Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Atualizado em julho/2014
Apesar disso, a doutrina administrativista costuma utilizar como sinônimos os termos poder
normativo e regulamentador, de maneira que não isso não caracteriza erro.
O poder normativo da administração pode ser exercido por meio da delegação legislativa ou do
próprio poder regulamentar. Enquanto a delegação legislativa possibilita a prática de ato
normativo primário com força de lei pelo Presidente da República (na órbita federal), a exemplo
das Medidas Provisórias (delegação atribuída diretamente pelo Poder Constituinte Originário) e
das leis delegadas, o poder regulamentar encerra uma atividade administrativa, de cunho
normativo secundário.
Página 1
2
Diogo de Figueiredo Moreira Neto classifica a delegação legislativa nas seguintes modalidades:
a) delegação receptícia: delega-se a função legislativa ao Poder Executivo para editar,
dentro do período e das matérias determinadas no ato delegante, normas com força de
lei (ex: lei delegada);
b) delegação remissiva: edição de atos normativos pela Administração, sem força de lei e
respeitando a moldura legal (ex: regulamento executivo do art. 84, IV, da CRFB);
c) deslegalização: legislador transfere o tratamento de determinada matéria ao
administrador, estabelecendo parâmetros gerais que deverão ser observados no
momento da fixação dos direitos e obrigações (ex: art. 96, I, a, 207, caput, e 217, I, da
CRFB)
Saliente-se que o poder normativo das entidades administrativas com fundamento em norma
legal não decorre de delegação propriamente dita operada pelo legislador, sendo inerente à
própria função administrativa.
III – reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das
medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos
constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de
sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das
Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as
demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que,
no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada
nas duas Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de
2001)
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a
rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e
decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória,
esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
Página 3
4
Tanto o ato normativo originário como o derivado têm efeitos gerais e abstratos, porém, os
primeiros instauram um direito novo, geram situações jurídicas novas, ao passo que os atos
normativos derivados explicitam ou especificam um conteúdo normativo preexistente, sem
ultrapassar os horizontes da legalidade.
Decreto – a forma de que se revestem os atos praticados pelo chefe do poder executivo. O
seu conteúdo pode variar, podendo ser: um regulamento (DECRETO-REGULAMENTAR) ou
sem o conteúdo regulamentar (DECRETO–NÃO REGULAMENTAR), por exemplo, dar o nome
a um prédio público.
Regulamento – é o conteúdo do ato. Se emitido pelo chefe do executivo, ele terá aplicação a
toda administração subordinada.
Bom exemplo de ato de regulamentação de primeiro grau dado por JSCF é as instruções
expedidas pelo TSE para fiel execução da Lei 9.096/95, que dispõe sobre partidos políticos
(art. 61).
Página 4
5
Tipos de regulamento:
a) executivo;
b) autônomo (divergência - art. 84, IV e VI e art. 25, ADCT, da CF).
1) órgão que elabora – regulamento em regra é feito pelo chefe do Poder Executivo; em regra,
quem faz a lei é o Poder Legislativo.
B) Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Diógenes Gasparini, STF: entendem que a CF/88,
originalmente, não dava espaço para a possibilidade de regulamentos autônomos. Em seu art.
84, VI, previa a competência do chefe do Executivo para “dispor sobre a organização e o
funcionamento da administração federal, na forma da lei”. O art. 25 do ADCT, por sua vez,
determinou a revogação, a partir de 180 dias da promulgação da CF, dos dispositivos legais
1
Nem todas as leis demandam uma regulamentação, para ser cabível são necessários dois requisitos:
A lei deve ser aplicada pelo próprio Executivo
A lei deve entregar ao administrador público, uma certa dose de discricionariedade.
Página 5
6
A mencionada corrente também se baseia nos art. 103-B, §4º, inciso I, e 130-A, §2º, inciso I, da
CRFB/88, inseridos pela EC nº 45/2004, que conferiram direta e respectivamente ao CNJ e ao
CNMP poder normativo, ao afirmar que ambos os órgãos podem expedir atos regulamentares,
no âmbito de sua competência.
Com isso, doutrina majoritária e o Pretório Excelso vêm admitindo a existência de regulamento
autônomo no ordenamento brasileiro, embora a regra continue sendo o regulamento executivo.
Note-se que, em qualquer hipótese, o Chefe do Executivo não pode criar ou extinguir órgãos e
nem as suas medidas podem determinar aumento de custos. Para Maria Sylvia, no particular,
somente a hipótese da alínea “a” configura regulamento autônomo, pois a alínea “b” revelaria
um mero ato de efeitos concretos.
Maria Sylvia afirma que a hipótese constitucional de regulamento autônomo não fere o Estado
de Direito, pois diz respeito a questões administrativas internas, não estabelecendo normas
voltadas para os cidadãos em geral (essas normas, sim, não podem ser objeto de regulamento
autônomo, pois os particulares somente podem ser obrigados ou proibidos de fazer algo em
virtude de lei).
Página 6
7
Atentar apenas para o entendimento do STF de que não será admitida a ADI
quando seu autor alega que o regulamento exorbitou os limites da lei, pois aí se
trata de CRISE DE LEGALIDADE, sendo a violação da CF meramente reflexa.
Página 7
8
Regulamentação X Regulação: por fim, cumpre observar que não se deve confundir regular
com regulamentar.
O poder regulamentar:
a) é de competência primária do chefe do Poder Executivo, em que pese seja exercida, de
forma secundária, também por outros órgãos da estrutura administrativa;
b) envolve a edição de normas gerais para fiel execução da lei;
c) apresenta conteúdo político.
Página 8
9
e) regulação dos monopólios , evitando que eles lesem a economia popular, controlando
os preços e a qualidade dos produtos e serviços, em virtude de ser restrita ou até
inviável a competição.
f) regulação para a competição, na hipótese de atividades econômicas sensíveis ao
interesse público, em que se busca assegurar a livre concorrência no setor privado.
g) a regulação dos serviços públicos , que busca assegurar a universalização, a
qualidade e a tarifa adequada.
(a) regulação estatal - feita pelas regras emitidas por órgãos do próprio Estado, mesmo que
deles participem representantes de organismos intermédios da sociedade;
(b) regulação pública não-estatal - feita por entidades da própria sociedade, mas por
delegação ou por incorporação das suas normas ao ordenamento jurídico estatal;
(c) auto-regulação, levada a cabo autonomamente por instituições privadas, geralmente
associativas (auto-regulação associativa), sem qualquer delegação ou chancela estatal;
(d) desregulação, consistente na ausência de regulação institucionalizada, pública ou privada,
ficando os agentes sujeitos apenas ao livre desenvolvimento do mercado.” 2
Para uns, ele seria uma decorrência da técnica de delegação normativa definida como
deslegalização (posição de Diogo Moreira Neto), que consiste na retirada, pelo legislador, de
certas matérias da seara legal com sua conseqüente transferência para o domínio do
regulamento. A lei discorreria de maneira sucinta sobre o assunto, abrindo espaço amplo à
regulamentação das agências.
Para Marçal Justen Filho, o poder normativo das agências seria uma manifestação da
discricionariedade técnica – a lei disciplinadora deixaria margem à complementação do
administrador, com base em juízos técnicos. Quando o tema envolve questões técnicas
específicas, que demandam conhecimentos que vão além da capacidade do legislador, tem se
admitido que o regulamento discipline originariamente a matéria. A lei trata dos aspectos gerais
(políticos e administrativos) e delega ao regulamento a disciplina primária da matéria técnica.
2
Ob. cit. p. 33.
Página 9
10
É possível a ocorrência de conflito entre lei anterior que regia a matéria delegificada e o ato
regulatório editado em respeito à lei deslegalizadora.
Nesse caso, doutrina majoritária entende que, estando o ato regulatório circunscrito aos lindes
traçados pela lei deslegalizadora, tem ele o condão de revogar a lei anterior incompatível . Tal
não significa que o ato administrativo tenha primazia sobre a lei. A revogação da lei anterior
não é operada diretamente pelo ato administrativo, mas sim pela própria lei deslegalizadora,
que utiliza o ato da agência para revogar, de forma diferida no tempo, a lei anterior
(Revogação diferida)
Creio que o primeiro fere a larga autonomia que protege as agências reguladoras das
ingerências políticas perpetradas pela chefia do executivo. Além do mais, não há hierarquia
entre o ente federado e a agência, e sim tutela administrativa mitigada pelo regime especial de
que se reveste. Responderia que o critério a ser adotado é o da especialidade, prevalecendo o
ato regulatório.
Página 10
11
Executivo por suposta ilegalidade (ADInMC 2.364/AL), por reputar que o Parlamento substituíra
o Executiva no exercício da autotutela.
A doutrina majoritária entende que esse poder normativo não pode gerar regulamentos
autônomos – esses são da competência privativa do Presidente, nas estritas hipóteses do art.
84, VI da CF. Confira-se trecho de artigo de José dos Santos Carvalho Filho, citado num voto
da Min. Denise Arruda, do STJ:
Não nos parece ocorrer qualquer desvio de constitucionalidade no que toca ao poder
normativo conferido às agências. Ao contrário do que alguns advogam, trata-se do exercício de
função administrativa, e não legislativa, ainda que seja genérica sua carga de aplicabilidade.
Não há total inovação na ordem jurídica com a edição dos atos regulatórios das agências. Na
verdade, foram as próprias leis disciplinadoras da regulação que, como visto, transferiram
alguns vetores, de ordem técnica, para normatização pelas entidades especiais - fato que os
especialistas têm denominado de 'delegalização', com fundamento no direito francês ('domaine
de l'ordonnance', diverso do clássico 'domaine de la loi'). Resulta, pois, que tal atividade não
retrata qualquer vestígio de usurpação da função legislativa pela Administração, pois que
poder normativo - já o acentuamos - não é poder de legislar: tanto pode existir este sem
aquele, como aquele sem este.
Página 11
12
de inconstitucionalidade, proposta pelo Partido Popular Socialista - PPS, pelo Partido da Social
Democracia Brasileira - PSDB e pelo Democratas - DEM, contra o art. 3º da Lei 12.382/2011
(“Art. 3º Os reajustes e aumentos fixados na forma do art. 2º serão estabelecidos pelo Poder
Executivo, por meio de decreto, nos termos desta Lei. Parágrafo único. O decreto do Poder
Executivo a que se refere o caput divulgará a cada ano os valores mensal, diário e horário do
salário mínimo decorrentes do disposto neste artigo, correspondendo o valor diário a um trinta
avos e o valor horário a um duzentos e vinte avos do valor mensal”).
ADI 4568/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, 3.11.2011. (ADI-4568)
Por fim, alerta a doutrina para a inconstitucionalidade, por afronta ao princípio da legalidade, da
denominada delegação legislativa disfarçada ou genérica, que consiste na técnica
legislativa vocacionada a transferir ao Poder Executivo o poder de disciplinar determinada
matéria sem densificar adequada e minimamente os seus contornos. Defere-se ao regulamento
a definição, por si mesmo, das condições ou requisitos necessários ao surgimento do direito,
do dever ou da restrição.
Deslegalização X desregulação
A DESLEGALIZAÇÃO é o fenômeno pelo qual a normatização de determinadas matérias
passa a ser feita por ato infralegal.
Página 12
13
PODER DE POLÍCIA:
SENTIDOS:
a) amplo - toda e qualquer atuação estatal restritiva à liberdade e à propriedade que tenha
como objetivo a satisfação de necessidades coletivas. Envolve tanto a atividade
legislativa quanto a atividade administrativa
b) restrito – significa o exercício da função administrativa, fundado em lei, que restringe e
condiciona o exercício de direitos e atividade com o objetivo de implementar o interesse
público. É o conceito de poder de polícia administrativo.
FUNDAMENTO
3
Neste sentido: Clarissa Sampaio Silva – Procuradora-chefe da União no Ceará – em trabalho inédito, apresentado por ocasião do curso de
Doutoramento na Universidade de Lisboa, gentilmente cedido para consulta.
Página 13
14
1) Atuação Preventiva – a maioria dos autores, situam o poder de polícia como uma atuação
basicamente preventiva, busca evitar um prejuízo ao bem comum.
Essa distinção está cada vez mais fragilizada, diante dos inúmeros caos em que a polícia
administrativa se manifesta de modo repressivo, a exemplo das sanções aplicadas pela
autoridade sanitária. Nesse caso, existe o caráter preventivo em relação aos particulares em
geral, mas também o caráter repressivo em relação ao proprietário do estabelecimento.
Existe uma relação entre o poder de polícia e o direito tributário, pela qual pode haver a
cobrança de taxa pelo exercício do poder de polícia e pela prestação de serviço público
específico e divisível, efetivamente utilizado ou posto à disposição do contribuinte.
CLICO DE POLÍCIA
Página 14
15
Página 15
16
OBS: apesar de tais atributos, o cidadão sempre poderá recorrer ao Judiciário para evitar ou
reparar danos decorrentes do exercício ilegal ou abusivo do poder de polícia.
1) Necessidade – a medida de polícia administrativa somente deve ser adotada para evitar
ameaças reais ou prováveis de danos ao interesse público.
2) Proporcionalidade – relação necessária entre a medida de polícia a ser adotada e o dano
que se pretende evitar. A medida há de ser proporcional ao dano. Trata-se de limitação de
grau, que deve ser somente o suficiente para evitar o dano. A medida não pode ficar além.
3) Eficácia – a medida de polícia deve ser adequada a impedir o dano ao interesse público. A
medida não pode ficar aquém.
A Lei nº 9.873/99 estabelece o prazo de prescrição de cinco anos para o exercício da ação
punitiva da Administração Federal decorrente do poder de polícia, contado da data da prática
do ato ou, em se tratando de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
Página 16
17
I – pela notificação ou citação do indiciado ou acusado, inclusive por meio de edital;
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
II - por qualquer ato inequívoco, que importe apuração do fato;
III - pela decisão condenatória recorrível.
IV – por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de
solução conciliatória no âmbito interno da administração pública federal. (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)
Art. 2o-A. Interrompe-se o prazo prescricional da ação executória: (Incluído pela Lei nº 11.941,
de 2009)
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)
II – pelo protesto judicial; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)
IV – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento
do débito pelo devedor; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
V – por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de
solução conciliatória no âmbito interno da administração pública federal. (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)
Art. 3o Suspende-se a prescrição durante a vigência:
I - dos compromissos de cessação ou de desempenho, respectivamente, previstos nos
arts. 53 e 58 da Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994;
II - do termo de compromisso de que trata o § 5o do art. 11 da Lei no 6.385, de 7 de
dezembro de 1976, com a redação dada pela Lei no 9.457, de 5 de maio de 1997.
Art. 4o Ressalvadas as hipóteses de interrupção previstas no art. 2 o, para as infrações
ocorridas há mais de três anos, contados do dia 1 o de julho de 1998, a prescrição operará em
dois anos, a partir dessa data.
Art. 5o O disposto nesta Lei não se aplica às infrações de natureza funcional e aos processos e
procedimentos de natureza tributária.
Página 17
18
Diante disso, atividades comunicativas são atividades privadas que devem ser comunicadas
ao Estado, por determinação legal, facilitando a fiscalização de polícia.
Exemplo: reunião pacífica em locais abertos ao público (art. 5º, inciso XVI, da CRFB).
Página 18
19
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de
valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais
e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração
social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de
recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e
do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
§ 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de
gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995)
§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de
interesse comum.
Página 20
21
Súmulas pertinentes:
Súmula 19 do STJ
A FIXAÇÃO DO HORARIO BANCARIO, PARA ATENDIMENTO AO PUBLICO, E DA
COMPETENCIA DA UNIÃO.
Partindo-se dessa premissa, pode-se afirmar que o poder de polícia e a atividade regulatória se
interpenetram, apesar de não coincidirem.
Página 21
22
Isso porque, a depender da conformação que assume a agência reguladora e o objeto que lhe
é dado regular, pode a sua atividade restritiva da esfera particular repousar no exercício da
supremacia geral ou especial.
Para bem entender o marco diferencial entre ambos os institutos, é de rigor dividir a área de
atuação das agências reguladoras da seguinte forma:
a) regulação de serviços públicos prestados por terceiros (ANATEL, ANEEL, ANTT,
ANTAQ e ANAC);
b) regulação de uso de bens público por terceiros (ANA, ANP, ANEEL e ANATEL)
c) regulação de atividade de fomento (ANCINE)
d) regulação de atividade econômica monopolizada (ANP)
e) regulação de atividade econômica ou social aberta à iniciativa privada (ANVISA,
ANS, ANP, BACEN e CVM)
Assim, nem toda atividade restritiva e sancionadora exercida através da função regulatória
repousa no poder de polícia.
Página 22