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FONTES
Quanto às fontes não escritas, são, essencialmente, duas: o costume e os usos constitucionais.
O costume forma-se quando a prática repetida de certos atos induz uma determinada coletividade
à crença ou convicção de que esses atos são necessários ou indispensáveis.
Os usos constitucionais compõem enfim, a segunda categoria das fontes não-escritas. Sua
relevância é maior nos países desprovidos de Constituição escrita ou que a possuem em textos
sumários.
CONCEITO
“É o ramo do Direito Público Interno que disciplina a organização do Estado, define e limita a
competência de seus poderes, suas atividades e suas relações com os indivíduos, aos quais atribui
e assegura direitos fundamentais de ordem pessoal e social (MAX LIMONAD, 1952, p. 253 e 254). ”
Por estabelecer, aos demais ramos do direito, as diretrizes gerais a serem seguidas, o Direito
Constitucional acaba tendo uma posição de superioridade com relação aos outros ramos do direito.
É dedicado à análise e interpretação das normas constitucionais.
Tais normas são compreendidas como o ápice da pirâmide normativa de uma ordem jurídica,
consideradas Leis Supremas de um Estado soberano, e tem por função regulamentar e delimitar o
poder estatal, além de garantir os direitos considerados fundamentais.
Ou seja:
O artigo 173 da Constituição Federal, reza o seguinte: “Ressalvados os casos previstos nesta
Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando
necessária dos imperativos da segurança nacional ou o relevante interesse coletivo, conforme
definidos em lei.
OBJETO:
É a CONSTITUIÇÃO POLÍTICA DO ESTADO, cabendo a ele o estudo sistemático das normas que
integram a constituição.
Corresponde à base, ao fundamento de todos os demais ramos do direito; deve haver, portanto,
obediência ao texto constitucional, sob pena de declaração de inconstitucionalidade da espécie
normativa, e consequente retirada do sistema jurídico.
CONSTITUIÇÃO
O que é Constituição?
Um dos conceitos mais usados por grande parte da doutrina é de que se trata de um “conjunto de
normas escritas ou costumeiras, que regem a organização política de um país”.
SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Princípio da Legalidade - Toda atividade pública tem como base a lei, para sua efetiva aplicabilidade.
Atos administrativos ilegais são passíveis de nulidade e responsabilização.
Princípio da Publicidade – Os atos administrativos devem ser amplamente divulgados, para que os
administrados possam, de forma direta, controlar a efetividade das condutas dos órgãos e dos
agentes públicos.
ESPÉCIE DE CONSTITUIÇÃO
Quanto ao conteúdo
Quanto à forma
a-) Escrita: pode ser: sintética (como a Constituição dos Estados Unidos) e analítica
(expansiva, como a Constituição do Brasil). A ciência política recomenda que as constituições sejam
sintéticas e não expansivas como é a brasileira.
b-) Não-escrita: é a constituição cuja normas não constam de um documento único e solene, mas
se baseie principalmente nos costumes, na jurisprudência e em convenções e em textos
constitucionais esparsos.
b-) Histórica: é sempre não escrita e resultante de lenta formação histórica, do lento evoluir das
tradições, dos fatos sócio-políticos, que se cristalizam como normas fundamentais da organização
de determinado Estado. Como exemplo de Constituição não escrita e histórica temos a Constituição
do Reino Unido da Grã Bretanha e da Irlanda do Norte. (ex. Magna Carta datada de 1215. A não
escrita é sempre histórica.
b-) Outorgadas – Geralmente são impostas por uma pessoa ou grupo de pessoas (por um rei,
ditador, etc.).
É aquela em que o processo de positivação decorre de ato de força, são impostas, decorrem do
sistema autoritário. São as elaboradas sem a participação do povo. Ex.: Constituição de 1824, 1937,
1967, 1969.
a-) Imutável: constituições onde se veda qualquer alteração, constituindo-se relíquias históricas –
imutabilidade absoluta.
b-) Rígidas: Constituição que se altera por processo especial (C. Brasileira).
c-) Flexíveis: São alteradas mais facilmente, semelhante à alteração das leis ordinárias.
Praticamente inexiste hierarquia entre a Constituição e a Lei Ordinária (C. do Reino da Itália).
b-) Costumeiras: Espécie de constituição que apresenta como característica sua formação “diária”,
ou seja, com base nos costumes da sociedade. Vai se formando aos poucos, diferentemente da
Constituição do Brasil (C. Inglaterra)
b-) Costumeiras: Espécie de constituição que apresenta como característica sua formação “diária”,
ou seja, com base nos costumes da sociedade. Vai se formando aos poucos, diferentemente da
Constituição do Brasil (C. Inglaterra).
ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO:
Elementos formais de aplicabilidade: são regras que dizem respeito a aplicabilidade de outras
regras (ex. preâmbulo, disposições transitórias).
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
“Habeas Corpus” (corpo livre, ou liberdade para o corpo) (art. 5º, inciso LXVIII) – Ação que protege
o direito de locomoção, sendo utilizado sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Não é
possível seu manejo em punições disciplinares expedidas por órgãos militares.
Mandado de Injunção (art. 5º, inciso LXXI) - Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. É utilizado sempre que
houver lacuna na lei ou falta desta.
Ação Popular (art. 5º, inciso LXXIII) - Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência (veja-se a Lei
4.717/65).
Quando a constituição diz maioria sem adjetivar está se referindo à maioria simples. Portanto,
quando a constituição não estabelecer exceção as deliberações de cada Casa serão tomadas por
maioria simples, desde que o quórum seja de maioria absoluta.
quorum: é o número mínimo de membros que devem estar presentes para que a sessão daquele
órgão possa ser instalada. A Constituição exige que este número seja de maioria absoluta.
PODER CONSTITUINTE
Tem como efeito a formação de um grupo de representantes eleitos pela sociedade com um único
intuito de elaborar, editar, votar e promulgar esta nova Carta Magna aos cidadãos de determinado
Estado. Depois deve ser extinto com seus integrantes voltando para suas atividades anteriores.
a-) Alguns direitos são de todos – universalidade dos direitos – a vida, a propriedade, mas outros se
destinam a grupos determinados e específicos, como os direito dos trabalhadores.
b-) alguns direitos são proclamados e válidos em determinada época, e desaparecem ou são
modificados em outras.
c) inalienabilidade ou indisponibilidade – um direito inalienável não permite que seu titular o torne
impossível de ser exercitado para si mesmo, física ou juridicamente.
Direitos de primeira geração: São os direitos civis e políticos, e compreendem as liberdades clássicas
(liberdade, propriedade, vida, segurança). São direitos do indivíduo perante o Estado, e a doutrina
os classifica como prestações negativas, ou seja, dever de não-fazer erigidos contra o Estado, em
favor do indivíduo.
Direitos de segunda geração - cobram do Estado uma prestação positiva. São os direitos
econômicos, culturais e sociais.
Direitos de terceira geração - São direitos coletivos, como ao meio ambiente, à qualidade de vida
saudável, à autodeterminação dos povos e à defesa do consumidor, da infância e da juventude. São
direitos de titularidade difusa e coletiva, como à paz, a autodeterminação dos povos, ao
desenvolvimento, à qualidade do meio ambiente, à conservação do patrimônio histórico e cultural.
Direitos de quarta geração - São os direitos que surgem e se consolidam ao final do milênio.
Direitos Sociais - A doutrina fixa que os direitos sociais são aqueles cuja importância transcende a
esfera individual do seu detentor.
Garantias fundamentais gerais: Conforme Uadi Lamêgo Bulos, são as que vêm convertidas naquelas
normas constitucionais que proíbem abusos de poder e violação de direitos, limitando a ação do
Poder Público. Aparecem, por exemplo, no princípio de legalidade, no princípio da inafastabilidade
da jurisdição e no princípio do juiz e do promotor natural, no princípio do devido processo legal, no
princípio do contraditório e no princípio da publicidade dos atos processuais. Todos contidos no art.
5º da CF.
Da organização político-administrativa.
A União;
Estados Federados;
O Distrito Federal e Territórios;
Os Municípios.
República e União não são sinônimos. A União é uma pessoa jurídica de Direito Público interno com
capacidade política, que ora se manifesta em nome próprio (como União), ora em nome da
Federação (como República). No âmbito interno, a União é apenas autônoma. A República é que é
soberana. A União é entidade federativa autônoma em relação aos Estados-membros e municípios,
constituindo pessoa jurídica de direito público interno. Não se confunde com o Estado Federal, a
República, pessoa jurídica de direito internacional, formada territorialmente por Estado, pelo
Distrito Federal e pelos Municípios, e juridicamente por esses três mais a União.
Os Estados são pessoas jurídica de direito público interno dotadas de autonomia, com capacidade
de auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração.
Distrito Federal: O Distrito Federal é entidade federal que dispõe de personalidade jurídica de direito
público interno, dotado de autonomia, de poder legislativo com competência cumulativa (Estado e
Município) e de competência tributária também cumulativa. Dispõe de Poder Executivo e de Poder
Legislativo próprios, mas o poder Judiciário é organizado e mantido pela União.
Município: Entidade federativa com personalidade jurídica de direito público interno, dotado de
autonomia, com competência legislativa e tributária. Dispõe apenas de Poder Legislativo e Poder
Executivo.
Compete exclusivamente ao Estado Federal manter relações internacionais, bem como definir a
política de defesa de toda a Federação.
Os Estados Federados dispões de Tribunais, Administração Pública e Forças de Segurança aos quais
incumbe a aplicação e execução da lei no seu território.
O Distrito Federal é um quadrilátero (chamado de Quadrilátero de Cruls) que envolve a Capital que
é Brasília. Brasília não é a capital da União e sim a Capital da República, uma vez que a união não
tem uma dimensão territorial.
O poder Judiciário consiste no conjunto de órgãos estatais que tem por função principal o exercício
da jurisdição. A decisão do Poder Judiciário, após transitado em julgado, não pode mais ser alterada.