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All content following this page was uploaded by Daniel Ramos Louzada on 16 August 2018.
Resumo
As instituições de ensino superior (IES) têm um papel preponderante no desenvolvimento
sustentável e devem ser elas próprias modelos de sustentabilidade para a sociedade. Nessa
perspectiva, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) criou em 2009 sua
Agenda Ambiental, com o objetivo de instituir um conjunto de práticas que permitam e
estimulem a sustentabilidade e a qualidade de vida socioambiental no Campus universitário,
tendo como base os princípios humanitários, científicos e éticos. O objetivo deste trabalho é
propor um conjunto de indicadores a serem considerados pela PUC-Rio para monitorar e avaliar
os resultados das ações do Eixo Temático ‘Água’ de sua Agenda Ambiental, com o emprego de
métodos multicritério de apoio à decisão. Para tanto, compararam-se os resultados da aplicação
de dois métodos – ELECTRE TRI e AHP-TOPSIS. Pode concluir que houve um razoável grau
de convergência dos resultados obtidos pela aplicação de dois métodos distintos, o que conferiu
maior objetividade e confiança ao processo decisório de hierarquização e posterior seleção das
alternativas de indicadores ambientais referentes às ações do referido Eixo Temático da Agenda
Ambiental da PUC-Rio.
1. Introdução
A avaliação da sustentabilidade em IES vem sendo conduzida com o suporte de várias
ferramentas baseadas em indicadores específicos, gerados com base em estruturas conceituais
consistentes, como é o caso da Global Reporting Initiative (GRI, 2011), cuja estrutura de
indicadores foi adaptada por Lozano (2006) para as IES. Existem outras ferramentas utilizadas
por instituições de ensino superior, como os exemplos do ‘Campus Sustainability Assessment
Framework’, proposto por Cole (2003), o ‘The College Sustainability Report Car’, desenhado
para avaliar IES americanas e canadenses, e do ‘UI Green Metric World University Ranking.
Lançada em 2009, a Agenda Ambiental PUC-Rio, reúne a visão de sustentabilidade de um grupo
multidisciplinar de professores e alunos e coordenada pelo Núcleo Interdisciplinar de Meio
Ambiente (NIMA) da PUC-Rio.
No final de 2011, a PUC-Rio foi classificada como a instituição de ensino do Brasil que mais
trabalha pensando no meio ambiente, de acordo com o ‘UI Green Metric World University
Ranking’. A PUC-Rio foi a única universidade brasileira a melhorar seu desempenho de
sustentabilidade e obter o primeiro lugar entre as quatro participantes do país. As demais
instituições brasileiras foram a Universidade de São Paulo - USP (80° lugar), a Universidade
Federal de São Paulo (142° lugar) e a Universidade Federal de Pernambuco (150° lugar). Na
avaliação geral, a Universidade aparece na 68ª posição do ranking mundial e esse resultado foi
considerado excelente, pelo aumento de universidades participantes no ano de 2011.
Dada a existência de uma política de sustentabilidade na PUC-Rio (retratada na agenda ambiental
dessa instituição), a qual estabelece metas de curto à médio e longo prazos visando preservar e
1
reduzir o impacto de suas operações no campus relacionados aos aspectos ambientais, verifica-se
a necessidade de mensuração e monitoração das mesmas.
Diante desse cenário, e de posse de um sistema de indicadores capaz de avaliar os resultados das
ações implementadas no âmbito da Agenda Ambiental da PUC-Rio, propõe-se selecionar
métricas de desempenho, de forma coerente, e baseada nos métodos multicritério de apoio à
decisão. Será apresentado neste artigo uma abordagem de seleção das melhores alternativas de
indicadores, utilizando-se dois métodos multicritério de apoio à decisão - ELECTRE TRI -
ELimination Et Choix Traduisant la REalité TRIagem e TOPSIS - Technique for Order
Preference by Similarity to Ideal Solution, verificando a convergência ou divergência de
priorização dos resultados ao se utilizar essas ferramentas.
2. Referencial teórico
No relatório “Nosso Futuro Comum”, define-se desenvolvimento sustentável como “o
atendimento das necessidades atuais, sem prejudicar a possibilidade de gerações futuras
atenderem suas necessidades” (WCED, 1987). Verifica-se uma extrapolação do conceito
histórico de desenvolvimento sustentável, até então ligado apenas à conservação ambiental, para
uma visão incluindo também temas sociais, considerados indissociáveis (MARCONDES 2008;
DUARTE, 2013).
Para responder aos desafios da sustentabilidade em instituições de ensino superior, muitos
conjuntos de indicadores que visam mensurar avanços em sustentabilidade foram propostos e
vem sendo amplamente adotados. Esses indicadores variam em relação a uma série de fatores,
como nível de detalhamento e abrangência de temas, de forma que é possível afirmar que variam
quanto ao grau em que são capazes de mensurar a sustentabilidade das corporações (LOUETTE,
2007).
Um processo, segundo o Guia PMBOK (2004), é um “conjunto de ações e atividades inter-
relacionadas realizadas para obter um conjunto pré-especificado de produtos, resultados ou
serviços”. Nesse sentido, o processo de desenvolvimento de indicadores de desempenho pode ser
compreendido como a soma de atividades inter-relacionadas que convergem para as fases de
concepção, definição, seleção e validação.
A fase de seleção dos indicadores de desempenho, para compor o sistema de mensuração da
agenda ambiental da PUC-Rio, pode ser representada conforme o fluxograma representado na
figura 1.
O processo compreende sete etapas, como mostra a figura 1. Nas duas primeiras etapas, avaliam-
se as diretrizes da Agenda e classificam-se os tipos de indicadores, segundo uma matriz de
avaliação qualitativa. Os indicadores-chave (ICH) expressam o conceito ou dimensão mais
relevante das diretrizes propostas na Agenda Ambiental da PUC-Rio para o eixo temático em
foco. Todas as iniciativas multidisciplinares e com a abrangência similar à da agenda ambiental
PUC-Rio devem possuir, pelo menos, uma medida desse tipo.
Os ICH permitem que os gestores monitorem e avaliem os resultados da Agenda, sem se perder
entre as centenas de relatórios e dados. Definem-se ainda os indicadores complementares (ICO),
que expressam o conceito mais relevante, para as demais dimensões inseridas nos objetivos,
assim como os indicadores específicos (IES), que expressam as necessidades próprias de
determinadas partes interessadas nos resultados da agenda ou outras especificidades quaisquer
inerentes ao conceito a ser medido.
2
Definiram-se na terceira etapa os critérios de seleção dos indicadores, a saber: representatividade;
continuidade; rastreabilidade; temporalidade; comparabilidade; clareza e simplicidade e
equilíbrio.
Conforme demonstrado na figura 1, a fase de seleção compreendeu o mapeamento dos
indicadores candidatos e uma análise de trade-off com suporte de métodos multicritério de apoio
à decisão.
Há vários métodos que buscam propiciar a avaliação das alternativas que estão sendo
consideradas no problema de decisão, buscando incorporar o julgamento de valor dos decisores
envolvidos. Segundo Almeida (2011), a aplicação de qualquer método multicritério pressupõe
que sejam estabelecidos os objetivos que os decisores pretendem alcançar, por meio da
representação desses múltiplos objetivos pelo uso de múltiplos critérios ou atributos.
Classificam-se os métodos em três grandes grupos ou famílias de abordagens que se referem aos
princípios de modelagem de preferência. Pode-se distinguir a abordagem do critério único de
síntese, a abordagem de sobreclassificação e a do julgamento interativo (ROY, 1985; VINCKE,
1992).
Em relação aos métodos de hierarquização, merecem destaque os métodos ELECTRE e TOPSIS.
(FIGUEIRA et al., 2005; BRANS & MARESCHAL, 2005).
Assim, os métodos considerados para hierarquização e seleção dos indicadores para monitorar e
avaliar os resultados da Agenda Ambiental foram o ELECTRE TRI e AHP-TOPSIS, por
atenderem ao problema de decisão objeto deste trabalho.
Faz-se necessário destacar também a classificação que foi feita previamente para os critérios,
utilizando-se o Regulamento (CE) nº 761/2001 do Parlamento Europeu e da Recomendação
da Comissão Europeia notificada com o número C(2003) 2253, que estabeleceram os três
primeiros (representatividade - j1, continuidade - j2 e rastreabilidade - j3) como critérios
eliminatórios e os demais (temporalidade - j4, comparabilidade - j5, clareza e simplicidade - j6
e equilíbrio - j7) como critérios classificatórios. O quadro 2 apresenta os critérios e suas
descrições.
3
Quadro 1 - Indicadores candidatos da Agenda Ambiental da PUC-Rio: eixo temático Água
Ref. Indicadores (Alternativas) Métrica
a1 Consumo total de água, por fonte.
3
m por fonte
a2 Recursos hídricos afetados de forma significativa pelo consumo de água. m3 afetados
a3 Quantidade de água reciclada e reutilizada. % m3 %
a4 Descarga total de água, por qualidade e destino. m3/ano
4
possibilidade de hesitação ou incerteza de um avaliador afirmar que uma alternativa é, de fato,
pelo menos tão boa quanto uma outra (Costa, 2007).
Segundo Roy e Słowiński (2013), deve-se realizar a escolha deste método quando:
Espera-se obter uma categorização no resultado esperado;
A escala de desempenho do problema tem as propriedades necessárias para uma
aplicação deste método;
É difícil, mas possível, obter as informações que o método exige;
A imprecisão, incerteza ou indeterminação são características do problema;
Há interação entre os critérios.
Neste método, escalas qualitativas e quantitativas podem ser utilizadas e ele e é basicamente
composto por duas fases: definição dos parâmetros para que o algoritmo seja executado e os
cálculos (execução do algoritmo).
Na fase 1 do ELECTRE TRI é realizada a definição de parâmetros. Estes são compostos por:
Conjunto de alternativas (𝒂𝟏, 𝒂𝟐, …, 𝒂𝒏), que representam os objetos de estudo que serão
alocadas em categorias - neste trabalho são os 7 indicadores candidatos;
Conjunto de critérios (𝒋𝟏, 𝒋𝟐, …, 𝒋𝒎), que são os parâmetros a serem analisados para a
avaliação das alternativas (neste trabalho os 7 critérios de avaliação);
Escala para os valores de entrada e avaliações para as alternativas: forma pela qual as
alternativas e as fronteiras dos grupos serão definidas, sendo dadas no formato 𝑔j (𝑎) e 𝑔j
(𝑏h), respectivamente;
Conjunto de pesos para os critérios (𝒘𝟏, 𝒘𝟐, …, 𝒘𝒋): sendo 𝑤i a importância relativa de cada
critério;
Conjunto de categorias ordenadas (𝑪𝟏, 𝑪𝟐, …, 𝑪h+1): sendo 𝑪𝟏 a melhor categoria e 𝑪h+1 a
pior.
Conjunto de fronteiras para as categorias (𝒃𝟏, 𝒃𝟐, …, 𝑏h): como este método trabalha com
categorias ordenadas, a fronteira 𝑏h representa a fronteira superior da categoria 𝐶h+1 e a
fronteira inferior da categoria 𝐶h.
Limites de preferência (p): evitam uma passagem brusca de um cenário de preferência estrita
para a indiferença. Eles são definidos para cada critério individualmente.
Limites de indiferença (q): os limites de indiferença determinam os limites de performance
de duas alternativas para os quais é aceita a indiferença entre elas, sendo também definidos
para cada critério individualmente.
Conjunto de limiares de veto (): os limiares de veto representam a menor diferença entre o
desempenho dos critérios que vai contra a afirmação de que a alternativa classifica a
fronteira (definidos individualmente para cada critério).
Na fase 2 do ELECTRE TRI, é realizado os cálculos para que se identifiquem em qual categoria
as alternativas devem ser alocadas.
Foram estabelecidos 4 índices básicos: concordância individual, concordância global,
discordância individual, e credibilidade (σ) da afirmação de que a alternativa sobreclassifica a
fronteira (Greco et al., 2005). Esses índices são descritos pelas equações 1 a 4, respectivamente.
∑n
j=1 wj x cj (a,bh )
C(a,bh) = ∑n
(2)
j=1 wj
5
Sendo 𝑤j o peso, calculados, a priori, pelo método AHP (Analytic Hierarchy Process), do
critério j.
1 − dj (a,bh )
(a,bh) = C(a,bh) x ∏j∈F 1−C(a,bh )
(4)
Onde:
F ={𝑗 ∈ 𝐹: 𝑑𝑗 (𝑎, 𝑏ℎ ) > 𝐶 (𝑎, 𝑏ℎ )} (5)
No caso do ELECTRE TRI, deve-se ainda que estabelecer o nível de corte ().
Nível de corte (𝝀): pertence ao intervalo [0,5;1] e indica o menor grau de credibilidade 𝜎 =
(𝑎,𝑏) que permite afirmar que a alternativa sobre classifica a fronteira. Segundo Mousseau
et al. (2000), sendo 𝑏h-1 e 𝑏h as fronteiras inferior e superior, respectivamente, de uma
categoria 𝐶h, quando 𝜆=1 tem-se duas situações. Na pessimista (ou conjuntiva), uma
alternativa só pode ser alocada em 𝐶h se cada avaliação da alternativa em relação aos
critérios for superior a cada avaliação da fronteira (𝑏h-1) também em relação aos critérios. Já
na otimista (ou disjuntiva), a alternativa pode ser alocada na categoria 𝐶h quando a
avaliação do perfil (𝑏h) supera a avaliação da alternativa em pelo menos um critério. Assim,
deve-se fazer a avaliação de que a alternativa não sobreclassifica a fronteira e de que a
fronteira sobreclassifica a alternativa. Assim, deve-se obter os índices de credibilidade 𝜎(𝑎,
𝑏h) e 𝜎(𝑏h, 𝑎) que podem ser comparados com o nível de corte (𝜆). Os resultados dessas
comparações podem gerar quatro situações distintas, segundo Greco et al. (2005):
A alocação das alternativas na categoria à qual pertence não é resultado imediato das relações de
sobreclassificação. Sendo assim, uma fase de avaliação dessas relações é necessária. O objetivo
dessa fase é analisar o comportamento da alternativa em relação às fronteiras das categorias.
Para uma análise desse comportamento, dois procedimentos de alocação são sugeridos (Greco et
al., 2005):
No procedimento pessimista (ou conjuntivo), a alternativa é alocada em uma categoria quando
a avaliação em cada critério é, pelo menos tão boa quanto a fronteira de baixo da categoria.
No procedimento otimista (ou disjuntivo), a alternativa é alocada em uma categoria para a
qual a avaliação em ao menos um critério é, pelo menos, tão boa quanto a fronteira de baixo
da categoria.
O estabelecimento dos níveis de corte, juntamente com os pesos relativos para cada critério, são
fatores cruciais para a definição das relações de sobre classificação e posterior avaliação da
categoria, que consiste no subconjunto de alternativas que não sobre classifica nenhuma outra
alternativa também integrante dessa categoria. Obrigatoriamente, para toda alternativa não
6
pertencente a uma determinada categoria, existe uma alternativa pertencente a esta categoria que
a supera.
(6)
O problema deve atender as seguintes condições:
a1, a2, ..., am são alternativas viáveis, neste caso os indicadores candidatos;
c1, c2, ..., cn são os critérios, os sete critérios da tabela 2;
Assim, Xij indica o desempenho da alternativa aij segundo o critério cj.
Cálculo da matriz normalizada, utilizando normalização linear ou por vetor. A matriz D é
normalizada para cada critério cj conforme a equação 7:
𝑋𝑖𝑗
𝑝𝑖𝑗 = 𝑀𝐴𝑋 𝑥𝑖
(7)
(8)
Cálculo da matriz com os respectivos pesos de cada critério, definidos previamente pelo
método AHP. Assim, cada critério j vai ter um peso, obtendo-se assim, o vetor dos pesos
(9).
(9)
Calculam-se os valores normalizados pelos pesos, conforme a seguinte equação 10.
(10)
7
obtendo-se a seguinte matriz de decisão normalizada pelos pesos de cada critério Dnp. Esta
matriz, representada em (11), mostra o desempenho relativo das alternativas.
(11)
Identificação da PIS e da NIS, ou seja, identificamos as soluções ideais positivas (A+ =
PIS) e as soluções ideais negativas (A- = NIS), conforme as equações 12.
(12)
+ -
Cálculo das distâncias euclidianas entre ai e a e entre ai e a , de cada alternativa, pelas
equações 13:
(13)
Cálculo da similaridade relativa (i) para cada alternativa ai em relação à posição ideal
positiva e posição ideal negativa, conforme equação 14.
(14)
Finalizando, define-se a hierarquização entre as alternativas e as classificamos de acordo com a
similaridade relativa (ranking). As melhores alternativas são aquelas que têm os maiores valores
de similaridades relativas (i), devendo ser escolhidas por estarem mais próximas da solução
ideal positiva.
8
indicadores específico (IES)), consideramos três categorias, assim definidas: 𝑪𝟏 -
essencial (ICH); 𝑪2 - relevante (ICO); 𝑪3 – baixa importância.
Conjunto de fronteiras para as categorias: Os conjuntos de fronteiras para as categorias
são as pseudo alternativas com as quais as alternativas reais serão comparadas. Como
neste trabalho se tem 3 categorias, então observa-se duas fronteiras (b1 e b2). Conforme
descrito em Yu (1992) e em Mousseau et al. (1995), as fronteiras das categorias
(classes) são definidas por limites inferiores e superiores. A tabela 1 ilustra as
categorias consideradas no presente trabalho.
Avaliação de cada alternativa foi realizada para um nível de corte λ=0,85, e pode ser
observada na tabela 3.
9
a3 5 5 5 3 4 4 4
a4 5 4 5 3 4 4 4
a5 5 4 4 3 4 3 5
a6 5 5 5 3 5 4 3
a7 3 3 4 3 4 4 2
Valor máximo 5 5 5 3 5 5 5
Em seguida a matriz de decisão D foi normalizada, gerando-se Dn. Com os pesos obtidos pelo
AHP, foi possível determinar a matriz de decisão normalizada pelos pesos de cada critério
Dnp. A partir desses resultados, foi possível calcular as soluções positivas ideais e as soluções
negativas ideais e as respectivas distâncias euclidianas para todas as alternativas.
A hierarquização final entre as alternativas de indicadores pode ser observada na tabela 5.
10
6. Conclusão
Com base nos resultados apresentados na seção anterior, os gestores que coordenam a Agenda
Ambiental da PUC-Rio puderam efetivar a sua decisão com maior conhecimento sobre o
problema (seleção de indicadores de monitoramento e avaliação dos resultados da Agenda)
por meio das modelagens realizadas para o eixo temático Água.
Os resultados obtidos apontaram que não houve uma concordância plena de que uma
alternativa seja superior em relação às demais. Esta análise comparativa dos resultados da
aplicação dos dois métodos agregou maior segurança à escolha dos indicadores pelos gestores
da Agenda, em função dos seguintes aspectos: (i) maior robustez à decisão, por
considerar as hierarquizações das alternativas resultantes da aplicação de diferentes
métodos multicritério, com um razoável grau de convergência de resultados; (ii)
melhoria da avaliação de diretrizes da Agenda e definição dos indicadores candidatos;
e (iii) melhor compreensão das relações de preferência e dominância entre as
alternativas de indicadores candidatos.
Referências Bibliográficas
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SAATY, Thomas L.; Vargas, Luis G.; Models, Methods, Concepts & Application of the
Analytic Hierarchic Process; Kluwer Academic Publishers, 2001.
SAATY, Thomas L.; Decision Making with Dependence and Feedback - The Analytic
Network Process; RWS Publications, 2001.
YU, W. ELECTRE TRI Aspects Methodologiques et Guide d’Utilisation. Document Du
Lamsade. France: Université Paris – Dauphine,1992.
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ID: fatima.ludovico@puc-rio.br
Senha: metrologia2018
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