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Contibilidade Financeira I
ESCRITURAÇÃO CONTABILÍSTICA
1. Noção de Escrituração
sma unidade monetária, permite a comparabilidade entre si, uma vez que eles
podem ter características diferentes. Portanto, o trabalho contabilístico nas unidades
económicas é realizado graças a quantificação dos elementos patrimoniais.
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a natureza ou função de cada elemento na empresa, os valores patrimoniais podem ser
agrupados em classes de características comuns. Cada agrupamento de elementos
patrimoniais com características semelhantes forma um subconjunto do conjunto de
todos os elementos patrimoniais da empresa. A cada um deste subconjunto, damos o
nome de CONTA.
1.1.2 Requisitos
Lado
esquerdo Lado Direito
Débito (s) Créditos(s)
Exemplo de conta:
1.1 Caixa
Tradução:
Lado esquerdo do esquema, designado por 1º membro da conta, secção de
Débito ou Deve; o acto de inscrever valor neste lado, diz-se DEBITAR.
Lado direito do esquema, designado por 2º membro da conta, secção de Crédito
ou Haver; o acto de inscrever valor neste lado, diz-se CREDITAR.
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A diferença entre o somatório dos valores inscritos a Débitos e a Crédito duma conta,
designa-se por SALDO. Este saldo pode ser Devedor se o 1º membro for superior que o
2º membro e Credor se o 1º membro for inferior que o 2º membro.
Saldar uma conta consiste em lançar o saldo para que o total de débito seja igual a total
de crédito da conta.
Uma vez determinado o saldo este adiciona-se ao lado cuja soma apresenta o menor
valor, obtendo-se assim uma igualdade entre os dois lados da conta.
1º Débito > Crédito - Saldo Devedor, onde Débito = Crédito + Saldo Devedor
2º Débito < Crédito - Saldo Credor, onde Crédito = Débito+ Saldo Credor
Uma conta sem saldo, diz-se uma conta saldada. O saldo de conta corresponde a sua
extensão ou valor num determinado momento.
É escrever o saldo na coluna dos débitos, se na conta fechada o saldo era devedor ou
escrever o saldo na coluna dos créditos se o saldo era credor.
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As contas classificam-se em:
As duas primeiras (contas do activo e passivo) respeitam ao património, pelo que são
traduzidas como contas de Valores Concretos. E o último grupo, (as contas do capital
próprio ou da situação líquida) refere-se as expressões numéricas do valor do
património, sendo traduzidas como contas de Valores Abstractos.
A conta na sua íntegra, deve ser homogénea e integral, dado que só poderá admitir
movimentos ligados a respectiva classe de valor, não excluindo qualquer deles. A conta
discrimina o património do activo e do passivo, onde se evidencia a situação líquida, se é
devedora ou credora, em que procuramos saldar, fechar e reabrir para continuidade dos
factos patrimoniais.
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contas divisionárias. E, aquelas podem ser do primeiro grau, segundo grau, terceiro
grau,… nésimo grau, conforme sejam as subdivisões.
Este método, também conhecido por método das partidas dobradas, data do século
XV. Segundo este método: todo o débito numa conta origina o crédito noutra ou noutras e
vice-versa, ou seja, cada facto patrimonial determina um registo em duas ou mais
contas, por forma a que ao valor de cada débito (ou débitos) corresponda sempre um
crédito (ou créditos) de igual valor.
O princípio das partidas dobradas é a base conceptual que suporta a equação
fundamental da contabilidade. Qualquer facto determina a variação de duas ou mais
contas, cuja igualdade das somas dos débitos e dos créditos se pode constatar pela
manutenção da igualdade dada pela expressão:
A = P + SL
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Como, a situação líquida activa é constituída pelo capital inicial e pelos lucros e a
situação liquida passiva é constituída pelos prejuízos, poderíamos ainda afirmar que:
As contas do activo se debitam pela extensão inicial e pelos aumentos; creditam-
se pelas diminuições.
As contas do passivo e da situação líquida creditam-se pela extensão inicial e
pelos aumentos; debitam-se pelas diminuições.
As contas de situação líquida adquirida, isto é, as contas de resultados debitam-
se pelos custos (encargos) e creditam-se pelos proveitos (ganhos).
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1.3 Regras de Movimentaçãodas Contas
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1.3.1 Registo das extensões (saldos) iniciais
Quanto às contas do passivo, as suas extensões iniciais são sempre registadas no lado
direito, isto é, do mesmo lado em que se encontravam registadas no balanço inicial.
Na conta, o lado direito corresponde à segunda coluna, ou seja, a coluna dos créditos.
Logo, podemos dizer que as contas do passivo são creditadas pelo registo das extensões
iniciais que apresentam.
D Nome da conta C
DÉBITOS CRÉDITOS
Regra:As contas do activo são debitadas pela sua extensão inicial e pelos aumentos
de extensão e creditadas pelas diminuições de extensão.
D Conta do Activo C
Extensão Inicial
(saldo inicial)
Diminuições de
E extensão
Aumentos de
Extensão
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Depois de termos aprendido que coluna da conta devia registar a extensão inicial
apresentada pelas contas do passivo, levanta-se o problema de saber como registar,
nestas contas, o movimento que as afecta.
D Conta do Passivo C
ExtensãoInicial
Diminuições de
extensão E
Aumentos de Extensão
Na conta, a coluna da esquerda corresponde à coluna dos débitos. Assim, sempre que a
empresa suporta um custo, debita a respectiva conta de custo.
D Conta de Gastos C
Como sabemos, na conta, fazer um registo do lado direito equivale creditá-la. Assim,
sempre que a empresa obtém um proveito credita a respectiva conta de proveitos.
Conta de
D Rendimentos C
Credita pelos
Rendimentos
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quanto a sua natureza de variação, funcionam como as contas do activo e passivo,
respectivamente.
Neste facto patrimonial estão envolvidas duas contas do activo, nomeadamente: a conta
Compras (pela aquisição de mercadorias) e a conta Caixa (pelo desembolso de 50.000,00
para o pagamento de mercadorias, pelo que o lançamento será:
2.1. Compras
50.000,00
1.1Caixa
50.000],00
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