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CAPITULO 2
Quando temos que controlar a vazão de um insumo seja líquido ou gás na admissão
de um reator. A única forma que temos é de reduzirmos a velocidade de transferência ou
de criarmos uma perda de carga na linha. Neste caso, temos uma variável independente
posto que o ajuste ela depende unicamente de acertos externos na própria variável ou seja
ela é a variável que deve ser controlada e ao mesmo tempo manipulada conforme
mostrado na figura 2.1.
uma operação da unidade e (d) ajustar a resistência em um circuito elétrico circuito para
um aquecedor elétrico (I, corrente).
Naturalmente que ao ler as informações relacionadas ao processo entendemos que
todas estão sujeitas a perturbações que tendem a alterar as condições operacionais,
composições e propriedades físicas das correntes. Para minimizar os efeitos danosos que
poderiam resultar dessas perturbações, as plantas de processo tem uma quantidade
razoável de instrumentos e controles automático. É lógico entender que ao falarmos que
a TEMPERATURA de uma determinada reação deverá ser mantida em um determinado
valor estamos falando de uma VARIÁVEL CONTROLADA. Da mesma fora se lermos
que a solubilidade de um gás depende do par temperatura e pressão, estes dois parâmetros,
da mesma forma, são VARIÁVEIS CONTROLADAS.
Se analisarmos uma reação de polimerização, que normalmente é exotérmica, à
medida que a matéria prima vai sendo convertida, calor vai sendo gerado, este calor
deverá ser retirado de forma a manter a temperatura no valor ajustado, desta forma o
sistema (reator) deverá ter uma utilidade(*) que irá retirar este calor, normalmente uma
água de refrigeração, assim, a medida que calor é fornecido ao meio reacional, a
temperatura do processo (da reação) tende a se elevar. Para ficar dentro do valor
estabelecido (controlada) mais água é admitida no sistema de refrigeração para retirar este
calor e manter a temperatura controlada, logo a VAZÃO DE ÁGUA é a VARIÁVEL
MANIPULADA.
Se estivermos falando de um processo contínuo onde o tempo de residência, ou
seja, o tempo que os insumos devem ser mantidos em contato, é importante,
identificarmos este tempo como sendo a variável controlada. No caso de uma reação
realizada em vaso agitado (reator) o volume do reator é função do tempo de residência,
ou seja, corresponde ao produto da vazão de alimentação total pelo tempo de residência
(definido pelo processo). Assim, se que queremos alterar o tempo de residência, basta que
alteremos o nível do reator, pois alterando o nível, alteramos o volume. Assim para a
variável controlada tempo de residência, o nível é a variável manipulada. As vazões de
alimentação também podem ser as variáveis manipuladas (vai depender da estratégia de
controle), da mesma forma, o tempo de residência será a variável.
De uma forma geral temos:
o Variável controlada – o parâmetro que queremos manter estável
o Variável manipulada – o parâmetro que iremos alterar para manter uma variável
importante controlada
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Em linhas gerais, a Tabela 2.1 a seguir mostra algumas variáveis manipuladas para as
principais variáveis controladas.
Tabela 2.1 Associação variável controlada x principais variáveis manipuladas
CONTROLADA MANIPULADA
TEMPERATURA a) Vazão de um fluido de troca térmica (HTM) que
pode ser água de torre de refrigeração, Dowtherm,
óleo, etc.
b) Pressão de vapor condensante,
c) Área de troca de calor de um fluido condensante,
d) Evaporação ou refluxo de um fluido volátil
PRESSÃO a. Variação do fluxo de efluentes de um vaso.
b. Condensação de um gás gerado pelo sistema ou
adicionado a ele
c. Variação da exposição da área de troca de calor de
um fluido condensante
d. Alívio (vent) de gases não condensáveis
NÍVEL a. Dreno “permanente” ou controlável.
b. Vazão dos efluentes
c. Controle do peso descarregado
VAZÃO a. Medida da pressão diferencial ao atravessar uma
placa de orifício
(líquidos)
b. Medida direta da vazão mássica
c. pela medida indireta da temperatura e pressão (gases)
VAZÃO (sólidos) a. Variação de rotação (válvulas rotativas / roscas
transportadores)
b. Variação da velocidade (esteiras / transportadores de
canecos)
A Sociedade Internacional para Automação (em inglês ISA) é o órgão que regula e
estabelece os guias para a uniformização de toda a documentação relacionada com a
instrumentação. A norma ANSI / ISA-5.1-2009 indica a maneira como os controles são
representados. Se você tiver uma situação que não se encaixa nessas diretrizes
simplificadas, consulte a diretriz completa da ISA para obter assistência. Os símbolos de
desenho para representar os instrumentos básicos do sistema de controle e as funções do
controlador estão resumidos no quadro 2.1
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(a) Uma caixa de informações colocada no canto superior direito do símbolo é usada
para fornecer informações adicionais sobre a função do controlador instrumento no
campo.
(b) Idem para o instrumento no painel
(c) Para uso em bloco intermediário mas sem acesso do operador
Por força da utilização das normas preconizadas pela ISA, toda a nomenclatura
segue a língua inglesa, conforme mostrado na tabela 2.3.
Tabela 2.3 Identificação a simbologia utilizada em instrumentação
Símbolo Significado
L (Level) – Nível , também, usado como low – indicando que
um determinado valor está num patamar baixo. LL (low/Low
(muito baixo). Normalmente usados em alarmes
T Temperatura (também como transmissor ex; TT -
Transmissor de temperatura)
F (Flow) – Vazão
P (Pressure) – Pressão
I Utilizado para indicador
C Utilizado para controlador
R Registrador (não é mais utilizado)
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o Planta - O termo Planta define por si só a fábrica como um todo, inclui todos os
seus constituintes (administração/manutenção/produção, etc.). Figura 2.3
o Área - A área define dentro da região um setor específico, que será tomada como
uma identidade e submetida à subdivisões que permitam de forma lógica uma
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Se houver letras modificadoras, estas devem ser colocadas imediatamente após a letra
que modificam. Todas as letras da identificação funcional devem ser maiúsculas.
A identificação da malha geralmente é feita por um número, colocado ao final da
identificação funcional do instrumento associado a uma variável de processo. A
numeração pode ser serial ou paralela. A numeração paralela começa de 0 para cada nova
variável, por exemplo, TIC-100, FIC-100, LIC-100 e AI-100. A numeração serial usa
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uma única sequência de números para um projeto ou seção grande de um projeto, de modo
que se tem TIC-100, FIC-101, LIC-102 e AI-103. A numeração pode começar de 1 ou
qualquer outro número conveniente, como 101, 1001, 1201.
Exemplos
PI = Indicador de pressão
“P" é a variável medida (Pressão), “I” é a função de informação ou passiva.
Neste caso pode-se ter vários tipos de instrumentos. Desde um manômetro
mecânico à instrumentos eletrônicos sofisticados. Note que ao indicar PI em um
fluxograma a intenção é descrever que naquele determinado ponto deseja-se somente
indicar a pressão, independentemente do tipo de instrumento utilizado.
• TI = Indicador de Temperatura
• LI = Indicador de Nível
• SI = Indicador de Velocidade
• RI = Indicador de Radioatividade
• MI = Indicador de Umidade
• AI = Indicador de Condutividade, ou pH, ou 02 etc.
• VI = Indicador de Viscosidade
PIC = Indicador Controlador de Pressão
Neste caso a função final é o controle de uma malha, portanto, a letra "C" da coluna
“função final". A letra "I” é somente uma função passiva mencionando que o instrumento
também está indicando de alguma forma a variável "P" pressão.
• TIC = Indicador Controlador de Temperatura
• LIC = Indicador Controlador de Nível
• FIC = Indicador Controlador de Vazão
• JIC = Indicador Controlador de Potência
• SIC = Indicador Controlador de Velocidade
• BIC = Indicador Controlador de Queima ou Combustão (queimadores de caldeiras
ou fomos ou outros)
LAH = Alarme de Nível Alto. Neste exemplo a letra "A" define a função de
informação, indicando que o instrumento está sendo utilizado para um alarme. A letra
modificadora "H“complementa esta informação indicando o parâmetro do alarme, no
caso nível alto.
• TAH = Alarme de Temperatura Alta
• SAL = Alarme de Baixa Velocidade
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Além das representações s acima mostradas, a tabela 2.5 a seguir indica outras
também usada na representação gráfica dos controles
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Como uma alternativa ao SDCD, estão sendo introduzidos nas unidades industriais
os sistemas de controle tipo FieldBus. Estes sistemas, também de uma forma simplificada
são dotados de Hardwares que executam os mais diversos tipos de controles, com uma
grande flexibilidade tanto na montagem como na operação. Operam ligados diretamente
a um PC.
Quando falamos que necessitamos de realizar um controle, temos que nos lembrar
de como um “laço” de controle envolve, uma variável controlada, cujo valor deve ser
mantido num valor pré definido (Set point) que é ajustado no controlador. Para este ajuste,
o laço de controle deve possuir um elemento, identificado como primário, que irá medir
o valor da variável a ser manipulada. Assim, por exemplo se for uma vazão, esta poderá
ser medida via o diferencial de pressão numa placa com um orifício (isto será abordado
mais a frente em transmissores). Esta diferença de pressão é transformada num transdutor
em sinal elétrico. Este sinal alimenta o controlador que é comparado com o ponto de
ajuste. A diferença será transmitida do controlador para o elemento de controle, por
exemplo uma válvula. Este sinal elétrico alimenta um conversor de sinal que o converte
em sinal pneumático, que aciona a válvula abrindo ou fechando a depender da diferença
Desta forma os elementos que constituem o laço de fechado de controle são: FE elemento
de medição da variável manipulada, FT transmissor de sinal, FIC controlador e Indicador
de vazão, S (ou FY), conversor de sinal, FV válvula de controle conforme mostrado na
figura 2.25
Tendo o sinal do elemento de campo (4 a 20 Ma), após este ser comparado com e
ponto de ajuste, o controlador emite a diferença em corrente elétrica (Ma) que irá atuar
sobre um elemento que irá realizar o ajuste do parâmetro controlável. Podemos ter os
seguintes tipos de elementos de atuação
Temperatura – TV (caso válvula) – também podemos atuar sobre um módulo de
potência que irá alterar a temperatura de uma resistência elétrica
Além destes dois tipos podemos encontrar uma combinação destes dois tipos
conforme mostrado nas figura 2.30 e 2.31
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Deve-se ressaltar que uma das funções do controle está em se reduzir ao máximo o
tempo de resposta do sistema a perturbação da variável manipulada Figura 2.32
De uma forma simplificada pode-se dizer que a diferença entre tanques e vasos está
na classe de pressão de operação. Os tanques operam em baixas pressões e os vasos em
pressões mais elevadas. Como TANQUES, identificamos como sendo os equipamentos
de acúmulo com um tempo de residência elevado o suficiente para garantir a operação da
planta por um mínimo de 3 meses se o produto for importado ou por um tempo a ser
definido em função da demora no fornecimento. Deve-se levar em conta no
dimensionamento do tanque que, quando o material é entregue por carretas, a capacidade
máxima de transporte por carreta é da ordem de 48m3 e o tanque deve no mínimo receber
duas carretas para que ao atingir 50% do nível de operação haja espaço para o recebimento
de uma carga (considerando sempre o tempo de fornecimento).
Como VASOS, podemos encontrar os que servem para estocagem de oxigênio ou
nitrogênio líquido, hidrogênio entre outros gases. Neste caso temos os vasos cilíndricos
verticais ou horizontais e as esferas.
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Além destes instrumentos, outros acessórios devem ser considerados para garantia
da segurança, a saber, sistema de corta fogo e válvula de alívio e vácuo que garante a
estabilidade da pressão interna tanto no recebimento da carga cm na operação de
descarga. Figura 2.38
Além destes acessórios os tanques de armazenamento devem ter outros acessórios
conforme mostrado na figura 2.38, a saber. Escada de acesso, bocas de acesso, etc,
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Da mesma forma como nos tanques, estando o produto na forma liquefeita temos
dispositivo de controle de nível, sistemas de refrigeração para evitar elevações de
temperatura acima do especificado. Como acessório importante. Estes sistemas devem
ser dotados de válvula de segurança e alívio (PSV)
Nota: Normalmente os tanques, por conta da elevada capacidade são montados em
diques fechados, com o piso impermeabilizados para contenção em caso de vazamento
distante da unidade fabril.
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PSV
V-403
401
Tq - 401
V-405
101 LT
35 °C kPa 401
V-406
LIC
401
LV
401
V-404
T-402 3-15
RV-401 V-410
V-409
T-403
V-411
V-407
V-408
B-401 PT PI
401 402
PI
401
Caso o serviço deste vaso fosse o de transferir o produto para um reator, o esquema de
controle seria diferente, teríamos um controle de vazão na descarga da bomba (ou uma
outra forma de controle, tipo variação da rotação) e o vaso seria dotado de um indicador
de nível com alarmes de nível alto ou baixo de forma a garantir que no recebimento não
trasborde e que não falte produto para ser alimentado na reação conforme figura 2.428
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a) Refervedores
o resíduo, normalmente os trocadores tipo Kettle fazem este tipo de serviço. Temos os
trocadores multitubulares onde parte da corrente retorna com controle para a torre e parte
é drenada como resíduo da destilação Figura 2.43. Temos o trocador chamado de termo
sifão. Este trocador trabalha com a variação de densidade gerada por conta da variação
de temperatura. Ele é especificado para operar sem a utilização de bombas utilizando
apenas a variação da densidade do fluido do fundo da torre
Observação: Nas torres de destilação usualmente os refervedores utilizados são
denominados termo sifão pois não são todas as destilações onde a carga térmica é cedida
apenas pelo vapor gerado no refervedor (caso do Kettle), da mesma forma deve-se evitar
a utilização de bombas de recirculação em temperaturas elevadas por conta do sistema de
selagem. Desta forma a opção normalmente é a utilização do termo sifão, mas não é uma
regra geral, os casos devem sempre ser analisados.
T-316
V-311
TV
3-15
302 V-322
V-313
TE
302
V-312
V-321
T-307
V-318
TIC
V-320
V-319
302
Tc-302
T-317
V-314 T-304
Condensado
V-315 T-306
Neste caso, toda a área de troca térmica está exposta, pois o controlador de nível
mantém o nível de condensado apenas no pote de selagem. Portanto, como a área de troca
é constante, a única forma de controlar o calor fornecido é variar a temperatura de
condensação do vapor, mudando a diferença de temperatura média logarítmica (DTML).
Desta maneira, quando se quer mais calor a válvula do "FIC" abre fazendo com que a
vazão, a pressão e a temperatura de condensação aumentem
Neste caso podemos ter, da mesma forma com visto acima, o controle da
temperatura do gás que retorna para a torre da mesma forma com mostrada, ou seja,
modulando a vazão de vapor admitido no trocador ou modulando a vazão de condensado
(sem a necessidade da utilização de pote se selagem)
Neste caso podemos encontrar dois tipo, o condensador chamado total, projetado
para condensar topo o vapor do topo da torre e o parcial, projetado para condensar parte
do vapor. No primeiro caso, por ser total não existe a necessidade de sistema de controle,
no segundo caso torna-se necessária a colocação de um sistema de controle seja na vazão
de utilidade como na modulação da pressão da torre figuras 2.48 a 2.50
Figura 2.48 Controle de topo de torre de destilação Figura 2.49 Controle de trocador de calor
Além destas formas quando não podemos variar a vazão da utilidade, o by-pass
quente ou hot by-pass
2.10.7 BOMBAS
As bombas, conforme sabido, são equipamentos que servem para transferir energia
para o fluido. Falar em variável controlada implica em estabelecer uma vazão definida
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No caso das bombas volumétricas não podemos restringir a vazão de descarga sob
o risco de termos problemas de pressurização e ruptura de algum equipamento, assim o
ajustamos a variável controlada (Vazão) por alteração da rotação (muito utilizado) , via
reciclo para a sucção ou alterando a rotação (Figura 2.56). Lembrando que diferente as
centrifugas, estas alterações não interferem na pressão de descarga da bomba.
Ressaltando sempre que, apesar de não mostrado na representação, todas as bombas
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2.10.8 COMPRESSORES
Figura 2.58 Típicos de instrumentação para compressor (a) garantia da pressão de alimentação do compressor,(b)
garantia da pressão na descarga do compressor, (c) garantia da pressão na descarga via alteração da rotação do
compressor, caso (d) garantia da pressão na descarga e vazão do compressor
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2.10.9 TORRES
Para fins didáticos será considerada que a pressão e temperatura são constantes, apresar
de entendermos que existe a perda de carga ao longo da torre por conta do recheio (sejam
pratos ou recheios estruturados). No caso das retiradas laterais, para facilidade de
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Quanto ao que se denomina “estratégia de controle” a ser utilizada, esta será mais
detalhada em capitulo específico. O proposito neste item é o de mostrar formas básicas
de controle seja da pressão como da razão de refluxo e das retiradas laterais.
Figura 2.65 Controle depressão Figura 2.66 Controle de pressão de topo com variação de área
com HOT By pass de troca térmica
Torre de Extração
Figura 2.68 Controle de alimentação de descarga da fase leve vai depender do projeto da torre
torre de extração
posto que ela poderá trabalhar afogada, com um
defletor ou com um controle de nível associado, caso necessário a um controle de pressão
(havendo fase gasosa), conforme mostrado na figura 2.69. No caso do produto de fundo,
utiliza-se controle de nível. (Em qualquer tipo de sistema o projeto deverá considerar no
topo um espaço suficiente para a separação pela diferença de densidade, e como na
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destilação, o fundo da extratora serve como caso de separação da fase pesada. Havendo
necessidade de controle de temperatura, uma das formas poderá ser via a modulação da
temperatura de um dos insumos.
No caso da extração líquido – líquido, além das considerações já apresentadas
acima, temos a diferença e densidades também deverá ser controlada. Neste caso
poderemos ter sistema que opera em pressão atmosférica ou pressurizado.
No exemplo mostrado na figura 53 observa-se que na carga a ser tratada não está
mostrado um controle de vazão. Neste caso entende-se que a carga é proveniente de uma
outra unidade onde sua vazão foi previamente controlada (seja via um controlador de
vazão ou oriunda de um sistema com controle de nível). De forma que o controle da razão
entre a carga a ser tratada e o solvente é feito via a associação de um transmissor de vazão
na linha de admissão da carga e um controle de razão atuando na vazão de solvente.
O tempo de contato entre as fases é mantido em função do controle de nível. A
descarga alimenta o separador de fases onde a pressão e os respectivos níveis são
mantidos. Um detalhe a ser observado é que na proposta deste sistema, efetua-se uma
análise da corrente de saída do decantador visando ajustar a vazão do solvente.
Existem várias formas de se estabelecer um controle, por exemplo se o sistema é
pressurizado, manipulamos a vazão do topo via controle da pressão e a vazão do fundo
via controle de interface conforme mostrado na figura 2.71 abaixo.
Neste caso, o material sólido alimenta o tanque de lavagem, via uma esteira
transportadora, o solvente é bombeado e a suspensão agitada por um tempo determinado.
A descarga alimenta um sistema de decantação onde o sólido é transferido com o auxílio
de uma rosca transportadora que alimenta uma esteira que leva o solido para fora da
unidade. O liquido é separado por uma placa defletora sendo transferido para fora da
unidade. Como exemplo de sistema de controle, podemos ver na figura 2.73
• Torres de absorção
• Torre de adsorção
Naturalmente que temos que conhecer bem a operação unitária para definir
claramente o sistema de controle a ser utilizado, por exemplo numa adsorção, estamos
permeando uma corrente por um recheio que irá reter um determinado produto. Neste
caso controlamos a vazão de alimentação e a qualidade do produto na saída da torre. No
momento que ocorrem traços do contaminante na saída, imediatamente temos que
interromper o processo para remover o contaminante adsorvido no recheio (normalmente
sistemas de adsorção possuem mais de uma coluna). Assim o sistema de controle deverá
considerar tanto a operação de adsorção como a de dessorção naturalmente
No caso da absorção, também temos que efetuar estas considerações, porem como
estamos trabalhando com duas correntes (gasosa / líquida) um sistema usual é a adoção
de duas torres, na primeira o gás entra em contato com o líquido que irá absorver o
contaminante. Nesta torre o gás sairá pelo topo seguido o processo. O líquido absorvente,
é transferido continuamente para uma segunda torre, onde por variação de pressão ou
temperatura será purificado. O contaminante é retirado do sistema (topo ou fundo) e o
líquido adsorvente retorna para a coluna de absorção.
A Figura 2.76 mostra um sistema típico de tratamento de emissões atmosféricas
comumente utilizada na indústria. Normalmente a unidade de adsorção é dotada de duas
ou mais torres por conta da saturação do adsorvente. A vazão da carga a ser tratada é
controlada de forma a ter-se uma velocidade na torre dentro dos parâmetros de controle.
O monitoramento do contaminante adsorvido é realizado na corrente de saída. Atingindo
a saturação, um sistema de válvulas solenoides (não mostrado) faz com que s torre com
o recheio saturado entre na etapa de dessorção e uma nova entre no processo. Nesta figura
a dessorção é realizada por deslocamento com gás aquecido. É representado o forno de
aquecimento, o soprador e o controle de vazão. No fundo da torres existe um vaso que
recolhe o produto liquido que existia na torre antes da dessorção. Este produto é
bombeado para fora da unidade
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Além dos sistemas acima apresentados, temos outros sistemas usuais em processos
como por exemplo:
3-15
V-339 V-340
V-341
T-308
PSV
301
PIC
302
PT
301
PV
V-316
301 PT
304
V-317
V-307
V-306
PIC
3-15 301
T-303 D-301
Da Área 200
V-308 V-309
V-310 Fe
Vapor
V-311
FV
3-15
302 V-322
V-313
LT
FIC 301
302
V-312
V-321
V-319
LIC
301
T-304 LV
301
T-306
3-15
RV-301 T-405 V-325 V-326
V-327
V-423
V-424
B-301 PT PI
302 303
PI
304
Bibliografia recomendada
BIBLIOGRAFIA
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Fluidodinâmicos. Ed.
II. FOUST, A. S. et. al. Princípios das Operações Unitárias, Ed. Guanabara Dois,
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III. Çengel, Y. A., Cimbala, J. M. Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e Aplicações,
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