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Symposium

Conjugal
Temperamentos

Temperamento Colérico
Dentre os tipos de temperamento, o colérico se mostra como o mais selvagem no grupo. Em suma, se
trata do temperamento que é mais explosivo e agressivo que os demais. Isso aponta diretamente para
a índole do indivíduo, de maneira que você consiga traçar previamente o seu comportamento.

Sem contar que pessoas detentoras desse temperamento são comumente dominadoras e ambiciosas.
Embora também sejam enérgicas, façam planejamentos e tenham determinação, também possuem
impulsividade no modo de agir. Com isso, precisam trabalhar:

Lutas constantes do Colérico:

Intolerância
Infelizmente, os coléricos se mostram bem limitados com algumas ideias e costumes ao redor.
Possuem dificuldade em admitir inovações e a introdução ao que é diferente do seu modo de
ser e pensar. Em casos mais graves, dificultam os relacionamentos humanos e se mostram
ofensivos, agredindo a moral e ética do outro.

Egocentrismo
Uma ideia bastante natural de que os coléricos são o centro do universo se faz válida. Os
mesmos acreditam que tudo deve girar em torno deles, de maneira que apenas eles importam.
Portanto, não é difícil inferir que a sua postura acaba dificultando relacionamentos
interpessoais com amigos, colegas de trabalho inclusive com esposos (a).

Impaciência
A paciência é uma virtude que se mostra estranha a esse grupo. Isso porque eles não se
enxergam tão à vontade com um trabalho mais delicado, sensível e que necessita de tempo.
Assim, podem comprometer suas atividades diárias e entregar resultados além do esperado.

A pessoa com temperamento colérico é dominante e independente. Líder nato cheio de energia,
resolve os problemas, transformando ideias em fatos reais. Outras características marcantes são a
impetuosidade, força de vontade, praticidade e a confiança. É um indivíduo extrovertido, mas não
tanto quanto a pessoa de temperamento sangüíneo.

Coléricos são fortes


Graças a característica de dominância, o colérico é visto como uma pessoa forte. Ele enfrenta situações
difíceis com coragem, administrando as próprias inseguranças em nome de seu objetivo maior.

Este indivíduo carrega uma poderosa aura de autoconfiança, causando admiração e até medo nas
outras pessoas. Coléricos também respondem de forma rápida a estímulos, tendo um raciocínio ágil
para discussões.
O colérico é firme
Coléricos possuem opiniões fortes e não vacilam sob a pressão das outras pessoas.
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O colérico é explosivo
Estas qualidades também estão acompanhadas de alguns pontos fracos, afinal, ninguém é perfeito. A
agressividade que faz do colérico um líder combativo e corajoso o torna facilmente irritável, inflexível
e mandão, precisando vigiar sua tendência a tirania. A raiva do colérico não é tão forte quanto a do
Sanguíneo porque é menos extrovertida, mas é mais perigosa. Pessoas com este
temperamento podem ferir os outros com toda a intenção e gostar de ter feito isso.

A parte emocional é o aspecto menos desenvolvido no colérico. Ele tende a ser insensível com os
sentimentos dos outros e possui dificuldade em perceber que suas atitudes podem magoar amigos e
familiares.

Coléricos na infância
Crianças com este temperamento são emotivas, sociáveis, agitadas, impulsivas, explosivas e de difícil
administração. Independentes, desejam ser tratadas como crescidas e constantemente dispensam a
ajuda dos adultos.

Rebeldes por natureza, costumam desafiar a autoridade de pais e professores. A alegria e o otimismo
de um lado e a instabilidade emocional de outro, são características marcantes nas crianças de
temperamento colérico.

O colérico e os relacionamentos
É comum fleumáticos se unirem aos coléricos. Isso acontece porque as características de ambos
temperamentos se completam. A agressividade do colérico pouco incomoda o fleumático, que é
tranquilo e dificilmente se magoa. O fleumático também é indeciso e admira a capacidade natural de
gerencia do colérico, o deixando comandar.

Espiritualidade do Colérico
O colérico é rijo de temperamento, enérgico e sagaz. Dotado de grande força reativa, vê os problemas
com facilidade e busca-lhes sem demora a solução. Mas, por estar muito voltado para fora, não
consegue olhar para dentro e reconhecer suas próprias responsabilidades.
Nesta aula, estudaremos o último dos quatro temperamentos: o colérico, dotado de qualidades
excelentes, mas que, se não forem bem disciplinadas pelo exercício das virtudes, podem converter-se
em grandes obstáculos à santidade. O colérico, com efeito, é por sua própria compleição um
temperamento rijo, talentoso; é como um cavalo de boa raça, forte e cheio de energia, mas que
necessita de uma alma treinada, capaz de domar-lhe o vigor natural.

Pois bem, dos quatro temperamentos, o colérico é o único que responde sim às quatro perguntas que
tomamos como critério diferenciador dos tipos temperamentais. Por isso, o colérico se caracteriza, ao
contrário do fleumático e do melancólico, por uma alta excitabilidade: suas reações emocionais são
rápidas, intensas, exuberantes, ainda que tendam a ser menos chamativas do que as do sanguíneo.
E, ao contrário deste e do fleumático, o colérico retém por longo tempo as impressões recebidas.
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Eis por que se costuma dizer que o colérico é o mais “feliz” dos temperamentos, isto é, o mais potente,
o que possui por natureza, mas energia e capacidade de reação. Há, contudo, um sério problema com
a compilação do colérico. Devido ao seu cúmulo intenso de energia, se esta não for bem trabalhada,
mediante uma disciplina de autoconhecimento e autodomínio, pode levar a resultados desastrosos.

Lembremos ainda que o nosso apetite sensitivo pode referir-se a dois tipos de objetos: aos bens fáceis
e presentes, que excitam o apetite concupiscível, e aos bens árduos e distantes, os quais põem em
movimento o apetite irascível. Este é o responsável pela sensação de ira, de irritação, de contrariedade
que costumamos sentir quando, por exemplo, se nos põe um obstáculo ou somos vítimas de uma
injustiça. Esta irritabilidade tende a obscurecer a nossa razão, a qual pode ver-se obliterada por
completo quando a ira é excessiva: no primeiro caso, trata-se de uma simples paixão natural, que, no
segundo caso, isto é, quando se solta das rédeas da racionalidade, chega a constituir um pecado
propriamente dito.

Isso significa que o ficar irritado não é, como tal, indício de um temperamento colérico. De fato, todos
os quatro temperamentos, por serem temperamentos humanos, se irritam. O que os diferencia é que,
no colérico, a irritação surge de forma rápida e permanece por muito tempo. Graças à sua compleição
particular, o colérico está mais dotado de energia: ao identificar um problema externo, ele vê ao
mesmo tempo, com grande sagacidade, a solução e envida todos os esforços para concretizá-la. Ao
contrário, pois, da inação do fleumático, que só se torna proativo por virtude, o colérico o é por
natureza.

Essa pro atividade, no entanto, tem no colérico um ponto cego, que o impede muitas vezes de
enxergar que totalidade dos problemas que analisa: é ele mesmo. Por seu gênio impetuoso e
penetrante, o colérico tem grande dificuldade de, com ânimo sereno, olhar para si mesmo. Daí sua
tendência a julgar que o problema está sempre fora, e nunca dentro de si; estão nos outros, no mundo,
mas nunca nele. Não é que os problemas por ele identificados sejam sempre falsos ou sequer existam:
é que o colérico tende a não enxergar que também ele é parte do problema.

Por este motivo, nada é mais necessário ao colérico do que um “diretor espiritual” que o acorde de
sua cegueira, que o faça reconhecer que suas energias, o arrastam ao mundo exterior, o impedem de
voltar-se sobre si mesmo, sobre suas próprias responsabilidades nos problemas que imputa aos
outros. Esta cegueira, se não for diagnosticada e tratada com cuidado, pode gerar sérias deformações
da realidade, porque um colérico feito refém do próprio temperamento deixa de ver o mundo com
objetividade e transparência, mas somente através dos óculos do seu orgulho.

Outro remédio importante ao seu defeito dominante é a prática de uma virtude tão preciosa como
a mansidão. Não é preciso renunciar à sua energia, ao vigor do seu temperamento: é preciso domá-
los, usá-los para conter-se e, assim, evitar julgamentos apressados e conclusões injustas. Ao colérico
se podem, pois, aplicar as palavras do provérbio: “Mais vale a paciência que o heroísmo, mais vale
quem domina o coração do que aquele que conquista uma cidade” (Pr 16, 32).
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Nada disso, porém, será possível sem vida interior e, antes de tudo, sem o hábito de fazer, com
franqueza e calma, um bom exame de consciência. A tendência do colérico, com efeito, é contrária à
do melancólico: enquanto este, fechado no próprio mundo interior, se crê sempre a fonte de todos os
problemas ou a chave de solução para todas as crises, pessoais e mundiais, o colérico pensa que o
problema nunca é com ele, em cuja conta não há nem pode haver culpa alguma.

É por isso que, na educação do seu temperamento, o colérico tem de fazer um esforço sincero por
não se justificar. É-lhe necessário crucificar o seu orgulho, renunciando à forte tentação de jogar
sempre a culpa nos outros ou fazer-se de vítima, como se os seus erros se devessem unicamente à
força das circunstâncias ou a uma fraqueza invencível, da qual ele pensa não ter responsabilidade
alguma.

Cabe assinalar, por fim, que o colérico é o temperamento que mais potencial tem para a liderança.
Mas como todo bom líder, por definição, tem consciência de não saber tudo e, por isso, de precisar
de quem o ajude e assista, o colérico só poderá liderar bem se, antes, se deixar transformar e “adoçar”
por uma santa humildade. Para isso, deverá planificar sua vida espiritual, reservando um tempo
privilegiado à meditação, à busca da verdade sobre si mesmo diante da misericórdia infinita de Deus.

O remédio dos defeitos do colérico, numa palavra, se resume àquela palavra da Imitação de Cristo,
isto é: “Ama ser desconhecido e tido por nada”, pois é pela humildade e mansidão, a exemplo de Nosso
Senhor, que iremos conquistar nossas próprias almas e, ajudados pela graça, canalizar as boas energias
do nosso temperamento para amar a Deus acima de tudo e servi-lo generosamente no próximo:
“Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e
recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as
vossas almas” (Mt 11, 28-29).

Temperamentos coléricos primários


Colérico-Sanguíneo
Colérico-Melancólico
Colérico-Fleumático

Temperamentos coléricos secundários


Sanguíneo-Colérico
Melancólico-Colérico
Fleumático-Colérico

Colérico
Pontos positivos: enérgico, independente, resoluto, tem força de vontade firme, termina seus
projetos, persistente, agressivo, decidido, líder audacioso, autoconfiante, não desanima, corajoso,
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incentivador, prático, otimista, age rapidamente, sempre ativo, faz decisões rápidas, se tem um alvo
paga o preço por ele, sempre sabe o que quer, gosta de desafios e é organizado.

Fraqueza: Deficiência emocional na área de compaixão, insensível, ira facilmente, impetuoso, auto-
suficiente, usa qualquer meio para alcançar seus objetivos, violento, cruel, orgulhoso, arrogante,
vingativo, intolerante, frio, calculista e acha que só ele é certo.

Vantagem: Autodisciplinado, autodeterminado, fortes tendências para liderança, vence dificuldades


para alcançar um objetivo, consegue rapidamente avaliar uma situação e encontrar solução mais
prática.

Profissão: Um bom gerente, planejador, produtor, digitador, bom médico.

Como se relacionar com um colérico:


Seja direto! Comece com os resultados e benefício, depois apenas detalhes necessários, seja rápido
e focado. Desafie.

Como persuadir um colérico:


Responda sua pergunta: Quais são as vantagens, o que vou ganhar com isso? Focalize no resultado,
comece com a conclusão.

Como lidar com o colérico:


Objetivos e resultados, diga o que você quer e deixe que ele (a) determine como. Deixe-o exercer o
controle prévio da atividade assumindo responsabilidades.

Como discordar de um colérico:


Concorde e questione, pergunte: Porque você acha que este é o melhor caminho? Já considerou
outras alternativas?

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