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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
PRINCÍPIOS DE FÍSICO-QUÍMICA PARA AS CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
FAR 0031

APONTAMENTOS

PROPRIEDADES COLIGATIVAS

SEÇÃO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As soluções líquidas representam um grande número de preparações


medicamentosas de interesse farmacêutico. Uma solução é uma mistura homogênea,
tanto macroscopicamente como em nível molecular, portanto trata-se de uma dispersão
molecular, onde o solvente corresponde à fase contínua ou fase dispersante, enquanto o
soluto corresponde à fase descontínua ou fase dispersa.

Numa solução a concentração molar de um soluto j (𝑪𝑱 ) expressa a quantidade


dissolvida num volume de solução

𝒏𝒋
[𝑱] = 𝑪𝑱 = (1),
𝑽

𝒏𝒋 = [𝑱]𝑽 (2).

Assumindo que uma solução líquida é composta por dois componentes, um


solvente A e um soluto B, o potencial químico do solvente é representado por

𝝁𝑨 = 𝝁∗𝑨 + 𝑹𝑻 𝐥𝐧 𝜲𝑨 (3),
onde 𝝁𝑨 é o potencial químico da solução, 𝝁∗𝑨 é o potencial químico do solvente puro e
𝜲𝑨 é a fração molar do solvente.

Numa solução, a presença do soluto B contribui para o potencial químico da


solução de acordo com sua proporção nessa mistura; da relação de Gibbs-Duhan
𝒏𝑨
𝒅𝝁𝑨 = 𝝁𝑩 (4),
𝒏𝑩

onde 𝒏𝑨 e 𝒏𝑩 são os números de mols de solvente e soluto, respectivamente,


aumentando a magnitude molar do soluto, o potencial químico do solvente deve
diminuir proporcionalmente.

A velocidade de evaporação do solvente nessa solução é representada por

𝑽𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝑽𝒂𝒑𝒐𝒓𝒊𝒛𝒂çã𝒐 = 𝒌𝜲𝑨 (5),


onde 𝜲𝑨 é a fração molar do solvente e 𝒌 uma constante de vaporização. A velocidade
de condensação, por seu turno, é representada por

𝑽𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝑪𝒐𝒏𝒅𝒆𝒏𝒔𝒂çã𝒐 = 𝒌′ 𝒑𝑨 (6),


onde 𝒌′ é uma constante de condensação e 𝒑𝑨 é a pressão que o solvente exerce na fase
de vapor sobre a superfície do líquido, ou seja, a pressão de vapor do solvente na
solução. Assumindo que no equilíbrio as velocidades de vaporização e de condensação
do solvente se igualam

𝒌
𝒌′ 𝒑𝑨 = 𝒌𝜲𝑨 ∴ 𝒑𝑨 = 𝒌′ 𝜲𝑨 ∴ 𝒑𝑨 = 𝑲𝜲𝑨 (7),

onde 𝑲 é a constante de equilíbrio de evaporação da solução.

Da equação (7) podemos inferir então que ao ser aumentada a


concentração de B (concentração do soluto [B]), a pressão de vapor da solução abaixa
proporcionalmente. Esse fenômeno é denominado abaixamento da pressão de vapor,
que é a primeira das chamadas propriedades coligativas das soluções.

LEI DE RAOULT DAS SOLUÇÕES IDEAIS E LEI DE HENRY

Em soluções diluídas a lei de Raoult estabelece que a pressão de vapor de um


solvente A numa solução é proporcional à sua fração molar na solução e à sua pressão
de vapor quando puro, 𝒑∗𝑨 , na forma

𝒑𝑨 = 𝜲𝑨 𝑷𝟎𝑨 (8);
portanto a pressão de vapor é uma propriedade que mede a tendência de escape que um
solvente tem para passar da fase líquida para a fase de vapor, então a tendência de
escape das moléculas do solvente da fase líquida para a fase de vapor é diretamente
proporcional à fração molar desse solvente.
A lei de Henry, por sua vez, estabelece que a pressão de vapor de um soluto, em
soluções diluídas, é proporcional à sua fração molar na composição

𝒑𝑨 = 𝑲𝜲𝑨 (9),
onde K é a constante de Henry. A lei de Raoult, portanto, é aplicável ao solvente
enquanto a lei de Henry descreve o comportamento do soluto em soluções ideais ou
soluções reais diluídas.

Molecularmente, a presença de moléculas de soluto funciona como uma barreira


material para o deslocamento das moléculas do solvente para sua fase de vapor, portanto
todas as propriedades que dependem dessa tendência de escape serão influenciadas pela
presença de um soluto numa solução.

Quando um soluto não volátil é dissolvido num solvente, a pressão parcial do


solvente sobre a solução é igual à pressão de vapor da solução. Uma vez que a lei de
Raoult estabelece que

𝜲𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 = 𝟏 − 𝜲𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 (10),


a equação (8) torna-se

𝒑𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 − 𝒑𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 = 𝑷𝟎𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 (𝟏 − 𝜲𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 ) (11).

Uma importante conclusão das leis de Raoult e Henry combinadas, portanto, é


que a pressão de vapor de uma solução depende unicamente da fração molar do soluto
dissolvido. A lei de Raoult fundamenta as propriedades coligativas, enquanto a lei de
Henry estabelece os limites de aplicabilidade da lei de Raoult às propriedades
coligativas de uma solução, na medida em que quantidades de soluto são incorporadas a
essa solução.

Infere-se, portanto, que as propriedades coligativas de uma solução são


propriedades que dependem unicamente do número de moléculas de soluto
dissolvidas na solução, e que todas essas propriedades estão relacionadas com a
tendência de escape do solvente da fase líquida para a fase de vapor.

As propriedades coligativas são:

a) Abaixamento da pressão de vapor.


b) Elevação da temperatura de ebulição.
c) Abaixamento da temperatura de congelamento (abaixamento crioscópico).
d) Pressão osmótica.

ABAIXAMENTO DA PRESSÃO DE VAPOR

Da equação (7), assumindo que o abaixamento da pressão de vapor ∆𝒑


corresponde à diferença entre a pressão de vapor do solvente puro (𝑷𝟎𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 ) e a
pressão de vapor da solução (𝒑𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐 ), que é a pressão de vapor observada depois da
dissolução de um soluto não volátil, a relação entre o abaixamento da pressão de vapor e
a fração molar do soluto (𝛸𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 ) é dada por

𝒑∗𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 −𝒑𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐 ∆𝒑
= 𝒑∗ = 𝜲𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 (12).
𝒑∗𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆

A lei de Raoult estabelece que a pressão


Exemplo:
parcial de vapor de um solvente numa solução é
A pressão de vapor da água a 25°C
igual ao produto da pressão de vapor do solvente é 23.76 mmHg. Calcule a pressão

puro pela sua fração molar na solução, de forma de vapor de uma solução contendo
50g de dextrose.
idêntica à equação (8),
𝑃
𝟎 = 𝑃 0 𝑁1
𝑷 = 𝑷 𝜲𝑨 (13),
1000
onde 𝑷𝟎 é a pressão de vapor do solvente puro e − 23.76 × ( 18
1000 50
)
+
18 180
𝜲𝑨 é a sua fração molar. O abaixamento da = 23.64 𝑚𝑚𝐻𝑔
pressão de vapor pode ser expressado em termos
de fração molar de soluto, 𝜲𝑩 , combinando as leis
𝑃 0 − 𝑃 = 23.76 − 23.64
de Raoult e Henry = 0,12 𝑚𝑚𝐻𝑔

𝑷 = 𝑷𝟎 (𝟏 − 𝜲𝑩 ) (14), Alternativamente,

𝑃 0 − 𝑃 = 𝑁2 𝑃 0
Pelo rearranjo das equações (13) em (14), o 50
= 23.76 × ( 180 )
abaixamento da pressão de vapor numa solução 1000 50
+
18 180
de um soluto não volátil é = 0,12 𝑚𝑚𝐻𝑔

𝑷𝟎 − 𝑷 = 𝑷𝟎 𝜲𝑩 (15),
e o abaixamento relativo da pressão de vapor, que permite inferir a fração molar do
soluto, é
𝑷𝟎 −𝑷
= 𝜲𝑩 (16),
𝑷𝟎

ELEVAÇÃO DO PONTO DE EBULIÇÃO

O ponto de ebulição de um solvente é a temperatura na qual a pressão de vapor


do solvente se iguala à pressão atmosférica. Quando um soluto não volátil é dissolvido,
moléculas de solvente na camada de solvatação estão fortemente ligadas às moléculas
de soluto, logo menos moléculas terão energia suficiente para passar para a fase de
vapor, ocasionando abaixamento da pressão de vapor.

Para que a pressão de vapor de uma solução se iguale à pressão atmosférica será
necessário mais energia fornecida à solução como calor, ou seja, a solução deve ser
aquecida até uma temperatura mais alta que a do solvente puro para entrar em ebulição,
o que resulta no aumento da temperatura de ebulição, ou elevação ebulioscópica
(Figura 1).

Figura 1: diagrama de fases de um solvente puro sobreposto pelo diagrama de


fases de uma solução de um solvente não volátil

Baseada na equação de Clausius-Claperyon, a elevação do ponto de


ebulição (𝑻𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐 − 𝑻°𝒃 ) é diretamente proporcional ao abaixamento relativo da pressão
de vapor (∆𝒑), relacionada à molalidade (𝒎) da solução conforme

𝑻𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐 − 𝑻°𝒃 = ∆𝑻𝒃 = 𝑲∆𝒑 = 𝑲𝒆𝒃 𝒎 (17),


em que 𝑲𝒃 é a constante ebulioscópica da solução. 𝑲𝒃 é característica para cada
∆𝑻𝒃
solvente e é obtida experimentalmente medindo-se em várias concentrações molais
𝒎

de soluto.

As expressões em (17) são obtidas a partir da seguinte dedução.


Experimentalmente a razão entre o aumento na temperatura de ebulição (∆𝑻𝒆𝒃 ) e o
abaixamento da pressão de vapor (𝑷𝟎 − 𝑷) em
soluções diluídas tem um valor constante,
Exemplo:
∆𝑻𝒆𝒃
= 𝒌𝟏 (18),
𝑷𝟎 −𝑷 A constante de
que pode ser representada por rearranjo como ebulição da dextrose

∆𝑻𝒆𝒃 = 𝒌𝟏 (𝑷𝟎 − 𝑷) (19). (M=180) é 0,512°C;


calcule a elevação
O abaixamento relativo da pressão de vapor ebulioscópica de uma
𝑷𝟎 −𝑷
( ) é proporcional à elevação na temperatura de solução contendo 50g
𝑷𝟎

ebulição, de dextrose em 1000g


de água.
𝑷𝟎 −𝑷
∆𝑻𝒆𝒃 = 𝒌𝟐 (20),
𝑷𝟎
∆𝑻𝒆𝒃 = 𝑲𝒆𝒃 𝒎
onde 𝒌𝟐 = 𝒌𝟏 𝑷𝟎 . Representando de acordo com a
𝟓𝟎
lei de Raoult, a pressão de vapor relativa = 𝟎, 𝟓𝟏𝟐
𝟏𝟖𝟎
corresponde à fração molar do soluto na solução, = 𝟎, 𝟏𝟒𝟐° 𝑪
portanto

𝒎
∆𝑻𝒆𝒃 = 𝒌𝟐 𝜲𝟐 = 𝟏𝟎𝟎𝟎
(21),
𝒎+( )
𝑴𝟏

onde 𝒎 é a concentração molal do soluto e 𝑴𝟏 é o


peso molecular do solvente. Como em soluções diluídas o número de mols do soluto é
desprezível comparado com o solvente, a equação (7) é melhor representada como

𝟏 𝑴
∆𝑻𝒆𝒃 = 𝒌𝟐 (𝟏𝟎𝟎𝟎 )𝒎 (22).
𝟏 𝑴
O termo 𝒌𝟐 (𝟏𝟎𝟎𝟎 ) corresponde à constante de elevação ebulioscópica molal, 𝑲𝒆𝒃 , que é

característica para cada soluto e seus valores são tabelados; portanto a equação (22)
pode ser representada como

∆𝑻𝒆𝒃 = 𝑲𝒆𝒃 𝒎 (23),


conforme representado em (17)
Numa outra forma, a presença de um soluto numa fração molar 𝜲𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 ,
aumenta a temperatura de ebulição 𝑻𝒆𝒃 na proporção 𝑻° + ∆𝑻, onde 𝑻° é a temperatura
de ebulição do solvente puro. Ao relacionar ∆𝑻 com a fração molar do soluto, 𝜲𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 ,
sabendo que o aumento na temperatura de ebulição é proporcional à fração molar do
soluto, ∆𝑻𝜶 𝜲𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐,

∆𝑻 = 𝑲𝜲𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 (24), Exemplo:

𝑲𝒆𝒃 também pode ser representado em termos de A constante de ebulição da


propriedades termodinâmicas da solução, dextrose (M=180) é 0,512°C;
calcule a elevação
𝑹𝑻𝟐 𝑴 𝟏 ebulioscópica de uma solução
𝑲𝒆𝒃 = (25),
𝟏𝟎𝟎𝟎×∆𝑯𝒗𝒂𝒑 contendo 50g de dextrose em
1000g de água.
onde 𝑹 é a constante dos gases 𝑻 é a temperatura
∆𝑻𝒆𝒃 = 𝑲𝒆𝒃 𝒎
absoluta, 𝑴𝟏 e ∆𝑯𝒗𝒂𝒑 o peso molecular e a
𝟓𝟎
entalpia molar de vaporização do solvente, = 𝟎, 𝟓𝟏𝟐 = 𝟎, 𝟏𝟒𝟐° 𝑪
𝟏𝟖𝟎
respectivamente, ou

𝑹𝑻
𝑲 = ∆𝑯 (26),
𝒗𝒂𝒑

onde ∆𝑯𝒗𝒂𝒑 é a entalpia de vaporização do solvente. Para um dado solvente a equação


(24) assume a mesma forma de (23)

∆𝑻 = 𝑲𝒃 𝒎

A equação (23) permite inferir a concentração de um soluto numa


solução a partir do abaixamento da temperatura de ebulição dessa solução em
comparação com a temperatura de ebulição do solvente puro, 𝑻°𝒃 . É a base da
ebulioscopia.

ABAIXAMENTO DO PONTO DE CONGELAMENTO

O ponto de fusão (ou congelamento) normal de uma substância é a


temperatura na qual as fases sólida e líquida coexistem em equilíbrio na pressão igual a
1,0 atm que numa solução corresponde à temperatura na qual a fase sólida do solvente
puro (o solvente da solução) está em equilíbrio com a solução na fase líquida.
As fases líquida e sólida têm a mesma
Exemplo:
pressão de vapor na temperatura de fusão,
portanto a adição de um soluto abaixará a A entalpia de vaporização da água é
80calg-1. Calcule a constante
pressão de vapor da fase líquida; para que o
crioscópica molal da água.
equilíbrio entre as pressões de vapor das duas
R=1987 calK-1mol-1
fases seja restabelecido é preciso que a
temperatura de fusão baixe. O abaixamento 𝐾𝑓 𝑚
(1987𝑐𝑎𝑙𝑔−1 𝑚𝑜𝑙 −1 )(2732 )(18𝑚)
do ponto de congelamento, ∆𝑻𝑓 , ou =
1000
(80𝑐𝑎𝑙𝑔−1 ) ( )
18
abaixamento crioscópico, é o abaixamento do
𝐾𝑓 𝑚 = 1,86°
ponto de fusão de uma solução em relação ao
solvente puro, causado pela adição de um
soluto não volátil.

O abaixamento do ponto de congelamento (𝑻𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐 − 𝑻°𝒇 ) também é obtido a


partir da equação de Clausius Claperyon de forma análoga à elevação do ponto de
ebulição

𝑻𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐 − 𝑻°𝒇 = ∆𝑻𝒇 = 𝑲∆𝒑 = 𝑲𝒇 𝒎

𝑻𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐 − 𝑻°𝒇 = 𝑲𝒇 𝒎 (27).

A constante molal de abaixamento crioscópico, 𝑲𝑓 , é característica de cada


solvente e está relacionada com ∆𝑻𝒇 através das
propriedades termodinâmicas da solução,
Exemplo:

𝑹𝑻𝟐𝒇𝒖𝒔 𝒎
𝑲𝒇 𝒎 = 𝟏𝟎𝟎𝟎
(28), Com o resultado do exemplo
∆𝑯𝒇𝒖𝒔 ( )
𝑴𝟏 anterior, calcule o abaixamento
crioscópico de uma solução
onde 𝑹 é a constante dos gases, m é a
contendo 50g de dextrose em
concentração molal da solução, 𝑻𝒇𝒖𝒔 , 𝑴𝟏 , e 1000g de água.
∆𝑯𝒇𝒖𝒔 são a temperatura de fusão, o peso
50
∆𝑇𝑓 = 𝐾𝑓 𝑚 = 1.86 ( )
molecular, e a entalpia molar de vaporização do 1000
= 0,52°𝐶
solvente, respectivamente.

A constante crioscópica molal, 𝑲𝒇 , é


considerada como a expressão do abaixamento criscópico de uma solução ideal 1,0m.
∆𝑻 ∆𝑻
Na prática 𝑲𝒇 é o limite de , ou seja, ao plotar contra 𝒎, 𝐾𝑓 é o coeficiente linear
𝒎 𝒎

da reta, o valor numérico da constante numa diluição infinita.

PRESSÃO OSMÓTICA

A osmose o transporte de um solvente através de uma membrana


semipermeável a partir de uma solução menos concentrada em soluto para uma solução
mais concentrada em soluto, resultando numa coluna de pressão hidrostática do lado em
que está a solução mais concentrada que é proporcional à diferença de pressão de vapor
observada sobre os dois líquidos.

Este é um processo espontâneo cuja força motriz é o alto potencial


químico do soluto no lado em que se encontra em maior concentração. Portanto para
cessar a difusão deve-se aplicar uma pressão em oposição a ela, que deve ser idêntica à
coluna de pressão hidrostática desenvolvida devido à osmose, e essa pressão
corresponde à pressão osmótica (∏). Numa solução ideal ∏ é diretamente proporcional
à concentração do soluto (Figura 2).

Figura 2: Representação esquemática da pressão osmótica: em (1), correspondente ao tempo


t=0, os volumes nos 2 compartimentos do tubo U são iguais e a tendência é que o solvente flua
espontaneamente do compartimento da solução mais diluída até o sistema atingir o equilíbrio
(2), onde a diferença de pressão sobre os dois compartimentos (∆𝒑) corresponderá à pressão
osmótica da solução.

Fonte: http://www.mundoeducacao.com/quimica/pressao-osmotica.htm, acesso em 13/4/2015

A osmose tende a equalizar a tendência de escape das moléculas de


solvente (pressão de vapor) em ambos os lados da membrana semipermeável, e uma vez
que a pressão de vapor é uma propriedade coligativa, a pressão osmótica também será
uma propriedade coligativa. Do ponto de vista termodinâmico, a relação entre a pressão
osmótica e a pressão de vapor é de uma solução dada por:

𝑹𝑻 𝑷𝟎 𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆
𝝅= 𝒍𝒏 (29),
𝑽𝑴
𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑷𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐

onde R é a constante dos gases, T é a temperatura, 𝑽𝑴


𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 é o volume molar parcial

do solvente, e ∏ é a pressão osmótica desenvolvida quando uma solução com pressão


de vapor 𝑷𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐 é separada de um solvente com pressão de vapor 𝑷𝟎𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 através de
uma membrana semipermeável. Aplicando a lei de Raoult à equação (29), teremos:

𝑹𝑻 𝑹𝑻
𝝅 = − 𝑽𝑴 𝒍𝒏(𝟏 − 𝑿𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 ) ≅ 𝑽𝑴 𝑿𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 (30).
𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆

Numa solução diluída, 𝑋𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 é aproximadamente igual à razão molar entre


𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
soluto e solvente, 𝑛 , portanto
𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒

𝒏𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 𝒏𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐
𝝅= 𝑴
𝑹𝑻 =
𝒏𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑽𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑽𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐

𝝅 = 𝒎𝑹𝑻 (30),
onde m é a molalidade da solução. A equação (30) é conhecida como Equação de
Morse; ela demonstra que a pressão osmótica é uma propriedade diretamente
proporcional ao número de partículas dissolvidas, independente da natureza do soluto.

O conceito de Morse foi refinado por van't Hoff que estabeleceu que a
pressão osmótica é diretamente proporcional à concentração do soluto e a temperatura,
de forma análoga à equação dos gases ideais, de tal forma que ∏ seria a pressão que um
soluto exerceria se se comportasse como um gás ocupando certo volume,

𝝅 = 𝒏𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 𝑹𝑻 (31).

𝒏𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐
𝝅= 𝑹𝑻 ∴
𝑽𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐

𝝅 = 𝒄𝑹𝑻 (32).
A equação de van't Hoff (32) diz que a pressão osmótica é diretamente
proporcional à concentração molar da solução e à temperatura em que a solução se
encontra.

As propriedades coligativas dependem apenas da quantidade de espécies


dissolvidas, independente de sua natureza química. Entretanto deve-se ter um cuidado
especial com eletrólitos, espécies químicas que, em maior ou menor extensão, se
dissociam em meio aquoso.

A quantidade de espécies dissolvidas na solução é a soma das espécies não


dissociadas e dos íons formados a partir da dissociação. Tomemos como exemplo a
sacarose e o cloreto de potássio: a sacarose é um não eletrólito, portanto não dissocia em
meio aquoso; já o KCl encontra-se 60% dissociado em meio aquoso. Consideremos
agora que temos 100 moléculas de sacarose e 100 moléculas de KCl, cada espécie em
seu próprio béquer contendo exatamente o mesmo volume de água:

𝟏𝟎𝟎 𝑺𝑨𝑪𝑨𝑹𝑶𝑺𝑬(𝑺) + 𝑯𝟐 𝑶 = 𝟏𝟎𝟎 𝑺𝑨𝑪𝑨𝑹𝑶𝑺𝑬(𝑨𝒒) → 𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒑é𝒄𝒊𝒆𝒔 𝒅𝒊𝒔𝒔𝒐𝒍𝒗𝒊𝒅𝒂𝒔 = 𝟏𝟎𝟎

𝟏𝟎𝟎 𝑲𝑪𝒍(𝑺) + 𝑯𝟐 𝑶 = 𝟔𝟎 𝑲+ (𝑨𝒒) + 𝟔𝟎 𝑪𝒍− (𝑨𝒒) + 𝟒𝟎 𝑲𝑪𝒍(𝑨𝒒) → 𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒑é𝒄𝒊𝒆𝒔 𝒅𝒊𝒔𝒔𝒐𝒍𝒗𝒊𝒅𝒂𝒔 = 𝟏𝟔𝟎

A espécie dissociada aumentou em 60% a quantidade de espécies dissolvidas.


As soluções de eletrólitos exercem uma pressão osmótica maior do que as de não
eletrólitos porque, ao ionizar-se, cada íon do eletrólito atua como uma partícula
individual, portanto exerce sua própria pressão osmótica Experimentalmente as
propriedades coligativas de soluções diluídas de não eletrólitos são expressas
adequadamente pela equação (32); entretanto para soluções de eletrólitos fortes os
valores de pressão osmótica foram duas ou até três vezes maiores, dependendo do
eletrólito, e tais desvios mostraram uma relação estreita com os desvios da lei de Raoult
para soluções de eletrólitos. Essas observações levaram a van't Hoff propor uma
modificação para sua equação da pressão osmótica, na seguinte forma:

𝝅 = 𝒊𝒄𝑹𝑻 (33),
onde i corresponde ao fator de correção para o desvio da lei de Raoult para soluções
concentradas de eletrólitos e de não eletrólitos.

Apoiando-se na teoria da dissociação de eletrólitos proposta por Arrhenius, o


fator i corresponderia aproximadamente ao número de íons gerados na dissolução do
eletrólito numa solução diluída. Por exemplo, uma solução 0,1M de NaCl geraria dois
íons, portanto teria uma pressão osmótica duas
vezes maior que uma solução de sacarose; uma
solução 0,1M de CaCl teria uma pressão Exemplo

osmótica três vezes a de uma 0,1M de sacarose, A constante crioscópica da água


e assim por diante. 𝑲𝒇 é 1.86°C. qual será o
abaixamento crioscópico de uma
solução 0,1m de um não
O fator de correção de van't Hoff permite eletrólito e de uma solução 0,1m
de NaCl, assumindo que 𝑖𝑁𝑎𝐶𝑙 =
que todas as propriedades coligativas de todos os
2
solutos possam ser expressas nas formas:
a) Não eletrólito

𝝅 = 𝒊𝑹𝑻𝒎 (34), ∆𝑻𝒇 = 𝒊𝑲𝒇 𝒎

∆𝑷 = 𝒊𝑷𝟎𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒎 (35), ∆𝑻𝒇 = 𝟏. 𝟖𝟔 × 𝟎, 𝟏 = 𝟎, 𝟏𝟖𝟔° 𝑪

b) NaCl
∆𝑻𝒇 = 𝒊𝑲𝒇 𝒎 (36),
∆𝑻𝒇 = 𝟐 × 𝟏. 𝟖𝟔 × 𝟎, 𝟏 = 𝟎, 𝟑𝟕𝟐° 𝑪

∆𝑻𝒃 = 𝒊𝑲𝒃 𝒎 (37).

As equações (35 - 37) representam, respectivamente, o abaixamento da pressão


de vapor, o abaixamento da temperatura de congelamento e a elevação do ponto de
0
ebulição provocada pela adição de um soluto, onde 𝑃𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒 corresponde à pressão de
vapor do solvente puro, 𝐾𝑓 é a constante crioscópica e 𝐾𝑏 a constante ebulioscópica do
soluto e 𝒊 é o fator de Van´t Hoff que corresponde a 𝒊 = 𝟏 em soluções de não
eletrólitos e 𝒊 > 𝟏 em soluções de eletrólitos.

Nas soluções de eletrólitos i=2 para NaCl, i=3 para CaCl2, i=4 para FeCl3 e
assim por diante, conforme o número de íons gerados numa dissociação completa. Ou
seja, em diluição infinita, para eletrólitos uni-univalentes (tipo NaCl), i=2; para
eletrólitos uni-divalentes (K2SO4), i=3, e assim por diante. No caso de fármacos todas as
moléculas que não se dissociam o valor de i é unitário. Dados mais precisos de fatores
de correção para fármacos dissociáveis são fornecidos em tabelas específicas (Tabela 1).
Tabela1: Número de íons, fator de dissociação (i) e peso molecular (M.W.) de alguns
fármacos.

FONTE: REDDY E KAHN

Apesar da pressão osmótica ser baseada em aspectos termodinâmicos, a


velocidade com que a pressão osmótica se estabelece (como alcança o estado de
equilíbrio) é de natureza cinética, portanto depende extensamente das propriedades da
membrana semipermeável. A membrana da mucosa ocular ou de um eritrócito são
extremamente delgadas e contém muita água em seu meio, o que permite uma difusão
muito rápida de solvente gerando uma enorme pressão osmótica local, que pode causar
desde desconforto até morte celular.

Os fluidos corporais apresentam uma grande diversidade de solutos dissolvidos,


tais como eletrólitos e proteínas, e as membranas biológicas são semi permeáveis em
sua quase totalidade. Os solutos dissolvidos, portanto, exercem uma grande pressão
osmótica sobre os diversos compartimentos no organismo, e por conseguinte a pressão
osmótica, tem um significado clínico muito importante.

Experimentalmente, quando uma amostra de hemácias é posta em contato com


uma solução de NaCl 0,9% m/V (massa/volume), as células permanecem intactas, uma
vez que a solução é isotônica com o meio intracelular; entretanto as hemácias murcham
numa solução a 1,8% m/V porque a solução tem uma pressão osmótica maior que o
meio intracelular, logo a água sairá espontaneamente da hemácia para o meio
extracelular, cujo potencial químico de solutos é maior.

As hemácias intumescem até a lise quando numa solução a 0,45% m/V porque o
meio intracelular tem uma pressão osmótica maior que o meio extracelular, portanto a
água entra na hemácia espontaneamente até que ocorra o equilíbrio entre as pressões
intra e extracelular ou até que a célula se rompa, ou seja, a hemólise celular. A
introdução de uma solução farmacêutica terá o mesmo efeito sobre as células do
organismo devido à sua pressão osmótica.

As células biológicas apresentam diferentes permeabilidades frente a diferentes


solutos. Para evitar confusão devido a essas diferenças, foi introduzido o temo
isotonização. Uma solução é dita isotônica quando é isoosmótica, ou seja, tem a mesma
pressão osmótica do conteúdo celular, através de uma membrana específica, e ao
mesmo tempo mantém o tônus dessa membrana, ou seja, nenhum movimento de
solvente através da membrana.

Assim, as soluções hipertônicas ou hipotônicas em relação aos tecidos tendem a


causar irritação nesses tecidos, refletidas, por exemplo, pela dor ou ardor em olhos,
ouvidos, nariz, etc. Em casos extremos, pode haver lesão tecidual e necrose de tecidos.
As soluções isotônicas, por sua vez, não causam nenhum desconforto.

A tonicidade é um fator crítico na formulação de soluções de uso farmacêutico.


Muitas soluções farmacêuticas são formuladas para emprego por via por via parenteral,
por exemplo injeções intramusculares, subcutâneas e endovenosas; ou ainda em
mucosas delicadas como olhos, nariz e ouvido. Soluções não isotônicas podem causar
dor, irritação local ou mesmo necrose tecidual portanto, os cuidados para isotonização
dessas soluções são indispensáveis, especialmente com as soluções hipotônicas.
SEÇÃO II: EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO PRÁTICA - CÁLCULOS
ENVOLVENDO ISOTONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES FARMACÊUTICAS

I. CÁLCULOS DO FATOR DE DISSOCIAÇÃO (i)


1) Qual o fator de dissociação do cloreto de sódio 80% dissociado em água?
2) Qual o fator de dissociação do cloreto de zinco 80% dissociado em água?
II. EQUIVALENTE EM CLORETO DE SÓDIO (E) PARA FÁRMACOS
1) Calcule o equivalente em cloreto de sódio de uma solução a 1% de nitrato de
pilocarpina.
Dados para o nitrato de pilocarpina
Peso molecular: 271
i: 1.8
2) Calcule o equivalente em cloreto de sódio de uma solução a 1% de cloreto de zinco.
Dados para o cloreto de zinco
Peso molecular: 136
i: 2.6
III. AJUSTE DE ISOTONICIDADE PELO MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA
EM CLORETO DE SÓDIO
1) Isotonizar a seguinte prescrição

2) Encontre a quantidade de Cloreto de Sódio para compor a seguinte prescrição


3) Encontre a quantidade de Cloreto de Sódio para compor a seguinte prescrição

IV. AJUSTE DE ISOTONICIDADE COM OUTROS AGENTES


ISOTONIZANTES
1) Calcule a quantidade de ácido bórico para isotonizar a seguinte prescrição

2) Quantos gramas de dextrose devem ser usados para compor a prescrição abaixo?

V. AJUSTE DE ISOTONICIDADE PELO MÉTODO CRIOSCÓPICO


1) Uma solução de NaCl a 1% tem um abaixamento crioscópico de 0,576°C. Qual
a concentração percentual de uma solução isotônica de NaCl?
2) Componha a seguinte prescrição

VI. CÁLCULO DE VOLUME DE SOLUÇÃO ISO OSMÓTICA


Dispondo de solução salina como veículo, há duas formas simples de efetuar
cálculos para obter soluções iso-osmóticas com os fluidos corporais, o método
de White-Vincent e o método U.S.P.
MÉTODO DE WHITE-VINCENT
As equações usadas são
a) Formulação contendo 1 fármaco:
𝑽 = 𝑬 × 𝛚 × 𝟏𝟏𝟏, 𝟏
b) Formulação contendo mais de 1 fármaco:
𝑽 = [𝑬𝟏 × 𝛚𝟏 ] × [𝑬𝟐 × 𝛚𝟐 ] × … × [𝑬𝒏 × 𝛚𝒏 ] × 𝟏𝟏𝟏, 𝟏
onde 𝑽 é o volume a ser preparado a partir da quantidade de fármaco na
prescrição, 𝑬 - 𝑬𝒏 , os equivalente em cloreto de sódio dos fármacos, 𝛚 - 𝛚𝒏 as
massas, em grama, dos fármacos. Note que esta fórmula permite calcular um
volume qualquer obtido a partir da massa do fármaco pedida na prescrição. O
volume que faltar deve ser completada com solução salina a 0,9% até o volume
final pedido.
1) Torne a solução isotônica com o fluido lacrimal pelo método de White-Vincent.

Dados:
60mL
Massa do cloridrato de procaína na prescrição, 𝛚 = ( ) × 1g = 𝟎, 𝟔𝒈
100mL

E do cloridrato de procaína = 0,21


Estratégia:
a) Calcule o volume de solução a ser preparado
𝑉 = 𝐸 × ω × 111,1
𝑉 = 0,21 × 0,6 × 111,1 = 𝟏𝟒𝐦𝐋
b) Encontre a quantidade de solução salina a 0,9% para preparar a solução
60mL − 14mL = 𝟒𝟔𝐦𝐋
c) Descreva
Dissolver 0,6g de cloridrato de procaína em água estéril, completando o
volume para obter 14mL de solução. Juntar a essa solução, 46mL de solução
salina a 0,9%.
2) Isotonize a solução abaixo pelo método de White-Vincent.

MÉTODO U.S.P.
Este é o método proposto pela Farmacopéia dos Estados Unidos da América, é
um método rápido para ajuste de tonicidade de soluções oftálmicas.
1) Descreva a isotonização de uma solução oftálmica de sulfato de atropina 1%,
baseando-se no método U.S.P.
Dados:
massa de sulfato de atropina: 1g
Estratégia:
a) Calcule o volume de solução iso-osmótica a ser preparado com a massa de de
sulfato de atropina (1g)
0,074
𝑉=( ) × 100 = 𝟏𝟒, 𝟐𝟑𝐦𝐋
0,52
b) Descreva
Dissolver 1,0g de sulfato de atropina em água estéril, completando o volume
para obter 14,23mL de solução. Juntar a essa solução, solução salina a 0,9% até
obter 100mL de solução.
ANEXO: TABELA DE EQUIVALENTES EM NaCl E ∆tf1%
BIBLIOGRAFIA

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Edition. New York: W. H. Freeman and Company, 2006.

FILHO, O. F. Introdução aos Conceitos e Cálculos de Química Analítica 2: Equilíbrio


Ácido Base e Aplicações em Química Analítica Quantitativa. São Carlos: Editora
UFSCAR, 2013.

MARTIN, A. Physical Pharmacy - Physical Chemical Principles in the Pharmaceutical


Sciences, 4TH Edition. Baltimore: Williams & Wilkins, 1993.

MIRANDA-PINTO, C. O. B.; SOUZA, E. Manual de Trabalhos Práticos de Físico-


Química. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.

PARROTT, E. L. Pharmaceutical Technology – Fundamental Pharmaceutics.


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REDDY, I. K.; KHAN, M. A. Essential Math and Calculations for Pharmacy


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