O presente Relatório visa sintetizar os argumentos e pontuações feitas pelos
debatedores, Prof. Me. Reinaldo Caixeta Machado e a mediadora Amanda Rodrigues, nucleadora do Movimento Ecos, quanto ao temas da urbanidade e das construções sustentáveis. O cerne do debate, gira em torna das “cidades sustentáveis”, sendo que o palestrante alega que estas são um ideal tangível, onde se busca a eliminação das desigualdades no meio urbano, por meio da construção de um ambiente onde todos vivam igualmente bem e haja a coexistência entre desenvolvimento e a sustentabilidade. O palestrante destaca as cidades de Curitiba, Londrina e João Pessoa que promovem uma gestão eficiente e sustentável de seu lixo, da circulação de pessoas e da geração de energia, se aproximando do ideal de cidades sustentáveis. Destaca, ainda, as smart cities onde recursos tecnológicos são utilizados para facilitar o acesso à informações como tráfego e qualidade do ar. Por fim, o palestrante evoca o tripé da sustentabilidade como fundamento para a consecução das construções sustentáveis. Assim, segundo ele, as construções e, via de consequência, as cidades sustentáveis, não são mito, mas uma realidade tangível a partir do momento em que cada cidadão se responsabilizar pela reparação do impacto ambiental que causar. Como destaca pelo palestrante, o sucesso das cidades sustentáveis, como o fim do descaso com a poluição, com a favelização, com a diminuição da qualidade de vida de seres humanos, animais e vegetais para essa e para as próximas gerais depende de que cada um coloque a mão na consciência, pois quando um cuidar de uma pequena parcela do gigantesco problema ambiental existente, no Brasil e no mundo, este será resolvido. As estatísticas não mentem, se nada for feito, e logo, o problema ambiental se tornará irreversível. Um ótimo pontapé inicial para a solução deste problema reside nas construções sustentáveis, pois, de uma só vez, mitiga-se o problema do lixo, do desperdício de recursos energéticos e da circulação de pessoas, sem se contar a melhora na qualidade de vida dos cidadãos. O citado tripé da sustentabilidade é outro ótimo balizador para a solução da questão ambiental atual. Este, também chamado de triple bottom line, funda-se no ideal de equilíbrio entre desenvolvimento social, econômico e ambiental. Ou seja, depende de que as ações antrópicas, em especial dos empresários, por serem as empresas e indústrias as maiores responsáveis pela degradação ambiental vigente, vislumbrem que somente com o equilíbrio entre esses três pontos se alcançará a sustentabilidade. Sendo essa, ainda que muitos não percebam, muito vantajosa economicamente falando, que o simples foco em desenvolvimento econômico e social de maneira isolada. Como disse o palestrante, é o barato que sai caro. Na seara específica das construções sustentáveis, destaca-se que atitudes simples, como o adequado tratamento e descarte de efluentes e resíduos industriais e domésticos, controle de emissões de gases poluentes, respeito às áreas de preservação permanente e de reserva florestal, projetos arquitetônicos que prezem pela iluminação e ventilação naturais e o investimento em energias renováveis. Trocando em miúdos, a sustentabilidade está muito mais ao alcance da sociedade do se imagina, bastando não se olvidar à existência do problema. Como bem dito por aí, “a sustentabilidade consiste em se construir que pensando no futuro”.