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CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

APRESENTAÇÃO

No cotidiano da administração escolar é freqüente a elaboração de relatórios


contendo dados quantitativos, principalmente na secretaria da escola onde são preenchidas
as fichas com os resultados da aprendizagem dos alunos, sendo enviadas para os setores
competentes da Secretaria de Educação. É bastante comum ouvir-se falar, nas redes de
televisão ou nos jornais, dos altos índices de analfabetismo no Brasil e, em especial, em
Alagoas. Não somente desta temática mas, também, da mortalidade infantil, de acidentes
automobilísticos, da criminalidade, da evasão escolar, da repetência, dentre outros.
Percebemos, então, que a estatística faz parte de nossas vidas sem que as conheçamos com
esta denominação.
Sendo assim, o estudo da disciplina Estatística Aplicada à Educação pretende fazer
com que os alunos conheçam todo o seu desenvolvimento e conceito através de uma
retrospectiva histórica, buscando apreender todos os pontos relacionados a esta questão.
Analisaremos também neste estudo, o método estatístico e a importância e aplicabilidade da
Estatística na Educação.
Para tanto, o curso foi estruturado em 07 (sete) unidades temáticas:
Na primeira, estudaremos o conceito, origem e desenvolvimento da estatística.
Na segunda, conheceremos as fases do método estatístico, buscando distinguir uma
da outra, bem como a sua importância e procedimentos. Trataremos, também, da preparação
do plano de pesquisa; um dos pontos mais importantes do método estatístico.
Na terceira, estudaremos as séries estatísticas. Nela, buscaremos diferenciar uma
tabela simples de uma composta, bem como seus elementos constitutivos e a própria técnica
de construção. Ainda, estudaremos a distribuição de freqüência, que são os dados da série
contínua (fracionados).
Na quarta, veremos as regras de arredondamento, pois quando trabalhamos com
números fracionados deveremos utilizar uma única regra para que o somatório dos dados se
completem. Trataremos, também, da transformação do dado absoluto em termos
percentuais.
Na quinta, entraremos num dos pontos críticos da estatística que é a representação
gráfica, pois a interpretação dos dados é feita a partir da imagem que o gráfico apresenta.
Na sexta unidade, estudaremos os cálculos dos principais indicadores educacionais
tais comoi: taxas de repetência, de evasão, de escolarização, de produtividade, etc.
E, finalmente, na sétima unidade, estudaremos um dos elementos das medidas de
tendência central que é a média aritmética com valores isolados.
Todas as unidades temáticas servirão de elementos importantíssimos para aplicarmos
os conhecimentos adquiridos, a partir da aplicação de um questionário que será elaborado na
atividade 1 deste guia. A própria equipe definirá o tema mais apropriado e o público-alvo e
aplicará todas as etapas do método estatístico.
Em resumo, buscaremos conhecer e fazer uso da estatística, enquanto ferramenta de
trabalho nas diversas áreas do conhecimento.

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1. OBJETIVO GERAL:

- Desenvolver o método estatístico nas diversas áreas do conhecimento, onde os


dados quantitativos serão utilizados como elementos para análise, interpretação e tomada de
decisão, buscando assim, no aluno, a aquisição do conhecimento para a sua vida escolar
como, também, para sua vida social.

2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Conceituar estatística, por meio da retrospectiva histórica.


- Identificar as fases do método estatístico, possibilitando ao aluno a sua
aplicabilidade.
- Reconhecer os fundamentos do método estatístico, bem como dos elementos
essenciais de uma amostra.
- Diferenciar tipos de tabela, bem como a sua estruturação.
- Apontar os elementos essenciais de uma tabela.
- Identificar as principais séries estatísticas e sua formação.
- Reconhecer as técnicas de construção dos gráficos mais utilizados na educação.
- Conhecer os indicadores educacionais e sua aplicação.
- Conhecer as medidas de tendência central e sua aplicação.
- Elaborar o questionário, objetivando a aplicabilidade das fases do método estatístico.
- Construir o relatório final, contendo o resultado da pesquisa aplicada, a partir dos
dados coletados por meio do questionário.
- Justificar a importância da estatística na educação.

3. CONTEÚDOS:

3.1. NATUREZA E FUNDAMENTOS DO MÉTODO ESTATÍSTICO:


# Método estatístico
# Conceito, origem e desenvolvimento da Estatística

3.2. FASES DO MÉTODO ESTATÍSTICO


# Planejamento
# Coleta de dados
# Crítica dos questionários
# Apuração dos dados
# Apresentação dos dados

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# Análise e Interpretação dos dados.

3.3. APRESENTAÇÃO TABULAR E GRÁFICA


# Apresentação tabular: esqueleto de uma tabela, elementos constitutivos, fontes
de dados, séries estatísticas, distribuição de frequência.
# Apresentação gráfica: lineares, em colunas, em barras, setograma, pictórico,
histograma, polígono de frequência e ogiva.

3. 4. OS INDICADORES EDUCACIONAIS
# Principais taxas: repetência, evasão, escolarização, produtividade

3.5. A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA NA EDUCAÇÃO


# Elaboração de um questionário para aplicação na pesquisa a ser realizada,
utilizando-se dos conteúdos apreendidos nas unidades anteriores.
# Análise documental onde foi realizada a estatística como ferramenta, levando
os administradores, supervisores, professores e alunos a uma tomada de decisão.

3.6. AS MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL


# Média Aritmética, Mediana e Moda.

4. METODOLOGIA

A disciplina Estatística Aplicada à Educação será trabalhada em duas fases: uma de


caráter presencial e a outra a distância.
4.1. Seminários (fase presencial): Nesta fase, faremos uma apresentação geral sobre esta
disciplina, com atenção especial aos elementos necessários para que o planejamento do
curso e os materiais escritos permitam a realização dos trabalhos previstos. A data
prevista será determinada para cada módulo de acordo com a coordenação geral do
curso a distância.

4.2. Estudo a distância e Trabalhos finais (Fase a distância): Estudo das unidades temáticas
indicadas neste guia, bem como a realização das tarefas propostas. Elaboração e
aplicação do questionário no campo de trabalho, bem como todo o tratamento estatístico
dos dados. A data desta fase será de acordo com o período em que o curso a distância
esteja sendo ofertado.

5. AVALIAÇÃO

5.1. A avaliação da aprendizagem, nesta disciplina, foi organizada através das seguintes
atividades:
1) Resolução das atividades propostas em cada unidade temática;
2) Elaboração de um questionário, a partir do tema a ser definido;
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3) Relatório final da pesquisa realizada, obedecendo as orientações que se


encontram no final deste guia.
4) Exercício individual com os conteúdos mais relevantes da disciplina.

5.2. Critérios para atribuição das notas: Em qualquer dos casos se justificará a concepção,
escolha, pertinência, viabilidade do tema escolhido para a pesquisa, a execução das
atividades propostas no tempo pré-estabelecido, elaboração do relatório contendo o
resultado da pesquisa. Para tanto, as atividades terão as seguintes valorações:
1ª. AB: será a média aritmética da resolução das atividades da I unidade temática. (em
equipe de no máximo 10 componentes)
2ª. AB: será a resolução das atividades 3 e 5. (em equipe de no máximo 10 componentes)
3ª. AB: será a realização de um exercício INDIVIDUAL, com amostras dos diversos
conteúdos deste guia.
4ª. AB: será a construção do relatório final da pesquisa de campo realizado com base no
questionário elaborado no momento presencial com a equipe de no máximo 10
componentes.
Este relatório deve conter os seguintes elementos: Apresentação, Objetivos da pesquisa,
Representação tabular e gráfica, Interpretação dos dados e por último a conclusão. A
referência bibliográfica deve ser colocada no final do trabalho, ou seja, a indicação dos
livros que foram consultados para realização desta atividade. As orientações, mais
detalhadas, você encontrará no final deste guia.

6. ACOMPANHAMENTO ACADÊMICO

Você contará com o apoio do seu respectivo professor, que poderá ser feito por meio
de correspondência enviada por correio convencional ou eletrônico, fax ou diretamente por
telefones.

PROF. ERALDO SOUZA FERRAZ

Endereço Profissional:
CENTRO DE EDUCAÇÃO – NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CAMPUS A.C. SIMÕES, BR 104, KM 97.6 – TABULEIRO DO MARTINS
Cep: 57072-970 – MACEIÓ – AL
FONE: 0xx82 – 214-1191

Endereço Residencial:
Celular: (0xx82) 88689584

Endereço Eletrônico:
ferraz_pe@hotmail.com

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LEMBRETE MUITO IMPORTANTE:

Caso você mude de endereço residencial ou profissional, não deixe de comunicar


imediatamente à coordenação do curso e ao professor desta disciplina o seu NOVO
endereço.
Não fique acanhado(a) de encaminhar suas perguntas, dúvidas, solicitações, pois
esse procedimento lhe permitirá continuar com tranquilidade seu trabalho. Enquanto
aguarda a resposta, continue realizando as demais tarefas, dentro do possível, com o que
evita perder o tempo precioso para o estudo e aprofundamento.
Recomendamos que procure anotar suas dificuldades em um caderno ou outro
instrumento específico para esta disciplina, contanto que fique registrado. Pode-se fazer por
escrito ou gravar em disquete, fita cassete, ficando, assim, ao seu critério ou comodidade.

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I - UNIDADE TEMÁTICA

Conceito, origem e desenvolvimento da estatística (Texto extraído, em parte, de:


Gonçalves, Antonio. Estatística descritiva. SP, Atlas, 1978.pp 20-23)

"Estatística é um conjunto de métodos que se destina a possibilitar a tomada de


decisões acertadas, face às incertezas"(Wallis).
Tendo em vista as observações precedentes podemos dar as seguintes definições:
ESTATÍSTICA são dados quantitativos sujeitos, em larga escala, à influência de uma
multiplicidade de causas.
MÉTODOS ESTATÍSTICOS são aqueles métodos especialmente adaptados à
elucidação de dados quantitativos, sujeitos à influência de uma multiplicidade de causas.
TEORIA ESTATÍSTICA ou simplesmente, ESTATÍSTICA é a exposição dos
métodos estatísticos.
Entretanto, recentemente, entrou em uso a palavra "estatística" com outro sentido; é a
designação de estimativa baseada em dados experimentais, mediante amostras.
Este conceito de estatística foi introduzido por R. A Fisher em oposição a parâmetro,
também por ele introduzido. Um parâmetro é um elemento numérico (como a média, o
desvio-padrão, o coeficiente de correlação) usado para caracterizar uma população ou
universo, enquanto estatística é uma estimativa de determinado parâmetro obtida pela
observação de amostra do respectivo universo.
As origens de Estatística científicas remontam à metade do século XVII, quando
passou a ser considerada como uma disciplina autônoma que tinha por objetivo a descrição
das coisas do Estado, vindo assim a ter uma sistematização orgânica que respondia a
princípios doutrinais.
O fundador desta Estatística científica foi Herman Conring (1600-1681), professor de
filosofia, medicina e política da Universidade de Helmstadt, que inaugurou em 1660 um
curso de Ciência política, em que descrevia e examinava as questões fundamentais do
Estado. Seus continuadores foram, dentre muitos, M. Schmeitzel (1679-1767) e Godofredo
Achenwall (1719-1782), que mais tarde chegaram a suplantar a fama do próprio Conring.
Achenwall teve o mérito de haver consolidado definitivamente a posição da nova ciência na
Universidade, dando-lhe o nome de Estatística, nome que o próprio Achenwall reconhece
não ser novo, já que fora usado em 1589, na Itália, por Ghilini.
Achenwall definiu a estatística como sendo a "ciência das coisas que pertencem ao
Estado", acrescentando que enquanto a "Política ensina como devem ser os Estados" a
"Estatística explica como o são realmente".
Em 1741, apareceram as tábuas numéricas, as primeiras das que foram atribuídas ao
dinamarquês Anchersen (1700-1765) e, em 1758, Busching (1724-1793) enriqueceu a
técnica estatística do método comparativo, com um pequeno manual publicado em
Hamburgo.
Posteriormente, surgiram os aritméticos políticos na Inglaterra, concomitantemente à
Estatística Universitária Alemã. Esses estudos tinham como programa fixar, em número, os

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fenômenos sociais e políticos cujas leis empíricas pesquisavam. Entre os mais importantes
aritméticos políticos, destaca-se William Petty, considerado mais importante e John Graunt
(1620-1704), o primeiro a realizar experiências estatísticas sobre a população. O
pioneirismo desses estudos foi muito tempo discutido, pois, em decênios anteriores,
Santório (1561-1636), professor da Universidade de Pádua, havia introduzido num estudo
do organismo humano, os métodos quantitativos das ciências naturais, métodos que Graunt
haveria de aplicar mais tarde ao estudo da população. Os conceitos de Santório tiveram
grande repercussão no campo médico, especialmente na Inglaterra, dando origem a uma
escola chamada Latromatemática, que se dedicava às investigações biológicas quantitativas,
mais tarde distribuídas entre a Biometria e a Estatística Sanitária.
Posteriormente, surgiu uma nova tendência, chamada enciclopédico-matemática,
devido ao fato de não só ter utilizado as matemáticas e especialmente o cálculo das
probabilidades, como também ter estendido suas aplicações práticas a todos os campos da
ciência.
O cálculo das probabilidades desenvolveu-se, como disciplina científica, de forma
independente, a partir do século XVIII; seus iniciadores foram os matemáticos italianos e
franceses, particularmente FERMAT e PASCAL, que iniciaram os estudos do cálculo das
probabilidades, tratando de solucionar problemas de jogos de azar propostos por um
cavalheiro da época, DE MERÉ. Estudiosos foram, gradativamente, interessando-se pelo
assunto, até que TIAGO BERNOULLI (1654-1705) elaborou o teorema que tomou seu
nome.
Em fins do século XVIII e princípio do XIX LA PLACE estrutura definitivamente o
Cálculo das Probabilidades, com suas obras Teoria Analítica da Probabilidade (1818) e
Ensino Filosófico sobre as probabilidades (1814), completando a obra de Bernoulli.
O cálculo da Probabilidade ensinava a deduzir, partindo das probabilidades dos
fenômenos elementares, as probabilidades dos fenômenos mais complexos que resultavam
da combinação daqueles. Seus primeiros adeptos estimavam, para tanto, que se podia
prever, baseando-se no cálculo das probabilidades, toda classe de sucessos quando fossem
conhecidas as probabilidades dos fenômenos que compunham ditos sucessos. Aplicaram o
cálculo da probabilidade a todas as espécies de fenômeno, não somente aos sociais e
políticos, já que eram estudados pela escola dos aritméticos políticos, como também aos
fenômenos jurídicos, eleitorais, meteorológicos, físicos, etc, sendo que os representantes da
tendência enciclopédico-matemática, insignes matemáticos, tiveram o grande mérito de
dotar a Estatística de um poderoso instrumento de investigação.
A partir de Laplace, as duas disciplinas, Cálculo das Probabilidades e Estatística, que
até àquele momento tinham permanecidas separadas, fundiram-se de maneira que o cálculo
das probabilidades constitui o alicerce matemático da estatística, tomando esta,
extraordinário desenvolvimento.
Com o Cálculo das probabilidades desenvolveu-se a Teoria dos Erros, graças à obra
de Gauss e do próprio Laplace, que elaboraram um processo matemático para a resolução do
problema fundamental da Teoria dos Erros.
Pouco a pouco a tendência enciclopédico-matemática foi sendo aperfeiçoada
principalmente por Adolf Quetelet e Augustin Cournot. O primeiro, belga, matemático,

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astrônomo, físico e meteorólogo, é considerado por muitos como o fundador da Estatística


moderna. Sua obra principal apoiou as investigações numéricas no cálculo das
probabilidades, elaborando as bases da metodologia estatística e servindo-se do método para
estudar a população e as qualidades físicas normais do Homem. O segundo francês,
matemático, economista e filósofo, desenvolveu as suas investigações nas teorias das
probabilidades, sobre todo o campo da Economia. Em sua obra, faz uma exposição sobre a
teoria do cálculo das probabilidades e suas aplicações à Estatística.
Recentemente, as investigações econômicas, realizadas com o método quantitativo,
receberam a denominação de Econometria.
Atualmente, a Estatística moderna conta com nomes de vulto que, elaborando
fecundos estudos estatísticos, escrevendo monografias metodológicas e fazendo aplicações
particulares, têm contribuído para um aperfeiçoamento cada vez maior da metodologia
estatística, dentre os quais podemos citar Galton, Pearson e Fisher.
O primeiro criou entre outras teorias a de Regressão, que com a Correlação,
desenvolvida por Perarson, constituem um dos pontos mais fecundos nas aplicações da
estatística.
Finalmente, Fisher, partindo da inferência estatística de Pearson, estruturou de forma
vigorosa a teoria de Pearson, em particular a teoria das pequenas amostras e da estimativa.
A Teoria Estatística modernamente, se divide em dois grandes campos: a Estatística
Descritiva e a Estatística Indutiva.
ESTATÍSTICA DESCRITIVA: consiste num conjunto de métodos que ensinam a
reduzir uma quantidade de dados bastante numerosa por um número pequeno de medidas,
substitutas e representantes daquela massa de dados.

ESTATÍSTICA INDUTIVA: consiste em inferir propriedades de um universo sobre


a base de uma amostra dos resultados conhecidos. Implica, naturalmente, um raciocínio
muito mais complexo, de extrema importância para o desenvolvimento de uma disciplina
científica.

Não somos contrários ao ensino da matemática aos que lidam com estatística. Somos
favoráveis, sim, ao ensino dos Métodos Estatísticos sem aprofundamentos matemáticos,
mormente, para iniciantes; depois de ensinado o ABC do método, demonstrar
matematicamente o significado da aplicação desta ou daquela técnica estatística torna o
aprendizado da estatística mais racional.

ATIVIDADE - 1:

- Para fixação, ainda mais, do texto anterior, responda as questões de 1 a 11:

1. Qual era o objetivo da estatística científica na metade do século XVII?

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2. Quem foi o fundador da estatística científica? Descreva a biografia desse fundador.


3. Qual foi a definição que Achewall deu à Estatística?
4. Qual era o objetivo da Estatística Universitária Alemã? E quais eram seus
representantes?
5. Por que os conceitos de Estatística atribuídos por Santório tiveram repercussão?
6. Como se deu a nova tendência da Estatística e como foi chamada?
7. Qual era o objetivo do cáculo da probabilidade?
8. Quem contribuiu para o desenvolvimento da Teoria dos Erros?
9. Quem foi o fundador da Estatística Moderna? Qual a biografia desse fundado?
10. Descreva como ficou a estrutura atual da Estatistica Moderna.
11. Descreva suas considerações em relação ao uso da Estatística na Educação.

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II - UNIDADE TEMÁTICA

Fases do Método Estatístico:

A estatística é uma excelente “ferramenta” do método científico, pois provê aos


pesquisadores meios para resolver questões onde as leis da causa e efeito não são prontamente
aparentes, devido à multiplicidade de fatores envolvidos. Através de testes estatísticos podemos
rejeitar ou aceitar uma hipótese formulada provisoriamente a respeito de um assunto. Mas nunca
poderemos provar com certeza esta hipótese. Aliás, a estatística, rigorosamente, não pode provar
nada. Pode dar a probabilidade de ocorrência de um evento ou de uma hipótese estar certa ou
errada. A estatística apenas auxilia o pesquisador, mas não dispensa o espírito científico, crítico,
nem o conhecimento profundo do material em estudo. Sendo a estatística bem conduzida, pode
levar ao aprimoramento dos nossos conhecimentos sobre populações estudadas ou a realização
de inúmeros testes sobre elas.
Para Crespo (1985), o método estatístico “é um conjunto de meios dispostos
convenientemente para se chegar a um fim que se deseja”, podendo ser experimental ou
estatístico. O primeiro consiste em manter constantes todas as causas, menos uma, e variar esta
causa de modo que o pesquisador possa descobrir seus efeitos. Enquanto o método estatístico
necessita de descobrir fatos em um campo em que o método experimental não se aplica que é o
das ciências sociais, já que vários fatores afetam o fenômeno em estudo.
Sendo assim, a estatística é um instrumento necessário para desenvolvimento da pesquisa
educacional.
Para tanto, se faz necessário determinar as fases do trabalho estatístico. Inicialmente
temos a fase de planejamento que é aquele momento mais importante incluído no item
“metodologia” do projeto de pesquisa, onde buscaremos responder às questões:
O que pesquisar?
Para que?
Com que?
Com quem?
Como?
Onde?
Quando?
Qual o custo?
Ainda são necessários: a organização do plano geral; exame das informações
disponíveis; definição do universo, tipo de levantamento (censo ou amostragem); escolha do
instrumento a ser utilizado na coleta.
Em seguida, vem a fase da coleta de dados onde se indaga e se obtém os dados da
realidade pela aplicação de técnicas. A coleta de dados abrange a aplicação, recepção, crítica e
apuração dos dados. A coleta pode ser direta ou indireta. É direta quando é feita sobre elementos
informativos de registro obrigatório e é classificada relativamente ao tempo contínuo, periódica
ou ocasional. Já a coleta indireta o pesquisador pode inferir elementos conhecidos e/ou do
conhecimento de outros fenômenos relacionados aos fenômenos estudados.

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A fase da crítica dos dados é necessária porque o pesquisador precisa procurar


possíveis falhas e imperfeições, a fim de não incorrer em erros grosseiros ou de certo vulto que
possam influenciar sensivelmente nos resultados. A crítica pode ser externa, quando visa causas
dos erros por parte do informante, por distorção ou má interpretação das perguntas que lhe foram
feitas; e é interna quando visa observar os elementos originais dos dados de coleta.
Já a fase da apuração dos dados corresponde à soma e o processamento dos dados
obtidos e a disposição mediante critérios de classificação. momento de juntar todos os
questionários e fazer a contagem questão por questão, das respostas dadas.
A apuração poderá ser manual ou mecânica.
A manual é aquela onde faremos a tabulação, registrando por traços e, sempre, de cinco
em cinco, lógico que quando o item apurado chegue até cinco.

A mecânica é mais vantajosa porque a apuração é rápida. Ela poderá ser feita através de
software estatístico.
Mas, se o pesquisador utilizou um cartão em cuja alternativa o indivíduo irá perfurá-la
ou escurecê-la com grafite ou caneta o procedimento de apuração será sofisticado, pois
exige um equipamento de alta tecnologia. Nas grandes empresas de pesquisa é comum
utilizá-lo.
Na vida acadêmica, o mais comum é o processo manual de apuração.

Na fase da Apresentação dos dados: em toda pesquisa quantitativa, o brilho fica por
conta das tabelas e Gráficos. Dependendo dos elementos apurados, o pesquisador irá escolher a
melhor tabela e o mais adequado gráfico. Este assunto será trabalhado, em seus detalhes, mais
adiante nas séries estatísticas e representação gráfica.
Finalmente, a última fase que é a da Análise e Interpretação dos dados, porque é nesse
momento onde poderemos tirar conclusões sobre o todo (população) a partir de informações
fornecidas por parte representativa do todo (amostra). Essa análise dos resultados da pesquisa
pode ser obtida através dos métodos da estatística indutiva ou inferencial, que tem por base a
indução ou inferência e tiramos desses resultados conclusões e previsões.

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Preparação do plano:

Na preparação de um plano, os objetivos já se encontram claramente definidos e


devem ser estabelecidas estratégias que possibilitarão a obtenção dos resultados, sendo que
as mesmas deverão ter o máximo de informes com um mínimo de erros e despesas.
Entretanto, devemos nos preocupar com a forma pela qual foram coletados os dados.

Os dados podem ser coletados através da:

- Observação Direta - observação feita através de uma câmara de TV, onde podem ser
obtidos bons resultados, isto, quando depende apenas de um único observador; mas mesmo
assim, este método pode apresentar muitos problemas, por causa do critério subjetivo do
observador;
- Entrevista - é um método mais eficiente, porém muito mais caro, isto porque a entrevista
pessoal é feita com cada um dos componentes de uma dada população através de
questionários que são guiados por um entrevistador que orienta o entrevistado, a fim de que
se possa ter absoluta certeza da opinião do indivíduo sobre um determinado fato;
- Auto-entrevista - é feita através de questionários emitidos pelo correio, pois não conta com a
orientação do entrevistador, porém é considerada menos rica do que a entrevista, apesar de
ter um custo relativamente baixo e atingir um grande número de elementos entrevistados,
convém salientar que nem sempre os questionários enviados são totalmente devolvidos.

Com isso fica claro que tanto na entrevista como na auto-entrevista, o questionário é
o acesso principal e mais importante de uma pesquisa.
Portanto, para um questionário ser considerado bom ele deve apresentar os seguintes
requisitos:
- ser completo no sentido de conter todas as informações que pretendemos
obter;
- ser concreto no sentido de as perguntas serem formuladas de uma forma clara
e objetiva;
- ser secreto no sentido de não conter a identificação, para não dificultar a
liberdade do entrevistado;
- ser discreto no sentido de não conter perguntas que possam ferir a
suscetibilidade do pesquisado.

A partir daí é que podemos pensar na estruturação do questionário e nos tipos de


questões que o mesmo deverá conter:
- questão aberta: é utilizada quando o entrevistado tem a possibilidade de
colocar sua opinião pessoal.
Ex.: Quais as maiores dificuldades encontradas na sua academia para a formação de
alunos?
Resp.: ___________________________________

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- Questão fechada: É utilizada quando as possíveis respostas que o pesquisado


pode dar já se encontram especificas, restando a ele a única possibilidade de
assinalar entre as descritas.

Ex.: Qual a maior dificuldade encontrada na sua escola para a formação dos seus
alunos?
( ) falta de material didático;
( ) turmas super-lotadas;
( ) defasagem de cursos de 2º grau;
( ) espaço físico inadequado.
( ) outro.

Indicações Práticas Para a elaboração de um bom Questionário:

1 - A clareza como um requisito essencial

As perguntas devem ser expressas da maneira mais simples e clara possível, pois uma
pergunta mal formulada pode conduzir a resultados inúteis e a um desperdício de tempo e
dinheiro.

2 - Modificações das perguntas que geralmente são respondidas de forma incorreta.

Algumas perguntas, mesmo que bem formuladas, às vezes são respondidas de


maneira imprecisa; perguntar a idade das pessoas é um exemplo, visto que existe uma
tendência muito grande de as pessoas arredondarem a idade,
Portanto, conhecendo essa possibilidade, devemos modificar a pergunta. Ao invés de
perguntarmos: “Qual a sua idade?” deveremos perguntar: em que ano você nasceu? O que
resultará em respostas muito mais confiáveis do que a primeira. Ou então, criar uma escala
de faixa etária, por exemplo: 10-20; 21-30 etc...

3 - Evitar certos tipos de perguntas


Existem perguntas que não devem ser formuladas, pois podem ofender facilmente as
pessoas entrevistadas, que podem negar-se a continuar com a entrevista ou dar informações
que não correspondem à veracidade dos fatos. Por exemplo as perguntas relacionadas a
dados pessoais, tais como renda, higiene pessoal, vida familiar, etc., devem ser feitas com
muito tato ou até não serem formuladas; a resposta a tais perguntas devem ser obtidas de
forma indireta. Em vez de perguntar sobre a renda familiar do entrevistado, procurar saber
se a casa do mesmo é de aluguel ou própria, se possui carro, se possui eletrodomésticos,
enfim, procurar conhecer o seu padrão de vida para poder identificar aproximadamente a
sua renda. Portanto, devemos tomar muito cuidado na elaboração das questões, evitando
ferir a suscetibilidade do entrevistado.

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4 - Perguntas objetivas e suscetíveis de serem tabuladas

Quando se planejam as questões, estas devem ser formuladas de tal maneira que o
entrevistado entenda realmente aquilo que desejamos que ele responda, evitando termos
técnicos ou siglas que não são do conhecimento geral do pesquisado.
Da mesma forma, as perguntas devem ser feitas de modo que sejam fáceis de serem
tabuladas; por este motivo, reafirmamos que devemos evitar, sempre que possível, a
colocação de perguntas abertas no questionário, substituindo as fechadas que permitem uma
apuração sensivelmente mais rápida, isso porque as questões com perguntas abertas
dificultam muito uma contagem rápida.

5 - Instruções e definições

Tanto o entrevistador como o entrevistado não devem ter qualquer dúvida a respeito
da informação desejada e dos termos ou unidades que devem ser usados na pesquisa.
Portanto, antes de sair a campo, o entrevistador deve estar consciente de todos os
detalhes da pesquisa e ser treinado para tanto; deve também estar ciente de suas obrigações:
deve saber que será controlado, que deverá realizar o questionário completo e quanto
ganhará pela execução desta tarefa, para evitar que a pesquisa possa ser prejudicada pela má
orientação dos pesquisadores.

6 - Planejamento cuidadoso da ordem das perguntas

A colocação das perguntas no questionário deve obedecer a uma ordenação, ou seja,


deverá começar das perguntas mais simples e genéricas até as perguntas mais pessoais,
seguindo uma sequência lógica e aumentando aos poucos o seu grau de profundidade. Além
disso, as perguntas não devem passar de um assunto para outro, principalmente se tratar de
coisas diferentes, sem que se avise ao entrevistado que, a partir de determinada pergunta, o
assunto será distinto do até agora abordado.
O pesquisador deve ter sempre em mente que não deve fazer um questionário com
muitas perguntas, pois além de ser aborrecido para o entrevistado, prolongará a apuração
dos dados que os interessados pela pesquisa estão ansiosos por conhecer.
Finalizando, convém salientar que, quando os questionários são utilizados na auto-
entrevista, e, portanto preenchidos pelo próprio pesquisado é conveniente que sejam
atrativos e interessantes, contendo um número reduzido de questões e que exijam pequeno
esforço para as respostas, a fim de que seja assegurada uma proporção maior de respostas,
principalmente quando forem enviados pelo correio.

ATIVIDADE - 2:

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- Com base no que foi estudado sobre preparação do plano, ELABORE UM


QUESTIONÁRIO, com o mínimo de 15 (quinze) questões fechadas e 05 (cinco)
abertas. Para tanto, escolha um tema que você gostaria de pesquisar; defina qual
será o público a ser pesquisado e qual o seu objetivo. Lembre-se de que as
perguntas devem ser aquelas que vão atingir o seu objetivo. Exemplo:
Tema: a prostituição infantil da cidade X
Publico-alvo: moradores da comunidade Y
Objetivos: identificar os focos de prostituição.
Conhecer os problemas causados pela prostituição.
(...)

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III - UNIDADE TEMÁTICA

Séries estatísticas:

Um dos objetivos da Estatística é sintetizar os valores que uma ou mais variáveis podem
assumir, para que tenhamos uma visão global da variação dessa ou dessas variáveis. E é através
da apresentação dos dados na tabela que o pesquisador consegue resumir um conjunto das
observações.
Os elementos essenciais de uma tabela são:
Título: indicação que precede a tabela e que contém a designação do fato observado, o
local e a época em que foi registrado.
Corpo: conjunto de colunas e linhas que contém respectivamente, em ordem vertical e
horizontal as informações sobre os fatos observados.
Cabeçalho: parte superior da tabela que especifica o conteúdo das colunas.
Coluna indicadora: parte da tabela que especifica o conteúdo das linhas. Além desses
elementos, existem os complementares, são eles:
Fonte: é a indicação da entidade responsável pelo fornecimento dos dados ou pela sua
elaboração.
Nota: informação de natureza geral, destinada a conceituar ou esclarecer o conteúdo das
tabelas ou indicar a metodologia adotada no levantamento ou na elaboração dos dados.
Chamadas: são informações de natureza específica sobre determinada parte da tabela,
destinadas a conceituar ou a esclarecer dados. Elas são indicadas no corpo da tabela em
algarismos arábicos, entre parênteses, à esquerda das casas e à direita da coluna indicadora.
Utilizamos, também, os sinais convencionais que podem ser um traço, quando o dado
não existe; zero, quando o valor do dado for menor do que a unidade de fração decimal adotada;
três pontos, quando não se dispõe do dado; ou x, quando houver omissão do dado para evitar-se a
individualização das informações.
A estruturação de uma tabela estatística obedece às seguintes regras:
1. Cada tabela deve ter significação própria de modo a prescindir, quando o isolado, de
consultas a texto.
2. Nenhuma “casa” deve ficar em branco, apresentando sempre um número ou sinal
convencional;
3. Nenhuma tabela deve ser disposta de maneira que a leitura exija a colocação do volume
fora da sua posição normal;
4. As tabelas deverão ser fechadas, no alto e embaixo, por linhas horizontais fortes;
5. As tabelas não serão fechadas, à direita e à esquerda, por linhas verticais;
6. Quando os dados se referirem a uma série de anos civis consecutivos, indicar-se-ão três
algarismos, no caso de variar o século e dois em caso contrário, separados por hífen. Ex: 1890-
960 ou 1960-67.
7. Quando os dados se referirem a uma série de anos civis consecutivos, indicar-se-ão
ambos em algarismos completos, separados por hífen; ex: 1960-1977.
8. Quando os dados se referirem a um período de doze meses diferentes do ano civil,
indicar-se-ão algarismos separados por uma barra; ex: 1966/67.

16
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

Antes de iniciarmos o estudo sobre as séries estatísticas se faz necessário conhecer


o traçado correto de uma tabela.
Os dados de uma série podem ser representados por uma tabela SIMPLES ou,
também, uma COMPOSTA.
Vejamos a seguir o esqueleto e a indicação dos elementos essenciais de uma
tabela.

 O que?
Esqueleto da tabela simples:  Título:  Onde ?
 Quando ?

Cabeçalho 

Coluna indicadora 
 Coluna numérica
Corpo

Fonte:
 Rodapé

Esqueleto da tabela composta:

Obs: Na tabela acima, vimos duas entradas, mais uma coluna final (total). Dependendo dos
dados a serem apresentados, podemos acrescentar tantas entradas quantas forem necessárias.
Preste atenção às linhas que devem existir na tabela.

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CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

Agora, podemos iniciar o estudo sobre as séries estatísticas.

As tabelas apresentam a distribuição de um conjunto de dados estatísticos em função da


época, do local ou da espécie. Logo, numa série estatística observamos a existência de três
elementos: o tempo, o espaço e a espécie. Conforme variação de um dos elementos da série,
podemos classificá-la em TEMPORAL, GEOGRÁFICA e ESPECIFICATIVA.
As séries estatísticas podem ser conjugadas, pois muitas vezes o pesquisador tem a
necessidade de apresentar, em uma única tabela, a variação de mais de uma variável e fazer uma
conjugação de duas ou mais séries. Neste caso, o pesquisador criou duas ordens de classificação:
uma horizontal (linha) e uma vertical (coluna). Estas séries são estanques, sem continuidade entre
uma categoria e outra.

1. Série Temporal ou Cronológica: é aquela onde há variação no tempo, permanecendo


fixos o local e o fenômeno.

Exemplo: No triênio 98/00, a matrícula do Curso de Pedagogia a distância da UFAL,


segundo dados do CEDU, foi a seguinte:
1998 = 300; 1999 = 250 e 2000 = 200.
PERGUNTA-SE:
a) Seu título respondeu:
o quê? Matrícula do Curso de Pedagogia (fixo);
onde? UFAL (fixo);
quando? 1998/00 (varia).
b) Qual foi a fonte de dados? CEDU
c) Organize os dados numa tabela.

Matrícula do Curso de Pedagogia a distância


UFAL – 1998/00
ANOS FREQUÊNCIA (F)
1998 300
1999 250
2000 200
Total 750
Fonte: CEDU

Algumas dicas:

- Na coluna numérica poderá aparecer a palavra “Freqüência”, ou “Quantidade” ou


apenas a letra “F”.
- O título deve ficar CENTRALIZADO, proporcionalmente ao tamanho da tabela.
- O título da tabela deve conter as respostas às 3 (três) perguntas: O que? Onde?
Quando?
18
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

- Estas dicas servirão, também, para as duas séries estatísticas que seguem.

2. Série Geográfica ou Territorial: é aquela onde há variação no local, permanecendo


fixos o tempo e o fenômeno.
Exemplo: Em 2000, a matrícula por município de AL, segundo dados da SED, foi a
seguinte:
Penedo = 1.200; Piaçabuçu = 950 e Pariconha = 700.
PERGUNTA-SE:
a) Seu título respondeu:
o que? Matrícula (fixo);
onde? por município (varia); quando? 2000 (fixo).
b) Qual foi a fonte de dados? SED
c) Organize os dados numa tabela.

Matrícula por município/AL – 2000


Municípios F
Penedo 1.200
Piaçabuçu 950
Pariconha 700
Total 2.850
Fonte: CEDU

3. Série Especificativa ou Categórica: é aquela onde há variação no fenômeno,


permanecendo fixos o tempo e o local.
Exemplo: Em 2000, a matrícula por sexo em Penedo, segundo dados da SED, foi a seguinte:
Masculino = 200; Feminino = 1.000.
PERGUNTA-SE:
a) Seu título respondeu:
o que? Matrícula por sexo (varia); onde? Penedo (fixo); quando? 2000 (fixo).
b) Qual foi a fonte de dados? SED
c) Organize os dados numa tabela.

Matrícula por sexo – Penedo – 2000


Sexo F

Masculino 200

Feminino 1.000

Total 1.200
Fonte: SED
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Séries Estatísticas Compostas

É comum, no método estatístico, utilizarmos dados cruzados para facilitar a


interpretação. Essas séries são determinadas a partir da variação de mais de um elemento da
tabela. Isto é possível detectar através do título da tabela, respondendo às três questões: o
que? (indica o fenômeno); onde? (indica o local) e quando? (indica o tempo). Havendo
variação de mais de um elemento deste, a série estatística será composta.

Exemplificando:

Vamos supor que você realizou uma pesquisa no livro de registro da secretaria de sua escola
da matrícula, por sexo, da 4ª série no período de 90 a 92. E, ao invés de preparar duas
tabelas (uma por sexo e outra por ano), você optou em cruzar os dados SEXO x ANO.
Então, a tabela ficaria assim:

Matrícula da 4ª série, por sexo, Escola X, 1990/93


Ano Sexo Total
Feminino Masculino
1990 100 50 150
1991 120 60 180
1992 90 55 145
Total 310 165 475
Fonte: Secretaria da Escola X

A série estatística, construída acima, é uma tipicamente TEMPORAL x


ESPECIFICATIVA, porque variaram o tempo e o fenômeno. Podemos, ainda, formar
outros cruzamentos, são eles:

1. ESPECIFICATIVA X TEMPORAL: é a série estatística onde variam o fenômeno e o


tempo. Exemplo:
Matrículas por Cursos, UFAL/ 2000-01
ANOS
CURSOS 2000 2001 TOTAL

Medicina 131 120 251


Engenharia 76 38 114
Pedagogia 92 147 239
Economia 34 86 120
Serviço Social 81 113 194

FONTE: CEDU

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2. TEMPORAL X GEOGRÁFICA: é a série estatística onde variam o tempo e o local.


Exemplo:

Evasão Escolar por Estados- 1999/2000

ANOS
ESTADOS TOTAL
1999 2000

São Paulo 198 187 385


Minas Gerias 131 198 329
Alagoas 296 211 507
Piauí 341 131 472
Sergipe 121 148 269
Acre 136 197 333

Fonte: MEC-INEP

3. ESPECIFICATIVA X GEOGRÁFICA: é a série estatística onde variam o fenômeno e o


local. Exemplo:

Veículos Adquiridos por Regiões / 2001

Veículos Regiões Total


Norte Nordeste Centro
Oeste Sul Sudeste

Kombi 87 58 79 51 36 311
Corsa 56 71 86 88 92 393
Ka 93 84 71 81 62 391
Escort 48 76 90 75 81 370

FONTE: Secretaria de Transportes.

4. ESPECIFICATIVA X ESPECIFICATIVA: é a série estatística onde o fenômeno varia


mais de uma vez. Exemplo:

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Distribuição de Material Escolar por Séries


Alagoas/2001

Séries
Materiais 1ª 2ª 3ª Tot
al

Lápis 53 21 39 113
Borracha 61 38 46 145
Caneta 32 71 60 163
Caderno 46 89 38 173
Lapiseira 38 48 46 132

Fonte: SED.

ATIVIDADE - 3

Resolva as questões abaixo para fixação do tema estudado sobre as séries estatísticas.

1. A freqüência com que os alunos do CFAP de Alagoas consomem bebidas alcoólicas, em


1989, foi a seguinte:
Sempre = 10; Quase sempre = 20; Raramente = 30; Nunca = 120.

a) Represente os dados numa tabela.


b) Qual a série estatística resultante?

2. Numa pesquisa sobre ataques de cães por município, em 1997, segundo dados da
Vigilância Sanitária-AL, constatou-se o seguinte resultado:

Maribondo = 50; Belo Monte = 65; Penedo = 30; Pariconha = 70.


a) Represente os dados através de uma tabela.
b) Qual a série estatística resultante?

3. Em 2000 a evasão escolar na 1ª série, por município, segundo dados do SED foi a
seguinte:
Piranhas = 10; Teotonio Vilela = 05; Pindorama = 15; Maragogi = 20.

a) Represente os dados através de uma tabela.


Qual a série estatística resultante?

22
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

4. Numa pesquisa sobre matrícula por Curso da UFAL, observou-se um crescimento


gradual, em 1997/98, segundo dados do Consed-AL representados abaixo:

Medicina: 1997 = 500; 1998 = 1.200


Engenharia: 1997 = 650; 1998 = 1.500
Nutrição: 1997 = 30; 1998 = 60
Letras: 1997 = 40; 1998 = 75
c) Represente os dados através de uma tabela.
d) Qual a série estatística resultante?

5. Em 1990 a evasão escolar por município, segundo dados do SED foi a seguinte:
Piranhas = 10; Teotonio Vilela = 05; Pindorama = 15; Maragogi = 20. Em 1991, foi o
dobro.

b) Represente os dados através de uma tabela composta.


c) Qual a série estatística resultante?

6. Numa pesquisa sobre estupros por estados, observou-se um crescimento gradual, entre 80
e 81, sendo que em 81 foi dobrado em relação ao ano anterior, segundo dados do Min. da
Justiça:
Dados de 1980:
Bahia: = 25; S. Paulo = 280; Sergipe = 10; Ceará = 70;
M. Gerais = 100; Alagoas = 35.
a) Represente os dados através de uma tabela composta.
b) Qual a série estatística resultante?

7. A Secretaria de Transporte do Município Y, fez um levantamento dos veículos com


problemas mecânicos, em 1989. O resultado foi o seguinte:
Gol = 03; Brasília = 01; Kombi = 05; Caminhão = 08.
a) Represente os dados através de uma tabela.
b) Qual a série estatística resultante?

8. Com base na questão 7, construa uma nova tabela incluindo, também os dados do
levantamento dos veículos com problemas mecânicos, do ano de 1990. O resultado da
pesquisa foi o seguinte:
Gol = 02; Brasília = 03; Kombi = 04; Caminhão = 06.
Dica: Lembre-se de que a tabela será composta.

9. O departamento de meios da Escola X adquiriu os seguintes equipamentos de apoio para


o professor, em 1999: Retroprojetor = 10; Projetor de Slide = 02; Multimídia = 04.
a) Represente os dados através de uma tabela.

23
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

b) Qual a série estatística resultante?

10.Com base na questão 9, o departamento de meios da Secretaria de Educação, adquiriu


em 2000, a metade dos mesmos equipamentos de apoio, em relação a 1999.
a) Faça a representação na tabela composta.
b) Qual é a série estatística resultante?

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CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

Distribuição de freqüência:

É uma série estatística específica, onde os dados se encontram dispostos em classes


ou categorias juntamente com as freqüências correspondentes. Dessa forma, podemos
dividir as distribuições de freqüências em dois tipos:

1. Tipo A - Variável discreta

Utiliza-se este tipo quando o número de observações é grande, mas o número de


valores distintos que assume a variável é pequeno, o que nos leva a dispor os dados em duas
colunas: uma para os valores distintos que a variável assume e outra para as freqüências
absolutas (Fi) correspondentes a cada um dos valores.

Exemplo: Vamos considerar uma classe de 30 alunos, onde tivemos as seguintes notas: 10
alunos tiraram nota 4; 08 alunos nota 5; 06 alunos nota 7; 04 alunos nota 8 e 02 alunos nota
10.
Então a distribuição de freqüência será:

Notas dos alunos da classe X - 1997


Nota Fi (Freqüência)
4 10
5 8
7 6
8 4
10 2
TOTAL 30
Fonte: X
2 TIPO B - Variável contínua

Utiliza-se este tipo quando o número de observações é grande e o número de valores


distintos que assume a variável também é grande; os resultados obtidos deverão ser
dispostos em classe ou categorias que possuam dentro das quais se incluirão os dados.

 Intervalo de classe: é a diferença entre o limite superior ou final e o limite inferior ou


inicial da classe. Portanto, no exemplo, 10 -0 = 10 é o intervalo ou amplitude da classe.
FÓRMULA: i = ls - li
ls = limite superior
li = limite inferior

 Amplitude Total: é a diferença ente o maior valor e o menor valor mais 1. Em nosso
caso, a nota maior é 79 e a menor é 0; logo nossa amplitude total é 79 - 0 = 79, logo
teremos: 79 + 1 = 80
25
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FÓRMULA: (MV – mv) + 1


MV: maior valor
mv: menor valor

 Freqüência Acumulada de cada classe: é a acumulação da cada freqüência


subsequente da tabela.
Observe a tabela abaixo e confira os dados da Frequência Acumulada:

Notas dos alunos - Escola Superior - 1997


Notas Fi Fa
(frequência) (Frequência
Acumulada)
0 – 10 4 4
10 – 20 5 9
20 – 30 6 15
30 – 40 8 23
40 – 50 12 35
Fonte: X

Para efetuar a freqüência acumulada, repete-se a 1ª freqüência e a partir da segunda


começa-se a fazer acumulação, ou seja, a soma de cada freqüência com a anterior.
Veja como se processou o exemplo dado: repetiu-se o número 4, logo após somou-
se o 4 + 5 que era a próxima freqüência que se resultou no 9, que somado ao 6, resultou-se
no 15 e assim até chegar ao resultado final da Fi (freqüência).

Neste momento, vamos desenvolver cada etapa da apuração dos dados de uma
distribuição de freqüência, culminando com a montagem da tabela com os dados agrupados.

Exemplo.: O professor de História da Educação, após a correção da prova, em 1978, fez a


seguinte constatação dos escores, conforme dados da secretaria X:
10 - 20 - 10 - 19 - 11 - 18 - 16 - 12 - 17 - 10 - 13 - 15 - 14 - 10 – 10 - 10 - 11 - 16 - 11 - 13 -
26 - 13 - 15 - 14 - 10 - 23 - 10 - 11 - 16 – 22- 21 - 26 - 13 - 15 - 14 - 10 - 25 - 10 - 11 - 16 -
24 - 14 - 15 - 13 – 10 -10 - 10 - 11 - 16 - 11 - 13 - 15 - 13 - 15 - 14 - 10 - 27 - 10 - 11 – 16
-10 - 20 - 10 - 19 - 11 - 18 - 16 - 12 - 17 - 10 - 13 - 15 - 14 - 10 - 10
Amplitude total ∏ AT
AT = (MV - mv) + 1
AT = (27 - 10) + 1
AT = 17 + 1
indica intervalo
AT = 18 / 6 = 3
indica n.º de
classes

26
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

Obs.: Após encontrar o resultado da amplitude total (AT), divida-a com um número entre 4
e 12 (número de classes) e o resultado será o intervalo. Escolher, sempre, o número divisor
que seja menor. Por exemplo: o AT foi igual a 12. Este 12, poderá ser dividido por 4, 6 e 12.
Logo, você escolherá o 4.

Quadro de apuração (na coluna onde tem a palavra “tabulação” registra-se a contagem que
você aprendeu na página 10 deste Guia, na fase de “APURAÇÃO DE DADOS”.

Escore Tabulação F Escore Tabulação F


10 20 19 2
11 9 20 2
12 2 21 1
13 8 22 1
14 6 23 1
15 7 24 1
16 7 25 1
17 2 26 2
18 2 27 1
TOTAL = 75

RESULTADO DA PROVA DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO – UFAL/90


PROVA F Fa Pm
10 – 12 31 31 11
13 – 15 21 52 14
Limite 16 – 18 Limite 11 63 17
inicial
19 – 21 final 5 68 20
22 – 24 3 71 23
25 – 27 4 75 26
TOTAL 75 - -
Fonte: DAA

Fórmula = Pm = li + i/2
Pm = 10 + 2/2
Pm = 10 + 1 = 11

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ATIVIDADE - 4

1. Os pontos adquiridos pelos cadetes na prova prática de natação, em 1999, foram os


seguintes:
10 - 10 - 10 - 11 - 11 - 15 - 35 - 45 - 45 - 10 - 10 - 10 - 30 - 30 - 30 - 40 - 40 – 40 - 45 -
40 - 40 - 49 - 10 - 15 - 35 - 45 - 10 - 10 - 10 - 10 - 15 - 35 - 45 - 35 - 10 - 10 - 10 - 10 - 15
- 35 - 45 - 45 – 49 - 10 - 11 – 10 - 10 - 10 – 10 – 33 – 38 – 46 – 17 – 18 – 20 – 25 – 27 –
28 – 36 – 37 – 20 - 25
a) Calcule a Amplitude Total. AT = (MV - mv) + 1
b) Faça a apuração dos dados.
c) Organize os dados numa tabela com dados agrupados.
c) Encontre a Fa e o Pm de cada classe.

2. Os salários adquiridos pelos professores da Escola X na zona urbana, em 1999, foram os


seguintes:
200 - 200 - 200 - 210 - 210 - 225 - 235 - 245 - 255 - 220 - 220 - 220 - 230 - 230 - 230 - 240
- 240 - 240 250 - 250 - 250 - 259 - 210 - 225 - 235 - 245 - 255 - 220 - 220 - 220 - 210 - 225
- 235 - 245 - 255 - 220 - 220 - 220 - 210 - 225 - 235 - 245 - 255 – 259 - 220 - 220 – 220 -
220 - 220 – 220
a) Calcule a Amplitude total. AT = (MV - mv) + 1
b) Faça a apuração dos dados.
c) Organize os dados numa tabela com dados agrupados.
d) Encontre a Fa e o Pm de cada classe.

3. Os escores adquiridos pelos vestibulandos do Cesmac, na prova de redação, em 1989,


foram os seguintes:
100 - 100 - 100 - 110 - 110 - 115 - 135 - 145 - 155 - 110 - 110 - 110 - 130 - 130 - 130 - 140
- 140 - 140 150 - 150 - 150 - 159 - 110 - 115 - 135 - 145 - 155 - 110 - 110 - 110 - 110 - 115
- 135 - 145 - 155 - 110 - 110 - 110 - 110 - 115 - 135 - 145 - 155 – 159 - 110 - 110 – 110 -
110 - 110 – 110
a) Calcule a Amplitude Total. AT = (MV - mv) + 1
b) Faça a apuração dos dados.
c) Organize os dados numa tabela com dados agrupados.
d) Encontre a Fa e o Pm de cada classe.
e)
4. As idades adquiridas dos alunos do Curso de Pedagogia à distância, em Maceió, em 2000,
foram as seguintes:

16-23-18-28-34-39-45-42-40-17-44-45-16
21-33-49-50-16-19-29-25-20-24-22-45-50
38-24-37-46-49-47-40-41-41-20-36-16-24

28
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

16-50-37-38-45-50-16-38-45-46-47-16-50
49-45-50-16-49-43-33-48-16-17-49-28-16
a) Calcule a Amplitude Total. AT= (MV-mv) + 1
b) Faça a apuração dos dados.
c) Organize os dados numa tabela com dados agrupados
d) Encontre o Fa e o Pm de cada classe.

5. Os escores adquiridos pelos professores da Escola Militar, em 1998, foram os seguintes:

58-60-100-105-78-64-58-100-104-105-78-69
85-75-70-80-97-90-86-59-64-67-66-88-77-58
99-100-58-67-105-100-105-74-69-85-72-100
78-64-86-98-58-59-105-104-72-96-87-58-105
75-64-58-100-105-97-85-58-89-61-71-92-58-
a) Calcule a Amplitude Total. AT= (MV-mv) + 1
b) Faça a apuração dos dados.
c) Organize os dados numa tabela com dados agrupados
d) Encontre o Fa e o Pm de cada classe.

6. Os pontos adquiridos pelos oficiais na prova de Estatística, em 2000, foram os seguintes:

150-148-144-88-97-104-88-150-142-132-97
89-140-90-88-147-149-134-125-129-146-150
142-150-88-98-88-91-110-111-120-134-89-88
146-150-88-148-132-137-145-97-90-92-88-90
150-88-97-100-88-130-134-150-88-95-90-123
a) Calcule a Amplitude Total. AT= (MV-mv) + 1
b) Faça a apuração dos dados.
c) Organize os dados numa tabela com dados agrupados
d) Encontre o Fa e o Pm de cada classe.

7. Os escores adquiridos pelos alunos da SEUNE, na prova de biologia, em 1999, foram os


seguintes:

60-22-21-25-34-56-47-54-55-60-21-27-38
54-58-60-22-21-27-34-39-45-31-48-50-55
21-27-34-55-58-54-39-49-57-48-21-22-27
60-22-57-36-45-55-44-21-29-60-59-55-21
30-40-21-58-50-57-60-21-60-57-34-36-25
a) Calcule a Amplitude Total. AT= (MV-mv) + 1
b) Faça a apuração dos dados.
c) Organize os dados numa tabela com dados agrupados

29
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

d) Encontre o Fa e o Pm de cada classe.

8. Os salários adquiridos pelos funcionários do Hospital Sanatório, em 2000, em Maceió,


foram os seguintes:

200-230-235-244-240-220-230-200-210-215-244
210-217-229-234-235-238-228-220-240-241-244
210-208-244-236-231-244-210-220-228-229-237
244-237-220-210-200-209-215-219-217-210-239
200-244-237-225-220-224-217-229-231-220-200
a) Calcule a Amplitude Total. AT= (MV-mv) + 1
b) Faça a apuração dos dados.
c) Organize os dados numa tabela com dados agrupados
d) Encontre o Fa e o Pm de cada classe.

9. Os pontos adquiridos pelos soldados do Corpo de Bombeiros, na prova de conhecimentos


gerais, em 2003, foram os seguintes:

23-46-22-34-45-46-31-30-22-28-27-33-34
22-32-45-46-22-30-27-46-40-41-32-37-45
24-22-29-31-30-33-35-45-46-45-40-22-46
46-22-23-32-22-45-44-40-22-29-24-28-22
46.-22-45-42-23-28-22-46-41-40-30-43-22
a) Calcule a Amplitude Total. AT= (MV-mv) + 1
b) Faça a apuração dos dados.
c) Organize os dados numa tabela com dados agrupados
d) Encontre o Fa e o Pm de cada classe.

10. Os escores adquiridos pelos professores do CESMAC, na prova de Lingua Portuguesa,


em 1999, foram os seguintes:

55-74-58-55-57-72-70-74-62-60-64-60
62-67-70-72-59-67-70-64-55-58-57-58
60-64-74-71-70-68-64-69-55-74-70-55
58-57-55-63-71-60-58-57-60-63-67-66
55-59-74-71-64-74-55-59-60-70-55-63
a) Calcule a Amplitude Total. AT= (MV-mv) + 1
b) Faça a apuração dos dados.
c) Organize os dados numa tabela com dados agrupados
d) Encontre o Fa e o Pm de cada classe.

- Para cada uma das questões de 11 a 14, faça o que pede de (a) a (d):
a) A amplitude total. AT = (MV – mv) + 1

30
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

b) Faça a apuração dos dados num quadro.


c) Organize numa tabela com os dados agrupados.
d) Inclua na tabela a Fa e o Pm de cada classe.

11. As notas dos alunos na disciplina TGA, do Curso de Administração da UFAL, em 2001,
segundo o colegiado, foram as seguintes:
1,0 - 2,0 – 2,0 – 2,0 – 2,0 – 3,0 – 3,0 – 3,0 – 3,0 – 4,0 – 4,0 – 4,0 – 4,0 – 5,0 – 5,0 – 5,0 –
5,0 – 5,0 – 5,0 – 5,0 - 5,0 – 5,0 – 6,0 – 6,5 – 6,5 – 7,0 – 7,0 – 7,5 – 8,0 - 8,0 – 8,5 – 9,0 – 9,5
– 9,5 – 10,0 – 10,0

12. Os salários adquiridos pelso funcionários da empresa X, em 1999, segundo DRH, foram
os seguintes:
250 – 400 – 270 – 350 – 400 – 315 – 316 – 290 – 299 – 360 – 257 – 258 – 259 – 260 – 300
– 303 – 350 – 370 – 380 – 399 – 395 - 350 – 400 – 315 – 316 – 290 – 299 – 360 – 257 - 270
– 350 – 400 – 315 – 316 – 290 – 299 – 360 – 360 – 257 - 270 – 350 – 400 – 315 – 316 –
290 – 299 – 360 – 350 – 370 – 380 – 399 – 395 - 350 – 400 – 315 – 316 – 290 – 299 – 360
– 257 - 270 – 350 – 400 – 315 – 316 – 290 – 299 – 360 – 360 – 257 - 270 – 350 – 400 – 315
– 316 – 290 – 299 – 360

13. Os escores adquiridos no concurso de professores, na SEUNE, no ano de 2000, foram os


seguintes:

301 – 650 – 620 – 700 – 500 – 320 – 350 – 431 – 438 – 699 – 560 – 550 – 630 – 370 – 420
- – 620 – 700 – 500 – 320 – 350 – 431 – 438 – 699 – 560 – 550 – 301 – 650 – 620 – 700 –
500 – 320 – 350 – 431 – 438 – 699 – 560 – 550 – 630 – 370 – 420 - 620 – 700 – 500 – 320
– 350 – 431 – 438 – 699 – 560 – 550 –500 – 320 – 350 – 431 – 438 – 699 – 560 – 550 – 301
– 650 – 620 – 700 – 500 – 320 – 350 – 431 – 438 - 320 – 350 – 431 – 438 – 699 – 560 –
550 – 630 – 370 – 420 - 620 – 700 – 500 – 320 – 350 – 431 – 438 – 699 – 560 – 550 –500
– 320 – 350 – 431 – 438 – 699 – 560 – 550 – 301 – 650 – 620 – 700 – 500 – 320 – 350 –
431 – 438

14. No ano de 1997, o DCE-UFPE, realizou uma pesquisa sobre a idade dos alunos do 1º.
Ano B, do Curso de História, obtendo-se o seguinte resultado:
30 – 39 – 18 – 20 – 20 – 20 – 20 – 28 – 28 – 28 – 33 – 22 – 22 – 20 – 31 – 31 – 31 – 40 – 40
– 32 – 21 – 21 – 37 – 25 – 25 – 33 – 33 – 29 – 29 – 29 – 22 – 37 – 30 – 28 – 40 – 38 – 38 –
40 - 30 – 39 – 18 – 20 – 20 – 20 – 20 – 28 – 28 – 28 – 33 – 22 – 22 – 20 – 31 – 31 – 31 – 40
– 40 – 32 – 21 – 21 – 37 – 25 – 25 – 33 – 33 – 29 – 29 – 29 – 22 – 37 – 30 – 28 – 40 – 38 –
38 – 40

31
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

IV - UNIDADE TEMÁTICA

Regras de arredondamento:

1º regra: quando o número a ser desprezado for superior a 5 (6, 7, 8 e 9) acrescenta-se mais
1 à casa desejada.

Exemplos: 436,697 89 – p/ milésimos = 436,698


436,69789 – p/ inteiro = 437

2º regra: quando o número a ser desprezado for inferior a 5 (4, 3, 2 e 1) abandona-se


simplesmente.

Exemplos: 125,3 21 – p/ décimos = 125,3


845,84 1 – p/ centésimos = 845,84

3º regra: quando o valor a ser desprezado for igual a 5 levar-se-á em conta o seguinte:

3.1. Se o valor anterior ao 5 for um número ímpar acrescenta-se mais 1 à casa desejada.

Exemplos: 15,53 – p/ inteiros = 16


326, 823 5 – p/ milésimos = 326,824

3.2. Se o valor anterior ao 5 for um número par abandona-se simplesmente.

Exemplos: 326,824 5 – p/ milésimos = 326,824


158,5 – p/ inteiros = 158

ATIVIDADE - 5

1. Faça o arredondamentos dos números abaixo:

325,4683 – p/ décimos = ________


356,3215 – p/ milésimos = _______
864,3263 – p/ décimos = _______
146,2486 – p/ centésimos = _______
247,1973 – p/ inteiros = _______
145,5574 – p/ décimos = _______

32
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

462,3587 – p/ milésimos =_______ 256,7851 p/ inteiros _____________


247,3793 – p/ décimos = _______ 142,7891 p/ décimos _____________
235,4524 – p/ centésimos =_______ 123,7855 p/ inteiros ______________
274,2471 – p/ inteiros = _______ 145,4697 p/ centésimos ____________
214,1221 p/ inteiros __________ 124,3262 p/ inteiros ______________
125,1221 p/ décimos ____________ 452,4221 P/ centésimos ____________
351,7851 p/ milésimos ___________ 142,1223 p/ milésimos _____________
124,1255 p/ décimos_____________ 422,1285 p/ décimos _______________
452,1222 p/ inteiros _____________ 451,2455 p/ centésimos____________
142,7889 p/ centésimos____________

2. Vamos supor que você montou uma tabela e precisou encontrar os percentuais dos dados
da pesquisa com duas casas decimais (centésimos). Logo abaixo, segue as 3 tabelas para
você fazer os devidos cálculos e arredondamentos.

Matrícula do Curso de Pedagogia a distância


UFAL – 1998/00
ANOS F %
1998 25
1999 30
2000 80
Total 135
Fonte: CEDU

Consumo de Eletrodomésticos dos Professores do


Cesmac- AL- 2000/2002

ANOS
Eletrodoméstic Tota
2000 % 2001 %
os l

Geladeira 135 120 255


Televisão 110 110 220
Fogão 100 151 251
Freezer 10 32 42
Liquidificador 80 90 170
Batedeira 105 85 190

TOTAL 510 588 1128

Fonte: CONSED

33
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Equipamentos Adquiridos pela Escola X


Maceió / 2003

Equipamentos F %

Retroprojetor 12
Copiadora 21
Computador 19
Fax 23
Video 12

Total
Fonte: SED-AL

3.Faça os arredondamentos abaixo:

32338,2772 Inteiros
73277,7327 Centésimos
826,8777 Centésimos
2375,3776 Centésimos
3778,7657 Centésimos
2335,6897 Décimos
2757,3586 Décimos
3772,5772 Décimos
735,7277 Inteiros
7587,6765 Inteiros
3258,7676 Inteiros
7565,3677 Inteiros
2368,3767 Milésimos
2783,7355 Milésimos
7367,5378 Milésimos

34
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

35
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

Transformação do Valor Absoluto em Relativo:

No método estatístico é comum utilizarmos os valores relativos (%) para a


interpretação dos dados da pesquisa quantitativa. Ao invés de trabalharmos com os dados
absolutos é preferível que transformemos esses números em percentuais. E como fazer?
Utiliza-se a regra de três simples que resulta na seguinte fórmula:

Vr = f’ x 100
Total de F

Onde:
Vr = valor relativo
f'’ = significa a freqüência simples
F = somatório total da coluna da freqüência.

Exemplo:
Numa pesquisa onde o total de entrevistados foi 50 e, ao responderem à pergunta: “Qual o
seu estado civil?” Constatou-se que 20 responderam que eram casados e 30 responderam
solteiros.

Observe que esses números foram apurados com valores absolutos.


Utilizando-se da fórmula acima, transformaremos em valores relativos.

Vr = 20 x 100 Vr = 30 x 100
50 50
Vr = 2000 Vr = 3000
50 50
Vr = 40% responderam Vr = 60% responderam
masculino. feminino.

ATIVIDADE - 6

1) Com base nas tabelas abaixo, calcule o valor relativo dos dados.

36
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

Tabela 1
Transferência de Alunos por Municípios- 2000/2001

Anos
Municíp 2000 % 2001 % Total
ios

Piaçabuçu 38 21 59
Murici 41 32 73
Pilar 22 18 40
Atalaia 13 22 35
Viçosa 17 15 32
Canapí 11 12 23

Total 142 100 120 100 262


Fonte: MEC

Tabela 2
Matrículas por Séries da Escola X Tabela 3
- Alagoas / 2002 Assaltos por Bairros- Alagoas / 2000-2001
Anos
Séries F % Bairros
2000 % 2001 %
1ª 45 Canaã 22 24
2ª 32 Gruta 30 16
3ª 21 Poço 16 19
4ª 36 Tabuleiro 25 20
Serraria 37 32
Total 134 100
Total
FONTE: MEC FONTE: Secretaria de Segurança.

Tabela 4
Matrículas por Municípios- AL/ 2000-01
37
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

ANOS
Município 2000 % 2001 % Total

Canindé 730 610 1340


Penedo 610 580 1190
Capela 800 760 1560
Flexeiras 610 550 1160
Murici 420 450 870

TOTAL 3170 2950 6120


FONTE: Secretaria do Estado

Tabela 5
Distribuição de Alimentos/ Pilar-2003

Alimentos F %

Feijão 25
Arroz 43
Fubá 18
Açúcar 10
Farinha 25
Soja 24

TOTAL 145
FONTE: CEASA

38
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

V - UNIDADE TEMÁTICA

Representação Gráfica

Para a interpretação de dados numéricos, a organização de tabelas constitui um grande


passo no sentido de facilitar a análise dos números; mas, logo, sentimos a necessidade de nova
construção que nos permita fornecer uma compreensão rápida, clara e fácil dos informes
estatísticos.
Atualmente são múltiplas as funções dos gráficos, permanecendo, porém , sua finalidade
principal a de representar dados numéricos em forma visual.
O gráfico retrata o passado, o pressente e o futuro provável. Por isso, aplicamos nas
pesquisas e comparações históricas, nas análises de situações atuais e nas previsões do futuro.
Presta-se o processo gráfico ao registro de informações para fins de referência, permitindo, além
do mais, que se deduzam conclusões lógicas baseadas nos dados representados.
O gráfico constitui, atualmente, um instrumento essencial para o economicista, o
administrador, o homem de negócios, o educador, o biólogo, o médico, o psicólogo, o
engenheiro, o sociólogo, bem como para os profissionais de quase todos os demais ramos de
atividades.
A representação gráfica de um fenômeno deve obedecer a certos requisitos
fundamentais: simplicidade, clareza e veracidade. Simplicidade, porque deve ser destituído de
detalhes de importância secundária; clareza, porque deve possibilitar uma correta interpretação
dos valores representativos do fenômeno em estudo; e veracidade, porque o gráfico deve
expressar a verdade sobre o fenômeno em estudo.
O gráfico estatístico é uma forma de apresentação dos dados, cujo objetivo é produzir,
no investigador ou no público em geral, uma impressão, mais rápida e viva do fenômeno em
estudo, já que os gráficos falam mais rápidos à compreensão que as séries.
Os gráficos podem ser classificados em:
- Diagramas : linhas, barras horizontais, colunas.
- Histogramas, Polígono de freqüência ou Ogiva.
- Polar
- Catogramas
- Pictogramas
- Organização (organograma, fluxograma).

Esses gráficos devem seguir regras para a sua execução. Dentre as regras podemos
destacar as seguintes:
1.O título deve responder às clássicas perguntas “o quê?”, “onde?”, “quando?”;
2.A orientação geral deve ser da esquerda para a direita e de baixo para cima;
3.Sempre que possível, a escala vertical há de ser escolhida de modo a aparecer a linha zero;
no caso de não poder aparecer a linha zero na escala vertical, esta linha deve ser traçada em
seguida a uma interrupção;
4.Só deve ser incluída no desenho, as coordenadas indispensáveis para guiar a leitura de vez
que um tracejado muito cerrado dificulta o exame do gráfico;

39
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

5.No caso de curvas (linhas) representativa de uma série de observações, é conveniente


indicar claramente no diagrama todos os pontos que representam as observações.
Não basta apenas representar graficamente, é necessário fazer a interpretação e também
a análise dos dados. Caso contrário, o objetivo não será atingido.
Vamos exemplificar, abaixo, os gráficos mais comuns utilizados na interpretação de
dados escolares.

1. Gráfico em Linhas ou Curvas: mais adequados para representar os dados da série


temporal, ou seja, onde houver variação no tempo.

Matrícula do Curso de Pedagogia a distância


UFAL – 1998/03
ANOS FREQUÊNCIA (F)
1998 300
1999 250
2000 450
2001 150
2002 170
2003 320
Total 1.640
Fonte: CEDU

(INCLUIR O GRÁFICO)

Procedimentos para construção do gráfico em linhas:


1. Traçar as coordenadas, ou seja, o eixo vertical e horizontal. O eixo horizontal deve ser
maior que o vertical. Exemplo: caso você tenha definido 8 cm para o eixo vertical; o
horizontal deve ser o que você definiu para o vertical mais a metade dele próprio,
medindo portanto 12 cm.
2. Lançar no eixo vertical as freqüências. Para isto, você deverá utilizar a maior freqüência
e dividir em partes proporcionais, ou seja, escolha um número que seja múltiplo e faça a
divisão.
3. Lançar no eixo horizontal os elementos da coluna indicadora.
4. Marcar os pontos de interseção ente cada frequência e seu elemento da coluna
indicadora.
5. Unir os pontos um a um, no sentido da esquerda para a direita.
6. Colocar o título e a fonte.
7. Fazer a devida interpretação.

Outro exemplo de gráfico em linhas, com uma tabela composta.

40
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

Veículos Utilizados nas Eleições – Maceió 2000/01

Anos
Veículos 2000 2001 Total

Ônibus 120 80 200


Carro 60 110 170
Kombi 100 100 200
Caminhão 80 90 170

Total 360 380 740


FONTE: TRT

Veículos Utilizados nas Eleições – Maceió 2000 / 01


140
120
100 2001
80
2000
60
40
20
0
ônibus carro kombi caminhão

FONTE: TRT

2. Gráfico em colunas: pode ser utilizado nas séries geográficas e especificativas.

Uilizando-se dos dados da tabela, abaixo, traçaremos o gráfico.

Matrícula por município/AL – 2000


Municípios F
Penedo 1.200
Piaçabuçu 950
Pariconha 700
Total 2.850
Fonte: CEDU

41
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

Matrícula por município/AL – 2000


1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
0
Penedo Piaçabuçu Pariconha

Fonte: CEDU

Procedimentos para construção em colunas:


1. Traçar as coordenadas, ou seja, o eixo vertical e horizontal. O eixo horizontal deve ser
maior que o vertical.
Exemplo: Caso você tenha definido 4 cm para o eixo vertical, o horizontal deve ser o que
você definiu para a vertical mais a metade dele próprio, medindo portanto 6 cm.
2. Lançar no eixo vertical as freqüências. Para isto, você deverá utilizar a maior frequência
e dividir em partes proporcionais, ou seja, escolha um número que seja múltiplo e faça a
divisão.
3. Lançar no eixo horizontal os elementos da coluna indicadora.
4. Elevar as colunas, partindo do eixo horizontal até a frequência correspondente.
5. Colocar o título e a fonte.
6. Fazer a devida interpretação.

Outro Exemplo através da tabela composta:

Transferência de Alunos por Estados/ 1999-2002


Estados
Anos Total
Piauí Acre Bahia

1999 18 12 21 51
2000 20 14 22 56
2001 22 13 19 54
2002 31 10 25 66

FONTE: SED

42
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

Transferência de Alunos por Estados/ 1999-2002


35
30
25
Piaui
20
Acre
15
Bahia
10
5
0
1

Fonte: SED

3. Gráfico em barras: pode ser utilizado nas séries geográficas e especificativas.

Transferência de Alunos por município/AL – 1999


Municípios F
Penedo 200
Piaçabuçu 150
Pariconha 100
Total 450
Fonte: CEDU

Transferência de alunos por


municípios/AL-1999

Pariconha

Piaçabuçu

Penedo

0 50 100 150 200 250

Fonte: CEDU

Procedimentos para construção em Barras:


1. Traçar as coordenadas, ou seja, o eixo vertical e horizontal. O eixo horizontal deve ser
maior que o vertical.
2. Exemplo: caso você tenha definido 6 cm para o eixo vertical, o horizontal deve ser o que
você definiu para o vertical mais a metade dele próprio, medindo, portanto, 9 cm.

43
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

3. Lançar no eixo horizontal a freqüência. Para isto, você deverá utilizar a maior frequência
e dividir em partes proporcionais, ou seja, escolha um número que seja múltiplo e faça a
divisão.
4. Lançar no eixo vertical os elementos da coluna indicadora
5. Construir as barras, partindo do eixo vertical até a frequência correspondente na
horizontal.
6. Colocar o título e a fonte.
7. Fazer a devida interpretação.

Outro exemplo através da tabela composta:

Distribuição de Alimentos por Estados / 2002

Alimentos
Estados Total
Arroz Feijão Fubá

Bahia 25 28 40 93
Alagoas 30 20 24 74
São Paulo 45 40 50 135
Paraná 50 39 20 109
Sergipe 15 25 35 75

Total 165 152 169 486

FONTE: Ministério da Agricultura

Distribuição de Alimentos por Estados / 2002


Sergipe

Paraná
Fubá
São Paulo Feijão
Arrroz
Alagoas

Bahia

0 20 40 60

FONTE: Ministério da Agricultura

44
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

4. Gráfico em setores: pode ser mais utilizado nas séries estatística Geográfica e
especificativa.

Viaturas utilizadas nas eleições - Maceió - 1980


Viaturas F Graus %
Kombi 20 144 40
Gol 10 72 20
Fiat 15 108 30
Caminhão 5 36 10
TOTAL 50 360 100
Fonte = X
Viaturas utilizadas nas eleições - Maceió - 1980
10%

Kombi
40%
Gol
30%
Fiat
Caminhão

20%

Fonte: X

Regras:

1. Calcular o grau de cada elemento da coluna indicadora de acordo com a fórmula:


GR = F' x 360
Total de F

2. Calcular o valor relativo de cada elemento da coluna indicadora de acordo com a


fórmula: VR = F' x 100
Total de F

3. Traçar a circunferência para poder localizar as partes que serão diferenciadas.

4. Marcar na circunferência os elementos da coluna indicadora, baseando-se nos graus.


Colocar em seguida os percentuais.
5. Colocar o título, a fonte e a legenda.

45
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6. Gráfico Pictórico: é aquele onde desenhamos a figura que representa o fenômeno dos
dados. Pode ser utilizado nas 3 séries estatísticas.
Utilizaremos os dados da tabela a seguir:

Matrícula por sexo – Penedo – 2000


Sexo F

Masculino 200

Feminino 1.000
Total 1.200
Fonte: SED

(incluir o gráfico)

OBS: Os procedimentos podem ser tanto os utilizados para confecção do gráfico em coluna
ou de barra, a diferença é que serão utilizados os desenhos.

Outro exemplo com os dados da tabela composta:

Matrícula por Sexo – Alagoas-2002/03

Anos
Sexo Total
2002 2003

Masculino 1200 1450 2650


Feminino 1000 1150 2150

Total 2200 2600 4800


FONTE: Escola X

(CONSTRUIR UM GRÁFICO PICTÓRICO)

Gráficos que ilustram a distribuição de freqüência

1. Gráfico HISTOGRAMA: o traçado é semelhante ao gráfico em colunas. O que


diferencia são as colunas justapostas e os dados que ficam no eixo horizontal.

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Exemplo: todo traçado de um gráfico deve partir de uma tabela. Os dados da tabela, abaixo,
serão utilizados, também, no Polígono de Frequência e Ogiva.

Resultado Da Prova De História Da Educação – Ufal/90


Escore F Fa Pm
10 – 12 31 31 11
13 – 15 21 52 14
16 – 18 11 63 15
19 – 21 5 68 20
TOTAL 75 - -
Fonte: DAA

(construir o gráfico)

Regras:

1) Traçar as coordenadas, ou seja, os eixos vertical e horizontal.


2) Lançar no eixo vertical as freqüências. Para tanto, pega-se a maior freqüência da tabela e
divide em partes proporcionais.
3) Lançar no eixo horizontal o primeiro limite inicial e todos os limites finais. Espalhar
proporcionalmente ao tamanho do eixo horizontal.
4) Elevar as colunas de acordo com cada par de classe existente na tabela com sua
respectiva freqüência.
5) Colocar o título e a fonte.

2) Gráfico POLÍGONO DE FREQÜÊNCIA: é semelhante ao gráfico em linhas. O que


diferencia é que as extremidades da linha retornam pontilhados ao eixo horizontal,
determinando uma área. Há necessidade de calcular o ponto médio.

Exemplo:

(construir o gráfico)
Regras:

1. Traçar as coordenadas, ou seja, os eixos vertical e horizontal.


2. Lançar no eixo vertical as freqüências. Para tanto, pega-se a maior freqüência da tabela e
divide em partes proporcionais.
3. Calcular o ponto médio de cada classe.
4. Lançar no eixo horizontal os valores do ponto médio. Espalhar proporcionalmente ao
tamanho do eixo horizontal.
5. Marcar os pontos de interseção.
47
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6. Unir os pontos com um traçado e pontilhar as extremidades da esquerda e direita, até o


eixo horizontal.
7. Colocar o título e a fonte.

3) Gráfico OGIVA: é semelhante ao gráfico em linhas. O que diferencia é que a


extremidade da esquerda segue pontilhada ao eixo horizontal. Há necessidade de calcular a
freqüência acumulada.

Exemplo:

(construir o gráfico)

Regras:

1) Traçar as coordenadas, ou seja, os eixos vertical e horizontal.


2) Calcular a freqüência acumulada de cada classe.
3) Lançar no eixo vertical as freqüências acumuladas. Para tanto, pega-se a maior
freqüência acumulada da tabela e divide em partes proporcionais.
4) Lançar no eixo horizontal os valores do limite final.. Espalhar proporcionalmente ao
tamanho do eixo horizontal.
5) Marcar os pontos de interseção.
6) Unir os pontos com um traçado e, na extremidade esquerda, pontilhar até o eixo
horizontal.
7) Colocar o título e a fonte.

ATIVIDADE – 7

1. Com os dados da tabela abaixo, construa os gráficos em Colunas, Barra, Pictórico e em


Setores.
Distribuição de livros - por regiões - 1980
Regiões F Graus Arredondar os %
Graus p/
inteiros
Norte 03
Nordeste 13
Sul 07
Sudestes 23
Centro-Oeste 05
Total 51 360 100
Fonte: MEC
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2. Com os dados da tabela abaixo, construa os gráficos em Colunas, Barra, Pictórico e em


Setores.

Veículos Adquiridos por Bairros/Alagoas - 2002

Veículos F Graus em %
inteiros

Kombi 140
Escort 115
Gol 216
Corsa 138
Ford Ka 127

Total 736 360 100


FONTE: DETRAN

3. Com os dados da tabela abaixo, construa os gráficos em colunas, Barras, Pictórico e em


Linhas.

No. de participantes dos blocos carnavalescos de


Recife – 1990/1994
ANOS Coração em Garrafa na
Folia vara

1990 1.000 400


1991 300 600
1992 350 800
1993 200 1.000
1994 250 1.200

Fonte: SECULT-PE

4. Com os dados da tabela abaixo construa os três gráficos: Histograma, Polígono de


Freqüência e Ogiva.

Pontos obtidos no concurso de redação da Prefeitura X- 1988


Pontos F Fa Pm
10 – 12 08
13 – 15 16
16 – 18 50
49
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19 – 21 14
22 – 24 10
25 – 27 06
Total
Fonte: Prefeitura X

5. Com base nas tabelas construídas, sobre distribuição de freqüência, da página ___ a ___,
construa o Histograma, o Polígono de Freqüência e a Ogiva, de cada tabela.

50
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VI – UNIDADE TEMÁTICA

Principais Indicadores Educacionais.

A partir do momento em que elaborou-se a série em números absolutos, resultante das


contagens, o trabalho estatístico não está terminado. Os valores só terão maior significação se
tomarmos como referência outro valor para compararmos. Logo, os números deverão sofrer
transformações em números relativos. Os coeficientes ou taxas podem ser em relação à
repetência, evasão, escolarização, produtividade, etc. Em toda a administração escolar e
departamentos de educação se faz necessário uma análise comparada do problema da repetência.

TAXA DE REPETÊNCIA:
Para obter essa taxa, aplica-se a seguinte fórmula:
TR = (nº de repetentes) x 100
nº de matriculados
Vamos supor que nas escolas de 1º grau da região metropolitana de Maceió o número de
repetente foi de 25.000 alunos e a matrícula total foi de 100.000 alunos . Logo, aplicando a
formula obteremos o seguinte resultado:
TR = 25.000 x 100 TR = 25%
100.000

Neste caso, o departamento de educação constatará que: de 1.000 alunos matriculados, 250
são repetentes.

TAXA DE EVASÃO:
Outra taxa utilizada na educação é o da EVASÃO, pois é comum registrar e observar a
alta taxa de evasão na escola. São vários motivos que levam a evasão dentre elas podemos
destacar a necessidade do aluno entrar no mercado de trabalho mais cedo segundo.

Para calcular a taxa de evasão podemos utilizar a fórmula:


TE= (Mi – Mf) x 100 onde: Mi = matrícula inicial
Mi Mf= matrícula final
Exemplificando: Numa escola onde a matrícula inicial era de 2.000 alunos e a final de
1.200. Isto significa dizer que: 800 alunos evadiram-se. O coeficiente de evasão será de 0,4 ou
em termos percentuais 40% .
TE = (2.000 – 1.200) x 100 TE= 800x 100 TE= 40%
2.000 2000

51
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

TAXA DE ESCOLARIZAÇÃO:
A taxa de escolarização é um indicador do atendimento escolar em relação à população
escolarizável, portanto se faz necessário obter os seguintes dados: a matrícula geral e população
escolarizável.
Neste caso, deve-se consultar as principais fontes de informações acerca da população
escolarizável e realizar a seguinte operação:
TE= M(g) x 100 onde: M(g) = matrícula geral
P(esc) P(esc)= população escolarizada

Exemplo:
Vamos supor que o departamento de Estatística da Secretaria de Educação de Alagoas
registrou que em 1980 a população escolarizável de 7 aos 14 anos era de 30000 e a matrícula
geral foi de 10.000. Podemos concluir aplicando a fórmula que :
TE= 10000 x 100 onde TE = 33,3%
30000 .
Isto significa dizer que 66,6% das crianças ficaram sem escola.

TAXA DE PRODUTIVIDADE ANUAL:


O cálculo de produtividade anual é de extrema importância na educação. Com os dados
da matrícula final e a aprovação no fim do ano obtêm-se esse valor.
O cálculo será feito através das seguinte fórmula:
TPA= (n.º de alunos aprovados) x 100
Matrícula final
Podemos exemplificar da seguinte forma: a matrícula final das quatro turmas de 4º série
de uma escola de Maceió, em 1980 é de 150 alunos. Foram aprovados 50 alunos. Aplicando a
fórmula podemos constatar que:
TPA= 50 x 100 onde: TPA = 33,3%
150

TAXA DE PRODUTIVIDADE CURRICULAR:


Podemos calcular a taxa curricular, ou seja, a taxa de diplomação em um determinado
curso, através da seguinte fórmula:
TPC = alunos diplomados x 100
Matrícula inicial da 1a série

Exemplo: vamos supor que na primeira série do 1º grau a matrícula inicial foi de 100
alunos e após a 4º série, apenas 20 concluíram. Com esses dados podemos calcular a TPC que
será:
TPC = 20 x 100 onde: TPC = 20%

52
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

100

OUTRAS TAXAS:
Na educação, além da utilização das taxas, existem os índices de densidade escolar
ou também chamadas de demográfica; que é a razão entre a população e a área. Os índices
mais utilizados no planejamento da educação são: densidade corpo discente/docente;
discente/sala de aula; discente/unidade escolar, etc.Todos esses índices de densidade
refletem o aproveitamento, ora de mão-de-obra, ora de espaço construído.
Todos os índices, em conjunto como os coeficientes de produtividade , formam
um complexo de indicadores que serão projetados para minimizar custos operacionais da
escola. Os órgãos governamentais fazem uso desses indicadores para prever orçamentos e
estudar a situação da educação, tentando prever melhorias.

ATIVIDADE – 8

-Leia cada situação descrita nas questões de 1 a 5, e calcule o que se pede

1. Vamos supor que você é secretário(a) de educação e gostaria de saber qual é a taxa
de escolarização do seu município. Então você fez a consulta no IBGE e constatou
que a população escolarizável de 2000, dos 7 aos 10 anos, em São José da Laje seria
de 6.500. Acontece que a matrícula geral registrada foi de2.500. Com esses dados,
calcule a taxa de escolarização.

2. Numa determinada escola foi constatado que a matrícula inicial da 5ª. Série foi de
400 crianças. No final do ano observou-se que a matrícula final foi de 270. Qual foi a
taxa de evasão dessa escola?

3. O secretário de educação de um determinado município analisando o mapa de notas


dos alunos constatou que 1.500 foram aprovados, de uma matrícula final de 2.500
das 6as. Séries. Qual foi a taxa de produtividade anual?

4. Na região nordeste foi constatado que 150.000 alunos são repetentes de uma
matrícula registrada em torno de 320.000. Qual foi a taxa de repetência?

5. No dia da formatura dos alunos do 3º. Ano do ensino médio constatou-se, no livro de
ata, 250 diplomados. Acontece que, segundo a secretaria de educação, a matrícula no
1º. Ano era de 600 alunos. Qual foi a taxa de produtividade curricular ?

53
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

VII – UNIDADE TEMÁTICA

Medidas De Posição: Média Aritmética

Para ressaltar as tendências características de cada distribuição de freqüência,


isoladamente, ou em confronto com outra, necessitamos introduzir conceitos que se expressem
através de números, que nos permitam traduzir essas tendências. Esses conceitos são
denominados elementos típicos da distribuição e são conhecidas como: medidas de posição,
medidas de variabilidade ou dispersão, medidas de assimetria e medidas de curtose. Estas quatro
medidas dispensarão gráficos e até mesmo a própria tabela de distribuição de freqüência, quando
se tratar de um relatório final.
Como o tema trata das medidas de posição destacaremos as medidas que representam
uma série de dados que nos orientam quanto à posição da distribuição em relação ao eixo
horizontal. As medidas de posição mais importantes são as medidas de tendência central, que
recebem tal denominação pelo fato de os dados observados tenderem, em geral, a se agrupar em
torno dos valores centrais. Dentre quais as medidas de tendência central, podemos destacar: a
média aritmética, a medida e a moda. As outras medidas de posição são chamadas separatrizes,
que englobam: a própria medidana, os quartis e os percentis. Dentre as medidas de tendência
central existentes as mais usadas, em educação, são a média e a mediana, já que a moda não
encontra muita aplicação a não ser para dar uma informação mais rápida, grosseira e a média é de
uso mais freqüente do que a mediana.
A média é utilizada quando desejamos obter a medida de posição que possui maior
estabilidade; e quando há necessidade de um tratamento algébrico ulterior. O emprego da moda é
utilizado quando desejamos obter uma medida rápida e aproximada de posição e quando a
medida de posição deve ser o valor mais típico da distribuição. Enquanto a mediana é empregada
quando desejamos obter o ponto que divide a distribuição em partes iguais; quando há valores
extremos que afetam de uma maneira acentuada à média; e quando a variável em estudo é
salário.

-Aplicação:

A média pode ser aplicada com valores não-agrupados e agrupados.


Vamos exemplificar a aplicação dos valores não-agrupados.

Exemplo 1. Quando desejamos conhecer a média dos dados não agrupados,


determinamos a média aritmética simples, ou seja, vamos supor que as notas obtidas nos
exercícios de estatística do aluno x da escola y, durante o 1º semestre de 1992 foram as seguintes:
9; 8; 7; 8; 10.Calculando a média chegaremos ao resultado:

54
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X= 9+8+7+8+8 Logo, x = 40 Logo, x = 8


5 5

Podemos interpretar que o aluno x, obteve uma média de 8,0 nos exercícios de estatística.

Exemplo 2. Os dados agrupados podem ser calculados sem intervalo de classe ou com
intervalo.Vejamos SEM intervalo de classe:

Prova de Estatística – turma B - 1991


--------------------------------------------
pontos f fx
---------------------------------------------
18 1 18
17 2 34
16 2 32
15 3 45
14 2 28
13 5 65
12 3 36
11 2 22
-------------------------------------------
Total 20 280
-------------------------------------------
Fonte: dados fictícios

X = f.x
N
X = 280
20
X = 14

Atividade – 9

1. As notas dos alunos da turma A, do colégio Y, de Estatística, foram as seguintes:


10- 0-9-1-6-8-7-5-9-6-8-3-5-7-8-4-9-7-7-4-5-7-2-3-3-7-7-4-8-5-2.
Qual foi a média aritmética obtida nessa turma?

2. As notas obtidas pelos candidatos à vaga de servente da escola X, foram as seguintes:


10-0-9-1-6-8-7-5-9-6-8-3-5-7-8-4-9-7-7-4-5-7-2-3-3-7-7-4-8-5-2-10- 0-9-1-6-8-7-5-9-6-8-
3-5-7-8-4-9-7-7-4-5-7-2-3-3-7-7-4-8-5-2-9-6-8-3-5-7-8-4-9-7-7-4-5-7-2-3

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a) Faça a apuração de cada nota.


b) Organize as notas numa tabela, sem intervalo, colocando ao lado de cada uma a
quantidade de alunos que obtiveram a referida nota.
c) Em seguida, calcule a média aritmética com os valores isolados.

3. Complete a tabela abaixo, incluindo o título, e calcule a média aritmética da turma de


N, da disciplina de Sociologia, da UFAL, em 1992.

Pontos (x) f fx
20 2
21 3
22 2
23 3
25 1
26 5
27 8
29 2
30 5
31 1
32 1
Total
Fonte:

56
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

AZEVEDO, Amilcar Gomes de. Estatística Básica: Curso de Ciências Humanas e de


Educação. Sed. Rio de Janeiro: LTC, 1987. (311)

BUSSAB, Wilton O. Estatística Básica – 4ª ed. São Paulo: Atual, 1993,1994. 321 pp outra
R.B. 1985. (519.22)

COSTA NETO, Pedro Diniz de Oliveira - Estatística. São Paulo: E. Blucher, c 1997 264 pp.
(519.22)

COUTO, Gracilia M. de Almeida. Estatística. Rio de Janeiro: Re por Editora, s.d. 221 pp.
(519.22)

ESTATÍSTICA. Rio de Janeiro: Degrau Cultural, [1. d.]. 79 pp: il - Concurso para fiscal.
(519.22)

FONSECA, Jairon Simon. Estatística Aplicada. São Paulo: Atlas, 1989. 267 pp (519.22)

GARRET,Henry E. A Estatística na Psicologia e na Educação - Rio de Janeiro: Fundo de


Cultura, 1962. 2v. (519.22)

GONÇALVES, Fernando Antônio. Estatística Descritiva: uma introdução. Editora Atlas,


1977. (pp 20-23)

INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL.


Normas para apresentação de Documentos Científicos, Tabelas, vol. 9. Curitiba: Ed. Da
UFPR, 2000.

INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL.


Normas para apresentação de Documentos Científicos, Gráficos, vol. 10. Curitiba: Ed. da
UFPR, 2000.

MARTINS, Gilberto de Andrade. Princípios de estatística. São Paulo: Atlas, 1983. (519.22)

OLIVEIRA, Terezinha de F.R. Estatística Aplicada à Educação - Rio de Janeiro: LTC,


1974. 148 pp: il. (519.22)

SOUZA, Osmar Rocha de. Estatística - São Paulo: Meta, 1995. 223 pp. (519.22)

SPIEGEL, Murray. Estatística; trad. De Carlos Augusto Grusis. 2 ed - São Paulo. MC Graw
- Hill do Brasil, 1985, 454 pp. (519.22)

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TOLEDO, Geraldo Luciano. Estatística Básica - São Paulo - Atlas 1986. (519.22)

VIEIRA, Sônia. Estatística experimental. São Paulo: Atlas, 1989 - 179 pp. (519.22)

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CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

ANEXO I

ORIENTAÇÕES DO TRABALHO DE PESQUISA DE CAMPO

I – ETAPA: Após a devolução do questionário, você deverá proceder da seguinte


forma:

1. Examine cada correção efetuada nas questões e faça os devidos ajustes.


2. Naquelas questões cortadas (excluídas), não precisa refazê-las.
3. Siga a numeração estabelecida pelo seu professor.
4. No início do questionário devem constar: o cabeçalho (instituição e responsáveis pela
pesquisa) e a instrução.
5. Ao digitar o questionário e havendo a necessidade de uma outra página, lembre-se de
que no final de uma página a questão não pode ficar dividida. (uma parte numa folha e o
restante na próxima).
6. Digite a versão final e faça o envio por fax ou e-mail, para o OK.
7. Tendo recebido o Ok do professor, reproduza 20 (vinte) cópias para cada elemento da
equipe. Caso você esteja trabalhando sozinho(a), reproduza 30 (trinta).
8. Aplique o questionário naquele público-alvo pré-definido (coleta de dados) e siga as
orientações da II etapa.

II ETAPA - Após a coleta de dados do seu questionário você deverá proceder da


seguinte forma:

1. A cada questão do seu questionário você vai fazer a tabulação das respostas e colocar
numa tabela. Lembre-se que o título da tabela sairá da própria questão: o que? onde?
quando?

2. Nas questões fechadas onde a alternativa não obteve marcação, ela não deverá constar na
tabela. E, se não foi respondida, você incluirá na tabela a expressão EM BRANCO; e
registrar o número de entrevistados que deixaram em branco. Se todos os entrevistados
assinalaram numa única alternativa, não será necessário a construção da tabela; essa
informação será dada na conclusão do trabalho.

3. Nas questões abertas, você irá tabular todas as respostas dadas. Caso apareçam respostas
semelhantes, agrupe-as numa só. E, se houve muitas respostas com apenas 1, agrupe-as
num único bloco com a expressão OUTROS. Se todos os entrevistados sugeriram a

59
CEDU - CURSO DE PEDAGOGIA - ESTATÍSTICA EDUCACIONAL

mesma resposta, não será necessária a construção da tabela; essa informação será dada
na conclusão do trabalho.

4. Calcule o valor relativo de cada tabela.


VR = f’ x 100
Total de F
5. Para cada tabela será construído um gráfico mais adequado; evidentemente haverá
diferentes tipos, mas sempre respeitando-se suas características.

6. Logo abaixo de cada gráfico, você fará a interpretação dos dados, tomando como
parâmetro os percentuais. Exemplo: Analisando-se o gráfico acima constata-se que x%
considera que ........., enquanto que %x afirma que............, isso se justifica devido
a ............. .
Nessa interpretação, você deve tomar como referência sempre o elemento que chamar mais
atenção. Vai depender de cada dado a ser analisado.

III – ETAPA – Nesse momento, você deverá digitar o trabalho para ser entregue ao
professor, com a seguinte estrutura:

a) Capa: modelo no final da página no anexo I.


b) Folha de rosto: modelo no final da página no anexo I.
c) Sumário: indicar os tópicos com a sua respectiva localização de página.
d) Justificativa: preparar um texto, onde o grupo descreve seu objetivo, as razões que
levaram à escolha do tema, sua importância para a área, sua relevância para a formação
do futuro professor e possíveis contribuições que o estudo pode oferecer.
e) Metodologia: preparar um texto onde constem: a população-alvo da pesquisa,
procedimento de escolha, ou seja, o critério utilizado para a escolha dos entrevistados.
Descrever, também, o campo da pesquisa onde foi realizado: tipo de instituição (pública
ou privada), porte, localização. E, ainda, o instrumento utilizado para a pesquisa e
quantos foram aplicados. E se houve teste de validade do instrumento para posterior
aplicação. Não esquecer de incluir, neste item, que essa pesquisa foi do tipo empírica.
f) Representação tabular e gráfica: incluir as tabelas com os respectivos gráficos e
interpretações.
g) Conclusão: preparar um texto onde constem suas considerações finais. Para tanto,
retome o objetivo da pesquisa e os dados obtidos a partir da leitura dos gráficos e
daqueles dados que lhe chamaram a atenção. Não deixe de incluir suas sugestões e
encaminhamentos a serem tomados.
h) Referência bibliográfica: incluir todas as fontes que foram consultadas: livros, revistas,
Internet, desde a elaboração do questionário à própria elaboração deste trabalho.
i) Anexo: anexar uma via, em branco, do questionário, bem como uma cópia da última
versão do questionário com a rubrica do seu professor.
j) Encadernar todo o trabalho em espiral.
k) Guarde todo o questionário aplicado para futuras correções de dados.

60
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Modelo da Capa

NOME DA EQUIPE
(nomes em caixa alta e centralizados, se mais de um, em
ordem alfabética)

Resultado da pesquisa sobre ...........


(centralizado)

Cidade – Estado

Nome da Instituição

Ano

Modelo da folha de rosto


Nome do(s) aluno(as)

Resultado da pesquisa sobre ...

Trabalho de graduação apresentado


à Disciplina Estatística Aplicada à
Educação do Curso de Pedagogia,
modalidade a distância da
Universidade Federal de Alagoas.

Orientador: Prof. Eraldo Souza Ferraz

Cidade

Ano

61

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