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APONTAMENTOS
PROPRIEDADES COLIGATIVAS
𝒏𝒋
[𝑱] = 𝑪𝑱 = (1),
𝑽
𝒏𝒋 = [𝑱]𝑽 (2).
𝝁𝑨 = 𝝁∗𝑨 + 𝑹𝑻 𝐥𝐧 𝜲𝑨 (3),
onde 𝝁𝑨 é o potencial químico da solução, 𝝁∗𝑨 é o potencial químico do solvente puro e
𝜲𝑨 é a fração molar do solvente.
𝒌
𝒌′ 𝒑𝑨 = 𝒌𝜲𝑨 ∴ 𝒑𝑨 = 𝒌′ 𝜲𝑨 ∴ 𝒑𝑨 = 𝑲𝜲𝑨 (7),
𝒑𝑨 = 𝜲𝑨 𝑷𝟎𝑨 (8);
portanto a pressão de vapor é uma propriedade que mede a tendência de escape que um
solvente tem para passar da fase líquida para a fase de vapor, então a tendência de
escape das moléculas do solvente da fase líquida para a fase de vapor é diretamente
proporcional à fração molar desse solvente.
A lei de Henry, por sua vez, estabelece que a pressão de vapor de um soluto, em
soluções diluídas, é proporcional à sua fração molar na composição
𝒑𝑨 = 𝑲𝜲𝑨 (9),
onde K é a constante de Henry. A lei de Raoult, portanto, é aplicável ao solvente
enquanto a lei de Henry descreve o comportamento do soluto em soluções ideais ou
soluções reais diluídas.
𝒑∗𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 −𝒑𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐 ∆𝒑
= 𝒑∗ = 𝜲𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 (12).
𝒑∗𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆
puro pela sua fração molar na solução, de forma de vapor de uma solução contendo
50g de dextrose.
idêntica à equação (8),
𝑃
𝟎 = 𝑃 0 𝑁1
𝑷 = 𝑷 𝜲𝑨 (13),
1000
onde 𝑷𝟎 é a pressão de vapor do solvente puro e − 23.76 × ( 18
1000 50
)
+
18 180
𝜲𝑨 é a sua fração molar. O abaixamento da = 23.64 𝑚𝑚𝐻𝑔
pressão de vapor pode ser expressado em termos
de fração molar de soluto, 𝜲𝑩 , combinando as leis
𝑃 0 − 𝑃 = 23.76 − 23.64
de Raoult e Henry = 0,12 𝑚𝑚𝐻𝑔
𝑷 = 𝑷𝟎 (𝟏 − 𝜲𝑩 ) (14), Alternativamente,
𝑃 0 − 𝑃 = 𝑁2 𝑃 0
Pelo rearranjo das equações (13) em (14), o 50
= 23.76 × ( 180 )
abaixamento da pressão de vapor numa solução 1000 50
+
18 180
de um soluto não volátil é = 0,12 𝑚𝑚𝐻𝑔
𝑷𝟎 − 𝑷 = 𝑷𝟎 𝜲𝑩 (15),
e o abaixamento relativo da pressão de vapor, que permite inferir a fração molar do
soluto, é
𝑷𝟎 −𝑷
= 𝜲𝑩 (16),
𝑷𝟎
Para que a pressão de vapor de uma solução se iguale à pressão atmosférica será
necessário mais energia fornecida à solução como calor, ou seja, a solução deve ser
aquecida até uma temperatura mais alta que a do solvente puro para entrar em ebulição,
o que resulta no aumento da temperatura de ebulição, ou elevação ebulioscópica
(Figura 1).
de soluto.
𝒎
∆𝑻𝒆𝒃 = 𝒌𝟐 𝜲𝟐 = 𝟏𝟎𝟎𝟎
(21),
𝒎+( )
𝑴𝟏
𝟏 𝑴
∆𝑻𝒆𝒃 = 𝒌𝟐 (𝟏𝟎𝟎𝟎 )𝒎 (22).
𝟏 𝑴
O termo 𝒌𝟐 (𝟏𝟎𝟎𝟎 ) corresponde à constante de elevação ebulioscópica molal, 𝑲𝒆𝒃 , que é
característica para cada soluto e seus valores são tabelados; portanto a equação (22)
pode ser representada como
𝑹𝑻
𝑲 = ∆𝑯 (26),
𝒗𝒂𝒑
∆𝑻 = 𝑲𝒃 𝒎
𝑹𝑻𝟐𝒇𝒖𝒔 𝒎
𝑲𝒇 𝒎 = 𝟏𝟎𝟎𝟎
(28), Com o resultado do exemplo
∆𝑯𝒇𝒖𝒔 ( )
𝑴𝟏 anterior, calcule o abaixamento
crioscópico de uma solução
onde 𝑹 é a constante dos gases, m é a
contendo 50g de dextrose em
concentração molal da solução, 𝑻𝒇𝒖𝒔 , 𝑴𝟏 , e 1000g de água.
∆𝑯𝒇𝒖𝒔 são a temperatura de fusão, o peso
50
∆𝑇𝑓 = 𝐾𝑓 𝑚 = 1.86 ( )
molecular, e a entalpia molar de vaporização do 1000
= 0,52°𝐶
solvente, respectivamente.
PRESSÃO OSMÓTICA
𝑹𝑻 𝑷𝟎 𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆
𝝅= 𝒍𝒏 (29),
𝑽𝑴
𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑷𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐
𝑹𝑻 𝑹𝑻
𝝅 = − 𝑽𝑴 𝒍𝒏(𝟏 − 𝑿𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 ) ≅ 𝑽𝑴 𝑿𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 (30).
𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆
𝒏𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 𝒏𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐
𝝅= 𝑴
𝑹𝑻 =
𝒏𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑽𝒔𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑽𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐
𝝅 = 𝒎𝑹𝑻 (30),
onde m é a molalidade da solução. A equação (30) é conhecida como Equação de
Morse; ela demonstra que a pressão osmótica é uma propriedade diretamente
proporcional ao número de partículas dissolvidas, independente da natureza do soluto.
O conceito de Morse foi refinado por van't Hoff que estabeleceu que a
pressão osmótica é diretamente proporcional à concentração do soluto e a temperatura,
de forma análoga à equação dos gases ideais, de tal forma que ∏ seria a pressão que um
soluto exerceria se se comportasse como um gás ocupando certo volume,
𝝅 = 𝒏𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐 𝑹𝑻 (31).
𝒏𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐
𝝅= 𝑹𝑻 ∴
𝑽𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐
𝝅 = 𝒄𝑹𝑻 (32).
A equação de van't Hoff (32) diz que a pressão osmótica é diretamente
proporcional à concentração molar da solução e à temperatura em que a solução se
encontra.
𝟏𝟎𝟎 𝑲𝑪𝒍(𝑺) + 𝑯𝟐 𝑶 = 𝟔𝟎 𝑲+ (𝑨𝒒) + 𝟔𝟎 𝑪𝒍− (𝑨𝒒) + 𝟒𝟎 𝑲𝑪𝒍(𝑨𝒒) → 𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒑é𝒄𝒊𝒆𝒔 𝒅𝒊𝒔𝒔𝒐𝒍𝒗𝒊𝒅𝒂𝒔 = 𝟏𝟔𝟎
𝝅 = 𝒊𝒄𝑹𝑻 (33),
onde i corresponde ao fator de correção para o desvio da lei de Raoult para soluções
concentradas de eletrólitos e de não eletrólitos.
b) NaCl
∆𝑻𝒇 = 𝒊𝑲𝒇 𝒎 (36),
∆𝑻𝒇 = 𝟐 × 𝟏. 𝟖𝟔 × 𝟎, 𝟏 = 𝟎, 𝟑𝟕𝟐° 𝑪
Nas soluções de eletrólitos i=2 para NaCl, i=3 para CaCl2, i=4 para FeCl3 e
assim por diante, conforme o número de íons gerados numa dissociação completa. Ou
seja, em diluição infinita, para eletrólitos uni-univalentes (tipo NaCl), i=2; para
eletrólitos uni-divalentes (K2SO4), i=3, e assim por diante. No caso de fármacos todas as
moléculas que não se dissociam o valor de i é unitário. Dados mais precisos de fatores
de correção para fármacos dissociáveis são fornecidos em tabelas específicas (Tabela 1).
Tabela1: Número de íons, fator de dissociação (i) e peso molecular (M.W.) de alguns
fármacos.
As hemácias intumescem até a lise quando numa solução a 0,45% m/V porque o
meio intracelular tem uma pressão osmótica maior que o meio extracelular, portanto a
água entra na hemácia espontaneamente até que ocorra o equilíbrio entre as pressões
intra e extracelular ou até que a célula se rompa, ou seja, a hemólise celular. A
introdução de uma solução farmacêutica terá o mesmo efeito sobre as células do
organismo devido à sua pressão osmótica.
2) Quantos gramas de dextrose devem ser usados para compor a prescrição abaixo?
Dados:
60mL
Massa do cloridrato de procaína na prescrição, 𝛚 = ( ) × 1g = 𝟎, 𝟔𝒈
100mL
MÉTODO U.S.P.
Este é o método proposto pela Farmacopéia dos Estados Unidos da América, é
um método rápido para ajuste de tonicidade de soluções oftálmicas.
1) Descreva a isotonização de uma solução oftálmica de sulfato de atropina 1%,
baseando-se no método U.S.P.
Dados:
massa de sulfato de atropina: 1g
Estratégia:
a) Calcule o volume de solução iso-osmótica a ser preparado com a massa de de
sulfato de atropina (1g)
0,074
𝑉=( ) × 100 = 𝟏𝟒, 𝟐𝟑𝐦𝐋
0,52
b) Descreva
Dissolver 1,0g de sulfato de atropina em água estéril, completando o volume
para obter 14,23mL de solução. Juntar a essa solução, solução salina a 0,9% até
obter 100mL de solução.
ANEXO: TABELA DE EQUIVALENTES EM NaCl E ∆tf1%
BIBLIOGRAFIA