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1) Quais os tipos de poluição são reconhecidos atualmente?

Descreva brevemente 2
deles.
Os tipos de poluição são: do ar, do solo, da água, visual, sonora, térmica, luminosa,
radioativa. Existem dois tipos de definição para descrever uma água poluída. Do ponto de
vista econômico, a poluição da água é uma alteração da qualidade que afeta o bem-estar
do consumidor e reduz os lucros do produtor, exigindo-se assim o estabelecimento de um
nível ótimo de poluição. Em termos ambientais, a poluição da água é uma alteração do
ambiente que afeta os ecossistemas e direta ou indiretamente, o Homem. Já a poluição
atmosférica resulta da emissão de gases poluentes ou de partículas sólidas na atmosfera.
Pode provocar uma degradação dos ecossistemas devido ao lançamento de inúmeras
substâncias (radioativas, ácidas, Este tipo de poluição pode dar origem ao efeito estufa, às
alterações climatéricas, à diminuição da qualidade do ar, a problemas de saúde nos seres
vivos como diversas doenças respiratórias, diversos tipos de cancros, entre outros.
recalcitrantes, etc.) e não respeita fronteiras, por isso pode se tratar de um problema local
e transfronteiriço.

2) Com o crescimento populacional e desenvolvimento de grandes centros urbanos


e indústrias, a qualidade da água passou a ter maior relevância para a saúde
pública e eficiência de processos produtivos. Neste contexto a avaliação e
controle de sua qualidade apresentou grandes avanços desde o início do século
20, quando foram desenvolvidas as primeiras impressões relacionando a saúde
pública com a contaminação da água de abastecimento. Quais os parâmetros
físico-químicos e microbiológicos hoje utilizados para avaliação da qualidade da
água?

A água própria para o consumo, ou água potável, deve obedecer certos requisitos na
seguinte ordem: Organolética : não possui odor e sabor objetáveis. Física: ser de aspecto
agradável; não ter cor e turbidez acima do padrão de potabilidade. Alguns parâmetros
físicos são: pH - É usado universalmente para exprimir a intensidade com que determinada
solução é ácida ou alcalina (existe um pH ótimo de floculação). A portaria 518/2004
estabelece faixa de valores de 6,0 a 9,5 para o pH; Turbidez - A turbidez das águas é devida à
presença de partículas em estado coloidal, em suspensão, matéria orgânica e inorgânica
finamente dividida, plancton e outros organismos microscópios; Alcalinidade - De modo
geral, a alcalinidade das águas naturais está relacionada com a presença de sais de ácidos
fracos, especialmente bicarbonatos. O termo alcalinidade traduz, para os profissionais que
lidam com a potabilização de águas, a capacidade de certa água em neutralizar ácidos; Dureza
- Denomina-se genericamente de águas duras aquelas que necessitam de grandes quantidades
de sabão para produzirem espuma, e que, além disto, incrustam caldeiras, aquecedores,
tubulações de água quente e outras unidades em que a água escoa submetida a temperaturas
elevadas. De modo geral, ela é devida à presença de cálcio e magnésio. Entretanto, podem
ocorrer casos devidos à ocorrência de estrôncio, ferro ferroso e manganês manganoso; Ferro -
Quando presente na água em sua forma solúvel, ele é incolor. Porém, se, por alguma razão,
ele é oxidado (devido à aeração ou cloração da água), por exemplo), ele se precipita na água.
Química : não conter substâncias nocivas ou tóxicas acima dos limites de tolerância para o
homem. Biológica: não conter germes patogênicos. Um exemplo de indicador biológico é:
Coliformes totais e fecais - A presença de coliformes fecais na água indica a possibilidade de
contaminação por fezes humanas, embora não comprove. Por este motivo, diz -se que os
coliformes são indicadores de contaminação. Os coliformes, por si só, não são patogênicos,
quando presentes nas concentrações usuais no ser humano. Mas sua presença na água indica a
possibilidade da presença de organismos patogênicos.
3) Quais critérios são determinantes na escolha da fontes de captação de água
para estação de tratamento para água de abastecimento domiciliar e industrial?
Condições de fácil entrada em qualquer época do ano; Qualidade da água do manancial;
Distância da captação à estação de tratamento de água; Facilidade de operação e manutenção
ao longo do tempo; Necessidade de estações elevatórias; Custos com desapropriação;
Disponibilidade de energia elétrica para alimentação dos motores; Cota do local de captação;
qualidade da água; vazão e lançamentos de efluentes no corpo hídrico.

4) Descreva as etapas de tratamento de água para abastecimento.


1- captação: a água é captada em rios, lagos e represas por meio de bombas; 2 - floculação:
após a coagulação (fase, onde é adicionado sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro
coagulante, seguido de uma agitação violenta da água), há uma mistura lenta da água, que
serve para provocar a formação de flocos com as partículas; 3 – decantação: neste
processo, a água passa por grandes tanques para separar os flocos de sujeira formados na
etapa anterior; 4 – filtração: a água atravessa tanques formados por pedras, areia e carvão
antracito. Eles são responsáveis por reter a sujeira que restou da fase de decantação ; 5-
desinfecção: É feita uma última adição de cloro no líquido antes de sua saída da Estação de
Tratamento. Ela garante que a água fornecida chegue isenta de bactérias e vírus até a casa
do consumidor; 6 – alcalinização: é feita a correção final do pH da água, para evitar a
corrosão ou incrustação das tubulações; 7 – fluoretação - O flúor também é adicionado à
agua. A substância ajuda a prevenir cáries; 8 – distribuição: a água é distribuída para a
população.

5) Esquematize uma estação de tratamento de efluentes líquidos urbanos.


Pré Tratamento: O pré tratamento consiste em sujeitar os efluentes à forte separação de
sólidos. Em geral, são utilizados dois processos nesta etapa: o gradeamento e a desarenação.
O primeiro é realizado por grades metálicas que funcionam como uma barreira para os
sólidos. Eles acabam sendo detidos por elas e então, retiram-se os sólidos de maiores
dimensões. Esse processo garante maior segurança aos equipamentos das estações, já que
devido ao tamanho dos resíduos, pode-se danificar os dispositivos ao longo da unidade. A
desarenação tem a função de remover os flocos de areia através da sedimentação. Nessa
etapa, os grãos de areia vão para o fundo do tanque por serem mais pesados, enquanto as
matérias orgânicas vão para a superfície. Esse processo serve para facilitar o transporte e
também para conservar os equipamentos. Tratamento primário: O tratamento primário
constitui-se de processos físico-químicos que buscam remover os sólidos em suspensão
sedimentáveis, materiais flutuantes e matéria orgânica. Esses processos constituem diversas
etapas. Primeiro, são inseridos produtos químicos nos efluentes para neutralização da carga.
Em seguida, ocorre a floculação do efluente. Após a floculação, tem-se a decantação
primária que separa o sólido (lodo) e o líquido (efluente bruto). Os efluentes passam por
decantadores que fazem o lodo ficar no fundo do tanque. Essa etapa do tratamento é
importante porque inicia a alteração das propriedades poluidora dos efluentes. Tratamento
secundário: Essa etapa é constituída por processos bioquímicos que podem ser aeróbicos
ou anaeróbicos. Esse processo objetiva remover a matéria orgânica que não foi removida no
tratamento anterior. Se bem feito, o tratamento permite obter um efluente em conformidade
com a legislação ambiental. Os processo aeróbicos e anaeróbicos trabalham na composição
da matéria orgânica suspensa e a dissolvida na água que resultam em gás carbônico,
material celular e água. O efluente ao final desse processo sai com até 95% livre de
poluentes. Em seguida, há uma decantação secundária que clarifica a água e separa o lodo
restante do processo. Tratamento do lodo: O lodo é toda a matéria orgânica removida ao
longo do tratamento do esgoto. Portanto, sua quantidade e natureza depende das
características do efluente inicial e do processo de tratamento escolhido. Assim, o
tratamento do lodo tem a finalidade de reduzir o volume e o teor de matéria orgânica.
Primeiramente realiza-se o adensamento. Esse processo tem a finalidade de diminuir a
quantidade de água presente no lodo, diminuindo portanto, seu volume. A segunda etapa
consiste na digestão anaeróbica para reduzir os microrganismos patogênicos, reduzir o
volume e permitir a utilização do lodo, como por exemplo, em atividades agrícolas. A
terceira etapa submete o lodo a processos químicos e desidratação, permitindo a coagulação
dos sólidos e remoção da umidade. O produto final é rico em matéria orgânica, nitrogênio,
fósforo e nutriente, possibilitando seu uso na agricultura ou em reflorestamento. Entretanto,
é possível descartar o lodo em aterros sanitários, junto com o lixo urbano, ou em
incineradores. Tratamento terciário: Após o tratamento secundário, a água já pode
retornar aos recursos hídricos. Entretanto, pode-se passar o efluente por outro tratamento
para ser reutilizá-lo com fins não potáveis. Essa reutilização é importante para a escassez de
água. Utiliza-se o efluente não tratado para fins não potáveis (lavagem de ruas, por
exemplo) porque mesmo tratado, ainda é possível conter elementos como nitrogênio e
fósforo. Assim, o tratamento terciário serve para remover essas substância através de
técnicas de filtração, ozonização, cloração, osmose reversa, dentre muitas outras. Dessa
forma, o tratamento terciário consiste em aplicar técnicas para remover poluentes
específicos que não foram retirados pelos processos mais comuns. Por exemplo, essas
substâncias podem ser compostos não biodegradáveis, nutrientes e metais pesados que
exigem maior grau de tratamento. Assim, essa operação pode consistir em diversas etapas
que dependem do tipo de poluição do efluente e do grau de depuração que se deseja obter.

6) A poluição do ar ocorre quando são lançadas na atmosfera partículas, gases e


vapores gerados por industrias, centrais termoelétricas, veículos automotores
ou materiais gerados em atividades domiciliares, como queimas de combustíveis
sólidos/gases para usos em alimentação ou queima de materiais sólidos como o
lixo domésticos ou empreendimentos agrícolas, como no caso do uso do fogo
para limpeza de áreas para agricultura. Como podemos classificar esses
poluentes em função da sua forma de geração?

Os poluentes atmosféricos podem ser classificados quanto à sua origem (primários e


secundários), composição (orgânicos e inorgânicos) e estado físico (material particulado,
gases e vapores). Os poluentes considerados primários ou convencionais são aqueles
lançados diretamente das fontes para a atmosfera. Determinadas condições físicas e as
reações químicas e certas que ocorrem na atmosfera a partir de poluentes primários e
constituintes normais da atmosfera caracterizam os poluentes secundários.

7) Descreva o processo denominado de “efeito estufa”. Qual suas causas


presumidas e suas consequências para o clima do planeta?
O efeito estufa é um fenômeno natural de extrema importância para a existência de vida na
Terra. É responsável por manter as temperaturas médias globais, evitando que haja grande
amplitude térmica e possibilitando o desenvolvimento dos seres vivos. Esse fenômeno, no
entanto, tem sido agravado pela ação antrópica, que tem elevado as emissões de gases de
efeito estufa à atmosfera, provocando alterações climáticas em todo o planeta. Essa grande
concentração de gases dificulta que o calor seja devolvido ao espaço, aumentando,
consequentemente, as temperaturas do planeta. Nas últimas décadas, houve um aumento
considerável da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera terrestre, intensificando o
efeito estufa. A alta concentração desses gases está relacionada, principalmente, às
atividades industriais, realizadas, muitas vezes, por meio da queima de combustíveis fósseis.
Além disso, o crescimento da produção agrícola, do desmatamento e do uso dos transportes
também são responsáveis pela intensificação da emissão de gases. S ão consequências do
efeito estufa: 1 - Derretimento das calotas polares e aumento do nível do mar; 2 -
Agravamento da segurança alimentar, prejudicando as colheitas e a pesca; 3 - Extinção de
espécies e danos a diversos ecossistemas; 4 - Perdas de terras em decorrência do aumento do
nível do mar, provocando também ondas migratórias; 5 - Escassez de água em algumas
regiões; 6 - Inundações nas latitudes do norte e no Pacífico Equatorial.

8) Cite as estratégias de tratamento de poluentes hídricos adotadas em meio


industrial. 

Devido à complexidade da composição dos efluentes industriais, são necessárias as


associações de diversos níveis de tratamento para a obtenção de efluentes com as qualidades
requeridas pelos padrões de lançamento. A definição do processo de tratamento deve
considerar também: custos de investimentos e custos operacionais (energia requerida,
produtos químicos, mão-de-obra, manutenção, controle analítico e geração de resíduos), área
disponível para a implantação do tratamento, clima, legislação, a classe do corpo receptor,
proximidade de residências, direção de ventos, estabilidade do terreno, assistência técnica e
controle operacional. Estão indicadas a seguir as principais etapas de tratamento que
apresentem sucesso operacional. Indústria de bebidas (refrigerantes): O processo mais
usual de tratamento desse efluente é constituído de três etapas: Preliminar (remoção de areia,
separação de água e óleo e peneiramento); Primário (correção de pH); Secundário (reator
anaeróbio seguido de lodos ativados). Indústria de bebidas (cerveja): O processo mais usual
de tratamento desse efluente é constituído de três etapas: Preliminar (remoção de areia,
separação de água e óleo, peneiramento e correção do pH); Secundário por processo misto
anaeróbio e aeróbio. A etapa anaeróbia é composta de biodigestão em duas etapas sendo a
primeira constituída por hidrólise ácida e a segunda pela etapa metanogênica. A eficiência
complementar é obtida por processos aeróbios compostos por lagoa aerada ou lodos ativados.
Secundário simples, pode ser composto somente de processo aeróbio, no caso os lodos
ativados. Indústria de pescados: O processo de tratamento que há mais de 15 anos tem
apresentado sucesso no Brasil e que considera inclusive a sazonalidade da pesca é o processo
constituído de três etapas: Preliminar (peneiramento e equalização): remoção de escamas e
pedaços de peixes. Primário (clarificação físico-química por adição de coagulantes químicos e
cloreto férrico, por flotação): remoção de óleos emulsionados , e sólidos coloidais. 56 Eng.
Gandhi Giordano Secundário (biodigestão): remoção da matéria orgânica dissolvida em reator
anaeróbio. Abatedouro de aves: Os processos largamente utilizados no Brasil são
constituídos de até três etapas: preliminar, primária e secundária Preliminar (peneiramento
para remoção de penas e vísceras, separação de gorduras); Secundário (lagunagem - utilizar
uma série de lagoas anaeróbia, facultativa e de aguapé). No caso de não haver espaço
disponível para a implantação de lagoas o processo preliminar é complementado com o
tanque de equalização, seguido de clarificação físico-química (flotação) e tratamento
biológico por lodos ativados. Obs.: Recomenda-se o aproveitamento do sangue, vísceras e
penas na fabricação de farinha de aves (ração). Dentre outros.

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