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Intelectuais, construção da nacionalidade e Estado Novo

Natália Cabral dos Santos*

Não é nenhuma novidade que durante os anos mais autoritários do governo de Getúlio
Dornelles Vargas, 1937 a 1945, houve uma busca incessante pela construção da ideia de
nação e do homem brasileiro, procurando seus símbolos muitas vezes nas esferas mais
populares. Além de marcado pelo autoritarismo e pela repressão, buscavam-se políticas que
conciliassem tradição e modernidade. Essa invenção1 do nosso sentimento nacional foi
dirigida sem sombra de dúvidas pelo próprio Estado, mas, sobretudo, com o auxílio da
intelectualidade brasileira.
Nesse contexto, foram criados diversos organismos visando educar a população,
construir a memória nacional e controlar as manifestações culturais e os meios de
comunicação. Com o intuito de que alcançassem seus objetivos, buscaram estabelecer uma
continuidade entre a Revolução de 1930 e o Estado Novo, como se fizessem parte do mesmo
processo revolucionário que pôs fim a Primeira República.
A questão social, antes deixada de lado, passou a ser vista pelo Estado como uma
questão essencial. Ele seria o responsável por promover o bem-estar da nação, que seria
alcançado através da outorga de uma legislação social, pondo fim às aflições dos
trabalhadores. A salvação do operariado e o direito trabalhista eram, portanto,
respectivamente, a missão do novo Estado e o meio pelo qual o trabalhador seria colocado em
seu lugar de base fundamental da nação. O governo adotava uma democracia social em que o
Estado humanizava-se e integrava-se à vida popular (GOMES, 1988: 207).
O ideal de brasilidade e a renovação nacional propostos foram os elementos utilizados
para criar uma outra continuidade: a união da revolução artística e política (VELLOSO, 1987:
43). O período anterior teve seus aspectos negados e associados ao atraso, à desordem social
(GOMES, 1988: 207- 208) e foi acusado de estar comprometido apenas com a arte europeia,
não reconhecendo as virtudes nacionais (ABREU, 2011: 71-83). Havia uma “tentativa de

* Mestranda do Programa de Pós-graduação em História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).


1
Adotando aqui o sentido de Eric Hobsbawm em “Introdução: a invenção das tradições”. In: HOBSBAWM;
RANGER (Org.), 1997: 9- 23.
marcar o novo regime como uma fase de redenção” e, para seus homens, “o presente veio
expurgar os erros do passado” (VELLOSO, 1987: 13).
A historiadora Márcia Regina Romeiro Chuva também percebe essa questão,
embasada nas palavras de Nicolau Sevcenko e nos próprios discursos do chefe nacional. O
movimento modernista foi, de fato, apropriado e divulgado como parte da revolução durante
os anos do governo Vargas. No entanto, para Chuva essa incorporação dos ideais modernistas
não se deu sem seu esvaziamento. Eles foram “soterrados e/ou metamorfoseados” (FAUSTO,
1987 apud CHUVA, 2009, p.93).

A atuação da inteligentzia brasileira

Antes de escrevermos sobre a participação dos intelectuais junto ao governo na


formação da brasilidade é importante traçarmos qual é o conceito de intelectuais que estamos
abordando. O termo aqui adotado não é, definitivamente, o mesmo defendido por Julien
Benda. Os intelectuais brasileiros desse período são justamente os entendidos como traidores
pelo filósofo, afinal os intelectuais tradicionais seriam aqueles que são contrários às paixões
particulares e não perseguem fins práticos. Agem, portanto, levando em consideração um
sentimento universal e desinteressado. Um dos pontos dessa traição que mais incomoda
Benda é o relacionado à paixão nacional cega, que se torna incapaz de julgar criticamente sua
nação, e que transpassa para as atividades do intelectual (BENDA, 1999: 65-121).
Estaremos mais baseados na visão de Antonio Gramsci, reconhecendo nos homens da
cultura das décadas de 30 e 40, os intelectuais orgânicos, que são aqueles ligados a classes ou
empresas. Estes que fazem parte da vida prática, “como construtor, organizador, ‘persuasor
permanente’, já que não apenas orador puro” (GRAMSCI, 1982: 8). Sem esquecer, é claro,
que para Gramsci todos os homens são na verdade intelectuais, mas nem todos desempenham
essa função, sendo impossível, portanto, falar em não-intelectuais porque “não existe
atividade humana da qual que se possa excluir toda intervenção intelectual” (Idem: 7).
Mas e o que dizer sobre a presença de diversos intelectuais brasileiros desde o início
do governo Vargas, mas principalmente durante o Estado Novo, contribuindo para a
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construção da identidade nacional? Não acreditamos que tenha existido pura cooptação por
parte do governo. A verdade é que desde os anos 20 a intelectualidade brasileira já vinha
levantando essa questão e alguns modernistas buscavam essa identidade nos regionalismos
brasileiros. Enquanto isso, Gilberto Freyre enxergava no brasileiro a união das diferentes
etnias. O mestiço deixa de ser encarado como causa do atraso nacional e a “mestiçagem passa
a ser interpretada como um processo natural positivo” (VIANNA, 2012: 76), a partir de onde
podíamos inventar nossa identidade. O que se percebe, portanto, é um casamento de interesses
de ambas as esferas, intelectualidade e governo.
O movimento modernista queria buscar o “popular”, o “tradicional” e o “histórico”
encontrando no período colonial as bases de nossa verdadeira identidade. Essa busca pelas
tradições nacionais não se deu sem disputa, em que havia uma resistência daqueles que
permaneceram defendendo os valores europeus como os meios de civilizar o país. Nos anos
de 1920 vimos ainda o despontar do neocolonialismo na arquitetura, valorizando a arquitetura
colonial e a herança luso-brasileira. Os arquitetos modernistas entraram nesse campo de
disputas no início dos anos 30, mas apesar de defenderem as tradições das construções
coloniais, criticavam o “estilo arquitetônico brasileiro” e o europeu, propondo a construção de
uma “nova arte”. É esse último grupo que se torna hegemônico e terá grande participação no
Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), fundado em janeiro de 1937
(CHUVA, 2009: 94- 96).
Helena Bomeny afirma que na década de 1920 já existia a defesa, por parte dos
intelectuais, por um sistema nacional de educação, por exemplo, como uma solução do
problema do analfabetismo através de políticas federais, livrando-nos de sermos reféns dos
elitismos locais. Outro exemplo2 dado pela socióloga é acerca das viagens feitas por Mário de
Andrade, que mais tarde comporia os quadros do governo, pelo país, buscando e valorizando
os símbolos nacionais na defesa por uma politica de preservação do patrimônio cultural
brasileiro. Segundo Bomeny, “só o Estado poderia reunir recursos suficientes para a
implementação de uma política nacional de preservação da memória e do patrimônio histórico
nacional” (BOMENY, 2001: 8).

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O regime só se utilizou da doutrina modernista do grupo verde-amarelo3, apesar de ver
o movimento de forma homogênea, sem fazer a distinção entre suas correntes. Só que isso não
impossibilitou a participação no governo de intelectuais de outras correntes do modernismo e
também de outros não pertencentes a ele, o que revela a complexidade e ambiguidade da
política cultural do Estado Novo (CURY, 2002/2003: 72).
Com a inauguração do SPHAN e decretado o início do regime autoritário, temos então
a criação de nosso patrimônio histórico e artístico nacional nas décadas de 1930 e 1940. Um
projeto basicamente modernista da década de 1920. Mas a atuação dos intelectuais
modernistas não se limitava ao SPHAN. O Ministério da Educação e Saúde, sob o comando
de Gustavo Capanema, também era composto por eles. Principalmente pelos intelectuais
vindos de Minas Gerais, como Carlos Drumond de Andrade, que foram os grandes
articuladores4 das ideias modernistas dentro do Ministério (CHUVA, 2009: 106-117).
Os intelectuais desse período se sentiam os porta-vozes da sociedade brasileira, já que
conseguiriam captar o inconsciente coletivo nacional, e os gestores de nossa cultura. Viam a
sociedade como um organismo imaturo e frágil e ao mesmo tempo percebiam o Estado
associado à ideia de ordem, organização e união (VELLOSO, 1987: 3, 15). Por isso durante o
Estado Novo encontraram o ambiente propício para atuar. Além disso, como o governo
procurava ter controle de todas as esferas, em especial a cultural, a máquina burocrática, que
cresceu devido à criação de novos organismos, precisava de funcionários que comungassem
da mesma ideologia de união nacional e busca das raízes (BOMENY, 2001: 7).
Na década de 30 e 40, a metáfora da “torre de marfim” foi utilizada para desvirtuar os
intelectuais eruditos, como seres alienados da esfera política, e destacar o atendimento da
intelectualidade aos chamados do Estado Novo e o cumprimento de sua função social para
com a nação que é a de ser o representante da consciência nacional. “O trabalho do intelectual

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Dentre os pensamentos deste grupo, destaca-se que “os verde-amarelos defendem a brasilidade, argumentando
que esta permite a comunhão natural do homem com o meio ambiente. Ao intelectual é designada uma missão: a
de criar a consciência nacional, removendo os obstáculos que dificultam a comunhão homem-meio.” Esses
intelectuais reconheceram no Estado de São Paulo a base de brasilidade e o veem como o responsável por levá-la
ao resto do Brasil. Nessa corrente, a ideia de “Brasil-território” foi resgatada e por isso defendiam uma tradição
regionalista. Sobre a ideologia do grupo verde-amarelo e os pontos de discordância das outras correntes, ver:
VELLOSO, 1993: 89-112.
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Mas não somente eles. Entre o que não eram mineiros, podemos salientar a participação de Mário de Andrade,
Gilberto Freyre, Manuel Bandeira e Lúcio Costa.
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– agora engajado nos domínios do Estado – deve traduzir as mudanças ocorridas no plano
político” (VELLOSO, 1987: 11). E o que se esperava era que esse intelectual agisse em
consonância com o governo. E Getúlio Vargas, além de “pai dos pobres”, tornou-se também
pai desses intelectuais. Era o presidente, personificação do regime, que estaria atendendo as
vontades do povo por intermédio dos “homens do saber” (BRAGA, 2008: 9).
Além da criação do SPHAN, Cury salienta a criação do Serviço Nacional do Teatro, o
de Radiodifusão Educativa e projetos de caráter individual, como instituições ou ações do
governo voltadas para o projeto da brasilidade, por exemplo, propostos por Portinari e Villa-
Lobos (CURY, 2002/ 2003: 72). Este intelectual, a partir de 1930, passou a defender a
renovação moral e cívica através da música nacional e suas ações giraram em torno do ensino
de canto orfeônico. Sua participação na burocracia estatal, que teve início em 1932 quando
assumiu a Superintendência de Educação Musical e Artística do Distrito Federal, e sua
contribuição na formulação das políticas culturais fez dele um dos intelectuais mais ativos do
governo Vargas, contando com o apoio inclusive do Departamento de Imprensa e Propaganda
(PARADA, 2009: 174- 185).
Para criar o ambiente de aceitação e consenso do regime era necessária a divulgação e
popularização de sua ideologia em todos os níveis sociais. É durante o Estado Novo que o
governo se empenha mais na elaboração de uma propaganda sistemática e temos, então, a
criação do DIP em de dezembro de 1939, que seria dirigido por Lourival Fontes. Suas funções
eram “coordenar, orientar e centralizar a propaganda interna e externa; fazer censura a teatro,
cinema, funções esportivas e recreativas; organizar manifestações cívicas, festas patrióticas,
exposições, concertos e conferências e dirigir e organizar o programa de radiofusão oficial do
governo” (VELLOSO, 1987:20). Como afirmou Braga, devemos perceber que a centralização
política foi acompanhada também da centralização simbólica. O DIP é umas das instituições
com esse objeto. Ele foi uma tentativa de conciliar os discursos contrários ao governo dando
uma cara mais homogênea ao campo ideológico. E assim como a participação política ficava
restrita a um grupo de especialistas, o mesmo acontecia com a produção simbólica (BRAGA,
2008: 8).
O rádio, que era o meio de comunicação mais popular nesse período, foi alvo de
polêmica com relação à participação dos homens ilustres. Enquanto o filósofo Paul Valéry
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defendia que o rádio desfigurava a produção intelectual, os ideólogos do regime acreditavam
que sua presença nos programas radiofônicos elevava seu nível e conquistava o respeito dos
ouvintes. O rádio era um meio de chegar até mesmo aos ouvintes desinteressados. No entanto,
a liberdade de expressão deveria ficar a cargo apenas das elites políticas e intelectuais e a
radiofusão livre era vista com perigo à implantação do projeto político e à homogeneização
cultural. A estratégia adotada no rádio para obter êxito foi estabelecer uma programação que
agradasse à população, mas filtrando os elementos subversivos e imorais.
Para esses intelectuais o acesso à arte, esta que deveria ter fins utilitários, aumentava o
campo de abrangência governamental. E a música tinha um papel singular, era percebida
como a forma mais eficiente de educar o povo, levando em consideração, por exemplo, o
quanto o processo era facilitado para o indivíduo analfabeto. Ela jamais deixou de ser
percebida com importância pelo governo Vargas como meio de “acesso ao imaginário
popular” (VICENTE, 2006: 30), também foi alvo de censura pelo DIP. Suas letras eram
controladas por este órgão para impedir qualquer temática que fosse contra a ideologia do
regime. Até mesmo a linguagem e gírias usadas foram vistas “com desconfiança, devido ao
seu instinto satírico, capaz de depreciar os fatos e criticar os acontecimentos” (VELLOSO,
1987: 30). A língua era entendida como patrimônio nacional e precisava ser preservada.
As composições carnavalescas também foram controladas pelo DIP, pois recorriam à
paródia e à caricatura. Enquanto os intelectuais eram estimulados a pesquisar sobre a
contribuição dos negros para a constituição da cultura brasileira, o samba deveria passar pelo
crivo da censura para que não continuasse “cantando” valores “subversivos”. Passou-se a
defender esse estilo musical como um instrumento pedagógico, o que justifica a tentativa do
governo em civilizá-lo. “Ele deve ser educado para educar” (IBIDEM: 32).
Mas é importante lembrarmos que apesar de todo esforço no sentido de homogeneizar
a ideologia por parte do governo, havia uma dinâmica de tensão e conflito com relação à
atuação dos intelectuais. Afinal eram diversas correntes distintas atuando em prol da
construção da nação como já dito anteriormente. Entre elas, correntes integralistas, católicas,
socialistas. Essas disputas ideológicas foram constantes dentro do Ministério da Educação e
Saúde, tendo em vista que a educação é uma área que define mentalidades (BOMENY, 2001:
22).
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É interessante notar, além disso, o caso de Mário de Andrade. Intelectual que já
buscava as origens nacionais desde a década de 1920, como já dito anteriormente, foi
convidado por Gustavo Capanema para fazer o anteprojeto sobre a proteção dos monumentos
e obras de arte nacionais. Mas ele “viu seu projeto assimilado apenas naquilo que
correspondia ao projeto de Nação, claramente acolhido pelos braços do grande patriarca
Getúlio Vargas. O restante foi adaptado e retirado, dando origem ao projeto aprovado”
(IBIDEM: 74).
Bomeny chama a atenção para a questão da ambiguidade do casamento entre homens
de espírito e rotinas do poder. Em algumas cartas endereçadas a Capanema, Mário de
Andrade se mostrava descontente com a burocracia do governo Vargas e, apesar de sua
vontade em fazer projetos e políticas ligados à constituição da nação, de certa forma,
desestimulado. Para ele, nos anos em que atendeu ao chamado do governo, não fez nada de
útil e sentia-se se desmoralizando, o que o atormentava (BOMENY, 2001: 18, 19).

Considerações finais

Ao longo deste artigo podemos perceber como os intelectuais estavam “infiltrados”


dentro da malha burocrática do Estado e foram grandes responsáveis pela construção do
projeto nacional, encontrando no Estado Novo circunstâncias favoráveis para que isso
ocorresse. Desde os anos de 1920 os homens do saber já vinham buscando identificar os
elementos genuinamente brasileiros com o objetivo de construir nossa identidade. O regime
veio, deste modo, atender os anseios já existentes de renovação nacional.
A defesa do envolvimento do intelectual na esfera política tanto por parte da própria
inteligência brasileira quanto pelo governo nos faz perceber a recusa do intelectual do tipo
defendido por Julien Benda. Primeiro porque eram grandes defensores da nação. Segundo
porque viram nos aparelhos do governo a maneira de colocarem suas ideias em prática de
forma organizada e sistemática para alcançarem a unidade nacional. Mas entre esses
intelectuais orgânicos encontramos também figuras como Mário de Andrade, que depois de
alguns anos compondo o governo passa por uma espécie de crise com relação a sua função de
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intelectual por ter se envolvido nos aparatos burocráticos, optando, mais tarde, pela sua saída
para se dedicar às vontades do espírito.
Acreditamos que as ações e projetos do Ministério da Educação e Saúde, do Serviço
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e o Departamento de Imprensa e Propaganda
tiveram papel fundamental seja na tentativa de educar, de construir a memória nacional ou
mantendo programas culturais para promoção do governo e do cidadão brasileiro e
censurando os meios de comunicação para eliminar todos os elementos entendidos como
subversivos. Instituições essas que foram o “ninho”, principalmente, dos intelectuais
modernistas.
Por fim, é sempre necessário salientar que a invenção da identidade nacional não se
deu sem que houvesse disputas no campo ideológico, tanto do governo com relação aos
intelectuais quanto entre os próprios projetos das diferentes correntes da intelectualidade
nacional. Mas podemos entender que, apesar disso, intelectuais e governo conseguiram, se
não total, certo êxito na construção de nossa nacionalidade, tendo em vista, por exemplo, que
é nos anos de 1930 e 1940 que o samba, gênero musical originado na cidade do Rio de Janeiro
e por indivíduos que não faziam parte da elite, ganha status de símbolo nacional.

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