Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AP v3 Mecanica Descomplicada 25042017 - Compilado
AP v3 Mecanica Descomplicada 25042017 - Compilado
Descomplicada
SEST - Serviço Social do Transporte
SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
99 p. :il. – (EaD)
CDU 621
Fale Conosco
0800 728 2891
ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 6
Módulo 1 8
2. Chassi 11
3. Carroceria 14
Glossário 16
Atividades 17
Referências 18
4. Árvore de Manivelas 26
Glossário 27
Atividades 28
Referências 29
1. Sistemas de Lubrificação 32
2. Sistema de Arrefecimento 36
Glossário 39
Atividades 40
Referências 41
Módulo 2 42
1. Sistema de Alimentação 45
2. Motores Flex 46
3. Tanque de Combustível 47
4. Sistema de Escapamento 48
3
5. Filtros do Veículo 49
5.1. Filtros de Ar 49
Glossário 51
Atividades 52
Referências 53
1. Sistemas de Direção 56
2. Sistema de Transmissão 57
3. Embreagem 60
Glossário 62
Atividades 63
Referências 64
1. Sistema de Suspensão 67
2. Molas e Amortecedores 69
3. Rodas e Pneus 70
4. Calibragem de Pneus 73
Glossário 74
Atividades 75
Referências 76
Módulo 3 77
1. Sistema de Freios 80
2. Comando Hidráulico 82
3. Freios a Disco 83
4
Glossário 85
Atividades 86
Referências 87
1. Painel de Instrumentos 90
5. Limpadores e Desembaçadores 94
6. Itens Opcionais 94
Glossário 96
Atividades 97
Referências 98
5
Apresentação
Prezados Alunos,
Nesse sentido, este curso foi desenvolvido para que os alunos aumentem seu
conhecimento em mecânica e ajudem a promover a melhoria do setor. Para isso, foram
utilizadas algumas referências bibliográficas, apresentadas ao final deste material,
que serviram como base para seu desenvolvimento e elaboração. No início de cada
unidade vocês serão informados sobre o conteúdo a ser abordado e os objetivos a
serem alcançados.
6
O curso de Mecânica Descomplicada está dividido em unidades para facilitar o
aprendizado. Esperamos que este Curso seja muito proveitoso para vocês! Nosso
intuito maior é apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-los a resolver
os problemas encontrados no seu dia a dia de trabalho.
Bons estudos!
7
Mecânica
Descomplicada
MÓDULO 1
UNIDADE 1 | COMPOSIÇÃO
BÁSICA E FUNCIONAMENTO
VEICULAR
9
Unidade 1 | Composição Básica e Funcionamento
Veicular
Fonte: www.shutterstock.com
ff
Você sabe qual a diferença de chassi e carroceria? Onde
podemos encontrar a numeração do veículo? Qual a principal
função da suspensão?
Muitas pessoas não entendem de carro, portanto, para aprofundar seus conhecimentos
acerca da manutenção e mecânica, é preciso, antes de tudo, conhecer os veículos. Para
iniciar o Curso, vamos apresentar a você a composição básica e o funcionamento veicular!
10
1. Estrutura Básica dos Veículos
O chassi é considerado o suporte do veículo. Sobre ele, vem a carroceria, que é uma
espécie de casca ou cobertura que abriga os passageiros e as cargas. Os veículos
automotores possuem, ainda, um motor e um sistema de transmissão, responsáveis
por gerar energia e colocar o veículo em movimento. Além desses elementos, todo
veículo deve possuir um sistema de direção, que permite ao condutor deslocar o
veículo na direção desejada.
Por fim, para que seja mais confortável, o veículo deve possuir um sistema de
suspensão, que protege os passageiros e as cargas de oscilações e trepidações em
terrenos irregulares.
2. Chassi
Quando o veículo está andando, os esforços que o chassi sofre são intensos e, por isso,
ele deve ter um formato resistente. Em geral, ele é constituído por duas travessas
paralelas feitas de aço chamadas longarinas. Entre as longarinas, no meio do chassi,
existe um “X” ou diversas travessas menores perpendiculares que melhoram a
resistência do chassi à torção, impedindo que a carroçaria também se torça. Todas as
travessas são rebitadas entre si, de maneira que formam uma única estrutura sólida.
11
Fonte: www.shutterstock.com
As longarinas e travessas são fabricadas com chapas de aço bastante grossas. Nos
modelos mais simples e mais comuns, as vigas de aço são retas. Em alguns modelos, as
vigas são pré-moldadas em formato de “U”, o que permite uma resistência ainda maior.
bb
Assista a esse pequeno vídeo mostrando um chassi de
automóvel:
http://tinyurl.com/hv46nqw
aa
Não se confunda! Chassi também é o nome que se dá ao Número
de Identificação do Veículo – NIV (ou Vehicle Identification
Number, em inglês), composto por 17 caracteres alfanuméricos
que identificam os veículos automotores em geral.
12
Vários modelos de veículo não possuem um chassi propriamente dito. A carroçaria se
une ao assoalho formando um único conjunto. Esses tipos de veículos são chamados
“monoblocos”. Nesses casos, os esforços são suportados, simultaneamente, pelo
chassi e pela cobertura.
Fonte: www.shutterstock.com
13
As oficinas mecânicas devem sempre possuir manuais
ee
completos dos veículos mais comuns, facilitando o acesso às
informações necessárias à manutenção e aos consertos dos
veículos. O manual apresenta todas as medidas originais dos
chassis dos veículos.
Quando o chassi entorta, é necessário corrigi-lo para que ele retome suas medidas
originais. O chassi desalinhado pode prejudicar o alinhamento dos eixos e das
rodas, ocasionando um desgaste maior de vários componentes. No entanto, nem
sempre acidentes e batidas são responsáveis pelos danos no chassi. Algumas vezes,
empenamentos podem surgir por outras causas, como, por exemplo, uma situação
de grande esforço e flexão ou concentração acentuada de cargas. Essas situações
são causadas, principalmente, pelo excesso de peso ou quando as cargas estão mal
distribuídas pelo veículo.
3. Carroceria
A carroceria pode ser constituída por uma única peça ou por diversas peças soldadas
ou parafusadas entre si. Geralmente feita de aço, ela pode ser construída diretamente
sobre o chassi ou separadamente, sendo posteriormente presa a ele.
14
Nos veículos mais modernos, a carroceria já vem protegida de
cc
fábrica contra ferrugem e outros agentes nocivos ao metal.
Com essa proteção, a carroceria fica livre de maiores danos
com poluição, poeira ou barro.
aa
Evite transtornos! Retardar o conserto pode acarretar prejuízos
ainda maiores. Pequenos retoques e outros reparos resolvem
rapidamente esses problemas.
Resumindo
15
Glossário
16
Atividades
dd
dizer que seus componentes básicos são:
( ) chassi lateral.
( ) chassi fixo.
( ) chassi monotrava.
( ) chassi monobloco.
( ) Certo ( ) Errado
17
Referências
AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
18
UNIDADE 2 | CONHECENDO O
SISTEMA MOTOR
19
Unidade 2 | Conhecendo o Sistema Motor
Fonte: www.shutterstock.com
ff
Como funciona um motor de partida? Quais são as partes
e como funciona o motor? Você já ouviu falar da árvore de
manivelas?
20
1. Constituição Básica do Motor
Na outra extremidade, a biela se prende a um eixo que tem a forma de uma manivela.
O nome correto dessa peça é árvore de manivelas, vulgarmente conhecida por
virabrequim. Quando o pistão sobe e desce, a biela o acompanha e obriga a árvore de
manivelas a virar, como se fosse uma manivela.
ee
de um cilindro, nem mesmo dois. O normal é automóvel com
quatro, seis ou oito cilindros. Os motores com um ou dois
cilindros são reservados a motocicletas, barcos ou máquinas
estacionárias do tipo bombas d’água, serra etc., e máquinas
para serem usadas onde não há eletricidade.
Num dos extremos da árvore de manivelas há uma roda pesada de ferro que se chama
volante. Sua função é manter o movimento da árvore de manivelas uniforme, evitando
trancos. Sem o volante, o motor não funciona corretamente. Quando o cilindro queima
a mistura e empurra o pistão para baixo, também está dando um impulso ao volante.
Por sua vez, essa energia que o volante acumula, ele devolve ao próprio pistão, quando
este se encontra no tempo de compressão. Com isso, o motor opera de maneira mais
suave.
aa
Quanto maior for o peso do volante, tanto mais suave será o
funcionamento do motor. Por outro lado, quanto mais pesado o
volante, tanto mais devagar responde o motor quando se precisa
aumentar a sua rotação. Diz-se então que a sua aceleração é baixa.
21
Na parte superior do cilindro do motor existem dois orifícios que possuem duas
válvulas de abertura e fechamento. Uma é a válvula de admissão e a outra é a válvula de
escapamento. Ainda na parte superior do cilindro, perto das duas válvulas, existe uma
pequena peça chamada vela. Sua função é produzir e liberar, no momento adequado, a
faísca que irá incendiar o combustível.
Durante o movimento de subida e descida, o pistão passa por dois pontos extremos:
o ponto mais alto e o ponto mais baixo. Nesses pontos, ele inverte o sentido de seu
movimento e, por isso, nesses dois pontos a sua velocidade é nula. Costuma-se chamar
a esses dois pontos de Ponto Morto Superior (PMS) e Ponto Morto Inferior (PMI).
bb
Assista ao vídeo e veja como é interessante o funcionamento
de um motor:
http://tinyurl.com/zenxjo9.
22
O motor de arranque se engrena em uma cremalheira que envolve o volante do motor,
constituído por um disco pesado, fixado à extremidade do virabrequim ou árvore de
manivelas. O volante do motor amortece os impulsos bruscos dos pistões e origina
uma rotação relativamente suave ao virabrequim.
A transmissão do movimento é realmente feita pelo pinhão, que se engrena com a coroa
do volante. A dificuldade principal é que normalmente o pinhão deve ficar desligado
da coroa e só se dar o engrenamento durante a partida. Tão logo o motor “pegue”,
o pinhão deve, novamente, desligar-se da coroa para evitar que o motor do veículo
arraste o motor de partida a uma rotação muito elevada, o que pode até danificá-lo.
Fonte: www.shutterstock.com
23
3. O Motor de Quatro Tempos
Os motores funcionam seguindo um mesmo princípio: queima-se o combustível e se
formam gases em grande quantidade. Essa queima gera uma pressão grande sobre o
pistão, empurrando-o para baixo e forçando o virabrequim a virar.
24
TERCEIRO TEMPO - EXPLOSÃO QUARTO TEMPO - ESCAPAMENTO
- O pistão inicia
seu movimento
descendente.
- As válvulas
permanecem
- O pistão sobe em
fechadas.
direção ao PMS.
- Quando a mistura
- A válvula de
está fortemente
admissão permanece
comprimida, a vela
fechada, e a válvula
solta uma faísca
de escapamento se
abre.
- A mistura, ao ser
- O pistão expulsa os
inflamada pela
gases de resultantes
faísca, expande-se,
da combustão de
impelindo o pistão
dentro do cilindro
para baixo
- Quando o pistão
- Formam-se gases
atinge o PMS,
da explosão,
a válvula de
que empurram
escapamento se
violentamente o
fecha
pistão para baixo.
- Inicia-se um novo
ciclo.
hh
desenvolvido na década de 1870 pelos alemães e é utilizado
até hoje pela indústria automotiva. Esses motores são os mais
comuns no mundo inteiro e são conhecidos também como
“motores Otto”. Isso porque foram pensados, pela primeira
vez, por um engenheiro alemão chamado Nícolas Otto.
25
4. Árvore de Manivelas
A excessiva lubrificação dos mancais faz com que o virabrequim praticamente flutue
em um banho de óleo durante o seu funcionamento. Além da facilidade oferecida pela
lubrificação, raramente o virabrequim se quebra, pois atualmente o aço utilizado em
sua fabricação é muito resistente e durável.
aa
Quando o virabrequim não está perfeitamente equilibrado,
o motor começa a trepidar e passa a forçar os mancais. Para
consertar o problema, os virabrequins devem ser reequilibrados
por máquinas especiais.
As trocas de óleo e do filtro devem ser feitas nos períodos recomendados, caso
contrário, é provável que o virabrequim venha a ter problemas, porque a contaminação
do óleo lubrificante com partículas abrasivas acaba riscando o virabrequim, diminuindo
assim sua vida útil. A estocagem é outro ponto importante: deve ser feita sempre na
vertical para não empenar a peça.
26
A diferença básica entre os virabrequins é o número de mancais. Quanto maior o
número de mancais, mais dividido fica o esforço que eles suportam. Assim eles podem
ser menores no tamanho e ter vida útil mais longa. Por outro lado, quanto menor o
número de mancais, mais barato fica o motor. Primeiro, devido à economia com a
quantidade de mancais. Segundo, devido ao próprio formato do virabrequim, mais
simples. Terceiro, devido ao formato do bloco do motor, que também fica mais simples.
Resumindo
Glossário
Inoperante: que não é capaz de operar e que não produz o efeito esperado.
27
Atividades
dd (
(
) O moderno motor de 4 tempos é uma inveção do século XXI.
( ) Caixa de manivelas.
( ) Árvore de marchas.
( ) Virabrequim.
( ) Viramanivelas.
( ) Compressão.
( ) Admissão.
( ) Explosão.
( ) Combustão.
( ) Certo ( ) Errado
28
Referências
AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
29
UNIDADE 3 | SISTEMAS
DE LUBRIFICAÇÃO E
ARREFECIMENTO
30
Unidade 3 | Sistemas de Lubrificação e
Arrefecimento
Fonte: www.shutterstock.com
ff
Você sabe como evitar que o motor esquente demais? Como
saber se temos que colocar água no radiador? O que é e qual a
importância do sistema de arrefecimento?
31
1. Sistemas de Lubrificação
As paredes dos cilindros e as buchas dos pinos dos pistões são lubrificadas pela
aspersão do óleo que sai pelos lados dos apoios e é dispersado pela rotação da árvore
de manivelas. O óleo em excesso é retirado dos cilindros por segmentos ou anéis
raspadores existentes nos pistões e regressa ao cárter.
bb
Assista a um vídeo mostrando como se dá a lubrificação:
http://tinyurl.com/gqz9qzq
32
O lubrificante é utilizado principalmente com a finalidade de diminuir o atrito e
refrigerar as partes aquecidas durante o atrito. Porém, ele também evita o contato
de metal contra metal, o que acarreta desgaste e aquecimento adicionais e, ainda, a
corrosão e os depósitos. Para isso, os lubrificantes devem possuir certas propriedades,
dentre as quais a mais importante é a viscosidade.
Utilize sempre o óleo indicado pelo fabricante do motor. Utilizar um óleo mais viscoso
do que o indicado pode ajudar a reduzir a fuga de gases comprimidos. No entanto, ele
poderá reduzir o torque e a potência do motor.
bb
Compreenda os tipos de óleo e viscosidade:
http://tinyurl.com/h4aoe6w
33
Um fluxo insuficiente de lubrificante pode causar um desgaste mais acelerado ou
problemas nas engrenagens das peças móveis devido ao atrito entre os metais. Ele
também pode causar um funcionamento deficiente do motor devido à destruição
das superfícies dos segmentos ou anéis dos pistões, permitindo a passagem de gases
muito quentes.
Os óleos lubrificantes para motores foram formulados para otimizar seu desempenho,
auxiliando a:
Atualmente, são muito utilizados os óleos sintéticos, que possuem uma ligação química
mais resistente do que os óleos minerais. Sua viscosidade se mantém por mais tempo
e apresenta menor variação com a temperatura. Dessa maneira, os óleos lubrificantes
sintéticos oferecem maior economia de combustível e no próprio consumo de
lubrificantes. Além disso, com o uso de óleos sintéticos, o motor mantém-se limpo sem
acumular sedimentos no cárter.
aa
Um nível de óleo muito baixo é causa frequente de avarias nos
componentes do motor. Por isso, verifique sempre os níveis
do óleo do motor, da transmissão, do sistema hidráulico e dos
eixos, obedecendo aos intervalos regulares sugeridos pelo
fabricante descritos no manual do veículo.
Todo o óleo usado e retirado dos motores deve ser tratado como um resíduo perigoso
para o ambiente, pois contém substâncias cancerígenas e poluentes (chumbo, níquel e
cobalto). Para o descarte desse material, siga todas as normas presentes na legislação.
34
bb
Veja o destino que o óleo de lubrificação usado tem:
http://tinyurl.com/z6fbjv7
Nunca permita a queima do óleo, pois ela pode produzir dioxinas tóxicas, vapores e
névoa que irritam as vias respiratórias, podendo também causar danos no sistema
nervoso e nos pulmões.
ee
“Máx.” da vareta de medição, garantindo que a bomba tenha
condições de captar no cárter o óleo necessário e que o
lubrificante não alcance as partes superiores dos cilindros e
das câmaras de combustão do motor. Manter um nível baixo
pode causar danos ou quebra do motor. Já o nível muito alto
pode causar carbonização excessiva, o que leva à perda de
rendimento.
bb
Assista ao vídeo e veja como deve ser feita a troca de óleo do
motor:
http://tinyurl.com/z4ntxp8.
35
2. Sistema de Arrefecimento
Se o cilindro não for resfriado, não haverá dissipação de calor. Quando isso ocorre,
o pistão se dilata e se prende a ele. Nos casos em que a temperatura da água de
refrigeração se eleva, é porque os pistões “agarraram” no cilindro. Diz-se, então, que o
motor “engripou” ou “fundiu”.
bb
Sistema de arrefecimento do motor:
http://tinyurl.com/h8klhdb
O resfriamento por ar sem condutores próprios e sem circulação forçada por meio de
ventilador não permite um efeito uniforme em todos os cilindros. Para resolver essa
dificuldade, os motores arrefecidos a ar possuem um ventilador que faz incidir sobre
os cilindros uma corrente de ar. Um controle termostático regula o fluxo do ar para
garantir as condições térmicas satisfatórias para o funcionamento do motor. Esse tipo
36
de motor é mais ruidoso que um motor arrefecido por água, pois a camisa de água
amortece uma grande parte do ruído do motor. Normalmente, os motores resfriados
a ar são de pequeno porte.
aa
Nos motores grandes, a quantidade de calor a ser retirada é
tão grande que o sistema de resfriamento por água é mais
indicado.
• uma camisa de água, que rodeia as partes quentes do motor, tais como os
cilindros, as câmaras de explosão e as saídas do escapamento;
37
O ar entra pela frente do carro, pela grade do radiador, passa pelo radiador e resfria a
água que se encontra no seu inferior. O ar se aquece, mas ainda pode ser aproveitado
para resfriar o bloco do motor. A água que se encontra dentro do radiador está mais fria
e, como ela é mais pesada que a água quente, desce e vai parar no fundo do radiador.
A água fria segue por uma mangueira que conecta o radiador ao motor e retorna ao
motor para novamente esfriá-lo.
Para impedir que isso ocorra, é preciso que o radiador tenha um orifício por onde
o excesso de vapor possa sair. Costuma-se dizer que esse é um orifício ou tubo de
“alívio”, porque alivia a pressão. O vapor ou a água em excesso escorre por ele e cai no
chão, embaixo do veículo, sem perigo para as pessoas.
Saindo da parte superior, existe um pequeno tubo que desce ao longo do radiador até
aparecer por baixo dele. Trata-se do “ladrão”, como é conhecido, e se destina a deixar
escapar qualquer excesso de água que porventura exista no radiador, quando este se
enche ou quando a água ferve.
Resumindo
38
Glossário
39
Atividades
dd
como sistema de resfriamento ou sistema de refrigeração.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
40
Referências
AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
41
Mecânica
Descomplicada
MÓDULO 2
UNIDADE 4 | SISTEMAS DE
ALIMENTAÇÃO E ESCAPAMENTO
43
Unidade 4 | Sistemas de Alimentação e Escapamento
Fonte: www.shutterstock.com
ff
O que é o sistema de alimentação do veículo? Quais os tipos
de combustível disponíveis no Brasil? Onde podem estar
localizados os tanques de combustível?
44
1. Sistema de Alimentação
aa
O sistema de alimentação do motor a explosão é composto
pelo tanque de combustível, carburador e coletor de admissão,
além de vários filtros, necessários ao bom funcionamento do
conjunto.
ee
oposta a do motor, sendo um localizado na parte da frente e
outro localizado na parte de trás do veículo. Essa distribuição
visa a uma melhor distribuição de pesos sobre o veículo, com
o objetivo de obter maior estabilidade e reduzir os riscos de
incêndio.
Você se lembra da mistura gasosa que entra no cilindro do motor e é queimada? Essa
mistura é feita pelo carburador. Sua principal função é misturar homogeneamente uma
determinada quantidade de gasolina (ou outro combustível) com outra de ar, formando
essa mistura gasosa e fornecendo uma proporção adequada da mistura pulverizada ou
atomizada a cada cilindro do motor para sua combustão.
45
Para cada situação, existe uma proporção adequada para a mistura de ar e combustível.
A mistura para a combustão completa (com menor quantidade de resíduos) tem a
proporção de quinze partes de ar para uma parte de gasolina. No entanto, essa mistura
não proporciona máxima potência e economia. O arranque do motor pode exigir uma
mistura com menor proporção de ar, composta por uma parte de ar para uma parte de
gasolina. Já para obter maior economia, a mistura deverá ser menos rica, com dezesseis
partes de ar para uma de gasolina.
2. Motores Flex
bb
Assista ao vídeo sobre os cuidados adicionais que devemos
tomar com os motores flex:
http://tinyurl.com/hcdvkgu.
46
aa
Quando o combustível de alimentação é apenas o álcool, as
peças do motor são tratadas por processos químicos contra
corrosão, recebendo revestimento interno no tanque, bomba
e carburador bicromatizado. Esse processo é identificado por
cor e brilho diferentes da cor e do aspecto tradicionais das
mesmas peças para gasolina.
3. Tanque de Combustível
Na maior parte dos veículos, existe um tanque de combustível de reserva e uma luz
de advertência no painel que se acende quando o nível de combustível está baixo.
Os tanques apresentam tubos de respiro no tampão que permitem a entrada de ar à
medida que o combustível é consumido.
47
4. Sistema de Escapamento
A principal função do escapamento é oferecer uma via de escape aos gases residuais do
motor. Além disso, ele atenua o ruído com a saída dos gases sob alta pressão. Quando
bem regulado, o sistema de escapamento pode acelerar a saída dos gases resultantes
da combustão no motor.
Os gases queimados que saem dos cilindros do motor devem ser imediatamente
eliminados. Esse processo é feito por meio de um cano de escapamento ligado ao coletor
de escapamento. O cano de escapamento solta os gases residuais geralmente na parte
de trás do veículo para não incomodar os passageiros. Por isso, ele normalmente passa
por baixo da carroçaria e vai até a parte traseira do veículo. Nos veículos com motor
traseiro, o cano de escapamento é mais curto.
bb
Assista ao vídeo sobre as funções e os cuidados que devemos
ter com o escapamento:
http://tinyurl.com/j4c7njn.
Para reduzir os ruídos da combustão e do escapamento dos gases do motor, existe uma
peça ao longo do cano de escapamento chamada “silencioso”, que apresenta diversos
canos furados dentro de uma câmara. Esse conjunto funciona como um colchão de
ar, de amortecimento, que reduz o barulho quando os gases de escapamento passam
por ele. Após atravessar o coletor de escape, a tubulação e o silenciador, os gases são
expelidos pelo tubo traseiro.
48
A vida útil do escapamento é de cerca de dois anos, pois, com
ee
o tempo de uso, é natural a deterioração. Quando o motorista
notar alterações no nível de ruído do veículo, caracterizado
por sopros de gases, chocalhos no catalisador, som estridente
e ressonâncias ao trocar marchas, é recomendável verificar o
sistema de escape em um centro automotivo especializado.
5. Filtros do Veículo
5.1. Filtros de Ar
49
Existem vários tipos de filtros de ar, e suas formas e dimensões geralmente dependem
do espaço ocupado pelo motor. O filtro com elementos de papel é o mais utilizado por
ter uma maior leveza e capacidade. O elemento filtrante é fabricado com papel fibroso
tratado com resina e dobrado em sanfona, a fim de oferecer uma melhor superfície de
contato com o ar que o atravessa.
50
O ideal é substituir os filtros de óleo sempre que for feita a
ee
troca, pois o óleo novo pode perder suas características e se
deteriorar rapidamente quando passar por um filtro velho.
Resumindo
Glossário
51
Atividades
dd
utilizado e tem uma maior leveza e capacidade. O elemento
filtrante é fabricado com papel fibroso tratado com resina e
dobrado em sanfona, a fim de oferecer uma melhor superfície de
contato com o ar que o atravessa.
( ) filtro de óleo.
( ) filtro de ar.
( ) filtro de combustível.
( ) filtro do radiador.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
52
Referências
AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
53
UNIDADE 5 | DIREÇÃO,
TRANSMISSÃO E EMBREAGEM
54
Unidade 5 | Direção, Transmissão e Embreagem
Fonte: www.shutterstock.com
ff
Quais as partes do sistema de direção? Qual a função do sistema
de transmissão? Como funciona na prática a embreagem?
55
1. Sistemas de Direção
ee
das rodas, evitando que essa vibração chegue aos braços do
motorista.
ee
pesados (caminhões e ônibus) ou os mais caros possuem
a direção hidráulica como item de série, permitindo maior
conforto.
56
2. Sistema de Transmissão
ee
de movimento, que são: direção e velocidade. Elas executam a
transmissão com extrema precisão, ora alterando a força, ora
alterando a velocidade.
Toda engrenagem pode ser entendida como uma alavanca múltipla com um único ponto
de centro. Quanto maior o braço da alavanca, maior será o movimento conseguido.
57
II. permite aumentar ou diminuir a potência do motor por meio de engrenagens;
Em ponto morto, não há qualquer transmissão Permite a maior redução de velocidade, com
de energia mecânica. Todas as engrenagens, o objetivo de obter um torque mais elevado.
exceto as utilizadas para inversão de marcha, A engrenagem apropriada fica no eixo
estão engrenadas. secundário, transmitindo a energia mecânica.
58
SEGUNDA MARCHA TERCEIRA MARCHA
59
Esse sistema é composto de duas partes rotativas principais: um impulsor, acionado
pelo motor, e uma turbina que aciona a caixa de mudanças. Cada uma dessas partes
tem a forma de uma calota esférica e contém certa quantidade de divisórias radiais
chamadas pás. As duas calotas estão alojadas, voltadas uma para a outra, em um cárter
cheio de óleo, e separadas por um pequeno espaço para evitar qualquer contato entre
si.
3. Embreagem
bb
Veja como funciona o sistema de embreagem:
http://tinyurl.com/ham392c.
60
As duas faces do disco da embreagem são revestidas com um material de fricção.
Quando o pedal da embreagem é pressionado, o virabrequim e o eixo primário da caixa
de câmbio passam a ter movimentos independentes. Assim que o condutor retira o pé
da embreagem, eles voltam a ser solidários, com giros dependentes.
ee
ao volante do motor, podendo ambos aproximar-se ou afastar-
se dele.
c) embreagem dupla;
e) embreagem cônica;
f) embreagem hidráulica.
Existe uma embreagem para cada tipo de veículo; e seu projeto deve obedecer às
exigências da montadora e do mercado. O conjunto de embreagem normalmente é
composto por:
a) disco de fricção;
d) garfo de acionamento.
61
Resumindo
Glossário
Distintas: diferentes.
62
Atividades
dd (
(
) A embreagem é o sistema de ligação entre o motor e o câmbio.
( ) primeira marcha.
( ) segunda marcha.
( ) terceira marcha.
( ) quarta marcha.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Marcha a ré.
( ) Ponto morto.
63
Referências
AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
64
UNIDADE 6 | SISTEMA DE
SUSPENSÃO, RODAS E PNEUS
65
Unidade 6 | Sistema de Suspensão, Rodas e Pneus
Fonte: www.shutterstock.com
ff
Como funciona o sistema de suspensão? Saberia dizer a
diferença entre o pneu remoldado e o pneu recapado? O que
é exatamente a roda?
A maior parte dos veículos possui sistemas complexos que atuam de maneira conjunta para
proporcionar conforto aos seus ocupantes. Nesta Unidade, vamos estudar o sistema de
suspensão, rodas e pneus, que, em conjunto, proporcionam o amortecimento nos veículos.
66
1. Sistema de Suspensão
ee
amortecimento. O primeiro consiste na resistência elástica a
uma carga, e o segundo, na capacidade de absorver parte da
energia de uma mola após ter sido comprimida.
67
Veja os efeitos do sistema de suspensão nas ilustrações a seguir.
Suspensão independente
68
2. Molas e Amortecedores
aa
O aço utilizado na fabricação das molas deve ser bastante flexível
e resistente, para que elas possam ser flexionadas e resistir aos
esforços durante o movimento do veículo. Se o aço das molas não for
bom, elas podem se entortar e, consequentemente, as rodas podem
perder o alinhamento, prejudicando a estabilidade do veículo.
ee
Os primeiros amortecedores eram constituídos de vários discos e
seu funcionamento era baseado no atrito entre eles. Atualmente,
os amortecedores são hidráulicos, nos quais o movimento de um
pistão pressiona o óleo a passar através de pequenos orifícios que
oferecem resistência à sua passagem.
69
O tipo de amortecedor mais utilizado é o telescópico, que tem o formato de um
cilindro com um pistão ligado a uma haste. A extremidade fechada do cilindro está
ligada à articulação ou ao eixo da roda, enquanto a extremidade oposta está ligada à
carroceria. Nesses amortecedores, o movimento da roda é transmitido a uma alavanca
que faz mover o eixo do braço do amortecedor. Quando o pistão do amortecedor se
desloca para um dos topos do cilindro, o óleo é impelido através de uma válvula e
atinge o outro topo, amortecendo assim a oscilação da mola.
bb
Assista ao vídeo e veja quais são os sinais de desgaste dos
amortecedores:
http://tinyurl.com/hyv2gx8.
3. Rodas e Pneus
O pneu, elemento que envolve a roda, tem estrutura semitubular de borracha, cheio
de ar em seu interior. Ele possui uma carcaça interior resistente, com cabos metálicos
(talões) incorporados na zona de contato com a roda, e paredes laterais flexíveis,
destinadas a absorver as pressões que lhes são impostas. Para contribuir com o
conforto do veículo, os pneus funcionam como uma almofada de ar sobre a qual se
apoia, suportando esforços consideráveis quando o automóvel acelera, freia ou faz
uma curva.
ee
ao solo em variadas condições de rolamento.
70
O desenho das ranhuras varia de acordo com o tipo de superfície sobre o qual o veículo
irá circular a maior parte do tempo. Um pneu com ranhuras profundas é ideal para a
lama, mas impróprio para condução em alta velocidade.
bb
Você sabe o que é o TWI? Veja como medir o desgaste dos
pneus:
http://tinyurl.com/jz23ja4.
Atualmente, os pneus tendem a ser mais largos e mais baixos, apresentando maior
aderência ao pavimento e, portanto, maior estabilidade. Dessa maneira, o veículo se
comporta melhor em alta velocidade e nas curvas.
71
PNEU DIAGONAL PNEU RADIAL
72
4. Calibragem de Pneus
aa
Aros danificados devem ser imediatamente substituídos, pois
qualquer tentativa de recuperação pode alterar totalmente
suas características originais, afetando seriamente a segurança
do veículo e a de seus ocupantes.
73
Resumindo
Glossário
74
Atividades
dd
do local por onde o veículo irá circular a maior parte do
tempo. Por exemplo: um pneu com ranhuras profundas é
ideal para a lama.
( ) Certo ( ) Errado
( ) pneus radiais.
( ) pneus diagonais.
( ) Certo ( ) Errado
75
Referências
AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
76
Mecânica
Descomplicada
MÓDULO 3
UNIDADE 7 | SISTEMA DE FREIOS
78
Unidade 7 | Sistema de Freios
Fonte: www.shutterstock.com
ff
Como funciona o sistema de freios? Qual a maneira correta
de acionar os freios? Já ouvir falar dos freios ABS? Como eles
funcionam?
79
1. Sistema de Freios
a) o motorista não freia o carro no mesmo instante em que vê o perigo. Mesmo que
seja mínimo, sua reação leva algum tempo;
Quando ocorre a frenagem, uma parte do peso do veículo é transferida para frente
e acrescentada à carga a que estão sujeitas as rodas da frente, reduzindo-se assim a
carga sobre as de trás. Quando se aplicam os freios a fundo, a transferência de peso
é maior, tendendo as rodas de trás a bloquear-se, o que, frequentemente, provoca
derrapagem lateral da parte de trás do automóvel.
80
Em praticamente todos os veículos atuais, o pedal do freio aciona hidraulicamente
os freios. A ligação mecânica por meio de tirantes ou cabos ou por meio de ambos
está reservada para o sistema de freio de mão, normalmente utilizado apenas após a
parada do automóvel. O sistema hidráulico de freios apresenta várias vantagens sobre
um sistema acionado mecanicamente: é silencioso, flexível, autolubrificado e assegura
a aplicação de forças de frenagem automaticamente igualadas em ambos os lados do
automóvel.
As rodas dianteiras exigem pressão maior para serem imobilizadas (lembre-se de que o
peso do veículo se desloca para a parte dianteira quando ocorre a frenagem). Nas rodas
dianteiras, o atrito se dá entre as pastilhas de freio e os discos que se movimentam
junto com as rodas. Nas rodas traseiras, a fricção ocorre entre as lonas de freios e os
tambores. Por serem peças muito importantes para o funcionamento adequado dos
freios, se alguma delas estiver desgastada, troque-a por uma nova imediatamente.
ee
flexíveis e de pequenos tubos de metal por onde circula o
fluido de freios. Esse líquido, que apresenta alta resistência ao
calor, transmite a pressão exercida no pedal de freios até as
rodas, gerando atrito necessário para pará-las.
O pedal de freio está ligado ao cilindro mestre por uma haste curta. Quando o
motorista pressiona o pedal, a haste faz mover o pistão no interior do cilindro mestre,
empurrando o fluido hidráulico para os cilindros do freio nas rodas, que acionam os
freios. Uma válvula de retenção existente na extremidade de saída do cilindro mestre
mantém uma ligeira pressão constante no circuito dos freios, impedindo a entrada do
ar. Assim que o condutor retira o pé do freio, o cilindro se comunica com um depósito,
de onde o fluido de freios sai. Por esse motivo, é importante sempre verificar o nível
do fluido de freios.
81
2. Comando Hidráulico
O sistema permite uma multiplicação da força aplicada pelo condutor, que passa a ser
grande o suficiente para frear o veículo.
Quando se baixa o pistão pequeno, o óleo fica sob pressão e, como a pressão se
propaga por todo o óleo, ele chega até o pistão grande e o empurra para cima. O pistão
pequeno precisa descer bastante para que uma quantidade de óleo suficiente seja
empurrada para o cilindro grande. Em consequência, o pistão grande será empurrado
para cima. Porém, ele pouco se desloca, pois o volume de óleo que foi empurrado do
cilindro pequeno para o grande ficará distribuído ao longo de um pistão bem maior e,
portanto, a sua ação de deslocamento será pequena.
82
3. Freios a Disco
Normalmente, os freios a disco são utilizados somente nas rodas dianteiras, por serem
estas as mais solicitadas e por suportarem maior peso durante a frenagem.
bb
Assista ao vídeo e veja como funcionam os freios:
http://tinyurl.com/z5jhj2r.
A derrapagem é uma das maiores causas ou dos maiores agravantes de acidentes. Para
melhorar as condições de dirigibilidade em situações inesperadas ou de risco, foram
criados os freios ABS, que evitam o descontrole do veículo, permitindo que o condutor
desvie de obstáculos durante a frenagem.
83
O freio ABS (em inglês, Anti-lock Braking System) é um sistema
de frenagem que impede que a roda se trave quando o pedal
de freio é pisado fortemente, evitando que o veículo entre em
derrapagem por falta de aderência à pista.
O sistema permite que se aplique o máximo de força sobre o pedal de freio, mesmo
que o veículo esteja em alta velocidade, executando uma curva ou trafegando em pista
molhada ou escorregadia.
aa
A maior vantagem do ABS é o seu princípio de funcionamento,
ou seja, o antitravamento das rodas nas frenagens de
emergência.
Nas situações em que precisar frear bruscamente, o condutor poderá pisar fundo no
freio, com a máxima força, sem que haja o travamento das rodas. Além de aumentar a
segurança e a dirigibilidade durante as situações de frenagem, o ABS prolonga a vida
útil dos pneus, pois eles não serão arrastados ou friccionados sobre o solo.
Os sensores de rotação nas rodas informam à unidade de comando dos freios se haverá
travamento das rodas durante a frenagem. Quando isso ocorre, a unidade de comando
impede o bloqueio, enviando sinais ao comando hidráulico, que regulará a pressão do
óleo de freio individualmente, em cada roda.
84
Resumindo
Não esqueça: a manutenção dos freios inclui a troca de óleo dos freios, que
regula a pressão que os pés do condutor exercem sobre o pedal. Verifique
sempre os prazos corretos para troca no manual do proprietário.
Glossário
85
Atividades
dd
que são acionados os freios depende:
( ) Certo ( ) Errado
86
Referências
AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
87
UNIDADE 8 | LUZES
INDICADORAS E
INSTRUMENTOS DO PAINEL
88
Unidade 8 | Luzes Indicadoras e Instrumentos do
Painel
Fonte: www.shutterstock.com
ff
Você sabe o que significa cada luz do painel? Quais as luzes
indicadoras que representam situações de emergência?
Quando devemos parar imediatamente o veículo?
89
1. Painel de Instrumentos
aa
Se as luzes do painel não se apagarem poucos segundos depois
de dar a partida no motor, isso representa um alerta para o
motorista.
Quando uma luz permanece acesa significa que algo no veículo apresenta falha ou
problema. Após a partida, apenas a luz de freio deve permanecer acesa, até que o
motorista solte o freio de mão.
ee
o condutor liga o veículo, então há alguma lâmpada queimada
no painel que precisa ser imediatamente substituída, para que
o condutor receba informações precisas sobre o estado do
veículo.
90
2. Motor, Freios, Bateria, Temperatura e Óleo
A maioria dos veículos brasileiros sai de fábrica equipada com um conjunto de pelo
menos cinco luzes de alerta: motor, freios, bateria, temperatura e óleo.
SÍMBOLO MENSAGEM
Check de motor ou luz de injeção
Essa luz se acende para avisar que há algum problema com o sistema
de injeção. O condutor não precisa parar o carro, mas deve levá-lo
assim que possível para manutenção.
Luz de aviso dos freios
Indica que há problema com o fluido de freio, ou seja, que seu nível
está baixo. Complete imediatamente o fluido no nível indicado.
Luz de aviso da bateria
91
3. Lâmpadas, Faróis, Lanternas e Pisca-alerta
SÍMBOLO MENSAGEM
Luz do pisca-alerta
92
4. Alertas de Funcionamento dos Equipamentos Básicos
SÍMBOLO MENSAGEM
Quando acesa, indica que as portas traseiras não podem ser abertas
pelo lado de dentro. Função mais indicada para o transporte de
crianças.
Luz de nível de combustível
93
5. Limpadores e Desembaçadores
SÍMBOLO MENSAGEM
Desembaçador do para-brisa
6. Itens Opcionais
Por fim, vamos conhecer os indicadores de itens opcionais que não são comuns à maior
parte dos veículos, sendo itens opcionais em veículos de versão luxo.
SÍMBOLO MENSAGEM
Luz do ABS
Indica que o air bag frontal apresenta algum problema e pode não abrir em caso
de emergência.
94
Air bag lateral
Indica que o air bag lateral apresenta algum problema e pode não abrir em caso de
emergência.
Alguns veículos possuem uma luz de advertência que avisa ao condutor caso a
cadeirinha de bebê não esteja bem instalada.
Indica que a tração nas 4 rodas está acionada. Utilize essa função em terrenos mais
irregulares ou subidas íngremes.
Piloto automático
Resumindo
95
Glossário
96
Atividades
dd
problema com o sistema de injeção. O condutor não precisa parar
o carro, mas deve levá-lo assim que possível para manutenção.
( ) check de motor.
( ) nível de combustível.
( ) A luz do fluido de freios acesa indica que seu nível está baixo.
( ) Certo ( ) Errado
97
Referências
AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
98