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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

Atuação do psicólogo, SUAS CRAS e psicologia Social comunitária:


Possíveis articulações

Fernanda Sousa Pereira


Gabriel Pimazoni Cortes
Rafaela Amancio Rocha

CURITIBA
2021
O artigo “Atuação do psicólogo SUAS/CRAS e psicologia social comunitária:
possíveis Articulações” de 2011, fala sobre a conquista da atuação do psicólogo nessa
área, e das dificuldades encontradas neste percurso. De acordo com Silva e Corgozinho
(2011) essa conquista de atuação no SUAS/CRAS foi possível graças às lutas dos
movimentos populares de 1930 que, dentre discussões políticas e econômicas, exigiram
interferência do Estado em reconhecer e ampliar os direitos sociais e políticos
relacionados à cidadania que mais tarde conquistaram na Constituição Federal de 1988 a
execução dos direitos sociais e individuais, liberdade ,segurança, bem-estar, igualdade,
desenvolvimento e justiça; e, simultaneamente com a formação do Tripé da Seguridade
Social (1993), a promulgação da Lei Orgânica da Assistência Social (1993), salientando
o direito de todo cidadão e o dever do Estado.
Por ser uma conquista ainda recente, ela não dispõe de uma boa base de preparos
para a atuação dos profissionais, e por ser nova a implantação dessas políticas públicas,
acaba não possuindo muitas referencias teórico-metodológicos suficientes para a atuação
de psicólogos, porém, apesar dessa dificuldade ainda existir, não se pode negar que ela
trouxe a possibilidade de alcançar a prática voltada para o social e comunitário, sendo um
campo com uma demanda crescente, que vem ganhando cada vez mais visibilidade e
interesse pelos profissionais, expondo assim os problemas que precisam urgentemente de
soluções como a criação de um guia de orientação mais preciso para a atuação já que os
materiais online e as cartilhas são disponibilizados, mas não providencia espaço para tirar
dúvidas.
Um exemplo de guia de orientação para atuação no CRAS foi criado pelo
Ministérios do Desenvolvimento e Combate à Fome e o Centro de Referência Técnica
em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) em 2006, ela determina que “as atividades
devem ser desenvolvidas de acordo com as demandas da comunidade que se está
atendendo e com as concepções do próprio profissional [...] devem sempre reinventar e
criar novas formas de intervenção para a transformação social dos usuários". (Silva e
Corgozinho, 2011).
Observa-se que esse estudo busca relacionar a Psicologia ao SUAS/CRAS através
de conceitos da Psicologia Social Comunitária, apontando um modelo de atuação que
visasse a autonomia dos sujeitos.
A oportunidade e a possibilidade das produções teórico-conceituais foi um
dos objetivos que foram evidenciados no artigo como uma necessidade. Para que fossem
exploradas em sua capacidade de orientar a atuação do psicólogo no âmbito
SUAS/CRAS, usou-se uma base materialista histórico-dialética.
Podemos notar, que apesar de muito já ter sido conquistado no âmbito social e
comunitário, os profissionais da psicologia ainda têm um caminho pela frente. Um dos
desafios é implantar todo esse conhecimento no âmbito acadêmico, levando a teoria e a
prática para que futuros profissionais se encontrem preparados para o que vão enfrentar,
sendo de extrema importância a capacitação dos psicólogos que venham a atuar em
comunidades.
Referência

Silva, J. V.; Corgozinho, J.P. (2011) Atuação do Psicólogo, SUAS/CRAS e Psicologia Social
Comunitária: possíveis articulações.

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