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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

CONSELHEIROS

RENATO MARTINS COSTA


Presidente

CLÁUDIO FERRAZ DE ALVARENGA


Vice-Presidente

ROBSON RIEDEL MARINHO


Corregedor

ANTONIO ROQUE CITADINI


EDUARDO BITTENCOURT CARVALHO
EDGARD CAMARGO RODRIGUES
FULVIO JULIÃO BIAZZI

2004
SUPERVISÃO
SÉRGIO CIQUERA ROSSI
Secretário-Diretor Geral

COORDENAÇÃO
PEDRO ISSAMU TSURUDA
Diretor Técnico do DSF - I

ALEXANDRE TEIXEIRA CARSOLA


Diretor Técnico do DSF - II

ELABORAÇÃO
EDNÉIA F. M. CONTRERAS
IZILDA BEZERRA MATSUI
Agentes da Fiscalização Financeira Chefes

COLABORAÇÃO
AIRES GALHEGO GARCIA
Agente da Fiscalização Financeira Responsável por Equipe Técnica

FRANCISCO CARLOS GRANCIERI


Responsável por Unidade Regional

COORDENAÇÃO GRÁFICA
JOSÉ ROBERTO F. LEÃO

ILUSTRAÇÕES E PROJETO GRÁFICO


ROBSON MINGHINI
NEI LEITE
Imprensa Oficial do Estado

Maio de 2004
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
I – LEGISLAÇÃO DO FUNDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
II – O QUE É FUNDEF? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
III – CARACTERÍSTICAS DO FUNDEF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
IV – CENSO ESCOLAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
V – COEFICIENTE PARA APURAÇÃO DO VALOR A SER REPASSADO AOS MUNICÍPIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
VI – VALOR POR ALUNO/ANO PARA O ESTADO/MUNICÍPIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
• VALOR MÍNIMO NACIONAL POR ALUNO/ANO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
VII – COMO OS RECURSOS DO FUNDEF CHEGAM AOS MUNICÍPIOS? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
VIII – ONDE E COMO GASTAR O DINHEIRO DO FUNDEF? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
IX – QUEM SÃO OS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
X – ACOMPANHAMENTO E CONTROLE SOCIAL DO FUNDEF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
• QUEM COMPORÁ O CONSELHO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
• QUAIS AS ATRIBUIÇÕES BÁSICAS DO CONSELHO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
• QUAIS AS FUNÇÕES DOS MEMBROS DO CONSELHO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
• POR QUE PARTICIPAR DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
– O QUE É O ORÇAMENTO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
– COMO SE PREPARA O ORÇAMENTO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
– DE QUE FORMA CONTRIBUIR NO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
– COMO ATUAR NO ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA? . 22
• O QUE FAZER COM TODA ESSA DOCUMENTAÇÃO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
– COM RELAÇÃO ÀS RECEITAS DO FUNDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
– COM RELAÇÃO ÀS DESPESAS DO FUNDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
• EXAME DAS FOLHAS DE PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
• O QUE NÃO PODE SER PAGO COM OS 60% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
• DEMAIS DESPESAS REALIZADAS COM OS RECURSOS DO FUNDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
– ONDE PODEM SER UTILIZADOS ESSES RECURSOS (no máximo 40%)? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
– QUAIS DESPESAS NÃO PODEM SER PAGAS COM OS 40% DOS RECURSOS DO FUNDEF? . . . . . . . . . 29
XI – PRINCIPAIS DISTORÇÕES NA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDO APURADAS PELA AUDITORIA
DO TRIBUNAL DE CONTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
XII – PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
XIII – DENÚNCIAS E RECLAMAÇÕES SOBRE A MOVIMENTAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEF . . . . . . . . . . . . . . 35
XIV – IMPLICAÇÕES LEGAIS PELO IRREGULAR GERENCIAMENTO DOS RECURSOS DO FUNDEF . . . . . . . . . . . . . 36
LEGISLAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
FONTES DE CONSULTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 5

A P R E S E N TA Ç Ã O

A proposta deste texto é a de levar informação, de maneira


clara, objetiva e concisa, aos membros do Conselho de
Acompanhamento e Controle Social do FUNDEF, acerca de suas
atribuições e os correspondentes procedimentos.
Os meios de comunicação têm destacado os desvios de
recursos públicos, notadamente do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério – FUNDEF, que figura entre os alvos preferidos dos
maus Gestores.
Destaquei a preocupação do Tribunal de Contas do Estado
sobre a questão educacional, a partir de experiência pessoal,
que relatei nos seguintes termos:
"Em ocasião recente, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo,
chamou-me a atenção um grupo de jovens estudantes que descia
de dois ônibus, com a algazarra e alegria próprias à idade. A cena
não é incomum na Europa ou nos Estados Unidos, ou mesmo em
São Paulo, onde com alguma freqüência se vêem escolas
particulares levando seus alunos a museus e parque públicos.
6 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

O que me encheu de alegria foi constatar que se tratava de


escola pública, que iria, ao longo da manhã, ter aulas de
ecologia no Parque e depois faria uma visita guiada ao Museu
de Arte Moderna.
O que se pode extrair desse pequeno relato é que o
dinheiro público, bem empregado, produz resultados
extraordinários. E seu bom emprego tem como órgão de
fiscalização responsável, o Tribunal de Contas.
Na área de ensino, especificamente, mercê da atuação
firme de nosso Tribunal, tem-se alcançado resultados
significativos, visto que em retrospectiva que abrange o período
1999/ 2001, tivemos, respectivamente, 152, 165 e 62 Prefei-
turas que não cumpriram com o mínimo constitucional de gastos
com educação, em demonstração cabal de que a pregação
profilática e a emissão de parecer desfavorável e aplicação de
penalidades terapêuticas têm cumprido com suas finalidades.
Por essa razão, constatados resultados tão expressivos,
embora as carências ainda sejam grandes, posto decorrentes
de dificuldades históricas e estruturais, que terão de ser
vencidas ao longo do tempo, em esforço contínuo e progressivo
do Estado e da sociedade, ressaltamos a importância de
receitas vinculadas a segmentos como ensino e saúde, nos
termos estabelecidos em nossa Constituição, que garante às
gerações que estão por vir a qualidade daquilo que as habilitará
para o futuro: um ensino que prepare para a vida e saúde para
vivê-la".
Com a edição da Emenda Constitucional nº 14/96 iniciou-se a
década da erradicação do analfabetismo em nosso País e da
Valorização dos Profissionais do Magistério do Ensino Fundamental.
Criou-se, então, o Fundo de Manutenção e Desenvolvi-
mento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério –
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 7

FUNDEF, cujo objetivo é garantir que num prazo de dez anos 15%
(quinze por cento) dos principais impostos sejam aplicados no
Ensino Fundamental.
Há mais de 5 (cinco) anos da vigência desse Fundo, ainda
nos deparamos, em determinados municípios, com a inexistência
de padronização na manutenção das escolas públicas, repetindo-
se o velho modelo de eleger-se as escolas localizadas na área
central do município como "cartão de visita". Estas são bem
cuidadas, bem equipadas, limpas, enquanto que as da periferia
são muitas vezes relegadas ao abandono e descaso. Apesar das
imposições legais, é tarefa fácil encontrarmos escolas carentes
de limpeza, reformas, equipamentos, com alunos dividindo uma
só carteira e outros problemas do gênero, enquanto o dinheiro
do FUNDEF permanece parado na conta bancária ou aplicado em

despesas não pertinentes ao Ensino Fundamental.


Tão perverso quanto não utilizar os recursos desse Fundo ou
desviá-los, é mal utilizá-los. A prática tem nos mostrado escolas
recém reformadas com material de péssima qualidade,
8 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

patenteando a negligência das autoridades e muitas vezes


denunciando a possível falta de lisura dos procedimentos
licitatórios adotados.

Há de se destacar, também, a folha de pagamento dos


profissionais de magistério, muitas vezes repleta de servidores
estranhos à área da Educação.
Em face dessas constatações e dada a relevância da
destinação dos recursos do Fundo, o Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo, investido em missão constitucional de
fiscalizar e prestar contas à sociedade, entende imprescindível
que a atuação dos Conselhos de Acompanhamento e Controle
Social do FUNDEF seja efetiva e eficaz, a fim de se assegurar a
correta aplicação da Lei.
Dada a relevância da destinação dos recursos do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério – FUNDEF, é primordial que o controle
e a adequada aplicação sejam fiscalizados por todos os
envolvidos no processo, daí a determinação legal para a criação
do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundo.
Cabe, ainda, enfatizar que a previsão legal de instituição
do Conselho lhe confere responsabilidade solidária, em relação
à correta utilização desses recursos.
Daí, a impor tância e relevância deste Guia, que
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 9

oferecemos à sociedade de São Paulo, como mais uma


contribuição para que se incentive o exercício responsável da
cidadania.

RENATO MARTINS COSTA


Presidente

I – LEGISLAÇÃO DO FUNDO

A Emenda Constitucional nº 14, de 12 de setembro de


1996, modificou os artigos 34, 208, 211 e 212 e deu nova
redação ao artigo 60 dos Atos das Disposições Constitucionais
Transitórias da Constituição Federal, criando o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério - FUNDEF.
A Lei Federal nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996 e o
Decreto nº 2.264, de 27 de junho de 1997 regulamentaram o
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Funda-
mental e de Valorização do Magistério – FUNDEF.
A Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
estabeleceu as diretrizes e bases da educação nacional, definiu os
recursos financeiros da educação, os repasses decendiais para a
conta da educação, as despesas que podem ser consideradas
como manutenção e desenvolvimento do ensino e as que não
10 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

podem.

II – O QUE É FUNDEF?

É um mecanismo de arrecadação e destinação de


recursos, que visa garantir o ensino fundamental a todo cidadão
brasileiro, indistintamente.

III – CARACTERÍSTICAS DO FUNDEF

O Fundo tem natureza contábil, os recursos do FUNDEF são


distribuídos entre os governos estaduais e os governos
municipais, de acordo com o número de alunos do Ensino
Fundamental público atendidos em cada rede do ensino
(estadual ou municipal), conforme os dados constantes do
Censo Escolar do ano anterior, sobre o qual trataremos em
tópico específico.
Ademais, esse Fundo não pertence ao Governo Estadual.
É, na verdade, um mecanismo financeiro de âmbito estadual, de
abrangência em todo o território do Estado.
O FUNDEF não dispõe de personalidade jurídica. Foi
instalado em 1º/01/1998 e demandou, apenas, abertura de
conta, única e específica, no Banco do Brasil. Cabe assinalar
que suas receitas e despesas deverão estar previstas no
orçamento do
Município e a
e x e c u ç ã o
contabilizada de
forma individualizada
e específica.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 11

O FUNDO É COMPOSTO DE 15% (QUINZE POR CENTO) DAS


SEGUINTES RECEITAS:
– Fundo de Participação dos Estados – FPE;
– Fundo de Participação dos Municípios – FPM;
– Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS;
– Imposto sobre Produtos Industrializados, proporcional às ex-
portações – IPIexp;
– Desoneração de exportações, de que trata a Lei Comple-
mentar nº 87/96 (Lei Kandir).

IV – CENSO ESCOLAR

É realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos


e Pesquisas Educacionais – INEP/MEC, em parceria com os
Governos Estaduais e Prefeituras Municipais, que encaminham
suas informações sobre a quantidade de matrículas existentes
no Ensino Fundamental, nos termos do disposto no art. 2º, § 4º,
da Lei Federal n.º 9.424/96.
O Censo é um levantamento para se conhecer o número de
12 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

matrículas que abrange a Educação Básica, em seus diferentes


níveis (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio),
e modalidades (Ensino Regular, Educação Especial e Educação
de Jovens e Adultos).
Os dados sobre as matrículas são levantados entre os
meses de março e abril de cada ano e consolidados por Estado,
pelas Secretarias Estaduais de Educação. Entre os meses de
setembro e outubro é feita a publicação dos dados preliminares
no Diário Oficial da União.
Os Estados e Municípios têm 30 dias para apresentarem
recursos com vistas à retificação dos dados do Censo que
entenderem incorretos. No mês de novembro do mesmo ano os
dados finais do Censo Escolar são publicados definitivamente e
serão utilizados para o cálculo dos coeficientes de distribuição
dos recursos do FUNDEF para o ano seguinte.
Assinalamos que não são computadas, para efeitos de
distribuição dos recursos do FUNDEF, as matrículas efetuadas
na Educação Infantil (creche e pré-escola), no Ensino Médio
(antigo 2º grau) e no Ensino Supletivo, em qualquer nível.
O censo escolar é declaratório. Os dados incorretos
acarretam punições administrativas, civis e penais.
Os coeficientes de distribuição dos recursos do FUNDEF,
uma vez definidos e publicados, com base no Censo Escolar do
ano anterior, na forma do art. 2º, § 3º, do Decreto Federal n.º
2.264/97, só poderão ser revistos por determinação do Tribunal
de Contas da União.

V – COEFICIENTE PARA APURAÇÃO DO VALOR A SER REPASSADO AOS


MUNICÍPIOS

Os recursos do Fundo são repassados aos Estados e


TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 13

Municípios, obedecendo a
coeficientes calculados com
base no número de
matrículas no Ensino
Fundamental regular das
respectivas redes de ensino,
no ano anterior. Para isso,
leva-se em conta o resultado
do Censo Escolar realizado
pelo INEP/MEC.
A metodologia de
cálculo do coeficiente é
realizada tomando-se como
referência:
• O quantitativo de matrículas no ensino fundamental
regular (1ª a 4ª e 5ª a 8ª séries) e na modalidade Educação
Especial;
• O valor mínimo nacional por aluno/ano, diferenciado para
os segmentos da 1ª a 4ª e da 5ª a 8ª séries do ensino
fundamental regular e todas as séries do ensino fundamental na
modalidade especial;
• O diferencial de 5% (cinco por cento) entre o valor por
aluno/ano a ser considerado para os alunos da 5ª a 8ª séries do
ensino fundamental e de todas as séries da educação especial, e
o valor a ser considerado para as matrículas da 1ª a 4ª séries do
ensino fundamental regular, no âmbito dos Estados onde o
montante anual de recursos previstos para o FUNDEF for superior
ao montante necessário à garantia dos valores mínimos
nacionais, definidos para um determinado ano.
Com base nesses critérios, utiliza-se a seguinte fórmula para
se calcular o coeficiente de um determinado Município ou Estado:
14 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

CD = {(FD1 x NA1/4) + [FD2 (NA5/8 + NAe)]}


{(FD1 x TA1/4) + [FD2 (TA5/8 + TAe)]}

Legenda:
CD = Coeficiente de Distribuição.
NA1/4 = n.º de alunos da 1ª a 4ª séries do Ensino
Fundamental Regular do Município ou do Estado.
NA5/8 = n.º de alunos da 5ª a 8ª séries do Ensino
Fundamental Regular do Município ou do Estado.
Nae = n.º de alunos do Ensino Fundamental Especial do
Município ou do Estado.
TA1/4 = Total de alunos da 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental Regular, no Estado.
TA5/8 = Total de alunos da 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental Regular, no Estado.
Tae = Total de alunos do Ensino Fundamental Especial, no Estado.
FD1 = Fator de diferenciação para as 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental = 1,00.
FD2 = Fator de diferenciação para Ensino Fundamental Especial e 5ª a 8ª séries do Ensino
Fundamental Regular = 1,05

VI – VALOR POR ALUNO/ANO PARA O ESTADO/MUNICÍPIO

Há um valor por aluno/ano, calculado com base na


receita do FUNDEF e no número de alunos do ensino
fundamental (regular e especial) da rede pública estadual e
municipal no ano anterior.
Esse valor per capita é calculado de forma que o valor
referente aos alunos da 5ª a 8ª séries e da Educação Especial
seja 5% (cinco por cento) superior ao valor referente aos alunos
da 1ª a 4ª séries.
Para se obter o valor aluno/ano utiliza-se a seguinte fórmula:
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 15

VAA = MARF
TA1/4 + 1,05 (TA5/8 + TAe)

Legenda:
VAA = Valor Aluno Ano.
MARF = Montante anual de recursos do FUNDEF do Estado.
TA1/4 = Total de alunos da 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental Regular, do Estado.
TA5/8 = Total de alunos da 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental Regular, do Estado.
Tae = Total de alunos do Ensino Fundamental Especial, do Estado.

• VALOR MÍNIMO NACIONAL POR ALUNO/ANO

A União deve complementar os recursos do FUNDEF


sempre que, em cada Estado e no Distrito Federal, seu valor por
aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente, conforme
determinação do art. 6º da Lei Federal n.º 9.394/96.
Cabe ressaltar que em todo início de exercício é editado
um Decreto Federal, que dispõe sobre o valor mínimo por
aluno/ano, de 1ª a 4ª e de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental
regular e todas as séries do Ensino Fundamental na modalidade
especial, que deve ser alcançado em cada Estado e no Distrito
Federal.
No Estado de São Paulo, o valor aluno/ano tem
ultrapassado, e muito, o valor fixado pelo Governo Federal, razão
pela qual nosso Estado não recebe esse complemento.

VII – COMO OS RECURSOS DO FUNDEF CHEGAM AOS MUNICÍPIOS?

Os recursos do Fundo são creditados automaticamente em


conta específica aberta no Banco do Brasil S/A e ocorrem em
cada mês, em datas distintas, de acordo com a origem dos
16 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

recursos. Isto é, toda vez que ocorrerem transferências do FPM,


ICMS, IPI/Exportação e Desoneração - Lei Kandir ocorrem
também os créditos relativos ao FUNDEF na conta específica,
como segue:
– ICMS – semanalmente;
– FPM e IPIexp. - a cada 10 dias;
– Desoneração-Lei Kandir - final de cada mês.

VIII – ONDE E COMO GASTAR O DINHEIRO DO FUNDEF?

Os recursos do Fundo devem ser gastos, integralmente, no


ensino fundamental, que compreende o ensino regular, a
educação de jovens e adultos e a educação especial.
Dos recursos destinados ao Fundo, o mínimo de 60%
(sessenta por cento) deve ser gasto com o pagamento dos
profissionais do magistério em efetivo exercício.
O efetivo exercício é caracterizado pela existência de
vínculo definido em contrato próprio, celebrado de acordo com
a legislação que disciplinar a matéria e pela atuação, de fato,
do profissional do magistério no Ensino Fundamental. Os
afastamentos temporários previstos na legislação, tais como,
férias, licença-gestante ou paternidade, licença para
tratamento de saúde, não caracterizam ausência de efetivo
exercício.
O restante, no máximo 40% (quarenta por cento) dos
recursos do Fundo deverão ser gastos com as demais despesas
do ensino fundamental, comentadas em item próprio.

IX – QUEM SÃO OS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO?


TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 17

 Professores
 Diretores e Vice-Diretores da
escola do ensino fundamental
 Supervisores
 Coordenadores
 Orientadores pedagógicos e
 Demais cargos a esses
assemelhados

X – ACOMPANHAMENTO E CONTROLE SOCIAL DO FUNDEF

A Lei do FUNDEF trouxe uma inovação impor tante que se


constitui na obrigatoriedade da criação de um Conselho, cuja
primordial tarefa é a de controlar e acompanhar a aplicação
dos recursos. Assim, os Municípios que não instituírem os
respectivos Conselhos estarão descumprindo os termos da Lei
e estarão sujeitos às sanções administrativas, civis e/ou
penais cabíveis.

• QUEM COMPORÁ O CONSELHO?

Deve ser composto de no mínimo quatro membros:


 Um representante da Secretaria da Educação do Município ou
órgão equivalente;
 Um representante dos Professores e dos Diretores das
escolas públicas do ensino fundamental;
 Um representante dos pais de alunos; e
 Um representante dos servidores das escolas públicas do
18 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

ensino fundamental.
Importante: Se houver no Município Conselho Municipal de
Educação um de seus membros deverá integrar o Conselho do
FUNDEF.
Os membros do Conselho não serão remunerados, nos
termos do disposto no §4º, artigo 4º, da Lei Federal nº
9424/96.

Regras básicas da constituição do Conselho:


 a escolha dos representantes deve ser realizada pelos
próprios segmentos que estes representam;
 a escolha do Presidente do Conselho deve ser definida por
seus membros, não podendo ser determinada pelo Poder
Executivo;
 os demais membros do Conselho devem, também, ter total
isonomia e independência com relação ao Poder Executivo.

• QUAIS AS ATRIBUIÇÕES BÁSICAS DO CONSELHO?

 Acompanhar e controlar a repar tição, transferência e


aplicação dos recursos do Fundo, principalmente em relação à
utilização da parcela de recursos destinada ao pagamento da
remuneração dos profissionais do magistério (mínimo de 60%);
 Exigir a elaboração e o fiel cumprimento do Plano de Carreira
e Remuneração do Magistério;
 Examinar, periodicamente, os demonstrativos de aplicação
dos recursos do Fundo, confrontando-os com os respectivos
avisos de crédito e/ou extratos bancários da conta específica;
 Manifestar-se sobre os quadros e demonstrativos a serem
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 19

encaminhados ao Tribunal de Contas que contenham


informações relativas ao FUNDEF;
 Supervisionar o Censo Escolar anual, atentando para o
cumprimento de prazos e promoção de eventuais retificações
(vide Item IV); e
 Acompanhar e controlar a aplicação do programa RECOMEÇO
(Educação de Jovens e Adultos).
Destacamos que aos Membros do Conselho compete
somente o acompanhamento da gestão dos recursos do Fundo,
o que não se confunde com gerir ou administrar os mesmos. A
administração dos recursos do Fundo é de responsabilidade do
Chefe do Poder Executivo e do Secretário de Educação, que têm
a responsabilidade de aplicá-los em favor do ensino
fundamental, na forma legal estabelecida.

• QUAIS AS FUNÇÕES DOS MEMBROS DO CONSELHO?

 Participar da elaboração do orçamento do Município;


 Acompanhar e controlar a execução orçamentária e financeira
referente ao FUNDEF;
 No caso de irregularidades na utilização dos recursos do
Fundo o Conselho deve reunir os elementos comprobatórios e
proceder de maneira que as mesmas sejam sanadas no âmbito
do próprio Poder Executivo responsável; caso não seja possível,
as irregularidades devem ser comunicadas ao Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo, ao Ministério Público, ou
mesmo ao Ministério da Educação.

• POR QUE PARTICIPAR DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO?

A participação dos Membros do Conselho do FUNDEF no


20 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

processo orçamentário é de suma importância, pois nada


melhor para quem acompanha e controla, participar da definição
das prioridades do Ensino Fundamental. Se não for possível, a
par ticipação dar-se-á por meio das audiências públicas,
previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal.

– O QUE É O ORÇAMENTO?

O processo orçamentário é composto pela:


 Lei do Plano Plurianual - PPA;
 Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO;
 Lei Orçamentária Anual-LOA.

– COMO SE PREPARA O
ORÇAMENTO?

➞ Plano Plurianual
O Plano Plurianual é o
ponto de partida do plano de
governo. Nele se estabelecem
as diretrizes, objetivos e metas
da administração para as despesas de capital e outras delas
decorrentes, como para as relativas aos programas de duração
continuada, exemplos: construção de escolas, compra de
equipamentos, gastos decorrentes de despesas de capital
como a manutenção de uma escola construída na vigência do
PPA.
O período de abrangência do Plano Plurianual é de
4(quatro) anos, contando os três últimos anos de mandato do
Prefeito e o primeiro ano de mandato do Prefeito eleito; deve ser
encaminhado à Câmara Municipal até o dia 30 de setembro do
primeiro ano do mandato do novo Prefeito e deve ser aprovado
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 21

até a última sessão do ano.

➞ As Diretrizes Orçamentárias

A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO também é anual,


antecipa a discussão da Lei do Orçamento. Ela engloba as
prioridades e metas da administração, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subseqüente, orientações
para elaboração da lei orçamentária anual, autorização para
concessão de aumento e vantagens salariais, criação de cargos
etc.
A LDO deve ser encaminhada à Câmara Municipal até o dia
1º de abril e ser aprovada até o dia 30 de junho, do ano anterior
à sua vigência.

➞ Orçamento Anual

A Lei do Orçamento Anual - LOA é elaborada pelo Poder


Executivo e aprovada pelo Poder Legislativo. A LOA deve conter
a fixação das despesas para o exercício e uma projeção, por
estimativa, das receitas.
O projeto de Lei deve ser encaminhado à Câmara Municipal
até o dia 30 de setembro de cada ano e deve ser aprovado até
a última sessão do ano.
O projeto de Lei deve conter: demonstrativo das dívidas
fundada e flutuante, restos a pagar e outras exigibilidades, as
receitas por fontes e despesas por função, quadro
demonstrativo da receita e despesa, segundo as categorias
econômicas, quadro discriminativo da receita por fontes e
legislação, quadros das dotações por órgãos do Governo e da
Administração etc.
22 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

– DE QUE FORMA CONTRIBUIR NO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO?

Na participação de formulação de projetos, atividades, me-


tas, investimentos, dentre outros, a serem alocados nas peças
orçamentárias.
Avaliação das reais necessidades das escolas e dos
envolvidos na escola do ensino
fundamental, por meio de:
 Levantamentos estatísticos,
exemplo: quantitativo de mobiliário
(mesas, car teiras escolares,
cadeiras, armários, fogões,
geladeiras, freezers etc), material
didático (livros, jogos pedagógicos,
apostilas, cadernos etc), estado de
conservação das escolas (instalações
hidráulicas e elétricas, pinturas,
muros etc), sempre considerando o
número de alunos a serem atendidos;
 Construção de escolas;
 Estatística do mapa viário do município em relação às
necessárias rotas de transporte de alunos;
 Avaliar se o corpo docente e demais envolvidos no apoio
realmente atendem à demanda dos escolares desse nível de
ensino;
 Avaliar qual o impacto na progressão da remuneração dos
profissionais do magistério em cumprimento ao plano de
carreira.

– COMO ATUAR NO ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA


TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 23

E FINANCEIRA?

Destacamos, mais um vez, que toda a documentação


relativa aos recursos e despesas do FUNDEF devem ficar à
disposição dos membros do CACS, a
fim de ser examinada, conforme
determina o art. 5º da Lei Federal n.º
9.424/96.
Esta documentação deve,
inclusive, ser apartada das de outros
setores da Prefeitura Municipal, a fim
de facilitar seu manuseio e sua
verificação. Aliás, esta é uma
determinação contida no art. 8º das
Instruções n.º 2 (Resolução n.º
2/2002) do Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo.
Quando da reunião mensal do Conselho é imprescindível
que este disponha de:
 Demonstrativos Contábeis de Receita e Despesa do Fundo;
 Extratos Bancários e Conciliações;
 A documentação que dá suporte aos registros contábeis,
quais sejam, notas fiscais, folhas de pagamento dos
profissionais do magistério e de demais profissionais do ensino
fundamental, contratos firmados, ordens de ser viço,
autorizações de compra, guias de recolhimento de encargos
sociais etc.

• O QUE FAZER COM TODA ESSA DOCUMENTAÇÃO?


24 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

– COM RELAÇÃO ÀS RECEITAS DO FUNDO

Primeiramente, constatar a coerência entre os valores


constantes dos Demonstrativos Contábeis da Receita e os
lançamentos nos extratos bancários. Importante lembrar que
eventuais rendimentos de aplicações financeiras devem
igualmente estar contabilizados.
As informações constantes dos extratos bancários podem
ser facilmente confirmadas nas agências do Banco do Brasil e
nas agências dos Correios, bem como na rede mundial de
computadores (internet), nos endereços do Ministério da
Educação (www.mec.gov.br), da Secretaria do Tesouro Nacional
(www.stn.fazenda.gov.br) e do Banco do Brasil
(www.bancodobrasil.com.br).

– COM RELAÇÃO ÀS DESPESAS DO FUNDO

Antes de falarmos de como deve dar-se a análise das


Despesas do Fundo, cabe lembrar, mais uma vez, que 60%, no
mínimo, dos recursos destinados ao FUNDEF, devem ser gastos
com o pagamento dos profissionais do magistério em efetivo
exercício e os 40% (no máximo) restantes com as demais
despesas do Ensino Fundamental.
Destacamos a seguir alguns procedimentos necessários à
análise das despesas efetuadas com os recursos do FUNDEF.

• EXAME DAS FOLHAS DE PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO

De posse destas folhas de pagamento os membros do


Conselho deverão proceder da seguinte forma:
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 25

 Verificar se os cargos e as funções que constam de tais folhas


de pagamento realmente se referem a profissionais do ensino
fundamental;
 Verificar se nas folhas de pagamento existe algum funcionário
que, apesar de ser do ensino fundamental, não esteja em
efetivo exercício no mesmo;
 Verificar se as verbas salariais destes profissionais estão
adequadas ao Plano de Carreira e Remuneração do Magistério,
bem como no respectivo Estatuto do Funcionalismo, tais como
adicionais, gratificações, funções gratificadas, hora-atividade,
hora de trabalho pedagógico, horas-extras etc;
 Verificar as guias de recolhimento dos encargos sociais dos
profissionais do ensino fundamental, confrontando-os com o
extrato da folha de pagamento do mês em referência;
 Confrontar, inclusive com visitas nos locais pré-selecionados,
se necessário for, todas as informações contidas nas folhas de
pagamento, requisitando auxílio, colaboração e informações dos
respectivos Diretores, Dirigentes, Supervisores e de outros
profissionais, inclusive do Secretário de Educação.
As verificações acima devem ser realizadas de maneira
que não reste dúvidas acerca da lisura das folhas de
pagamento, já que os membros do Conselho devem vistá-las;
posteriormente, as mesmas serão objeto de fiscalização por
parte do Tribunal de Contas, nos termos do inciso II do artigo 8º
das Instruções n.º 2 (Resolução n.º 2/2002), deste Órgão.
A aposição do visto dos membros do Conselho nestes
documentos implicará na responsabilização administrativa, civil
e, até mesmo, criminal, caso verificadas irregularidades e
ilegalidades, que serão comunicadas, via de regra, ao Ministério
26 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

Público, inclusive.

• O QUE NÃO PODE SER PAGO COM OS 60% (sessenta por cento):

 Integrantes do magistério em atuação em outros níveis de


ensino (educação infantil, ensino médio ou superior);
 Inativos, mesmo que, quando em atividade, tenham atuado no
Ensino Fundamental;

 Pessoal da educação que não seja integrante do magistério,


como pessoal de apoio e/ou técnico-administrativo;
 Integrantes do magistério que, mesmo em atuação no ensino
fundamental público, estejam em desvio de função, ou seja, em
exercício de funções que não se caracterizam como funções de
magistério (exemplo: secretária da escola);
 Integrantes do magistério que, mesmo em atuação no ensino
fundamental, encontram-se atuando em instituições privadas de
ensino; e,
 Outras que não se referirem aos profissionais do magistério
em efetivo exercício.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 27

• DEMAIS DESPESAS REALIZADAS COM OS RECURSOS DO FUNDO

Com relação às demais despesas que podem ser cobertas


com os recursos do FUNDEF (máximo de 40%), os mesmos
procedimentos devem ser adotados.
Primeiramente, devem os membros dos Conselhos fazer a
conferência dos documentos de despesa apresentados com o
balancete correspondente. Isto se faz necessário porque,
muitas vezes, os empenhos das despesas relativas ao mês em
exame não correspondem ao contido no respectivo balancete.
Assim, a conferência de tais dados é medida saneadora a fim
de se evitar a emissão de laudos inverídicos que, no futuro,
venham a ser contestados.

– ONDE PODEM SER UTILIZADOS ESSES RECURSOS (no máximo 40%)?

O restante dos recursos do FUNDEF, no máximo 40% , deve


ser direcionado para despesas diversas consideradas como de
manutenção e desenvolvimento do ensino, na forma prevista do
artigo 70 da LDB. Esse conjunto de despesas compreende:

 Remuneração e aperfeiçoamento dos demais profissionais


do Ensino Fundamental – refere-se aos profissionais que
desenvolvem atividades de natureza técnico-administrativa ou
de apoio, lotados nas escolas ou órgão/unidade do ensino
fundamental tais como: auxiliar de serviços gerais, auxiliar de
administração, secretária da escola etc.
 Aquisição, manutenção, construção e conservação de
instalações e equipamentos necessários ao ensino, como:
 aquisição de imóveis ou de terrenos para construção de
28 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

prédios destinados a escolas;


 ampliação, conclusão e construção de prédios, poços, muros
e quadras de esportes;
 aquisição de mobiliário e equipamentos, carteiras e cadeiras,
mesas, armários, mimeógrafos, retroprojetores, computadores,
televisores, antenas;
 manutenção de equipamentos existentes (máquinas, móveis,
equipamentos eletro-eletrônicos etc);
 reforma, total ou parcial, de instalações físicas (rede elétrica,
hidráulica, estrutura interna, pintura, cobertura, pisos, muros,
grades);

 Uso e manutenção de bens vinculados ao ensino:


 aluguel de imóveis e de equipamentos;
 manutenção de bens e equipamentos, sejam
consertos ou reparos no seu funcionamento, ou
conservação das instalações físicas das escolas
do ensino fundamental;
 serviços de energia elétrica, água e
esgoto, serviços de comunicação etc.

 Levantamentos estatísticos,
estudos e pesquisas visando o
aprimoramento da
qualidade e à
expansão do ensino:
 levantamentos
estatísticos,
objetivando o
aprimoramento da
qualidade e à
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 29

expansão do atendimento no ensino fundamental;


 organização de banco de dados, realização de estudos e
pesquisas visando à elaboração de programas, planos e
projetos voltados ao ensino fundamental.
 Realização de atividades-meio necessárias ao
funcionamento do ensino:
 despesas pertinentes ao custeio de diversas atividades
objetivando o adequado funcionamento do ensino fundamental,
tais como: serviços de vigilância, de limpeza e conservação etc;
 aquisição de material de consumo, quais sejam: aquisição de
papel, lápis, canetas, produtos de higiene e limpeza etc.

 Amortização e custeio de operações de crédito:


 quitação (principal e encargos) de empréstimos destinados a
investimentos em educação (financiamento para construção de
escola municipal).

 Aquisição de material didático escolar e manutenção de


transporte escolar:
 aquisição de materiais didático-escolares diversos destinados a
apoiar o trabalho pedagógico na escola – acervo da biblioteca
(livros, dicionários, Atlas etc).
 de veículos escolares e locação de veículos para transporte de
alunos da zona rural; os veículos devem ser apropriados para o
transporte de alunos, devem estar licenciados e de acordo com a
legislação de trânsito. Para locação deve ser verificada a relação
custo/benefício entre a compra do veículo e o custo da locação,
optando-se sempre pela que for mais vantajosa.
 manutenção dos veículos utilizados no transporte escolar como
combustíveis, óleos lubrificantes, consertos, reposição de peças
30 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

etc, bem como o pagamento da remuneração dos motoristas.

– QUAIS DESPESAS NÃO PODEM SER


PAGAS COM OS 40% (quarenta por cento) DOS
RECURSOS DO FUNDEF?

Além das proibições


constantes do artigo 71 da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação –
LDB, também não pode integrar os 40% (quarenta por cento) dos
recursos do FUNDEF, as despesas com:
 Concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas
e privadas. Os recursos do FUNDEF são exclusivamente do
ensino fundamental público;
 Remuneração do Secretário/Dirigente da Educação.

XI – PRINCIPAIS DISTORÇÕES NA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDO


APURADAS PELA AUDITORIA DO TRIBUNAL DE CONTAS

➞ Contabilização X documentação comprobatória

 Apresentação das despesas do FUNDEF, desacompanhadas


do respectivo balancete mensal, o qual, quando encontrado e
conferido, apresenta-se sem registro de notas de empenhos e o
respectivo comprovante da despesa. O mais interessante é que,
depois de confrontada a documentação faltante,
invariavelmente, estas despesas não se enquadram nos casos
de admissão como despesa do ensino.
Dessa forma, os membros do CACS devem redobrar suas
atenções quando do confronto do que é contabilizado com a
documentação comprobatória dos valores envolvidos e da real
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 31

pertinência com despesas do Ensino Fundamental.

➞ Despesas com transporte de alunos:

 Verificar o processo de solicitação de verba à Secretaria de


Estado da Educação, elaborado para o recebimento de recursos
para custear as despesas com o transporte escolar. Este
processo contém as rotas, itinerários, percursos, distância
percorrida diariamente e a identificação do veículo a ser utilizado,
bem como a relação média da distância percorrida por litro de
combustível;
 Solicitar do setor competente o controle de tráfego dos veículos
da frota municipal destinados ao transporte escolar, contendo a
distância percorrida diariamente com cada um dos veículos;
 Solicitar e verificar a quantidade de combustível com que cada
veículo foi abastecido neste mesmo período;
 Comparar tais informações com o constante do hodômetro de
cada veículo. Casos há em que, deliberadamente, os
hodômetros de tais veículos não funcionam. Isto dificulta as
conferências. Nestes casos, deve-se exigir a correção de tal
problema;
 Verificar a adequação da relação distância/litros de
combustível consumidos, a fim de se determinar se o consumo
médio se enquadra no previsto no processo de solicitação de
verbas para cobertura de tais despesas;
 Verificar a quantidade e os valores de combustível utilizados
pelo setor de ensino e a quantidade e os valores utilizados por
todos os outros setores da municipalidade para se traçar um
paralelo e uma comparação entre ambos;
32 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

 Ainda com relação a transporte escolar, outras situações


existem que merecem atenção, como:
 Aquisição de veículos destinados ao transporte escolar. Verifi-
car a adequação de tais aquisições, comparando-se preços,
prazos, condições, bem como a real necessidade da aquisição;
 Utilização dos veículos de transporte escolar em atividades e
eventos não ligados à educação, como o transporte de doentes,
trabalhadores, clubes, associações, estudantes de outros níveis
de ensino etc;
 Aquisição de pneus e câmaras de ar. Verificar a quantidade e
com que constância são adquiridos e, ainda, se estão dentro
das especificações dos utilizados pelos veículos de transporte
escolar. Verificar, inclusive, se os mesmos foram ou não
instalados nos
correspondentes veículos.
Outra não menos
importante verificação a ser
feita se refere à execução de
ser viços de manutenção,
reparos, conser tos,
reformas etc, com ou sem
aplicação de peças, partes,
graxas, aditivos etc, na frota
escolar. Para tanto,
necessário será:
 Verificação da constância e freqüência com que os veículos da
frota educacional são submetidos a reparos mecânicos;
 Confrontação das datas que o veículo ficou paralisado para a
realização dos serviços com o constante de sua ficha de
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 33

controle de tráfego;
 Verificação do tipo de reparo a que foi submetido o veículo:
reparos mecânicos, funilaria, pintura etc, bem como a espécie
das peças empregadas;
 Verificação das quantias gastas com tais serviços e peças.
Eventual valor elevado pode indicar a necessidade de
substituição definitiva do referido veículo, por ter se tornado
antieconômico e, até mesmo, por colocar em risco a vida e a
saúde dos usuários;
 Verificar se veículos de outros setores da Prefeitura Municipal
também são submetidos a serviços de manutenção, na mesma
freqüência dos do setor de ensino. Isto porque,
documentalmente, não aparecem despesas com a manutenção
de veículos de outros setores, somente os do ensino;
 Verificar a
quantidade e os
valores de serviços
utilizados pelo setor
de ensino e a
quantidade e os
valores utilizados por
todos os outros
setores da
municipalidade, para
se traçar um paralelo
e uma comparação entre ambos.

➞ Despesas com obras de construção civil, reformas e de manutenção predial:


34 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

 Verificar a existência de previsão nas peças orçamentárias da


realização de tais despesas;
 Constatação da real necessidade de obras desta espécie;
 Existência de projeto básico para a execução de tais obras;
 Existência de pesquisa de preços comparativa para a execução
das mesmas;
 Verificar se a pesquisa de preço foi realizada em base real,
levando em conta o tipo do serviço a ser executado e o emprego
do material a ser utilizado na mesma;
 Verificação da existência de processo licitatório para a
realização de tal empreitada, exigível nos casos de obras de
engenharia de valor superior a R$ 15.000,00;
 Consultas a profissionais do ramo (engenheiros, arquitetos,
projetistas etc), para verificação da adequação de tais obras;
 Acompanhamento efetivo da execução da mesma, solicitando
o acompanhamento do engenheiro responsável pela obra;
 Verificação da efetiva
execução dos serviços
previstos e da
qualidade do material
empregado na obra;
 Verificação do
cronograma de pagamentos
para se evitar o pagamento por
serviços não executados.

➞ Despesas com material permanente e de consumo e de


prestação de
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 35

serviços:

 Verificar se nos processos de compras de mercadorias para


uso e consumo foram obedecidos critérios de quantidade e
qualidade dos mesmos, a fim de se evitar grandes estoques,
problemas de armazenagem e conservação, problemas de
aproveitamento total no uso dos mesmos, além da adequação
do preço ao padrão normal de mercado;
 Verificar a existência de pesquisa de preços comparativa para
aquisição das mesmas;
 Verificar se a eventual pesquisa de preços realizada está de
acordo com os efetivos preços praticados no mercado na época
de sua realização, a fim de se evitar o pagamento de preço
superior ao praticado;
 Verificar se foi realizado processo licitatório para a contratação
de serviço ou para aquisição de bem ou mercadoria, isolada ou
englobada, de valor superior a R$ 8.000,00;
 Certificar-se sobre a efetiva entrega do bem ou mercadorias,
ou da prestação do serviço contratado;
 Checar os pagamentos efetuados, de tal sorte que não ocorra
pagamento por mercadoria ou bem não entregue, ou por serviço
não prestado.
O acima exposto não encerra os procedimentos de
verificação das despesas, já que, com cer teza, outros
procedimentos deverão ser utilizados em face de cada situação
enfrentada.

XII – PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO


36 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

O Plano de Carreira e Remuneração do Magistério é o


instrumento para valorização do profissional do magistério.
O Conselho deve observar os seguintes aspectos:
 O ingresso na carreira do magistério deve se dar,
obrigatoriamente, por aprovação em concurso público de provas
e títulos;
 A carreira deve corresponder a uma forma de evolução
profissional, no sentido horizontal e ver tical, implicando
diferenciação de remunerações;
 O novo plano deve contemplar níveis de titulação
correspondentes às habilitações mínimas exigidas pela Lei nº
9.394/96, para o exercício do magistério;
 Além dos níveis de titulação, o novo plano deve conter critérios
claros e objetivos de evolução na carreira, de acordo com os
incentivos de progressão por qualificação do trabalho docente,
previstos na Resolução nº 03/97 da CEB/CNE: dedicação
exclusiva, avaliação de desempenho, qualificação em
instituições credenciadas, tempo de ser viço, avaliações
periódicas de conhecimentos.

XIII – DENÚNCIAS E RECLAMAÇÕES SOBRE A MOVIMENTAÇÃO DOS


RECURSOS DO FUNDEF

Os membros do Conselho têm o dever de comunicar ao


Tribunal de Contas e ao Ministério Público toda irregularidade
detectada na movimentação dos recursos do FUNDEF. Esta
obrigação se estende aos casos em que haja dificuldades de
acesso às informações de tal movimentação, inclusive pela
eventual sonegação das mesmas por parte da Administração
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 37

Pública Municipal.
Para outras informações, esclarecimentos ou orientações
técnicas, bem como para a comunicação de reclamações/de-
núncias, o Ministério da Educação coloca à disposição da
sociedade o telefone: 0800-616161 (gratuito), o telefone:
0xx61-410-8648 (para ligação paga pelo usuário), e o fac-símile:
0xx61-410-9283.
As denúncias/reclamações podem ser encaminhadas ao
seguinte endereço: Departamento de Acompanhamento do
FUNDEF – Esplanada dos Ministérios – Bloco L – 5º andar – sala
500-G – CEP 70047.900 – Brasília – DF. Pode-se, ainda, utilizar
a rede mundial de computadores (internet), para envio de
mensagem ao seguinte endereço eletrônico (e-mail):
fundef@mec.gov.br .

XIV – IMPLICAÇÕES LEGAIS PELO IRREGULAR GERENCIAMENTO DOS


RECURSOS DO FUNDEF

O não cumprimento das disposições legais relacionadas


ao exato cumprimento da movimentação dos recursos do
FUNDEF, bem como sua regular aplicação, acarreta sanções
administrativas, civis ou penais, sujeitando aquele que lhe deu
causa, às seguintes penalidades:
a) Emissão de Parecer Prévio desfavorável à aprovação das
contas do Poder Executivo, com o conseqüente
encaminhamento ao Poder Legislativo, para julgamento. Se o
Parecer Prévio for mantido pelo Poder Legislativo, poderá
sujeitar o Prefeito Municipal à inelegibilidade pelo prazo de 5
(cinco) anos, nos termos do disposto no art. 1º, inciso I,
38 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

alínea "g", da Lei Complementar n.º 64, de 18 de maio de


1990;
b) Impossibilidade do recebimento de recursos relacionados a
auxílios/subvenções/contribuições da União e do Estado,
uma vez que é exigida a expedição de certidão negativa pelo
respectivo Tribunal de Contas, nos termos do disposto no
art.87, § 6º, da Lei Federal n.º 9.394/96;
c) Impossibilidade de contratar empréstimos e financiamentos
com instituições financeiras;
d) Perda da assistência financeira concedida pelo Estado aos
municípios, conforme previsto nos artigos 76 e 87, § 6º, da
Lei Federal n.º 9.394/96;
e) Intervenção do Estado nos municípios, nos termos previstos
no art. 35, inciso III, da Constituição Federal.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 39

LEGISLAÇÃO

• Constituição da República Federativa do Brasil;


• Constituição do Estado de São Paulo;
• Emenda Constitucional n.º 14/1996;
• Lei Complementar n.º 64/1990 – Estabelece, de acordo com o disposto no art.
14, § 9º, da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação
e outras providências;
• Lei Complementar Estadual n.º 709/93 – Lei Orgânica do Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo;
• Resolução n.º 43/2001 do Senado Federal – Dispõe sobre as operações de
crédito interno e externo dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios, inclusive
concessão de garantias, seus limites e condições de autorização, e dá outras
providências;
• Decreto-Lei n.º 201/1967 – Dispõe sobre a responsabilidade dos Prefeitos e
Vereadores, e dá outras providências;
• Lei Federal n.º 1.079/1950 – Define os crimes de responsabilidade e regula o
respectivo processo de julgamento;
• Lei Federal n.º 4.320/64 – Estatui normas gerais de direito financeiro para a
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados e dos
Municípios e do Distrito Federal;
• Lei Federal n.º 8.429/1992 – Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes
públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo,
emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e
dá outras providências;
• Lei Federal n.º 8.666/93 – Institui normas para licitações e contratos na Admi-
nistração Pública e dá outras providências;
40 GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS MEMBROS DO CONSELHO DO FUNDEF

• Lei Federal n.º 9.394/1996 – Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação


Nacional;
• Lei Federal n.º 9.424/1996 – Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério e dá
outras providências;
• Lei Federal n.º 10.709/2003 - Acrescenta incisos na Lei Federal n.º 9.394/1996;
• Decreto Federal n.º 2.264/1997 – Regulamenta a Lei Federal n.º 9.424/1996,
no âmbito Federal e dá outras providências;
• Decreto Federal n.º 2.530/1998 – Acresce o § 3º ao art. 5º do Decreto Federal
n.º 2.264/97;
• Resolução n.º 3/1997 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de
Educação Básica – Fixa diretrizes para os novos planos de carreiras e de
remuneração para o magistério dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
• Portaria MEC n.º 859/1997 – Dispõe sobre o coeficiente para distribuição dos
recursos do FUNDEF;
• Portaria MEC s/n.º, de 22 de abril de 1998 – Institui o Conselho de Acom-

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