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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

NÚCLEO LOCAL DA UNITRABALHO


ADECON - EMPRESA JÚNIOR CONSULTORIA

PLANO DE NEGÓCIOS

COOPERMARINGÁ

2004
ADECON - JUNIOR CONSULTORIA DA UEM

REALIZADORES:
ADECON - EMPRESA JÚNIOR DE CONSULTORIA/UEM

Aline da Silva Santos


Augusto Pinheiro
Manoela da Silveira Santos
Vânia Paula Cruz

UNITRABALHO/UEM

Profa. Ms.Maria Nezilda Culti – DCO


Profa. Dra. Elisa Emilia Rezende Bernardo Rocha – DAD
Prof. Manoel Guaresma Xavier– DCC
Prof. José Braz Hercos Jr. - DCC
Maria Clara Corrêa Tenório – Unitrabalho

COLABORADORES:
COOPERADOS DA COOPERMARINGÁ
Projeto: RESGATE DA CIDADANIA: Uma Proposta de Organização
Coletiva da População que sobrevive da venda dos produtos recicláveis de
Maringá. Convênio entre Universidade Estadual de Maringá e Prefeitura Municipal
de Maringá/SEUMA-Secretaria do Meio Ambiente.

Proibida a reprodução, mesmo que parcial, por qualquer processo mecânico, eletrônico,
reprográfico etc., sem a autorização por escrito dos organizadores.

junho/2004

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ADECON - JUNIOR CONSULTORIA DA UEM

SUMÁRIO

Apresentação................................................................................................... 04
1. Sumário Executivo............................................................................................ 06
1.1 Dados da empresa ..................................................................................... 06
1.2 Visão e Missão ........................................................................................... 06
1.3 Perfil de atuação......................................................................................... 07
2. Produtos e Serviços......................................................................................... 07
2.1 Características dos produtos....................................................................... 08
3. Análise do Mercado......................................................................................... 09
3.1 Mercado consumidor................................................................................... 09
3.2 Mercado Fornecedor................................................................................... 10
3.3 Mercado Corrente........................................................................................ 10
3.4 Pontos fortes, fracos e a melhorar .............................................................. 12
3.5 Oportunidades existentes ........................................................................... 13
3.6 Ameaças e riscos........................................................................................ 14
4. Plano De Marketing.......................................................................................... 15
4.1 Objetivos e metas....................................................................................... 15
4.2 Estratégias de Marketing e Vendas............................................................. 16
4.3 Canais de distribuição................................................................................. 16
4.4 Preço........................................................................................................... 16
4.5 Comunicação.............................................................................................. 17
4.6 Satisfação do cliente .................................................................................. 17
5. Plano Financeiro............................................................................................... 18
6. Recomendações Finais.................................................................................... 27
Plano de Ação Imediata.................................................................................... 28
BIBLIOGRAFIA................................................................................................. 34
ANEXOS...........................................................................................................

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ADECON - JUNIOR CONSULTORIA DA UEM

APRESENTAÇÃO

A organização dos Empreendimentos de Economia Solidária, como uma


cooperativa, uma associação e outros, dependem de um bom planejamento para
se saber qual direção deve ser tomada. O gestor/administrador do negócio próprio
deve conhecer o tamanho do desafio a ser enfrentado, planejar cada detalhe,
encontrar a melhor solução, ser persistente, analisar os riscos, preparar-se,
acreditar no seu potencial e começar ou dar continuidade á caminhada.
Para gerir um negócio, isto é, administrar um empreendimento cooperativo,
usa-se várias ferramentas, uma delas é o Plano de Negócios. Ele é um documento
que permite retratar a situação atual do empreendimento e projetar no futuro o seu
desenvolvimento, diminuindo as possibilidades de riscos que todo
empreendimento pode ter. Isto é, o Plano de Negócios indica caminhos para a
gestão (administração) que consegue planejar e decidir a respeito do futuro do
empreendimento, tendo como base os recursos disponíveis e potenciais, sua
situação atual financeira, em relação ao mercado, aos clientes e à concorrência.
Com o Plano de Negócios é possível pensar nos riscos e propor planos
para diminuí-los e até mesmo evitá-los; identificar pontos fortes e fracos em
relação à concorrência e ao ambiente em que se atua ou atuará; conhecer o
mercado e definir estratégias de marketing para seus produtos e serviços; analisar
o desempenho financeiro do empreendimento, avaliar investimentos, retorno sobre
o capital investido; enfim, ter-se-á um poderoso guia que norteará todas as ações.
Portanto, o Plano de Negócios não é uma ferramenta estática, pelo
contrário, é uma ferramenta muito dinâmica e deve ser atualizado e utilizado de
tempos em tempos. Está cada vez mais, tornando-se a principal arma de Gestão
que se pode utilizar em busca do sucesso do empreendimento cooperativo.
Nesse sentido, este Plano de Negócios tem por objetivo apresentar a
COOPERMARINGÁ-Cooperativa Maringá de Materiais Recicláveis e Prestação de
Serviços, demonstrar a sua situação atual e planejar o seu desenvolvimento.
A COOPERMARINGÁ nasceu com os trabalhadores oriundos do antigo
“ Lixão” do Município de Maringá.

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ADECON - JUNIOR CONSULTORIA DA UEM

Este empreendimento vem se realizando ao longo de um período de dois


anos por meio de um processo construtivo, que tem por base uma pedagogia
dialógica entre os trabalhadores cooperados e seus orientadores1, como também
entre os próprios trabalhadores cooperados. Neste caminhar coletivo foram
construídos conhecimentos que hoje nos permite agrega-los e formatar este Plano
de Negócios.
No percurso foram discutidos por meio de cursos, oficinas e
acompanhamento sistemático, os aspectos do cooperativismo e autogestão do
empreendimento. Entretanto, a Cooperativa, como qualquer outro
empreendimento, depende agora para seu crescimento, de um planejamento
sistematizado para otimizar suas ações, decisões e definir melhor para onde ir. Ou
seja, para continuar administrando a cooperativa pode-se usar vários instrumentos
e, um deles, é este Plano de Negócios, que permite retratar a situação atual da
cooperativa e projetar no futuro o seu desenvolvimento, demonstrando os pontos
que devem ser otimizados para viabilizar o seu crescimento.

Profa. Ms. Maria Nezilda Culti


Núcleo Unitrabalho/UEM - DCO

1
Universidade: pelos professores, técnicos e acadêmicos da UNITRABALHO,
ADECON - Empresa Júnior Consultoria e pela Prefeitura: por meio de parte de seu
corpo técnico que atua neste tipo de ação.

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1. SUMÁRIO EXECUTIVO.

1.1. Dados da empresa:

Razão social: Cooperativa Maringá de seleção de materiais recicláveis


e prestação de serviços.
Nome fantasia: COOPERMARINGÁ
CNPJ: 05.192.764-0001/40
Área de atuação: seleção de materiais recicláveis e prestação de
serviços.

1.2. Visão e missão:

Missão:

A missão deve retratar a razão de existência da cooperativa, o que esta


deve fazer para alcançar a visão. A pergunta que se faz quando se define a
missão da cooperativa é “para que serve nosso empreendimento?” Em resposta a
esta questão foi desenvolvida a missão abaixo:

“Promover a inclusão social através do trabalho coletivo e contribuir com a


sociedade via preservação do meio ambiente”.

Visão:

A Visão explicita o que a cooperativa quer ser, representa a meta que


mostra onde esta pretende chegar. A definição da visão é muito importante, pois
dá um sentido de direção ao negócio, favorece o comprometimento e o
envolvimento de todos, unifica as expectativas e serve como base para o
estabelecimento de estratégias a serem utilizadas para o alcance das metas do
empreendimento. A visão definida para a Coopermaringá foi a seguinte:

“Atingir um alto nível de desenvolvimento humano, buscando excelência de


preservação ambiental”.

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1.3. Perfil de atuação:

Social: Proporciona trabalho e renda para os cooperados.


Meio ambiente: Reciclagem de toneladas de lixo mensalmente,
redução da quantidade de lixo nos “lixões”, vias públicas e preservação
de nascentes de rios.
Saúde: Condições de higiene e saúde propícias ao desenvolvimento
dos trabalhos, diminuição de incidências de doenças, aumento da
expectativa de vida.
Educação: Aprendizagem básica de cooperativismo, técnica e de
gestão do empreendimento, redução do índice de analfabetismo através
de programa de alfabetização para adultos, conscientização da
população quanto à importância da reciclagem e da coleta seletiva.

2. PRODUTOS E SERVIÇOS:

Todos os materiais recicláveis oferecidos pela cooperativa são insumos para a


produção de novos produtos ou são materiais reutilizáveis para o antigo fim.

PRODUTOS INSUMOS REUTILIZÁVEIS


Alumínio bloco #
Alumínio duro #
Alumínio Mole #
Antimônio #
Bateria #
Caco de vidro #
Caco de vidro preto #
Caixa de leite #
Embalagem Chocomilk #
Cobre #
Cobre capa #
Cobre limpo #
Garrafão #
Jornal #
Latinha #
Lona #
Metal #
Óleo ( Embalagem) #
Papel branco #
Papel colorido #
Papel misto #
Papelão #
Pet #
Plástico #

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Plástico branco #
Plástico fino #
Potinho #
PVC #
Qboa/Veja (Embalagem) #
Sucata #
Sugador #
Tampinha #
Vidro de perfume #
Whisky #

2.1. Características do produto:

Todos os produtos possuem um ciclo de vida que começa com pouca


representação, passa pelas fases de crescimento, maturidade e termina com o
declínio.

Pouco representativos: São os produtos que estão entrando no mercado. As


vendas começam lentamente, mas depois aumentam com o passar do tempo.

Crescimento: São os produtos que têm suas vendas subindo rapidamente.

Maturidade: Um produto está maduro quando se torna conhecido no mercado


e quando as vendas sobem gradualmente. Como muitos compradores já
conhecem e possuem o produto, o crescimento das vendas é mais lento e pode
começar a cair.

Declínio: São os produtos que já passaram pelas fases de pouca


representatividade, crescimento e maturidade e que possuem tendência de
declínio de vendas.

POUCO REPRESENTATIVOS* CRESCIMENTO** MATURIDADE*** DECLÍNIO****

Lona Papelão Plástico Latinha


Tampinhas Sucata PET Potinho
Caco de vidro preto Garrafão Papel branco Óleo
(Embalagem)
Caco de vidro Caixa de leite Papel colorido Alumínio bloco
Aço Whisky Jornal Cobre
PVC Bateria Plástico fino Vidro-perfume
Qboa/Veja (Embalagem) Papel misto Alumínio duro
Metal Alumínio Mole

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Cobre capa
Antimônio
Obs: Estas características estão embasadas na receita de cada produto e podem melhor ser
observadas no anexo “Análise de Receitas e despesas”.

Legenda:
* Pouco representativos: VENDAS BAIXAS
**Crescimento: VENDAS EM CRESCIMENTO
***Maturidade: CHEGANDO AO MÁXIMO DE VENDAS
****Declínio: VENDAS EM DECLÍNIO

3. ANÁLISE DO MERCADO:

Mercado atual – A COOPERMARINGÁ está no mercado desde o final do ano


de 2001 e atua no ramo de seleção e coleta de materiais recicláveis, além de
prestar serviços à comunidade local.

Localização geográfica (mercado atual) – A organização atua no mercado


maringaense, ou seja, atualmente quase todos os seus compradores pertencem à
cidade de Maringá, sendo que os demais localizam-se na região.

O mercado existe nas relações de oferta e procura de algum produto ou


serviço, sendo composto por três partes: o mercado consumidor, o mercado
fornecedor e o mercado concorrente.

3.1 – Mercado consumidor:

O mercado consumidor é o conjunto de todos os clientes/compradores da


cooperativa, os quais podem ser chamados de mercado-alvo ou clientes
potenciais, ou seja, pessoas/empresas que podem se tornar clientes. Assim, os
consumidores são os compradores dos materiais recicláveis e as pessoas ou
empresa que contratam a cooperativa para fazer um serviço.

Mercado – alvo: O público – alvo da cooperativa é constituído por indústrias de


reciclagem, dentre elas, a de papelão, de plástico, de vidro, pvc, lonas, garrafas
pet, alumínio, etc. Além destes, pessoas interessadas em comprar os produtos
oferecidos pela cooperativa para revender às indústrias (atravessadores).
No que diz respeito às indústrias se torna interessante a venda desde que
seja localizada na região de Maringá, ou então, desde que haja um grande volume
de materiais e compense o frete (é importante, na verdade, estudar cada caso em
específico).
Com relação aos atravessadores, estes são a opção de compradores mais
cômoda para a cooperativa, pois os mesmos se responsabilizam pela busca dos
materiais. Porém, estes não representam a opção mais viável de vendas, por

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reduzir a margem de ganhos da cooperativa, visto que eliminando o atravessador


a mesma conseguirá vender seus produtos diretamente para indústrias a preços
melhores.

3.2 – Mercado fornecedor

O mercado fornecedor é composto por empreendimentos ou pessoas que


fornecem máquinas, produtos, materiais, matérias primas ou serviços para a
cooperativa. No caso da COOPERMARINGÁ, os fornecedores são:

as pessoas que separam o material reciclável em suas casas;

a prefeitura, que coleta os materiais e leva para a cooperativa, além de


prestar serviços de manutenção e conserto de suas máquinas e instalações;

a Adecon Júnior Consultoria da UEM e a Unitrabalho, as quais oferecem


cursos em geral e acompanham as atividades da cooperativa;

outras entidades parceiras que de alguma forma fornecem conhecimento,


materiais, auxílio, etc.

3.3 – Mercado Concorrente

“Concorrentes são aquelas organizações, principalmente empresas


privadas que oferecem o mesmo produto/serviço considerado no plano de
negócios. Concorrentes não são as organizações que realizam uma atividade
social similar, atendendo o mesmo público beneficiário” (ASHOKA
Empreendedores Sociais e MCKENSEY & COMPANY, 2001, p. 55). Isso mostra
que as demais cooperativas do mesmo segmento não são concorrentes e sim
parceiras. Em relação aos produtos oferecidos pela COOPERMARINGÁ, seus
principais concorrentes e seus respectivos pontos fortes e fracos são:
CONCORRENTES PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

Não possuem Pequena


delimitação de áreas quantidade de
para a coleta. produtos para
Coletores de rua não Flexibilidade de tempo venda.
pertencentes às destinada à coleta dos Baixo poder de
cooperativas materiais. negociação quanto
aos preços dos
produtos.
Venda restrita a
atravessadores.
Ausência de
organização
administrativa.

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Possuem fácil acesso Não tem apoio da


aos materiais. Prefeitura Municipal
Associações de Quantidade média de de Maringá.
bairros que fazem a materiais coletados. Baixo poder de
coleta e seleção dos Grande influência junto negociação quanto
produtos recicláveis à comunidade local aos preços dos
quanto à seleção produtos.
desses materiais. Baixa variedade de
produtos.

Possuem fácil acesso


aos materiais. Não tem apoio da
Quantidade média de Prefeitura Municipal
materiais coletados. de Maringá.
Empresas que fazem Grande influência junto
a seleção e à comunidade local
reciclagem de seus quanto à seleção Baixa variedade de
materiais desses materiais. produtos.
Tem grande poder de
negociação de preço,
devido ao grande
volume de materiais.

Compram materiais O número de


recicláveis já beneficiários é
selecionados a preços inferior ao das
acessíveis. cooperativas.
Revendem os materiais
Atravessadores que com considerável
revendem os margem de lucro.
materiais já Possuem contato com É sensível aos
coletados os compradores finais. concorrentes.
Podem vender os
materiais em grande
quantidade.
Maior poder de
investimento devido o
pequeno número de
beneficiários.

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3.4 – Pontos Fortes, Pontos Fracos e Pontos a Melhorar.

3.4.1 – Pontos fracos

São as características estabelecidas como negativas, que prejudicam o


cumprimento dos objetivos, propósitos e ações da cooperativa. Neste sentido, a
Coopermaringá apresenta os seguintes pontos fracos:

- Dependência do órgão municipal, comunidade e universidade;


- Não possui total controle do processo de coleta;
- Coleta problemática, pois não é feita pelos próprios cooperados;
- Falta de controle de estoques;
- Baixo envolvimento dos cooperados;
- Ausência de equipamentos de segurança;
- Falta de visualização externa da localização da Cooperativa;
- Falta de atividades que agreguem valor aos materiais;

3.4.2 – Pontos fortes

Os pontos fortes são aquelas características positivas de destaque na


cooperativa, que a favorecem no cumprimento de seus objetivos, ações e
propósitos. São definidos como sendo os seguintes:

- Processo decisório coletivo;


- Não possui níveis hierárquicos;
- Apoio da prefeitura e da Universidade;
- Gestão da preservação ambiental;
- Benefícios tributários;
- Fácil acesso às instalações da cooperativa;
- Inclusão social.

3.4.3 – Pontos a melhorar

São aspectos positivos na cooperativa, mas que, no entanto, ainda não se


encontram num grau satisfatório para cumprir efetivamente seus propósitos. Os
pontos que precisam ser melhorados são os seguintes:

- Motivação dos cooperados;


- Conhecimento e treinamento administrativo;
- Aumento das sobras por cooperado;
- Reestudar circulação e fluxos internos (layout);
- Padronização dos materiais;
- Conhecimento do mercado do lixo (onde vender, quem paga melhor, como
agregar valor, etc);
- Comunicação interna e externa;

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- Infra – estrutura: barracão, máquinas, equipamentos, iluminação, limpeza e


arrumação;
- Fundos de Reserva e pagamentos obrigatórios de acordo com a legislação
específica;

3.5 – Oportunidades existentes

Para a atividade foco:

Vender produtos recicláveis em conjunto com outras Cooperativas para outras


cidades e estados;

A Coopermaringá, por meio de uma Central de Comercialização de produtos


recicláveis deve unir-se às demais cooperativas de reciclagem de lixo da cidade
de Maringá e municípios próximos para vender seus materiais em maior
quantidade, adquirindo assim, um melhor preço de venda dos mesmos e com
possibilidade de expansão de suas vendas para outras cidades e estados, com
intuito de evitar os atravessadores. Ou seja, esta Central irá prestar serviços para
os cooperados na comercialização de seus materiais.

Processar produtos visando agregar valor e maior inserção em Cadeia


Produtiva;

A Coopermaringá, por meio de parceria com outras cooperativas ou da Central


de Comercialização, deve buscar produzir papel reciclado e processar as
embalagens PET, visto que são matérias primas que dispõe e podem agregar
valor e proporcionar aumento dos valores destinados aos rendimentos dos
cooperados e às sobras para fundos de reserva e investimentos.

Para atividades complementares:

Diversificação das áreas de atuação;

Um outro fator importante para uma melhoria da renda dos cooperados é a


diversificação de sua área de atuação e de apoio. Desta forma, o UNIPET/UEM –
União dos Programas Especiais de Treinamento da Universidade Estadual de
Maringá ,elaborou um projeto com as seguintes oportunidades:

- Comercialização de codornas – O PET de Zootecnia propõe a criação de


codornas em local apropriado no próprio terreno e comercialização de seus
ovos como alternativa para a ampliação de sobras mensais aos cooperados
e também melhoria de condições de vida.

- Fabricação de detergente – O PET de Química tem seu projeto voltado à


fabricação de detergente para uso próprio dos cooperados e para
comercialização.

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- Agricultura de subsistência – O PET de agronomia propõe a


Coopermaringá a estruturação de uma horta, em local apropriado no
terreno da cooperativa para cultivar hortaliças destinadas ao consumo dos
próprios cooperados.

- Curso de alfabetização – O PET de Pedagogia executa seu projeto de


alfabetização dos cooperados desde novembro de 2003, o que proporciona
maior conhecimento, podendo trazer benefícios à própria cooperativa.

Ainda nas atividades complementares verifica-se que há uma possibilidade


da Coopermaringá incrementar a oferta serviços como limpezas de parques de
exposição, condomínios, locais de grandes eventos e até após término de obras.

OBS: Estas oportunidades são visualizadas no momento, mas carecem de estudos de


viabilidade econômica.

3.6 – Ameaças e riscos

- Ausência de seguro contra incêndio e roubo Todo estoque da


cooperativa encontra-se em sua sede e alguns materiais são inflamáveis. Assim, o
risco de incêndio se torna alto podendo danificar o prédio e eliminar o estoque
(fonte de recursos).

- Irregularidades legais a cooperativa está vulnerável aos órgãos


fiscalizadores (Receita federal, INSS, vigilância sanitária, IAPE, corpo de
bombeiros, etc).

- Riscos de doenças devido a ausência de equipamentos de segurança


para manuseio dos materiais os cooperados estão expostos à contraírem
doenças.

- Perda de apoio da prefeitura Uma nova gestão do órgão municipal pode


vir a não dar continuidade no projeto e a cooperativa corre o risco de extinção por
falta de recursos próprios.

- Crescimento do número de concorrentes O mercado do lixo tem se


tornado fonte de recursos para muitas pessoas e até mesmo empresas. Devido a
este fato, cada vez mais surgem catadores, associações de bairros, empresas e
pessoas físicas interessadas em vender esse material. Para a cooperativa isto é
uma ameaça, pois cada vez menos a quantidade de material é arrecada.

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4 – PLANO DE MARKETING E VENDAS

4.1 – Objetivos e metas

Os objetivos e metas são importantes para que a Coopermaringá saiba


onde quer chegar e tenha como planejar suas ações e definir estratégias a serem
atingidas a curto, médio e longo prazo.
Os objetivos são qualitativos, ou seja, é o que a cooperativa deve buscar
em termos de benefícios para os cooperados e a própria cooperativa, que não
podem ser mensurados.
Já as metas representam o que a cooperativa pretende atingir em termos
quantitativos.

Objetivos Meio de atingí-los Prazo


Obter maior Mostrando resultados
comprometimento dos financeiros positivos e 6 meses
cooperados concretos
Mostrar para a população
que o material reciclável Panfletagem nas casas 2 meses
coletado não vai para a
prefeitura

Coletar material nas Através da prefeitura 1 mês


quartas-feiras

Metas Meio de atingí-las Prazo


Aumentar em 51% a Os cooperados coletarem 6 meses
quantidade de material com carrinhos nas ruas
Vender 100% do produto Através da Central de 8 meses
PET conjuntamente com Comercialização
as demais cooperativas
Fazendo um fundo de
Adquirir um caminhão reserva para essa De 12 a 18 meses
próprio finalidade

Aumentar as sobras para Aumentando o volume de 6 meses


R$500,00 por cooperado/ materiais coletados
mês

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4.2 – Estratégia de Marketing e Vendas

As estratégias são as diretrizes, a maneira de como atingir os objetivos e


metas anteriores, através de material e canais de divulgação. Para isso serão
realizados:

Vendas

Vender conjuntamente com as demais cooperativas de Maringá e região


(através da Central de comercialização);
Vender diretamente às Indústrias.

4.3 – Canais de distribuição

“Um canal de distribuição pode ser definido como o meio que será utilizado
para entregar o produto/serviço para o consumidor. Dessa forma, o canal de
distribuição é a ponte entre o negócio e o público-alvo e, portanto, parte
fundamental de uma proposta de valor bem sucedida”. (Askoha Empreendedores
Sociais e Mckinsey & Company, 2001, p.87).

A Coopermaringá se utiliza de canais de distribuição de vendas diretas, ou


seja, a venda é realizada diretamente ao consumidor que a procura para a compra
de produtos sem utilizar-se de intermediários.

Obs: Caso a Central de Comercialização de produtos recicláveis venha


concretizar-se, o canal de distribuição da Coopermaringá passará a ser de venda
indireta: as vendas serão feitas primeiramente ao intermediário e em um segundo
momento ao consumidor.

4.4 - Preço

Os preços praticados atualmente pela Coopermaringá são definidos com


base no mercado. A Cooperativa não tem sua política de preços baseadas no
lucro, ou em Mark-ups, até mesmo por uma questão de concorrência, além de não
possuir mecanismos (caminhão próprio, recursos para fretes e grande volume de
materiais que compensem o custo do transporte) de distribuição favorecendo a
evolução dos preços.

Os preços atuais são:

MATERIAIS PREÇOS PRATICADOS


AÇO R$1,00
ALUMÍNIO BLOCO R$2,50
ALUMÍNIO DURO R$ 2,00

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ALUMÍNIO MOLE R$ 3,40


ANTIMÔNIO R$1,00
BATERIA R$ 0,35
CACO DE VIDRO R$ 0,03
CACO DE VIDRO PRETO R$ 0,03
CAIXA DE LEITE R$ 0,10
CHOCOMILK R$ 0,10
COBRE R$ 3,80
COBRE CAPA R$1,50
COBRE LIMPO R$ 3,00
GARRAFÃO R$ 0,50
JORNAL R$ 0,22
LATINHA R$ 2,90
LONA R$ 0,30
METAL R$ 2,70
ÓLEO R$ 0,30
PAPEL BRANCO R$ 0,36
PAPEL COLORIDO R$ 0,15
PAPEL MISTO R$ 0,08
PAPELÃO R$ 0,22
PET R$ 0,60
PLÁSTICO R$ 0,45
PÁSTICO FINO R$ 0,18
POTINHO R$ 0,10
KBOA/VEJA R$ 0,05
SUCATA R$ 0,13
TAMPINHAS R$ 0,48
WHISKY R$ 0,50

4.5 - COMUNICAÇÃO

A comunicação da Coopermaringá será realizada pelos seguintes meios:

Rádio (Universitária FM/ Maringá FM);

TV (RTV - Pinga fogo/ Repórter Cidade);

Panfletagem (Nos bairros);

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Jornais (Diário);

Através de Passeata;

Associações de bairro;

Rádios de igreja;

Antes de tudo, é fundamental que seja realizado um treinamento para os


cooperados que terão contatos diretos com os meios de comunicação.
Em seguida, para operacionalizar estes canais de comunicações será
necessário que o representante da cooperativa agende horários com os
representantes dos meios de comunicação. Nestas reuniões o(s) cooperado(s)
deve(m) expor a necessidade e a urgência de publicidade e também a
necessidade de conscientização da população sobre a questão do lixo e da
reciclagem.
A Cooperativa tem totais condições de conquistar estes meios com baixo
custo, pois é um segmento de interesse da comunidade. Além disso, podem ser
realizadas parcerias com as empresas interessadas em fazer marketing social.
Com relação à panfletagem, a cooperativa precisará entrar em contato com
a Prefeitura Municipal para disponibilização dos materiais necessários.
Para organizar a passeata é preciso agendar o dia de sua realização, pedir
auxílio à televisão, às rádios e às patrulhas que dirigirem o movimento de
conscientização.

4.6 –Satisfação do cliente

Um fator extremamente importante é que a organização esteja sempre


atenta às expectativas dos seus clientes/compradores, criando um relacionamento
de confiança e transparência. É preciso que haja relações de ajuda mútua com as
indústrias que trabalham com o material reciclado, buscando sempre eliminar os
atravessadores.
A cooperativa precisa ter um mecanismo de obtenção de informações a
respeito das preferências de compra de materiais destas indústrias para conseguir
uma maior satisfação e fidelidade por parte das mesmas, além de melhores
preços na venda de seus produtos.

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5 – PLANO FINANCEIRO:

Figura 1 - Receitas mensais obtidas


JAN/DEZ-2003.
jan 10.369,42
fev 8.593,60
mar 7.802,30
abr 8.235,44
mai 7.577,55
jun 8.583,90
Mês

jul 7.477,71
ago 9.859,35
set 9.729,15
out 8.852,58
nov 7.384,51
dez 8.888,86

0,00 2.000,00 4.000,00 6.000,00 8.000,00 10.000,00 12.000,00


Em R$ (Reais)

A Figura 1 mostra as receitas mensais obtidas na Coopermaringá, no perío-


do de janeiro a dezembro de 2003. Observe que o comportamento das receitas é
oscilante (altos e baixos), não demonstrando tendências (de quedas ou baixas).
Mesmo assim, destaca-se o mês de janeiro, refletindo as festas de fim de ano, em
que, normalmente, aumenta a oferta de material para reciclagem. Os meses em
que se observam quedas acentuadas no volume coletado, podem ser explicados,
em parte, por fatores climáticos (excesso de chuvas) e também pelas dificuldades
da coleta seletiva realizada pela Prefeitura Municipal, visto ser ela que faz a
referida coleta e conta com poucos caminhões para este fim, sem contar que
freqüentemente ficam parados por necessidade de manutenção e consertos, pois
são caminhões com muitos anos de uso e, portanto, já velhos..
A média mensal situa-se em R$ 8.612,86, considerado o patamar mais fre-
qüente das receitas.

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Figura 2 - Receitas mensais obtidas


por cooperado - JAN/DEZ-2003.
jan 370
fev 306
mar 278
abr 294
mai 270
jun 306
Mês

jul 276
ago 367
set 329
out 345
nov 284
dez 343

0 50 100 150 200 250 300 350 400


Em Reais (R$)

A Figura 2 mostra as receitas mensais, por cooperado, obtidas na Cooper-


maringá, no período de janeiro a dezembro de 2003. Conforme já mencionado
anteriormente, o comportamento das receitas é oscilante (altos e baixos), não de-
monstrando tendências (de altas ou baixas). Porém, este é o melhor indicador
para avaliação de desempenho da Cooperativa. Como se tem mantido o quadro
de cooperados, não há diferenças entre o comportamento das receitas totais e as
dos cooperados.

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Figura 3 - Os dez produtos mais


representativos na receita total.
ORDEM MATERIAL TOTAL % do total % acum
1 plástico 16.464,76 15,93 15,9
2 pet 16.218,05 15,69 31,6
3 Papelão 13.830,10 13,38 45,0
4 Papel branco 12.451,50 12,05 57,1
5 sucata 7.321,05 7,08 64,1
6 Papel colorido 5.792,60 5,60 69,7
7 Latinha 4.623,50 4,47 74,2
8 plástico fino 4.173,40 4,04 78,3
9 Jornal 3.927,73 3,80 82,1
10 Caco de vidro 3.233,70 3,13 85,2
88.036,39 85,20 85,2

DE 11 A 50 15.317,97 14,80 100,0

TOTAL GERAL 103.354,36 100,00

A Figura 3 apresenta os dez produtos de maior representatividade na re-


ceita total da Coopermaringá, obtida durante o período de janeiro a dezembro de
2003. Observe que, dentre 50 produtos, o plástico é o produto de maior represen-
tatividade com 15,93% do total.
Outro ponto a observar é que o plástico e o Pet são os produtos de maior
representatividade, pois os dois somam 31,6% do total
Dentre 50 produtos coletados pela Coopermaringá, os dez principais con-
centram 85,20% da receita total.

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Figura 4 - Os dez produtos de melhor


remuneração por Unidade.

Material P.U Unidade Fornecedor


Cobre 4,20 Kg Ferro Velho São Bernardo
aluminio mole 3,40 Kg Ferro Velho São Bernardo
Alumínio 3,30 Kg Ferro Velho São Bernardo
Latinha 3,00 Kg Ferro Velho São Bernardo
Cobre limpo 3,00 Kg Graciato Metais
Metal 2,80 Kg Ferro Velho São Bernardo
Alumínio Bloco 2,70 Kg Ferro Velho São Bernardo
Alumínio duro 2,00 Kg Graciato Metais
Antimônio 1,10 Kg Ferro Velho São Bernardo

A Figura 4 apresenta em ordem decrescente os dez produtos de melhor


remuneração por unidade, com os respectivos fornecedores. Estas informações
são importantes para orientar os esforços dos cooperados, sempre que possível,
para produtos de melhor remuneração. Porém, outros fatores devem ser pondera-
dos. Por exemplo: o cobre, mesmo sendo um produto de excelente remuneração
(R$ 4,20 p/ kg), é de difícil obtenção. A latinha, também com boa remuneração
(R$ 3,00 p/ kg), sofre uma concorrência muito grande de carrinheiros, escolas,
donos de bares, dentre outros). Já, o plástico (R$ 0,50 p/ kg), o pet (R$ 0,65 p/ kg)
e o papelão (R$ 0,30), constantes da figura 5, mesmo sendo produtos de baixa
remuneração, compensam, em função de sua fácil obtenção. Assim, o cooperado
não pode levar em consideração apenas a remuneração do produto, mas também
outros fatores, igualmente importantes. Estas informações são importantes para
orientar os esforços dos cooperados, sempre que possível, para produtos de
melhor remuneração.

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Figura 5 - Comparativo entre participação


receita total e remuneração por unidade.
Ordem Material Total(R$) Ordem Material P.U
1 plástico 16.464,76 1 Cobre 4,20
2 pet 16.218,05 2 aluminio mole 3,40
3 Papelão 13.830,10 3 Alumínio 3,30
4 Papel branco 12.451,50 4 Latinha 3,00
5 sucata 7.321,05 5 Cobre limpo 3,00
6 Papel colorido 5.792,60 6 Metal 2,80
7 Latinha 4.623,50 7 Alumínio Bloco 2,70
8 plástico fino 4.173,40 8 Alumínio duro 2,00
9 Jornal 3.927,73 9 Antimônio 1,10
10 Caco de vidro 3.233,70 10 pet 0,65
11 Papel misto 2.851,70 11 whisky 0,60
12 potinho 1.911,49 12 tampinhas 0,50
13 aluminio mole 1.641,93 13 plástico 0,50
14 Qboa/Veja 1.236,35 14 Garrafão 0,50
15 Garrafão 1.120,35 15 Papel branco 0,38
16 Caixa de leite 1.001,70 16 Bateria 0,37
17 óleo 944,00 17 Jornal 0,33
18 Lona 480,00 18 plástico fino 0,30
19 Metal 452,25 19 Papelão 0,30
20 Cobre 430,30 20 óleo 0,30

A Figura 5 confronta (para o período de janeiro a dezembro de 2003), os


produtos de maior representatividade na receita total da Coopermaringá com os
de melhor remuneração por unidade. Estas informações servem para avaliar se
houve empenho dos cooperados para produtos de maior remuneração. Porém,
como mencionado anteriormente, outros fatores devem ser ponderados. Por
exemplo: o cobre, mesmo sendo um produto de excelente remuneração (R$ 4,20
p/ kg), é de difícil obtenção. A latinha, também com boa remuneração (R$ 3,00 p/
kg), sofre uma concorrência muito grande de carrinheiros, escolas, donos de ba-
res, dentre outros). Já, o plástico (R$ 0,50 p/ kg), o pet (R$ 0,65 p/ kg) e o papelão
(R$ 0,30), mesmo sendo produtos de baixa remuneração, compensam, em função
de sua fácil obtenção. O plástico e a Pet, se classificaram apenas nos 10º e 13o
produto, em termos de preço por unidade, foram os produtos de maior
representatividade na receita total da Coopermaringá.
Assim, o cooperado não pode levar em consideração apenas a
remuneração do produto, mas também outros fatores, igualmente importantes.

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Figura 6 - Comportamento de
desempenho mensal dos produtos.
12

10

8
Ordem

0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Plástico PET Papelão Papel branco Sucata Papel colorido Latinha

A Figura 6 mostra o comportamento mensal, no ano de 2003, dos 7 princi-


pais produtos de coleta da Coopermaringá. Observe, por exemplo, que a latinha
teve um comportamento oscilante ao longo do ano: 5a posição, em janeiro; 6a em
fevereiro; 8a em março; 7a em abril; 9a em maio; 8a em junho; 10a em julho; 11a,
em agosto; 9a, em setembro; e, 8a nos meses seguintes. Este comportamento das
receitas é explicado, em parte, pelas datas festivas (carnaval, natal, ano novo),
concentradas em determinados meses do ano. Assim, nestes períodos, amplia-se
para a cooperativa a oferta de material destinado a reciclagem. Também influen-
cia, porém, negativamente, os períodos longos de chuva.
Observe que a latinha, apesar de oscilar, mostrou crescimento no período.
O mesmo não acontece com o papel colorido, plástico e sucata que apresentaram
maior oscilação em relação aos demais produtos e com leve tendência de queda.
O Pet é o que se apresenta com maior estabilidade, o que sinaliza que a
cooperativa pode investir neste produto, pensando numa atividade de
processamento, uma vez que tem fluxo estável

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Figura 7 - DESPESAS PARA FUNCIONAMENTO E PONTO DE EQUILÍBRIO


(30 COOPERADOS - RETIRADA DE R$ 300 mensais)

Meta a ser atingida(precisa crescer


Atual 50,79%)

RECEITAS MENSAIS OBTIDAS(Média) 8.612,86 12.987,74

(-) DESPESAS FIXAS (12.987,74) (12.987,74)


água (50,00) relógio único=50%)
aluguel do predio (450,00) prédio único=50%
combustível (150,00) gasto com aluguel de veículos de cooperado
energia elétrica (72,50) relógio único=50%)
farmácia(primeiros socorros) (30,00) média
honorários contábeis (120,00)
IPTU do prédio(R$1.285,86/12)/2 (53,57) prédio único=50%
licenciamento dos veículos(IPVA e seguros) (26,60) proporcional às viagens
manutenção de carrinhos (15,00) média
material de expediente(papelaria) (5,00) média
retirada dos cooperados(30x300,00) (9.000,00) desde a coleta até a separação + 4 cooperados
telefone (65,00) uso próprio
transporte do lixo em caminhões(combustível)* (943,36) (proporcional às viagens)
transporte do lixo em caminhões(pneus)* (278,86) (média de 60,8 kg/viagem)
transporte do lixo em caminhões(manutenção)* (737,85) (proporcional às viagens)
encargos sociais (11% sobre as retiradas) (990,00)

(=) DÉFICIT MENSAL (4.374,88) 0,00


*número de viagens fixo
OBS: Ano base de cálculo: janeiro a dezembro/2003

Para a elaboração deste relatório (Figura 7), foram consideradas todas as


despesas realizadas pela Coopermaringá para o período de um mês.
Como o número de viagens realizadas pela cooperativa ao longo do mês
para coleta de material não varia, todas as despesas (de natureza variável ou fixa)
foram enquadradas como fixas, conforme apresentado na figura 7.
A Figura 7 mostra que a Coopermaringá, para uma retirada de R$ 300
mensais, por cooperado, teria mensalmente um gasto fixo de R$ 12.987,74.
Infelizmente, a receita média mensal obtida pela cooperativa – em R$ 8.612,86 – é
insuficiente para cobrir estes gastos, ocorrendo um déficit mensal de R$ 4.374,88.
Para equilibrar as contas (supondo retiradas mensais por cooperado, em
R$ 300,00), torna-se necessário que as receitas mensais tenham crescimento ao
redor de 50,79%.
Consideramos para efeito desta análise, alguns custos que ainda hoje são
subsidiados pela Prefeitura, mas que precisam ser custeados pela Cooperativa,
por isso foram computados como se estivessem sendo assumidos pela própria
cooperativa, visto que ela precisa ser economicamente viável, sem os subsídios
externos, ou seja por ela mesma.

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Figura 8 - DESPESAS PARA FUNCIONAMENTO E PONTO DE EQUILÍBRIO


(30 COOPERADOS - RETIRADA DE R$ 400 mensais)

Meta a ser atingida (precisa crescer


Atual 89,45%)

RECEITAS MENSAIS OBTIDAS(Média) 8.612,86 16.317,74

(-) DESPESAS FIXAS (16.317,74) (16.317,74)


água (50,00) relógio único=50%)
aluguel do predio (450,00) prédio único=50%
combustível (150,00) gasto com aluguel de veículos de cooperado
energia elétrica (72,50) relógio único=50%)
farmácia(primeiros socorros) (30,00) média
honorários contábeis (120,00)
IPTU do prédio(R$1.285,86/12)/2 (53,57) prédio único=50%
licenciamento dos veículos(IPVA e seguros) (26,60) proporcional às viagens
manutenção de carrinhos (15,00) média
material de expediente(papelaria) (5,00) média
retirada dos cooperados(30x400,00) (12.000,00) desde a coleta até a separação + 10 cooperados
telefone (65,00) uso próprio
transporte do lixo em caminhões(combustível)* (943,36) (proporcional às viagens)
transporte do lixo em caminhões(pneus)* (278,86) (média de 60,8 kg/viagem)
transporte do lixo em caminhões(manutenção)* (737,85) (proporcional às viagens)
encargos sociais (11% sobre as retiradas) (1.320,00)

(=) DÉFICIT MENSAL (7.704,88) 0,00


*número de viagens fixo
OBS: Ano base de cálculo: janeiro a dezembro/2003

Para a elaboração deste relatório (Figura 8), foram consideradas todas as


despesas realizadas pela Coopermaringá para o período de um mês.
Como o número de viagens realizadas pela cooperativa ao longo do mês
para coleta de material não varia, todas as despesas (de natureza variável ou fixa)
foram enquadradas como fixas, conforme apresentado na figura 8.
A Figura 8 mostra que a Coopermaringá, para uma retirada de R$ 400
mensais, por cooperado, teria mensalmente um gasto fixo de R$ 16.317,74.
Infelizmente, a receita média mensal obtida pela cooperativa – em R$ 8.612,86 – é
insuficiente para cobrir estes gastos, ocorrendo um déficit mensal de R$ 7.704,88.
Para equilibrar as contas (supondo retiradas mensais por cooperado, em
R$ 400,00), torna-se necessário que as receitas mensais tenham crescimento ao
redor de 89,45%.
Também aqui, consideramos para efeito desta análise, alguns custos que
ainda hoje são subsidiados pela Prefeitura, mas que precisam ser custeados pela
Cooperativa, por isso foram computados como se estivessem sendo assumidos
pela própria cooperativa, visto que ela precisa ser economicamente viável, sem os
subsídios externos, ou seja por ela mesma.

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6. RECOMENDAÇÕES FINAIS

O plano apresenta várias questões em relação à situação atual da


cooperativa. Assim, seria fundamental que a COOPERMARINGÁ observasse que
dentro do plano existem os pontos fracos, os quais necessitam ser melhorados, os
pontos fortes, os quais necessitam ser evidenciados e divulgados na mídia através
das estratégias definidas no plano de marketing, os pontos a melhorar, os quais
devem ser analisados e com base nestes apresentar estratégias para suprir as
dificuldades.
Sendo assim, obtendo-se conhecimento de todos estes aspectos e sabendo
que ainda existem outros, o PLANO DE NEGÓCIOS será fechado com um item
denominado PLANO DE AÇÃO IMEDIATA, onde será contemplado que tipo de
providências e atitudes a COOPERMARINGÁ deverá tomar para que as
deficiências sejam reparadas.

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COOPERMARINGÁ

PLANO DE AÇÃO IMEDIATA

2004

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Plano de Ação Imediata: O que fazer?


O importante deste plano de ação é que se buscou o máximo de
objetividade de palavras e definições para que não se perca o caráter de âmbito
prático. Além disso, as ações apresentadas no mesmo, precisam se tornar
efetivas e evidentes, para que o Plano não se torne apenas teórico.

1- Quanto à missão e visão:

É de fundamental importância todos os cooperados conhecerem o que a


cooperativa faz e onde ela quer chegar para assim definir que ações serão
tomadas e dessa forma, propôem-se:

Anunciar freqüentemente em reuniões a missão e a visão da cooperativa,


para que todos fixem seu conteúdo e para que haja um maior envolvimento e
compromisso por parte destes quanto aos propósitos da Coopermaringá;

Colocar quadros com a descrição da missão e da visão no ambiente


interno do barracão ou onde se tenha maior circulação de cooperados.

2- Quanto aos concorrentes e ao mercado do lixo:

Não é possível atacar os pontos fortes dos concorrentes e se adequar ao


mercado sem melhorar os pontos fracos da própria cooperativa. Assim, o ideal
seria que a cooperativa observasse os itens 3.4.1, 3.4.2 e 3.4.3, tomando as
seguintes atitudes:

Em relação aos pontos fracos, a cooperativa deve observar os seguintes


tópicos, buscando atenuá-los ou eliminá-los:

Não possui total controle do processo de coleta – Atualmente a


Coopermaringá é dependente da coleta realizada pela Prefeitura Municipal e da
disposição dos funcionários responsáveis pela arrecadação dos materiais
recicláveis e por não efetuar o acompanhamento desse processo, não possui a
garantia de que a mesma seja realizada da melhor forma. Assim, ideal seria se a
Coopermaringá adquirisse um caminhão para realizar a coleta nos bairros onde
os materiais são destinados à mesma, para que aos poucos possa alcançar uma
maior autonomia desse processo, ou seja, uma independência em relação à
Prefeitura.

Coleta problemática, pois não é feita pelos próprios cooperados – Como


descrito acima, o ideal seria a aquisição de um caminhão para a realização da
coleta seletiva pela própria cooperativa, mas uma segunda alternativa que a
Coopermaringá possui, está relacionada a disponibilização de um cooperado

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para acompanhamento da coleta realizada pela Prefeitura Municipal, para que


se possa assegurar a qualidade da coleta em questão.

Falta de controle de estoques – A Coopermaringá deve implantar um


controle efetivo de estoques, através da pesagem e conferência dos materiais
recebidos e vendidos pela mesma, pois atualmente é impossível estimar a
quantidade de materiais armazenados em seu barracão, o que se torna
indispensável para um melhor monitoramento de suas atividades.

Baixo envolvimento dos cooperados – Para que se alcance um maior


envolvimento dos cooperados quanto aos objetivos e metas da Coopermaringá,
faz-se necessário, primeiramente, uma conscientização dos mesmos quanto à
importância da união de esforços para que se consiga atingir os propósitos
definidos com maior eficácia, alcançando melhorias contínuas e benefícios
mútuos. Assim, caberá aos seus representantes a convocação sistemática de
reuniões para discussão de assuntos de interesse comum;

Ausência de equipamentos de segurança – Além de ser um ponto fraco da


cooperativa, também representa um risco para os cooperados e será, portanto,
descrito mais detalhadamente no tópico referente às ameaças e riscos aos quais
a Coopermaringá está exposta;

Falta de visualização externa da localização da Cooperativa – Para que a


Coopermaringá possa ser identificada mais facilmente pelos seus compradores e
visitantes é necessário que haja uma melhor visualização externa da mesma, o
que pode ser alcançada através da disponibilização de placas indicadoras de
sua localização na rodovia de acesso a cooperativa;

Falta de atividades que agreguem valor aos materiais – Atualmente, a


Coopermaringá vende os materiais da mesma forma em que os mesmos são
coletados, ou seja, não ocorre nenhum tipo de agregação de valor e com isso, a
cooperativa está deixando de vender seus produtos a preços melhores. Assim,
recomenda-se que os cooperados discutam entre si, possíveis formas de
agregarem valor aos seus produtos, isso de acordo com suas vivências e
conhecimento das necessidades de seus compradores, pois este é mais um
fator a ser considerado para o alcance de melhores sobras mensais e maior
satisfação e fidelização de seus clientes. Nossa recomendação seria estudar a
viabilidade de transformação da PET, junto com outras cooperativas do
Município e outros da região metropolitana, visto ser um dos produtos mais
coletados, estabelecendo uma Central de Comercialização.

Já quanto aos pontos fortes, a cooperativa deve através de planos de


comunicação (já definidos no item 4.5) fortalecer suas características de qualidade
para que seu público-alvo se torne ainda mais fiel, observando também as
oportunidades existentes (já definidas no item 3.5).

30
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E por fim, os pontos a melhorar devem possuir maior atenção por parte
dos cooperados para que se obtenha uma maior motivação e conscientização dos
mesmos. Assim, estes pontos devem ser encaminhados da seguinte forma:

Conhecimento administrativo – Na realidade, a cooperativa já começou a


melhorar seus conhecimentos administrativos através do acompanhamento e
instruções fornecidas pela ADECON e pela UNITRABALHO quanto à organização
de documentos e controles de entradas e saídas mensais. Além disso, o curso de
Gestão realizado proporcionou um maior embasamento quanto à utilidade e
entendimento de um Plano de Negócios. Mas, não se deve parar por aí, é de
fundamental importância que os cooperados busquem constantemente
especializar seus conhecimentos através de contatos com organizações que
ofereçam cursos (Universidades, Senai, Consultores, etc);

Sobras por cooperados – Melhorar todos os pontos do Plano de Negócios e


buscar agregar valor aos materiais vendidos, objetivando elevar as sobras;

Layout – A cooperativa deve buscar ajuda externa para a elaboração de um


projeto que contemple a melhor disposição física de seus materiais, com vista a
facilitar o fluxo interno de materiais e otimizar o espaço e o tempo de realização de
suas atividades;

Padronização – A cooperativa deve estabelecer um padrão para a


realização de suas atividades, como por exemplo, o recebimento e pesagem dos
materiais recicláveis, a separação e armazenagem dos mesmos e o
estabelecimento de controles de estoques;

Conhecimento do mercado do lixo – A cooperativa deve levantar as


seguintes questões: qual o melhor local de venda para a Coopermaringá? Quem
pagará melhor pelos nossos materiais? Como podemos vendê-los por um preço
melhor? Com base nas respostas obtidas dar um maior enfoque neste mercado;

Comunicação interna e externa – Observar Item 4.5

Infra-estrutura – Criar um fundo destinado a este fim e estipular prazo para


melhoramento de equipamentos, maquinários e barracão.

Socialização de pagamentos – Antes de tudo, realizar a conscientização de


todos os cooperados quanto à importância da constituição dos fundos, em
especial dos obrigatórios e a colaboração de todos para as reservas dos mesmos.
A porcentagem destinada a esse fim deve ser estabelecida conjuntamente.

31
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3 - Quanto às ameaças e riscos

É extremamente importante explicitar as ameaças e riscos aos quais a


cooperativa está exposta, assim, deve-se observar os seguintes tópicos:

Ausência de seguro – No caso dos estoques, não seria recomendável


realizar o seguro sem antes implementar o controle de estoques para definição da
quantidade de materiais armazenados no barracão. Se for um valor insignificante,
o seguro não é compensatório, dessa forma não deve ser efetivado. Caso o valor
seja significativo, deve-se recorrer ao seguro para evitar perdas e prejuízos a
cooperativa. Recomenda-se que os equipamentos e as instalações tenham
seguros;

Irregularidades legais - Efetivamente a cooperativa deve contratar um


contador específico para seu negócio, pois assim é possível manter um alto nível
de acompanhamento com relação a seus efetivos deveres legais. Dessa forma, a
ADECON recomenda o Escritório de Contabilidade Aliança, visto que o mesmo
vem acompanhando o trabalho da Coopermaringá desde a sua constituição;

Riscos de doenças - A Coopermaringá deverá providenciar os


equipamentos de segurança necessários ao desenvolvimento de suas atividades e
conscientizar todos os cooperados da importância de sua utilização;

Perda de apoio da prefeitura - Este caso já vem sendo estudado a um certo


tempo pelos cooperados, mas o ideal é que a cooperativa esteja terminantemente
preparada caso haja a perda de apoio por parte da Prefeitura Municipal. E como
estar preparada? A partir da análise do Plano financeiro, sabe-se que hoje, sem
esse apoio, o funcionamento da cooperativa torna-se inviável. Porém, com as
implementações das ações propostas neste Plano a Coopermaringá terá
condições de dar prosseguimento às suas atividades sem o apoio da Prefeitura;

Crescimento do número de concorrentes - A Coopermaringá deve estar


preparada para enfrentar a proliferação de concorrentes, visto que o mercado de
materiais recicláveis está em expansão. Assim, recomenda-se que a cooperativa
fortaleça seu relacionamento com os compradores com o objetivo de obter sua
fidelidade e garantir seu posicionamento no mercado. Para facilitar a conquista
desses compradores, é recomendável que as cooperativas se unam, como já
apontado acima e realizem suas vendas conjuntamente, pois assim, poderão
vender os materiais em maior volume e a preços mais significativos.

4 – Quanto ao Plano Financeiro:

As receitas obtidas pelos cooperados provém principalmente da coleta de


material para reciclagem, fornecido diariamente pela população local. A prefeitura
dá o seu apoio, disponibilizando caminhão e funcionários. Infelizmente, a

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quantidade de material coletado por viagem está muito aquém das reais
possibilidades.
Percebe-se então que as ações dos cooperados devem ocorrer, princi-
palmente, no sentido de aumentar a quantidade de material coletado por viagem
realizada. Mas como fazer isto?

Trabalho de conscientização, mostrando para a população que a se-


paração do lixo p/ reciclagem, além de preservar o meio ambiente,
proporciona “inclusão social”;

Trabalho de orientação/informação, mostrando para a população como


realizar a separação do lixo p/ reciclagem e os dias e horários que os
caminhões percorrem os bairros.

Importante: Os funcionários da prefeitura (e não os cooperados) efetuam


diariamente o trabalho de coleta de material p/reciclagem; e, portanto, fazem os
contatos com a população (principal fornecedor da cooperativa). Então, o objetivo
de aumentar a quantidade coletada de material p/ reciclagem somente será
atingido, caso estes funcionários se engajem efetivamente, “de corpo e alma”, no
trabalho de coleta e, também, de conscientização da população.

O aumento da receita da cooperativa pode ser viabilizado também:

mediante atividades complementares (comercialização de codornas,


fabricação de detergentes, agricultura de subsistência);

processando produtos visando agregar valor e maior inserção em


cadeia produtiva; e,

trabalhando em parceria com outras cooperativas, visando ter maior


poder de barganha junto aos compradores.

O início das implementações estratégicas pode ser realizado na seguinte ordem:

1- Conscientização da necessidade de mudança.


2- Definição das metas e objetivos a serem alcançados.
3- Criação de estratégias para o alcance dos objetivos traçados, essas
estratégias seriam as formas pelas quais os cooperados irão atingir os planos
definidos.
4- Implementação das estratégias, colocar em ação.
5- Verificação do processo como um todo e reavaliação do mesmo para verificar
se há necessidade de mudança dos planos.

33
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Para complementar as ações e para que a cooperativa se torne mais


organizada e competitiva é necessário também que:

1. Treinamentos administrativos constantes para os cooperados ligados a


direção.
2. Criação do fundo para melhoramento da infra-estrutura: compra de caminhão,
pagamento de impostos, compra de equipamentos.
3. Melhorar a publicidade da cooperativa, se fazer mais conhecida.
4. Discussão constante para definir as melhores oportunidades para a
cooperativa.
5. Estudo das atividades que agregam valor aos materiais, e implementá-las.
6. Maior conhecimento no que se refere ao mercado do lixo, reciclagem.
7. Modificação do lay-out da cooperativa.

BIBLIOGRAFIA

Ashoka empreendimentos sociais e Mckinsey & Company. Empreendimentos


sociais sustentáveis: como elaborar planos de negócio para organizações
sociais. Editora Funcação Peirópolis: São Paulo, 2001

Gitman, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. Editora Harbra:


São Paulo, 2002.

Dolabela, Fernando. O segredo de Luíza. Editora cultura editores associados:


São Paulo, 1999.

Apostila do Sebrae. Aprendendo a empreender. Sebrae, fundação Roberto


marinho e programa Brasil empreendedor.

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