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Lei de Hubble
Lei de Hubble
Universo em expansão
Índice Desvio para o vermelho · Lei de Hubble
Expansão métrica do espaço
História
Equações de Friedmann
Efeito Doppler Métrica de FLRW
Derradeiro destino do Universo
Parâmetro de Hubble
Como determinar v Formação das estruturas
Componentes
Cronologia
Hubble dedicou muitos anos ao estudo das galáxias, que na altura se julgava
serem nebulosas da Via Láctea. Beneficiando do facto de poder utilizar o então Cronologia das teorias cosmológicas
Cronologia do Universo
maior telescópio do mundo, o telescópio Hooker, e também da teoria de Sitter,
Futuro de um universo em expansão
proposta por Weyl e Silberstein, Hubble verificou, em 1929, que quase todas as
nebulosas tinham um desvio para o vermelho e que as suas velocidades radiais Experimentos
eram proporcionais à sua distância. Georges Lemaître também chegou a esta Cosmologia observacional
conclusão em 1927, através dos resultados de Slipher sobre as galáxias 2dF · SDSS
espirais.[4] Como naquela época o modelo cosmológico envolvia um universo COBE · BOOMERanG · WMAP · Planck
Onde:
- é a velocidade do corpo;
Parâmetro de Hubble
Hubble não só verificou que a maioria das galáxias tinha um desvio para o vermelho, mas também que este desvio era
tanto maior quanto maior a distância entre as galáxias. Chegou mesmo a construir um gráfico com os resultados de 46
galáxias, mostrando uma relação linear entre distância e desvio para o vermelho. No entanto, as incertezas eram muito
grandes, pelo que os resultados não foram considerados conclusivos no imediato. Daqui, surgiu então aquela que é
hoje conhecida como a Lei de Hubble:
Onde:
- é a velocidade em ;
- é a distância em Megaparsecs ( );
O primeiro valor que Hubble estimou para este parâmetro, considerado inicialmente uma constante, foi 500 km s-1
Mpc-1 . Este valor tinha uma grande incerteza associada, e foi-se alterando à medida que novos dados iam sendo
utilizados. Ainda hoje o seu valor não reúne consenso, por se alterar na ordem das unidades cada vez que se obtêm
novos dados, mas pensa-se que esteja próximo de 67,15[8][9][10] km s-1 Mpc-1 . Note-se que a velocidade considerada
nesta equação é a velocidade radial das galáxias, e não a sua velocidade total.
Como determinar v
Hubble baseou os seus resultados no desvio para o vermelho (redshift). A velocidade radial pode ser obtida a partir do
redshift, através da equação prevista pela Relatividade Restrita:
Onde:
- é a velocidade radial;
Onde:
50 - 90[12] 1996
Após a acumulação de vários dados, através dos diferentes estudos já referidos, concluímos que o valor do parâmetro
de Hubble é muito menor do que o valor indicado pelo próprio Hubble em 1926. Na verdade, existiam diversos
factores associados às observações de Hubble que ajudam a explicar esta diferença: Hubble estudou as galáxias a
menos de 2 Mpc, onde está também o Grupo Local. Como estas galáxias, a uma escala cosmológica, ainda estão
próximas, existem efeitos gravíticos não desprezáveis que afectam os seus movimentos, sendo necessário ter em conta
o termo de velocidade peculiar das galáxias.
Outro factor foi Hubble ter imposto um limite do número de estrelas azuis nas galáxias mais distantes (regiões HII), o
que depois resultou em erros nas respectivas distâncias, fazendo com que as distâncias às galáxias usadas por Hubble
fossem mais pequenas do que as verdadeiras, o que depois, com a velocidade radial associada, fez com que o
parâmetro tivesse um valor muito maior do que o actual. Este erro até foi referido no tempo de Hubble, dado que o
valor 500 km s-1 Mpc-1 atribuía ao universo uma idade de cerca de 2 mil milhões de anos, quando já se sabia que a
Terra existia há mais tempo do que isso.
Ainda outro factor que também alterou os resultados foi o facto da luz, que viaja entre a estrela e o observador, passa
por nuvens de gás e poeiras e também pela nossa atmosfera, conferindo um tom mais avermelhado ao brilho das
estrelas. Este problema, conhecido como extinção interestelar, foi apenas resolvido nas décadas de 30-40.
Por fim, em alguns casos, aquilo que Hubble pensava ser apenas uma estrela, era na verdade um aglomerado, não
tendo luminosidade constante, o que também acabou por alterar os resultados.
Referências
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g/abs/1212.5499) 1903.07603) , consultado em 23 de março de
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8. http://www.nytimes.com/2013/03/22/science/space/planck-
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9. http://arxiv.org/pdf/1303.5062v1.pdf 20. https://www.techexplorist.com/new-precise-
measurement-universes-expansion-rate/28972/
Ligações externas
http://arxiv.org/abs/1303.5062
http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/pdfs/195.pdf
http://www.relea.ufscar.br/num9/RELEA_A2_n9.pdf[ligação inativa]
https://web.archive.org/web/20151123225157/http://flipflop.no.sapo.pt/capitulo1.htm
https://www.dfi.isep.ipp.pt/uploads/ficheiros/3021.pdf
http://mo-lerc-tagus.ist.utl.pt/Aulas_teoricas/T21.pdf[ligação inativa]
http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/relativ/reldop3.html
http://map.gsfc.nasa.gov/universe/uni_expansion.html
http://www.esa.int/Our_Activities/Space_Science/Planck/Planck_reveals_an_almost_perfect_Universe
http://www.nbcnews.com/science/planck-probes-cosmic-baby-picture-revises-universes-vital-statistics-
1C8986034?franchiseSlug=sciencemain
http://spiff.rit.edu/classes/phys240/lectures/expand/expand.html
http://spiff.rit.edu/classes/phys240/lectures/expand/hub_1929.html
http://ned.ipac.caltech.edu/level5/Sept11/Freedman/Freedman1.html
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