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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO DOS VINHEDOS


ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS, DA NATUREZA E TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA ALVENARIA ESTRUTURAL
PROFESSOR GUSTAVO RIBEIRO DA SILVA

JOABI FELIPE BORTONCELO RAZERA


SCHAIANE FERRABOLI
TATIANA POSSAMAI

PROJETO RESIDENCIAL EM ALVENARIA ESTRUTURAL

BENTO GONÇALVES
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA............................................................................2

2 DADOS DO PROJETO..............................................................................................2

2.1 Descrição do projeto arquitetônico..........................................................2

2.2 Tipo do bloco e modulação adotada........................................................3

2.3 Paredes e grupos de paredes considerados...........................................3

3 CARREGAMENTOS..................................................................................................4

3.1 ANÁLISE DE AÇÕES VERTICAIS.........................................................................4

3.1.1 Cargas provenientes das lajes..................................................................4

3.1.2 Peso próprio das paredes..........................................................................7

3.1.3 Distribuição de cargas verticais sobre as paredes.................................7

3.2 ANÁLISE DAS AÇÕES HORIZONTAIS...............................................................14

3.2.1 Forças devido ao vento............................................................................14

3.2.2 Forças de desaprumo..............................................................................19

3.2.3 DISTRIBUIÇÃO DOS ESFORÇOS HORIZONTAIS.........................................20

4 ESTABILIDADE GLOBAL DA EDEFICAÇÃO..........................................25

4.1Estabilidade Global pelo parâmetro de instabilidade gama “z”.....................25

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................30
1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

Este trabalho apresenta um estudo sobre o dimensionamento de um edifício


em alvenaria estrutural de 8 pavimentos e seus cálculos de ações verticais e
horizontais. As ações devidas ao vento, as ações verticais e as lajes são calculadas
baseadas no método das charneiras plásticas.
Define-se a alvenaria estrutural como sendo o conjunto composto por blocos
executados em obra e ligados entre si por argamassa, tendo um comportamento
monolítico em que a parede trabalha como elemento de vedação e estrutural. A
alvenaria estrutural é definida como um processo construtivo em que as paredes de
alvenaria e as lajes funcionam estruturalmente em substituição aos pilares e vigas
utilizados nos processos tradicionais. Este sistema traz inúmeras vantagens,
incluindo a racionalização do processo construtivo, economia e simplificação no
cálculo do dimensionamento dos elementos.
A partir de um projeto arquitetônico, projetou-se um edifício residencial em
alvenaria estrutural, executada com blocos cerâmicos por estarem no mercado há
mais tempo e existir um maior número de técnicos e empresas especializadas
nestes tipos de bloco. Aplicando os conceitos aprendidos em sala de aula, como
escolha dos componentes da alvenaria estrutural, parâmetros a serem considerados
no projeto, modulação, análise e cálculo estrutural para ações verticais e horizontais.
Além das normas que devem ser utilizadas como a NBR 6123 (ABNT, 1980), NBR
15961-1 (ABNT, 2011) e NBR 15961-2 (ABNT, 2011).
A racionalização, reduções no tempo e na mão de obra, diminuição dos
custos e a baixa geração de resíduos, tornam a alvenaria estrutural um sistema de
simples execução, porém com muitos cuidados a serem tomados no que se refere
ao projeto e à execução da obra.

2 DADOS DO PROJETO
2.1 Descrição do projeto arquitetônico
A edificação trata-se de um edifício de oito pavimentos de alvenaria estrutural
e que conta também com um pavimento para a casa de máquinas e um pavimento
para o reservatório.

2
2.2 Tipo do bloco e modulação adotada
Devido à espessura da parede ser de 14 cm no projeto arquitetônico, o tipo de
bloco escolhido para a alvenaria estrutural foi de 14, da família 29, de cerâmica, da
empresa Pauluzzi, com 14 cm de largura ,19 cm de altura e 29 cm de comprimento,
com uma resistência característica de 7 MPa e que pode ser visualizado na figura
01, a seguir. Para esse bloco escolhido, os comprimentos nominais, considerando
uma junta de 1 cm. Foram utilizados blocos especiais para cantos, vãos de janelas e
portas e intersecção de paredes.
A modulação é a base do sistema de coordenação dimensional utilizado nos
edifícios em alvenaria estrutural. É importante se conhecer as dimensões das
unidades que serão utilizadas na construção e trabalhar sobre uma malha modular
com medidas baseadas no tamanho do componente a ser usado.
O dimensionamento das paredes começou pelos encontros em “L” e em “T”,
e em seguida, se preencheram os vãos. Respeitou-se os espaços que se devem
deixar para a instalação de janelas e portas, de 1 cm e 7 cm, respectivamente. Com
altura de 2,1 metros, as portas ficaram exatamente na metade de uma fileira de
blocos, foi dimensionado então pré-moldados para serem colocados sobre as portas.

Figura 1 - Bloco de cerâmica com peças para a família 29.

Fonte: Pauluzzi Blocos Cerâmicos, 2020

2.3 Paredes e grupos de paredes considerados


Neste trabalho denominamos as paredes utilizando a convenção para as paredes
em x ou horizontais, da esquerda para a direita e de cima para baixo e para as
paredes em y ou verticais denominando da esquerda para a direita e de baixo para
cima. Para a escolha das paredes por grupo foram consideras as paredes que
seguem contínuas, sem vãos, até o último pavimento. Para o cálculo dos grupos e

3
para o cálculo do contraventamento as paredes foram consideradas isoladas e
considerando os flanges de 6x a espessura dos blocos.
Para determinação dos grupos de paredes foi utilizado o método dos grupos de
paredes isoladas, em que cada grupo definido tem suas paredes solidárias e é um
método simples, rápido, seguro, econômico, e que resulta em cargas adequadas
para estruturas de apoio.

3 CARREGAMENTOS
3.1 ANÁLISE DE AÇÕES VERTICAIS
As cargas verticais de um edifício residencial consideradas são as cargas
resultantes dos carregamentos das lajes dos pavimentos e da carga de peso próprio
das paredes visto que neste sistema construtivo estrutural não existem vigas e
pilares.

3.1.1 Cargas provenientes das lajes


Baseada na norma NBR 6120/2019 em sua Tabela 2 de valores mínimos das
cargas verticais variáveis (kN/m²), foram obtidos valores de carga por metro
quadrado de cada área da edificação. As cargas provenientes das lajes são as
cargas permanentes mais as cargas variáveis (sobrecargas).
As cargas permanentes consideradas neste trabalho são o peso próprio da
laje e o peso de revestimento das lajes. Para todos os pavimentos foi considerado o
peso de revestimento igual a 1,0 KN/m, o peso próprio igual a 25 KN/m 3 e espessura
das lajes de 10 cm.
Para as cargas variáveis em dormitórios, salas, copas, cozinhas e banheiros
foram utilizados de 1,5 kN/m², já a área de serviço e circulação comum foram
consideradas de 2,0 kN/m². Por fim as cargas das escadas consideraram-se de 2,5
kN/m². Para o peso próprio das lajes foram considerados 25 kN/m³, sendo que a
espessura da laje será de 10 cm, resultando em um peso de 2,5 kN/m². Para as
lajes da casa de máquinas, do reservatório e das escadas foram utilizadas as
sobrecargas de 7,5 KN/m², 8,71 KN/m² e 5,5 KN/m², respectivamente.
O cálculo das lajes será utilizado o método das linhas de ruptura (teoria das
charneiras plásticas), sendo assim nas lajes da edificação serão considerados os

4
ângulos conforme Figura 02, que indicarão a divisão da área de influência de cada
parede, conforme apoio da laje.

Figura 2 - Representação da divisão das cargas por ângulos conforme o apoio da laje

Fonte: Autores, 2020.


𝜆 = 𝐿𝑥/𝐿𝑦
Lx = comprimento da laje; Ly = largura da laje
Quando 𝜆 < 2, armada em 2 direções; senão, armada em 1 direção.
Com o auxilio do software Autocad foi possivel gerar as linhas de ruptura, e
suas respectivas áreas de influencia. E por último, tendo as áreas geradas
determinou-se as reações das lajes através da Equação 01:
q.A
R=
L

Tabela 1 - Carregamentos das lajes


(Continua)
Cargas
Descrição Lajes Tipo Cargas verticais da Laje
permanentes
Carga Peso Carga
Revestimento
Áreas (m²) variável próprio total
(KN/m²)
(KN/m²) (KN/m²) (KN/m²)
Copa/Cozinh L1=L
X1 3.08 1.5 1.0 2.5 5.0
a 4
Y2 3.45 1.5 1.0 2.5 5.0
X3 5.33 1.5 1.0 2.5 5.0
Y4 1.99 1.5 1.0 2.5 5.0

5
(Conclusão)
Cargas
Descrição Lajes Tipo Cargas verticais da Laje
permanentes
Carga Peso Carga
Revestimento
Áreas (m²) variável próprio total
(KN/m²)
(KN/m²) (KN/m²) (KN/m²)
A. serviço L2=L3 X1 0.81 2.0 1.0 2.5 5.5
Y2 1.73 2.0 1.0 2.5 5.5
X3 1.4 2.0 1.0 2.5 5.5
Y4 3 2.0 1.0 2.5 5.5
Estar/Jantar L5=L6 X1 10.94 1.5 1.0 2.5 5.0
Y2 6.50 1.5 1.0 2.5 5.0
X3 10.94 1.5 1.0 2.5 5.0
Y4 3.75 1.5 1.0 2.5 5.0
Banheiro L7=L12 X1 2.07 1.5 1.0 2.5 5.0
Y2 0.46 1.5 1.0 2.5 5.0
X3 2.07 1.5 1.0 2.5 5.0
Y4 0.26 1.5 1.0 2.5 5.0
Circulação
L8=L11 X1 1.77 1.5 1.0 2.5 5.0
Apart
Y2 0.46 1.5 1.0 2.5 5.0
X3 1.77 1.5 1.0 2.5 5.0
Y4 0.46 1.5 1.0 2.5 5.0
Dormitório L9=L10 X1 2.63 1.5 1.0 2.5 5.0
Y2 5.25 1.5 1.0 2.5 5.0
X3 1.05 1.5 1.0 2.5 5.0
Y4 4.79 1.5 1.0 2.5 5.0
X5 0.81 1.5 1.0 2.5 5.0
Y6 0.46 1.5 1.0 2.5 5.0
Banheiro L13=L18 X1 2.26 1.5 1.0 2.5 5.0
Y2 0.56 1.5 1.0 2.5 5.0
X3 2.26 1.5 1.0 2.5 5.0
Y4 0.32 1.5 1.0 2.5 5.0
Dormitório L14=L17 X1 0.59 1.5 1.0 2.5 5.0
Y2 3.98 1.5 1.0 2.5 5.0
X3 4.99 1.5 1.0 2.5 5.0
Y4 2.18 1.5 1.0 2.5 5.0
X5 7.05 1.5 1.0 2.5 5.0
Y6 0.99 1.5 1.0 2.5 5.0
Dormitório L15=L16 X1 1.82 1.5 1.0 2.5 5.0
Y2 3.42 1.5 1.0 2.5 5.0
X3 1.05 1.5 1.0 2.5 5.0
Y4 3.42 1.5 1.0 2.5 5.0
Circulação
L19 X1 0.89 2.0 1.0 2.5 5.5
comum
Y2 1.64 2.0 1.0 2.5 5.5
X3 2.68 2.0 1.0 2.5 5.5
Y4 0.47 2.0 1.0 2.5 5.5
X5 1.79 2.0 1.0 2.5 5.5
Y6 1.37 2.0 1.0 2.5 5.5
Fonte: Autores, 2020.

6
3.1.2 Peso próprio das paredes
O peso próprio distribuído das paredes é calculado através do produto da
espessura da parede , do peso especifico da alvenaria e da altura da parede, sendo
para este projeto a espessura das paredes de 14 cm, o peso especifico da alvenaria,
sendo blocos cerâmicos, de 14 KN/m³ e a altura das paredes, ou o pé-direito de 2,80
m. Para tornar o peso próprio das paredes como carga concentrada, foi multiplicado
o valor do peso próprio distribuído pelo comprimento das paredes considerando
metade do vão, quando existente.
Para distribuir o peso próprios nas paredes estruturais, foi dividido o valor do
peso próprio concentrado, pelo comprimento das paredes maciças, sem considerar
os vãospela equação (1)
γ∗e∗( h∗L− A)
P= (1)
L

Onde:
P = Peso próprio da alvenaria em kN/m;
𝛾 = peso específico da parede em metros;
e = espessura da parede em metros;
h = altura da parede em metros;
A = Área que será descontada em função da janela ou porta em m²;
L= Comprimento da parede em metros.

3.1.3 Distribuição de cargas verticais sobre as paredes


Para a distribuição das cargas verticais sobre as paredes foi utilizado o
procedimento de grupos isolados de paredes em que se calcula a carga resultante
de cargas verticais em cada um dos grupos ,previamente divididos ,em cada nível do
prédio e se atribui que a distância seja uniforme em cada grupo, separados entre si
pelas aberturas, utilizando simetria, apenas uma parte da edificação foi calculada.
Procedimento do cálculo:
1º Encontra-se a carga total em cada parede (KN);
2º Soma-se as cargas das paredes que correspondem a um grupo;
3º Soma-se os comprimentos das paredes que correspondem a um grupo;
4 º Divide-se a carga total pelo comprimento total de paredes carga linear

7
uniformizada nas paredes;
5º Divide-se a carga linear pela espessura das paredes -tensão nas paredes.
Ao final, é somado a carga concreta na parede de cada grupo com o
comprimento total das paredes de cada grupo e é dividindo um pelo outro que se
obtém a carga total distribuída no Grupo, conforme Equação 02.

Q total =
∑ Qconcretrada (2)
∑ C comprimento do grupo
Onde:
Q total = Carga distribuída total no grupo em kN/m;

∑ Q concretrada = Somatório total de carga concretada no grupo em kN;


∑ C comprimento do grupo = Somatório total dos comprimentos total de cada grupo em
metros.
Na figura 03, tem-se a divisão dos grupos, enquanto na Tabela 2 estão
representados o resultado da carga correspondente a cada parede, onde a carga
total é a soma de todos os esforços em cada parede, determinados na etapa
anterior. Já na Tabela 03 estão as cargas distribuídas total no grupo utilizando a
Equação 03.

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Figura 3 - Divisão dos grupos de paredes isoladas

Fonte: Autores, 2020.


Tabela 2 - Carga combinada total e carga pontual nas paredes
PAREDE COMPRIMENTO DA CARGA CARGA CARGA TOTAL
S PAREDE (m) DISTRIBUÍDA DISTRIBUÍDA DAS PAREDE+
PAREDES (kN/m) LAJES (kN/m) LAJE(kN/m)
PX1 4.57 6.38 1.91 8.29
PY37 0.67 10.44 3.56 14.00
PY38 1.12 6.48 6.89 13.38
PX5 1.72 6.27 9.52 15.80
PY33 1.64 10.19 3.85 14.03
PX12 4.12 6.10 4.23 10.33
PY26 1.87 8.05 3.02 11.07
PY20 0.22 13.86 1.34 15.20
PY21 0.22 9.89 5.23 15.12
PX15 4.42 5.48 3.07 8.56
PY12 0.74 11.12 1.08 12.20
PY13 0.36 8.49 5.88 14.38
PY16 0.22 10.16 5.19 15.34
PX21 3.60 5.88 7.16 13.04
PX28 1.27 9.08 4.91 13.99
PY8 0.22 15.27 1.62 16.90
PY9 0.22 10.16 7.98 18.14
PY1 3.45 5.88 1.58 7.46
PX16 0.29 15.21 10.73 25.94
PX23 0.52 12.75 2.52 15.27
PX29 1.27 9.08 4.91 13.99
PY2 4.95 5.88 3.74 9.62
PX2 0.37 12.06 2.74 14.79
PX6 4.30 6.04 6.47 12.51
PY30 7.27 6.05 27.87 33.92
PY35 1.27 6.41 6.64 13.05
PX17 1.57 6.48 4.17 10.65
PX24 0.52 7.22 11.16 18.38
PY3 3.60 5.88 5.03 10.91
PY17 0.22 10.16 5.23 15.38
PY41 2.40 5.88 3.38 9.26
PX7 2.97 5.88 16.64 22.52
PX10 0.37 7.99 5.52 13.50
PY31 3.82 5.18 3.35 8.53
PX13 10.94 6.53 20.48 27.01
PX25 1.04 11.24 2.52 13.77
PY27 0.22 8.55 12.41 20.96
PY28 0.22 8.55 18.02 26.57
PY22 0.22 10.16 5.23 15.38
PY23 0.22 10.16 5.27 15.42
PY4 4.95 5.88 5.98 11.86
Fonte: Autores, 2020.

É possível observar que as paredes PY30 que é equivalente a PY32, são as


mais solicitadas, apresentando uma carga de 33,92 kN/m.
Tabela 3 – Cargas totais nos grupos de paredes isoladas

Carga total
Comprimento do Carga total
Grupo Paredes distribuída no
grupo (m) concentrada (kN)
grupo (kN/m)

PX1
G1=G15 PY37 6.36 81.97 12.89
PY38
PX5
G2=G16 3.36 72.87 21.69
PY33
PX12
PY26
G3=G17 6.43 94.43 14.69
PY20
PY21
PX15
PY12
G4=G18 5.74 73.04 12.73
PY13
PY16
PX21
PX28
G5=G19 PY8 8.76 137.77 15.73
PY9
PY1
PX16
PX23
G6=G12 7.03 110.00 15.65
PX29
PY2
PX2
PX6
G7=G14 13.21 223.03 16.88
PY30
PY35
PX17
PX24
G8=G13 5.91 100.53 17.01
PY3
PY17
G9 PY41 2.40 43.27 18.03
PX7
G10 PX10 7.16 98.89 13.81
PY31
PX13
PX25
PY27
G11 PY28 17.81 322.38 18.10
PY22
PY23
PY4
Fonte: Autores, 2020.

A tensão nos grupos de paredes isoladas, onde os grupos de paredes são


definidos pela quebra de continuidade através de portas e janelas. Cada parede é

11
considerada como um elemento independente, não interagindo com os demais
elementos da estrutura. Com os grupos formados, soma-se o comprimento de todas
as paredes pertencentes ao grupo e também as cargas pontuais.
Além disso, foi determinada a tensão de cada grupo no bloco, dividindo a
carga linear pela espessura do bloco, 0,19 m. Os valores encontrados são
apresentados na tabela 4.

Através da análise da tabela, é possível verificar que o grupo 2 e 16,


apresentam os maiores valores de tensões, igual a 21.69 KN/m² para a edificação.
Desta forma, as cargas deste grupo de paredes serão utilizadas para a
determinação da resistência dos blocos a serem empregados.
Pode-se concluir que quanto maior a uniformização das cargas verticais ao
longo da altura da edificação, maiores os benefícios para a economia, pois haverá
uma tendência a uma redução das resistências dos blocos a serem especificados
(RAMALHO; CORRÊA, 2003).

12
Tabela 4 - Cargas nos pavimentos (tensão no bloco)
Carga total
Grupo concentrada Carga Total do grupo (kN/m) TENSÃO NO BLOCO (MPa)
(kN)
5° 4° 3° 2° 7° 6° 5° 4° 3° 2°
8º 7° 6° Térre Cobertur
Anda Anda Anda Anda Anda Anda Anda Anda Anda Anda Térreo
Andar Andar Andar o a
r r r r r r r r r r
1 81.97 10 23 36 48 61 74 87 100 0.07 0.16 0.25 0.35 0.44 0.53 0.62 0.71
2 72.87 15 37 58 80 102 123 145 167 0.11 0.26 0.42 0.57 0.73 0.88 1.04 1.19
3 94.43 11 26 40 55 70 84 99 114 0.08 0.18 0.29 0.39 0.50 0.60 0.71 0.81
4 73.04 10 22 35 48 61 73 86 99 0.07 0.16 0.25 0.34 0.43 0.52 0.61 0.71
5 137.77 11 27 43 58 74 90 106 121 0.08 0.19 0.30 0.42 0.53 0.64 0.75 0.87
6 110.00 11 27 43 58 74 90 105 121 0.08 0.19 0.31 0.42 0.53 0.64 0.75 0.86
7 223.03 24 41 58 75 92 109 126 143 0.17 0.29 0.42 0.54 0.66 0.78 0.90 1.02
8 100.53 12 29 46 63 80 97 114 131 0.08 0.20 0.33 0.45 0.57 0.69 0.81 0.93
9 43.27 9 27 45 63 81 99 117 135 0.07 0.19 0.32 0.45 0.58 0.71 0.84 0.97
10 98.89 15 28 42 56 70 84 97 111 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.79
11 322.38 22 40 58 76 94 112 130 148 0.15 0.28 0.41 0.54 0.67 0.80 0.93 1.06
12 110.00 11 27 43 58 74 90 105 121 0.08 0.19 0.31 0.42 0.53 0.64 0.75 0.86
13 100.53 12 29 46 63 80 97 114 131 0.08 0.20 0.33 0.45 0.57 0.69 0.81 0.93
14 223.03 24 41 58 75 92 109 126 143 0.17 0.29 0.42 0.54 0.66 0.78 0.90 1.02
15 81.97 10 23 36 48 61 74 87 100 0.07 0.16 0.25 0.35 0.44 0.53 0.62 0.71
16 72.87 15 37 58 80 102 123 145 167 0.11 0.26 0.42 0.57 0.73 0.88 1.04 1.19
17 94.43 11 26 40 55 70 84 99 114 0.08 0.18 0.29 0.39 0.50 0.60 0.71 0.81
18 73.04 10 22 35 48 61 73 86 99 0.07 0.16 0.25 0.34 0.43 0.52 0.61 0.71
19 137.77 11 27 43 58 74 90 106 121 0.08 0.19 0.30 0.42 0.53 0.64 0.75 0.87

Fonte: Autores, 2020


3.2 ANÁLISE DAS AÇÕES HORIZONTAIS
3.2.1 Forças devido ao vento

Segundo a NBR 6123 (ABNT, 1988), a velocidade básica do vento, Vo, é a


velocidade de uma rajada com 3 segundos de duração, medida a 10 metros do nível
do terreno em um lugar aberto e plano, podendo ser excedida em média uma vez
em 50 anos.
Observa-se na figura 05, o gráfico das isopletas da velocidade básica no
Brasil. Para a região de Bento Gonçalves adotou-se o valor de Vo sendo de 45 m/s.

Figura 4 - Gráfico das isopletas de velocidade básica Vo (m/s)

Fonte: NBR 6123 (ABNT, 1988).

O fator topográfico S1 leva em consideração as variações do relevo do


terreno. O local determinado para a execução do edifício, apresenta um terreno
plano ou fracamente acidentado, sendo assim S1 adquire valor igual a 1.
O fator S2 considera o efeito combinado da: rugosidade do terreno, variação
da velocidade do vento com a altura acima do terreno, dimensões da edificação ou
parte da edificação em consideração. Os quais são determinados a seguir.
Classifica-se a rugosidade do terreno em cinco categorias. Como o terreno
escolhido para a instalação do edifício localiza-se em uma área coberta por

14
obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona urbanizada e a cota média do
topo dos obstáculos é igual a 10 m, enquadrando-se na Categoria IV.
Para a variação da velocidade do vento, classifica-se a edificação em três
categorias A, B e C, as mesmas são classificadas de acordo com o intervalo de
tempo (3s, 5s ou 10s) utilizado para o cálculo da velocidade média. A edificação
enquadrou-se na classe B, conforme os padrões construtivos da obra, pois a maior
dimensão horizontal ou vertical da superfície frontal esteja entre 20 m e 50 m.
Como a edificação foi dividida em diferente cotas, os valores de S2 adotados
para a categoria IV e classe A, em uma altura z acima do nível geral do terreno é
obtida pela Equação (3) e encontram-se na Tabela 05.

p
z
S 2=b × Fr × ( )
10
(3)

Onde:
b: parâmetro da categoria;
Fr: fator de rajada (categoria II);
z: altura;
p: parâmetro da categoria.

Tabela 05 - Fator S2
Categoria Classe Nivel Cota (m) b p Fr S2
1 2.8 0.85 0.125 0.98 0.71
2 5.6 0.85 0.125 0.98 0.77
3 8.4 0.85 0.125 0.98 0.82
4 10.8 0.85 0.125 0.98 0.84
5 14 0.85 0.125 0.98 0.87
IV B 6 16.2 0.85 0.125 0.98 0.88
7 19.6 0.85 0.125 0.98 0.91
8 22.4 0.85 0.125 0.98 0.92
9 25.3 0.85 0.125 0.98 0.94
10 28.3 0.85 0.125 0.98 0.95

Fonte: Autores, (2020).

O fator S3 baseia-se em conceitos estatísticos, como a velocidade básica Vo,


que é a velocidade do vento que pode ser excedida em média uma vez em 50 anos.
A probabilidade de que essa velocidade seja excedida neste período é de 63%. Por

15
isso os valores de S3 levam em conta o grau de segurança requerido e a vida útil da
edificação.
Segundo a figura 06, a edificação enquadra-se no grupo 2, por ser uma
edificação industrial com alto fator de ocupação, adotando S3 igual a 1.

Figura 5 - Valores mínimos do fator estatístico S3

Fonte: NBR 6123, (ABNT, 1988).

Após determinar os valores de Vo, S1, S2 e S3 realizou-se o cálculo de


velocidade característica do vento através da Equação (4), os valores encontram-se
na Tabela 06.

Vk=Vo × S 1 × S 2 × S 3 (4)

Tabela 06 - Velocidade característica do vento


Vk (m/s)
(Velocidade característica do vento)
Direção X Direção Y
31.97 31.97
34.86 34.86
36.68 36.68
37.85 37.85
39.10 39.10
39.82 39.82
40.77 40.77
41.46 41.46
42.10 42.10
42.69 42.69

Fonte: Autores, (2020).

16
Determinou-se a pressão dinâmica do vento, com a velocidade característica
do vento definida, a partir da Equação (5), os valores calculados encontram-se na
Tabela 07.

q=0,613 × vk 2 (5)

Onde:
q: pressão dinâmica;
vk: velocidade característica do vento.

Tabela 07 - Pressão dinâmica do vento


q (kN/m²)
(Pressão dinâmica do vento)
Direção X Direção Y
0.63 0.63
0.75 0.75
0.82 0.82
0.88 0.88
0.94 0.94
0.97 0.97
1.02 1.02
1.05 1.05
1.09 1.09
1.12 1.12

Fonte: Autores, (2020).

Para o cálculo da força do vento, utiliza-se a equação (6).

Fv=C × q × A (6)

Onde:
𝐶𝑎: é o coeficiente de arrasto;
q: pressão dinâmica (N/m²);
A: área sobre a qual incide o vento (m²).

Na figura 06 é possível encontrar o coeficiente de arrasto necessário para o


cálculo da força, deve-se procurar no gráfico a intersecção dos seguintes valores
𝐿1/𝐿2 e 𝐻/𝐿1.

17
Figura 6 - Coeficiente de arrasto para edificações paralelepipédicas

Fonte: NBR 6123 (ABNT, 1988).


O coeficiente de arrasto utilizado para a direção X foi de Ca = 0.81 e para a
direção Y Ca = 1.08. Os resultados obtidos da força do vento na direção X, se
encontra na Tabela 08 e para a direção Y na 08.

Tabela 08 - Força do vento sobre a edificação no sentido X


FORÇA DO VENTO EM X
Nivel L1 L2 L1/L2 h/L1 Cax Ax Fx (kN)
1 18.84 21.74 0.87 1.50 0.81 52.75 26.77
2 18.84 21.74 0.87 1.50 0.81 52.75 31.84
3 18.84 21.74 0.87 1.50 0.81 52.75 35.23
4 18.84 21.74 0.87 1.50 0.81 45.22 32.16
5 18.84 21.74 0.87 1.50 0.81 60.29 45.75
6 18.84 21.74 0.87 1.50 0.81 41.45 32.62
7 18.84 21.74 0.87 1.50 0.81 64.06 52.88
8 4,64 5,24 0,885 6,099 0,81 12,992 11,089
9 4,64 5,24 0,885 6,099 0,81 13,456 11,840
10 4,64 5,24 0,885 6,099 0,81 13,92 12,596

Fonte: Autores, (2020).

18
Tabela 09 - Força do vento sobre a edificação no sentido Y
FORÇA DO VENTO EM Y
Nivel L1 L2 L1/L2 h/L1 Cay AY Fy (kN)
1 21.74 18.84 1.15 1.30 1.08 60.87 41.19
2 21.74 18.84 1.15 1.30 1.08 60.87 48.99
3 21.74 18.84 1.15 1.30 1.08 60.87 54.21
4 21.74 18.84 1.15 1.30 1.08 52.18 49.48
5 21.74 18.84 1.15 1.30 1.08 69.57 70.39
6 21.74 18.84 1.15 1.30 1.08 47.83 50.19
7 21.74 18.84 1.15 1.30 1.08 73.92 81.36
8 5,24 4,64 1,13 5,401 1,08 14,672 16,697
9 5,24 4,64 1,13 5,401 1,08 15,196 17,294
10 5,24 4,64 1,13 5,401 1,08 15,720 18,443

Fonte: Autores, (2020).

Percebe-se que na direção X, a força do vento atuante é maior, isso


acontece, devido a mesma possuir uma maior área de atuação.

3.2.2 Forças de desaprumo

O ângulo de desaprumo é encontrado através da Equação (7).

1
θa ( rad )= (7)
( 40∗H )

Onde:
𝜃𝑎: ângulo do desaprumo em radianos;
H: altura total do edifício (m).
O desaprumo é calculado através da multiplicação do peso total do pavimento
pelo ângulo de desaprumo. O valor achado pela Equação (8) referente ao ângulo de
desaprumo foi de 0.001879779 e o peso de cada pavimento e o valor de desaprumo
pode ser observado na Tabela 10.

Tabela 10 - Desaprumo
DESAPRUMO
NÍVEL CARGA TIPO (kN) CARGA ÁTICO (kN) Carga Total (kN) Força (kN)
8+ático 2171.59 1840.84 1840.84 1.63
7 2171.59 1840.84 2171.59 1.92
6 2171.59 1840.84 2171.59 1.92
5 2171.59 1840.84 2171.59 1.92
4 2171.59 1840.84 2171.59 1.92
3 2171.59 1840.84 2171.59 1.92
2 2171.59 1840.84 2171.59 1.92
1 2171.59 1840.84 2171.59 1.92

19
Carga total na edificação (kN/m) 17041.95
Fonte: Autores, (2020).

Através do ângulo 𝜃𝑎, é possível determinar a ação horizontal a ser aplicada a


cada pavimento, conforme Equação (8).
Fd=∆ P∗θa (8)

Onde:
𝐹𝑑: força horizontal equivalente ao desaprumo;
Δ𝑃: peso total do pavimento considerado;
𝜃𝑎: ângulo do desaprumo em radianos.

3.2.3 Distribuição dos esforços horizontais

Para a determinação do esforço cortante e do momento fletor, primeiramente


definimos a estrutura de contraventamento. Para este projeto consideraremos o
contraventamento simétrico, onde haverá apenas translações e deslocamentos em
pavimentos iguais em todas as paredes. A verificação da estabilidade global é
recomendável para qualquer edificação e indispensável para edifícios em que haja
suspeita sobre sua condição de deslocabilidade. Sendo assim, o presente estudo
realiza o método de instabilidade “a” e o método do gama z para analisar se os
efeitos são de 1ª ou 2ª ordem.
A distribuição das cargas do vento mais o desaprumo na direção x e Y podem
ser visualizados na Tabela 11, onde é apresentado, além disso o valor total da
cortante e do momento atuante em cada nível da edificação.

Tabela 11 - Ações horizontais considerando o desaprumo da edificação


ESFORÇOS SOLICITANTES GLOBAIS
Nível Direção X Direção Y
F (kN) V (kN) M (kN.m) F (kN) V (kN) M (kN.m)
8+ático 48.99 48.99 470.34 51.41 51.41 493.57
7 54.80 103.79 740.20 83.28 134.69 843.76
6 34.54 138.33 1099.87 52.11 186.80 1329.45
5 47.67 186.01 1583.48 72.31 259.12 2003.15
4 34.08 220.08 2155.70 51.40 310.51 2810.49
3 37.15 257.24 2824.51 56.13 366.64 3763.76
2 33.76 290.99 3581.10 50.90 417.55 4849.39
1 28.69 319.68 4412.27 43.11 460.66 6047.09

20
Fonte: Autores, (2020).

Através da análise da tabela 11, é possível verificar que os esforços cortantes


são maiores no nível 1, sendo igual a 319.68 kN para a direção x e 460.66 kN para a
direção y. O momento fletor é máximo no nível 1, sendo igual a 4412.27 kN/m para a
direção x e 6047.09 kN/m para a direção y. Isso acontece, porque a força horizontal
vai se acumulando até a base da edificação, e por possuir uma maior área.
As estruturas utilizadas de contraventamento para o presente estudo pode ser
visualizada na Figura 08. Na Tabela 12, estão apresentados os momentos de inércia
em X de cada elemento do vento que atua na direção Y, além disso, estão
apresentados a rigidez total de cada parede que é uma parcela do momento de
inércia total. Em outras palavras, significa dizer que cada parede representa uma
parcela de carga.
Tabela 12 - Momento de inércia e Rigidez em X das paredes
RIGIDEZ DAS PAREDES X
Parede Px Iy (m4) R=I/somatório
1 2.036 0.065
4 2.036 0.065
5 0.145 0.005
6 1.426 0.046
7 0.335 0.011
8 1.426 0.046
9 0.145 0.005
12 1.002 0.032
13 16.127 0.517
14 1.002 0.032
15 1.583 0.051
16 0.001 0.000
20 1.583 0.051
21 0.924 0.030
22 0.924 0.030
23 0.006 0.000
Somatório 31.168

Fonte: Autores, (2020).

21
Figura 2 - Estrutura de contraventamento das paredes com vento em Y

Fonte: Autores, 2020.

22
As estruturas utilizadas de contraventamento para o presente estudo pode ser
visualizada na Figura 09. Na Tabela 13, estão apresentados os momentos de inércia
em Y de cada elemento do vento que atua na direção X, além disso, estão
apresentados a rigidez total de cada parede que é uma parcela do momento de
inércia total.

Tabela 13 – Momento de inércia e Rigidez em Y das paredes


RIGIDEZ DAS PAREDES Y
Parede PY Ix (m4) R=I/somatórioI
1 1.362 0.060
2 2.362 0.105
3 1.400 0.062
4 3.684 0.163
5 1.400 0.062
6 2.362 0.105
7 1.362 0.060
30 5.141 0.228
31 1.300 0.058
32 1.300 0.058
Somatório 22.577

Fonte: Autores, (2020).

23
Figura 3 - Estrutura de contraventamento das paredes com vento em X

Fonte: Autores, 2020.

24
Com os valores dos momentos de inércia, definimos os valores dos esforços
cortantes e momentos para cada parede de contraventamento, nas duas direções X
e Y podem ser obtidos na tabela 14 e 15.

Tabela 14 - Valores dos esforços cortantes e momentos para paredes de contraventamento em X


CONTRAVENTAMENTO DAS PAREDES X
Parede Px Cortante V (KN) Momento fletor M (KN.m)
1 20,113 266,765
4 20,113 266,765
5 1,432 18,998
6 14,080 186,749
7 3,313 43,940
8 14,080 186,749
9 1,432 18,998
12 9,899 131,297
13 159,290 2112,752
14 9,899 131,297
15 15,631 207,322
16 0,006 0,085
20 15,631 207,322
21 9,127 121,061
22 9,127 121,061
23 0,058 0,770

Fonte: Autores, (2020).

Tabela 15 – Valores dos esforços cortantes e momentos para paredes de contraventamento em Y


CONTRAVENTAMENTO DAS PAREDES X
Parede Py Cortante V (KN) Momento fletor M (KN.m)
1 27,951 369,265
2 48,481 640,478
3 28,723 379,460
4 75,592 998,647
5 28,723 379,460
6 48,481 640,478
7 27,951 369,265
30 105,500 1393,756
31 26,673 352,377
32 26,673 352,377

Fonte: Autores, (2020).

4 ESTABILIDADE GLOBAL DAVEDEFICAÇÃO

25
4.1Estabilidade Global pelo parâmetro de instabilidade gama “z”
Para a obtenção da estabilidade global pelo parâmetro de instabilidade do
gama “z” foram utilizados os esforços totais na direção de X, utilizando o software
ftool e as cargas utilizadas no software são as mesmas obtidas pelo somatório do
desaprumo mais as cargas ocasionadas pelo vento na direção em X da Tabela 12
de cada pavimento.
Em seguida, foram obtidos os deslocamentos em cm ocasionados pela carga
horizontal. Os valores podem ser encontrados na Tabela 16. Pela equação (9), foi
possível concluir pelo método de instabilidade do gama “z” na direção de X que os
efeitos realizados sobre a estrutura são apenas de 1ª ordem, ou seja, estrutura
indeslocável, pois o valor do Gama “z” foi menor que 1,10, resultando em 1,000291.
1
γz=
∆M
1−
Mtd
(9)
Onde:
γz = parâmetro de instabilidade;
ΔM =acréscimo de momento devido aos deslocamentos horizontais;
M1d = momento total de primeira ordem.

Tabela 16 - Verificação de estabilidade global pelo método do gama z

Direção X
Momento
Nível total de
FYd Pi (KN) δi (m) Pi*δi (KN.m) Gama z
1ª Ordem
(kN.m)
1 40,14 32,9945 0,00029 0,009568404
2 47,26 38,81988 0,001 0,038819875
3 52,01 42,7259 0,00208 0,088869874
4 47,71 39,18948 0,0034 0,133244247
5 66,74 54,82253 0,00488 0,267533957 5111,1 1,000291
6 48,36 39,72421 0,00645 0,256221127
7 76,72 63,01713 0,00806 0,507918028
8 22,98 18,87349 0,0097 0,183072853
1,485248366
Total
Fonte: Autores, (2020).

Sendo considerado as paredes de maior momento de inércia, na direção do


vento em X, conforme tabela 17.

26
Tabela 17: Inércia das paredes em X
n*Ix
Parede n Ix(m4)
(m4)
PX4 2 2,036312 4,072624
PX13 1 16,12739 16,12739

TOTAL 20,20002
Fonte: Autores, (2020)

Figura 4 - Esforço total do vento mais o desaprumo em na direção de X

Fonte: Autores, (2020).

Para a obtenção da estabilidade global pelo parâmetro de instabilidade do


gama “z” na direção de Y, utilizou-se o software ftool. As cargas utilizadas no

27
software são as mesmas obtidas pelo somatório do desaprumo mais as cargas
ocasionadas pelo vento na direção em Y da Tabela 10 cada pavimento.
Os deslocamentos ocasionados pela direção Y podem ser encontrados na
Tabela 18. Pela equação 9, foi possível concluir pelo método de instabilidade do
gama “z” na direção de Y que os efeitos realizados sobre a estrutura são apenas de
1ª ordem, ou seja, estrutura indeslocável, pois o valor do Gama “z” foi menor que
1,10, resultando em 1,000616.

Tabela 18 - Verificação de estabilidade global pelo método do gama z

Direção y
Moment
o total
Nível
FYd Pi (KN) δi (m) Pi*δi (KN.m) de 1ª Gama z
Ordem
(kN.m)
1 60,35 49,5762 0,00063 0,031233009
2 71,26 58,53896 0,00215 0,125858768
3 78,58 64,54866 0,00445 0,287241527
4 71,96 59,10763 0,00726 0,429121406 7533,2 1,000616
5 101,24 83,16018 0,01041 0,865697438
6 72,96 59,93034 0,01374 0,823442844
7 116,59 95,76813 0,01716 1,643381191
8 25,65 21,0722 0,0206 0,434087366
1,485248366
Total

Fonte: Autores, (2020).

28
Sendo considerado as paredes de maior momento de inércia, na direção do
vento em Y, conforme tabela 19.

Tabela 19: Inércia das paredes em Y


n*Ix
Parede n Ix(m4)
(m4)
PY1 2 1,362086 2,724172
PY2 2 2,362493 4,724986
PY3 2 1,39969 2,79938
PY4 1 3,683649 3,683649

TOTAL 13,93219

Fonte: Autores, (2020)

Figura 5 - Esforço total do vento mais o desaprumo em na direção de Y

Fonte: Autores, (2020).

29
5 DIMENSIONAMENTO A COMPRESSÃO

A determinação da tensão do bloco estrutural e da argamassa, foi realizada a


partir do dimensionamento a compressão da qual analisou-se a parede que
apresentava maior comprimento de cada grupo. A carga total de compressão é dada
pela Equação 9 que ao ser aplicada na Equação 11 de resistência a compressão, da
qual o coeficiente de esbeltez pode ser dado pela equação 10 é possível adquirir a
resistência a compressão simples (fk). Desta forma o projeto consiste na escolha de
argamassamento total sendo assim a aplicado na Equação 12 para a determinação
da resistência do bloco (fbk).

Nd=Nk∗1,4 (9)

Onde:
Nd = carga total de compressão (kN);
Nk = carga (m).

3
γ
R=1− ( )
40
(10)

Onde:
R = coeficiente redutor de esbeltez;
λ = coeficiente de esbeltez.

fk
Nrd= ∗A∗R (11)
2

Onde:
Nrd = resistência a compressão (kN);
Fk = resistência a compressão simples (Pa);
A = área (m²);
R = coeficiente redutor de esbeltez.

fpk
fbk= (12)
fbk

30
Onde:
Fbk = resistência do bloco (MPa);
Fpk = resistência do prisma (MPa).

Desta forma, a tensão dos blocos adotada para o pavimento de maior


carregamento no térreo, encontra-se na tabela 18.

Tabela 18 - Tensão de bloco por pavimento


TENÃO DO BLOCO
CARGA
BLOCO
GRUPO TOTAL DA σk KN/m² Mpa K fbk
(Mpa)
PAREDE
1 100,00 0,14 714,3027 0,71 11 7,86 8
2 166,75 0,14 1191,066 1,19 11 13,10 14
3 113,68 0,14 811,9824 0,81 11 8,93 9
4 98,73 0,14 705,192 0,71 11 7,76 8
5 121,30 0,14 866,4124 0,87 11 9,53 10
6 121,03 0,14 864,5016 0,86 11 9,51 10
7 142,59 0,14 1018,516 1,02 11 11,20 12
8 130,74 0,14 933,8266 0,93 11 10,27 11
9 135,47 0,14 967,6071 0,97 11 10,64 11
10 111,27 0,14 794,8108 0,79 11 8,74 9
11 148,37 0,14 1059,78 1,06 11 11,66 12
12 121,03 0,14 864,5016 0,86 11 9,51 10
13 130,74 0,14 933,8266 0,93 11 10,27 11
14 142,59 0,14 1018,516 1,02 11 11,20 12
15 100,00 0,14 714,3027 0,71 11 7,86 8
16 166,75 0,14 1191,066 1,19 11 13,10 14
17 113,68 0,14 811,9824 0,81 11 8,93 9
18 98,73 0,14 705,192 0,71 11 7,76 8
19 121,30 0,14 866,4124 0,87 11 9,53 10

Fonte: Autores, (2020).

No pré-dimensionamento da tensão do bloco encontramos o de 14 MPa no


pavimento, na qual foi adotado, para que possamos aumentar a resistência e assim,
poder verificar na tração e diminuir a quantidade de blocos com armadura.

6 DETERMINAÇÃO AO CISALHAMENTO
6.1 Determinação dos parâmetros de dimensionamento

31
Para a determinação dos parâmetros de dimensionamento é necessário
fazer a verificação se a alvenaria é armada com a condição λ< 20→ OK pela
equação (13).

he
λ= (13)
t

Indicando a área total do grupo e o momento de inércia do mesmo,


determinando assim o wi e ws, pela equação (14).

I I
ωi= e ωi= (14)
YI YS

Determina-se o coeficiente redutor R pela equação (15).

he 3
R=⌈ 1− ( )
40 × λ
⌉ (15)

Adotando fbk =14 Mpa, fa= 12 Mpa, fgk= 25 Mpa, e para determinar o fpk e
fpk* pela equação (16) 2 determinar o fk e fk* equação (17) verificando na tabela 19.

fpk=0,7 × fbk e fpk∗¿ 1,6 × fpk (16)

fk=0,7 × fpk e fk∗¿ 0,7 × fpk∗¿ (17)

32
Tabela 19 – Parâmetros de dimensionamento
PARÂMETROS DE DIMENSIONAMENTO
INÉRCIA
GRUPO PAREDE C.T parede he (cm) t (cm) λ   ÁREA (m²) yi (m) Wi (m³) Wi (cm³) ys (m) Ws (m³) Ws (cm³) R fbk fa fgk fpk fpk* fk fk* ftk
(m4)
2
PX1 280 14 Não armado 0,65 2,37 0,86 860158,62341639 2,27 0,90 896014,8409 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 2,036
2
G1=G15 PY37 100,00 280 14 Não armado 0,08 0,53 0,02 18653,65802068 0,21 0,05 46920,2778 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,010
2
PY38 280 14 Não armado 0,15 0,85 0,05 49758,94124318 0,34 0,13 125358,9564 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,042
2
PX5 280 14 Não armado 0,23 0,52 0,28 279497,35959604 1,27 0,11 114086,5680 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,145
G2=G16 166,75
2
PY33 280 14 Não armado 0,23 0,82 0,06 62991,46341463 0,82 0,06 62991,4634 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,052
2
PX12 280 14 Não armado 0,57 2,12 0,47 473243,63311841 2,07 0,48 483655,3333 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 1,002
2
PY26 280 14 Não armado 0,25 0,55 0,34 339775,85457706 1,39 0,14 135236,5099 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,188
G3=G17 113,68
2
PY20 280 14 Não armado 0,04 0,20 0,00 3217,90069339 0,09 0,01 7238,2574 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,001
2
PY21 280 14 Não armado 0,02 0,21 0,00 3714,22752795 0,08 0,01 9144,5216 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,001
2
PX15 280 14 Não armado 0,6 2,14 0,74 741145,80381935 2,35 0,67 672081,4808 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 1,583
2
PY12 280 14 Não armado 0,1 0,37 0,01 13297,29729730 0,37 0,01 13297,2973 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,005
G4=G18 98,73
2
PY13 280 14 Não armado 0,04 0,37 0,01 8406,41688013 0,11 0,03 28429,3213 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,003
2
PY16 280 14 Não armado 0,02 0,08 0,01 10251,18471775 0,21 0,00 4023,2239 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,001
2
PX21 280 14 Não armado 0,5 1,64 0,56 564293,49123699 2,10 0,44 439550,0902 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,924
2
PX28 280 14 Não armado 0,17 0,44 0,12 123712,70285114 0,90 0,06 60237,9291 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,054
2
G5=G19 PY8 121,30 280 14 Não armado 0,04 0,11 0,00 4451,76470588 0,18 0,00 2574,1497 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,000
2
PY9 280 14 Não armado 0,02 0,09 0,01 7238,25743994 0,20 0,00 3217,9007 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,001
2
PY1 280 14 Não armado 0,5 1,89 0,72 720554,61215767 1,70 0,80 801619,8526 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 1,362
2
PX16 280 14 Não armado 0,02 0,09 0,01 7238,25743994 0,20 0,00 3217,9007 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,001
2
PX23 280 14 Não armado 0,06 0,13 0,05 45726,96139477 0,46 0,01 12729,6759 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,006
G6=G12 121,03
2
PX29 280 14 Não armado 0,19 0,90 0,06 60237,92905626 0,44 0,12 123712,7029 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,054
2
PY2 280 14 Não armado 0,7 2,21 1,07 1070964,46926017 2,88 0,82 819157,8443 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 2,362
2
PX2 280 14 Não armado 0,06 0,32 0,01 6578,98868854 0,12 0,02 17234,0040 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,002
2
PX6 280 14 Não armado 0,6 2,45 0,58 580860,92466970 1,85 0,77 770496,4994 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 1,426
G7=G14 142,59
2 1467195,413
PY30 280 14 Não armado 1,01 3,84 1,34 1340216,99205395 3,50 1,47 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 5,141 7
2
PY35 280 14 Não armado 0,17 0,34 0,20 196371,47743327 1,00 0,07 65776,6930 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,066
G8=G13 PX17 130,74 280 14 2 Não armado 0,2 0,105 1,03 0,10 101798,27793995 0,61 0,17 173639,9603 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0

33
2
PX24 280 14 Não armado 0,15 0,43 0,01 11810,34159862 0,16 0,03 30982,8535 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,005
2
PY3 280 14 Não armado 0,5 1,85 0,76 756469,78963320 1,89 0,74 740691,1544 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 1,400
2
PY17 280 14 Não armado 0,02 0,09 0,01 8531,86245746 0,20 0,00 3549,9780 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,001
2
G9 PY41 135,47 280 14 Não armado 0,33 1,20 0,13 134400,00000000 1,20 0,13 134400,0000 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,161
2
PX7 280 14 Não armado 0,42 1,61 0,21 208187,91054846 1,35 0,25 247700,5141 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,335
2
G10 PX10 111,27 280 14 Não armado 0,04 0,10 0,02 24482,85409168 0,34 0,01 7306,6799 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,002
2
PY31 280 14 Não armado 0,53 2,46 0,53 527822,11970900 1,43 0,91 910571,6858 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 1,300
2 2948334,734
PX13 280 14 Não armado 1,53 5,47 2,95 2948334,73491773 5,47 2,95 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 16,127 9
2
PX25 280 14 Não armado 0,15 0,52 0,03 25605,76923077 0,52 0,03 25605,7692 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,013
2
PY27 280 14 Não armado 0,02 0,08 0,01 10648,93078812 0,21 0,00 4129,9968 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,001
2
G11 PY28 148,37 280 14 Não armado 0,02 0,08 0,01 10648,93078812 0,21 0,00 4129,9968 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,001
2
PY22 280 14 Não armado 0,02 0,21 0,00 4129,99679363 0,08 0,01 10648,9308 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,001
2
PY23 280 14 Não armado 0,02 0,21 0,00 4129,99679363 0,08 0,01 10648,9308 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 0,001
2 1606262,141
PY4 280 14 Não armado 0,67 2,80 1,32 1317143,62846145 2,29 1,61 0,875 14 12 25 9,8 15,68 6,86 10,976 0,25
0 3,684 3
Fonte: Autores, (2020).

34
6.2 Verificação ao cisalhamento ao cisalhamento

A tensão de cisalhamento será calculada a partir da divisão da cortante pela


área como apresentada na Equação (18)
O valor da cortante a ser utilizado é o de cada parede por pavimento e o
coeficiente redutor de esbeltez é de 0,875. A área deve ser calculada considerando
a parede de cada grupos, com a espessura de 0,14 m na direção X e Y. Desta forma
o valor obtido de cisalhamento encontra-se na tabela 20.

Vd∗R
τvd= (18)
A

Onde:
τvd = tensão de cisalhamento (kN);
V = cortante (kN);
R = coeficiente redutor de esbeltez;
A = área (m²).

A determinação média a compressão da argamassa é determinada pela


equação (19) e após determina-se o fvk pela equação (20).

09× Gk
σ=
A (19)

τvd=0,35+0,5 ×σ (20)

Pra encontrar fvd=fvk /2


Onde deve ser feita a verificação de condição se segurança indicando se é
seguro ou inseguro.
τvd ≤ fvd

35
Tabela 20 – Parâmetros de dimensionamento
PARÂMETROS DE DIMENSIONAMENTO
GRUPO PAREDE he (cm) t (cm) λ   ÁREA (m²) Vk Vd τvd (Kn/m²) τvd (MPa) Gk (KN) σ (Kn/m²) σ (MPa) fvk fvd Verificação
2
PX1 280 14 Não armado 0,65 20,89 29,24 44,99 0,045 397,6 550,49 0,55 0,63 0,31 Seguro
0
2
G1=G15 PY37 280 14 Não armado 0,08 0,20 0,28 3,53 0,004 58,3 655,78 0,66 0,68 0,34 Seguro
0
2
PY38 280 14 Não armado 0,15 0,86 1,21 8,07 0,008 97,4 584,65 0,58 0,64 0,32 Seguro
0
2
PX5 280 14 Não armado 0,23 1,49 2,08 9,05 0,009 249,5 976,40 0,98 0,84 0,42 Seguro
0
G2=G16
2
PY33 280 14 Não armado 0,23 1,05 1,48 6,42 0,006 237,9 930,98 0,93 0,82 0,41 Seguro
0
2
PX12 280 14 Não armado 0,57 10,28 14,39 25,25 0,025 407,5 643,37 0,64 0,67 0,34 Seguro
0
2
PY26 280 14 Não armado 0,25 3,83 5,36 21,44 0,021 184,9 665,79 0,67 0,68 0,34 Seguro
0
G3=G17
2
PY20 280 14 Não armado 0,04 0,01 0,02 0,46 0,000 21,8 489,55 0,49 0,59 0,30 Seguro
0
2
PY21 280 14 Não armado 0,02 0,02 0,02 1,09 0,001 21,8 979,10 0,98 0,84 0,42 Seguro
0
2
PX15 280 14 Não armado 0,6 16,23 22,73 37,88 0,038 379,6 569,47 0,57 0,63 0,32 Seguro
0
2
PY12 280 14 Não armado 0,1 0,10 0,14 1,41 0,001 63,6 572,04 0,57 0,64 0,32 Seguro
0
G4=G18
2
PY13 280 14 Não armado 0,04 0,06 0,09 2,21 0,002 30,9 695,73 0,70 0,70 0,35 Seguro
0
2
PY16 280 14 Não armado 0,02 0,02 0,02 1,19 0,001 18,9 850,33 0,85 0,78 0,39 Seguro
0
2
PX21 280 14 Não armado 0,5 9,48 13,27 26,54 0,027 379,9 683,83 0,68 0,69 0,35 Seguro
0
2
PX28 280 14 Não armado 0,17 0,56 0,78 4,59 0,005 134,0 709,53 0,71 0,70 0,35 Seguro
0
2
G5=G19 PY8 280 14 Não armado 0,04 0,01 0,01 0,34 0,000 23,2 522,37 0,52 0,61 0,31 Seguro
0
2
PY9 280 14 Não armado 0,02 0,01 0,02 0,92 0,001 23,2 1044,74 1,04 0,87 0,44 Seguro
0
2
PY1 280 14 Não armado 0,5 27,79 38,91 77,82 0,078 364,1 655,34 0,66 0,68 0,34 Seguro
0
2
PX16 280 14 Não armado 0,02 0,01 0,01 0,46 0,000 30,5 1374,12 1,37 1,04 0,52 Seguro
0
2
PX23 280 14 Não armado 0,06 0,06 0,08 1,41 0,001 54,8 821,31 0,82 0,76 0,38 Seguro
0
G6=G12
2
PX29 280 14 Não armado 0,19 0,56 0,78 4,10 0,004 133,7 633,44 0,63 0,67 0,33 Seguro
0
2
PY2 280 14 Não armado 0,7 48,20 67,49 96,41 0,096 521,2 670,14 0,67 0,69 0,34 Seguro
0
2
PX2 280 14 Não armado 0,06 0,02 0,03 0,50 0,001 45,9 688,51 0,69 0,69 0,35 Seguro
0
2
PX6 280 14 Não armado 0,6 14,62 20,47 34,12 0,034 533,4 800,16 0,80 0,75 0,38 Seguro
0
G7=G14
2
PY30 280 14 Não armado 1,01 104,90 146,86 145,40 0,145 901,9 803,66 0,80 0,75 0,38 Seguro
0
2
PY35 280 14 Não armado 0,17 1,35 1,89 11,09 0,011 157,6 834,09 0,83 0,77 0,38 Seguro
0
2
PX17 280 14 Não armado 0,2 1,08 1,51 7,56 0,008 178,6 803,57 0,80 0,75 0,38 Seguro
G8=G13 0
PX24 280 14 2 Não armado 0,15 0,05 0,07 0,48 0,000 59,1 354,87 0,35 0,53 0,26 Seguro

36
0
2
PY3 280 14 Não armado 0,5 28,56 39,98 79,97 0,080 409,5 737,04 0,74 0,72 0,36 Seguro
0
2
PY17 280 14 Não armado 0,02 0,01 0,02 1,04 0,001 25,0 1126,03 1,13 0,91 0,46 Seguro
0
2
G9 PY41 280 14 Não armado 0,33 3,29 4,61 13,96 0,014 282,9 771,41 0,77 0,74 0,37 Seguro
0
2
PX7 280 14 Não armado 0,42 3,44 4,82 11,47 0,011 287,5 616,11 0,62 0,66 0,33 Seguro
0
2
G10 PX10 280 14 Não armado 0,04 0,03 0,04 0,89 0,001 35,8 805,93 0,81 0,75 0,38 Seguro
0
2
PY31 280 14 Não armado 0,53 26,52 37,13 70,05 0,070 369,8 627,97 0,63 0,66 0,33 Seguro
0
2
PX13 280 14 Não armado 1,53 165,42 231,59 151,36 0,151 1412,1 830,68 0,83 0,77 0,38 Seguro
0
2
PX25 280 14 Não armado 0,15 0,14 0,19 1,27 0,001 134,2 805,47 0,81 0,75 0,38 Seguro
0
2
PY27 280 14 Não armado 0,02 0,02 0,02 1,23 0,001 28,4 1277,90 1,28 0,99 0,49 Seguro
0
2
G11 PY28 280 14 Não armado 0,02 0,02 0,02 1,23 0,001 28,4 1277,90 1,28 0,99 0,49 Seguro
0
2
PY22 280 14 Não armado 0,02 0,02 0,02 1,23 0,001 28,4 1277,90 1,28 0,99 0,49 Seguro
0
2
PY23 280 14 Não armado 0,02 0,02 0,02 1,23 0,001 28,4 1277,90 1,28 0,99 0,49 Seguro
0
2
PY4 280 14 Não armado 0,67 75,16 105,22 157,05 0,157 639,0 858,29 0,86 0,78 0,39 Seguro
0
Fonte: Autores, (2020).

37
7 DIMENDIONAMENTO A FLEXO-COMPRESSÃO E FLEXO TRAÇÃO
7.1 Compressão

A verificação da flexo-compressão deve ser avaliada para tensões de


compressão e tração. Para o cálculo da compressão deve-se utilizar a equação (21),
onde separaremos em duas combinações.

Nd Md
+ ≤ fd (21)
A∗R W∗K

Onde:
Nd = Força de compressão sobre a parede;
A = área (m²);
R = coeficiente redutor de esbeltez;
Md = momento fletor (kN);
W = módulo de resistência a flexão (m³);
K = 1,5 (valor fixo NBR 15961-1);
Fd = resistência à compressão de cálculo da alvenaria (MPa).

Conforme equação (21) deve-se ser feito duas combinações, a primeira como
o vento sendo a ação variável principal conforme equação (22), e a segunda como a
carga acidental sendo a ação variável principal conforme equação (23). Os valores
encontrados estão descritos nas tabelas 22 e 23.
Para calcular as combinações foram utilizados os menores valores de W
porque com o menor valor, o resultado das combinações será maior, o que resultará
em um módulo de compressão, flexão e tração maiores.

γf ∗Gk+ γf ∗Ψ 0∗Qk γf ∗Mwk fk


σcd 1= + ≤ (22)
R∗A 1,5∗W 1 γm

γf ∗Gk +γf ∗Ψ 0∗Qk γf ∗Mwk fk


σcd 2= + ≤ (23)
R∗A 1,5∗W 2 γm

Onde:
Gk = valor característico das ações permanentes (kN);

38
Qk = valor característico das ações variáveis (kN);
Mwk = momento fletor (kN);
R = coeficiente redutor de esbeltez;
A = área (m²);
W = módulo de resistência a flexão (m³);
γg = coeficiente de ponderação das ações permanentes (kN);
γq = coeficiente de ponderação das ações variáveis (kN);
Ψ 0 = coeficiente para redução de ações variáveis;
fk = resistência característica a compressão simples da alvenaria;
γm = coeficiente de ponderação das resistências.

7.2 Compressão

A determinação a tração consiste em basicamente os mesmos parâmetros de


compressão, mas as combinações se dão através da equação (24) e (25).

0,9 ×Gk γf ∗Mwk fk


σcd 1= + ≤ (24)
A W1 γm

0,9 ×Gk γf ∗Mwk fk


σcd 2= + ≤ (25)
A W2 γm

Os dados utilizados para o desenvolvimento da compressão e tração estão


indicados na tabela 21.

Tabela 21 – Dados de dimensionamento a compressão e tração.

Argamassa em toda face 1


fbk (Mpa) 14,00
Argamassa (MPa) 9,8
γm 2
ftk 0,25
γg favorável 0,9
te (cm) 14
he (cm) 280
λ 20,00
Coef. Redutor R 0,875
k 1,5

39
γg desfavorável 1,4
γq desfavorável 1,4
ψ1 ação do vento 0,5
ψ2 acidental 0,6
fk/λm (kN/cm²) 0,7
ftk/λm (kN/cm²) 0,0125

Resist. à Compressão do Prisma


fbk (MPa) fpk (MPa)
14,0 14
Resist. à Compressão da Parede
fk (MPa) fk (kN.cm)
14 1,4
Resist. à Tração da Parede
ftk (Mpa) ftk (kN/m²)
0,25 250
Resist. à compressão de cálc. da parede
fd (Mpa) fd (kN.cm)
7 0,7
Compressão na Flexão
fd (MPa) fd (kN.cm)
7 0,7
Fonte: Autores, (2020)

40
Tabela 22 –Dimensionamento a compressão

TENSÃO DE COMPRESSÃO
Área Área Carga do Normal
do do grupo no por Nk*0,93 M σcd1 Condição σcd2 Condição σcd1(kN/cm² Condição Verificaçã σcd2 Condição
Paredes M (kN.cm) Verificação Verificação Verificação
grupo grupo térreo parede (kN) (kN.m) (kN/cm²) σcd1 (kN/cm²) σcd2 ) σcd1 o (kN/cm²) σcd1
(m²) (cm²) (kN/m) Nk (KN)
PX1 100,00 456,99 424,998 266,765 26676,496 0,1352 0,343 Seguro 0,1341 0,343 Seguro 0,1317 0,343 Seguro 0,1310 0,343 Seguro
PY37 1,4 14000 100,00 67,00 62,311 2,678 267,768 0,1197 0,343 Seguro 0,1116 0,343 Seguro 0,1223 0,343 Seguro 0,1175 0,343 Seguro
PY38 100,00 112,00 104,162 11,492 1149,150 0,1278 0,343 Seguro 0,1148 0,343 Seguro 0,1272 0,343 Seguro 0,1194 0,343 Seguro
PX5 166,75 286,81 266,732 18,998 1899,820 0,1836 0,343 Seguro 0,1928 0,343 Seguro 0,1944 0,343 Seguro 0,1999 0,343 Seguro
0,81 8100
PY33 166,75 273,47 254,326 14,003 1400,327 0,1980 0,343 Seguro 0,1980 0,343 Seguro 0,2030 0,343 Seguro 0,2030 0,343 Seguro
PX12 113,68 468,35 435,567 131,297 13129,650 0,1467 0,343 Seguro 0,1462 0,343 Seguro 0,1455 0,343 Seguro 0,1451 0,343 Seguro
PY26 113,68 212,58 197,697 50,876 5087,648 0,1348 0,343 Seguro 0,1559 0,343 Seguro 0,1383 0,343 Seguro 0,1510 0,343 Seguro
1,64 16400
PY20 113,68 25,01 23,258 0,175 17,513 0,1259 0,343 Seguro 0,1231 0,343 Seguro 0,1330 0,343 Seguro 0,1313 0,343 Seguro
PY21 113,68 25,01 23,258 0,208 20,766 0,1260 0,343 Seguro 0,1229 0,343 Seguro 0,1330 0,343 Seguro 0,1312 0,343 Seguro
PX15 98,73 436,37 405,827 207,322 20732,152 0,1310 0,343 Seguro 0,1337 0,343 Seguro 0,1285 0,343 Seguro 0,1301 0,343 Seguro
PY12 98,73 73,06 67,944 1,334 133,383 0,1143 0,343 Seguro 0,1143 0,343 Seguro 0,1184 0,343 Seguro 0,1184 0,343 Seguro
1,55 15500
PY13 98,73 35,54 33,054 0,840 83,988 0,1143 0,343 Seguro 0,1077 0,343 Seguro 0,1184 0,343 Seguro 0,1145 0,343 Seguro
PY16 98,73 21,72 20,200 0,226 22,637 0,1070 0,343 Seguro 0,1102 0,343 Seguro 0,1141 0,343 Seguro 0,1160 0,343 Seguro
PX21 121,30 436,67 406,105 121,061 12106,077 0,1489 0,343 Seguro 0,1546 0,343 Seguro 0,1506 0,343 Seguro 0,1540 0,343 Seguro
PX28 121,30 154,05 143,265 7,112 711,168 0,1343 0,343 Seguro 0,1399 0,343 Seguro 0,1418 0,343 Seguro 0,1452 0,343 Seguro
PY8 2,02 20200 121,30 26,69 24,818 0,128 12,823 0,1316 0,343 Seguro 0,1336 0,343 Seguro 0,1402 0,343 Seguro 0,1414 0,343 Seguro
PY9 121,30 26,69 24,818 0,175 17,513 0,1312 0,343 Seguro 0,1340 0,343 Seguro 0,1400 0,343 Seguro 0,1417 0,343 Seguro
PY1 121,30 418,48 389,184 369,265 36926,517 0,1768 0,343 Seguro 0,1719 0,343 Seguro 0,1673 0,343 Seguro 0,1644 0,343 Seguro
PX16 121,03 35,10 32,642 0,085 8,463 0,1297 0,343 Seguro 0,1311 0,343 Seguro 0,1390 0,343 Seguro 0,1398 0,343 Seguro
PX23 121,03 62,94 58,530 0,770 76,965 0,1302 0,343 Seguro 0,1343 0,343 Seguro 0,1393 0,343 Seguro 0,1417 0,343 Seguro
1,71 17100
PX29 121,03 153,71 142,949 7,112 711,168 0,1397 0,343 Seguro 0,1340 0,343 Seguro 0,1449 0,343 Seguro 0,1415 0,343 Seguro
PY2 121,03 599,10 557,163 640,478 64047,818 0,1845 0,343 Seguro 0,2016 0,343 Seguro 0,1718 0,343 Seguro 0,1821 0,343 Seguro
PX2 142,59 52,76 49,066 0,274 27,445 0,1554 0,343 Seguro 0,1530 0,343 Seguro 0,1653 0,343 Seguro 0,1639 0,343 Seguro
PX6 142,59 613,15 570,226 186,749 18674,891 0,1816 0,343 Seguro 0,1742 0,343 Seguro 0,1810 0,343 Seguro 0,1765 0,343 Seguro
2,84 28400
PY30 142,59 1036,65 964,080 1393,756 139375,596 0,2486 0,343 Seguro 0,2402 0,343 Seguro 0,2212 0,343 Seguro 0,2162 0,343 Seguro
PY35 142,59 181,09 168,416 17,900 1789,955 0,1601 0,343 Seguro 0,1770 0,343 Seguro 0,1681 0,343 Seguro 0,1782 0,343 Seguro
PX17 130,74 205,26 190,887 13,788 1378,778 0,1516 0,343 Seguro 0,1464 0,343 Seguro 0,1570 0,343 Seguro 0,1539 0,343 Seguro
PX24 130,74 67,98 63,224 0,661 66,092 0,1442 0,343 Seguro 0,1409 0,343 Seguro 0,1525 0,343 Seguro 0,1506 0,343 Seguro
1,54 15400
PY3 130,74 470,65 437,703 379,460 37945,971 0,1858 0,343 Seguro 0,1868 0,343 Seguro 0,1775 0,343 Seguro 0,1781 0,343 Seguro
PY17 130,74 28,76 26,749 0,197 19,709 0,1411 0,343 Seguro 0,1441 0,343 Seguro 0,1507 0,343 Seguro 0,1525 0,343 Seguro
PY41 0,34 3400 135,47 325,12 302,358 43,723 4372,344 0,1743 0,343 Seguro 0,1743 0,343 Seguro 0,1730 0,343 Seguro 0,1730 0,343 Seguro
PX7 111,27 330,48 307,349 43,940 4394,044 0,1380 0,343 Seguro 0,1348 0,343 Seguro 0,1390 0,343 Seguro 0,1371 0,343 Seguro
PX10 1,65 16500 111,27 41,17 38,289 0,324 32,437 0,1195 0,343 Seguro 0,1224 0,343 Seguro 0,1279 0,343 Seguro 0,1297 0,343 Seguro
PY31 111,27 425,06 395,310 352,377 35237,682 0,1806 0,343 Seguro 0,1544 0,343 Seguro 0,1646 0,343 Seguro 0,1488 0,343 Seguro
PX13 148,37 1623,16 1509,538 2112,752 211275,228 0,2246 0,343 Seguro 0,2246 0,343 Seguro 0,2097 0,343 Seguro 0,2097 0,343 Seguro
PX25 148,37 154,30 143,503 1,744 174,432 0,1641 0,343 Seguro 0,1641 0,343 Seguro 0,1734 0,343 Seguro 0,1734 0,343 Seguro
PY27 148,37 32,64 30,356 0,234 23,396 0,1597 0,343 Seguro 0,1630 0,343 Seguro 0,1708 0,343 Seguro 0,1727 0,343 Seguro
PY28 4,18 41800 148,37 32,64 30,356 0,234 23,396 0,1597 0,343 Seguro 0,1630 0,343 Seguro 0,1708 0,343 Seguro 0,1727 0,343 Seguro
PY22 148,37 32,64 30,356 0,234 23,396 0,1630 0,343 Seguro 0,1597 0,343 Seguro 0,1727 0,343 Seguro 0,1708 0,343 Seguro
PY23 148,37 32,64 30,356 0,234 23,396 0,1630 0,343 Seguro 0,1597 0,343 Seguro 0,1727 0,343 Seguro 0,1708 0,343 Seguro
PY4 148,37 734,43 683,018 998,647 99864,712 0,2285 0,343 Seguro 0,2157 0,343 Seguro 0,2120 0,343 Seguro 0,2044 0,343 Seguro
Fonte: Autores, (2020)

41
Tabela 23 – Dados de dimensionamento a tração.

TENNSÃO DE TRAÇÃO
Carga
Normal
Área Área do
por σcd1
do do grupo Nk*0,93 M M Nk/1,15 Condição Verificaçã σtd2 Condição Verificaçã
Grupo Paredes parede (kN/cm²
grupo grupo no (kN) (kN.m) (kN.cm) (kN) σcd1 o (kN/cm²) σcd2 o
Nk )
(m²) (cm²) térreo
(KN)
(kN/m)
PX1 100 456,99 424,998 266,765 26676,5 397,381 -0,0125 0,0125 Seguro -0,0142 0,0125 Seguro
G1=G1
PY37 1,4 14000 100 67 62,311 2,678 267,768 58,262 -0,0358 0,0125 Seguro -0,0479 0,0125 Seguro
5
PY38 100 112 104,162 11,492 1149,15 97,394 -0,0236 0,0125 Seguro -0,0431 0,0125 Seguro
G2=G1 PX5 166,75 286,81 266,732 18,998 1899,82 249,399 -0,0837 0,0125 Seguro -0,0699 0,0125 Seguro
0,81 8100
6 PY33 166,75 273,47 254,326 14,003 1400,327 237,799 -0,0621 0,0125 Seguro -0,0621 0,0125 Seguro
PX12 113,68 468,35 435,567 131,297 13129,65 407,262 -0,0247 0,0125 Seguro -0,0255 0,0125 Seguro
G3=G1 PY26 113,68 212,58 197,697 50,876 5087,648 184,85 -0,0426 0,0125 Seguro -0,0109 0,0125 Seguro
1,64 16400
7 PY20 113,68 25,01 23,258 0,175 17,513 21,747 -0,0559 0,0125 Seguro -0,0602 0,0125 Seguro
PY21 113,68 25,01 23,258 0,208 20,766 21,747 -0,0557 0,0125 Seguro -0,0604 0,0125 Seguro
PX15 98,73 436,37 405,827 207,322 20732,15 379,455 -0,016 0,0125 Seguro -0,012 0,0125 Seguro
G4=G1 PY12 98,73 73,06 67,944 1,334 133,383 63,529 -0,0411 0,0125 Seguro -0,0411 0,0125 Seguro
1,55 15500
8 PY13 98,73 35,54 33,054 0,84 83,988 30,906 -0,0412 0,0125 Seguro -0,0511 0,0125 Seguro
PY16 98,73 21,72 20,2 0,226 22,637 18,887 -0,0521 0,0125 Seguro -0,0473 0,0125 Seguro
PX21 121,3 436,67 406,105 121,061 12106,08 379,715 -0,0378 0,0125 Seguro -0,0292 0,0125 Seguro
PX28 121,3 154,05 143,265 7,112 711,168 133,955 -0,0598 0,0125 Seguro -0,0513 0,0125 Seguro
G5=G1
PY8 2,02 20200 121,3 26,69 24,818 0,128 12,823 23,205 -0,0638 0,0125 Seguro -0,0608 0,0125 Seguro
9
PY9 121,3 26,69 24,818 0,175 17,513 23,205 -0,0644 0,0125 Seguro -0,0602 0,0125 Seguro
PY1 121,3 418,48 389,184 369,265 36926,52 363,893 0,0039 0,0125 Seguro -0,0033 0,0125 Seguro
PX16 121,03 35,1 32,642 0,085 8,463 30,521 -0,066 0,0125 Seguro -0,064 0,0125 Seguro
G6=G1 PX23 121,03 62,94 58,53 0,77 76,965 54,727 -0,0653 0,0125 Seguro -0,0592 0,0125 Seguro
1,71 17100
2 PX29 121,03 153,71 142,949 7,112 711,168 133,659 -0,0511 0,0125 Seguro -0,0596 0,0125 Seguro
PY2 121,03 599,1 557,163 640,478 64047,82 520,956 0,0161 0,0125 Inseguro 0,0418 0,0125 Inseguro
G7=G1 PX2 2,84 28400 142,59 52,76 49,066 0,274 27,445 45,877 -0,0739 0,0125 Seguro -0,0775 0,0125 Seguro

42
PX6 142,59 613,15 570,226 186,749 18674,89 533,171 -0,0347 0,0125 Seguro -0,0458 0,0125 Seguro
1036,6
4 PY30 142,59 964,08 1393,756 139375,6 901,431 0,0659 0,0125 Inseguro 0,0533 0,0125 Inseguro
5
PY35 142,59 181,09 168,416 17,9 1789,955 157,471 -0,0669 0,0125 Seguro -0,0416 0,0125 Seguro
PX17 130,74 205,26 190,887 13,788 1378,778 178,483 -0,0541 0,0125 Seguro -0,062 0,0125 Seguro
G8=G1 PX24 130,74 67,98 63,224 0,661 66,092 59,115 -0,0652 0,0125 Seguro -0,0701 0,0125 Seguro
1,54 15400
3 PY3 130,74 470,65 437,703 379,46 37945,97 409,26 -0,0029 0,0125 Seguro -0,0014 0,0125 Seguro
PY17 130,74 28,76 26,749 0,197 19,709 25,01 -0,0698 0,0125 Seguro -0,0653 0,0125 Seguro
G9 PY41 0,34 3400 135,47 325,12 302,358 43,723 4372,344 282,71 -0,0302 0,0125 Seguro -0,0302 0,0125 Seguro
PX7 111,27 330,48 307,349 43,94 4394,044 287,376 -0,0327 0,0125 Seguro -0,0374 0,0125 Seguro
G10 PX10 1,65 16500 111,27 41,17 38,289 0,324 32,437 35,801 -0,0603 0,0125 Seguro -0,056 0,0125 Seguro
PY31 111,27 425,06 395,31 352,377 35237,68 369,622 0,0313 0,0125 Inseguro -0,008 0,0125 Seguro
1623,1
PX13 148,37 1509,538 2112,752 211275,2 1411,443 0,0174 0,0125 Inseguro 0,0174 0,0125 Inseguro
6
PX25 148,37 154,3 143,503 1,744 174,432 134,177 -0,0734 0,0125 Seguro -0,0734 0,0125 Seguro
PY27 148,37 32,64 30,356 0,234 23,396 28,384 -0,0799 0,0125 Seguro -0,075 0,0125 Seguro
G11 4,18 41800 32,64 30,356 0,234 23,396 28,384 -0,0799 0,0125 Seguro -0,075 0,0125 Seguro
PY28 148,37
PY22 148,37 32,64 30,356 0,234 23,396 28,384 -0,075 0,0125 Seguro -0,0799 0,0125 Seguro
PY23 148,37 32,64 30,356 0,234 23,396 28,384 -0,075 0,0125 Seguro -0,0799 0,0125 Seguro
PY4 148,37 734,43 683,018 998,647 99864,71 638,633 0,0232 0,0125 Inseguro 0,0041 0,0125 Seguro
Fonte: Autores, (2020)

7.3 Dimensionamento a armadura


O dimensionamento de armaduras foi realizado através da verificação da flexo- compressão e tração, sendo verificado se
esta era segura ou insegura, havendo necessidade de armadura portanto em flexo-tração há necessidade de armaduras, conforme
indica a tabela 24.

43
Tabela 23 – Armaduras de tração.

DIMENSIONAMENTO ARMADURA TRAÇÃO POR PAREDE


GRUP PAREDE h As/2 As, mín As adot Armadur
Verificação Md (kN.cm) d (cm) μ Nd v w As (cm²)
O S (cm) (cm²) (cm²) (cm²) a

G6=G12 PY2 Inseguro 89666,95 495 491 0,0775 468,86 0,199 0,032 3,4381 1,7191 6,874 6,87 2Ø 22,00
G7=G14 PY30 Inseguro 195125,83 727 723 0,078 811,29 0,234 0,031 4,9509 2,4754 10,122 10,12 3Ø 22,00
G10 PY31 Inseguro 49332,76 382 378 0,072 332,66 0,183 0,039 3,2731 1,6365 5,292 5,29 3Ø 16,00
PX13 Inseguro 295785,32 1094 1090 0,052 1270,30 0,243 0,013 3,1300 1,5650 15,26 15,26 2Ø 32,00
139810,596
PY4 Inseguro 495 491 0,121 574,77 0,244 0,065 7,0281 3,5140 6,874 6,87 2Ø 22,00
G11 4
Fonte: Autores, (2020).

8 VERGA PIOR CASO


Sendo feita analise da verga pior caso onde na parede PX13 do grupo G11 foi a mais solicitada necessário armadura,
conforme indica na tabela 24.
Tabela 24 – Armaduras da verga pior caso.

DIMENSIONAMENTO ARMADURA VERGA PIOR CASO


W As (cm²) V As, mín As adotado
GRUPO PAREDES Verificação Md (kN.cm) h (cm) d (cm) μ Verificação (cm²) (cm²) Armadura

Armadura
G11 PX13 Inseguro 295785,32 1094 1090 0,0518 0,067 12,82 15,26 15,26 2Ø 32,00
Simples
Fonte: Autores, (2020).

44
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste projeto é entregue o dimensionamento do projeto de alvenaria


estrutural contemplando os cálculos das ações verticais e das ações horizontais,
além da modulação e paginação das paredes, e a verificação de compressão e
tração das paredes analisando os pontos de maior solicitação havendo à
necessidade de armadura. Com a elaboração do presente projeto foi possível
assimilar os conteúdos vistos em sala de aula em forma prática.
Nota-se que a determinação da modulação, principalmente horizontal, é um
aspecto de extrema importância para o bom êxito do processo construtivo aqui
estudado, visto que uma modulação adequada evita desperdícios e a necessidade
de blocos especiais. Entretanto é necessário um cuidado especial na amarração das
fiada nos cantos e intersecções de modo a garantir a coesão não somente entre as
fiadas mas também entre as paredes, proporcionando assim uma melhor
distribuição de cargas no conjunto.
A determinação das paredes estruturais e não-estruturais são condicionadas
por fatores como a utilização da edificação, geometria da planta, etc. Entretanto a
utilização de todas as paredes como estruturais pode ser economicamente mais
vantajoso devido a diminuição da resistência dos blocos, está oriunda do maior
número de paredes portantes.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Blocos vazados de concreto simples para


alvenaria estrutural. NBR 6136: 1980. Rio de Janeiro: ABNT, 1980.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Cálculo de estruturas de alvenaria de


blocos vazados de concreto. NBR 10837: 1989. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Cargas para o cálculo de estruturas de


edificações. NBR 6120: 1980. Rio de Janeiro: ABNT, 1980.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Execução e controle de obras de alvenaria


estrutural de blocos vazados de concreto. NBR 8798: 1985. Rio de Janeiro: ABNT, 1985.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Forças devidas ao vento em edificações.


NBR 6123: 1989. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto e execução de obras de concreto


armado. NBR 6118: 1989. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.

RAMALHO, MARCIO A.; CORRÊA, MÁRCIO R. S. Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural.


São Paulo: Pini, 2003. 174 p.

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