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T3 – COMPREENDER A ESTRUTURA E A DINÂMICA DA GEOSFERA

ES JOSÉ AFONSO 10/11 PROFª SANDRA NASCIMENTO


Sismologia – Ramo da geofísica que estuda os fenómenos relacionados com a
ocorrência de sismos.

Sismo – vibração brusca da superfície terrestre que ocorre devido à libertação de


energia que foi acumulada em zonas instáveis do interior da Terra.

Sismo na Turquia, 1999


Macrossismos • Sismos sentidos pela
população

Microssismos • Sismos praticamente


imperceptíveis
❊ Armazenamento de água em barragens;
❊ Explosões em minas e pedreiras;
❊ Explosões nucleares;
Sismos de colapso – resultam do
abatimento de grutas, de avalanches ou
deslizamentos de terrenos.

Sismos tectónicos – resultam Sismos vulcânicos – resultam de movimentos

de movimentos das placas magmáticos e das fortes pressões que se fazem

tectónicas. sentir num vulcão antes deste entrar em erupção.


Explicação do mecanismo de geração dos sismos tectónicos
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Segundo esta teoria, formulada por Harry F. Reid em 1911, as rochas, quando
estão sujeitas a forças contínuas, armazenam energia durante longos períodos
de tempo, deformando-se.
Quando as tensões exercidas ultrapassam o limite de elasticidade do material
rochoso, este fractura e desloca-se, libertando a energia acumulada sob a forma
de calor e de ondas sísmicas.
A estrutura geológica que resulta da fractura de
rochas com formação de blocos que se
deslocam uns em relação aos outros designa-se
FALHA.
Forças geradas no interior
da Terra são responsáveis
pelo aparecimento de
diferentes tipos de falhas:

Forças Compressivas Forças de cisalhamento Forças distensivas


Falha inversa Falha transformante Falha normal
Falhas normais e
transformantes
associadas a limites
divergentes

1. Astenosfera
2. Litosfera
3. Forças distensivas
4. Forças de cisalhamento
5. Falha transformante
6. Rifte
7. Corrente de convecção
8. Falha normal
Hipocentro ou Foco – Zona no interior da Terra onde o sismo tem origem.

Epicentro – Ponto à superfície da Terra situado na vertical do foco ou


hipocentro.

Ondas sísmicas – superfícies concêntricas que transmitem a energia libertada


no hipocentro.

Frente de onda – é a superfície


que separa as partículas que já
entraram em vibração daquelas
que ainda o não fizeram.

Raio sísmico – qualquer trajectória


perpendicular à frente de onda.
Abalos premonitórios – pequenos sismos que antecedem o sismo principal.

Réplicas – sismos de menor intensidade que se seguem ao sismo principal.

PROFUNDIDADE CLASSIFICAÇÃO

Entre 0 e 70 Km Superficiais

Entre 70 e 300 Km Intermédios

Mais que 300 Km Profundos


O que pode acontecer quando o epicentro de um sismo, de intensidade alta
ou média/alta, se localiza no fundo oceânico?
Tsunami ou raz de maré - vagas produzidas por bruscos impulsos propagados
em massas de água. Este é um fenómeno que ocorre associado a grandes
sismos, quando o epicentro é num fundo marinho, provocando alteração da sua
topografia. A sequência de ondas gerada apresenta um comprimento de onda
muito elevado (a distância entre duas cristas consecutivas pode atingir os 90
quilómetros), podendo deslocar-se a grandes distâncias, com velocidades que
podem ser superiores a 800 quilómetros por hora.
À medida que se aproxima das zonas costeiras (menos profundas), a onda
diminui o seu comprimento, mas ao mesmo tempo, aumenta a sua amplitude
(altura).
Num meio homogéneo  a energia propaga-se sob a forma de superfícies
esféricas.
Num meio heterogéneo  trajecto das ondas irregular.
Ondas longitudinais, ondas P
(primárias)
Ondas de volume,
interiores ou de
profundidade Ondas transversais, ondas S
(secundárias )
ONDAS
SÍSMICAS
Ondas superficiais Ondas de Love
ou longas (mais
destruidoras) Ondas de Rayleigh

(Resultam da interacção das


ondas interiores com a
superfície terrestre)
• As partículas vibram paralelamente à direcção de propagação das ondas.
• Alternância entre compressões e distensões do material atravessado.
• Variações de volume do material atravessado.
• Propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos.
• A velocidade de propagação diminui no meio líquido.
• São as ondas mais rápidas e de menor amplitude e quase sempre as
primeiras a serem detectadas num terramoto.
•À superfície são ouvidas como um trovão distante, sendo, por isso, este o
primeiro sinal de um sismo.
• As partículas vibram perpendicularmente à direcção de propagação das
ondas.
• Variações da forma mas não de volume do material atravessado.
• Propagam-se em meios sólidos.
• Não se propagam no meio líquido.
•São as segundas ondas sísmicas a serem detectadas num terramoto.
•À sua passagem a terra treme.
As partículas do material atravessado vibram na horizontal mas
perpendicularmente à direcção de propagação das ondas.
• Grande amplitude.
• Menor velocidade que as ondas interiores.
• Propagam-se em sólidos (velocidade proporcional à densidade do meio).
As partículas do material atravessado
descrevem um movimento elíptico
num plano perpendicular à direcção
de propagação das ondas.
• Grande amplitude.
• Menor velocidade que as ondas
interiores.
• Propagam-se em meios sólidos e
em meios líquidos (velocidade
proporcional à densidade do meio).
Aparelhos que registam os movimentos do solo
provocados pelas ondas sísmicas. Numa estação
Sismográfica existem geralmente três sismógrafos: um
vertical, e dois horizontais, sendo que um horizontal
está orientado no sentido Norte-Sul e o outro no
sentido Este-Oeste.
Sismógrafo vertical

Sismógrafo horizontal
Registo obtido a partir do sismógrafo, dos movimentos do solo.
Velocidade das ondas sísmicas – distância epicentral

Quanto mais distante do epicentro se encontrar a estação, maior é o intervalo


de tempo entre a chegada das ondas P e S.
A partir desta diferença obtida em
três estações é possível,
por triangulação, determinar o
epicentro. Para cada estação,
o raio do circulo é a distância, em
quilómetros e convertido à
escala, que a separa do
epicentro.
É a distância entre uma dada estação sísmica e o epicentro do sismo.

SISMOS DISTÂNCIA EPICENTRAL

locais < 150 km

próximos < 1000 km

distantes > 1000 km

Para distâncias epicentrais superiores a 100 km: ((S-P)-1 )x 1000Km


Intensidade sísmica Escala de Mercalli Modificada

Magnitude Escala de Richter


A intensidade é um parâmetro que caracteriza os efeitos produzidos por um
sismo nas pessoas, objectos, estruturas construídas e meio ambiente
(terrenos), num determinado local. A cada conjunto de efeitos corresponde um
determinado grau de intensidade.

A intensidade em determinado sítio depende:


• da quantidade de energia libertada pelo sismo no foco (magnitude);
• da profundidade do foco;
• da distância ao epicentro;
• das características geológicas do sítio (natureza dos terrenos)
• da qualidade das construções;
• do comportamento das populações.
Existem várias escalas para identificar as intensidades. Uma das
mais utilizadas em Portugal é a Escala de Mercalli Modificada,
que descreve, em pormenor, os efeitos produzidos pela vibração
do solo, associando-lhe um determinado grau de intensidade. Os
graus de intensidade representam-se por algarismos romanos.
Uma vez estimada a intensidade do sismo em diferentes locais da região afectada
pelo sismo, traçam-se linhas curvas fechadas à volta de um determinado ponto –
o epicentro. Cada uma dessas linhas – isossistas, une pontos de igual intensidade
sísmica e é com elas que se obtêm as cartas de isossistas.

Carta de isossistas
(sismo de 31 Março 1967, nos Açores)
Parâmetro que caracteriza o tamanho relativo de um sismo e está directamente
relacionada com a energia libertada no foco.

A escala de magnitudes é uma escala logarítmica, o que quer dizer que o


aumento de um grau de magnitude (por exemplo de 4.5 para 5.5) representa um
aumento de 10 na amplitude da onda medida no sismograma e,
aproximadamente, um aumento de 30 na energia libertada. Isto é, um sismo de
magnitude 7.5 liberta 900 vezes a energia libertada num sismo de magnitude
5.5.
Nota: Para cada sismo existem muitas intensidades, de acordo com a distância ao
epicentro, mas há apenas uma magnitude.
FIM

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