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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA


CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO ESPÍRITO SANTO
GERÊNCIA DE APOIO AO ENSINO
COORDENADORIA DE RECURSOS DIDÁTICOS

INTRODUÇÃO AO ARCEDITOR 9.X


E À ANÁLISE ESPACIAL

COORDENADORIA DE GEOMÁTICA
Sumário
1. Introdução ao ArcGIS Desktop 9.x.................................................................................................10
1.1 Principais Fontes de Dados e Formatos de Arquivo................................................................12
1.2 Conceitos Básicos do ArcGIS Desktop 9.x.............................................................................13
1.3 Objetivos..................................................................................................................................14
1.4 Dados Necessários...................................................................................................................15
1.5 Procedimentos..........................................................................................................................16
1.5.1 Navegação pelo Mapa......................................................................................................18
1.5.2 Alteração da Legenda.......................................................................................................21
1.5.3 Consultas por Atributo e Manipulação de Tabelas..........................................................23
1.5.3.1 Exercícios.................................................................................................................26
1.5.4 Relacionamentos Espaciais..............................................................................................27
1.5.4.1 Exercícios.................................................................................................................29
1.5.5 Sistemas de Projeção........................................................................................................29
1.5.6 Confecção de um Layout..................................................................................................31
1.6 Exercícios.................................................................................................................................33
1.7 Referências...............................................................................................................................33
2. Análise de Proximidade Vetorial....................................................................................................34
2.1 Objetivo...................................................................................................................................34
2.2 Dados Necessários ..................................................................................................................34
2.3 O Problema..............................................................................................................................34
2.4 Procedimentos..........................................................................................................................35
2.4.1 Carregando a base de dados necessária............................................................................35
2.4.2 Definindo um sistema de projeção para o Data Frame....................................................36
2.4.3 Transformação de coordenadas geográficas em coordenadas UTM................................37
2.4.4 Executando a união espacial............................................................................................39
2.4.5 Identificando as sedes municipais atendidas....................................................................41
2.4.6 Criando um novo PI com as feições selecionadas............................................................41
2.4.7 Calculando a população dos municípios na área de cobertura ........................................42
2.4.8 Traçando buffers para as torres de telefonia celular.........................................................47
2.5 Exercícios.................................................................................................................................50
3. Sobreposição de Mapas Vetoriais ..................................................................................................52
3.1 Objetivos..................................................................................................................................52
3.2 Dados Necessários...................................................................................................................53
3.3 Procedimentos..........................................................................................................................54
3.3.1 Cálculo do valor unitário (R$/m2) de cada lote...............................................................54
3.3.2 Sobreposição vetorial dos mapas.....................................................................................56
3.4 Exercício..................................................................................................................................65
3.4.1 Objetivo............................................................................................................................65
3.4.2 Fatores a serem considerados...........................................................................................65
3.4.3 Material............................................................................................................................65
3.4.4 Resultados esperados.......................................................................................................66
3.4.5 Bibliografia......................................................................................................................66

2
4. Intercâmbio de dados entre o AutoCAD Map e o ArcGIS.............................................................67
4.1 Objetivos..................................................................................................................................68
4.2 Dados Necessários...................................................................................................................68
4.3 Procedimentos..........................................................................................................................69
4.3.1 Codificação de feições a partir de layer de texto..............................................................75
4.4 Exercícos..................................................................................................................................78
5. Introdução aos Dados Matriciais (Raster)......................................................................................79
5.1 Objetivos..................................................................................................................................79
5.2 Dados Necessários...................................................................................................................79
5.3 Procedimentos..........................................................................................................................80
5.3 Exercícios.................................................................................................................................92
6. Escoamento Superficial e Características Morfométricas de uma Bacia Hidrográfica..................93
6.1 Objetivos..................................................................................................................................94
6.2 Dados Necessários...................................................................................................................95
6.3 Procedimentos..........................................................................................................................95
6.3.1 Criação do Modelo Digital de Elevação no formato TIN................................................95
6.3.2 Criação do Modelo Digital de Elevação no formato raster..............................................98
6.3.2 Determinação das Direções de Escoamento Superficial................................................101
6.3.3 Determinação das áreas de contribuição e da rede de drenagem...................................105
6.3.4 Determinação das áreas de contribuição para pontos de foz..........................................106
6.3.4 Cálculo dos parâmetros morfométricos da microbacia..................................................108
6.3.5 Georreferenciamento de uma imagem CBERS..............................................................109
6.4 Exercícios...............................................................................................................................109
7. Determinação da Altura Máxima de Edificações sob a Zona de Proteção do Aeródromo de
Vitória-ES.........................................................................................................................................110
7.1 Objetivos................................................................................................................................115
7.2 Dados Necessários.................................................................................................................115
7.3 Procedimentos........................................................................................................................116
8. Rótulos Dinâmicos e Anotações...................................................................................................130
8.1 Objetivos................................................................................................................................131
8.2 Dados Necessários.................................................................................................................131
8.3 Procedimentos........................................................................................................................131
8.3.1 Uso de rótulos dinâmicos...............................................................................................131
8.3.1.1 Uso combinado de mais de um campo...................................................................132
8.3.1.2 Uso de comandos condicionais..............................................................................133
8.3.1.3 Agrupamento de feições em classes.......................................................................133
8.3.2 Escala de referência........................................................................................................134
8.3.3 Uso de anotações armazenadas em arquivos mxd.........................................................135
8.3.4 Uso de anotações armazenadas em geodatabases..........................................................138
8.3.4.1 Criação do Personal Geodatabase..........................................................................138
8.3.4.2 Importação do plano de informação para o geodatabase........................................139
8.3.4.3 Criação do plano de informação do tipo annottation..............................................139
8.3.4.4 Conversão dos rótulos para anotações....................................................................141
8.3.5 Importação de textos armazenados em CADs................................................................142
9. Aplicações em redes de sistemas viários......................................................................................144
9.1 Objetivos................................................................................................................................144
9.2 Dados Necessários.................................................................................................................145
9.3 Procedimentos........................................................................................................................145
9.3.1 Otimização de rotas........................................................................................................146

3
9.3.2 Acessibilidade a pontos de ônibus.................................................................................151
9.3.3 Localização de equipamentos ou serviços mais próximos.............................................154
9.4 Exercícios...............................................................................................................................156
9.5 Bibliografia............................................................................................................................156
10. Estruturação de redes no ArcGIS................................................................................................157
10.1 Objetivos..............................................................................................................................160
10.2 Dados Necessários...............................................................................................................160
10.3 Procedimentos......................................................................................................................160
10.3.1 Divisão dos logradouros em trechos............................................................................160
10.3.2 Criação dos campos de impedância e de sentidos de tráfego.......................................160
10.3.3 Criação do plano de informação para modelar as conversões proibidas......................161
10.3.4 Criação do Network Dataset........................................................................................161
10.3.5 Criação das conversões proibidas................................................................................162
10.4 Exercícios.............................................................................................................................162
About flipping lines.....................................................................................................................162
How to flip lines..........................................................................................................................163
11. Projeto e Implementação de um Banco de Dados Geográficos..................................................164
11.1 Objetivos..............................................................................................................................165
11.2 Dados Necessários...............................................................................................................165
11.3 Procedimentos......................................................................................................................165
11.3.1 Modelo Conceitual de Dados (MCD)..........................................................................165
11.3.2 Modelo Lógico de Dados (MLD).................................................................................166
11.3.3 Implementação no PostgreSQL/PostGIS.....................................................................166
11.3.4 Implementação no MSAccess (Personal Geodatabase/ESRI)......................................166
11.3.5 Implementação no SQLServer/ArcSDE.......................................................................169
11.4 Exercícios.............................................................................................................................169
11.5 Referências...........................................................................................................................173
1. TÍTULO........................................................................................................................................175
1.1 Objetivos................................................................................................................................175
1.2 Dados Necessários.................................................................................................................175
1.3 Procedimentos........................................................................................................................175
1.4 Exercícios...............................................................................................................................175
APÊNDICE......................................................................................................................................176
GLOSSÁRIO DO ARCGIS.........................................................................................................176
ORGANIZAÇÃO DE MODELOS PARA MAPAS...................................................................176
MIGRANDO DA VERSÃO 3.X PARA A VERSÃO 9.X.........................................................177
POSSÍVEIS EXERCICIOS/PRÁTICAS..........................................................................................182
APRIMORAMENTOS.....................................................................................................................183
DÚVIDAS........................................................................................................................................183

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Lista de Figuras
Figura 1. Pacote de aplicativos da ESRI.............................................................................................10
Figura 2. Pacote de aplicativos da ESRI e sua relação com fontes de dados.....................................11
Figura 3. Acesso aos comandos de alteração do modo de visualização da área de trabalho. ...........13
Figura 4. Tela inicial do ArcMap.......................................................................................................16
Figura 5. Interface principal do ArcMap............................................................................................17
Figura 6...............................................................................................................................................18
Figura 7. Janelas Magnifier e Overview.............................................................................................21
Figura 8. Tabela de atributos associada ao plano de informação sedemunicipal1.............................23
Figura 9. Comandos para colunas.......................................................................................................24
Figura 10. Resumo estatístico e distribuição de frequência do campo TOTHM69............................24
Figura 11. Construção de consultas por atributo................................................................................25
Figura 12. Seleção de feições com base em relacionamentos espaciais.............................................28
Figura 13. A atribuição dos sistemas de referëncia e de projeção ao Data Frame..............................37
Figura 14. Projeção de mapas no ArcToolbox...................................................................................38
Figura 15. Configuração para projeção do shapefile municipios.......................................................38
Figura 16 Configurações para realizar a união espacial.....................................................................40
Figura 17. Seleção das sedes atendidas pela antena mais próxima....................................................41
Figura 18. Criação de um novo Shapefile com as feições selecionadas.............................................42
Figura 19. Junção das tabelas Sedes_OK e Municipios_UTM..........................................................43
Figura 20. Cálculo da população atendida por cada antena................................................................44
Figura 21. Conclusão do resumo .......................................................................................................44
Figura 22. Junção das tabelas Antenas e Pop_Ant.............................................................................45
Figura 23. Criação do campo Pop_2000.............................................................................................46
Figura 24. Aviso sobre a edição de tabelas fora de uma sessão de edição.........................................46
Figura 25. Atribuição de valores entre campos..................................................................................47
Figura 26. Caixa de diálogo padrão para o traçado de Buffers...........................................................48
Figura 27. Tela inicial do Assistente para traçado de Buffers............................................................49
Figura 28. Especificação dos parâmetros para criação dos buffers....................................................49
Figura 29. Parâmetros finais dos buffers............................................................................................50
Figura 30. Criação do campo VAL_UNIT.........................................................................................55
Figura 31. Cálculo do valor unitário (R$/m2) de cada lote................................................................55
Figura 32. Interseção entre os layers Lotes e Inund............................................................................56
Figura 33. Sobreposição dos layers Lotes e Inund..............................................................................57
Figura 34. Um exemplo de multi-feições...........................................................................................58
Figura 35. Lotes que serão "explodidos"............................................................................................59
Figura 36. Cálculo da área dos polígonos...........................................................................................60
Figura 37. Fragmentos dos lotes atingidos pela inundação................................................................61
Figura 38. Totalização dos campos AREA e Perda............................................................................63
Figura 39. União da tabela Tot-Lot-Inund à tabela LOTES. .............................................................64
Figura 40. Os dois modos de inserção de um arquivo CAD..............................................................69
Figura 41. Layer sem referência espacial. Os dados não poderão ser projetados...............................69
Figura 42. Controle de visibilidade dos layers do arquivo Talhos.dwg.............................................70
Figura 43. Tipos de geometria reconhecidas pelo ArcMap................................................................71
Figura 44. Tabela de contéudo (TOC)................................................................................................71
Figura 45. Exportação do layer com os eixos de estradas..................................................................72
Figura 46. Adição do layer exportado ao Data Frame ativo...............................................................72
5
Figura 47. Exportação do layer Represas...........................................................................................73
Figura 48. Escolha do local, do nome do arquivo e do formato de exportação..................................74
Figura 49. Configurações para exportar a topologia dos talhões........................................................74
Figura 50. Incorporação dos ID's aos talhões.....................................................................................75
Figura 51. Criação da coluna IDTalhao..............................................................................................76
Figura 52. Junção entre as tabelas TalhoesID.dbf e Talhoes.dbf........................................................77
Figura 53. Lista de extensões disponíveis..........................................................................................80
Figura 54. Configuração do diretório de trabalho, dos limites e da resolução dos grids a serem
criados.................................................................................................................................................81
Figura 55. Conversão entre formatos..................................................................................................82
Figura 56. Propriedades associadas a um layer no formato matricial.................................................84
Figura 57. Criação de superfície de distância.....................................................................................84
Figura 58. Superfície de distâncias gerada a partir da sede da fábrica...............................................85
Figura 59. Caixa de diálogo Raster Calculator...................................................................................86
Figura 60. O grid Area1......................................................................................................................87
Figura 61. Exemplo do comando Region Group................................................................................88
Figura 62. Comando Region Group....................................................................................................88
Figura 63. Conversão do formato matricial para o vetorial................................................................90
Figura 64. Representações matricial e vetorial do polígono cujo GRIDCODE é 36.........................90
Figura 65. Microbacia do Ribeirão do Firme.....................................................................................96
Figura 66. Carregamento das extensões.............................................................................................96
Figura 67. Comando para a modelagem de superfícies usando a representação TIN........................97
Figura 68. Parâmetros do comando Topo to Raster.........................................................................100
Figura 69. Criação das curvas de nível a partir do MDE no formato matricial................................101
Figura 70. Criação do mapa com as direções de escoamento...........................................................103
Figura 71. Criação do mapa com os azimutes correspondentes aos valores de direções de
escoamento.......................................................................................................................................104
Figura 72. Criação de pontos para cada centro de pixel...................................................................104
Figura 73. Criação da rede de drenagem..........................................................................................106
Figura 74. Determinação das áreas de contribuição de pontos de foz..............................................107
Figura 75. Delimitação das áreas de contribuição para pontos de foz..............................................107
Figura 76. Cálculo dos parâmetros morfométricos...........................................................................108
Figura 77. Gabaritos da Pista 05/23..................................................................................................113
Figura 78. Alguns dos gabaritos da pista 05/23 e parte dos lotes atingidos.....................................114
Figura 79. Caixa de diálogo com as extensões disponíveis..............................................................117
Figura 80. Comando para a modelagem de superfícies usando a representação TIN......................118
Figura 81. Caixa de diálogo usada para criar MNT's TIN................................................................118
Figura 82. TIN criado a partir das curvas de nível e pontos cotados. Detalhe em destaque.............120
Figura 83. Valores associados ao MDE TINTerreno........................................................................120
Figura 84. Conversão de feições bi para tri-dimensionais................................................................121
Figura 85. Criação do layer tri-dimensional VLTerreno3D.............................................................122
Figura 86. Exemplo de consulta aos valores de Z............................................................................128
Figura 87: Configuração dos rótulos (labels)...................................................................................132
Figura 88: Criação das anotações.....................................................................................................136
Figura 89: Annotation Goups associados ao data frame..................................................................137
Figura 90: As propriedades de um grupo de anotações....................................................................137
Figura 91: Barra de ferramentas com diversos comandos para criação e alteração de anotações....138
Figura 92: Importação de plano de informação................................................................................139
Figura 93: Criação de um plano de informação para armazenar anotações.....................................140

6
Figura 94: Classe Anno_2_3............................................................................................................140
Figura 95: Relacionamento entre os planos de informação Bairros e Ano_Bairros.........................141
Figura 96: Conversão dos rótulos em anotações armazenadas em geodatabases.............................142
Figura 97: PI Ano_Bairros................................................................................................................142
Figura 98: Convenções gráficas........................................................................................................145
Figura 99: Barra de ferramentas do Network Analyst......................................................................146
Figura 100: Layers para os pontos de parada, barreiras e rotas calculadas.......................................146
Figura 101: Janela Network Analyst window..................................................................................147
Figura 102: Indicação dos pontos de partida (1) e de chegada (2)...................................................147
Figura 103: Configurações para cálculo da rota...............................................................................148
Figura 104: Itinerário da rota............................................................................................................148
Figura 105: Resultado do processamento.........................................................................................149
Figura 106: Rota. que considera os sentidos de tráfego e as conversões proibidas..........................150
Figura 107: Itinerário da segunda rota..............................................................................................150
Figura 108: Layers utilizados na criação de áreas de serviço...........................................................151
Figura 109: Configurações para o cálculo das áreas de influência...................................................152
Figura 110: Resultado do cálculo das áreas de influência................................................................153
Figura 111: Parâmetros de configuração utilizados no cálculo dos pontos de ônibus mais próximos...
155
Figura 112: Itinerário do ponto de partida até os três pontos de ônibus mais próximos..................155
Figura 113: As três rotas que foram calculadas................................................................................156
Figura 114: Conversões possíveis em uma junção de três arcos (ESRI)..........................................158
Figura 115: Exemplo de conversão que envolve mais de dois arcos (ESRI)...................................158
Figura 116: Legenda configurada a partir das propriedades de simbologia do network dataset ....162
Figura 117: Criação de um personal geodatabase............................................................................167
Figura 118: Feature Dataset..............................................................................................................168
Figura 119: Importação de planos de informação para o geodatabase.............................................168
Figura 120 Modelos disponíveis para construção de um novo mapa...............................................177

7
Lista de Quadros
Quadro 1. Ícones representativos das principais fontes de dados e formatos de arquivo utilizados no
ArcGIS................................................................................................................................................12
Quadro 2. Dados a serem utilizados na prática 1................................................................................15
Quadro 3. Descrição dos comandos da barra de ferramentas Tools...................................................19
Quadro 4. Descrição geral dos planos de informação a serem utilizados nesta prática......................53
Quadro 5: Avaliação de acessibilidade. Adaptado de Ferraz e Torres (2004)..................................152
Quadro 6: Campos padronizados utilizados no ArcGIS...................................................................161
Quadro 7. Resumo dos principais comandos, em ambas as versões do ArcView............................181

8
PREFÁCIO
O objetivo desta apostila é o de dar suporte ao conteúdo prático da disciplina de Sistema de
Informações Geográficas, ministrada para os cursos Técnico em Geomática, Técnico em
Transportes e Tecnólogo em Saneamento Ambiental. Embora sejam áreas distintas, sempre haverá
uma convergência para o uso de SIGs quando o problema a ser tratado demandar o uso de mapas.
Ao longo das diversas aulas práticas que compõem esta apostila procurou-se explorar
algumas das aplicações dos SIGs.
A escolha dos softwares de SIG produzidos pela empresa ESRI se deve, entre outros fatores:
liderança de mercado; base instalada, o que facilita a inserção dos alunos no mercado de trabalho;
interface amigável, favorecendo a aprendizagem de alunos iniciantes.

Prof. Wellington D. Guimarães


Coordenadoria de Geomática

9
Preparado por: Prof. Wellington D. Guimarães. Versão 1.0

1. Introdução ao ArcGIS Desktop 9.x


O software ArcEditor foi desenvolvido pela empresa Environmental Systems Research
Institute (ESRI), e faz parte de um pacote denominado sistema ArcGISTM, que é um SIG formado
por três componentes principais, conforme indicam as figuras1 e 2:
➢ ArcGIS Desktop – conjunto de softwares voltados à produção de mapas e à análise de dados
espaciais. São utilizados como software cliente em sistemas mono ou multi-usuário (num
ambiente de intranet ou internet). Disponível em três versões: ArcView, ArcEditor ou ArcInfo.
O CEFETES possui as versões ArcView e ArcEditor. Importante ressaltar que a interface é a
mesma, independente da versão. O que muda é o incremento de funcionalidade entre a versão
mais simples – ArcView, e a mais completa – ArcInfo.
➢ ArcSDETM – software que faz a interface entre o ArcGIS Desktop e um SGBD (Sistema
Gerenciador de Banco de Dados), permitindo que dados espaciais sejam armazenados em
SGBDs comerciais (Oracle, Microsoft SQL Server, IBM® DB2®, Informix®). A
funcionalidade do software cliente dependerá da versão: ArcView, ArcEditor ou ArcInfo.
Necessário em sistemas multi-usuário. O CEFETES também possui uma cópia deste software.
➢ ArcIMSR – software que permite distribuir dados espaciais na Internet.

Figura 1. Pacote de aplicativos da ESRI.

10
Figura 2. Pacote de aplicativos da ESRI e sua relação com fontes de dados.

O ArcGIS Desktop compõem-se de cinco softwares principais: ArcMap, ArcCatalog,


ArcGlobe, ArcScene e ArcReader.
ArcMap – ambiente para interação com mapas. Permite produzir e consultar mapas, realizar
sua edição e também análises espaciais.
ArcCatalog - aplicativo utilizado para organizar e gerenciar dados geográficos – por
exemplo, associar um sistema de referência a uma fonte de dados. Possui ferramentas para
manutenção de metadados. Nele também é possível visualizar os documentos Map.
ArcGlobe – aplicativo usado para criar animações que façam uso do globo terrestre.
ArcScene – software usado na criação de animações em geral, como vôos virtuais sobre
modelos digitais de elevação (MDE's).
ArcReader – software gratuito disponibilizado pela ESRI que possui recursos básicos de
visualização e exploração de mapas.
Também merece destaque a barra de ferramentas ArcToolBox, que agrupa um conjunto de
funções para processamento de dados espaciais. Por exemplo: exportação e importação de dados de
outros formatos; gerenciamento de sistemas de projeção; operações de sobreposição de mapas;
traçado de buffers; geocodificação; álgebra de mapas; interpolação de superfícies; modelagem
hidrológica, etc. A funcionalidade disponível estará limitada de acordo com o pacote adquirido
(ArcView, ArcEditor ou ArcInfo).

11
1.1 Principais Fontes de Dados e Formatos de Arquivo
Uma Fonte de Dados (Data Source) pode ser definida como sendo qualquer formato de
arquivo reconhecido pelo ArcGIS Desktop. Ele trabalha com uma diversidade de formatos de
arquivo, sendo que, para cada um deles, há um ícone associado, o que facilita sua identificação e,
consequentemente, o manuseio dos mesmos.
No quadro abaixo estão listados os principais formatos de arquivo utilizados no ArcGIS e
seus ícones correspondentes.
Geometria Ícone do arquivo
Ícone Tipo de arquivo
Associada de layer (.lyr)

Shapefile (*.shp) Ponto

Feature class armazenada em Geodatabase Ponto

Shapefile (*.shp) Linha

Feature class armazenada em Geodatabase Linha

Shapefile (*.shp) Polígono

Feature class armazenada em Geodatabase Polígono

Raster (GRID, BIL, ERS, TIF, BMP, JPG,...) Pixel

Rede triangular TIN Triângulo

Geodatabase (*.mdb) Todas


Feature Dataset
Network Dataset Pontos e linhas
CAD (.dwg, .dxf, .dgn) Todas

CAD Ponto

CAD Linha

CAD Polígono

CAD (anotações) Texto

Tabela (.dbf) –– ––

Mapa (.mxd) –– ––

Quadro 1. Ícones representativos das principais fontes de dados e formatos de arquivo utilizados no ArcGIS.

12
1.2 Conceitos Básicos do ArcGIS Desktop 9.x
Map (mapa) – arquivo binário (não pode ser visualizado em um editor de textos) criado no
ArcMap que armazena informações sobre a organização de um conjunto de dados agrupados para
um propósito qualquer. Como exemplo de informações contidas em um arquivo map, temos:
➢ a localização das fontes de dados (nome dos arquivos e os respectivos diretórios) –
espaciais ou não – adicionados à área de trabalho do ArcMap;
➢ a forma de apresentação das fontes de dados espaciais - simbologia, como opções de
legenda e disposição dentro de cada Data Frame;
➢ Data Frames criados, com a correspondente lista de layers adicionados a cada um deles,
o sistema de projeção, seus nomes, escala, etc;
➢ configurações de interface, como posição das barras de ferramentas, barras de
ferramentas e menus personalizados criados pelo usuário, etc;
O arquivo Map possui a extensão .mxd. Pode-se trabalhar com apenas um documento Map
de cada vez em uma sessão do ArcMap. Se você precisar de mais de um documento Map ao mesmo
tempo, inicie outras sessões do ArcMap. O mapa poderá ser visualizado nos modos Data View
(vista dos dados) ou Layout View (vista do esquema).
Data View – modo de visualização indicado quando o foco da sua atenção for os dados
geográficos, uma vez que os dados marginais que compõem o mapa são omitidos (Norte, escala
gráfica, legenda, canevá, etc).
Layout View – usado para compor a página a ser impressa. É nesta página que serão
inseridos os dados marginais da carta – legenda, escala, escala gráfica, orientação, canevá, título,
etc. Provavelmente será mais utilizado na fase final de seu trabalho, quando estiver pensando em
mapas impressos ou relatórios para o seu cliente. Ao contrário do ArcView 3.X, onde um projeto
(.apr) pode conter vários layouts, na versão 9.x cada Mapa (Map document - .mxd) pode ter um e
somente um layout. Para cada Data Frame será criada automaticamente uma moldura no Layout
para exibir os layers contidos neste Data Frame. A eliminação da moldura implica também na
eliminação do Data Frame, e vice-versa.

Figura 3. Acesso aos comandos de alteração do modo de visualização da área de trabalho.

13
Vale salientar que a maioria dos comandos está disponível em ambos os modos de
visualização. Para alternar entre eles, selecione os comandos Data View ou Layout View no menu
View (Figura 3) ou clique nos botões (canto inferior esquerdo da área de visualização) e ,
respectivamente.
Data Frame (moldura para dados) – utilizado para agrupar os layers que devem ser
exibidos conjuntamente. As informações sobre os Data Frames são armazenadas no documento
Map. Um documento Map pode gerenciar vários Data Frames, mas apenas um pode estar ativo de
cada vez. O Data Frame ativo fica destacado com seu nome em negrito. Para ativar, posicione o
cursor do mouse sobre ele e clique com o botão direito do mouse. No menu pop-up que aparece,
selecione o comando Activate.
Layer (camada, plano de informação) – forma de se representar os dados geográficos em
um documento Map. Referenciam dados que estão armazenados em uma fonte de dados, tal como
shapefiles, coverages, geodatabases, imagens, grids ou arquivos de CAD. Vale ressaltar que não
armazena os dados, mas apenas uma referência a eles e o modo como eles deverão ser exibidos no
documento Map. São equivalentes aos temas do ArcView 3.X, mas, ao contrário destes, podem ter
existência própria - arquivos com extensão .lyr, fora do documento Map. Deve-se observar que a
ordem dos layers em um Data Frame influencia na visualização dos mesmos. Para definir se um
layer deverá ou não ser desenhado na área de exibição, use a caixa de verificação que fica ao lado
do nome do layer. Vale salientar que uma mesma fonte de dados pode ser referenciada por vários
layers simultaneamente. Um layer pode ser utilizado em vários documentos Map.
Table Of Contents – TOC (tabela de conteúdo) – lista todos os Data Frames, com seus
layers correspondentes. Pode ser visualizada nos modos Display, Source e Selection (guias no
canto inferior esquerdo da TOC). No modo Source pode-se visualizar o nome do arquivo e o
caminho completo da fonte de dados para a qual o layer aponta (referencia). No modo Selection
pode-se controlar os layers passíveis de seleção através do comando Select Features (seleção por
apontamento). Isto não afeta a seleção realizada diretamente na tabela de atributos ou pela caixa de
diálogo Select By Attributes. Este comando também está disponível no menu Selection / Set
Selectable Layers. Para ocultar a TOC desmarque a opção de menu Window/Table Of Contents.

1.3 Objetivos
➢ Servir de introdução aos softwares ArcMap e ArcCatalog do ArcGIS Desktop 9.X, versão
ArcEditor
➢ Apresentar os comandos básicos do software ArcMap para interação com mapas

14
➢ Alterar a legenda de mapas
➢ Realizar consultas por atributo
➢ Realizar consultas com base em relacionamentos espaciais entre feições
➢ Manusear sistemas de projeção
➢ Produzir layouts

1.4 Dados Necessários


Os dados necessários à realização deste exercício encontram-se nos diretórios
...\prat1\dados\Amazonas e ...\prat1\dados\Atlantico_Leste.
A Bacia do rio Amazonas possui uma área de drenagem de aproximadamente 6.112.000
km2. Constitui a maior bacia hidrográfica do mundo. Estende-se por oito países (Bolívia, Brasil,
Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela), além de um território (Guiana Francesa),
sendo que 68% de toda a bacia se encontra em território brasileiro (aproximadamente 3.900.000
km2). Abrange os Estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia e parte do Amapá, Pará e Mato
Grosso. [HID]
A Bacia do Atlântico Leste está localizada integralmente em território nacional.
Compreende uma área de drenagem em torno de 545.000 km2, entre a foz do rio São Francisco (ao
norte) e a divisa entre os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo (ao sul), englobando totalmente os
Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo e parte dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e
Sergipe. [HID]
Os arquivos (mapas e suas tabelas de atributos) a serem utilizados nesta prática estão
descritos no quadro abaixo:

Plano de Tipo de
Formato Significado
Informação geometria
Sedemunicipal1 Shapefile Ponto Sedes municipais dos municípios da bacia do rio Amazonas
Municipios1 Shapefile Polígono Divisão política dos municípios da bacia do rio Amazonas
Hidrografia1 Shapefile Linha Rede hidrográfica da bacia do rio Amazonas
Sedemunicipal5 Shapefile Ponto Sedes municipais dos municípios da bacia do Atlântico Leste
Municipios5 Shapefile Polígono Divisão política dos municípios da bacia do Atlântico Leste
ReservasFunai5 Shapefile Polígono Reservas da FUNAI
MalhaViaria5 Shapefile Linha Malha Viária da bacia do Atlântico Leste
Hidrografia5 Shapefile Linha Rede hidrográfica da bacia do Atlântico Leste
Quadro 2. Dados a serem utilizados na prática 1.

15
1.5 Procedimentos
Inicie o ArcMap (menu Iniciar/Programas/ArcGIS/ArcMap). Por padrão, será exibida a a
tela inicial do ArcMap, conforme ilustra a Figura 4. Selecione o primeiro botão de rádio (A new
empty map) e clique no botão OK.

Figura 4. Tela inicial do ArcMap.

Será exibida a janela principal do ArcMap, cujos principais componentes de interface estão
descritos na Figura 5. Obviamente sua janela estará diferente desta, uma vez que ainda não foi feita
nenhuma modificação.
Renomeie o data frame Layers e adicione layers a ele.
1. Posicione o cursor do mouse sobre o data frame Layers e clique com o botão inverso do
mouse. Selecione a opção Properties no menu pop-up.
2. Selecione a guia General e, no campo Name, digite Bacia do rio Amazonas. Clique no
botão OK para fechar a caixa de diálogo.
3. Pressione o botão Add Data. Navegue até o nosso diretório de trabalho, selecione os
shapefiles municipios1.shp, sedemunicipal1.shp e hidrografia1.shp e pressione o botão
Add.
Lembre-se de que, quando existir mais de um data frame na tabela de conteúdo, o mapa será
adicionado àquele que estiver ativo, ou seja, com seu nome destacado em negrito.

16
Tabela de Barra de Barra de Área de
conteúdo Menus Ferramentas visualização de mapas

Data
Frame

Tipo de
Geometria

Layer
hidrografia1

Figura 5. Interface principal do ArcMap.

Salve o documento Map.


1. Pressione o botão Save . Na caixa de diálogo Save As, navegue até o diretório de
trabalho e salve o arquivo com o nome de pratica1.mxd.
Assim, se você fechar o ArcMap e num outro momento quiser trabalhar com os mesmos
dados, bastará abrir o arquivo pratica1.mxd.
Observe que, para cada layer – que inicialmente possui o mesmo nome do shapefile, duas
outras informações estão associadas: o tipo de geometria (ponto, linha, polígono), representado pela
figura logo abaixo do nome de cada layer (Figura 5); e o controle de visibilidade do layer. Para
tornar um tema visível (ligado), clique na caixa de verificação para marcá-la. Outro aspecto
importante a se observar na tabela de conteúdo é a ordem dos layers, que funciona como se os
mapas estivessem empilhados. Consequentemente, os mapas que estão “por cima” cobrem os que
estão “por baixo”. Para mudar a ordem, posicione o cursor do mouse sobre o layer, clique com o
botão esquerdo e, mantendo-o pressionado, arraste o layer para a nova posição desejada.
Adicione um novo data frame à tabela de conteúdo.

17
1. Selecione a opção de menu Insert/Data Frame. Será adicionado um data frame chamado
de New Data Frame à TOC.
Mude seu nome para Bacia do Atlântico - Trecho Leste, conforme visto anteriormente.
Adicione os shapefiles municipios5.shp, sedemunicipal5.shp e hidrografia5.shp ao data
frame que você acabou de criar e renomear.

1.5.1 Navegação pelo Mapa

Agora que adicionamos os mapas a nossa sessão de trabalho, vamos aprender os


principais comandos para interagir com eles. Alguns dos comandos possuem ícones
semelhantes àqueles disponíveis no AutoCAD. E o que é melhor – a funcionalidade
também é a mesma. Eles estão agrupados na barra de ferramentas Tools (Figura 6).
Ative o data frame Bacia do Atlântico – Trecho Leste (posicione o cursor do
mouse sobre ele, clique com botão inverso do mouse e selecione a opção Activate no
menu pop-up).

Figura 6 Os recursos de zoom disponíveis no ArcMap são equivalentes àqueles de qualquer


software de CAD. Portanto, é só se acostumar aos novos ícones e a algumas pequenas diferenças.
No entanto, comandos como Identify e Select Features merecem destaque. Os demais serão
vistos no decorrer das aulas práticas.
O comando Identify é a implementação da consulta por localização, ou seja, permite
responder às questões: o que existe neste local? O que é isto? Ele exibe todos os dados que estão
associados a cada feição - estão armazenados na tabela de atributos. Seu uso é simples:
1. Selecione-o na barra de ferramentas Tools. Você verá que o cursor do mouse mudará de
forma.
2. Agora, basta posicionar o cursor sobre a feição sobre a qual se deseja obter informações e
pressionar o botão esquerdo do mouse. Será aberta uma caixa de diálogo chamada Identify
Results, que lista todos os atributos associados à feição em questão.

18
Ícone Nome do Comando Significado
Zoom In Equivalente ao zoom window do AutoCAD
Aumenta a escala por um fator de 1,333333..., ou ainda,
Fixed Zoom In
multiplica o denominador da escala por 0,75
Pan Mesmo significado do Pan do AutoCAD

Go Back To Previous Extent Vista anterior


Ferramenta para seleção de feições vetoriais por
Select Features
apontamento.
Consulta por localização (O que existe neste local? O que
Identify
é isto?). Lista os atributos da feição
Measure Equivalente ao comando DIST do AutoCAD
Enquadra o desenho na janela delimitada com o cursor do
Zoom Out
mouse
Aumenta a escala por um fator de 1,333333..., ou ainda,
Fixed Zoom Out
multiplica o denominador da escala por 0,75
Full Extent Equivalente ao Zoom Extent do AutoCAD

Go To Next Extent Próxima vista


Ferramenta para seleção de elementos gráficos
Select Elements
desenhados sobre os mapas
Permite localizar feições através de seus atributos. Além
Find
de feições pode-se localizar também rotas e endereços
Exibe arquivos vinculados a feições do mapa. Estará ativo
Hyperlink quando houver arquivos tais como figuras, vídeos e textos
associados a feições do mapa.

Quadro 3. Descrição dos comandos da barra de ferramentas Tools.

Neste diálogo também é possível selecionar sobre quais layers a consulta será realizada, caso
haja mais de um plano de informação.
Já o comando Select Features permite fazer seleção de feições por apontamento para
diversos propósitos como os de edição, exportação de subconjuntos de um layer, restrição das
feições que serão utlizadas em uma operação de análise espacial, etc.
O ArcMap 9.X acrescenta duas novas formas de visualização - Figura 7, além daquelas
presentes também na versão 3.X do ArcView. A janela Lente de Aumento (magnifier) permite que
parte do mapa seja ampliado em uma outra janela, mantendo-se a janela principal de visualização
com a mesma escala. Desta forma, pode-se navegar pelo mapa com uma visualização ampliada de
áreas de interesse. Diversas janelas aumento podem ser abertas. Para abrir uma janela magnifier:
19
1. Selecione o comando Window / Magnifier... para abrir a janela de aumento.
2. Arraste-a para a posição desejada e você verá a área ampliada.
3. Posicione o cursor do mouse na barra de título da janela e pressione o botão direito do
mouse. Será exibido um menu pop-up com outras opções para a janela. Experimente!!!
Já a janela de Visão Geral (overview), mostra toda a extensão da sua área de trabalho e
destaca a parte que está sendo visualizada na janela principal de visualização.
1. Selecione o comando Window / Overview... para abrir a janela de visão geral.
2. Na janela principal de visualização, use o comando Zoom in e selecione uma área qualquer
do mapa.
3. Agora, na janela overview, arraste o retângulo de contexto para outra posição e observe o
que acontece na janela principal de visualização. Você também pode redimensionar o
retângulo de contexto. Basta posicionar o cursor do mouse nos cantos do retângulo e
arrastar até o tamanho desejado.
Para mudar o layer de refência (aquele que é exibido na janela overview).
1. Posicione o cursor do mouse na barra de título da janela overview e pressione o botão
direito do mouse.
2. No menu pop-up, selecione Properties. No combo-box Reference Layer, selecione o layer
desejado.
Estas janelas estão disponíveis apenas no modo de visualização Data View.
O Spatial Bookmark, como o próprio nome sugere, tem a mesma finalidade de um marcador
de livro, ou seja, permite voltar de uma maneira rápida a uma determinada parte de um mapa
marcada previamente. Cada Data Frame poderá ter vários marcadores. Para criá-los:
1. Através dos recursos de zoom, coloque a sua área de interesse na posição desejada na
janela de visualização.
2. Selecione a opção de menu View/Bookmarks/Create.
3. Dê um nome ao seu Spatial Bookmark e clique no botão OK.
Este comando está disponível apenas no modo de visualização Data View.
Também podemos criar marcadores para as feições selecionadas no diálogo Identity Results
e Find. Para tal, basta clicar com o botão direito do mouse na feição de interesse e selecionar Set
Bookmark no menu pop-up.
Agora, para utilizar os marcadores que você criou, basta selecioná-los na lista presente no
menu View/Bookmarks.
20
Figura 7. Janelas Magnifier e Overview.

1.5.2 Alteração da Legenda


O ArcEditor dispõe de uma grande variedade de opções para apresentação de mapas. Por
padrão, sempre que um layer é adicionado a um data frame ele é exibido com a legenda do tipo
Single Symbol (símbolo único), ou seja, o ArcEditor desenha todas as feições do mapa com o
mesmo símbolo - no caso, a mesma cor.
1. Ative o data frame Bacia do rio Amazonas.
2. Posicione o cursor do mouse sobre o símbolo indicativo da geometria do layer
sedemunicipal1 e clique com botão esquerdo do mouse. No diálogo Symbol Selector,
selecione um dos símbolos disponíveis e pressione o botão OK. Teste também as opções de
mudança de cor, tamanho e rotação de símbolo. O tamanho do símbolo, por padrão, é dado
em pontos. Um ponto corresponde a 1/72 de uma polegada. Para alterar a unidade, clique
no botão Properties e escolha outra unidade no ComboBox Unit. Feche a caixa de diálogo
Symbol Selector.
3. Posicione o cursor do mouse sobre o nome do layer sedemunicipal1 e pressione o botão
direito do mouse. No menu pop-up, selecione Properties.
21
4. Na caixa de diálogo Layer Properties, selecione a guia Symbology.
5. No campo Show, selecione Quantities e, em seguida, Graduated symbols. No combo-box
Value, selecione TOTHM96 e clique no botão Aplicar. Utilize os intervalos abaixo - digite
apenas o limite superior de cada classe:
até 5.000 habitantes
5.001 - 20.000 habitantes
20.001 - 100.000 habitantes
100.001 - 500.000 habitantes
mais de 500.000 habitantes
6. Clique com o botão direito do mouse no layer hidrografia1 e selecione Properties no
menu pop-up. Na caixa de diálogo Layer Properties, clique na guia Symbology. No campo
Show, selecione a opção Features e altere a cor do layer.
7. Posicione o cursor do mouse sobre o nome do layer municipios1 e pressione o botão
direito do mouse. No menu pop-up, selecione Properties.
8. Na caixa de diálogo Layer Properties, selecione a guia Symbology.
9. No campo Show, selecione Categories e em seguida Unique Values. No combobox Value
Field, selecione UFNOME. Clique no botão Add All Values. Desmarque a caixa de
verificação para <all other values>. Clique no botão Aplicar.
De acordo com BUSSAB & MORETTIN (1987) “a escolha dos intervalos é arbitrária e a
familiaridade do pesquisador com os dados é que lhe irá indicar quantas e quais classes (ou
intervalos) devem ser usadas. Entretanto, deve-se observar que, com um pequeno número de
classes, perde-se informação, e com um número grande de classes, o objetivo de resumir os dados
fica prejudicado. Normalmente, sugere-se o uso de 5 a 15 classes com a mesma amplitude”.
Você acabou de fazer uma série de alterações na legenda de vários layers. Onde esta
informação ficará armazenada?
Você configurou a legenda para as sedes municipais do Amazonas. Como proceder se
fosse necessário repetir esse mesmo padrão para diversos outros planos de
informação?

22
1.5.3 Consultas por Atributo e Manipulação de Tabelas
No formato Shapefile, para cada mapa (arquivo com extensão .shp) há uma tabela de
atributos associada (arquivo com extensão .dbf). São estes atributos que irão caracterizar as feições
presentes no mapa. Afinal, um conjunto de pontos pode representar postes, focos de dengue,
ocorrências de acidentes de trânsito, hidrantes, ocorrências de homicídios, sedes municipais, etc. No
entanto, os atributos a serem armazenados para postes (tipo de material, altura, data de implantação,
presença de transformador, etc) e focos de dengue (tipo de recipiente, data, agente) são bem
distintos. A definição dos atributos depende fundamentalmente do problema em questão. Vamos
explorar os principais comandos associados ao manuseio desta importante fonte de informação.
Para abrir a tabela associada ao layer sedemunicipal1:
1. Posicione o cursor do mouse sobre o nome do layer e clique com botão direito do mouse.
No menu pop-up, selecione o comando Open Attribute Table.
Será aberta uma tabela intitulada Attributes of sedemunicipal1, conforme a Figura 8.
Selecione uma linha qualquer da tabela e observe o que acontece. A linha selecionada fica destacada
na cor azul, bem como sua representação gráfica. Veja que existe uma correspondência biunívoca
entre as linhas da tabela e as feições do mapa. Observe também que há uma indicação do número de
feições selecionadas na barra de status. Por padrão, todas as linhas são exibidas (veja a opção Show
da barra de status). Para deixar visível apenas as linhas selecionadas, pressione o botão Selected.
Nome do campo
(atributo)

Figura 8. Tabela de atributos associada ao plano de informação sedemunicipal1.


Há diversos recursos associados a tabelas de atributos. Vejamos alguns deles.
Posicione o cursor do mouse sobre o campo TOTHM96 (população de cada município) e
pressione o botão direito do mouse. Será aberto um menu pop-up com todas as opções disponíveis
para o campo - Figura 9.
23
Selecione a opção Sort Ascending para colocar os dados em ordem
crescente. O comando Sort Descending faz a operação inversa.
Abra novamente o menu pop-up da Figura 9 e selecione a opção
Statistics. Será exibida a caixa de diálogo Statistics of Sedemunicipal1,
conforme a Figura 10. Para escolher outro campo, basta fazer a seleção
no combo-box Field.
As demais opções disponíveis na Figura 9 nós veremos no
Figura 9. Comandos para decorrer das próximas aulas.
colunas.

Figura 10. Resumo estatístico e distribuição de frequência do campo TOTHM69.

A consulta à base de dados é a mais fundamental das operações disponíveis em um SIG. Já


vimos a consulta por localização – tópico Navegação pelo Mapa. Vamos agora realizar a Consulta
por Atributos, que permite localizar quais são as feições que atendem a determinados critérios.
1. Abra a tabela de atributos sedemunicipal1.
2. Posicione o cursor do mouse no botão Options, pressione o botão esquerdo do mouse e
selecione o comando Select By Attributes... Ou então, selecione o comando diretamente na
barra de menus – Selection/Select By Attributes....
3. Será aberta a caixa de diálogo Select By Attributes, conforme a Figura 11. Vamos
selecionar todas as sedes municipais que pertençam ao estado do Mato Grosso.
4. Na lista do campo Fields, dê um clique duplo no item “UFNOME”.
5. Selecione o operador igual ( = ).
6. Dê um clique no botão Get Unique Values. Na lista do campo Unique Values, selecione
'MATO GROSSO'.

24
Você deverá ter uma expressão igual àquela exibida na Figura 11. Clique no botão Apply
para fazer a consulta. Para limpar a expressão de consulta criada, pressione o botão Clear.
Agora, selecione as sedes municipais cuja área seja maior do que 5.000 km2.
1. Na lista do campo Fields, dê um clique duplo no campo “AREA97".
2. selecione o operador maior ou igual ( > = ).
3. Na cláusula WHERE, complete a expressão digitando o valor 5000.
Como já vimos, a seleção ocorre tanto na tabela de atributos quanto nas feições do mapa.
Foram selecionadas 163 sedes, de um total de 261. Se você quiser inverter a seleção, ou seja, as
sedes cuja área seja menor do que 5.000 km2, selecione o comando Switch Selection (Figura 8).

Figura 11. Construção de consultas por atributo.

Observe que há quatro métodos de criação de seleção:


➢ Create a new selection;
➢ Add to current selection;
➢ Remove from current selection;
➢ Select from current selection.
Qual é a diferença entre eles?

25
Para auxiliá-lo na elaboração de consultas envolvendo operadores lógios utilize a tabela
abaixo:

p q p AND q p OR q
FALSE FALSE FALSE FALSE
FALSE TRUE FALSE TRUE
TRUE FALSE FALSE TRUE
TRUE TRUE TRUE TRUE

1.5.3.1 Exercícios
Como não há outra forma de aprender a usar um software senão praticando, resolva os
exercícios listados abaixo.
Para a tabela de atributos do layer sedemunicipal5, selecione todas as sedes municipais:
1. pertencentes ao Estado do Espírito Santo;
2. pertencentes ao Estado de Minas Gerais;
3. pertencentes ao Estado de Minas Gerais, exceto Belo Oriente;
4. pertencentes às meso-regiões do Jequitinhonha e Vale do Mucuri;
5. que estão sem informação sobre o total de habitantes (campo TOTHM96);
6. cuja população seja superior a 100.000 habitantes;
7. cuja população do sexo feminino seja superior à do sexo masculino;
8. cuja população residente na zona rural seja superior à residente na zona urbana;
9. cuja população do sexo masculino seja superior à do sexo feminino e a população residente
na zona urbana seja superior à residente na zona rural;
Para a tabela de atributos do layer municipios5, selecione todos os municípios que:
1. iniciam com a letra A. Utilize o operador '%';
2. iniciam com a letra C;
3. terminam com a letra A;
4. repita as consultas 1 e 2 utilizando letras minúsculas. Utilize os operadores LOWER e
UPPER;
5. possuam BELO em alguma parte do nome;
6. possuam POLIS em alguma parte do nome;
7. possuam LÂNDIA em alguma parte do nome;
8. tenham a letra E como penúltimo caracter. Utilize o operador '_';
9. tenham a letra A como segundo caracter;

26
1.5.4 Relacionamentos Espaciais
De acordo com [LIS 00], “os objetos de um banco de dados espacial representam as
entidades no mundo real através do armazenamento de seus atributos (espaciais e não-espaciais) e
seus relacionamentos. A grande vantagem dos SIG's está em possibilitar operações de análise sobre
os dados armazenados. Para isto, além da manutenção dos dados propriamente dita, é necessário
manter os diferentes tipos de relacionamentos envolvendo esses dados.”
Existe uma enorme variedade de relacionamentos possíveis. Alguns são mantidos através de
estruturas de dados dos SIG, como por exemplo, os relacionamentos de conectividade entre linhas e
de adjacência entre áreas (polígonos), enquanto que outros normalmente são calculados durante a
execução das operações de análise espacial, como por exemplo, o relacionamento de continência
entre um ponto e um polígono. [LIS 00].
[EGFR91], citado por [BOR97], agrupa os relacionamentos espaciais em três categorias:
topológicas, métricas e de ordem.
Relacionamentos topológicos são aqueles que permanecem inalterados ante qualquer tipo de
transformação de natureza geométrica, como escala e mudança de sistema de projeção. Exemplos:
adjacência, conectividade, continência, intercepta.
Relacionamentos métricos são considerados em termos de distâncias e direções. Exemplos:
a menos de um determinada distância, longe, perto, ao norte, ao sul.
Relacionamentos de ordem são descritas por preposições como em frente a, atrás, acima e
abaixo.
O formato Shapefile não suporta a estruturação (armazenamento) de relacionamentos
espaciais. Portanto, todos os relacionamentos deverão ser calculados. Vamos testar alguns deles.
Antes porém, deixe visível os layers sedemunicipal1 e hidrografia1, e certifique-se de que não há
feições selecionadas (Selection / Clear Selected Features).
1. Selecione o comando Selection / Select By Locations...Será aberta uma caixa de diálogo
com o mesmo nome do comando – Figura 12.
2. No combo-box I want to, selecione a opção select features from.
3. No campo the following layer(s), selecione sedemunicipal1.
4. No combo-box that, selecione are within a distance of como método de seleção.
5. No combo-box the features in this layer, selecione hidrografia1.
6. No campo Apply a buffer to the features in hidrografia1, digite 500 para of e selecione
Meter no combo-box.

27
7. Pressione o botão Apply e após o processamento da consulta o botão Close.
Abra a tabela de atributos do layer sedemunicipal1 e veja que 21 sedes municipais foram
selecionadas, ou seja, estão a menos de 500 metros de algum curso d'água.
Mas o que significa o termo buffer? Um buffer nada mais é do que o lugar geométrico dos
pontos que estão a menos de uma determinada distância do limite de uma feição ou conjunto de
feições.

Figura 12. Seleção de feições com base em relacionamentos espaciais.

Você deve ter observado que as coordenadas em nosso mapa são geográficas. Assim, como
o software pôde fazer os cálculos em metros?
O ArcMap usa o sistema de projeção cilíndrico oblíquo Hotine. A definição dos parâmetros
para este sistema de projeção baseia-se na distribuição espacial das feições. Uma linha que melhor
se ajusta às feições é calculada para servir como linha central do referido sistema de projeção.
Todas as feições de entrada são projetadas para este sistema de projeção temporariamente antes de
aplicar o comando propriamente dito. Depois de aplicado o comando, o resultado é convertido para
o sistema de projeção do data frame – quando for o caso. A linha central calculada para um
subconjunto de feições é diferente daquela calculada para todas as feições.

28
1.5.4.1 Exercícios
Utilize os layers da Bacia do Atlântico - Trecho Leste para resolver os exercícios abaixo.
1. Selecione todas as sedes municipais que estejam a menos de 500m de algum curso d'água.
2. selecione todas as sedes municipais que estejam a menos de um quilômetro de alguma
estrada de ferro – use o layer malhaviaria5.
3. selecione todos os municípios que fazem divisa com o município de Venda Nova do
Imigrante.
4. selecione todos os afluentes do Rio Doce.
5. selecione todos os rios cortados por alguma estrada de ferro.
6. selecione todos os rios cortados por alguma rodovia pavimentada.
7. selecione todos os rios que não são cortados por estradas.
8. para cada usina, encontre a sede municipal mais próxima.

1.5.5 Sistemas de Projeção


Um plano de informação no formato shapefile é armazenado em três arquivos de mesmo
nome e com as extensões .shp, .dbf e .shx. Eles armazenam a geometria, os atributos e a
interligação entre geometria e atributos, respectivamente. Portanto, se você pretende manusear
planos de informação neste formato, deverá estar de posse de, no mínimo, estes três arquivos. No
entanto, outra informação de extrema importância se refere aos sistemas de referência e de projeção
utilizados para definir a geometria. Por padrão, se os valores para abscissas e ordenadas estiverem
no intervalo de -180 a 180 e -90 a 90, respectivamente, o ArcGIS assume que a geometria está em
coordenadas geográficas, na forma de graus decimais, Datum D_North_American_1927 (Elipsóide
Clarke 1866: a=6.378.206,40000m; b=6.356.583,80000m; achatamento=294,9786982). Aliás,
sempre que se for trabalhar com coordenadas geográficas, estas deverão estar decimalizadas. O
sistema será armazenado em um arquivo com o mesmo nome do plano de informação e com a
extensão .prj.
Mas, e se tivermos vários planos de informação em sistemas diferentes? Na versão 3.x a
solução seria convertê-los para um único sistema. Felizmente, nesta versão nova isto não é
necessário. Basta criar os arquivos .prj para cada um dos PI's e configurar os sistemas de referência
e de projeção para o data frame. Assim, ao adicionarmos um PI ao data frame, ele será
automaticamente mapeado para o novo sistema. Mas observe que apenas para fins de visualização,
sendo que as coordenadas da fonte de dados são preservadas.
29
Para associar os sistemas de referência e de projeção a um Shapefile (criação de arquivos
.prj) no ArcCatalog, siga os passos abaixo:
1. Abra o aplicativo ArcCatalog: Menu Iniciar/Programas/ArcGIS/ArcCatalog; ou, se estiver
com o ArcMap aberto, selecione o comando na barra de ferramentas.
2. Navegue até o diretório ...SIG\prat1\dados\Atlantico_Leste. Posicione o cursor do mouse
sobre o shapefile hidrografia5, pressione o botão direito do mouse e selecione a opção
Proprerties no menu de contexto.
3. Na caixa de diálogo Shapefile Properties, selecione a guia Fields.
4. Na lista com o nome dos campos (Field Name), selecione o campo Shape. Observe que na
parte inferior da caixa de diálogo serão exibidas as propriedades do campo selecionado –
Field Properties.
5. Na lista de propriedades do campo Shapefile, clique no botão que está ao lado da
propriedade Spatial Reference
6. Na caixa de diálogo Spatial Reference, clique no botão Select para selecionar um sistema
pré-definido. Este diálogo agrupa diversas funcionalidades relacionadas a sistemas de
referência e de projeção. Nele você poderá selecionar um sistema pré-definido, criar um
novo ou modificar os parâmetros de um sistema existente, entre outras coisas.
7. Na caixa de diálogo Browse for Coordinate System, selecione o arquivo South American
Datum 1969.prj disponível na pasta Geographic Coordinate Systems/South America. Após
selecionar o arquivo, você voltará para a caixa de diálogo Spatial Reference. Observe que
os parâmetros do Datum estão listados no campo Details.
O ArcGIS agrupa os sistemas de coordenadas em dois grandes grupos: coordenadas
geográficas e projetadas. Se o seu mapa está em coordenadas geográficas, abra a pasta
Geographic Coordinate Systems para encontrar o arquivo correspondente ao seu sistema de
referência – o sistema atual para o Brasil é South American Datum 1969.prj. No caso do
seu mapa estar projetado no sistema UTM – é o mais usual, selecione o arquivo South
American 1969 UTM Zone 24S.prj, disponível na pasta Projected Coordinate Systems /
UTM /Other GCS. A zona 24S corresponde ao meridiano central de 39° W.
8. Será criado um arquivo com o mesmo nome do shapefile e com a extensão .prj. Repita o
procedimento para os demais PI's deste diretório.
Agora que associamos o sistema de referência aos nossos planos de informação, vamos
configurar o data frame Bacia do Atlântico Leste. Feche o ArcCatalog e volte para ArcMap.

30
1. Posicione o cursor do mouse sobre o data frame Bacia do Atlântico Leste, pressione o
botão direito do mouse e selecione a opção Activate no menu de contexto, caso ele não seja
o data frame ativo.
2. Posicione novamente o cursor do mouse sobre o data frame Bacia do Atlântico Leste,
pressione o botão direito do mouse e selecione a opção Properties no menu de contexto.
3. Na caixa de diálogo data frame Properties, selecione a guia Coordinate System.
4. No campo Select a coordinate system, selecione South American 1969 UTM Zone 24S,
disponível na pasta Predefined / Projected Coordinate Systems / UTM /Other GCS. Clique
no botão OK para fechar a caixa de diálogo.
Observe que as coordenadas exibidas na barra de status mudaram para o sistema UTM.
Analise a afirmação “A maioria dos programas de geoprocessamento possui
funções de transformação entre diferentes sistemas de projeção. Dependendo do programa
de geoprocessamento utilizado, pode ser necessário transformar todos os mapas para o
mesmo sistema de projeção e, só então será possível efetuar operações de manipulação de bases de
dados diferentes. Outros programas não exigem essa prévia transformação, permitindo o
armazenamento de mapas no seu sistema de projeção original, desde que os dados referentes à
projeção estejam associados a eles. Quando se efetuam as análises de superposição de mapas, o
sistema, automaticamente procede à compatibilização entre os diferentes sistemas, apenas para a
visualização dos dados. Para o usuário, essa transformação é “transparente”, ou seja, ele não
percebe que está ocorrendo. Acaba a operação, os mapas continuam armazenados no sistema de
projeção original”.[MAR 00]
No texto acima citam-se duas formas distintas de um software gerenciar sistemas de
projeção. Em que contexto o ArcEditor se insere?
Arquivos .prj também podem ser criados para o formato .dwg (AutoCAD).

1.5.6 Confecção de um Layout


E finalmente, vamos compor um mapa para impressão. Primeiramente, altere para o modo
de visualização Layout View, clicando no ícone .
Veja que, para cada data frame da Tabela de conteúdo (TOC), exite uma moldura no modo
layout View. Como nos interessa criar um mapa apenas para o data frame Bacia do Atlântico
Leste, desligue todos os layers do outro data frame.
Inicialmente, configuraremos a página a ser utilizada para imprimir nosso mapa.
1. Posicione o cursor do mouse fora dos limites dos data frames, pressione o botão direito do

31
mouse e selecione o comando Page Setup no menu de contexto.
2. Na caixa de diálogo Page Setup selecione o papel A1, mantenha a orientação Retrato e
clique no botão OK para fechar o diálogo.
Ao posicionar o cursor do mouse nos cantos inferior esquerdo e superior direito da folha
pode-se averiguar as dimensões do papel.
Para inserir o título de nosso mapa:

1. Selecione o comando Insert / Title, no menu principal do ArcEditor. Será colocada uma
caixa de texto em modo de edição na folha de impressão.
2. Digite Bacia do Atlântico Leste e pressione a tecla Enter para sair do modo de edição.
3. Posicione a caixa de texto no lugar adequado.
Inserção da Orientação do mapa:

1. Selecione o comando Insert / North Arrow, no menu principal do ArcEditor.


2. Na caixa de diálogo North Arrow Selector, escolha aquele que mais lhe agradar e pressione
o botão OK para fechar o diálogo.
3. Posicione o ícone indicativo do norte no lugar adequado.
Inserção da Escala Gráfica:

1. Selecione a moldura correspondente ao data frame Bacia do Atlântico Leste e a seguir o


comando Insert / Scale Bar.
2. Na caixa de diálogo Scale Bar Selector, escolha a escala gráfica que mais lhe agradar e
pressione o botão OK para fechar o diálogo.
3. Posicione-a no lugar adequado.
Inserção da Escala Numérica:

1. Selecione o comando Insert / Scale Text (não se esqueça de selecionar o data frame
correto).
2. Na caixa de diálogo Scale Text Selector, escolha a escala numérica que mais lhe agradar e
pressione o botão OK para fechar o diálogo.
3. Posicione-a no lugar adequado.
Vamos agora inserir o canevá ao nosso mapa.

1. Posicione o cursor do mouse dentro dos limites do data frame Bacia do Atlântico Leste,
pressione o botão direito do mouse e selecione o comando Properties.
2. Na caixa de diálogo data frame Properties, selecione a guia Grids.
32
3. Pressione o botão New Grid. Na caixa de diálogo Grids and Graticules Wizard, selecione o
botão de rádio Graticule: divides map by meridians and parallels e clique no botão
Avançar.
4. Na caixa de diálogo Create a graticule, configure o intervalo para exibir paralelos e
meridianos de 2 em 2 graus. Clique no botão Avançar.
5. Na caixa de diálogo Axes and labels, mantenha os valores padrão e clique no botão
Avançar.
6. Na caixa de diálogo Create a graticule, mantenha os valores padrão e clique no botão
Concluir.
7. Na caixa de diálogo data frame Properties, clique no botão OK.

1.6 Exercícios

1. Conceitue os termos documento Map, data frame, layer, layout, Data View, Layout View e TOC
(tabela de conteúdo).
2. Qual é o conteúdo dos arquivos cujas extensões são .mxd, .lyr, .shp, .dbf e .shx?
3. Qual é a relação entre layers e fontes de dados?
4. Como se associa sistemas de referência e de projeção a layers (fonte de dados) e data frames?
5. Qual é o comando utilizado para realizar consultas por atributo?
6. Como selecionar feições de um layer com base em seus relacionamentos espaciais com outros
layers?
7. Quantos layouts um arquivo .mxd pode ter?

1.7 Referências

BORGES, K. A. V. Modelagem de Dados Geográficos: uma extensão do modelo OMT para


aplicações geográficas. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1997. Dissertação de Mestrado.
BUSSAB, W. O. ; Morettin, P. A. Estatística básica. 4. ed. São Paulo: Atual, 1987.
EGENHOFER, M. J., FRANZOSA, R. D. Point-set topological spatial relations. International
Journal of Geographical Information Systems, London, v.5, n.2, p.161-174, 1991.
http://hidroweb.ana.gov.br/
LISBOA FILHO, J. Projeto de Banco de Dados para Sistemas de Informação Geográfica. In:
Nunes, R. C. VIII Escola de Informática da SBC Sul. Santa Maria-RS: Editora da UFSM, 2000.
pp.115-146. ISBN: 85-7025-556-X.
DE PINA, M. DE F.; SANTOS, S. M. Conceitos Básicos de Sistemas de Informação Geográfica e
Cartografia aplicados à Saúde. Brasília: OPAS, 2000. 122p.

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Preparado por Og Arão Vieira Rubert e Rogério Ferreira Ribas – DEA - UFV
Atualizado por Carlos Antonio Alvares Soares Ribeiro – DEF – UFV
Atualizado para a versão 9.X do ArcEditor e modificado por Porf. Wellington D. Guimarães – CEFETES. Versão 1.0

2. Análise de Proximidade Vetorial


Existem situações onde é de interesse transferir os atributos de um plano de informação (PI)
para outro PI, tendo-se por base a localização relativa de suas feições. No ArcGIS, essa operação é
denominada de união espacial e pode ser executada manipulando-se as respectivas tabelas de
atributos.

2.1 Objetivo
Nesse exercício explora-se o conceito de união espacial para identificar quais sedes
municipais da região da Zona da Mata mineira estão dentro do alcance da torre de telefonia celular
mais próxima. Em seguida, calcula-se a população atendida por cada torre de telefonia celular.

2.2 Dados Necessários


Os seguintes planos de informação, necessários à execução desse exercício, encontram-se no
diretório ...\prat2\dados. Os mapas estão em coordanadas geográficas, datum WGS 84.

Plano de Tipo de
Formato Significado
Informação geometria
Municipios Shapefile Polígono limites municipais
Sedes Shapefile pontos localização das sedes dos municípios
Antenas Shapefile pontos localização das antenas de telefonia celular

2.3 O Problema
O alcance do sinal celular é o que se chama de cobertura. A área de cobertura é o conjunto
de áreas onde as antenas do sistema de telefonia celular transmitem e recebem sinais, permitindo o
uso do aparelho. As comunicações por telefonia celular são feitas através de sinais de rádio. Este
meio de transmissão do Serviço Móvel Celular garante conforto e mobilidade, mas possui algumas
restrições comuns a todas operadoras no mundo, as chamadas áreas de sombra e as áreas de
interferência, causadas por fatores como:
• interferências eletromagnéticas, principalmente em locais elevados;
• defeito na antena de recepção do aparelho;
• obstáculos (como prédios, montanhas);
• áreas fechadas (como garagens e elevadores).

34
O constante monitoramento dos sinais e os altos investimentos em equipamentos e
tecnologia garantem uma transmissão celular de qualidade que hoje se estende à maioria das cidades
no Estado de Minas Gerais. A operadora de telefonia celular TELECEL acaba de conquistar a
concessão de exploração para algumas regiões no Estado de Minas Gerais.
Constatou-se um elevado número de reclamações referindo-se à área de cobertura na região
da Zona da Mata mineira. Para resolver o problema, a TELECEL contratou a empresa
GEOMÁTICA para avaliar o alcance das antenas de transmissão instaladas nesta região,
quantificando a população atendida.

2.4 Procedimentos

2.4.1 Carregando a base de dados necessária


Carregue os planos de informação antenas.shp, municipios.shp e sedes.shp, disponíveis no
diretório ...\prat2\dados.
Recordando...
a) Para iniciar o ArcMap, clique no botão Iniciar da barra de tarefas do Windows™. Escolha
Programas/ArcGIS/ArcMap.
b) Na janela de apresentação, escolha a opção A new empty map.
c) Clique no botão Add Data para abrir a caixa de diálogo Add Data. Agora, navegue até
o diretório ...\prat2\dados, selecione os layers antenas.shp, municipios.shp e sedes.shp e
pressione o botão Add.
Renomeie o data frame Layers para Zona da Mata Mineira.
Mova o cursor ao longo da janela de visualização e observe na barra de status que as
coordenadas são geográficas - latitude e longitude. Convém lembrar que não há um sistema de
referência associado aos layers (arquivos .prj). No entanto, como o intervalo de variação das
abscissas e ordenadas é compatível com o intervalo das coordenadas geográficas, o ArcMap as
exibe como tal. Para associar o sistema de referência aos layers, clique no botão ArcCatalog
para abrir este software. Como nossos planos de informação estão sendo utilizados pelo ArcMap,
feche-o antes de prosseguir, mas não se esqueça de salvar o documento de mapa – salve-o com o
nome de prat2.mxd.
A interface do ArcCatalog é semelhante a do Windows Explorer, possuindo uma estrutura
em árvore para navegação através de diretórios. Navegue até a pasta ...\prat2\dados e, para cada um
dos shapefiles:

35
1. Posicione o cursor do mouse sobre o shapefile, pressione o botão direito do mouse e
selecione a opção Properties no menu pop-up;
2. Na caixa de diálogo Shapefile Properties, clique na guia Fields;
3. Na lista com o nome dos campos (Field Names), selecione Shape. Observe que na parte
inferior da caixa de diálogo serão exibidas as propriedades do campo selecionado;
4. Clique no botão com um ícone de reticências , ao lado de Spatial Reference. Ele abrirá
a caixa de diálogo Propriedades de Spatial Reference, que agrupa diversas funcionalidades
relacionadas a sistemas de referência. Nele você poderá selecionar um sistema de
referência pré-definido, criar um novo ou modificar os parâmetros de um sistema existente;
5. Na caixa de diálogo Propriedades de Spatial Reference, clique no botão Select....
6. Na caixa de diálogo Browse for Coordinate System observe que o ArcCatalog agrupa os
sistemas de referência em dois grandes grupos: coordenadas geográficas (Geographic
Coordinate Systems) e coordenadas projetadas (Projected Coordinate Systems). Dê um
clique duplo na pasta Geographic Coordinate Systems e depois na pasta World. Selecione
o arquivo WGS 1984.prj (sistema de referência utilizado pelo GPS) e clique no botão Add.
Clique no botão OK nas demais caixas de diálogo para voltar à janela principal do
ArcCatalog.
Este procedimento criará um arquivo com extensão .prj e com o mesmo nome do shapefile.
Agora que configuramos os arquivos .prj para os PI's, feche o ArcCatalog. Abra o ArcMap, e
em seguida o arquivo prat2.mxd. Vamos alterar a simbologia de nossos PI's.
1. Dê um clique no símbolo logo abaixo do nome do layer Antenas.shp para abrir a caixa de
diálogo Symbol Selector. Altere o símbolo para uma torre, na cor azul, 18 pontos de
tamanho. Se você não encontrar o símbolo apropriado, carregue o arquivo de estilos
chamado Utilities (botão More Symbols). No combo-box Category, selecione Telecom para
facilitar sua busca.
2. Similarmente, altere o símbolo do layer Sedes.shp para um círculo com um ponto interno,
dando-lhe a cor vermelha (foreground) e 10 pontos de tamanho.
3. Finalmente, reposicione o layer Municipios.shp de modo que ele ocupe a última posição na
lista de layers. Abra o Symbol Selector, clique no botão ao lado de Fill Color e selecione No
color na paleta de cores.

2.4.2 Definindo um sistema de projeção para o Data Frame


Clique com botão direito do mouse no data frame Zona da Mata Mineira e selecione
36
Properties no menu pop-up para abrir a caixa de diálogo Data Frame Properties. Clique na guia
Coordinate System. No campo Select a coordinate system, selecione o arquivo
WGS_1984_UTM_Zone_23S, presente na pasta Predefined/Projected Coordinate System/Utm/Wgs
1984. Observe que ao selecionar o arquivo de projeção seus parâmetros serão listados no campo
Current coordinate system, conforme ilustra a Figura 13. Pressione OK para fechar a caixa de
diálogo e voltar para a janela principal do ArcMap. As feições dos temas presentes na vista serão
projetadas para o sistema de projeção definido.

Figura 13. A atribuição dos sistemas de referëncia e de projeção ao Data Frame.

Aqui surge um problema. Ao realizarmos a união espacial, o comando considera as


coordenadas da fonte de dados do layer destino – neste caso, geográfica - e não as coordenadas
definidas no data frame. Conseqüentemente, teremos que projetar os layers para o sistema UTM,
uma vez que necessitaremos calcular a distância entre a sede municipal e a torre mais próxima.

2.4.3 Transformação de coordenadas geográficas em coordenadas UTM


Selecione o comando Show/Hide ArcToolbox Window na barra de ferramentas.
Na caixa de diálogo ArcToolbox, dê um clique duplo no comando Project, disponível em
Data Management Tools / Projections and Transformations / Feature/( Figura 14).
Será aberta a caixa de diálogo Project. Complete-a conforme a Figura 15 e clique no botão
OK. Observe que você deverá selecionar o shapefile a ser projetado, especificar o diretório e o
nome do shapefile a ser criado (não se esqueça do sufixo) e selecionar o sistema de projeção.

37
Repita este procedimento para os shapefiles antenas.shp e sedes.shp. Feche o ArcToolbox.
Observe que os novos shapefiles criados foram inseridos ao data frame ativo.
Se os novos layers criados estão em coordenadas UTM, porque estão se
sobrepondo àqueles que estão em coordenadas geográficas sem apresentar distorções?

Outra forma de fazer a conversão seria através


do comando Export Data (clique com o botão direito
do mouse sobre o nome layer, no pop-up selecione
Data).
Remova os layers criados do data frame Zona
da Mata Mineira. Para fazer isto, selecione-os com a
tecla Ctrl pressionada. Posicione o cursor do mouse
sobre um dos layers selecionados, pressione o botão
direito do mouse e selecione a opção Remove no menu
pop-up.
Selecione a opção de menu Insert/Data Frame
para criar um novo data frame.

Figura 14. Projeção de mapas no ArcToolbox.

Figura 15. Configuração para projeção do shapefile municipios.


38
Adicione os três shapefiles criados anteriormente ao novo data frame.
Altere os símbolos dos layers.
Altere o nome do data frame para Zona da Mata Mineira – UTM.

2.4.4 Executando a união espacial


No presente estudo deseja-se identificar, para a sede de cada município, qual é a antena de
telefonia celular mais próxima, bem como a distância entre elas. Esta distância será comparada ao
alcance da antena para então determinar se a sede é atendida ou não por esta antena. Cada registro
da tabela de atributos do plano de informação Sedes_Join_Antenas.shp possuirá informações da
sede e da antena que estiver mais próxima a ela. Uma nova coluna será criada, chamada Distance, e
conterá a distância entre a sede e a antena mais próxima.
1. Na tabela de conteúdo, clique com o botão direito do mouse no layer sedes_UTM e
selecione a opção de menu Joins and Relates/Join. Configue a caixa de diálogo Join Data de
acordo com a Figura 16 e pressione o botão OK. Lembre-se de que estamos manipulando os
layers do Data Frame Zona da Mata Mineira – UTM.
O plano de informação Sedes_Join_Antenas_UTM.shp será adicionado ao Data Frame
ativo. Abra a tabela de atributos deste shapefile e observe seus atributos.

39
➢ no campo Distance da tabela de atributos
do layer Sedes_Join_Antenas_UTM há
valores iguais a zero. Por que isto
acontece?
➢ qual é a unidade dos valores encontrados
no campo Distance?

Figura 16 Configurações para realizar a união espacial.

40
2.4.5 Identificando as sedes municipais atendidas
No menu principal, selecione o comando Selection / Select by Attributes.
Na caixa de diálogo Select by Attributes – Figura 17, selecione o layer
Sedes_Join_Antenas_UTM e construa a expressão abaixo na cláusula WHERE:

(“Distance” <= “Alcance(m)”)

Pressione o botão Apply e logo em seguida Close.

Figura 17. Seleção das sedes atendidas pela antena mais próxima.

Esta expressão selecionará todas as sedes municipais que estão dentro do alcance da antena
de telefonia celular mais próxima.
➢ quantas sedes foram selecionadas?
➢ a metodologia empregada utilizando a união espacial atende ao objetivo proposto?
➢ a metodologia empregada utilizando a união espacial seleciona todas as sedes
municipais atendidas por torres de telefonia celular?

2.4.6 Criando um novo PI com as feições selecionadas


Para armazenar as feições selecionadas em um novo shapefile, clique com o botão direito do
mouse no layer Sedes_Join_Antenas_UTM e selecione o comando Data/Export Data no menu pop-
up. Configue a caixa de diálogo Export Data conforme a Figura 18 e pressione o botão OK.

41
Responda Sim a caixa de mensagem que pergunta se você quer adicionar os dados exportados como
um layer ao data frame.
Assim, atingimos o primeiro objetivo desta aula prática.

Figura 18. Criação de um novo Shapefile com as feições


selecionadas.

2.4.7 Calculando a população dos municípios na área de cobertura


Vamos agora ao segundo objetivo desta prática.
Deseja-se obter, para cada antena de telefonia celular, a população total dos municípios
dentro da sua área de cobertura. A tabela de atributos do layer Sedes_OK.shp não contém
informações sobre a população dos municípios. Essa informação está presente na tabela de atributos
do layer Municipios.shp. A condição para juntar duas tabelas é a de que exista um campo em
comum em ambas. Os passos a seguir permitirão associar os registros das tabelas Sedes_OK.shp e
Municipios.shp. Antes de prosseguir, verifique o número de registros de cada uma destas tabelas.
Observe também que dois campos podem ser utilizados para fazer a junção das tabelas –
CODMUNI e NOMMUNI. Eles são do tipo short (inteiro) e string (alfanumérico),
respectivamente. Sempre que possível, utilize campos numéricos.
1. Na tabela de conteúdo, clique com o botão direito do mouse no layer sedes_OK e
selecione a opção de menu Joins and Relates / Join. Configue a caixa de diálogo Join Data
de acordo com a Figura 19 e pressione o botão OK.
Responda Sim à pergunta sobre a criação de índice (caixa de mensagem Create Index).
Abra a tabela de atributos do layer Sedes_OK e veja que os nomes dos campos agora
possuem um prefixo para identificar a qual tabela eles pertencem, uma vez que esta união é
temporária.
Para se obter a população total dos municípios dentro da área de cobertura de cada antena de

42
Figura 19. Junção das tabelas Sedes_OK e Municipios_UTM.

telefonia celular, há que se proceder a operações sobre os registros da tabela de atributos. Essas
operações são de natureza não-espacial, utilizando recursos comuns aos gerenciadores de banco de
dados. No ArcEditor, essa operação implica resumir os valores de um campo tendo por base os
valores de outro campo. Especificamente, os valores do campo municipios_UTM.POP_2000 serão
totalizados para o campo Sedes_OK.Antena, que é o atributo que identifica, de maneira única, a
antena à qual a sede municipal está associada. Ao se resumir uma tabela, o ArcEditor
automaticamente cria uma nova tabela contendo as estatísticas especificadas pelo usuário.
1. Abra a tabela de atributos do layer Sedes_OK.shp e clique com botão direito do mouse no
nome do campo Sedes_OK.Antena. No menu pop-up, selecione a opção Summarize.
2. Na caixa de diálogo Summarize (Figura 20), item número 2, especifica-se como cada um dos
campos será totalizado – se for de interesse. Marque Sum e Minimun para os campos
municipios_UTM.POP_2000 e Sedes_OK.CODMUNI_1 (código identificador da
Antena), respectivamente. Dê o nome de Pop_Ant.dbf à tabela que será criada (item 3).

43
Figura 20. Cálculo da população atendida por cada antena.

3. Após o processamento será exibida uma caixa de mensagem - Figura 21 - perguntando se


você quer adicionar a tabela Pop_ant.dbf ao mapa. Responda Sim. A tabela estará visível na
tabela de conteúdo apenas no modo de visualização Source.
4. Feche a tabela Sedes_OK.
5. Na tabela de conteúdo, clique com o botão direito do mouse no layer Sedes_OK e selecione
a opção de menu Joins and Relates / Remove Join(s) / municipios_UTM.

Figura 21. Conclusão do resumo .

Com os dados desejados resumidos na tabela Pop_ant.dbf, atingimos o segundo objetivo


desta prática.
No entanto, para exercitar um pouco mais a junção de tabelas, vamos assinalar essas novas
informações às respectivas feições do layer Antenas. Isso é feito unindo-se a tabela Pop_ant.dbf à
tabela de atributos do layer Antenas, tendo-se por base o campo Antena, que é comum a ambas as
tabelas. Dessa forma será possível, por exemplo, representar as feições do layer Antenas utilizando-

44
se o campo Sum_Pop_2000, com o tamanho do símbolo proporcional à população atendida por
cada antena (tópico 2.5, exercício 1).
1. Na tabela de conteúdo, clique com o botão direito do mouse no layer antenas e selecione a
opção de menu Joins and Relates/Join. Configue a caixa de diálogo Join Data de acordo
com a Figura 22 e pressione o botão OK.

Figura 22. Junção das tabelas Antenas e Pop_Ant.

Conforme visto anteriormente, a ligação entre as duas tabelas é temporária. Para ver a
relação de tabelas que estão ligadas a tabela antenas, clique com o botão direito do mouse no layer
antenas e selecione a opção Joins and Relates/Remove Join(s)
Para armazenar definitivamente na tabela de atributos do layer Antenas os valores da
população total dos municípios dentro da área de cobertura de cada antena, deve-se criar um novo
campo nessa tabela e copiar para ele o conteúdo do campo Sum_Pop_2000.
2. Abra a tabela de atributos do layer Antenas. Na barra de status da tabela, clique no botão
Options e selecione a opção Add Field.
3. Configure a caixa de diálogo Add Field conforme a Figura 23 e pressione o botão OK.
O campo Pop_2000 será acrescido à tabela Antenas e receberá o valor zero para todos os
seus registros.

45
Figura 23. Criação do campo Pop_2000.

4. Clique com o botão direito do mouse no nome do campo Antenas_UTM.Pop_2000 e


selecione a opção Calculate Values. Como não abrimos uma sessão de edição, não será
possível desfazer os procedimentos executados. Mas como nosso cálculo é simples,
responda Sim à caixa de mensagem que aparece na Figura 24.

Figura 24. Aviso sobre a edição de tabelas fora de uma sessão de edição.

5. Para “popular” esse campo com os valores da coluna Pop_Ant.Sum_POP_2000, percorra a


lista Fields e clique duas vezes sobre o nome do campo Pop_Ant.Sum_POP_2000. A
expressão [Pop_Ant.Sum_Pop_2000] aparecerá na janela inferior, indicando que o campo
Antenas_UTM.Pop_2000 receberá, registro por registro, os valores correspondentes
contidos no campo Pop_Ant.Sum_POP_2000 , conforme ilustra a Figura 25. Pressione o
botão OK.
6. Agora podemos desfazer a união (Join) entre as tabelas Antenas_UTM e Pop_ant.dbf.
Clique com o botão direito do mouse no layer Antenas_UTM e selecione a opção Joins and
Relates / Remove Join(s) / Pop_ant.
ATENÇÃO: Se ao tentar abrir a tabela de atributos aparecer uma caixa de mensagem com a
informação “Error: Loading Table Data. Could not load data from the data source. If you can
correct the problem, press refresh button to reload data”, e as linhas da tabela não aparecerem, as
causas são:

46
➢ O nome do shapefile começa com um número, contem um espaço ou um caracter
especial.
➢ O nome da tabela começa com um número, contem um espaço ou um caráter especial.
➢ Um nome de campo na tabela começa com um número, contem um espaço ou um caráter
especial.

Figura 25. Atribuição de valores entre campos.

2.4.8 Traçando buffers para as torres de telefonia celular


Para ajudar a responder as questões propostas no tópico número 2.4.5, vamos utilizar um
recurso comum aos SIG's chamado de buffer.
Há dois modos de acessar este comando. O primeiro é através do ArcToolbox, conforme
descrito a seguir.
1. Selecione o comando Show/Hide ArcToolbox Window na barra de ferramentas.
2. Selecione o comando Buffer no menu ArcToolbox/Analysis Tools/Proximity/. Será aberta
a caixa de diálogo Buffer – Figura 26. Por não ser intuitivo para usuários iniciantes,
vamos utilizar o Assistente de Buffer – o segundo modo.
Por padrão, o Assistente não é carregado. Para disponibilizá-lo proceda da seguinte forma:
1. Selecione o comando Customize, disponível no menu principal Tools. Será aberta a caixa
de diálogo Customize.
2. Clique na guia Commands.
3. Selecione Tools na lista de categorias.

47
4. Selecione Buffer Wizard na lista de comandos, arraste e solte o ícone na barra de
ferramentas Standard – semelhante ao que se pode fazer no Word, Excel, etc. Você
também pode colocar o comando como um item de algum dos itens do menu principal - o
Tools por exemplo. Basta clicar no menu para abrir a lista e em seguir arrastar e soltar o
ícone correspondente ao Buffer Wizard no lugar desejado.
Agora que carregamos o comando para a interface do ArcEditor, vamos efetivamente criar
os Buffers.

Figura 26. Caixa de diálogo padrão para o traçado de Buffers.

1. Selecione o comando Buffer Wizard na barra de ferramentas Standard. Será aberta a


caixa de diálogo Buffer Wizard - Figura 27. Selecione o layer antenas_UTM e clique no
botão Avançar >.

48
Figura 27. Tela inicial do Assistente para traçado de Buffers.

2. Na segunda janela do assitente – Figura 28, será especificado a forma de criação do


buffer. No nosso caso, vamos assinalar a segunda opção, uma vez que o alcance de cada
uma das antenas está armazenado no campo ALCANCE_M_ da tabela de atributos do
layer antenas_UTM. Portanto, configure a sua caixa de diálogo de acordo com a figura
abaixo e clique no botão Avançar >.

Figura 28. Especificação dos parâmetros para criação dos buffers.

3. Na terceira janela do assistente – Figura 29, escolha a opção de preservar os limites de


cada um dos buffers e de criá-los como gráficos. Pressione o botão Concluir.
Como as feições são pontuais, os buffers tomam a forma de circunferências. Por padrão, os
gráficos possuem preenchimento, o que dificulta a análise. Para retirar o preenchimento, siga os
passos a seguir.
49
Figura 29. Parâmetros finais dos buffers.

1. Selecione todos os círculos utilizando o comando Select Elements da barra de ferramentas


Tools.
2. Pressione o botão direito do mouse e selecione a opção Properties.
3. Na caixa de diálogo Common Properties for Selected Elements, clique em Fill Color e
escoha No color.
Analise e tire suas conclusões! Veja os casos das sedes Jequeri e Santo Antônio do
Grama.

2.5 Exercícios

1. Altere a legenda do layer Antenas_UTM para exibir os símbolos com tamanho proporcional a
população atendida por cada antena.
2. Cite exemplos de aplicação dos Buffers.
3. Complete a tabela abaixo com exemplos de aplicação da união espacial, para cada tipo de
geometria.

Destino\Origem Ponto Linha Polígono


Ponto
Linha
Polígono
Destino – tabela que receberá os atributos da feição mais próxima a ela. Origem – tabela que vai
ceder os atributos.
4. Você Criará um PI chamado Cobertura contendo o limite da área de cobertura de cada antena,
tendo por base a fusão dos limites dos municípios que a integram (Fusão de Polígonos

50
Adjacentes com base em atributo – no caso a antena que atenda ao município). Use o comando
Dissolve, disponível em ArcToolbox / Data Management Tools / Generalization.
➢ A tabela de atributos desse novo tema deverá conter, para cada antena, a população total
em 2000 na área de cobertura.
➢ Produza um mapa (layout) contendo os limites de cada antena, identificando a localização
da antena, o nome da antena e a população total na área de cobertura. O tamanho do
símbolo associado à antena deverá refletir a população na respectiva área de cobertura.
Use o tema Municipios como fundo, mostrando os limites dos municípios não cobertos
por telefonia celular na Zona da Mata mineira.
5. Cite exemplos de aplicação do comando Dissolve.
6. Como vimos, existem situações em que pode existir uma antena com raio de alcance maior do
que a antena mais próxima da sede, sendo que a sede está dentro deste raio. Com o intuito de
atender aos objetivos abaixo:
➢ determinar quais são as sedes municipais que estão dentro do raio de alcance de ALGUMA
antena (você encontrará 94 sedes). Dica: crie um buffer com o alcance das Antenas (como um
shapefile) e utilize o comando Select By Location;
➢ determinar a população atendida por cada antena, sendo que para as sedes que estiverem
dentro do raio de alcance de mais de uma antena, a população deverá ser assinalada a todas as
antenas, e não a apenas uma. Dica: utilize o comando Join.
Estabeleça uma metodologia para atingir os objetivos propostos.

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Preparado por: Carlos Antonio Alvares Soares Ribeiro – DEF-UFV
Atualizada para a versão 9.X e modificada por Wellington D. Guimarães – CEFETES. Versão 1.0

3. Sobreposição de Mapas Vetoriais


A área de estudos é uma parte de uma cidade fictícia denominada Paraíso. Essa porção da
cidade é cortada pelo Ribeirão Marmelada. Ao norte do ribeirão predominam áreas industriais e
comerciais, enquanto no lado sul estão as áreas residenciais. Paraíso está experimentando uma
dificuldade crescente no controle das inundações. As estações fluviométricas têm registrado uma
elevação do nível das águas do Ribeirão Marmelada durante os últimos cinco anos. O excesso de
água tem alterado substancialmente a extensão da planície normal de inundação. Esse problema
decorre do recente processo de urbanização ao longo desse rio, onde os novos projetos de
desenvolvimento vêm ocasionando a impermeabilização do solo, reduzindo a superfície de absorção
das águas e aumentando significativamente o escomento superficial.
Residências que até então encontravam-se a uma distância segura do nível normal das cheias
daquele ribeirão passaram a ser afetadas pelo novo regime de inundações, principalmente após
chuvas mais fortes. É óbvio que, se tais projetos devem prosseguir, alguma intervenção deverá ser
feita no que concerne ao controle efetivo do nível crescente das inundações naquela região.
Entretanto, deve-se avaliar as perdas econômicas de cada propriedade afetada confrontando-as com
o custo da implantação das novas medidas mitigatórias para que o processo seja economicamente
justificável.

3.1 Objetivos
A intenção desse exercício é proporcionar-lhe a experiência de solucionar problemas de
modelagem espacial utilizando modelo de dados vetorial. Especificamente, estudar-se-á o impacto
financeiro em zonas residenciais ocasionado por inundações. Portanto, deseja-se:
➢ Determinar quantas propriedades residenciais serão afetadas pela expansão da planície de
inundação.
➢ Estimar a perda financeira associada a cada propriedade, levando em consideração o
respectivo valor de mercado.
➢ Compor uma mapa (layout) contendo os lotes residenciais, com a legenda agrupando as
perdas em três classes:
< R$ 5.000,00
R$ 5.000,01 – R$ 15.000,00
> R$ 15.000,01

52
➢ Insira também neste mesmo layout uma tabela contendo as colunas:

Identificação do Lote Área Inundável Perda Estimada

3.2 Dados Necessários


Os dados necessários para esse exercício encontram-se em ..\prat3\dados e foram extraídos
de uma base digital da ESRI, tendo sido convertidos para o formato Shapefile. Os arquivos (mapas e
suas tabelas de atributos) a serem utilizados estão descritos no Quadro 4. Os mapas estão
coordanadas UTM, datum SAD 69, meridiano central de 39° W.

Plano de Tipo de
Formato Significado
Informação geometria
Inund Shapefile Polígono Áreas sujeitas a inundações
Rios Shapefile Linha Hidrografia
Cadastro de todas as propriedades com informações
Lotes Shapefile Polígono
de proprietário, endereço e valor de mercado
Quadro 4. Descrição geral dos planos de informação a serem utilizados nesta prática.

Tabelas de Atributos
INUND.DBF
Os valores do campo Classe possuem o seguinte significado:
A planície de inundação
B região alagadiça (brejo)
C região sem risco de inundação

RIOS.DBF
Os valores do campo Codigo significam:
1 curso d’água primário
2 curso d’água secundário

LOTES.DBF
Os valores do campo Uso significam:
AG agricultura
CM comércio
CR condomínio residencial
IP indústrias pesadas
53
MX área de uso misto

3.3 Procedimentos
Inicie o ArcMap e adicione os layers do Quadro 4.
Altere a legenda do layer Inund.
Categories: Unique Values
Value Field: Classe
No campo Label, substitua as letras A, B e C por Planície de Inundação, Brejo e Sem risco
de Inundação, respectivamente.
Altere a legenda do layer Lotes.
Features: Single symbol
Symbol: No collor
No caso desta prática interessam-nos apenas os lotes de uso residencial. Para não ter que
gerar outro shapefile apenas com os lotes de uso residencial, vamos ocultar os lotes que não
pertençam a esta categoria, evitando assim o processamento desnecessário de dados.
1. Posicione o cursor do mouse sobre o layer Lotes e pressione o botão direito do mouse.
Selecione Properties no menu pop-up.
2. Na caixa de diálogo Layer Properties, selecione a guia Definition Query e em seguida o
botão Query Builder.
3. Na caixa de diálogo Query Builder, construa a expressão "USO" = 'CR'
4. Clique no botão OK das caixas de diálogo Query Builder e Layer Properties.
Certifique-se – através da tabela de atributos – de que ficaram visíveis apenas os lotes de uso
residencial.
A estimativa da perda de cada propriedade é dada pela seguinte equação:
Perda (R$) = Área inundável [m2] x Valor unitário [R$.m-2] (Equação 1)
Conseqüentemente, deveremos determinar para cada lote residencial:
➢ A área atingida pela inundação
➢ O valor unitário do metro quadrado

3.3.1 Cálculo do valor unitário (R$/m2) de cada lote


Abra a tabela de atributos LOTES (attributes of Lotes). Veja que há um campo com o nome
de VALOR_MERC. Ele armazena o valor de mercado de cada um dos lotes. Como nos interessa o
valor unitário, será necessário adicionar um campo para armazenar esta informação.
54
Na tabela de atributos, selecione o comando Options/Add Field. Será aberta a caixa de
diálogo Add Field.
Dê o nome ao campo de VAL_UNIT, que deverá ser
do tipo Float, com precisão de 7 dígitos e escala 2 (Figura
30). Precisão e escala referem-se ao número total de dígitos e
à quantidade de casas decimais, respectivamente. Por
exemplo, o número 25.457,12 tem precisão 7 e escala 2.
Selecione o comando Editor Toolbar , disponível
na barra de ferramentas Standard.
Na barra de ferramentas Editor selecione o comando
Figura 30. Criação do campo VAL_UNIT.
Editor/Start Editing.
Observe que o plano de fundo de alguns campos muda de cor – de cinza para branco,
indicando que eles podem ser editados. Antes de prosseguir, certifique-se de que nenhum registro
dessa tabela esteja selecionado. Se houver algum registro, selecione o comando Options/Clear
Selection.
Posicione o cursor do mouse sobre o campo VAL_UNIT, pressione o botão direito do mouse
e selecione o comando Calculate Values .
Na caixa de diálogo Field Calculator, monte a expressão [VALOR_MERC] / [AREA]
(Figura 31) e clique no botão OK.
Na barra de ferramentas Editor, selecione
o comando Editor/Stop Editing e responda sim à
caixa de mensagem Do you want to save your
edits?
Feche a tabela de atributos e a barra de
ferramentas Editor.
OBS.: Para adicionar campos a uma
tabela três condições devem ser atendidas:
direito de escrita nos arquivos; o layer não pode
Figura 31. Cálculo do valor unitário (R$/m2) de cada lote. estar sendo editado e nenhum outro usuário ou
aplicativo poderá estar acessando estes dados.
A próxima etapa será o desenvolvimento das operações espaciais necessárias à identificação
da fração de cada propriedade que situa-se dentro das áreas de inundação (classes A e B).

55
3.3.2 Sobreposição vetorial dos mapas
Selecione o comando Show/Hide ArcToolbox Window na barra de ferramentas.
Na caixa de diálogo ArcToolbox, dê um clique duplo no comando Intersect, disponível em
Analysis Tools / Overlay.
Será aberta a caixa de diálogo Intersect. Complete-a conforme a Figura 32 e clique no botão
OK. Observe que o layer de saída se chamará lotes_Inund.shp.

Figura 32. Interseção entre os layers Lotes e Inund.

O layer lotes_Inund será automaticamente incluído na TOC do data frame ativo.


Feche o ArcToolbox e abra a tabela de atributos do layer lotes_Inund. Observe que há 52
registros. Como você também deve ter notado, cada registro desta tabela possui informações
provenientes dos dois layers que deram origem a ela, ou seja, esta tabela possui todas as colunas
encontradas nas tabelas de atributos dos layers lotes e Inund. Veja que no nosso mapa os polígonos
representando os lotes foram fragmentados. Há 52 feições (polígonos), provenientes da interseção
dos layers lotes e Inund, que possuíam 36 e 15 feições, respectivamente.
Selecione, alternadamente, os registros correspondentes ao valor 97 para o campo
LOTES_ID e veja o que acontece no mapa. Até agora, para todos os layers manipulados, a
correspondência entre tabela e mapa era biunívoca, ou seja, um registro para cada feição do mapa. O
56
processo de superposição de layers geralmente produz multi-feições. Multi-feições, também
denominadas de feições multipartes (multipart features), são feições constituídas por duas ou mais
feições espacialmente disjuntas, havendo um único registro na respectiva tabela de atributos. Uma
multi-feição tem o mesmo comportamento de uma feição simples. Ao se selecionar qualquer uma
de suas partes, todas as demais partes que a constituem serão automaticamente selecionadas. Em
algumas situações isso poderá ser uma propriedade útil, como no caso de um mapa de países onde
algum deles seja composto por um conjunto de ilhas.
Para criar multi-feições use o comando DISSOLVE, disponível em Data Management
Tools / Generalization do ArcToolbox.
Para entender a origem das multi-feições, observe a Figura 33. Veja que o lote 97 será
fragmentado em quatro partes. No entanto, para duas destas partes, a classe é a mesma – C.
Conseqüentemente, como duas das quatro linhas da tabela seriam iguas, o software as funde em
apenas uma. Portanto, haverá apenas três registros na tabela de atributos do layer lotes_Inund,
sendo que um deles estará associado a dois polígonos, conforme ilustra a Figura 34.

Figura 33. Sobreposição dos layers Lotes e Inund.

Feche a tabela de atributos. Há mais de um caminho para desmembrar um layer com multi-

57
feições. O mais rápido é através da linha de comando.
Selecione o comando Show/Hide Command Line Window na barra de ferramentas
Standard e digite o comando abaixo, onde as reticências indicam o caminho intermediário até a
pasta onde estão os dados:
MultipartToSinglepart c:/.../prat3/dados/lotes_inund.shp c:/ .../prat3/dados/lotes_inund_exp.shp
O inconveniente deste comando é que, obrigatoriamente, será criado outro plano de
informação no formato shapefile.

Figura 34. Um exemplo de multi-feições.

Para não termos de criar outro plano de informação, selecione o comando Editor
Toolbar na barra de ferramentas Standard.
Na barra de ferramentas Editor, selecione o comando Advanced Editing, disponível em
Editor / More Editing Tools. Será aberta uma barra de ferramentas com o nome de Advanced
Editing.
Na barra de ferramentas Editor, selecione o comando Start Editing no menu Editor.
Na barra de ferramentas Editor, selecione o comando Edit Tool e em seguida selecione
todos os polígonos do layer lotes_Inund. Os lotes selecionados ficarão com as bordas destacadas

58
em azul, conforme ilustra a Figura 35.

Figura 35. Lotes que serão "explodidos".

Como há feições selecionadas, o comando Explode Multi-part feature ficará habilitado.


Dê um clique neste botão.
Vá até a barra de ferramentas Editor, selecione o comando Stop Editing no menu Editor e
responda Sim à caixa de mensagem que pergunta se você deseja salvar a edição realizada.
Feche as barras de ferramentas Editor e Advanced Editing.
Quais são as vantagens e as desvantagens de se utilizar multi-feições?

Abra a tabela de atributos do layer lotes_Inund novamente. Os campos Area e Perimeter


estão duplicados e seus valores deverão ser desconsiderados, uma vez que referem-se aos layers que
deram origem a tabela de atributos do layer lotes_Inund. Vamos excluir uma ocorrência de cada
um deles (AREA_1 e PERIMETE_1) e em seguida atualizar os valores de área e perímetro (AREA
e PERIMETER) para os polígonos deste layer.
Na tabela de atributos, posicione o cursor do mouse sobre o nome da coluna AREA_1 e
pressione o botão direito do mouse. No menu pop-up, selecione o comando Delet Field e responda
Sim à caixa de mensagem que pergunta se você quer apagar a coluna selecionada. Repita o mesmo
procedimento para a coluna PERIMETE_1.
Posicione o cursor do mouse sobre o nome da coluna AREA e pressione o botão direito do
mouse. No menu pop-up, selecione o comando Calculate Values e responda Sim à caixa de
mensagem Field Calculate. Na caixa de diálogo Field Calculate - Figura 36, marque a caixa de
verificação Advanced. No campo Pre-Logic VBA Script Codes, digite a expressão abaixo:

59
Dim Output as double
Dim pArea as IArea
Set pArea = [shape]
Output = pArea.area
No campo AREA = digite Output e pressione o botão OK.
A caixa de diálogo será fechada e os valores de área serão atualizados. Agora vamos
atualizar os valores de perímetro.

Figura 36. Cálculo da área dos polígonos.

Posicione o cursor do mouse sobre o nome da coluna PERIMETER e pressione o botão


direito do mouse. No menu pop-up, selecione o comando Calculate Values e responda Sim à
caixa de mensagem Field Calculate. Na caixa de diálogo Field Calculate, marque a caixa de
verificação Advanced. No campo Pre-Logic VBA Script Codes, digite a expressão abaixo:
Dim Output as double
Dim pCurve as ICurve
Set pCurve = [shape]
Output = pCurve.Length
No campo PERIMETER = digite Output e pressione o botão OK.
A caixa de diálogo será fechada e os valores de perímetro serão atualizados.
Já temos todos os elementos necessários para calcularmos a perda econômica de cada lote de
acordo com a Equação 1.
Vamos agora criar um campo para armazenar a perda econômica de cada lote. Ainda na

60
tabela de atributos, clique no botão Options e selecione o comando Add Field. Preencha a caixa de
diálogo Add Field com os valores abaixo e pressione o botão OK.
Name: Perda
Type: Float
Precision: 7
Scale: 2
Somente os polígonos classificados como A ou B (campo CLASSE) serão afetados pelas
inundações. Vamos selecionar os registros correspondentes a esses polígonos antes de efetuarmos o
cálculo da perda.
Na tabela de atributos, clique no botão Options e selecione o comando Select by Attributes.
Na caixa de diálogo, construa a expressão abaixo, pressione o botão Apply e em seguida o botão
Close.
"CLASSE" = 'A' OR "CLASSE" = 'B'
Minimize a tabela de atributos e verifique na área de desenho se a seleção obtida é ou não
compatível. Volte com a tabela para o seu tamanho anterior. Veja que dos 54 polígonos, 17 foram
selecionados, conforme indica a Figura 37.

Figura 37. Fragmentos dos lotes atingidos


pela inundação.

Posicione o cursor do mouse sobre o nome da coluna PERDA e pressione o botão direito do
mouse. No menu pop-up, selecione o comando Calculate Values e responda Sim à caixa de
mensagem Field Calculate. Na caixa de diálogo Field Calculate, desmarque a opção Advanced,
construa a expressão abaixo e pressione o botão OK.
[AREA] * [VAL_UNIT]

61
Veja que o cálculo foi realizado apenas para os registros que estavam selecionados.
Observe que os valores de perda calculados para o layer lotes_Inund referem-se aos
polígonos individuais, não estando totalizados por propriedade. Assim, há que se proceder à
totalização dos mesmos por propriedade, para se gerar o relatório final de acordo com as
especificações do problema.
Um dos campos que nos permite identificar a qual lote pertence cada polígono é
LOTES_ID - poderíamos utilizar também o campo FID_lotes. Vamos utilizá-lo para totalizar a
perda para cada lote, ou seja, todos os registros possuindo o mesmo valor de LOTES_ID serão
agrupados em um único registro na tabela de saída (Tot-Lot-Inund.dbf).
Posicione o cursor do mouse sobre o nome da coluna LOTES_ID e pressione o botão
direito do mouse. No menu pop-up, selecione o comando Summarize Na caixa de diálogo
Summarize - Figura 38, preencha-a de acordo com os valores abaixo, pressione o botão OK e
responda Sim a caixa de mensagem Summarize completed, que pergunta se você deseja inserir a
tabela criada ao documento de mapa.:
1. Select a field to summarize: LOTES_ID
2. Choose one or more summary statistics to be included in the output table:
AREA: Sum
Perda: Sum
3. Specify output table: Tot-Lot-Inund.dbf
Summarize on the selected records only: marcar
Quantas propriedades residenciais
foram atingidas?

62
Figura 38. Totalização dos campos AREA e Perda.

Feche a tabela de atributos do layer lotes_Inund e abra a tabela Tot-Lot-Inund.dbf, que


estará disponível no final da lista de fontes de dados da TOC.
A tabela Tot-Lot-Inund.dbf não está vinculada a layer algum e, por isso mesmo, não possui
o campo Shape. Observe também que a identificação dos registros é feita através de um campo com
nome OID (identificador de objeto). No caso das fontes de dados no formato shapefile a
identificação se dá através do campo FID (identificador de feição). Entretanto, é possível associar,
temporariamente, seus registros aos da tabela LOTES.DBF por intermédio do campo LOTES_ID,
que é comum a ambas as tabelas. Não é necessário que o campo em comum tenha o mesmo nome.
A única exigência é que eles possuam o mesmo tipo de dado. Interessa-nos fazer esta união entre as
tabelas para que possamos criar um mapa temático onde a cor indicará, para cada lote, sua perda
econômica, de acordo com as classe estabelecidas nos objetivos do exercício.
Feche a tabela Tot-Lot-Inund.dbf. Na tabela de conteúdo, clique com o botão direito do
mouse no layer Lotes e selecione a opção de menu Joins and Relates / Join. Configue a caixa de
diálogo Join Data de acordo com a Figura 39 e pressione o botão OK.
Abra a tabela de atributos do layer Lotes. Vamos criar um campo para armazenar a perda
econômica de cada lote. Clique no botão Options e selecione o comando Add Field. Preencha a
caixa de diálogo Add Field com os valores abaixo e pressione o botão OK.

63
Figura 39. União da tabela Tot-Lot-Inund à tabela LOTES.

Name: Perda
Type: Float
Precision: 7
Scale: 2
Posicione o cursor do mouse sobre o nome da coluna lotes.Perda e pressione o botão direito
do mouse. No menu pop-up, selecione o comando Calculate Values e responda Sim à caixa de
mensagem Field Calculate. Na caixa de diálogo Field Calculate, desmarque a opção Advanced –
caso ainda esteja marcada, construa a expressão abaixo e pressione o botão OK.
[Tot-Lot-Inund.Sum_Perda]
Uma vez que os valores foram transferidos de forma definitiva para a tabela Lotes,
poderemos desfazer a junção entre as tabelas Lotes e Tot-Lot-Inund. Na tabela de conteúdo,
clique com o botão direito do mouse no layer Lotes. No menu pop-up, selecione o comando Joins
and Relates / Remove Join(s) / Tot-Lot-Inund. Feche a tabela de atributos Lotes.
Altere a legenda do layer Lotes.
Quantities: Graduated colors
Value: Perda
Classes: 3
64
Observar os intervalos e a legenda definidos nos objetivos. Para excluir os lotes que não
foram atingidos, clique no botão Classify. Na caixa de diálogo Classification clique no botão
Exclusion. Na caixa de diálogo Data Exclusion Properties, guia Query, construa a expressão
"Perda" = 0. Na guia Legend, marque a caixa de verificação Show symbol for excluded
data. No campo Label digite Não Atingidos e retire o preenchimento do símbolo.
E finalmente, prepare uma mapa de acordo com as especificações dos objetivos.

3.4 Exercício

3.4.1 Objetivo
Elaborar um estudo para identificação de áreas potenciais para que uma fábrica de produtos
químicos instale um aterro industrial para os rejeitos gerados durante seu processo de produção.

3.4.2 Fatores a serem considerados


Para a seleção das áreas potenciais, considere as restrições abaixo:
➢ Deverão estar a no máximo 10km da sede da fábrica, mas dentro dos limites do município
de Castelo.
➢ Os locais deverão situar-se a no máximo 500m de uma estrada de acesso – considere apenas
Rodovia (Auto Estrada) e Rodovias não pavimentadas.
➢ Não poderão ser vizinhas de áreas urbanas ou habitadas - povoados, devendo estar a pelo
menos 6Km destas.
➢ Deverão estar a mais de um quilômetro do Rio Castelo (Rio principal).
➢ O local deverá estar a mais de 200m dos demais cursos d'água.
➢ Os locais potenciais deverão possuir, no mínimo, 15 hectares.

3.4.3 Material
Mapas contendo a localização da fábrica (hipotética), malha viária, áreas urbanas e
hidrografia do município de Castelo-ES, conforme a tabela abaixo. Os mapas foram obtidos junto
ao IBGE, através de download (http://www.ibge.gov.br). A escala original é de 1:50.000. O formato
original é .dgn – do software de CAD MicroStation. Todos os mapas estão no formato Shapefile. Os
mapas estão disponíveis no FTP do CEFETES, na pasta ...\TP1\Dados.
Os mapas estão em coordenadas UTM, datum SAD 69, meridiano central de 39° W. Todas
as análises deverão ser feitas considerando-se os mapas no formato vetorial. Os trabalhos poderão
ser entregues em grupos de até três alunos. Você utilizará, basicamente, os comandos Buffer, Clip,
Intersect e Union.

65
Plano de informação Tipo de Geometria Arquivo
Sede da fábrica Ponto Sede.*
Malha Viária Linha Mviaria.*
Áreas Urbanas Polígono Aurbanas.*
Limite municipal Polígono Lmunicipal.*
Nomes dos cursos d´água Ponto Hidrotexto.*
Rio Principal Polígono Rprincipal.*
Hidrografia Linha Hidrografia.*

3.4.4 Resultados esperados


Você deverá entregar um CD com os planos de informação gerados durante a análise, bem
como o documento de mapa (arquivo .mxd) – lembre-se de configurá-lo para armazenar o caminho
relativo das fontes de dados. Os nomes dos planos de informação devem ser os mesmos, tanto no
relatório quanto em disco e no arquivo .mxd. Um relatório (impresso) com a descrição do trabalho
realizado, composto de Introdução, Metodologia e Conclusão. Inclua neste relatório um fluxograma
contendo todas as operações realizadas. Na conclusão, faça comentários sobre possíveis limitações
da metodologia utilizada. Se você fosse o tomador de decisão da indústria, e tivesse que escolher
apenas um entre os vários locais potenciais identificados com base nas restrições acima, quais
seriam os outros fatores que você consideraria? E finalmente, haverá uma entrevista individual
acerca do trabalho.

3.4.5 Bibliografia

CARVALHO, M. S.; DE PINA, M. F; DOS SANTOS, S. M. Conceitos Básicos de Sistemas de


Informação Geográfica e Cartografia Aplicados à Saúde. Brasília: Organização Panamericana de
Saúde., 2000. 124p.
INTERGRAPH, 1995. GIS executive overview, versão 2, CD-ROM multimídia.

66
Preparado por: Prof. Wellington D. Guimarães – CEFETES. Versão 1.0

4. Intercâmbio de dados entre o AutoCAD Map e o ArcGIS


Dificilmente um único software atende a todas as necessidades de empresas que trabalham
com Geoprocessamento – sejam elas públicas ou privadas, sendo comum o uso de mais de um
software em suas atividades. Normalmente se usam softwares distintos para restituição, edição,
criação de ortofotos, processamento de imagens, integração de bases cartográficas e assim por
diante. Isso se deve principalmente ao fato dos softwares apresentarem pontos fortes e pontos
fracos. Outro fator é a demanda de clientes, que podem fazer uso de outros softwares.
Conseqüentemente, será necessário realizar a conversão entre formatos. Abordaremos nesta prática
apenas formatos vetoriais.
Cada formato possui características próprias no que se refere ao modo de estruturar os dados
(modelo de dados). A conversão entre formatos distintos em geral não se dá de forma direta, mesmo
que o software tenha filtros de importação e exportação para o formato desejado. Portanto, é comum
um pré-processamento dos dados a serem exportados para adequação dos mesmos ao formato para o
qual se deseja exportar.
Vamos abordar nesta prática os cuidados que devem ser tomados no intercâmbio de dados
entre os softwares AutoCAD e ArcEditor, no que se refere aos formatos dwg e shapefile,
respectivamente. Vale lembrar que o ArcGIS também reconhece os formatos dgn (MicroStation) e
dxf – também do AutoCAD.
O AutoCAD Map é um excelente software no que se refere a edição de mapas, sendo por
isso utilizado por muitas empresas para tal finalidade. Uma vez editados, é comum disponibilizá-los
em um formato mais adequado para uso em SIG's. Neste caso se destaca o formato Shapefile da
ESRI que, embora proprietário, tem seu esquema de criação disponibilizado pela empresa
mencionada – e está disponível no FTP do CEFETES, junto com os dados desta prática.
Há várias diferenças entre os dois formatos. Estas se devem principalmente a formas
distintas de implementação do conceito de plano de informação. Vamos a algumas delas. Cada
plano de informação no formato shapefile possui, no mínimo, três arquivos de mesmo nome e com
a extensões .shp, .dbf e .shx, que armazenam o mapa, a tabela de atributos e índices para
interligação das feições do mapa com as correspondentes linhas da tabela, respectivamente. Todo
plano de informação possui um, e apenas um, tipo de geometria (ponto, linha, polígono). No caso
do formato dwg, um único arquivo pode conter vários planos de informação (denominados de
layer). Cada um destes layers pode conter, simultaneamente, os três tipo de geometria.

67
Suponha que você tenha produzido um mapa no AutoCAD e seu cliente lhe solicitasse este
mapa também no formato shapefile, inclusive com os atributos contidos em uma tabela avulsa.
Como gerar estes arquivos?
Você pode visualizar arquivos CAD nos formatos .dwg, .dxf ou .dgn no ArcMap sem a
necessidade de convertê-los para o formato shapefile. Há dois modos de inserí-los:
➢ como um desenho CAD (CAD Drawing);
➢ ou como um conjunto de feições (CAD Feature Dataset).
Quando inserimos o arquivo como um desenho (drawing), os elementos gráficos serão
exibidos do mesmo modo que aparecem no CAD. Não será possível alterar sua aparência - trocar a
cor, por exemplo. Também não poderemos utilizá-lo para operações de análise espacial - como
sobreposição de mapas. Neste modo de visualização o ArcMap não associa uma tabela de atributos
aos elementos gráficos. Estaremos restritos basicamente ao controle da visibilidade dos layers que
compõem o arquivo CAD, como veremos adiante.
Se sua intenção é a de utilizar um arquivo CAD com a prerrogativa de alterar a forma como
os elementos gráficos deverão ser exibidos e também utilizá-lo para operações de análise espacial,
você deverá adicioná-lo como um CAD Feature Dataset. Neste modo de visualização os elementos
gráficos serão agrupados segundo o tipo de geometria definido no formato shapefile. Ou seja, todos
os elementos com representação do tipo ponto serão exibidos conjuntamente. O mesmo vale para
polilinhas, polígonos e textos. Lembre-se de que no formato shapefile cada plano de informação
possui um, e apenas um, tipo de geometria. Neste caso o ArcMap associará uma tabela de atributos
aos elementos gráficos, cujos atributos referem-se as propriedades de desenho do CAD, como layer,
entidade, cor, tipo de linha, etc.

4.1 Objetivos
➢ Compreender as diferenças básicas de implementação do conceito de plano de
informação nos formatos dwg e shapefile.
➢ Converter dados armazenados no formato .dwg para o formato shapefile.
➢ Codificar feições a partir de layer de texto e integrar com tabela dbase externa.

4.2 Dados Necessários


Os dados necessários para esse exercício encontram-se em ...\prat4\dados. Os arquivos
(mapas e suas tabelas de atributos) a serem utilizados estão descritos no quadro abaixo. O datum
horizontal é o SAD69. O sistema de projeção é UTM, com meridiano central de 45°W.

68
Plano de Informação Formato Significado
Talhoes dwg Talhões de eucaliptais de uma empresa madeireira.
TextoCentroides dwg Identificadores dos talhões.
Talhoes dbf Tabela de atributos dos talhões.

O arquivo Talhoes.dwg possui os layers Talhoes, Eixo-Estradas e Represas.

4.3 Procedimentos
Inicie o ArcMap com um mapa vazio. Mude o nome do data frame Layers para CAD
Drawing.
Clique no botão Add Data e navegue até o diretório ...\prat4\dados. Conforme ilustra
a Figura 40, veja que existem duas representações para o arquivo Talhoes.dwg.

Figura 40. Os dois modos de inserção de um arquivo CAD.

Vamos avaliar inicialmente o comportamento de um arquivo CAD inserido no modo CAD


Drawing.
Selecione o arquivo Talhoes.dwg (do tipo CAD Drawing) e pressione o botão Add. Ou
então dê um clique duplo no nome do arquivo. Como o ArcMap não reconhece o sistema de
referência associado ao desenho, ele exibirá uma caixa de mensagem, conforme ilustra a Figura 120.
Clique no botão OK.

Figura 41. Layer sem referência espacial. Os dados não poderão ser projetados.

69
Será adicionado à área de desenho um mapa contendo talhões de eucaliptais e os eixos das
estradas que os circundam. As ferramentas de visualização de mapa funcionam da mesma forma que
para arquivos shape. Utilize-as para explorar o mapa.
Veja que você não pode alterar a legenda do desenho, e que polilinhas e polígonos são
exibidos juntos. Basicamente o que se pode controlar é a visibilidade do layer.
Posicione o cursor do mouse sobre o layer Talhoes.dwg e pressione o botão direito do
mouse. No menu pop-up, selecione Properties.
Na caixa de diálogo Layer Properties - Figura 42, selecione a guia Drawing Layers. A caixa
de verificação ao lado do nome de cada layer controla a visibilidade de cada um dos layers. Deixe
visível apenas o layer Talhoes e pressione o botão OK.

Figura 42. Controle de visibilidade dos layers do arquivo Talhos.dwg.

Em razão das limitações observadas, este modo de inserção de arquivos CAD é útil apenas
em situações em que se deseja utilizá-los como “pano de fundo”. Vamos para o próximo modo de
inserção.
Insira um novo data frame à TOC. Mude seu nome para CAD Feature Dataset.
Posicione o cursor do mouse sobre este data frame e pressione o botão direito do mouse. No
menu pop-up selecione Properties.
Na caixa de diálogo Data Frame Properties, selecione a guia Coordinate System. No campo
Select a coordinate system, selecione o arquivo South American 1969 UTM Zone 23S, disponível

70
na pasta Predefined/Projected Coordinate System/Utm/Other GCS/.
A razão de definirmos um sistema de refência para o data frame é que ao convertermos os
dados do formato dwg para o shapefile poderemos criar também o arquivo .prj, cuja finalidade é a
de armazenar os sistemas de referência e de projeção, conforme visto em práticas anteriores.
Clique no botão Add Data e navegue até o diretório ...\prat4\dados. Vamos adicionar
novamente o arquivo Talhoes.dwg, mas agora como CAD Feature Dataset. Dê um clique duplo no
arquivo. Ao invés de adicionar o arquivo à área de desenho do ArcMap, será mostrado agora – ainda
na caixa de diálogo Add Data – uma lista de todos os tipos de geometria suportados pelo ArcMap,
conforme ilustra a Figura 43.
Pressione a tecla Ctrl, selecione Polygon e Polyline e em seguida o botão Add. Serão
adicionados ao data frame CAD Feature Dataset dois layers - Talhoes.dwg Polyline e
Talhoes.dwg Polygon, conforme ilustra a Figura 44.

Figura 43. Tipos de geometria reconhecidas pelo ArcMap.

Deixe visível apenas o layer de polilinhas e navegue pelo


mapa. Abra a tabela de atributos deste layer e observe os valores
do campo Layer. Todas as polilinhas estão representadas nesta
camada – estando elas fechadas ou não (o comando LIST no
AutoCAD fornece esta informação). Como nos interessa gerar
um plano de informação apenas para os eixos de estradas,
Figura 44. Tabela de contéudo
(TOC). vamos selecioná-los e em seguida criar um arquivo shapefile.

71
Ainda na tabela de atributos, clique no botão Options e em seguida no comando Select by
Attributes.
Na caixa de diálogo Select by Attributes, construa a expressão abaixo e pressione os botões
Apply e Close, nesta ordem.
"Layer" = 'Eixo-Estrada'
Feche a tabela de atributos.
Na TOC, posicione o cursor do mouse no layer Talhoes.dwg Polyline e pressione o botão
direito do mouse. No menu pop-up, selecione o comando Data/Export Data... Preencha a caixa de
diálogo Export Data conforme a Figura 45 e pressione o botão OK.

Figura 45. Exportação do layer com os eixos de estradas.

Em seguida, será exibida uma caixa de mensagem (Figura 46) perguntando se você quer
adicionar o arquivo exportado ao data frame. Pressione o botão Sim.

Figura 46. Adição do layer exportado ao Data Frame ativo.

Deixe visível apenas o layer EixoEstrada. Abra sua tabela de atributos e observe que agora
ficaram apenas os dados pertinentes a este layer. Feche a tabela de atributos.
Deixe visível apenas o layer Talhoes.dwg Polygon. Vamos criar agora um novo shapefile
para as represas.
Abra a tabela de atributos deste layer, clique no botão Options e em seguida no comando
Select by Attributes.
Na caixa de diálogo Select by Attributes, construa a expressão abaixo, e pressione os botões
Apply e Close, nesta ordem.
72
"Layer" = 'Represas'
Feche a tabela de atributos.
Na TOC, posicione o cursor do mouse no layer Talhoes.dwg Polygon e pressione o botão
direito do mouse. No menu pop-up, selecione o comando Data/Export Data... Preencha a caixa de
diálogo Export Data conforme a Figura 47 e pressione o botão OK.

Figura 47. Exportação do layer Represas.

Pressione o botão Sim na caixa de mensagem que será exibida em seguida, e que pergunta se
você quer adicionar o arquivo exportado ao data frame.
Porque não utlilizamos o layer Talhoes.dwg Polyline para selecionar as
represas e fazer a conversão, uma vez que este layer também as contém?

Falta gerar um shapefile para os talhões de eucalipto. Aqui surge um problema que está
relacionado a presença de represas dentro dos talhões. O formato shapefile não suporta o conceito
de topologia, portanto os objetos geográficos são vistos e armazenados isoladamente – embora no
mesmo arquivo. No entanto, suporta a existência de buracos - ou ilhas. Há diversas formas de
resolver o problema. Uma consiste em utilizar um comando de diferença entre mapas. No caso do
ArcGIS, este comando está disponível apenas no ArcInfo (comando ERASE). Outra solução é criar
a topologia para os layers Talhoes e Represas no AutoCAD Map e depois exportá-la para o formato
shapefile. Utilizaremos esta última, uma vez que dispomos apenas do ArcEditor. Portanto, utilize os
conhecimentos adquiridos na disciplina Base Cartográfica para criar a topologia. Lembre-se de que
você deverá utilizar os layers Talhoes e Represas.
Para exportar a topologia para o formato shapefile, selecione o comando Export no menu
Map/Tools – ou então digite mapexport na linha de comando. Será aberta a caixa de diálogo Export
Location - Figura 48.
Em files of type: selecione ESRI Shape (*.shp). Informe o nome o arquivo e pressione o
73
botão OK.

Figura 48. Escolha do local, do nome do arquivo e do formato de exportação.

Será aberta a caixa de diálogo Export. Assinale as configurações conforme ilustra a Figura
49 e clique no botão OK.
Object type: Polygon
Select polygon topology to export: => Name: Talhoes
Marque a caixa de verificação Group complex polygons.

Figura 49. Configurações para exportar a topologia dos talhões.

74
Adicione o shapefile criado na etapa anterior ao data frame ativo. Observe que os talhões
contendo represas foram criados com os buracos (ou ilhas). Assim, o cálculo das áreas agora
retornará um valor correto.

4.3.1 Codificação de feições a partir de layer de texto


Vamos agora importar os identificadores de cada talhão, que foram colocados como textos
dentro de cada um deles (arquivo TextoCentroides.dwg). Uma vez importados e convertidos para
número, iremos associar às feições (talhões) uma tabela de atributos. Antes porém, utilize o
ArcCatalog para criar o arquivo .prj para TextoCentroides.dwg.
Clique no botão Add Data e navegue até o diretório ...\prat4\dados. Na caixa de
diálogo Add Data dê um clique duplo no arquivo TextoCentroides.dwg (CAD Feature Dataset).
Selecione Annotation e em seguida o botão Add.
Um layer contendo texto será adicionado ao data frame ativo. Navegue pelo mapa e observe
que para cada talhão há um texto com seu identificador. Iremos incorporar estes identificadores à
tabela de atributos do layer talhões. Abra a tabela de atributos do layer TextoCentroides.dwg
Annotation e veja que há um campo chamado Text, que armazena o texto que aparece dentro de
cada talhão. Feche esta tabela de atributos.
Na tabela de conteúdo, clique com o botão direito do mouse no layer talhoes e selecione a
opção de menu Joins and Relates/Join. Configue a caixa de diálogo Join Data de acordo com a
Figura 50 e pressione o botão OK.

Figura 50. Incorporação dos ID's aos talhões.

75
Abra a tabela de atributos do layer TalhoesID e observe que os atributos do layer de
anotações foram incorporados a esta tabela, inclusive o campo Text. Vamos convertê-lo para o
formato numérico.
Na barra de status da tabela, clique no botão Options e selecione a opção Add Field.
Configure a caixa de diálogo Add Field conforme a Figura 51 e pressione o botão OK.

Figura 51. Criação da coluna IDTalhao.

O campo IDTalhao será acrescido à tabela TalhoesID e receberá o valor zero para todos os
seus registros.
Clique com o botão direito do mouse no nome do campo IDTalhao e selecione a opção
Calculate Values no menu pop-up.
Clique no botão Sim da caixa de mensagem Field Calculator que aparecerá.
Na caixa de diálogo Field Calculator, marque a caixa de verificação Advanced e digite o
código abaixo no campo Pre-logic VBA Script Code:
Dim inteiro as integer
inteiro = Int ([Text])
Em seguida, para o campo IDTalhao, digite o texto abaixo e pressione o botão OK:
inteiro
Compare os campos Text e IDTalhao. Observe que o alinhamento dos valores é diferente.
Para campos com valores do tipo texto o alinhamento é à esquerda, enquanto que para campos com
valores numéricos o alinhamento é a direita.
Clique no botão Add Data e navegue até o diretório ...\prat4\dados.
Na caixa de diálogo Add Data dê um clique duplo no arquivo Atributos_Talhoes.dbf.

76
Esta tabela também possui um campo com o nome de IDTalhao, que é comum às tabelas
Talhoes.dbf e TalhoesID.dbf. Vamos utilizá-lo para unir essas tabelas.
Na tabela de conteúdo, clique com o botão direito do mouse no layer TalhoesID e selecione
a opção de menu Joins and Relates/Join. Configue a caixa de diálogo Join Data de acordo com a
Figura 52 e pressione o botão OK.

Figura 52. Junção entre as tabelas TalhoesID.dbf e Talhoes.dbf.

Conforme discutido em práticas anteriores, a união de tabelas é temporária. Portanto, para


salvar de forma definitiva os dados da tabela Talhoes.dbf deve-se gerar um novo shape. Na TOC,
posicione o cursor do mouse no layer TalhoesID e pressione o botão direito do mouse. No menu
pop-up, selecione o comando Data/Export Data... Salve o novo plano de informação com o nome
de TalhoesFinal.

77
4.4 Exercícos
Escolha um município capixaba e faça a conversão dos arquivos .dgn para o formato
shapefile. Utilize as cartas do IBGE na escala de 1:50.000 disponíveis em www.ibge.gov.br
Você deverá obter os planos de informação:
➢ limite municipal;
➢ área urbana;
➢ hidrografia;
➢ malha viária.
Faça as edições pertinentes no próprio AutoCAD Map. Comandos como COPYBASE e
PASTECLIP podem ser úteis nos casos em que o município escolhido estiver em mais de uma
carta.

78
Preparado por: Prof. Wellington D. Guimarães – CEFETES. Versão 1.0

5. Introdução aos Dados Matriciais (Raster)


Até aqui, nas quatro práticas anteriores, utilizamos dados no formato vetorial – mais
especificamente os formatos shapefile e dwg (AutoDesk). Veremos agora como resolver um
problema clássico de seleção de áreas utilizando dados no formato matricial.
Esta seleção pode ser realizada através dos chamados modelos binários. Este método
consiste basicamente na verificação, para cada pixel, e em cada plano de informação, se ele atende
ou não a uma dada condição. Ou seja, apenas dois valores são possíveis – sim ou não, que
normalmente são representados pelos números inteiros um e zero, respectivamente. Uma vez que os
planos de informação tenham sido classificados basta multiplicá-los para selecionar as áreas que
atendam simultaneamente as condições pre-estabelecidas.
Outra estragégia consiste em combinar as restrições utilizando-se da Álgebra Booleana.
Veremos também como o ArcGIS estrutura dados no formato matricial. No texto, os termos
matricial, raster e grid tem o mesmo significado.
Resolveremos aqui o mesmo exercício proposto no item 3.4. Consulte-o para rever as
restrições que foram consideradas.

5.1 Objetivos
➢ Identificar áreas potenciais para implantação de um aterro industrial
➢ Converter mapas do formato vetorial para o formato matricial
➢ Converter mapas do formato matricial para o formato vetorial
➢ Gerar superfícies de distâncias
➢ Reclassificar mapas no formato matricial
➢ Executar a sobreposição de mapas no formato matricial (overlay de mapas)
➢ Executar operações básicas de Álgebra de Mapas

5.2 Dados Necessários


Os dados necessários para esse exercício encontram-se em ...\prat5\dados. Os arquivos
(mapas e suas tabelas de atributos) a serem utilizados estão descritos no quadro abaixo. O Datum
horizontal é o SAD69. O sistema de projeção é UTM, com meridiano central de 39°W (zona 24S).
Todos os planos de informação estão no formato shapefile – que, como visto anteriormente, é
vetorial.
Plano de informação Tipo de Geometria Arquivo
Sede da fábrica Ponto Fabrica.*
Malha Viária Linha Mviaria.*

79
Áreas Urbanas Polígono Aurbanas.*
Limite municipal Polígono Lmunicipal.*
Rio Principal Polígono Rprincipal.*
Hidrografia Linha Hidrografia.*

5.3 Procedimentos
Inicie o ArcMap com um mapa vazio.
Mude o nome do data frame Layers para Castelo.
Clique no botão Add Data e navegue até o diretório ...\prat5\dados.
Adicione todos os layers do quadro acima.
Clique no botão Save e salve o documento de mapa com o nome de pratica5.mxd em
seu diretório de trabalho.
A manipulação de dados no formato matricial requer a extensão Spatial Analyst, que pode
ser adquirida em separado. Para carregá-la, selecione o comando Tools/Extensions..., disponível na
barra de menus principal.
Será exibida a caixa de diálogo Extensions, conforme ilustra a Figura 53.
Marque a caixa de verificação ao lado de Spatial Analyst e pressione o botão Close.

Figura 53. Lista de extensões disponíveis.

O carregamento das extensões aumenta o consumo de memória RAM, portanto, carregue


apenas as extensões que estiver utilizando.

80
O ArcMap possui uma barra de ferramentas com os principais comandos da extensão
Spatial Analyst. Para ativá-la, posicione o cursor do mouse em qualquer parte da barra de
ferramentas e pressione o botão direito do mouse. No menu que aparece, selecione Spatial Analyst.
Para agilizar nosso trabalho, vamos definir algumas propriedades de cunho geral.
Na barra de ferramentas Spatial Analyst, selecione o comando Spatial Analyst/Options. Será
exibida a caixa de diálogo Options, conforme ilustra a Figura 54.

Figura 54. Configuração do diretório de trabalho, dos


limites e da resolução dos grids a serem criados.

Na caixa de diálogo Options definiremos o diretório de trabalho, a área (limite) e a resolução


das células (pixels) dos grids que serão gerados durante nossa análise.
Na guia General, clique no ícone de navegação de diretórios para Working directory e
navegue até o seu diretório de trabalho - ...\Prat5\Dados. Todos os layers gerados no formato
matricial criados por algum comando acionado a partir da barra de ferramentas Spatial Analyst
serão armazenados neste diretório.
Na guia Extent, clique no combo-box Analysis extent e selecione Same as Layer
“Lmunicipal”. Os valores para Left, Right, Top e Bottom serão 248.306,2, 289.625,7, 7.742.535,5,
e 7.713.515,4, respectivamente. Esses valores correspondem às coordenadas do canto inferior
esquerdo (Left, Bottom) e superior direito (Right, Top) do retângulo envolvente mínimo (REM) do
layer Lmunicipal. Todos os layers gerados no formato matricial terão estas dimensões.
Na guia Cell Size, clique no combo-box Analysis cell size e selecione As Specified Below.
No campo Cell Size digite o valor 10. Observe que após a digitação da resolução do pixel os valores

81
dos campos Number of rows e Number of columns serão preenchidos automaticamente com 2902 e
4132, respectivamente. Clique no botão OK para fechar esta caixa de diálogo.
A escolha do valor 10 metros para a resolução do pixel se faz através da multiplicação da
constante 0,2mm pelo denominador da escala de origem do material – neste caso 1:50.000.
No menu principal, selecione o comando Tools/Options. Será exibida a caixa de diálogo
Options. Selecione a guia Geoprocessing e pressione o botão Environments. Na caixa de diálogo
Environments Settings, selecione o item General Settings. Para os campos Current Workspace
(pasta onde os planos de informação matriciais de entrada devem estar armazenados e para onde
irão os novos planos criados) e Scratch Workspace (pasta onde ficarão os resultados temporários),
digite o caminho completo de seu diretório de trabalho ou então utilize os botões para navegar até a
pasta. No combo-box Output Extent selecione Same as Layer Lmunicipal. Selecione o item
Raster Analysis Settings. No dropdown Cell Size selecione As Specified Below e no campo abaixo
digite o valor 10. Clique sucessivamente no botão OK até fechar as caixas de diálogo. Os comandos
executados a partir do ArcToolbox utilizarão as configurações definidas aqui.
Como obter o número de linhas e de colunas da matriz a partir do REM?

Definidos o diretório de trabalho, os limites dos layers e a resolução, passemos para a


conversão entre as representações vetorial e matricial. Antes porém, navegue até o diretório de
trabalho (usando o Windows Explorer) e veja os arquivos que estão armazenados lá.
Na barra de ferramentas Spatial Analyst, selecione o comando Spatial Analyst/ Convert/
Features to Raster. Será exibida a caixa de diálogo Features to Raster, conforme ilustra a Figura
55.

Figura 55. Conversão entre formatos.

Configure a caixa de diálogo conforme indicado abaixo e pressione o botão OK. Atente-se
para o fato de que o nome de um layer no formato matricial poderá ter, no máximo, 13 caracteres.
82
Input features: Hidrografia
Field: Layer
Output cell size: 10
Output raster: Hidro-grd
O layer Hidro-grd será adicionado ao data frame Castelo. Compare as representações
vetorial e matricial da hidrografia. Utilize o comando Identify e veja quais são os atributos
associados à matriz. Altere a legenda para exibir os pixels com valor NoData. Navegue até o
diretório de trabalho (usando o Windows Explorer) e veja que foram criados dois novos diretórios –
Hidro-grd e Info.
Repita o procedimento acima para os layers fabrica, Mviaria, Aurbanas, Lmunicipal e
Rprincipal. Para fins de padronização os nomes dos layers deverão ser fabrica-grd, Mviaria-grd,
Aurbanas-grd, Lmuni-grd e Rprinc-grd, respectivamente. Utilize sempre o campo layer para
Field. Cuidado ao fazer a conversão do layer Mviaria. Lembre-se da restrição de que interessam
apenas as estradas do tipo Auto-Estrada e Rodovia Não Pavimentada. Portanto, faça uma seleção
(Select By Attributes) antes de fazer a conversão.
Navegue novamente até o diretório de trabalho (usando o Windows Explorer) e veja que foi
criado um diretório para cada layer. No entanto, há apenas um diretório Info. Isto ocorre porque este
diretório será compartilhado por todos os layers que estiverem no diretório Dados – que é chamado
normalmente de workspace. A finalidade deste diretório é o de armazenar as tabelas de atributos de
cada um dos layers. Portanto, cuidado ao manusear layers no formato matricial. Evite usar o
Windows Explorer. Utilize o ArcCatalog para apagar, copiar, mover ou renomear layers neste
formato.
Na TOC, posicione o cursor do mouse no layer Hidro-grd e pressione o botão direito do
mouse. No menu pop-up, selecione o comando Properties. Será aberta a caixa de diálogo Layer
Properties. Selecione a guia Source. Serão exibidas as informações associadas ao layer Hidro-grd,
agrupadas em Raster Information, Extent, Spatial Reference e Statistics, conforme ilustra a Figura
56.
Explore as informações contidas nesta caixa de diálogo.

83
Figura 56. Propriedades associadas a um layer no formato matricial.

Vamos agora gerar as superfícies de distância, necessárias para atender as restrições


especificadas para a seleção das áreas potenciais.
Na barra ferramentas principal (Standard) selecione o comando Show/Hide Arctoolbox
Window.
No Arctoolbox, selecione o comando Spatial Analyst Tools/ Distance/ Euclidean Distance.
Será exibida a caixa de diálogo Euclidean Distance, conforme ilustra a Figura 57.

Figura 57. Criação de superfície de distância.

84
Configure a caixa de diálogo conforme indicado abaixo e pressione o botão OK.
Input raster or feature source data: Fabrica-grd
Output distance raster: Fabrica-dist
Observe que a superfície também pode ser criada a partir de layers no formato vetorial.
O layer Fabrica-dist será adicionado ao data frame Castelo. A Figura 58 ilustra a superfície
gerada, juntamente com o limite municipal de Castelo.

Figura 58. Superfície de distâncias gerada a partir da sede da fábrica.

Repita o procedimento acima para os layers Mviaria-grd, Aurbanas-grd, Rprinc-grd e


Hidro-grd. Para fins de padronização os nomes dos layers gerados deverão ser Mviaria-dist,
Aurbanas-dist, Rprinc-dist e Hidro-dist, respectivamente.
Uma vez criadas as superfícies, podemos combiná-las através da sobreposição dos layers.
Vamos fazer isto de duas formas distintas, mas no entanto os resultados deverão ser iguais.
Na barra de ferramentas Spatial Analyst, selecione o comando Spatial Analyst / Raster
Calculator. Será aberta uma caixa de diálogo com o nome de Raster Calculator, conforme ilustra a
Figura 59.

Digite a expressão abaixo no campo apropriado da caixa de diálogo Raster Calculator – veja
a Figura 59, e pressione o botão Evaluate.

85
Figura 59. Caixa de diálogo Raster Calculator.

[Area1] = [fabrica-dist] <= 10000 & [Lmuni-grd] == 1 & [mviaria-dist] <= 500
& [aurbanas-dist] > 6000 & [rprinc-dist] > 1000 & [hidro-dist] > 200
O grid Area1 será adicionado ao data frame Castelo, e deverá ter a aparência da Figura 60.
Na TOC, posicione o cursor do mouse sobre o layer Area1 e pressione o botão direito do
mouse. No menu pop-up que aparece, observe que há um comando chamado Make Permanent, que
não está disponível para os demais layers grid. Isto ocorre por causa da notação utilizada na
expressão acima, que deu origem a este grid. Quando se utiliza o nome de um grid entre colchetes, o
Spatial Analyst não o gravará de forma definitiva no HD do computador. Para confirmar, selecione
o comando Properties no menu pop-up e a guia Source na caixa de diálogo. Em Raster Information,
procure o campo Status. Este campo terá o valor Temporary. Grids que já estiverem salvos terão o
valor Permanent. Para salvar este grid de forma definitiva, selecione o comando Make Permanent,
navegue até o diretório de trabalho e salve-o com o nome de Area1. A criação de grids temporários
é útil quando se está fazendo testes. Para salvar de forma definitiva o grid que está sendo criado no
Raster Calculator basta retirar os colchetes.

86
Figura 60. O grid Area1.
Na TOC, posicione o cursor do mouse sobre o layer Area1, pressione o botão direito do
mouse e selecione o comando Open attribute table no menu pop-up. Esta tabela possui apenas dois
registros – para os valores zero e um. Conseqüentemente, se calcularmos o valor de área, será
retornado um valor para cada um dos registros. Ou seja, o software desconsideraria um aspecto
importante que é a contigüidade das áreas. Vamos definir dois conceitos importantes quando se
manipulam layers no formato matricial – classe e região.
Uma classe (ou zona) é um conjunto de pixels, contíguos (conectados) ou não, que possuem
o mesmo identificador. Em outras palavras, corresponde ao número de identificadores distintos
encontrados em um grid.
Uma região é um conjunto de pixels contíguos (conectados) de mesmo identificador.
Portanto, a partir das definições acima, podemos concluir que o grid Area1 possui duas
classes e diversas regiões. Lembre-se do conceito de multi-feições visto na prática de número três.
Para reforçar, observe a Figura 61, extraída da ajuda on-line do ArcGIS. Na matriz INGRID1
há quatro classes, representadas pelos números 0, 1, 2 e 4 – desconsiderando pixels com valor
NoData. Estas quatro classes dão origem a seis regiões – OUTGRID.
Para atribuirmos um identificador diferente para cada região utiliza-se o comando
RegionGroup – disponível na barra de ferramentas Spatial Analyst (via Raster Calculator) e no
ArcToolbox. Novamente em relação às multi-feições é conceitualmente semelhante ao Explode da
prática três.

87
Figura 61. Exemplo do comando Region Group.

No ArcToolbox, selecione o comando Spatial Analyst Tools/ Generalization/ Region Group.


Será aberta a caixa de diálogo Region Group, conforme ilustra a Figura 62.
Configure a caixa de diálogo conforme indicado abaixo e pressione o botão OK.
Input raster: Area1
Output raster: ...Prat5\Dados\Regioes1
Os demais parâmetros são opcionais, sendo desnecessário alterá-los.
O grid Regioes1 será adicionado ao data frame Castelo. Altere a legenda para facilitar a
distinção entre as regiões.

Figura 62. Comando Region Group.

O comando Region Group também pode ser executado no Raster Calculator, bastando
digitar a expressão abaixo. Se o nome do grid não for colocado entre colchetes, ele será criado e
gravado de forma definitiva (status Permament) no disco rígido.
88
Regioes1 = RegionGroup ([Area1])
Falta considerarmos o último critério para seleção das áreas potenciais. As áreas devem ter,
no mínimo, 15 hectares.
Na barra de ferramentas Spatial Analyst, selecione o comando Spatial Analyst/ Raster
Calculator. Na caixa de diálogo Raster Calculator, digite a expressão abaixo e pressione o botão
Evaluate.
regioes1area.dbf = zonalgeometry([regioes1])
A tabela regioes1area será adicionada à sua área de trabalho. Use o comando Add Data para
adicioná-la novamente, caso você a feche acidentalmente.
Antes de escolhermos os locais com mais de 15 hectares, vamos comparar os valores de área
nos formatos RASTER e VETORIAL.
Para o layer regioes1, selecione todas as regiões, exceto a de código um (campo Value) –
que corresponde às áreas que não atendem aos critérios definidos anteriormente.
Na barra de ferramentas Spatial Analyst, selecione o comando Spatial Analyst/ Convert/
Raster to features. Será aberta a caixa de diálogo Raster to features – conforme ilustra a Figura 63.
Configure-a conforme descrito abaixo e pressione o botão OK.
Input raster: regioes1
Field: Value
Output geometry type: Polygon
Generalize lines: marcado
Output features: ...Prat5\Dados\regioes1vet.shp
Para vizualizar melhor as diferenças entre as representações matricial e vetorial de um
polígono, altere a legenda do layer regioes1vet, retirando a cor de preenchimento dos polígonos (fill
color). Use as ferramentas de zoom para navegar pelo mapa. Você encontrará polígonos
semelhantes ao da Figura 64, que apresenta discrepâncias visíveis entre as duas representações.

Comparando-se área e perímetro de cada polígono para as duas representações, onde


você espera encontrar as maiores diferenças?

89
Figura 63. Conversão do formato matricial para o vetorial.

Figura 64. Representações matricial e vetorial do polígono cujo GRIDCODE é 36.

Abra a tabela de atributos do layer regioes1vet. O campo GRIDCODE é o identificador de


cada região. Corresponde ao campo VALUE da tabela de atributos do layer regioes1.
Adicione os campos AreaVet e PerimVet à tabela de atributos do layer regioes1vet,
conforme descrito abaixo. Calcule-os, conforme visto em práticas anteriores.
Name: AreaVet Name: PerimVet
Type: Double Type: Double

Precision: 15 Precision: 15
Scale: 1
Scale: 1
90
Vamos unir a tabela de atributos regioes1area.dbf à tabela de atributos do layer
regioes1vet.
Na tabela de conteúdo, posicione o cursor do mouse sobre o layer regioes1vet e pressione o
botão direito do mouse. No menu pop-up, selecione o comando Joins and Relates / Join. Será aberta
a caixa de diálogo Join Data. Configure-a conforme descrito abaixo e pressione o botão OK.
What do you want to join to this layer? Join attributes from a table
1. Choose the field in this layer that the join will be based on: GRIDCODE
2. Choose the table to join to this layer, or load the table from disk: regioes1area.dbf
3. Choose the field in the table to base the join on: VALUE
Vamos copiar os valores de área e perímetro provenientes da representação matricial de
forma definitiva para a tabela de atributos do layer regioes1vet.
Abra a tabela de atributos do layer regioes1vet. Adicione os campos AreaMat e PerimMat,
conforme descrito abaixo.
Name: AreaMat Name: PerimMat
Type: Double Type: Double

Precision: 15 Precision: 15
Scale: 1
Scale: 1
Use o comando Calculate Values para copiar os dados do campo regioes1area.dbf:AREA
para o campo AreaMat.
Use novamente o comando Calculate Values para copiar os dados do campo
regioes1area.dbf:PERIMETER para o campo PerimMat.
Desfaça a junção entre as tabelas regioes1vet e regioes1area.dbf.
Na tabela regioes1vet, adicione os campos DifArea e DifPerim, conforme descrito abaixo.
Name: DifArea Name: DifPerim
Type: Double Type: Double

Precision: 15 Precision: 15
Scale: 1
Scale: 1
Use o comando Calculate Values para realizar os cálculos abaixo.
DifArea = [AreaVet] – [AreaMat]
DifPerim = [PerimVet] – [PerimMat]

91
Para o campo DifArea, quantos valores negativos foram encontrados? E em valores
percentuais?
Para o campo DifPerim, quantos valores negativos foram encontrados? E em
valores percentuais?

E para finalizar, vamos selecionar os locais com área superior a 15 hectares.

Considerando o campo AreaVet, quantos polígonos foram selecionados?


Considerando o campo AreaMat, quantos polígonos foram selecionados?
o comando zonalgeometry da figura 63, para os valores do campo Value que tem a
mesma quantidade de pixels, fundiu-a numa única linha de tabela.

5.3 Exercícios
Refaça a seleção das áreas utilizando reclassificação e multiplicação dos layers.

92
Preparado por: Prof. Wellington D. Guimarães – CEFETES. Versão 1.0

6. Escoamento Superficial e Características Morfométricas de


uma Bacia Hidrográfica
A água é reconhecidamente um recurso vulnerável, finito e já escasso em quantidade e
qualidade, por isso é um recurso estratégico e deve ser tratada como tal.
A água pura e adequada para o consumo é produzida. Isso significa que ela é tratada,
armazenada e distribuída, o que acarreta um custo. O custo da água depende da sua qualidade na
captação, da distância entre a captação e o consumidor e dos volumes que têm que ser armazenados.
Portanto, nessa condição trata-se de um bem econômico.
Atualmente mais de um quinto da população mundial urbana e 70% da rural não dispõe de
água adequada e suficiente para as suas necessidades.
O Brasil detém 8% de toda a água doce superficial do planeta. Mas aqui como em todo resto
do mundo a situação é delicada. A maior parte da água disponível para uso (80%) está localizada na
Região Amazônica e os restantes 20% se distribuem desigualmente pelo restante do país para
atender a 95% da população brasileira. Devemo-nos atentar também, para o fato de que grande parte
desta população está concentrada em grandes centros (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
etc.).
Da água existente no planeta, 99% não está disponível para o uso humano: 97% é salgada,
encontrada nos oceanos e mares e 2% formam geleiras inacessíveis. Apenas 1% de toda água é doce
e está armazenada nos lençóis subterrâneos, rios e lagos.
O comportamento natural da água quanto a sua ocorrência, transformações e relações com a
vida humana, pode ser bem explicado pelo ciclo hidrológico. Ele tem início com a evaporação dos
oceanos. O vapor transportado, condensado sob determinadas pressões e temperaturas, pode resultar
em precipitação.
A precipitação que ocorre sobre a terra pode ser dispersa de várias formas: ficar retida no
solo e retornar a atmosfera por evaporação e transpiração das plantas, bem como escoar sobre a
superfície do solo, ou através deste para os rios e lençóis freáticos. Devido à influência da
gravidade, tanto o escoamento subterrâneo como o superficial é realizado em direção a cotas mais
baixas e podem, eventualmente, ser descarregados nos mares.
Escoamento Superficial é um segmento do ciclo hidrológico que estuda o deslocamento das
águas sobre a superfície do solo.
Seu estudo é de suma importância, pois o escoamento superficial, dentre outras, é

93
responsável pelo processo de erosão dos solos, magnitude dos picos de enchentes, deslizamentos e
maior ou menor oportunidade de infiltração.
Bacia Hidrográfica pode ser conceituada como uma área definida topograficamente, drenada
por um curso d’água ou por um sistema de cursos d’água, tal que a vazão efluente seja descarregada
por uma simples saída.
Por causa da simplicidade que oferecem no balanço de água, muitos modelos de estudos
hidrológicos são conduzidos em Bacias Hidrográficas.
Dentre as características físicas importantes de uma bacia citamos o Fator Forma, que
constitui um índice indicativo da maior ou menor tendência para enchentes de uma bacia. Quanto
menor este fator, menos sujeita a enchentes é a bacia.
Dentre as características do relevo de uma bacia, citamos:
➢ Declividade da Bacia, que controla em boa parte a velocidade com que se dá o
escoamento superficial.
➢ Elevação Média da Bacia. Grandes variações de altitude acarretam diferenças
significativas na temperatura média, que por sua vez causa variações na
evapotranspiração. Exerce também influência sobre a variação da precipitação anual.
Neste trabalho serão obtidas as características acima citadas.

6.1 Objetivos
➢ Gerar um MDE no formato TIN da Microbacia do Ribeirão do Firme (Afonso
Cláudio/ES)
➢ Identificar problemas usuais encontrados na criação de TIN's
➢ Gerar um MDE da Microbacia do Ribeirão do Firme (Afonso Cláudio/ES) no formato
raster
➢ Comparar as curvas de nível criadas a partir dos MDE's com as curvas originais
➢ Gerar um mapa com as direções de escoamento superficial da bacia
➢ Gerar um mapa ilustrativo das direções de escoamento
➢ Gerar um mapa com as áreas de contribuição para esta bacia
➢ Gerar um mapa da rede de drenagem artificial e compará-la com a rede existente
➢ Delimitar a bacia de contribuição das redes de drenagem
➢ Calcular os parâmetros morfométricos da microbacia.
➢ Gerar um mapa de declividade para a bacia

94
6.2 Dados Necessários
Os dados necessários para esse exercício encontram-se no diretório ...\prat6\dados. Os
arquivos (mapas e suas tabelas de atributos) a serem utilizados estão descritos no quadro abaixo. O
Datum horizontal é o SAD69. O sistema de projeção é UTM, com meridiano central de 39°W.
Todos os planos de informação estão no formato shapefile – que, conforme visto anteriormente, é
vetorial.

Plano de informação Tipo de Geometria Descrição


LimiteBacia Polígono Limite da microbacia
LimiteBacia-Linha Linha Limite da microbacia
Hidrografia Linha Hidrografia principal
CNBacia Linha Curvas de nível
FozPontos Ponto Localização de pontos de foz

6.3 Procedimentos
Inicie o ArcMap com um mapa vazio.
Mude o nome do data frame Layers para Microbacia do Ribeirão do Firme.
Clique no botão Add Data e navegue até o diretório ...\prat6\dados.
Adicione os layers LimiteBacia, Hidrografia e CNBacia.
Clique no botão Save e salve o documento de mapa com o nome de pratica6.mxd em
seu diretório de trabalho.
Altere a simbologia dos layers LimiteBacia e Hidrografia de acordo com sua preferência.
Tomando por base o layer CNBacia, responda:
Qual é a equidistância vertical das curvas de nível?
Qual é a amplitude de elevação desta microbacia?
Altere a simbologia das curvas de nível de modo que as curvas mestras (o valor da elevação
é múltiplo de 100) sejam exibidas com um traço mais espesso que as curvas intermediárias. Ainda
para as curvas mestras, coloque o texto referente à sua elevação. Observe a ilustração da Figura 65.

6.3.1 Criação do Modelo Digital de Elevação no formato TIN


No ArcGIS, a modelagem de superfícies é feita através das extensões Spatial Analyst e 3D
Analyst. Por padrão, elas não são carregadas na inicialização do software.
No menu Tools, selecione o comando Extensions.
Na caixa de diálogo Extensions, marque a caixa de verificação ao lado de 3D Analyst e
Spatial Analyst - conforme ilustra a Figura 66, e pressione o botão Close.

95
Figura 65. Microbacia do Ribeirão do Firme.

Figura 66. Carregamento das extensões.


96
Posicione o cursor do mouse em qualquer parte da barra de ferramentas e pressione o botão
direito do mouse. No menu que aparece, selecione 3D Analyst para carregar esta barra de
ferramentas.
Na barra de ferramentas 3D Analyst, selecione o comando 3D Analyst/Options. Será exibida
a caixa de diálogo Options.
Na guia General, clique no ícone de navegação de diretórios para o item Working
directory e navegue até o seu diretório de trabalho - ...\Prat6\Dados. Agora, todos os layers gerados
no formato TIN serão armazenados neste diretório.
Na guia Extent, clique no combo-box Analysis extent e selecione Same as Layer
“LimiteBacia”. Os valores para Left, Right, Top e Bottom serão 264.683,212; 274.427,929;
7.784.482,05; e 7.772.338,9; respectivamente. Esses valores correspondem às coordenadas do canto
inferior esquerdo (Left, Bottom) e superior direito (Right, Top) do retângulo envolvente mínimo
(REM) do layer LimiteBacia. Todos os layers gerados no formato matricial terão estas dimensões.
Na guia Cell Size, clique no combo-box Analysis cell size e selecione As Specified Below.
No campo Cell Size digite o valor 10. Observe que após a digitação da resolução do pixel os valores
dos campos Number of rows e Number of columns serão preenchidos automaticamente com 1214 e
974, respectivamente. Clique no botão OK para fechar esta caixa de diálogo.
Carregue a barra de ferramentas Spatial Analyst e repita as configurações acima.
Na barra de ferramentas 3D Analyst, selecione o comando Create TIN From Features,
disponível no menu 3D Analyst/Create/Modify TIN, conforme ilustra a Figura 67.

Figura 67. Comando para a modelagem de superfícies usando a representação TIN.

Na caixa de diálogo Create TIN From Features estarão listados todos os layers do data
frame Microbacia do Ribeirão do Firme – neste caso, LimiteBacia, Hidrografia e CNBacia. A
criação de um TIN pode ser feita através de uma combinação de layers que contenham pontos,
linhas ou polígonos – isoladamente ou simultaneamente.

97
Marque a caixa de verificação ao lado do layer CNBacia e configure os parâmetros do
quadro Settings for selected layer conforme descrito abaixo.
Height source: ELEVATION
Triangulate as: hard line
Tag value field: <None>
Observe que as curvas de nível são bidimensionais, daí a especificação do campo que
armazena os valores de elevação.
Marque a caixa de verificação ao lado do layer LimiteBacia e configure os parâmetros do
quadro Settings for selected layer conforme descrito abaixo.
Height source: <None>
Triangulate as: soft clip
Tag value field: <None>
No campo Output TIN: digite TINBacia e pressione o botão OK. O TIN criado será
adicionado ao data frame ativo.
O ArcMap criará uma pasta com o nome TINBacia para armazenar os vários arquivos que
compõem o TIN.
Por padrão, as curvas de nível utilizadas para criar o TIN fazem parte de sua composição –
são os lados dos triângulos. Altere a simbologia do TIN para ocultar sua exibição.
Coloque o layer Hidrografia sobre o PI TINBacia.
Existe alguma incoerência no TIN que foi criado? Utilize o ArcScene para auxiliá-lo
a responder.
Qual a sua influência nos valores de declividade?
Como corrigir os problemas identificados?

6.3.2 Criação do Modelo Digital de Elevação no formato raster


Embora seja possível converter o MDE no formato TIN criado no item anterior para o formato
matricial, vamos criar outro MDE diretamente neste formato para evitar os erros provocados pela
presença de patamares, conforme visto logo acima.
Antes de executar o comando para criação do MDE são necessárias algumas
configurações, sem as quais o computador provavelmente irá travar.
No menu principal, selecione o comando Options, disponível no item Tools. Será
aberta a caixa de diálogo Options.

98
Selecione a guia Geoprocessing e clique no botão Environments. Será aberta a caixa de
diálogo Environments Settings. Selecione o item General Settings. Para os campos Current
Workspace e Scratch Workspace especifique o seu diretório de trabalho. No combo-box Output
Extent selecione Same as Layer LimiteBacia. Selecione o item Raster Analysis. No dropdown Cell
Size selecione As Specified Below e no campo abaixo digite o valor 10. Pressione o botão OK. Ao
voltar para a caixa de diálogo Options pressione novamente o botão OK para fechar esta caixa de
diálogo.
Para que o comando Topo to Raster funcione adequadamente, além da configuração acima
também é necessário alterar a configuração regional do sistema operacional relativa ao símbolo
usado para separação de números decimais. Altere-a para o ponto, caso esta não seja a configuração
atual. Se esta alteração for necessária, o ArcMap terá que ser fechado e inicializado novamente para
reconhecer a alteração.
Na barra de ferramentas, clique no comando Show/Hide ArcToolbox window.
No ArcToolbox, dê um clique duplo no comando Topo to raster, disponível em Spatial
Analyst Tools / Interpolation. Será aberta uma caixa de diálogo com este nome – conforme a Figura
68. Configure-a conforme descrito abaixo e pressione o botão OK.
Feature layer: Hidrografia; Field: -; Type: Stream
Feature layer: cnbacia; Field: ELEVATION; Type: Contour
Feature layer: LimiteBacia; Field: -; Type: Boundary
Output raster surface: C:\N1920052\Prat6\Dados\MDEgrid
Output cell size (optional): 10
Mantenha os demais parâmetros com os valores default.

Na barra de ferramentas, clique no comando Show/Hide ArcToolbox window.


O layer MDEgrid será adicionado ao data frame ativo. Por padrão, o ArcMap utiliza uma
legenda tipo Stretched para representar mapas no formato matricial. Mude a legenda para Classified
e adote o mesmo número de classes e amplitudes presentes no mapa no formato TIN.
Na barra de ferramentas Spatial Analyst, clique no botão Histogram. Analise o diagrama
e feche a janela Histogram of MDEgrid.

Ainda na barra de ferramentas Spatial Analyst, clique no botão Create Contour. Em


seguida, clique em vários pontos do modelo digital de elevação. Para cada ponto, o comando
identifica o valor da elevação e traça a curva de nível correspondente a este valor. Para apagar as

99
Figura 68. Parâmetros do comando Topo to Raster.

curvas criadas, selecione-as através do comando Select Elements, disponível na barra de ferramentas
Tools, e em seguida pressione a tecla Delete (teclado).
Para criar curvas de nível para todo o modelo, utilize o comando Spatial Analyst / Surface
Analysis / Contour, disponível na barra de ferramentas Spatial Analyst. Na caixa de diálogo
Contour - Figura 69, faça as configurações conforme descrito abaixo:
Input surface: MDEgrid
Contour interval: 20
Base contour: 340
Output features: C:\N1920052\Prat6\Dados\CNdogrid
Compare as curvas de nível geradas a partir do MDE no formato raster com as curvas
originais que deram origem ao próprio MDE.
Utilize o comando 3D Analyst / Surface Analysis / Contour, disponível na barra de
ferramentas 3D Analyst, conforme as configurações descritas abaixo:
Input surface: TINBacia
Contour interval: 20

100
Base contour: 340
Output features: C:\N1920052\Prat6\Dados\CNdoTIN
Compare as curvas de nível geradas a partir do MDE no formato TIN com as curvas
originais que deram origem ao próprio MDE.

Figura 69. Criação das curvas de nível a partir do MDE no


formato matricial.

6.3.2 Determinação das Direções de Escoamento Superficial


Antes de continuar, é importante garantir que os novos mapas criados a partir do modelo
digital de elevação estejam padronizados – mesmo número de colunas e linhas, bem como
coordenadas do retângulo envolvente. No menu principal, selecione o comando Options, disponível
no item Tools. Será aberta a caixa de diálogo Options.
Selecione a guia Geoprocessing e clique no botão Environments. Será aberta a caixa de
diálogo Environments Settings. Selecione o item General Settings. Para os campos Current
Workspace e Scratch Workspace especifique o seu diretório de trabalho. Para o campo Output
extent especifique o valor Same as Layer MDEgrid. Selecione o item Raster Analysis Settings. Para
o campo Cell size especifique o valor Same as Layer MDEgrid e pressione o botão OK. Ao voltar
para a caixa de diálogo Options pressione novamente o botão OK para fechar esta caixa de diálogo.
A partir do MDE podemos derivar outros mapas importantes no processo de modelagem do
espaço geográfico – como o mapa com as direções de escoamento.
101
A direção de fluxo é determinada achando a direção de descida mais íngreme de cada pixel.
A regra de decisão utiliza-se da equação abaixo para determinar a declividade:
declividade = (desnível / distância)*100
A distância é determinada entre os centros dos pixels. Assim, se o tamanho do pixel for de
uma unidade métrica, a distância entre dois pixels ortogonais será de 1, e a distância entre dois
pixels diagonais será de 1,414.
Se a declividade for a mesma em relação a todos os pixels adjacentes, o algoritmo amplia a
análise para os pixels da vizinhança até que uma descida mais íngreme seja encontrada.
Se todos os pixels vizinhos forem mais altos do que o pixel em processamento, este será
considerado como um ruído e a ele será atribuído o menor valor de elevação encontrado nos pixels
vizinhos. Sua direção de fluxo apontará para o pixel que lhe forneceu a elevação.
O mapa de saída do comando Flow Direction é uma matriz de números inteiros cujos
valores variam de 1 a 255. Os valores de cada direção a partir do centro são:

32 64 128 Noroeste Norte Nordeste


16 1 Oeste Pixel em análise Leste
8 4 2 Sudoeste Sul Sudeste

Na barra de ferramentas, clique no comando Show/Hide ArcToolbox window.


No ArcToolbox, navegue até o item Hidrology, disponível em Spatial Analyst Tools. Dê um
duplo clique no comando Flow Direction. Será aberta uma caixa de diálogo com este nome –
conforme a Figura 70. Configure-a conforme descrito abaixo e pressione o botão OK:
Input surface raster: MDEgrid
Output flow direction raster: C:\N1920052\Prat6\Dados\DirEsc
Force all edge cells to flow outward (optional): marcado
A opção Force all edge cells to flow outward marcada faz com que as células da borda
sejam desconsideradas. Consequentemente, a elas serão assinalados números que forçam o fluxo
para fora do MDE.
Na barra de ferramentas Spatial Analyst, clique no comando Histogram para visualizar
a distribuição de freqüência das direções.

102
Figura 70. Criação do mapa com as direções de escoamento.

Quantos valores distintos existem na matriz DirEsc? Para qualquer valor diferente
de 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64 e 128, identifique o problema que causou o erro. Corrija-o e repita
as etapas anteriores.
O que acontece nas bordas da matriz?
Para uma melhor vizualização das direções de escoamento, vamos gerar um PI contendo os
pontos centrais de cada pixel e a eles atribuir um símbolo de seta, indicativo da direção de
escoamento a partir do mesmo.
Na barra de ferramentas Spatial Analyst, selecione o comando Spatial Analyst / Reclassify.
Será aberta uma caixa de diálogo com este nome – conforme a Figura 71. Configure-a conforme
descrito abaixo e pressione o botão OK:
Input surface raster: DirEsc
Reclass Field: Value
Set values to reclassify
Old values New values
1 90
2 135
4 180
8 225
16 270
32 315
64 0
128 45

Output raster: C:\N1920052\Prat6\Dados\AzmEsc


Na barra de ferramentas Spatial Analyst, selecione o comando Spatial Analyst / Convert /

103
Figura 71. Criação do mapa com os azimutes correspondentes aos
valores de direções de escoamento.

Raster to Features. Será aberta uma caixa de diálogo com este nome – conforme a Figura 72.
Configure-a conforme descrito abaixo e pressione o botão OK:
Input raster: AzmEsc
Field: Value
Output geometry type: Point
Output features: C:\N1920052\Prat6\Dados\AzmEsc

Figura 72. Criação de pontos para cada centro de pixel.

De posse dos pontos, falta agora configurar a sua simbologia, de modo que serão exibidas
setas indicativas das direções de escoamento.
104
No data frame, dê um clique duplo sobre o nome do layer AzmEsc (vetorial) para abrir a
caixa de diálogo Layer Properties. Selecione a guia Symbology. No campo Show, selecione
Features / Single symbol. No campo Symbol, clique no botão de seleção de símbolo e selecione uma
seta apontando para o norte (Arrow Up). Caso este símbolo não esteja visível, carregue a paleta de
Business. Ainda no campo Symbol, clique no botão Advanced e selecione a opção Rotation. Na
caixa de diálogo Rotation, clique no combo-box Rotate points by Angle in this field e selecione
GRID_CODE. Em rotation Style, selecione Geographic. Pressione o botão OK até sair das caixas
de diálogo.
Deixe visíveis apenas os layers AzmEsc e CnBacia e analise os resultados obtidos.

6.3.3 Determinação das áreas de contribuição e da rede de drenagem


A partir das direções de escoamento podemos calcular a área de contribuição de pixel,
expressa em número de pixels a montante de cada célula do grid.
Na barra de ferramentas, clique no comando Show/Hide ArcToolbox window.
No ArcToolbox, navegue até o item Hidrology, disponível em Spatial Analyst Tools. Dê um
clique duplo no comando Flow Accumulation. Será aberta uma caixa de diálogo com este nome.
Configure-a conforme descrito abaixo e pressione o botão OK:
Input flow direction raster: DirEsc
Output accumulation raster: C:\N1920052\Prat6\Dados\AreaCont
Para gerar uma rede de drenagem a partir do grid AreaCont vamos reclassificá-lo. Aos
pixels cujo valor da área de contribuição seja superior a 300 atribuiremos o valor 1 (um). Os demais
receberão o valor 0 (zero).
Na barra de ferramentas Spatial Analyst, selecione o comando Reclassify. Será aberta uma
caixa de diálogo com este nome. Clique no botão Precision... e altere o valor do número de casas
decimais para zero. Clique no botão Classify... e, no campo Classification, altere o valor do número
de classes para dois. Configure os demais parâmetros conforme descrito abaixo (observe a Figura
73) e pressione o botão OK:
Input raster: AreaCont
Reclass field: <Value>
Set values to reclassify: 0 – 300 ==> 0; 301 – 172.582 ==>1
Output raster: C:\N1920052\Prat6\Dados\DrenNum300
Explique o porquê das diferenças observadas entre os layers DrenNum300 e Hidrografia.

105
Figura 73. Criação da rede de drenagem.

6.3.4 Determinação das áreas de contribuição para pontos de foz


Adicione o layer FozPontos ao data frame.
Na barra de ferramentas, clique no comando Show/Hide ArcToolbox window.
No ArcToolbox, navegue até o item Hidrology, disponível em Spatial Analyst Tools. Dê um
clique duplo no comando Watershed. Será aberta uma caixa de diálogo com este nome - Figura 74.
Configure-a conforme descrito abaixo e pressione o botão OK:
Input flow direction raster: DirEsc
Input raster or feature pour point data: FozPontos
Pour point field (optional): Id
Output accumulation raster: C:\N1920052\Prat6\Dados\AreaContrib

106
Figura 74. Determinação das áreas de contribuição de pontos de foz.

Como resultado do comando Watershed você deverá ter um mapa parecido com aquele da
Figura 75.

Figura 75. Delimitação das áreas de contribuição para pontos de foz.

107
6.3.4 Cálculo dos parâmetros morfométricos da microbacia
Na barra de ferramentas Spatial Analyst, selecione o comando Features to raster...,
disponível no menu Spatial Analyst/ Convert. Será aberta uma caixa de diálogo com este nome,
configure-a conforme descrito abaixo e pressione o botão OK.
Input Features: LimiteBacia
Field: ID
Output cell size: 10
Output raster: C:\N1920052\Prat6\Dados\LBgrd
Utilizando as ferramentas de navegação, compare as bordas dos dois mapas.
Na barra de ferramentas, clique no comando Show/Hide ArcToolbox window.
No ArcToolbox, navegue até o item Zonal, disponível em Spatial Analyst Tools. Dê um
clique duplo no comando Zonal Geometry as table. Será aberta uma caixa de diálogo com este
nome - Figura 76. Configure-a conforme descrito abaixo e pressione o botão OK:
Input raster or feature zone data: C:\N1920052\Prat6\Dados\lbgrd
Zone Field: Value
Output table: C:\N1920052\Prat6\Dados\Morfometriagrd.dbf
Processing cell size (optional): 10

Figura 76. Cálculo dos parâmetros morfométricos.

Para abrir a tabela, mude o modo de visualização do data frame para Source. Localize a

108
tabela na TOC, pressione o botão direito do mouse sobre o nome do arquivo e selecione o comando
Open no menu popup.
Calcule o Coeficiente de Compacidade (Kc) da microbacia utilizando os valores de área e
perímetro disponíveis na tabela Morfometriagrd, conforme a equação abaixo:
Kc = Perímetro / (3,54 * Area1/2)

6.3.5 Georreferenciamento de uma imagem CBERS


Ver página 407 do livro Using ArcMap.

6.4 Exercícios
1. Calcule os valores de área, perímetro e coordenadas do centróide do PI LimiteBacia
utilizando o Field Calculator. Faça uma tabela comparando com os resultados obtidos
anteriormente para calcular as diferenças percentuais entre os valores correspondentes.
2. Calcule o Coeficiente de Compacidade da microbacia utilizando os valores de área e
perímetro obtidos no exercício 1 e compare com o valor obtido no item 6.3.4.
3. Calcule o Fator de Forma (Kf) da bacia.
Kf = A/L2, onde:
➢ A - área da bacia;
➢ L - comprimento da bacia, medido quando se segue o curso d’água mais longo desde
a desembocadura até a cabeceira mais distante da bacia.
4. Determine as médias de altitude e declividade da microbacia.
5. Determine as médias de altitude e declividade de cada bacia de contribuição dos pontos de
foz.
6. Cite um exemplo prático de aplicação de bacias de contribuição para pontos de foz.
7. Crie uma matriz delineando a bacia de contribuição associada a cada segmento distinto da
drenagem. Produza um layout mostrando os segmentos superpostos às respectivas áreas de
drenagem. Para cada bacia de contribuição, determine as médias de declividade e altitude.
8. Crie uma matriz delineando as principais bacias de contribuição da microbacia do Ribeirão
do Firme.

109
Preparado por: Prof. Wellington D. Guimarães – CEFETES. Versão 1.0

7. Determinação da Altura Máxima de Edificações sob a Zona


de Proteção do Aeródromo de Vitória-ES
A portaria Nº 43/EM, de 4 de agosto de 1994, aprova o Plano Específico da Zona de
Proteção do Aeródromo de Vitória/Goiabeiras. De acordo com esta portaria são impostas restrições
quanto ao aproveitamento das propriedades dentro da Zona de Proteção do referido Aeródromo, por
se tratar de áreas críticas em termos de segurança das operações aéreas, das pessoas e das
propriedades. Estas restrições referem-se a altura máxima de edificações, que não poderão
ultrapassar os gabaritos definidos no Art. 3º da portaria. Estes gabaritos são os seguintes:
1. Faixa de Pista 05/23 – com forma retangular, envolve a pista de pouso 05/23 e tem, em
cada ponto, a altitude do ponto mais próximo situado no eixo da pista, medindo de comprimento a
extensão da pista – 1.750m, acrescida de 120m a cada cabeceira, nos quais é mantida a altitude da
respectiva cabeceira, totalizando 1.990m, e de largura 300m, sendo 150m para cada lado do eixo da
pista;
2. Faixa de Pista 01/19 (Projetada) – com forma retangular, envolve a pista de pouso 01/19 e
tem, em cada ponto, a altitude do ponto mais próximo situado no eixo da pista, medindo de
comprimento a extensão da pista – 1.900m, acrescida de 60m a cada cabeceira, nos quais é mantida
a altitude da respectiva cabeceira, totalizando 2.020m, e de largura 300m, sendo 150m para cada
lado do eixo da pista;
3. Área de Aproximação NORDESTE - estende-se no prolongamento da cabeceira 23, com
forma de trapézio, em rampa de 1/50, estando a base menor justaposta à Faixa de Pista 05/23,
afastada 60m da cabeceira 23 e na mesma altitude desta - 3m, e a base maior afastada 3.800m da
base menor, com abertura angular de 9° em relação ao eixo da pista, a partir das extremidades da
base menor, na altitude de 79m, portanto com um desnível de 76m em relação à elevação do
aeródromo - 3m.
4. Área de Aproximação SUDOESTE - estende-se no prolongamento da cabeceira 05, com
forma de trapézio, em rampa de 1/50, estando a base menor justaposta à Faixa de Pista 05/23,
afastada 60m da cabeceira 05 e na mesma altitude desta - 3m, e a base maior afastada 3.800m da
base menor, com abertura angular de 9° em relação ao eixo da pista, a partir das extremidades da
base menor, na altitude de 79m, portanto com um desnível de 76m em relação à elevação do
aeródromo – 3m.
5. Área de Aproximação NORTE - estende-se no prolongamento da cabeceira 19, com forma

110
de trapézio, em rampa de 1/50, estando a base menor justaposta à Faixa de Pista 01/19, afastada
60m da cabeceira 19 e na mesma altitude desta - 3m, e a base maior afastada 3.800m da base menor,
com abertura angular de 9° em relação ao eixo da pista, a partir das extremidades da base menor, na
altitude de 79m, portanto com um desnível de 76m em relação à elevação do aeródromo – 3m.
6. Área de Aproximação SUL - estende-se no prolongamento da cabeceira 01, com forma de
trapézio, em rampa de 1/50, estando a base menor justaposta à Faixa de Pista 01/19, afastada 60m
da cabeceira 01 e na mesma altitude desta - 3m, e a base maior afastada 3.800m da base menor, com
abertura angular de 9° em relação ao eixo da pista, a partir das extremidades da base menor, na
altitude de 79m, portanto com um desnível de 76m em relação à elevação do aeródromo – 3m.
7. Área de Transição LESTE – estende-se no sentido do afastamento lateral da pista 01/19,
em rampa de 1/7, estando seus limites internos justapostos ao lado leste da Faixa de Pista 01/19,
Áreas de Aproximação NORTE e SUL, na mesma altitude destas, e seus limites externos, na
altitude de 79m, portanto com um ndesnível de 76m em relação à elevação do aeródromo – 3m.
8. Área de Transição OESTE – estende-se no sentido do afastamento lateral da pista 01/19,
em rampa de 1/7, estando seus limites internos justapostos ao lado oeste da Faixa de Pista 01/19,
Áreas de Aproximação NORTE e SUL, na mesma altitude destas, e seus limites externos, na
altitude de 79m, portanto com um ndesnível de 76m em relação à elevação do aeródromo – 3m.
9. Área de Transição SUDESTE – estende-se no sentido do afastamento lateral da pista
05/23, em rampa de 1/7, estando seus limites internos justapostos ao lado SUDESTE da Faixa de
Pista 05/23, Áreas de Aproximação NORDESTE E SUDOESTE, na mesma altitude destas, e seus
limites externos, na altitude de 79m, portanto com um ndesnível de 76m em relação à elevação do
aeródromo – 3m.
10. Área de Transição NOROESTE – estende-se no sentido do afastamento lateral da pista
05/23, em rampa de 1/7, estando seus limites internos justapostos ao lado NOROESTE da Faixa de
Pista 05/23, Áreas de Aproximação NORDESTE E SUDOESTE, na mesma altitude destas, e seus
limites externos, na altitude de 79m, portanto com um ndesnível de 76m em relação à elevação do
aeródromo – 3m.
11. Área Hoziontal Interna – estende-se para fora dos limites das Áreas de Aproximação e
Transição, em igual altitude de 79m, seus limites externos são semicírculos com 4.000m de raio,
com centros nas cabeceiras das pistas, concordantes com semi-retas, em igual altitude de 79m,
portanto com um desnível de 76m em relação à elevação do aeródromo.
12. Área Cônica – formada por semicírculos de 4.000 m e 6.190 m de raio, com centro nas

111
cabeceiras das pistas, concordantes com semi-retas, estando sua parte interna justaposta à Área
Horizontal interna, onde se inclina com altitude de 79 m, estende-se em rampa de 1/30, em
concordância com a Área Horizontal Média, atingindo a altitude de 152 m, portanto com desnível
de 149 em relação à elevação do aeródromo – 3 m;
13. Área Horizontal Média – com forma de setor de corôa circular, limitado a nordeste por
um segmento de reta que passa pela cabeceira 01 e forma 45º, no sentido horário, com o eixo da
pista 01/19 e limitado a noroeste por outro segmento de reta que passa pela cabeceira 05 e forma 28º
, no sentido anti-horário, com o eixo da pista 05/23, estando seus limite internos justapostos à parte
externa da Área Cônica e sua parte externa limitada por um arco de círculo com centro na cabeceira
23 e raio igual a 16.190m. Esta área estende-se em igual altitude de 152 m e atingindo a altitude de
47 m, portanto com um desnível de 271 m em relação à elevação do aeródromo – 3 m;
14. Área Intermediária – com forma de setor de corôa circular, limitado a nordeste por um
segmento de reta que passa pela cabeceira 01 e forma 45º, no sentido horário, com eixo da pista
01/19 e limitado a noroeste por outro segmento de reta que passa pela cabeceira 05 e toma 28º,
sentido anti-horário, com o eixo da pista 05/23, estando seus limites internos justapostos aos limites
externos da Área Horizontal Média e sua parte limitada por um arco de círculo com centro na
cabeceira 23 e raio igual a 17.410m. Esta área estende-se em rampa de 1/10, iniciando-se na altitude
152m e atingindo a altitude de 247m, portanto com desnível de 271m em relação à elevação do
aeródromo – 3m.
15. Área Horizontal Externa – com forma de setor de corôa circular, limitado a nordeste por
um segmento de reta que passa pela cabeceira 01 e forma 45º, no sentido horário, com o eixo da
pista 01/19 e limitado a noroeste por outro segmento de reta que passa pela cabeceira da pista 05 e
forma 28º, no sentido anti-horário, com eixo da pista 05/23, estando seus limites internos
justapostos à parte externa da Área Intermediária e sua parte externa limitada por um arco de círculo
com centro na cabeceira 23 e raio igual a 27.750m. Esta área estende-se em igual altitude de 274m,
portanto com um desnível de 271m em relação a elevação do aeródromo – 3m.
As restrições mencionadas acima impõe aos Administradores Públicos a obrigação de
responder de maneira ágil e confiável às demandas de empresas públicas, privadas e a população de
um modo geral que possuam lotes nestas áreas, no que se refere à determinação da altura máxima
das edificações a serem construídas.
Atualmente, a PMV faz esta determinação de modo manual, usando mapas analógicos. O
que se pretende com esta prática é automatizar este processo, além de mostrar mais uma aplicação
de modelos digitais de elevação (MDE's).
112
As figuras 77 e 78 ilustram alguns dos gabaritos definidos anteriormente.

Figura 77. Gabaritos da Pista 05/23.

113
Figura 78. Alguns dos gabaritos da pista 05/23 e parte dos lotes atingidos.

114
7.1 Objetivos
➢ Gerar o Modelo Digital de Elevação (MDE) do entorno do Aeródromo de Vitória;
➢ Determinar a altitude de pontos pertencentes às testadas dos lotes no MDE do entorno do
Aeródromo;
➢ Gerar o MDE dos gabaritos da Pista 05/23 da Zona de Proteção do Aeródromo de
Vitória/Goiabeiras-ES;
➢ Determinar a altitude de pontos pertencentes às testadas dos lotes no MDE dos gabaritos;
➢ Calcular a diferença de nível existente entre os pontos pertencentes às testadas dos lotes.

7.2 Dados Necessários


Os dados necessários para esse exercício encontram-se em ...\prat7\dados. Os arquivos a
serem utilizados estão descritos no quadro abaixo. O datum horizontal é o SAD69. O datum vertical
é Imbituda (altitude ortométrica). O sistema de projeção é UTM, com meridiano central de 39°W.

Plano de Informação Geometria Significado


PC ponto Pontos cotados da área de estudo.
CN linha Curvas de nível da área de estudo.
EixoPista0523 linha Eixo da pista 05/23 (pista existente).
FaixaPista0523 polígono Faixa da pista 05/23 (pista existente).
AANE polígono Área de Aproximação Nordeste.
AASO polígono Área de Aproximação Sudoeste.
ATSE linha Área de Transição Sudeste.
ATNO linha Área de Transição Noroeste.
AHI polígono Área Horizontal Interna.
Auxiliar linha Linhas auxiliares para manutenção da integridade do TIN.
AC linha Área Cônica.
AHM polígono Área Horizontal Média.
CLIPAHM polígono Polígono de corte da Área Horizontal Média.
AI linha Área Intermediária.
CLIPAI polígono Polígono de corte da Área Intermediária.
AHE polígono Área Horizontal Externa.
CLIPAHE polígono Polígono de corte da Área Horizontal Externa.
TestadasLotes linha Testadas dos Lotes.
VerticesLotes2D ponto Pontos bidimensionais que definem as testadas dos lotes.

115
Os gabaritos do quadro acima foram digitalizados utilizando-se o software AutoCAD, de
acordo com as especificações técnicas constantes da portaria Nº 43/EM. A título de exercício, seria
interessante você tentar fazer esta digitalização. Os comandos 3DORBIT e 3DPOLY lhe serão úteis.

7.3 Procedimentos
Inicie o ArcMap com um mapa vazio.
Mude o nome do data frame Layers para Aeródromo.
Clique no botão Add Data e navegue até o diretório ...\prat7\dados.
Adicione os layers PC e CN.
Clique no botão Save e salve o documento de mapa com o nome de pratica7.mxd em
seu diretório de trabalho.
Abra a tabela de atributos do layer PC e observe o conteúdo do campo Shape. O valor
PointZM indica que o shapefile é tridimensional, ou seja, para cada ponto também se está
armazenando o valor da coordenada Z. Cabe a mesma observação para o layer CN.
Feche as tabelas de atributos que porventura estejam abertas.
No ArcGIS, a modelagem de superfícies é feita através das extensões Spatial Analyst e 3D
Analyst. Como usaremos a representação TIN, necessitaremos desta última extensão.
Selecione o comando Extensions, disponível no menu Tools.
Na caixa de diálogo Extensions, marque a caixa de verificação ao lado de 3D Analyst -
conforme ilustra a Figura 79, e pressione o botão Close.
Posicione o cursor do mouse em qualquer parte da barra de ferramentas e pressione o botão
direito do mouse. No menu que aparece, selecione 3D Analyst para carregar a barra de ferramentas.

116
Figura 79. Caixa de diálogo com as extensões disponíveis.

Na barra de ferramentas 3D Analyst, selecione o comando 3D Analyst/Options. Será exibida


a caixa de diálogo Options. Na guia General, clique no ícone de navegação de diretórios para o
item Working directory e navegue até o seu diretório de trabalho - ...\Prat7\Dados. Na guia Extent,
clique no combo-box Analysis extent e selecione Union of Inputs. Clique no botão OK para fechar a
caixa de diálogo Options.
Na guia Cell Size, clique no combo-box Analysis cell size e selecione As Specified Below.
No campo Cell Size digite o valor 10. Observe que após a digitação da resolução do pixel os valores
dos campos Number of rows e Number of columns serão preenchidos automaticamente com 1214 e
974, respectivamente. Clique no botão OK para fechar esta caixa de diálogo.
Na barra de ferramentas 3D Analyst, selecione o comando Create TIN From Features,
disponível no menu 3D Analyst/Create/Modify TIN, conforme ilustra a Figura 80.
Na caixa de diálogo Create TIN From Features estarão listados todos os layers do data
frame Aeródromo – neste caso, PC e CN. A criação de um TIN pode ser feita através de uma
combinação de layers contendo pontos, linhas ou polígonos – isoladamente ou simultaneamente.

117
Figura 80. Comando para a modelagem de superfícies usando a representação TIN.

Marque a caixa de verificação ao lado do layer PC e configure os parâmetros do quadro


Settings for selected layer conforme descrito abaixo.
Height source: <Feature Z values>
Triangulate as: mass points
Tag value field: <None>
Marque a caixa de verificação ao lado do layer CN e configure os parâmetros do quadro
Settings for selected layer conforme descrito abaixo.

Height source: <Feature Z values>


Triangulate as: hard line
Tag value field: <None>

Figura 81. Caixa de diálogo usada para criar MNT's TIN.

118
No campo Output TIN: digite TINTerreno e pressione o botão OK. O ArcMap criará uma
pasta com este nome para armazenar os vários arquivos que compõem um TIN.
O TIN criado será adicionado ao data frame Aeródromo, conforme ilustra a Figura 82.
Feições definidas como mass points tornar-se-ão vértices dos triângulos da representação
TIN. Já aquelas definidas como hard lines comporão os lados dos triângulos.
Clique no botão Identify . Na caixa de diálogo Identify Results selecione TINTerreno
no campo Layers.
Na área de exibição, clique em pontos diversos do layer TINTerreno. Para cada ponto dentro
da área de estudo tem-se o valor de elevação - Figura 83, ou seja, foi criada uma superfície contínua
que representa a elevação desta área. Essas superfícies recebem usualmente o nome de Modelos
Digitais de Elevação (MDE – ou DEM em inglês) ou também Modelos Numéricos do Terreno
(MNT – ou DTM em inglês).
Feche a caixa de diálogo Identify Results.

119
Figura 82. TIN criado a partir das curvas de nível e pontos cotados. Detalhe em destaque.

Figura 83. Valores associados ao MDE TINTerreno.

120
Para facilitar a vizualização dos dados, inicie o ArcScene (comando ArcScene na barra de
ferramentas 3D Analyst ) e adicione o layer TINTerreno. Utilize os comandos de navegação
para analisar este MDE.
Dispondo do MDE do terreno, temos a possibilidade de determinar a altitude de pontos
pertencentes às testadas dos lotes. Adicione o layers EixoPista0523, FaixaPista0523,
TestadasLotes e VerticesLotes2D ao data frame Aeródromo.
Observe que o layer TestadasLotes é composto por diversas polilinhas que definem as
testadas dos lotes – use o comando Select Features. Estas testadas foram obtidas a partir da edição
de um plano de informação contendo os lotes. Abra tabela de atributos deste layer e veja que foi
criado um campo chamado ICADAS, que tem a função de identificar univocamente cada testada. O
procedimento usual seria o de se utilizar a Inscrição Cadastral do lote, mas como não dispunhamos
desta informação, criamos um identificador sequencial arbitrário. Note também que as testadas são
definidas por no mínimo dois pontos. Por esta razão foi criado o layer VerticesLotes2D. Abra a sua
tabela de atributos e observe que foi mantido o identificador. Este layer foi criado utilizando-se o
comando FeatureVerticesToPoints. O inconveniente deste comando é que ele está disponível
apenas para a versão ArcInfo, por isso não o estamos criando, uma vez que dispomos da versão
ArcEditor.
Determinaremos as elevações dos vértices do lotes em relação ao terreno convertendo o
layer bi-dimensional VerticesLotes2D para tri-dimensional, gerando o arquivo VLTerreno3D.
Selecione o comando Features to 3D... na barra de ferramentas 3D Analyst, conforme ilustra
a Figura 84.

Figura 84. Conversão de feições bi para tri-dimensionais.

121
Configure os parâmetros da caixa de diálogo Convert Features to 3D conforme descrito
abaixo (Figura 85) e pressione o botão OK.
Input features: VerticesLotes2D
Source of heithts => Raster or TIN surface: TINTerreno
Output features: VLTerreno3D

Figura 85. Criação do layer tri-dimensional VLTerreno3D.

Abra a tabela de atributos do layer VLTerreno3D e observe os valores do campo Shape.


Agora aparece o valor PointZM, o que indica que o shapefile é tri-dimensional, ou seja, além dos
valores das coordenadas X e Y também está armazenado a coordenada Z. Vamos criar um campo
nesta tabela para armazenar o valor da coordenada Z para comparação posterior com o valor de Z
nos gabaritos. Clique no botão Options e selecione o comando Add Field. Preencha a caixa de
diálogo Add Field com os valores abaixo e pressione o botão OK.
Name: ZTerreno
Type: Double
Precision: 6
Scale: 1
Posicione o cursor do mouse sobre o campo ZTerreno, pressione o botão direito do mouse e
selecione o comando Calculate Values .
Na caixa de diálogo Field Calculator marque a caixa de verificação Advanced.
No campo Pre-logic VBA Script Code digite a expressão abaixo:
Dim Output As Double
Dim pPoint As IPoint

122
Set pPoint = [Shape]
Output = pPoint.Z
No campo Zterreno = digite Output e pressione o botão OK.
Feche a tabela de atributos do layer VLTerreno3D.
Já temos os valores de Z para todos os vértices das testadas dos lotes em relação ao terreno.
Falta determinar em relação aos gabaritos. Entretanto, ainda não temos um MDE para os gabaritos,
o que será feito a seguir.
Adicione o layers AANE, AASO, ATSE, ATNO, AHI, AC, AHM, CLIPAHM, AI,
CLIPAI, AHE e CLIPAHE ao data frame Aeródromo.
Embora os lotes de que dispomos estejam apenas sob os gabaritos AASO, ATSE, ATNO e
AHI, criaremos um MDE composto por todos eles.
Deixe visível apenas os layers FaixaPista0523, AANE, AASO, ATSE e ATNO. Se você
observar as tabelas de atributos destes layers perceberá que todos eles são 3D. Para uma melhor
vizualiação, adicione-os também no ArcScene – altere o exagero vertical do data frame.
Na barra de ferramentas 3D Analyst, selecione o comando Create TIN From Features,
disponível no menu 3D Analyst/Create/Modify TIN.
Na caixa de diálogo Create TIN From Features marque as caixas de verificação ao lado do
do nome dos layers FaixaPista0523, AANE, AASO, ATSE e ATNO. Configure os parâmetros do
quadro Settings for selected layer conforme descrito abaixo.
Layer FaixaPista0523:
Height source: <Feature Z values>
Triangulate as: hard replace
Tag value field: <None>
Polígonos definidos como hard replace servem para definir o limite feições onde todos os
pontos de seu interior tem o mesmo valor de elevação, como um lago ou nossa pista de pouso.
Layer AANE:
Height source: <Feature Z values>
Triangulate as: hard line
Tag value field: <None>
Linhas definidas com hard line comporão os lados dos triângulos e não podem ser cruzadas
pelos mesmos. Curvas de nível e quaisquer outras feições que alterem a declividade – como rios e

123
estradas - normalmente são definidas como hard lines. Ou seja auxiliam no refinamento da
superfície.
Layer AASO:
Height source: <Feature Z values>
Triangulate as: hard line
Tag value field: <None>
Layer ATSE:
Height source: <Feature Z values>
Triangulate as: hard line
Tag value field: <None>
Layer ATNO:
Height source: <Feature Z values>
Triangulate as: hard line
Tag value field: <None>
Layer Auxiliar:
Height source: <Feature Z values>
Triangulate as: hard line
Tag value field: <None>
Layer AHI:
Height source: Elevacao
Triangulate as: hard replace
Tag value field: <None>
Layer AC:
Height source: <Feature Z values>
Triangulate as: hard line
Tag value field: <None>
Layer AHM:
Height source: Elevacao
Triangulate as: hard replace
Tag value field: <None>

124
Layer CLIPAHM:
Height source: <None>
Triangulate as: soft clip
Tag value field: <None>
No campo Output TIN: digite TINGabaritos e pressione o botão OK.
Linhas definidas como soft clip delimitarão a área para a qual será criado o TIN.
Normalmente não possuem valor de elevação. Servem, por exemplo, para delimitar a área de
estudo.
Use o comando Identify para avaliar os valores de elevação do TIN que foi criado.
Na TOC, deixe visíveis apenas os layers TINGabaritos, AI e CLIPAI.
Na barra de ferramentas 3D Analyst, selecione o comando Add Features to TIN, disponível
no menu 3D Analyst/Create/Modify TIN.
Na caixa de diálogo Add Features to TIN certifique-se de que Input TIN seja TINGabaritos
e marque a caixa de verificação ao lado do nome dos layers AI e CLIPAI. Configure os parâmetros
do quadro Settings for selected layer conforme descrito abaixo e em seguida pressione o botão OK.
Layer AI:
Height source: <Feature Z values>
Triangulate as: hard line
Tag value field: <None>
Layer CLIPAI:
Height source: <None>
Triangulate as: soft clip
Tag value field: <None>
E para finalizar, na TOC, deixe visíveis apenas os layers TINGabaritos, AHE e
CLIPAHE.
Selecione novamente o comando Add Features to TIN.
Na caixa de diálogo Add Features to TIN certifique-se de que Input TIN seja TINGabaritos
e marque a caixa de verificação ao lado do nome dos layers AHE e CLIPAHE. Configure os
parâmetros do quadro Settings for selected layer conforme descrito abaixo e em seguida pressione o
botão OK.

125
Layer AHE:
Height source: Elevacao
Triangulate as: hard replace
Tag value field: <None>
Layer CLIPAHE:
Height source: <None>
Triangulate as: soft clip
Tag value field: <None>
Uma vez que o MDE dos gabaritos foi criado, falta agora determinar os valores de z dos
vértices das testadas dos lotes para comparar com os valores de z no terreno.
Determinaremos as elevações dos vértices do lotes em relação ao terreno convertendo o
layer bi-dimensional VerticesLotes2D para tri-dimensional, gerando o arquivo VLGabaritos3D.
Selecione o comando 3D Analyst/ Convert/ Features to 3D... na barra de ferramentas 3D
Analyst.
Configure os parâmetros da caixa de diálogo Convert Features to 3D conforme descrito
abaixo e pressione o botão OK.
Input features: VerticesLotes2D
Source of heithts => Raster or TIN surface: TINGabaritos
Output features: VLGabaritos3D
Abra a tabela de atributos do layer VLGabaritos3D. Clique no botão Options e selecione o
comando Add Field. Preencha a caixa de diálogo Add Field com os valores abaixo e pressione o
botão OK.
Name: ZGabarit
Type: Double
Precision: 6
Scale: 1
Posicione o cursor do mouse sobre o campo ZGabarit, pressione o botão direito do mouse e
selecione o comando Calculate Values .
Na caixa de diálogo Field Calculator marque a caixa de verificação Advanced.
No campo Pre-logic VBA Script Code digite a expressão abaixo:

126
Dim Output As Double
Dim pPoint As IPoint
Set pPoint = [Shape]
Output = pPoint.Z
No campo ZGabarit = digite Output e pressione o botão OK.
Temos o valor de Z no terreno e também no gabaritos, porém eles estão em tabelas
diferentes. Vamos juntá-las para calcular a diferença de nível entre os pontos nas duas superfícies.
Na TOC, posicione o cursor do mouse sobre o layer VLTerreno3D e pressione o botão
direito do mouse. No menu pop-up, selecione o comando Joins and Relates / Join.
Configure a caixa de diálogo Join Data conforme indicado abaixo e pressione o botão OK.
What do you want to join to this layer: Join attributes from a table
1. Choose the field in this layer that the join will be based on: FID
2. Choose the table to join to this layer, or load the table from disk: VLGabaritos3D
3. Choose the field in the table to base the join on: FID
Abra a tabela de atributos do layer VLTerreno3D. Clique no botão Options e selecione o
comando Add Field. Preencha a caixa de diálogo Add Field com os valores abaixo e pressione o
botão OK.
Name: DifZ
Type: Double
Precision: 6
Scale: 1
Posicione o cursor do mouse sobre o campo DifZ, pressione o botão direito do mouse e
selecione o comando Calculate Values .
Na caixa de diálogo Field Calculator, use o mouse para construir a expressão abaixo e
pressione o botão OK:
[VLGabaritos3D.ZGabarit] – [VLTerreno3D.ZTerreno]
Vamos armazenar tambémos nesta tabela os valores de Z dos vértices dos lotes nos gabaritos
de forma definitiva.
Na a tabela de atributos do layer VLTerreno3D. Clique no botão Options e selecione o
comando Add Field. Preencha a caixa de diálogo Add Field com os valores abaixo e pressione o
botão OK.
Name: ZGabarit
Type: Double
127
Precision: 6
Scale: 1
Posicione o cursor do mouse sobre o campo ZGabarit, pressione o botão direito do mouse e
selecione o comando Calculate Values .
Na caixa de diálogo Field Calculator, use o mouse para construir a expressão abaixo e
pressione o botão OK:
[VLGabaritos3D.ZGabarit]
Agora que possuímos os valores de diferença de nível para todos os vértices poderemos
desfazer o Join. Na TOC, posicione o cursor do mouse sobre o layer VLTerreno3D e pressione o
botão direito do mouse. No menu pop-up, selecione o comando Joins and Relates / Remove Join(s)
/ VLGabaritos3D.
A partir deste momento, tem-se os valores de Z nas duas superfícies. Basta um usuário
informar sua Inscrição Cadastral – no nosso exemplo arbitramos os valores – para sabermos qual é a
altura máxima da edificação a ser construída no lote, conforme ilustra a Figura 86.

Figura 86. Exemplo de consulta aos valores de Z.

128
Adicione os layers VLGabaritos3D e VLTerreno3D ao ArcScene para visualizá-los. Nas
propriedades do layer, verifique o significados dos conceitos abaixo:
➢ Base height – sinônimo de elevação.
➢ Extrusion
➢ Offset

129
Preparado por: Prof. Wellington D. Guimarães - CEFETES
8. Rótulos Dinâmicos e Anotações
Um aspecto importante na confecção de mapas é o manuseio de elementos textuais que
facilitarão a interpretação do mapa. O ArcGIS Desktop possui dois tipos básicos de textos, que são
as anotações (Annotations) e os rótulos (labels). A premissa para uso destes recursos é a existência
de atributos associados às feições.
Os rótulos são a forma básica de exibição dos atributos das feições no mapa. Eles podem ser
agrupados em classes, o que permite que, para um mesmo atributo ou composição de atributos,
textos sejam apresentados com propriedades distintas – como tamanho e cor. Os rótulos ficam
vinculados à tabela de atributos, ou seja, qualquer edição na tabela se refletirá no mapa. Uma das
principais limitações dos rótulos está na impossibilidade de alterar a posição dos textos.
As anotações podem ser entendidas como um tipo avançado de rótulo. São armazenadas
como um plano de informação cujos elementos textuais possuem atributos como posição e
propriedades de exibição. São úteis quando a posição exata do texto for relevante. Existem dois
tipos de anotações: geodatabase annotation e map document annotation. Como os próprios nomes
sugerem, a diferença está no armazenamento, qual seja como uma classe de feição em um
geodatabase (um arquivo .mdb - Microsoft Access, ou dentro de outros SGBDs, como Oracle, SQL
Server ou Informix) ou um documento de mapa (arquivo .mxd), respectivamente. Neste último caso
ficam vinculadas ao data frame.
Outro conceito importante no manuseio de rótulos e anotações é o de escala de referência,
que é uma propriedade do data frame. Se ela não for definida, os rótulos serão desenhados com o
mesmo tamanho, independentemente da escala do mapa. As anotações, obrigatoriamente, possuem
uma escala de referência.
Rótulos podem ser convertidos em anotações, mas há restrições quando a versão do ArcGIS
Desktop for a ArcView. É importante ressaltar que uma escala de referência deve ser definida, uma
vez que o tamanho do texto fica vinculado a escala na qual o mapa será impresso.
O ArcGIS Desktop também suporta a exibição e a conversão de textos provenientes de
outros formatos de planos de informação, como por exemplo .dwg ou .dgn.
É importante lembrar que os textos estão sujeitos às normas da legislação cartográfica. Para
as escalas 1:1.000.000, 1:500.000, 1:250.000, 1:100.000, 1:50.000 e 1:25.000, que fazem parte do
mapeamento sistemático do Brasil, consulte as folhas modelo da 5ª Divisão de Levantamento da
Diretoria de Serviço Geográfico (DSG). Elas estão disponíveis para download na página
http://www.5dl.eb.mil.br/downloads.htm.
130
8.1 Objetivos
➢ Criar e manusear rótulos e anotações para feições.

8.2 Dados Necessários


Os dados necessários para esse exercício encontram-se em ...\Prat8\Dados. Os arquivos
(mapas e suas tabelas de atributos) a serem utilizados estão descritos no quadro abaixo. O Datum
horizontal é o SAD69. O sistema de projeção é UTM, com meridiano central de 39°W. Todos os
planos de informação estão no formato shapefile.

Plano de Informação Formato Descrição


Bairros shapefile Limites dos bairros da cidade de Vitória-ES.
HP_CN shapefile Curvas de nível da carta 1:50.000 de Itapemirim-ES
0426511hp dgn Curvas de nível da carta 1:50.000 de Itapemirim-ES

8.3 Procedimentos
Inicie o ArcMap com um mapa vazio.
Mude o nome do data frame Layers para Vitória-ES.
Adicione o layer Bairros.
Clique no botão Save e salve o documento de mapa com o nome de Pratica8.mxd em
seu diretório de trabalho.

8.3.1 Uso de rótulos dinâmicos


Clique com o botão direito do mouse sobre o layer Bairros e selecione o comando Label
Features. Quanto ao texto que aparece sobre cada bairro, avalie.
O texto pode ter sua posição alterada?
E sua cor e tamanho?
Os textos que aparecem no mapa estão armazenados em qual campo da tabela de
atributos?
Clique no comando Full Extent e depois sucessivamente no comando Fixed Zoom
Out. O que acontece com a quantidade de nomes de bairros que ficam visíveis?
Por padrão, o ArcMap evita a sobreposição de textos. Assim, a quantidade de rótulos
visíveis irá variar de acordo com a escala.
Clique com o botão direito do mouse sobre o layer Bairros e selecione o comando
Properties.
Na caixa de diálogo Layer Properties, selecione a guia Labels (Figura 87).

131
Figura 87: Configuração dos rótulos (labels).

8.3.1.1 Uso combinado de mais de um campo


Suponha que você queira exibir o nome do bairro e na linha de baixo a sua área.
Clique no botão Expression. Na caixa de diálogo Label Expression, dê um clique duplo no
campo SHAPE_area, disponível no painel Labels Fields. Observe que o mesmo será adicionado ao
painel Expression. Configure-o conforme o texto abaixo.

[NOME_BAIRR] & " " & [SHAPE_area]

Qual o significado da notação acima?


Clique no botão OK para fechar todas as caixas de diálogo abertas e verifique o resultado da
configuração.
Observe que o nome do bairro e o valor de sua área estão em uma mesma linha.
Outro inconveniente é o número de casas decimais do campo SHAPE_area. Clique com o
botão direito do mouse no layer bairros e selecione o comando Properties. Na caixa de diálogo
Layer Properties, selecione a guia Fields. Clique no botão (coluna Number Format) do campo
que se deseja alterar e defina o número de casas decimais igual a zero. Feche a caixa de diálogo

132
Properties. Para que a alteração seja atualizada no display, clique no botão Refresh View. Tanto os
valores da coluna na tabela de atributos quanto do display serão exibidos sem casas decimais.
Para que o software exiba os valores de área logo abaixo do nome do bairro, altere o painel
Expression, conforme o texto abaixo.
[NOME_BAIRR] & vbnewline & [SHAPE_area]

Clique no botão OK para fechar as caixas de diálogo e observe os resultados.


Ainda com relação ao número de casas decimais, caso o usuário não queira alterar a
aparência dos valores que aparecem na tabela de atributos, mas apenas nos rótulos, basta utilizar o
operador Round, conforme listagem abaixo.
[NOME_BAIRR] & vbnewline & Round([SHAPE_area])
De acordo com a configuração anterior, todas as feições são rotuladas, salvo problemas
relacionados com a sobreposição de rótulos.
8.3.1.2 Uso de comandos condicionais
Suponha que se queira rotular apenas os bairros com mais de 700.000m².
Na caixa de diálogo Layer Properties, guia Labels, clique no botão Expression.
Na caixa de diálogo Label Expression, apague o texto do painel Expression. Clique na caixa
de verificação Advanced. Um estrutura igual a listada logo abaixo será criada.
Function FindLabel ( )
FindLabel =
End Function
Altere a listagem acima conforme o texto abaixo. O nome da função não pode ser alterado.
Function FindLabel ([SHAPE_area], [NOME_BAIRR])
If [SHAPE_area] > 700000 then
FindLabel = [NOME_BAIRR] & vbnewline & [SHAPE_area]
End If
End Function
Clique no botão OK para fechar as caixas de diálogo e observe os resultados.
8.3.1.3 Agrupamento de feições em classes
Até o momento utilizamos uma configuração na qual todos os rótulos tem a mesma forma.
Observe na Figura 87 que o método selecionado é Label all the features the same way.
Considere a situação em que se deseja exibir o texto das feições de acordo com algum
critério de agrupamento. No nosso exemplo, consideraremos a divisão de Vitória em dois grupos:
Ilha e Continente. A discriminação utilizará o campo Região.
133
Clique com o botão direito do mouse sobre o layer Bairros e selecione o comando
Properties.
Na caixa de diálogo Layer Properties, selecione a guia Labels.
No combo-box Method, selecione a opção Define classes of features and label each class
differently.
Observe que existe uma classe chamada Default. Ela representa a última condição que foi
definida no item anterior, ou seja, exibe o nome e a área dos bairros com mais de 700.000m².
Desmarque a caixa de verificação Labels features in this class.
Clique no botão Add e digite Ilha na caixa de texto Class Name. Clique no botão OK.
Definido o nome da classe, falta associar as feições correspondentes e a forma como o texto
deverá ser exibido.
Clique no botão SQL Query. Na caixa de diálogo SQL Query, construa a expressão
conforme listado abaixo e clique no botão OK:
"Regiao" = 'Ilha'
Clique no botão Expression. Na caixa de diálogo Label Expression, marque a caixa de
verificação Advanced, construa a expressão abaixo e clique no botão OK:
Function FindLabel ( [SHAPE_area], [NOME_BAIRR])
If [SHAPE_area] > 1000000 then
FindLabel = [NOME_BAIRR] & vbnewline & Round([SHAPE_area])
End If
End Function
Altere a fonte para Times New Roman, preto, tamanho 10, negrito. Clique no botão Aplicar
para visualizar os resultados.
Repita os procedimentos anteriores para criar uma outra classe com o nome de Continente,
apenas para os bairros do continente com área maior que 1.200.000m². Utilize a fonte Times New
Roman, azul, tamanho 10, negrito.
Em que situações o uso de classes poderia ser empregada?
As configurações feitas até aqui ficam armazenadas em que arquivo?

8.3.2 Escala de referência


Na barra de ferramentas Standard, defina a escala de visualização como 1:100.000.
Clique com o botão direito do mouse sobre o data frame Vitória-ES e selecione o comando

134
Reference Scale / Set Reference Scale.
Utilize os recursos de visualização para avaliar o comportamento do tamanho do texto –
compare por exemplo com o tamanho do ícone do comando zoom in. Utilize o comando Measure
para medir o comprimento dos textos.
Clique novamente sobre o data frame e selecione o comando Reference Scale / Clear
reference Scale. Avalie novamente o tamanho do texto alterando as escalas de visualização.
A Tabela 1 ilustra o comportamento do tamanho texto em relação ao uso da escala de
referência. Lembre-se de que um ponto corresponde a 1/72 de uma polegada, ou seja,
aproximadamente 0,3527778 mm.
Você deve ter percebido que quando a escala de referência está definida, o tamanho do texto
é alterado. No tópico anterior o texto foi configurado com tamanho de 10 pontos. Como definimos a
escala de referência como 1/100.000, seu tamanho no terreno será de 352,8m. Ao trocar a escala, o
tamanho do texto no terreno será mantido, o que implica numa alteração de tamanho no desenho,
conforme a nova escala.
Sem a escala de referência, o texto terá o mesmo tamanho no desenho, independente da
escala.
Pontos Milímetros Denominador Texto em tamanho real (m) Texto em tamanho real (m)
da escala com escala de referência sem escala de referência
10 3,5278 100.000 352,8 352,8
10 7,0556 50.000 352,8 176,4
Tabela 1: Comportamento do tamanho dos texto em relação a escala de referência.

Vale lembrar que a escala de referência é uma propriedade do data frame.

8.3.3 Uso de anotações armazenadas em arquivos mxd


Conforme citado anteriormente, um inconveniente dos rótulos dinâmicos está na
impossibilidade de alterar a posição dos textos. Para contornar este problema o software dispõe de
outro tipo de rótulo, chamado de anotação (annotation).
Vamos converter os rótulos dinâmicos criados no item 8.3.1.3 em anotações.
Altere a escala do mapa para 1:80.000.
Clique com o botão direito do mouse sobre o layer Bairros e selecione o comando Convert
Label to Annotation.
Na caixa de diálogo que será aberta (Figura 88), faça as configurações conforme descrito
abaixo, mantenha as demais opções com os valores default e clique no botão Convert.
Store Annotation: In the map
Annotation Group: Bairros_Anotações
135
Clique com o botão direito do mouse sobre o layer Bairros e observe que a opção Label
Features está desabilitada. Ou seja, o texto exibido na tela refere-se às anotações, e não mais aos
rótulos, embora eles ainda existam e possam ser usados normalmente, conforme visto nos tópicos
anteriores. Enquanto os rótulos dinâmicos são vinculados ao layer, as anotações ficam associadas
ao data frame. Ou seja, qualquer alteração na tabela de atributos não se refletirá nas anotações, o
que é uma limitação.
Clique com o botão direito do mouse sobre o data frame Vitória-ES e selecione o comando
Properties. Na caixa de diálogo, selecione a guia Annotation Group (Figura 89).
O primeiro grupo,
<Default>, é criado e mantido
pelo próprio software.
O segundo, Bairros_A-
notações, foi criado no passo
anterior. O botão Properties
permite alterar algumas configu-
rações do grupo de anotações,
conforme indica a Figura 90.
A caixa de verificação ao
lado do nome do grupo controla
a visibilidade do grupo de
anotações. Clique no botão OK
para fechar a caixa de diálogo.

Figura 88: Criação das anotações.

Na barra de ferramentas Draw (Figura 91, selecione o comando Select Elements e tente
mover as anotações de lugar. Um clique duplo sobre o texto abre uma caixa de diálogo que permite
alterar o texto e algumas de suas propriedades. O texto também pode ser apagado. A principal
limitação deste tipo de anotação reside no fato de que não há vínculo com a tabela de atributos, ou
seja, se o nome de um bairro for alterado, as anotações não serão atualizadas.
Outro fato relevante é que além de textos, outros elementos gráficos também podem ser
desenhados, como retângulos, círculos, caixas de texto, etc. Estes comandos ficam na barra de
ferramentas Draw (Figura 91).
Eles ficam vinculados ao grupo de anotações do data frame que estiver ativo. Para

136
verificar qual o grupo ativo, na barra de
ferramentas Draw, selecione o menu
Drawing / Active Annotation Target
(Figura 91).
Na caixa de diálogo Data Frame
Properties, guia Annotation Groups,
desmarque a caixa de verificação ao lado
de Bairros_Anotações.

Figura 89: Annotation Goups associados ao data frame.

Figura 90: As propriedades de um grupo de anotações.

137
Figura 91: Barra de ferramentas com diversos comandos para criação e alteração de anotações.

8.3.4 Uso de anotações armazenadas em geodatabases


O último tipo de anotação é aquele que fica armazenado em um geodatabase. Há duas
possibilidades. No primeiro caso, o plano de informação do qual os rótulos serão criados está fora
do geodatabase. Não haverá vínculo entre as anotações e as feições. No segundo caso, tanto o plano
de informação que originou as anotações quanto o plano de informação do tipo anotação estão
armazenados no geodatabase. Este último é o mais flexível, uma vez que suporta a mudança de das
propriedades dos textos e permanece vinculado à tabela de atributos. Se alguma feição for apagada
ou tiver o valor de atributo alterado, a anotação correspondente também o será. A terminologia
adotada pela ESRI para este tipo de anotação é Feature Linked. O exemplo a seguir tratará deste
último caso.
De um modo geral, para trabalhar com anotações armazenadas em personal geodatabases
deve-se:
➢ no ArcCatalog, criar um Personal Geodatabase, caso ainda não exista;
➢ no ArcCatalog, importar o plano de informação que dará origem às anotações;
➢ no ArcCatalog, criar uma feature class (plano de informação) do tipo annotation;
➢ no ArcMap, fazer a conversão entre rótulos e anotações.

8.3.4.1 Criação do Personal Geodatabase


Na barra de ferramentas Standard, clique no comando ArcCatalog para abrí-lo.
No ArcCatalog, navegue até a pasta ...Prat8\Dados.
Clique com o botão direito do mouse na pasta Dados e selecione o comando New / Personal
Geodatabase.

138
Altere o nome do Personal Geodatabase para PG_Pratica8.mdb.
8.3.4.2 Importação do plano de informação para o geodatabase
Clique com o botão direito do mouse sobre o geodatabase e selecione o comando Import /
Feature Class (single).
Na caixa de diálogo Feature Class to Feature Class, configure-a conforme listagem abaixo
e clique no botão OK (Figura 92).
Input Features: Bairros.shp
Output Location: ...\Prat8\Dados\PG_Pratica8.mdb
Output Feature Class: Bairros

Figura 92: Importação de plano de informação.

8.3.4.3 Criação do plano de informação do tipo annottation


Clique com o botão direito do mouse sobre o geodatabase e selecione o comando New /
Feature Class.

139
Na caixa de diálogo New Feature Class, preencha os campos conforme listagem abaixo e a
Figura 93, em seguida, clique no botão Avançar.
Name: Ano_Bairros
Type of features stored in this feature class: Annotation Features
Link the annotation to the following geature class: marcado; Bairros

Na caixa de diálogo
seguinte, selecione o sistema de
coordenadas adequado e clique
no botão Avançar (dica: clique
no botão Import e selecione o
plano de informação Bairros).
Na próxima tela,
mantenha o valor default para a
tolerância e clique no botão
Avançar.
Para escala de referência
entre com o valor de 1:80.000.
Para as unidades selecione
metros. Para Label Engine,
selecione ESRI Stantard Label
Engine e clique no botão
Avançar.
Figura 93: Criação de um plano de informação para armazenar anotações. Mantenha os valores
default para todas as telas seguintes e pressione o botão Finish. O plano de informação criado está
“vazio”.
Observe na Figura 94 que além do plano de informação
Ano_Bairros, também foi criada uma outra camada chamada de
Anno_2_3. Trata-se de uma classe de relacionamento entre Bairros e
Ano_Bairros. Ao clicar com o botão direito do mouse sobre ela e
Figura 94: Classe Anno_2_3. selecionar Properties, será exibida a caixa de diálogo da Figura 95.
Note que a cardinalidade de 1:M, ou seja, cada instância do Bairro pode aparecer diversas vezes
na tabela Ano_Bairros. O esperado não seria um relacionamento 1:1? Pense no caso de curvas de

140
nível, onde o valor da eleveção aparece diversas vezes para uma mesma linha. Os campos que
representam o relacionamento são OBJECTID_1 (chave primária na tabela Bairros) e FeatureID
(chave estrangeira na tabela Ano_Bairros), conforme ilustra a Figura 95.

Feche o ArcCatalog e
retorne ao ArcMap.

Figura 95: Relacionamento entre os planos de informação Bairros e


Ano_Bairros.

8.3.4.4 Conversão dos rótulos para anotações


Altere a escala do display para 1:80.000.
Adicione o plano de informação Bairros, armazenado no personal geodatabase.
Têm-se que repetir a criação das classes de feições Ilha e Continente para o plano de
informação armazenado no geodatabase, pois elas foram criadas para o plano de informação no
formato shapefile. Infelizmente não e possível importar a configuração de um plano para outro,
diferentemente do que acontece para legendas. Portanto, repita os procedimentos descritos no item
8.3.1.3.
Clique com o botão direito do mouse no layer Bairros e selecione o comando Label
Features.
Vamos converter estes rótulos em anotações que ficarão armazenadas no geodatabase.
Clique novamente com o botão direito do mouse no layer Bairros e selecione o comando
Convert Labels to Annotation.
Na caixa de diálogo, clique no comando para navegação de diretórios , vá até a pasta
141
onde está o geodatabase, selecione o plano de informação Anot_Bairros e pressione o botão Add.
Selecione a caixa de verificação logo abaixo de Feature Linked e também de Append, uma vez que
o plano de informação que vai receber as anotações já existe. Clique no botão Convert para finalizar
(Figura 96).
Adicione o plano de informação
Ano_Bairros ao data frame. Note que o
layer tem subdivisões.Abra a tabela de
atributos do layer Ano_Bairros e
verifique a quantidade de parâmetros que
podem ser configurados para cada
anotação individualmente.
Para criar novas anotações
repetidas, uma das alternativas é iniciar
sessão de edição e utilizar os recursos de
copiar e colar. Na tabela de atributos
Ano_Bairros, edite os adequadamente
campos FeatureID, AnnotationClassID,
Figura 96: Conversão dos rótulos em anotações armazenadas em
geodatabases. SimbolID e Status.

Figura 97: PI Ano_Bairros.

8.3.5 Importação de textos armazenados em CADs


Utilize o ArcCatalog para:
➢ criar um personal geodatabase com o nome de Itapemirim.mdb na pasta ...Prat8\Dados;
➢ importar o plano de informação HP_CN para o geodatabase - comando Import / Feature
142
Class (Single...). Dê o nome de Curvas_Nivel para o plano de informação;
➢ importar as anotações do arquivo 0426511.dgn para o geodatabase - comando Import /
Feature Class (Single...). Dê o nome de Curvas_Nivel_anot para o plano de informação;
No ArcMap, crie um data frame com o nome de Itapemirim e adicone os planos de
informação Curvas_Nivel e Curvas_Nivel_anot, armazenados no geodatabase Itapemirim.mdb.
Caso deseje importar mais anotações para o geodatabase, abra o ArcToolBox e utilize o
comando Import CAD Annotation. Este comando só pode ser utilizado para criar anotações dentro
de geodatabases.

143
Preparado por: Prof. Wellington D. Guimarães - CEFETES

9. Aplicações em redes de sistemas viários


A modelagem do sistema viário de uma cidade permite o desenvolvimento de diversas
aplicações úteis ao planejamento urbano. Nesta aula prática, utilizaremos a malha viária do Bairro
Jardim da Penha já devidamente estruturada e veremos alguns exemplos de aplicação. A extensão
Network Analyst é necessária para executar os procedimentos descritos a seguir. Na próxima aula
prática será visto como estruturar o banco de dados.
Iniciaremos com o exemplo de otimização no traçado de rotas, ou seja, definição de rotas de
custo mínimo. Elas auxiliam o gestor urbano no planejamento de itinerários para:
➢ coleta de lixo;
➢ rega de praças, jardins e canteiros centrais;
➢ deslocamento de ambulâncias, viaturas policiais e carros do corpo de bombeiros;
➢ aplicação de dedetização (fumacês, por exemplo);
➢ e entrega de correspondênicas, entre outras.
Enfim, qualquer atividade que envolva o deslocamento de veículos ou pessoas pela malha
viária existente pode se beneficiar da otimização de rotas.
A seguir, calcularemos as áreas de influência para os pontos de ônibus desse bairro. Elas são
importantes para avaliar a acessibilidade dos usuários do sistema de transporte público aos pontos
de ônibus. De uma forma abrangente, ela pode ser entendida como uma medida do esforço para se
transpor uma separação espacial caracterizada pelas oportunidades apresentadas ao indivíduo ou
grupo de indivíduos, para que possam exercer suas atividades por meio do sistema de transporte. A
acessibilidade está associada à facilidade de chegar ao local de embarque no transporte coletivo e de
sair do local de desembarque e alcançar o destino final da viagem (FERRAZ & TORRES, 2004).
E para finalizar, encontraremos o ponto de ônibus mais próximo para um pedestre. Este
recurso pode ser extrapolado para diversas outras situações, como alocar ambulâncias, viaturas do
corpo de bombeiros ou viaturas policiais para atender a um chamado.

9.1 Objetivos
➢ traçar rotas de menor percurso;
➢ calcular a acessibilidade a pontos de ônibus;
➢ encontrar os pontos de ônibus mais próximos ao usuário.

144
9.2 Dados Necessários
Os dados necessários para esse exercício encontram-se em ...\Prat9\Dados. Os arquivos
(mapas e suas tabelas de atributos) a serem utilizados estão descritos no quadro abaixo. O Datum
horizontal é o SAD69. O sistema de projeção é UTM, com meridiano central de 39°W (zona 24).
Para os exemplos apresentados nesta prática, os planos de informação foram previamente
configurados e organizados no network dataset eixo_logradouro_ND.nd.

Plano de Informação Formato Descrição


Limite-jpenha shapefile Limite do bairro Jardim da Penha
Quadra shapefile Limites das quadras
Ponto-onibus shapefile Pontos de ônibus
Eixo-logradouro shapefile Eixos de logradouro
Conversoes_Proibidas shapefile Conversões proíbidas

9.3 Procedimentos
Inicie o ArcMap e abra o mapa
Prática9_Rotas.mxd, localizado no
diretório ...\Prat9.
O data frame Bairro Jardim da
Penha possui apenas os layers limite-
jpenha e Eixo_logradouro_ND. Este
último modela o comportamento do
sistema viário do bairro em relação a
sentidos de tráfego e conversões
proibidas, conforme convenções
indicadas na Figura 98. Utilize os
recursos de visualização para explorar
os dados.
Observe que a seta azul indica o
sentido proibido de conversão. Ou seja,
para um veículo que está na rua Carlos
Eduardo Monteiro de Lemos e se
desloca em direção a Dante Michelini,
Figura 98: Convenções gráficas.
não é permitido virar à esquerda. Ruas

145
de mão única têm uma seta preta ( ) no lugar da bola preta para indicar o sentido de tráfego que
é permitido.
Uma vez que as convenções foram entendidas, carregue a extensão Network Analyst (menu
Tools / Extensions) para utilizarmos seus recursos.
Abra a barra de ferramentas Network Analyst.
O menu Network Analyst da barra de ferramentas mostra os recursos de processamento desta
extensão (Figura 99).

Figura 99: Barra de ferramentas do Network Analyst.

9.3.1 Otimização de rotas


Clique no menu Network Analyst e selecione a opção New Route. Será acrescentado ao data
frame um layer chamado Route, que empacota (agrupa) os layers Stops, Barriers e Routes,
conforme indica a Figura 100. Altere seu nome para Rota1.
Na barra de ferramentas Network Analyst, clique no
botão Show/Hide Network Analyst window . Será aberta
uma janela com este nome (Figura 101). Acople-a junto com a
tabela de conteúdo para que não ocupe muito espaço na tela.
Esta caixa de diálogo serve para gerenciar os pontos de parada
(importar, excluir, modificar a ordem de passagem, etc),
barreiras, rotas e marcar as configurações que deverão ser
observadas no momento do processamento.
No menu View / Bookmarks, selecione Cruzamento 1.
Certifique-se de que a opção Stops(0) esteja selecionada
na janela Network Analyst window.
Figura 100: Layers para os pontos de
parada, barreiras e rotas calculadas.

146
Na barra de ferramentas Network Analyst, selecione o
comando Create Network Location Tool . Marque dois
pontos conforme indica a Figura 102, mantendo a mesma ordem.
Além de aparecer sobre os eixos de logradouro, os pontos criados
também deverão ser acrescentados no item Stops da janela
Network Analyst window. O nome padrão é Graphic Pick X, onde
X indica o número do ponto. Mude o nome do ponto 1 para Início
e do ponto 2 para Fim.
Na janela Network Analyst window, selecione o comando
Route1 Properties . Será aberta a caixa de diálogo Layer
Properties (Figura 103). Selecione a aba Analysis Settings e
Figura 101: Janela Network configure os parâmetros conforme descrito abaixo e clique no
Analyst window.
botão OK. Para aqueles que não forem informados, mantenha os
valores default.
Impedance: Meters (Meters)
Allow U-Turns: Nowhere
Restrictions: mantenha as caixas de verificação
Conv_Proibidas e Oneway desmarcadas
Distance Units: Meters
Open Directions window automatically: marcado
O campo Impedance indica ao software qual
é o campo da tabela de atributos que armazena os
custos associados a cada arco da rede. No caso
deste exercício, a rota de custo mínimo significa
aquela de menor distância.
No campo Restrictions, como mantivemos as
duas caixas de verificação desmarcadas, o software
não levará em conta no processamento as
conversões proibidas (Conv_Proibidas) e os

Figura 102: Indicação dos pontos de partida (1) e de sentidos de tráfego (Oneway). Uma situação assim
chegada (2).
poderia ser aplicada, por exemplo, para quem faz o
deslocamento a pé, como carteiros, varredores de
rua e pedestres.

147
Figura 103: Configurações para cálculo da rota.

Após as configurações, o passo seguinte é o cálculo da rota.

Na barra de ferramentas Network Analyst, selecione o comando Solve e observe o


resultado do cálculo, que deve ser semelhante ao da Figura 105. Também deverá ser aberta a caixa
de diálogo Directions (Rota1) - Figura 104. Nela, aparece uma listagem com o itinerário que deverá
ser seguido, com as parciais de cada trecho e a distância total a ser percorrida.

Figura 104: Itinerário da rota.

148
Repare também o que aconteceu no layer
Rota1 (layer Routes)do data frame e da janela
Network Analyst window. Abra a tabela de
atributos do layer Routes. Observe que ele existe
apenas dentro do arquivo .mxd. Dependendo da
situação, o comando Export Data deverá ser
utilizado para gerar um shapefile com a rota que
foi criada.
Vamos criar outra rota, mas agora
observando as conversões proibidas e os sentidos
de tráfego. Utilizaremos os mesmos pontos de
partida e de chegada.
Desligue o plano de informação Rota1 no
data frame.
Na barra de ferramentas Network Analyst,
Figura 105: Resultado do processamento. clique no menu Network Analyst e selecione a
opção New Route. Um layer novo chamado Route será acrescentado ao data frame. Altere seu
nome para Rota2. Observe que o layer Rota2 também foi acrescentado ao Network Analyst window.
Na janela Network Analyst window, certifique-se de Rota2 é o layer selecionado no combo-
box. Clique com o botão direito do mouse sobre Stops(0) e selecione Load Locations no menu
popup. Na caixa de diálogo Load Locations, clique no combo-box Load From, selecione
Rota1/Stops e no botão OK.
Na janela Network Analyst window, selecione o comando Rota2 Properties . Na caixa
de diálogo Layer Properties, selecione a aba Analysis Settings e configure os parâmetros conforme
descrito abaixo. Para aqueles que não forem informados, mantenha os valores default.
Impedance: Meters (Meters)
Allow U-Turns: Nowhere
Restrictions: marque as caixas de verificação Conv_Proibidas e Oneway
Distance Units: Meters
Open Directions window automatically: marcado

Na barra de ferramentas Network Analyst, selecione o comando Solve e observe o


resultado do cálculo, que deve ser semelhante ao da Figura 106.
149
Também foi gerado o itinerário
para a segunda rota. Compare as
distâncias entre as duas rotas.
Agora é por sua conta. Crie outras
rotas. Acrescente mais de dois pontos.
Avalie os parâmetros Reorder Stops To
Find Optimal Route e Allow U-Turns.

Figura 106: Rota. que considera os sentidos de tráfego e as


conversões proibidas.

Figura 107: Itinerário da segunda rota.

150
9.3.2 Acessibilidade a pontos de ônibus
Abra o mapa Prática9_Acessibilidade.mxd.
Adicione o plano de informação ponto-onibus ao data frame. Coloque um símbolo mais
adequado (exemplo: Bus Station na categoria Transportation/Guide Sign).
Na barra de ferramentas Network Analyst, clique no menu Network Analyst e selecione a
opção New Service Area. Será acrescentado ao data frame um layer chamado Service Area, que
empacota (agrupa) os layers Facilities, Barriers, Lines e Polygons, conforme indica a Figura 100.
Altere seu nome para Áreas de Influência.
Vamos avaliar quantitativamente a acessibilidade dos
pedestres ao sistema de transporte coletivo do Bairro Jardim
da Penha. A abordagem adotada é aquela proposta por Ferraz
e Torres (2004), na qual se consideram faixas de distâncias
em relação aos pontos de ônibus, conforme Quadro 5.
A primeira coisa a fazer é carregar os pontos em
relação aos quais serão geradas as áreas de influência. No
nosso caso serão os pontos de ônibus.
Na janela Network Analyst window, certifique-se de
que Áreas de Influência é o layer selecionado no combo-
box. Clique com o botão direito do mouse sobre
Facilities(0) e selecione Load Locations no menu popup. Na
caixa de diálogo Load Locations, clique no combo-box Load
From, selecione Ponto-onibus e no botão OK.
Na janela Network Analyst window, selecione o
comando Áreas de Influência Properties . Será aberta a
Figura 108: Layers utilizados na criação
de áreas de serviço. caixa de diálogo Layer Properties (Figura 109). Selecione a
aba Analysis Settings e configure os parâmetros conforme descrito abaixo. Para os parâmetros que
não forem informados, mantenha os valores default.
Impedance: Meters (Meters)
Defalult Breaks: 0 300 500
Allow U-Turns: Nowhere
Restrictions: mantenha as caixas de verificação Conv_Proibidas e Oneway desmarcadas
Direction: Away From Facilities

151
Fator Parâmetros de avaliação Bom Regular Ruim
Acessibilidade Distância de caminhada no início e no < 300 300-500 > 500
fim da viagem (m)
Quadro 5: Avaliação de acessibilidade. Adaptado de Ferraz e Torres (2004).

Figura 109: Configurações para o cálculo das áreas de influência.

Selecione a aba Polygon Generation e configure os parâmetros conforme descrito abaixo,


mantendo os valores default para os demais.
Trim Polygons: 500 meters
Multiple Facilities Options: Merge by break value
Overlayp Type: Rings
Allow U-Turns: Nowhere

Na barra de ferramentas Network Analyst, selecione o comando Solve e observe o


resultado do cálculo, que deve ser semelhante ao da Figura 110.

152
Figura 110: Resultado do cálculo das áreas de influência.

Gere outro mapa com as áreas de influência, utilizando os intervalos abaixo:


0m - 30m
30m – 60m
60m – 90m

Quais seriam as limitações caso utilizássemos o comando de criação de buffer


para representar as áreas de influência de cada ponto de ônibus?

153
9.3.3 Localização de equipamentos ou serviços mais próximos
Outro recurso útil da extensão Network Analyst consiste no cálculo dos equipamentos ou
serviços mais próximos de um determinado ponto, fornecendo inclusive o itinerário para se chegar
ao equipamento. Como exemplos podemos citar: alocação de alunos à escola mais próxima;
identificação dos pontos de atendimento mais próximos de um cliente para que ele possa efetuar o
pagamento de contas, etc. No exemplo a seguir, vamos informar um posição e calcular os pontos de
ônibus mais próximos.
Clique no menu Network Analyst e selecione a opção New Closest Facility. Será
acrescentado ao data frame um layer chamado Closest Facility, que empacota (agrupa) os layers
Facilities, Incidents, Barriers e Routes. Altere seu nome para Ponto de ônibus mais próximo. Os
layers citados correspondem, respectivamente, a localização dos equipamentos (os pontos de ônibus
no nosso exemplo), pontos de chamada ou demanda (a localização do pedestre no nosso exemplo),
barreiras (ruas impedidas, por exemplo) e as rotas que serão calculadas dos pontos de chamada até
os equipamentos.
Na janela Network Analyst window, certifique-se de Ponto de ônibus mais próximo é o
layer selecionado no combo-box. Clique com o botão direito do mouse sobre Facilities(0) e
selecione Load Locations no menu popup. Na caixa de diálogo Load Locations, clique no combo-
box Load From, selecione Ponto-onibus e no botão OK.
Selecione Cruzamento 2 no menu View / Bookmarks.
Na janela Network Analyst window, selecione o layer Incidents(0).
Na barra de ferramentas Network Analyst, selecione o comando Create Network Location
Tool . Marque um ponto no cruzamento das ruas Comissário Octávio Queiroz e Doutor
Moacyr Gonçalves.
Na janela Network Analyst window, selecione o comando Ponto de ônibus mais próximo
Properties . Será aberta a caixa de diálogo Layer Properties (Figura 111). Selecione a aba
Analysis Settings e configure os parâmetros conforme descrito abaixo e clique no botão OK. Para
aqueles que não forem informados, mantenha os valores default.
Impedance: Meters (Meters)
Facilities To Find: 3
Allow U-Turns: Everywhere
Restrictions: mantenha as caixas de verificação Conv_Proibidas e Oneway desmarcadas
Distance Units: Meters
Open Directions window automatically: marcado

154
Figura 111: Parâmetros de configuração utilizados no cálculo dos pontos de ônibus mais próximos.

Na barra de ferramentas Network Analyst, selecione o comando Solve e observe o


resultado do cálculo,
que deve ser
semelhante ao da
Figura 113.
Na Figura 112 têm-se
os itinerários até os três
pontos de ônibus.

Figura 112: Itinerário do ponto de partida até os três pontos de ônibus mais próximos.

155
Figura 113: As três rotas que foram calculadas.

Faça outras simulações. Experimente criar barreiras.

9.4 Exercícios
1. Trace um paralelo entre o emprego de buffers e de áreas de influência.
2. Dos recursos vistos nesta prática, qual deveria ser utilizado para a alocação de alunos a escola
mais próxima?

9.5 Bibliografia
FERRAZ, Antônio Clóvis Pinto; TORRES, Isaac Guilhermo Espinosa. Transporte público
urbano. 2ª ed. São Carlos: Rima, 2004. 428 p.

156

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