes avaliados no automóvel: utilitários com estrutura em monobloco:
„ Pequena monta ou sem dano: total de itens
assinalados na coluna “SIM” somados aos da
coluna “NA” for no máximo 1 (um) item;
„ Média monta: total de itens assinalados na colu-
na “SIM” somados aos da coluna “NA” for supe-
rior a 1 (um) não superior a 6 (seis) itens;
„ Grande monta: total de itens assinalados na
coluna “SIM” somados aos da coluna “NA” for
superior a 6 (seis) itens, o que implica também
na classificação do veículo como irrecuperável.

z Motocicletas, motonetas, ciclomotores, trici-


clos e quadriciclos
Exemplo de componentes avaliados na motocicleta:
„ Pequena monta ou sem dano: total de itens
assinalados na coluna “SIM” somados aos da
coluna “NA” for igual a zero;
„ Média monta: total de itens assinalados na
coluna “SIM” somados aos da coluna “NA” for
superior a 1 (um) não superior a 4 (quatro)
itens;
„ Grande monta: total de itens assinalados na
coluna “SIM” somados aos da coluna “NA”
for superior a 4 (quatro) itens, o que impli-
ca também na classificação do veículo como
irrecuperável.

Reboques e semirreboques, para camionetas,


RESOLUÇÕES DO CONTRAN

1 - Mesa superior da suspensão dianteira caminhonetes e utilitários com estrutura em chassis,


2 - Mesa inferior da suspensão dianteira para caminhões e caminhões-trator e para ônibus e
3 – Coluna de Direção microônibus
4 – Chassi
5 – Garfo Traseiro Para estes tipos de veículos, o agente também irá
proceder a uma avaliação dos elementos estruturais
do veículo, marcando, no Relatório de Avarias, aque-
SIM: item danificado no acidente;
les componentes que sofreram danos ou não.
NÃO: item não danificado ou não existente;
NA: item que não foi possível avaliar o dano (Não ava- A cada componente danificado, o agente assinala-
liado), deve ser justificado. rá “SIM” na coluna de dano. Caso não haja dano ou
a peça seja inexistente, deverá assinalar “NÃO”. Caso
não tenha sido possível avaliar a peça, deverá marcar
Veja trecho do Relatório de Avarias de uma motoci- a coluna “NA” (Não Avaliado), e o item será computa-
cleta para entender como ele funciona: do como danificado. 91
Neste caso, o cálculo para classificação do dano
ocorre de forma um pouco diferente da que vimos
acima.
É que para estes tipos de veículos, cada compo-
nente já vem, no Relatório de Avarias, assinalado com
uma determinada gravidade (M ou G).
Desta forma, a classificação do dano corresponde-
rá ao item de maior gravidade que for assinalado.
Para compreender melhor, veja dois trechos do
Relatório de Avarias do ônibus e microônibus:

AVALIAÇÃO – CABINE, CARROÇARIA,


EIXOS, SISTEMAS DE SUSPENSÃO E DANO
FREIOS
Descrição da Peça ou
ITEM Valor SIM NÃO NA
Componente
Avaria na estrutura
das laterais ou do
1 M
teto afetando o posto
condutor.
Avaria na estrutura
2 afetando a coluna “B” M
da carroçaria.
Avaria na estrutura
afetando qualquer
3 M
ponto de fixação das
poltronas/bancos.
Chassi com deforma-
11 ção torcional maior que G
a altura da longarina.
Chassi com deforma-
12 ção vertical maior que G
a altura da longarina.
Chassi com deforma-
ção lateral maior que
13 G
a distância interna en-
tre as longarinas.
Chassi afetado ter-
micamente na região
14 M
onde está ficada a
suspensão.

A classificação final do dano, desta forma, observa-


rá a seguinte regra:

z Pequena monta ou sem dano: quando não houver


nenhum item assinalado nas colunas “SIM” ou
“NA”;
z Média monta: quando o item de maior gravida-
de assinalado nas colunas “SIM” ou “NA” for de
categoria M;
z Grande monta: quando o item de maior gravida-
de assinalado nas colunas “SIM” ou “NA” for de
categoria G.

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