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CAP. 2- PARE O SANGRAMENTO!

 Comece com a opção hemostática mais simples.

 O controle de sangramento é uma resposta escalonada


o Não fazer nada (hemostasia intrínseca do paciente)  eletrocauterização e
ligadura  sutura hemostática  Aplicação de compressas  tamponamento
com balonete  Reparo vascular clássico

 Controle temporário do sangramento


o Soluções temporárias devem ser rápidas, efetivas e atraumáticas.

o Em certas situações, especialmente quando a fonte de sangramento é


inacessível ou de difícil controle, sua manobra de controle temporário (como
aplicação de compressas ou tamponamento com balão) pode passar a ser
medida definitiva porque não há opção melhor.

 Obtendo controle temporário


o A pressão manual ou digital é uma excelente primeira escolha  O dedo é
mais poderoso que o clamp.
o Aplicação temporária de compressas é uma boa opção para superfícies
difusamente sangrantes ou cavidades. Também libera suas mãos. Entretanto,
aplicar compressas não controlará hemorragia arterial de grande monta.
o Verifique se o órgão sangrante tem um pedículo vascular  baço, fígado, rim,
pulmão, intestino possuem pedículos. O controle do pedículo é outra opção.

 Após o controle temporário, vamos diferenciar entre: Pequeno problema ou Grande


confusão
o Pequeno problema X Grande confusão  Velocidade de sangramento +
Acessibilidade do vaso sangrante.
o Um pequeno problema pode ser controlado usando um pinçamento, sutura, ou
ressecção do órgão lesado.
o Na Grande confusão (ex: lesão hepática complexa, sangramento da veia ilíaca
ou de uma artéria intercostal posterior profunda, sangramento da raiz do
mesentério ou da aorta abdominal superior ou das veias retrohepáticas), após o
controle temporátio, PARE A OPERAÇÃO E OTIMIZE SEU ATAQUE.
 Fale para a anestesiologia que haverá perda sanguínea maciça, e que
aumentem a reposição volêmica.
 Abrir e preparar as bandejas de instrumentos vasculares e de
toracotomia. Peça ao instrumentador para deixar preparado porta-
agulhas com prolene 3-0 a 5-0.
 Estabeleça suas 2-3 opções hemostáticas se você puder. Ex: vai
precisar de equipamento adicional como um cateter Fogarty, ou uma
sonda de Foley?
 Melhora a exposição.

 É preciso chamar ajuda?


o Enquanto essas preparações estão em andamento, não mexa no controle
temporário. Deixe as compressas quietas, mantenha a pressão manual, e não
movimente as pinças.
o Quando lidar coma Grande confusão, resista à tentação de se manter em
movimento. Prepare o seu ataque após o controle temporário do sangramento.

 Técnicas selecionadas de hemostasia:


o Tamponamento 101

 A primeira regra da aplicação de compressas é fazê-la precocemente.


Uma vez que a aplicação de compressas depende da formação do
coágulo, ela apenas poderá ser eficaz se realizada quando o paciente
ainda pode formar bons coágulos. Aplique compressas
precocemente!
 Existem 2 formas de colocar compressas: De fora para dentro (criando
um sanduíche) ou de dentro para fora (preenchendo a cavidade).
 O tamponamento em sanduíche é frequentemente usado em um fígado
lesado, colocando compressas em 2 camadas: acima e abaixo ou
anterior e posterior.
 Outra regra da aplicação de compressas é  O excesso de compressas
é ruim. Elas podem comprimir a veia cava inferior por exemplo e
fazes a PA cair.
 A última regra do uso de compressas é  Seja paranoico com seus
tamponamentos. Eles podem não funcionar. O sangue está
acumulando novamente nos cantos? As compressas estão encharcadas?
Se você não tem certeza, tira a camada mais superficial do sanduíche e
dê uma boa olhada nas camadas mais profundas.
 Se o tamponamento não funcionar  Primeiro remova as compressas
molhadas uma a uma e inspecione mais uma vez a área lesada. Você
tinha um bom sanduíche sustentado solidamente pelas estruturas
adjacentes ou construiu um ‘sanduíche flutuante’ no meio do ar, sem
nenhum suporte? Você precisa colocar mais compressas? Há uma

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fonte de sangramento arterial na ferida? Em caso afirmativo, você deve
lidar com ela usando outra técnica hemostática.
o Inserindo uma sutura hemostática às cegas (em forma de 8)

 Use uma sutura hemostática às cegas para controlas uma fonte de


sangramento que está invisível ou retraída dentro dos tecidos. Você
não pode ver a fonte de sangramento, nem pode pinça-la e liga-la, mas
pode imaginar onde ela está.
 Use uma sutura monofilamentar que irá escorregar através do tecido
em vez de funcionar como uma serra. A chave para o sucesso não é a
sutura, mas o tamanho da agulha. Escolha a maior agulha que seja
apropriada à situação.
 Posicione a sua primeira pegada o mais próximo possível ao local de
sangramento, e pegue uma boa parte do tecido.
 O objetivo é dar um ponto em forma de 8. Não fique desapontado se
você precisar de mais pontos. Está correto dar três ou quatro pegadas
em vez de duas, desde que estejam bem próximas e funcionem.
 Se você não obteve hemostasia com quatro pegadas, provavelmente
não vai consegui-la com esse ponto.
 A primeita pegada de um ponto hemostático serve para trcionar os
tecidos.
o Clampeamento aórtico

 A principal consideração anatômica no Clampeamento supracelíaco é


que você está clampeando a aorta torácica baixa, mas fazendo isso
através do abdome.

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