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A Batalha das Lâminas Gêmeas

Brittleburgh

A luz da lua clareava toda a sacada do grande palácio real de Brittleburgh aquela noite, o rei
Frarketh Highclaw treinava ao ar livre com sua nova espada, iria fazer um mês desde que ele a
recebeu, “Lamurio da Fênix” era seu nome, o rei passava noites em claro polindo sua lâmina e
treinando para uma batalha eminente, ele fazia movimentos precisos cortando o ar, ele já devia
estar ali há horas mas para ele eram como segundos.

Um homem trajando uma armadura reluzente atravessou a sacada e parou a frente do rei e lhe
fez uma reverencia.

- já tens a resposta caro general? – Disse o Rei enquanto embainhava sua espada.

- Sim, Vossa Majestade, mas o que trago não são boas noticias. – Respondeu o general se
levantando. – Nossos amigos do Oeste não nos apoiarão em nossa empreitada.

- Entendo, e nossos aliados, os Elfos e os Anões? – Falou o rei após tomar um gole de seu
vinho.

- Infelizmente, eles também não nos ajudarão, Disseram que não há necessidade de uma guerra
contra o Reino de Hegar, Acho que estamos sozinhos, caro Rei. Respondeu o General com um
tom desapontado.

- Muito bem, reúna os nossos exércitos e os prepare para a guerra. – Disse o rei enquanto
segurava o cabo de sua espada com uma grande força.

- Majestade, o senhor tem certeza de que realmente seria certo atacar o reino de Hegar? Eles
nos ajudaram na Guerra Orc.

- Você deseja desafiar as ordens de seu rei, general? – Respondeu o rei virando-se para o
general.

- Claro que não meu Rei, eu irei juntar nossos exércitos e os deixarei prontos para a guerra.
Falou o General com um tom de pavor.

- Muito bem, já pode se retirar. – falou o rei apontado para a porta.

O General se retirou as pressas, após ouvir a porta se fechando o rei sentiu uma fúria nunca
antes vista, ele poderia matar qualquer um que estivesse por perto naquela hora, apertou mais
forte o cabo de sua espada, fazendo com que machucasse sua mão.

- Malditos sejam, Malditos sejam! Nunca mais confiarei em um elfo ou em um anão! Meu reino
nunca mais ajudará seus povos! . Frarketh gritava de ódio, não podia acreditar que ninguém o
ajudaria a tomar posse do item que cobiçava.

Sim, o item que Frarketh cobiçara desde que ganhou uma das lâminas gêmeas, a outra. Frarketh
se sentia invencível com sua espada achava que seria imbatível e nunca cairia em combate, mas
tinha medo de que a outra lâmina fosse um problema para suas vontades,“A Esperança
Prateada” era um perigo iminente, por isso seria sábio tomá-la.
Após algumas semanas o Rei decidiu convocar seus mais leais comandantes dos exércitos para
uma reunião, dentro de uma sala totalmente fechada no total 5 comandantes estavam a frente do
rei, esse que estava atrás de uma grande mesa com um mapa em sua superfície,

- Bom, como podem ver, aqui está o mapa de nosso continente.- O rei colocou seu dedo em
cima da capital do reino de Hegar, - Devemos invadi-la no amanhecer do terceiro dia, acham
que os exércitos já estarão prontos até lá ?

- Bom majestade, nossos homens estarão prontos a qualquer momento, estamos esperando
apenas a sua ordem para que possamos agir. – Articulou um dos comandantes.

- Muito bem comandante Gunvarth Fernstride, acho que os outros também, estão de acordo,
Certo ? – Disse o rei olhando para cada um dos comandantes.

Um deles pigarreou e olhou diretamente nos olhos do Rei

- Querido rei, diga-me qual o objetivo desta empreitada ? Esta invasão gerara vários conflitos
entre nosso reino, varias pessoas inocentes poderão morrer no processo . Disse um dos
comandantes apreensivo

- Vocês só precisam saber que tomar o Fort Hegar nos dará uma localização muito estratégica
para as próximas incursões e combater as hordas de orcs que estão se juntando no Sul, mas
também tenho um plano, primeiro iremos até a capital e pediremos que no dêem a posse da
cidade de bom grado, se não, a tomaremos á força.
Fort Hegar

O reino de Hegar estava em paz desde a Grande Guerra Orc, esta que assolou seu reino como
uma doença que vinha crescendo, o Rei Gralladd sabia que sem a ajuda das outras raças e do
reino de Brittleburgh os reinos dos homens cairiam.

O rei estava sentado no seu trono enquanto tentava entender as ultimas noticias que chegaram
aos seu ouvidos, ouviu-se a grande porta se abrindo e a passos curtos ouviu-se uma voz amiga
que fez com que o rei levantasse seu olhos.

- Você esta acabado em, Velho amigo. Riu o anão que acabara de entrar.

- E você esta mais baixo e gordo do que antes, velho Anão. Respondeu o rei com um sorriso em
seu rosto. – O que te trazes aqui Valrick o mestre ferreiro?

- Não irei mentir Gralladd, o que trago a vós são más noticias vindas do reino de Brittleburgh.-
Respondeu o anão.

- Os rumores são verdadeiros ? Frarketh pretende tomar a cidade ?.- Empertigou o rei.

- Sim meu caro rei, Frarketh pretende tomar a cidade para si com uma desculpa de que quer nos
poupar de lidar com os orcs.

- E como ficou sabendo disso caro amigo ? – Falou o rei com um tom de dúvida.

- Você Sabe que sou eu um dos ferreiros que produz armas para o exercito anão certo? Pois
então, um contato meu me contou que um dos generais de Frarketh contatou os líderes dos
anões para lhe ajudarem a tomar esta cidade, mas os anões recusaram tal proposta.

- Uma escolha sabia presumo eu ! Disse o Rei Gralladd com um tom de orgulho.

- Você já sabe o real motivo pelo o que o Rei Frarketh realmente quer invadir a cidade certo ?

O rei então se levantou e olhou para a bainha de sua espada, olhou para o anão e falou

- Sim já sei, Frarketh acha que se apossar da “Esperança Prateada” poderá ser imbatível nos
campos de batalha. – Disse o rei seriamente enquanto desabotoava a fivela de sua bainha.

- Tome leve-a com você, a esconda, não deixe que se apossem dela.

- Você tem certeza Gralladd? Você sabe que em um confronto direto com Frarketh você não
conseguiria combatê-lo usando outra espada. Disse o anão enquanto colocava a espada em suas
costas.

- Sim meu amigo mas você precisa entender que mesmo a manuseando eu não conseguiria ser
páreo para ele, por algum motivo “A Esperança Prateada” não me reconhece como seu portador.
Fort Hegar – dois dias depois

O rei os esperava desde que amanheceu, ele e seus dois generais os esperavam dentro do
palácio, teorizavam o que aconteceria neste fatídico dia, talvez morte e caos.

A grande porta do palácio se abriu e três Homens entraram nele, era o rei Frarketh e outros dois
comandantes.

- Bom por onde começar? – Disse Frarketh com voz de desdém. – Que tal você me dar a posse
de sua preciosa cidade?

- Você sabe muito bem que isso não ira acontecer Rei Frarketh. – Respondeu Gralladd com um
tom de autoridade.

- Tem certeza que quer o sangue de inocentes na sua mão Gralladd? Riu Frarketh colocando a
mão no punho de sua espada.

- Na minha não Frarketh, você será um homem sem honra se pretende fazer isso, nós já fomos
aliados Frarketh pense um pouco! Já lutamos juntos! Por que você quer tomar essa cidade a
todo custo? – Gritou Gralladd.

- Você sabe muito bem Gralladd! – Gritou Frarketh ao mesmo tempo em que puxava sua espada
e apontava para a cabeça do rei de Hegar.

Todos menos Gralladd puxaram suas espadas e apontaram uns para os outros, Gralladd apenas
estendeu os braços e falou

- Vamos, com só um golpe você me matará, estou sem armadura e desarmado, seu desejo por
sangue está tão grande assim Frarketh ? – Sorriu Gralladd.

Frarketh abaixou sua espada e a embainhou novamente.

- Não terei piedade da próxima vez Gralladd, Se até amanhã sua cidade não estiver com uma
bandeira branca arriada nós a atacaremos com toda força que tivermos.

Os três deram as costas e saíram pela porta principal, os generais de Gralladd embainharam suas
espadas.

- Você tem certeza disso majestade? Acha que conseguiremos defender a nossa cidade contra o
ataque deles? – Falou um dos generais.

- Tenho certeza que sim general Edran. – Gralladd colocou a mão em seu ombro e disse –
Prepare todos os nossos soldados, amanhã iremos a guerra !
Fora de Fort Hegar

O rei Frarketh estava polindo sua espada em sua tenda até que o comandante Gunvarth entra em
sua tenda e faz uma grande reverencia.

- E então? – Disse Frarketh sem olhar para o comandante a sua frente

- Nenhuma bandeira majestade. – Respondeu Gunvarth apreensivo.

- Certo, eles tiveram sua escolha, acho bom terem escolhido a que eu queria. – Frarketh
embainhou sua espada e foi em direção de Gunvarth. – Venha rapaz, venha ver o triunfo de seu
reino!

Os dois saíram da tenda e foram andando até as linhas de frente do grande exercito de
Brittleburgh, Gunvarth pediu o silencio dos soldados para que o rei falasse.

- Meus caros soldados, vocês vêem aquela cidade?! Em breve ela será nossa! Peço que lutem
como se essa fosse a batalha de suas vidas! Eu prometo que se conseguirmos vocês poderão
dormir com qualquer dama esta noite! Poderão beber a vontade e de Graça! Juntos
dominaremos o reino de Hegar!

O rei falava e a cada pausa os soldados soltavam urros que pareciam ser de monstros maléficos,
O rei então desceu e montado em um cavalo guiou seu exercito até o portão da frente de Fort
Hegar.

Demorou, mas uma vez que o portão cedera fora arrombado por uma força brutal, dentro da
cidade o caos se instaurou, os soldados dos dois exércitos se enfrentavam com uma sagacidade
nunca antes vista em nenhuma guerra, o rei pulara de seu cavalo e brandindo “O Lamurio da
Fênix” dilacerou vários soldados, suas armaduras não eram nada para o corte da “Fênix”,
quaisquer espadas que tentavam se por no caminho dela eram quebradas no primeiro contato,
Frarketh já não conseguia mais distinguir a diferença entre os soldados á pessoas inocentes, a
cada corte que a “Fênix” fazia em soldados ou em inocentes deixava sua lâmina mais escura, o
rei estava impregnado de sangue e um sorriso maléfico estampava seu rosto, alguns soldados
cercaram o rei, o que também não foi o suficiente para saciar a sede de sangue da “Fênix”, com
um ataque giratório todos os soldados que o cercavam foram decapitados como se não fossem
nada, olhando para o que carregava em suas mãos, Frarketh então notou que sua espada estava
estranha, sua lâmina não brilhava mais como antes, estava escura e opaca.

Sua atenção se voltou para frente onde Gunvarth o chamava.

- Aqui, Majestade! Conseguimos uma brecha vamos logo acabar com isso precisamos chegar ao
castelo!

Frarketh então correu para junto de Gunvarth e juntos subiram a grande escadaria real e se
aproximaram da grande porta que dava para o salão do rei.

- Fique aqui Fora! Eu lido com o velho. - Falou Frarketh rispidamente.


Frarketh entrou no grande salão, a medida que andava, arrastava sua espada cortando o grande
tapete do salão, até que chegou ao final da sala, estava de frente com Gralladd

- Esta feliz com o que fez Frarketh? Você e seu exercito mataram milhares de inocentes! –
bravejou Gralladd.

- Fique quieto velho! Eu só estou aqui pelo o que é meu!

Ambos puxaram suas espadas e quando foram de encontro uma com a outra a espada de
Gralladd se quebrou.

Frarketh olhou para a espada que havia se quebrado, não era aquela pela qual viera.

- diga-me onde ela esta! Responda-me!. – Frarketh deu um golpe com o cabo de sua espada no
rosto de Gralladd fazendo com que sua mandíbula se deslocasse para a esquerda.

- Você nunca a terá seu miserável ! “A Esperança Prateada” Já esta longe daqui! Riu Gralladd.

- Isso é mentira ! como ousa me negar o que é meu por direito! – Frarketh então puxou sua
espada e mirou no coração de Gralladd.

- Sua ultima chance velho!

- Vai pro inferno. Disse Gralladd com suas ultimas forças

Frarketh então perfurou o peito de Gralladd chegando até o coração, quando a retirou a espada
estava impregnada de sangue real, esse que se fundiu com sua lâmina a deixando com a lâmina
preta avermelhada.

Frarketh então saiu do salão dando de cara com seus soldados a sua espera, ele ergueu a cabeça
de Gralladd e a jogou de cima da escadaria, seus soldados soltavam urros que pareciam ser de
criaturas da escuridão, parecia que a bela raça criada pela luz tinha enfim sido corrompida.

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