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A Idade Média
450 - 1450
Os mil anos da Idade Média funcionam como
uma grande transição entre o paganismo da
Antiguidade Clássica e o humanismo naturalista
do Renascimento. Praticamente toda a cultura
medieval fundamenta-se na idéia do sagrado, do
divino, e a Igreja Cristã, consolidada pela
adoção do cristianismo por Roma, com
Constantino, domina o pensamento intelectual
do período.
Arquitetura medieval A música medieval que conhecemos ocorreu
principalmente dentro do ambiente da Igreja. As
poucas referências que temos da música profana estão em registros feitos por
curiosidade pelos monges, que sabiam ler e escrever, ao contrário das pessoas
comuns. As primeiras músicas da História consistiam em uma única linha musical,
sem acompanhamento e cantada em uníssono, o cantochão, chamado posteriormente
de Canto Gregoriano em homenagem ao papa
Gregório, o Grande, que recolheu e sistematizou a
prática do canto da igreja cristã.
Os primeiros músicos e teóricos da Idade Média
tentaram compreender as relações entre os sons,
para produzir composições polifônicas, ou seja,
com duas ou mais linhas musicais combinadas. A
polifonia medieval primitiva é simples, com duas
vozes paralelas, que pouco a pouco vão se tornando
independentes uma da outra. Essa polifonia se
enriquecerá com o acréscimo de mais vozes e, a
partir de 1300, com o desenvolvimento dos valores
proporcionais de duração, semelhantes ao que
usamos hoje na escrita tradicional.
A fase inicial da Idade média musical é
caracterizada pelo cantochão. A partir do século
Escrita musical medieval
VIII, com as primeiras experimentações da polifonia, abre-se o período da Ars
Antiqua, que vai até 1300, com o advento da Ars Nova.
Principais Gêneros
Sacros: Cantochão, Organum, Conducto, Missa, Moteto
Profanos: Virelai, Balada, Cantiga, Rondó
Repertório básico
Canto Gregoriano
Anônimo: Missa Tournai, Missa Barcelona
Leonin e Perotin: Exemplares de Organum
Guillaume de Machaut: Messe de Nostre Dame (ou Notre Dame); Virelais, Rondós
Francesco Landini: Baladas
Arnaut Daniel: Cantigas
O Renascimento
1450-1600
O interesse e esforço
pelo conhecimento, já
presente na Idade
Média, deixa a esfera do
sagrado como principal
motivação, e se permite
a um novo olhar
científico, que inclui a
natureza e o homem.
Desta maneira, os
questionamentos
comuns do pensador
passaram a ser
Detalhe de “O nascimento de Adão” resolvidos por
de Michelangelo Buonarroti. conclusões baseadas na
observação e na experiência, e não mais,
como havia sido na Idade Média, por implicações sagradas e imutáveis.
A música renascentista resolve vários dos anseios dos compositores medievais. Os
timbres agora são escolhidos por semelhança, e as dissonâncias funcionam de maneira
orgânica e equilibrada na polifonia renascentista, o que permite a construção de
verdadeiros “edifícios” musicais, com mais de oito vozes. Por outro lado, a nova
Igreja Protestante propõe para sua liturgia uma música simples e acessível à
comunidade de fiéis.
A música instrumental começa a
surgir em composições específicas
para o instrumento, ainda que a
voz e seu repertório sejam uma
importante referência para isto. A
música do Renascimento, como a
da Idade Média, é escrita num
sistema chamado modal, em que
são empregadas apenas as notas
naturais (acrescidas de algumas
alterações como o sib e o Fá#, por
exemplo), uma delas servindo
como centro do modo. A música
tendia a permanecer em um
mesmo modo do início ao fim.
O Homem Vitruviano
de Leonardo da Vinci
Principais Gêneros
Vocais: Missa, Madrigal, Moteto, Vilancico
Instrumentais: Canzona, Ricercari, Variações sobre obras vocais, Obras para órgão.
Repertório básico
Giovanni P. da Palestrina: Missa Papa Marcelo / Sicut Cervus
Orlando di Lassus: Madrigais / Lágrimas de São Pedro
Tomás L. de Victoria: O Magnum mysterium
John Dowland: Peças para alaúde
Ciclo de Madrigais elisabetanos “The Triumphs of Oriana”
Juan del Encina: Vilancicos diversos (Ay triste, Oy comamos e bebamos)
Giovanni Gabrielli: Canzoni e Ricercari
O Barroco musical
1600-1750
Principais Gêneros
Vocais: Ópera,
Oratório, Cantata,
Moteto
Instrumentais:
Concerto, Concerto Grosso, Suíte (Base: Allemande, Courante, Sarabanda, Giga),
Sonatas, Fuga.
Repertório básico
Claudio Monteverdi: Orfeo (Ópera)
George F. Haendel: O Messias (Oratório)
Johann Sebastian Bach: Cantatas, Concertos de Brandenburgo, Suítes e Partitas,
O Cravo bem temperado
Arcangelo Corelli: Sonatas e Concertos Grossos
Antonio Vivaldi: As Quatro Estações
Jean Ph. Rameau: Peças para Cravo
François Couperin: Peças para Cravo
O Classicismo
1750-1810/20
Repertório básico
Joseph Haydn: Sinfonias
Wolfgang A. Mozart: Sinfonias, Óperas
Ludwig van Beethoven: Primeiras Sinfonias, Primeiras sonatas
Christoph W. Gluck: Orfeu (Ópera)
O Romantismo
Século XIX
Principais Gêneros
Vocais: Ópera, Lied, Motetos, Obras para coro
Instrumentais: Sinfonias, Música de Câmara, Peças para piano, Poema Sinfônico.
Repertório básico
Ludwig van Beethoven: Sinfonia IX “Coral” / últimos quartetos de cordas / últimas
sonatas para piano
Franz Schubert: Lieder
Robert Schumann: Album para a Juventude, Carnaval
Johannes Brahms: Sinfonias / Obras para coro a cappela / Obras de câmara
Gustav Mahler: Sinfonia no 2 “Ressurreição”
Richard Wagner: Prelúdio de “Tristão e Isolda”
Richard Strauss: Poema Sinfônico “Morte e Transfiguração”
O Século XX (até 1950)
Repertório básico
Claude Debussy: Prélude à l’après-midi d’un Faune / La Mer (impressionismo)
Igor Stravinsky: A Sagração da Primavera (politonalidade; polirritmia)
Igor Stravinsky: Pulcinella (Neoclassicismo)
Darius Milhaud: Saudades do Brasil (bitonalismo)
Arnold Schoenberg: Pierrot Lunaire (Expressionismo – Atonalismo livre)
Arnold Schoenberg: Variações para Orquestra / Op. 33a (Serialismo dodecafônico)
Pierre Schaeffer: Étude aux chemins de fer (Música concreta)
Steve Reich: Pendulum Music / Piano Phase (Minimalismo)
John Cage: Atlas Eclipticalis (Aleatorismo)
Pierre Boulez: Structures (Serialismo Integral)