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XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica

Geotecnia e Desenvolvimento Urbano


COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
©ABMS, 2018

Análise de Estabilidade de Taludes através da Teoria de


Equilíbrio Limite e Método dos Elementos Finitos
André Rezende Vidal
Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Brasil, rezende-andre@hotmail.com

Vinícius Matias dos Santos Vieira


Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Brasil, eng.viniciusmsv@gmail.com

Luiz Álvaro de Oliveira Júnior


Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Brasil, alvarojunior@pucgoias.edu.br

Daniel Carmo Dias


Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Brasil, engdanieldias@gmail.com

RESUMO: Para se analisar o potencial rompimento de um talude, pode-se adotar diversos métodos,
alguns são baseados na Teoria de Equilíbrio Limite, que através de hipóteses fornecem resultados aos
casos. Já outra vertente, são os cálculos com base no Método de Elementos Finitos, apresentando
resultados em função de tensões-deformações em diferentes pontos da estrutura, fornecendo assim
um resultado mais detalhado acerca do problema. O objetivo do trabalho é fazer um estudo da
variação dos fatores de segurança apresentados para um mesmo maciço, utilizando métodos com
formulações diferentes. Com a variação de parâmetros, foi possível avaliar os métodos de Fellenius,
Bishop Simplificado e Morgenstern & Price, representantes da Teoria de Equilíbrio Limite, e o
Método dos Elementos Finitos. Os taludes são fictícios, em que foram arbitrados coesão, peso
próprio, ângulo de atrito, altura e inclinação. Para auxiliar no cálculo das estruturas, os softwares
GeoStudio 2016, para os métodos de equilíbrio limite, e o Plaxis 8.5, para elementos finitos, foram
utilizados. Os resultados estão apresentados no Apêndice A deste trabalho, agrupados de acordo com
as diferentes características dos casos.

PALAVRAS-CHAVE: Estabilidade, Talude, Teoria do Equilíbrio Limite, Método dos Elementos


Finitos.

1 INTRODUÇÃO

A análise da estabilidade de taludes é uma para solucionar esses problemas, porém com o
problemática da área da geotecnia, grande parte advento da informática e o considerável aumento
deve-se ao fato dos riscos que a ruptura dessas da capacidade de cálculo dos computadores,
estruturas causa no âmbito ambiental e de vidas métodos antes não muito difundidos por
humanas. Vários são os possíveis exemplos para apresentarem formulações mais complexas
aplicação destas análises: aterros, taludes tomaram espaço no mercado.
naturais, barragens de terra, etc. Mais recentemente o Método dos Elementos
Em geral, os métodos são baseados na Teoria Finitos foi elaborado, abordando de maneira
do Equilíbrio Limite, que toma como premissa a diferente os problemas da estática. A nova
satisfação das condições de equilíbrio, adotando metodologia calcula seus resultados através da
hipóteses para a solução das indeterminações do relação das tensões e suas deformações geradas,
objeto. Diversos métodos foram desenvolvidos apresentando parâmetros mais realistas da obra.
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A grande quantidade de métodos pode trazer (tensões cisalhantes mobilizadas - ). As


ao profissional dúvidas quanto a eficácia ou tensões são representadas pela Figura 1.
precisão dos diferentes tipos de métodos em
aplicações distintas. Este artigo foi criado com o
intuito de mostrar a influência de cada método
nos resultados de diversas análises..

2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

2.1 Generalidades
Figura 1. Tensões atuantes na estabilidade de um talude.
2.1.1 Taludes Fonte: adaptada de FERREIRA (2012).

Talude é um termo utilizado para descrever toda Através dessa relação é possível perceber
e qualquer superfície inclinada que limite um que caso o fator de segurança seja igual a 1, a
maciço de terra, de rocha ou de ambos. Os estrutura é instável já se for menor que 1 o
taludes também podem se apresentar de duas resultado não apresenta um significado físico. Os
formas, sendo elas naturais ou antropológicas. valores de fatores de segurança a serem
Taludes naturais são as estruturas encontradas na considerados são numericamente maiores que 1.
natureza e os antropológicos as que se Tal fator deve ser calculado de modo em
apresentam em formas de corte ou de aterro. que se leve em consideração os critérios de
(TONUS, 2009). segurança, observando o potencial risco contra
Um talude torna-se um mecanismo quando vidas humanas e danos materiais e ambientais.
uma massa de solo ou de rocha se desprende de Assim, define-se o fator de segurança através da
seu corpo após perder sua capacidade de equação (1).
equilíbrio e entra em movimentação, que
apresenta características variadas, de acordo com = (1)
as particularidades de cada estrutura. Varnes
(1978) apud Ferreira (2012) classifica essas
movimentações como: A resistência ao cisalhamento ( ) é dada
 Quedas (associadas a rochas); em termos de tensão efetiva e feitas pelo critério
 Tombamentos (associados a blocos); de ruptura de Mohr-Coulomb, conforme equação
 Escorregamentos (associados a massas de (2).
rocha e/ou solo);
 Expansões (associadas a rochas)
= + ′ tan ∅ ′ (2)
 Fluxos (associados a rocha e/ou solo)
Onde c' é a coesão, σ' é a tensão efetiva e
 Complexos (como avalanches ou
∅' é o ângulo de atrito. A tensão cisalhante
combinações de vários tipos de
movimento). mobilizada ( ) é dada pela equação (3),
elaborada com adequações matemáticas nas
 Deslizamento de massas
equações (1) e (2):
2.1.2 Fator de segurança ( ′+ ′ ∅′)
= (3)

A análise da estabilidade dos taludes começa


com a determinação do fator de segurança, que é Analisar a estabilidade de taludes em
definido na ABNT NBR 11.682/2009 como a termos de tensões efetivas ou totais é
relação entre os esforços estabilizantes equivalente, embora a mais usual seja a de
(resistentes - ) e os esforços instabilizantes tensões efetivas que assume as poropressões
conhecidas ao longo da superfície de ruptura, por
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ocasião da mesma. Já no procedimento com


tensões totais admite-se poropressões
desenvolvidas nos ensaios triaxiais, que tentam
simular as condições de carregamento e
drenagem de campo iguais às que existirão no
maciço de terra.
Nas análises determinísticas do fator de
segurança, existem duas vertentes, os métodos
baseados em análises de deslocamento e os
métodos baseados em estado do equilíbrio
limite, o principal representante da primeira
vertente é o método dos elementos finitos.
(MASSAD, 2003)

2.1 Método de equilibrio limite Figura 2. Forças atuantes em uma fatia genérica dos
métodos de equilíbrio limite. Fonte: SILVA (2011).

O modelo mais usual para o cálculo do fator de


segurança através de métodos que utilizam do Tomando como partida o número de
equilíbrio limite é o modelo das fatias, que equações da estática abordadas nos cálculos,
consiste em arbitrar uma superfície de atribui-se a classificação de métodos rigorosos
deslizamento, podendo ou não ser circular, ou não rigorosos, os primeiros serão,
proceder ao cálculo do equilíbrio da massa de naturalmente, aqueles que satisfazem as três
solo através das três equações da estática. Tudo condições de equilíbrio (forças verticais e
isso é realizando em fatias verticais dividas ao horizontais e os momentos).
longo da superfície determinada. A tabela 1 resume as características dos
Dada a grande diversidade de métodos de métodos mais usuais de equilíbrio limite.
equilíbrio limite, interessa salientar os aspectos
Tabela 1. Resumo das características dos métodos de
que diferenciam a consistência do fator de
equilíbrio limite. Fonte: adaptada de SILVA (2011).
segurança e alteram-se basicamente nas Fellenius Bishop Morgenstern
equações da estática que são satisfeitas, nas simplificado e Price
forças entre fatias consideradas nos cálculos,
tangenciais e normais, e na distribuição das Superfície Circular Qualquer Qualquer
forças de interações.
∑ = Sim Sim Sim
A superfície de ruptura pode ser
determinada inúmeras vezes para uma mesma ∑ = Não Não Sim
!
estrutura a fim de se calcular o menor fator de
segurança global, essas tentativas são feitas ∑ " = Sim Sim Sim
variando-se os raios e o ponto de centro,
alterando assim a abrangência da cunha de Força E Não Sim Sim
ruptura a ser analisada.
Força X Não Não Sim
Na figura 2 é ilustrado de uma maneira
genérica a dinâmica das forças dentro de uma Z Não Horizontal Variável
fatia, onde representa a força tangencial e existe
a força normal entre fatias. Na base estão
aplicadas e , reação normal e de corte,
respectivamente.
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2.2.1 Método de Fellenius 2.2.2 Método de Bishop Simplificado

Elaborado em 1936, Fellenius introduziu o O método de Bishop simplificado (1955)


primeiro método para uma superfície de foi desenvolvido inicialmente para superfícies
deslizamento circular, conhecido também por circulares, porém pode também ser aplicado a
método sueco, esse é o método mais simples superfícies não circulares. Neste método admite-
dentre todos, fato que acontece devido ao fato de se que as forças de interação entre as fatias estão
estabelecer uma equação linear para a na horizontal e que a força normal age no centro
determinação do fator de segurança, dispensando da base, calculando assim o somatório das forças
assim o processo iterativo, uma vez que assume verticais e desprezando as horizontais (SILVA,
as forças de interação entre as fatias como sendo 2011).
paralelas à base das mesmas, fazendo com que Na Figura 4 são demonstradas as forças
ela seja dispensada do cálculo. Essa internas dentro de cada fatia e como dá-se sua
simplificação não pode ser considerada como disposição.
verdadeira pois as inclinações nas bases das
fatias não podem ser consideradas como iguais
em todas. Quando se avançam os cálculos,
variam-se as inclinações. Desta forma o
principio de ação e reação de Newton não é
satisfeito. Na figura 3 pode-se observar que a
reação normal é obtida através do equilíbrio de
forças e encontrada no centro da base, não
apresentando qualquer relação entre fatias
(SILVA,2011). Figura 4. Fatia genérica do poligono de forças do método
de Bishop Simplificado. Fonte: SILVA (2011).

Na Figura 5 a relação de todo o maciço,


com as forças aplicadas de maneira externa, na
interação entre as fatias

Figura 3. Fatia genérica do poligono de forças do método


de Fellenius. Fonte: SILVA (2011).

Considerando l a largura da fatia, u como


Figura 5. Representação do maciço e suas componentes
sendo a poropressão e que α seja o ângulo de do método de Bishop Simplificado. Fonte: SILVA
inclinação do raio da superfície de ruptura. (2011).
Através de considerações feitas com as formulas
(1) e (2) deste artigo, percebemos que o fator de Entendidos os elementos utilizados por
segurança pode ser obtido através da equação 4. Bishop para a elaboração da formula,
considerando l como a largura da fatia e
∑( # + ( − %#) tan ∅′) baseando nas equações (1) e (2), estabelece-se o
= (4)
∑& sin ) fator de segurança, representada na equação (5):
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2.3 Método dos elementos finitos


sec )
∑[ # + +&(1 − -). tan ∅′)]
tan ∅ tan )
1+ (5) Visto que algumas estruturas apresentam uma
= resolução analítica bastante complexa e
∑& sin )
imprecisa para determinadas situações, como por
Devido ao coeficiente de segurança exemplo em elevadas poropressões, o método
aparecer em ambas as parcelas da equação, faz dos elementos finitos propõe uma solução
com que seja necessário utilizar um processo numérica a partir da fragmentação da estrutura
iterativo para a determinação do mesmo. em pequenas partes, e avaliação do
(FREITAS, 2011). comportamento de cada segmento obtido dessa
discretização. Desse modo, o elemento com
2.2.3 Método de Morgenster e Price infinitos graus de liberdade existentes no
contínuo passa por uma simplificação, levando-
O método de Morgenster e Price (1965) o a um número finito.
apresenta princípio semelhante aos demais De acordo com Cook et al. (2001), os
métodos, porem sua formulação é bastante elementos são conectados em pontos chamados
complexa sendo necessárias várias iterações. nós, que por sua vez formam a estrutura de
Pertence ao grupo dos métodos rigorosos, elementos finitos, sendo a palavra "estrutura"
cumprindo assim todas as condições de utilizada de forma genérica para representar um
equilíbrio. Para a correção das forças de iteração, corpo ou região definida. A disposição particular
todas são controladas por uma função f(x) que é dos elementos é denominada malha.
multiplicada por um fator λ, devendo ser Numericamente, uma malha de elementos finitos
especificada antes do inicio dos cálculos. Essa é representada por um sistema de equações
função determina a inclinação das forças entre as algébricas a serem resolvidas por incógnitas nos
fatias. nós, sem restrição de geométrica ou campo de
atuação, verificando desde a transferência de
calor à análise de tensão.
Além disso, Cook et al. (2001) destaca que
as condições de contorno e o carregamento não
são restritos, assim como não sugere a
obrigatoriedade de isotropia, o que torna o
método ainda mais propício para a análises
geotécnicas.
Segundo Silva (2011) o fato do método dos
Figura 6. Fatia genérica do poligono de forças do método equilíbrios limites ser baseado em suposições
de Morgenster e Price. Fonte: SILVA (2011). numéricas e as simplificações teóricas nele
aplicadas, pode suscitar duvidas ao que diz
O fator de segurança neste método respeito a sua razoabilidade de resultados.
apresenta combinações das equações de Assim, outros tipos de análises se fizeram
equilíbrio limite nas direções normais e procuradas, uma delas baseando-se em tensões-
tangenciais à base das fatias e também uma deformações do solo, caso do Método dos
equação de momentos, formando um sistema. A Elementos Finitos (MEF), que pode ter seu
solução numérica é obtida através de iterações, resultado mais preciso através do processo de
dada a não linearidade das expressões, através do refino da malha, o que pode exigir um maior
método de Newton-Raphson. (SILVA, 2011). esforço computacional.

3 METODOLOGIA

Neste trabalho foi adotada a simulação


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computacional para o cálculo dos fatores de  9 metros


segurança e foram modelados taludes fictícios, Essas alturas influenciam diretamente no
em que a resposta final foi obtida através de desenvolvimento do corpo do talude, uma vez que
diferentes métodos, sendo Fellenius, Bishop todos os projetos foram feitos relacionando as
simplificado e Morgenstern e Price dimensões horizontais com as verticais.
representantes dos métodos de equilíbrio limite.
Para aplicação destes, o programa utilizado foi o 3.1.3 Materiais
GeoStudio 2016 – Slope W em sua versão para
estudantes já para o método dos elementos Foram abordados quatro tipos de materiais
finitos, utilizou-se o programa Plaxis 8.5. buscando abranger uma variação característica
A elaboração dos taludes a serem entre argila e areia. As características dos
ensaiados foi feita através de análise paramétrica materiais estão representadas na Tabela 2:
avaliando-se a influência da combinação entre os
Tabela 2. Caracteristicas dos materiais adotados para
indicadores: simulação.
 Inclinação Peso Ângulo de Coesão (c)
 Altura especifico (ϒ) atrito (φ) kPa
 Material kN/m³
 Nível da água
Material 1 16 24 5
Sendo assim, os taludes foram modelados,
testando todas as variações possíveis para tais Material 2 17 26 10
características, o que resultou em um total de 214 Material 3 18 28 15
fatores de seguranças gerados para cada método
Material 4 18 32 5
avaliado, com o total de 4 métodos estudados o
resultado final foi um valor de 856 fatores de
segurança.
3.1.4 Nível de água
3.1 Paramêtros
Variaram-se os níveis de água em 3 alturas, a
3.1.1 Inclinação primeira foi a ausência do nível de água, em
seguida aplicou-se poropressões na cota do pé do
A inclinação é apresentada utilizando o critério talude e posteriormente foi elevado até a meia
de medida por metro correspondente à relação altura do corpo do talude (H/2), o ponto médio
Horizontal-Vertical (H-V) e sua medida em entre a crista e o pé.
ângulos é o valor que o corpo faz com a reta
horizontal caracterizada pelo pé do talude. 3.2 Geostudio
Foram estabelecidas 6 (seis) inclinações
diferentes: Dentro do programa, várias repartições existem
 2-1 equivalente a 26.6° para as diferentes análises do fator de segurança
 1.5-1 equivalente a 33.7° de obras geotécnicas, neste artigo foi utilizado a
 1-1 equivalente a 45° repartição “Slope W”, que trata especificamente
 1-1.5 equivalente a 56.3° de taludes.
 1-2 equivalente a 63.4° No programa, os métodos podem ser
 1-3 equivalente a 71.6° alterados no início dos cálculos, tornando assim
possível se analisar os fatores de segurança sem
alterar o desenho do maciço.
3.1.2 Altura
Grades e raios devem ser gerados para que
Três alturas diferentes foram abordadas: sejam iniciados os cálculos e devem ser bem
 3 metros posicionados para que não haja problemas nos
 6 metros valores encontrados.
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3.3 Plaxis apresenta inclinação, fato ocorre devido a rotina


de cálculo “Calculations” que permite definir
Assim como o método utilizado pelo Plaxis, o diferentes análises para a estrutura. Neste caso
software apresenta um grau de complexibilidade foi definido uma análise plástica para a área de
mais elevado na sua utilização, comparado ao número 1, definida como área a ser escada e uma
Geostudio. analise phi-c reduction foi feita para a área 2 do
O usuário cria a geometria a ser analisada maciço.
em um plano x-y de coordenadas, em seguida é
gerada uma malha que pode ser refinada na 4 RESULTADOS
superfície criada, visto que o programa é bi-
dimensional. Os fatores de segurança foram agrupados em
O programa divide-se basicamente em 4 uma tabela, apresentada no Apêndice A deste
rotinas de cálculo: “Input”, “Calculations”, artigo e alguns gráficos foram gerados para a
“Output” e “Curves”. exemplificação dos resultados alcançados. Os
Na rotina “Input” define-se a geometria e gráficos apresentam um padrão comum,
os elementos suporte, além da malha e das mostrando todas as variações de inclinações,
condições iniciais. Aplicando a rotina porém apenas para uma altura, um material e o
“Calculations” dá-se início aos cálculos nível em que se encontra água.
definindo o tipo de análise a se realizar. Pode-se Na Figura 8, o objeto de estudo é o talude
criar fases de construções, onde são introduzidas com a altura igual a 3 metros, o material em
o tipo de cálculo pretendido, como cálculo questão é o material 4, cuja as características
plástico, analise de consolidação e analise de estão descritas na Tabela 2 e não apresenta água
estabilidade, escolhida para este artigo. em seu maciço.
O comando “Output” permite ao usuário
visualizar os resultados obtidos, valores
encontrados e gráficos, como por exemplo, de
tensão e deformações. Em “Curves” é possível
gerar cargas do tipo “carga - deslocamento” e
“tensão - deformação”.
As análises neste trabalho são do tipo
elastoplasticas onde devido a ação da gravidade
geram-se as tensões iniciais e da poropressão. A
analise selecionada na rotina “Calculations” é do
tipo “Phi-c reduction” e apresenta um resultado
final como ∑23 onde inicialmente será 1 e vai
variando conforme a resolução dos cálculos. Na Figura 8. Inclinação X Fator de segurança do talude com
Figura 7 a demonstração de uma malha gerada H=3, Material 4 e sem água.
na estrutura a ser analisada.
Observa-se na Figura 8 que as
curvas dos quatro métodos utilizados apresentam
pouca variação nos valores encontrados para o
fator de segurança, tal evento acontece na grande
maioria dos taludes analisados. Neste gráfico
observa-se que para inclinações menores que
45°, os fatores de segurança encontrados,
Figura 7. Malha de elementos finitos gerada pelo utilizando qualquer um dos métodos, atendem as
programa Plaxis 8.5 exigências da ABNT NBR 11.682/2009 na qual
estipula um fator de segurança maior que 1,5,
Percebe-se que o maciço completo não
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requisito mínimo da norma para obras com alto com tensões cisalhantes mobilizadas superiores
risco humano e ambiental. a resistência ao cisalhamento em sua escavação.
Na Figura 9 o comportamento da Outro fator interessante a ser observado,
estrutura é semelhante ao indicado na Figura 8, foram nos taludes quando comparando os níveis
porém a altura do talude igual a 6 metros de água no pé e sem a presença de água, em
aumenta a instabilidade, diminuindo os fatores alguns casos, o fato da cunha de ruptura não
de segurança. Para as inclinações maiores que cortar a linha de poropressão faz com que os
55° os fatores de segurança são inferiores a 1, fatores de segurança sejam idênticos para os dois
fazendo com que o valor numérico já não tenha casos, o que também foi observado no método
um significado físico. dos elementos finitos que não compartilha da
teoria de uma cunha de ruptura, o que pode ser
justificado pela ausência de poropressão
influenciando diretamente o maciço. A Figura 11
ilustra o comportamento do maciço com água no
nível do pé.
Ao se comparar com a Figura 8, que
foram aplicadas as mesmas características,
variando apenas o nível de água, os valores
encontrados foram bem semelhantes.

Figura 9. Inclinação X Fator de segurança do talude com


H=6, Material 4 e sem água.

Na Figura 10 a altura é aumenta ainda


para 9 metros, diminuindo ainda mais os valores
dos fatores de segurança.

Figura 11. Inclinação X Fator de segurança do talude com


H=3, Material 4 e água no pé do talude.

Na Figura 12 observa-se a influência da


poropressão nos resultados obtidos. Segundo
Gerscovitch (2012) métodos como o de Fellenius
não apresentam resultados confiáveis para
elevadas poropressões.

Figura 10. Inclinação X Fator de segurança do talude com


H=9, Material 4 e sem água.

Nestes dois gráficos observa-se que a


linha verde correspondente ao método dos
elementos finitos não alcança as inclinações
maiores que 45º, isso ocorre pelo fato do
programa utilizado não calcular o fator de
segurança para taludes com material solicitado
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Figura 12. Inclinação X Fator de segurança do talude com Figura 13. Inclinação X Fator de segurança do talude com
H=3, Material 2 e água no meio do corpo do talude. H=3, Material 3 e água no meio do corpo do talude.

Os valores encontrados para fatores de Ainda na Figura 13, pode-se observar para
segurança foram similares em grande parte das o método de Morgenster e Price que a curva
analises, porém ao se aplicar a água no meio do apresenta uma variação atípica quando a
talude, foi observada uma grande variação nos inclinação alcança 63,4°.
fatores de segurança determinados a partir dos Todos os valores encontrados para os
métodos de equilíbrio limite em relação ao fatores de segurança dos taludes ensaiados estão
método dos elementos finitos, em alguns casos no Apêndice A deste artigo.
chegando a alcançar a discrepância de 100%.
Nas Figuras 12 e 13, pode-se observar as 5 CONCLUSÃO
curvas dos métodos de equilíbrio limite seguindo
um padrão semelhante ao longo de todas as A análise da estabilidade de taludes, hoje é
inclinações analisadas, já os resultados do imprescindível para a boa execução e prevenção
método de elementos finitos apresentam de possíveis imprevistos em obras de terra. O
dispersão para inclinação a partir de 45°. fato de haver um numero elevado de métodos
Nas baixas inclinações os valores dos para avaliar tais situações pode transparecer uma
fatores são semelhantes, porém quando a certa insegurança quanto a seus resultados, o que
inclinação é maior, o método dos elementos em um contexto geral não foi observado nos
finitos apresenta maiores variações no testes feitos, salvo para elevadas inclinações e
coeficiente de segurança. Na Figura 12 em nível de água presente no corpo do talude.
inclinações superiores a 45° percebe-se que a Outra diferença relevante observada foi a
curva relativa ao MEF já não é apresentada no minucia necessária quanto a modelagem da
gráfico devido ao fato do Plaxis não estipular um problemática nos softwares e o tempo de cálculo.
valor numérico para as análises com inclinação Em alguns casos, como nas situações de talude
superior a 45°. Porém, o caso mais extremo é com presença de água, a diferença no tempo de
apresentado na figura 13 e foi obtido na análise processamento das equações chegou a ser dez
realizada para o talude com 3 metros de altura e vezes mais demorada no método dos elementos
material 3. finitos em relação a situação do talude não
saturado. Já dentro dos resultados de equilíbrio
limite também foram observadas diferenças,
porém de pouca relevância, o método de
Morgenstern e Price devido a sua maior
complexibilidade é o que apresenta o processo
de cálculo com maior tempo de processamento.
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Segundo Gerscovitch (2012) o método de de encostas. Rio de Janeiro, p. 33, 2009.


Fellenius pode apresentar fator de segurança COOK, R. D.; MALKUS, D. S.; PLESHA, M. E.; WITT,
R. J. Concepts and Applications of Finite Element
pouco confiável para taludes com elevadas Analysis, 4th edition, p. 736, 2001.
poropressões. Portanto, como os resultados FERREIRA, J. L. F. Análise de estabilidade de taludes
obtidos para todos os métodos de equilíbrio pelos métodos de Janbu e Spencer. Dissertação de
limite são semelhantes para uma mesma mestrado. Faculdade de Engenharia do Porto, Porto:
inclinação, pode-se concluir que tal observação Portugal, pp. 122, 2012.
FREITAS, M. A. C. Análise de estabilidade de taludes
também é válida para os demais métodos de pelos métodos de Mogenstern-Price e Correia.
equilíbrio limite. O fato do Plaxis 8.5 não Dissertação de mestrado. Faculdade de Engenharia
apresentar valores para o fator de segurança Universidade do Porto, Porto: Portugal, p. 178, 2011.
inferior a 1, torna a comparação entre os métodos GERSCOVICH, D. Estabilidade de Taludes. Oficina de
mais complexa para taludes saturados, visto que Textos. São Paulo, 2012.
MASSAD, F. Obras de Terra. Editora Oficina de Textos,
o fator de segurança pôde ser quantificado 2ª ed., p. 216, 2003.
somente em taludes cujo os parâmetros de SILVA, J. P. M. Os métodos de equilíbrio limite e dos
resistência são maiores. elementos finitos na análise de estabilidade de taludes.
Conclui-se que os parâmetros dos Dissertação de mestrado. Faculdade de Engenharia
materiais, influenciam de maneira mais crítica os Universidade do Porto, Porto: Portugal, p. 173, 2011.
TONUS, B. P. A. Estabilidade de talude: Avaliação dos
fatores de segurança, do que os métodos de métodos de equilíbrio limite aplicados a uma encosta
cálculos utilizados. coluvionar e residual da Serra do Mar paranaense.
Dissertação de mestrado. Universidade Federal do
Paraná, Curitiba: Brasil, p. 147, 2009.
REFERÊNCIAS VARNES, D. J. (1978). Slope movement types and
processes. Landslides: Analysis and Control. Special
Report 176, Transportation Research Board,
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS Washington, pp. 11-33.
TÉCNICAS. ABNT NBR 11682:1991 – Estabilidade
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Apêndice A – Resultados obtidos por meio da análise


paramétrica
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Quadro 1. Inclinação 1,5 – 1,0.

H-V Ângulo Altura Material Água Morgen Bishop Fellenius MEF


INCLINAÇÃO 1.5-1
Sem N.A. 1,764 1,768 1,675 1,738
1 N.A. Zero 1,75 1,754 1,591 1,661
h/2 1,33 1,33 1,282 1,278
Sem N.A. 2,535 2,54 2,437 2,499
2 N.A. Zero 2,498 2,503 2,318 2,403
h/2 2,053 2,054 1,981 1,966
3
Sem N.A. 3,223 3,227 3,094 3,187
3 N.A. Zero 3,162 3,167 2,957 3,066
h/2 2,704 2,706 2,609 2,611
Sem N.A. 2,054 2,058 1,95 2,087
4 N.A. Zero 2,053 2,058 1,881 2,003
h/2 1,54 1,535 1,715 1,511
Sem N.A. 1,336 1,341 1,257 1,33
1 N.A. Zero 1,336 1,34 1,215 1,278
h/2 0,913 0,91 0,892
Sem N.A. 1,803 1,808 1,711 1,799
2 N.A. Zero 1,791 1,796 1,652 1,753
h/2 1,358 1,357 1,31 1,301
1.5-1 33,7° 6
Sem N.A. 2,206 2,212 2,11 2,182
3 N.A. Zero 2,193 2,199 2,032 2,138
h/2 1,75 1,75 1,682 1,659
Sem N.A. 1,604 1,609 1,532 1,562
4 N.A. Zero 1,604 1,609 1,518 1,559
h/2 1,115 1,111 1,098
Sem N.A. 1,16 1,163 1,103 1,184
1 N.A. Zero 1,16 1,163 1,079 1,142
h/2 0,744 0,74 0,75
Sem N.A. 1,523 1,528 1,441 1,482
2 N.A. Zero 1,523 1,528 1,405 1,48
h/2 1,101 1,099 1,066 1,041
9
Sem N.A. 1,84 1,847 1,739 1,85
3 N.A. Zero 1,832 1,839 1,701 1,788
h/2 1,349 1,626 1,555 1,362
Sem N.A. 1,448 1,451 1,386 1,472
4 N.A. Zero 1,438 1,441 1,373 1,4105
h/2 0,915 0,907 0,955
XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica
Geotecnia e Desenvolvimento Urbano
COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
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Quadro 2. Inclinação 1,0 – 1,0.

H-V Ângulo Altura Material Água Morgen Bishop Fellenius MEF


INCLINAÇÃO 1-1
Sem N.A. 1,429 1,432 1,388 1,415
1 N.A. Zero 1,429 1,432 1,388 1,421
h/2 1,119 1,118 1,135
Sem N.A. 2,126 2,129 2,081 2,122
2 N.A. Zero 2,126 2,129 2,081 2,08
h/2 1,782 1,766 1,795 1,473
3
Sem N.A. 2,73 2,732 2,686 2,7
3 N.A. Zero 2,73 2,732 2,686 2,72
h/2 2,397 2,353 2,39 2,263
Sem N.A. 1,624 1,63 1,568 1,61
4 N.A. Zero 1,624 1,63 1,568 1,627
h/2 1,25 1,248 1,271
Sem N.A. 1,045 1,049 1,005 1,052
1 N.A. Zero 1,045 1,049 1,005 1,038
h/2 0,748 0,743 0,786
Sem N.A. 1,45 1,455 1,41 1,494
2 N.A. Zero 1,45 1,455 1,41 1,494
h/2 1,157 1,156 1,166 1
1-1 45° 6
Sem N.A. 1,819 1,823 1,766 1,793
3 N.A. Zero 1,819 1,823 1,765 1,783
h/2 1,486 1,486 1,495 1,29
Sem N.A. 1,239 1,243 1,179 1,243
4 N.A. Zero 1,239 1,243 1,179
h/2 0,85 0,851 0,926
Sem N.A. 0,902 0,906 0,86
1 N.A. Zero 0,898 0,902 0,856
h/2 0,597 0,57 0,638
Sem N.A. 1,208 1,211 1,165 1,249
2 N.A. Zero 1,208 1,211 1,165 1,221
h/2 0,887 0,885 0,917
9
Sem N.A. 1,478 1,482 1,434 1,513
3 N.A. Zero 1,478 1,482 1,434 1,513
h/2 1,141 1,14 1,17
Sem N.A. 1,091 1,094 1,04 1,138
4 N.A. Zero 1,091 1,094 1,04 1,132
h/2 0,655 0,643 0,788
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Geotecnia e Desenvolvimento Urbano
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Quadro 3. Inclinação 1,0 – 1,5.

H-V Ângulo Altura Material Água Morgen Bishop Fellenius MEF


INCLINAÇÃO 1-1,5
Sem N.A. 1,198 1,198 1,185 1,155
1 N.A. Zero 1,198 1,198 1,185 1,155
h/2 1,055 0,958 1,033
Sem N.A. 1,857 1,832 1,829 1,775
2 N.A. Zero 1,857 1,832 1,829 1,775
h/2 1,696 1,551 1,639
3
Sem N.A. 2,416 2,377 2,374 2,307
3 N.A. Zero 2,416 2,377 2,374 2,307
h/2 2,255 2,105 2,169 1,223
Sem N.A. 1,343 1,345 1,313 1,317
4 N.A. Zero 1,343 1,345 1,313 1,317
h/2 1,138 1,041 1,124
Sem N.A. 0,854 0,856 0,838
1 N.A. Zero 0,854 0,856 0,838
h/2 0,702 0,589 0,69
Sem N.A. 1,207 1,208 1,19 1,189
2 N.A. Zero 1,207 1,208 1,19 1,189
h/2 1,062 0,963 1,037
1-1,5 56,3° 6
Sem N.A. 1,521 1,521 1,509 1,46
3 N.A. Zero 1,521 1,521 1,509 1,46
h/2 1,365 1,271 1,351
Sem N.A. 0,997 1 0,968
4 N.A. Zero 0,997 1 0,968
h/2 0,753 0,657 0,782
Sem N.A. 0,719 0,722 0,696
1 N.A. Zero 0,719 0,722 0,696
h/2 0,53 0,443 0,553
Sem N.A. 0,995 0,997 0,972
2 N.A. Zero 0,995 0,997 0,972
h/2 0,825 0,722 0,812
9
Sem N.A. 1,229 1,229 1,209 1,194
3 N.A. Zero 1,229 1,229 1,209
h/2 1,042 0,95 1,037
Sem N.A. 0,856 0,857 0,824
4 N.A. Zero 0,853 0,857 0,824
h/2 0,581 0,449 0,652
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Geotecnia e Desenvolvimento Urbano
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Quadro 4. Inclinação 1,0 – 2,0.

H-V Ângulo Altura Material Água Morgen Bishop Fellenius MEF


INCLINAÇÃO 1-2
Sem N.A. 1,125 1,083 1,091 1,122
1 N.A. Zero 1,178 1,095 1,1 1,047
h/2 0,956 0,862 0,955
Sem N.A. 1,795 1,655 1,675 1,666
2 N.A. Zero 1,795 1,655 1,675 1666
h/2 1,589 1,433 1,526
3
Sem N.A. 2,433 2,156 2,178 2,077
3 N.A. Zero 2,433 2,156 2,178 2,077
h/2 2,283 1,922 2,016
Sem N.A. 1,195 1,192 1,188 1,27
4 N.A. Zero 1,195 1,192 1,188 1,262
h/2 0,996 0,883 1,038
Sem N.A. 0,752 0,753 0,748
1 N.A. Zero 0,752 0,753 0,748
h/2 0,604 0,514 0,632
Sem N.A. 1,131 1,085 1,086 1,032
2 N.A. Zero 1,131 1,085 1,086 1,032
h/2 0,966 0,843 0,954
1-2 63,4° 6
Sem N.A. 1,446 1,373 1,383 1,346
3 N.A. Zero 1,446 1,373 1,383 1,346
h/2 1,299 1,127 1,236
Sem N.A. 0,87 0,872 0,851
4 N.A. Zero 0,87 0,872 0,851
h/2 0,636 0,532 0,715
Sem N.A. 0,627 0,629 0,618
1 N.A. Zero 0,627 0,629 0,618
h/2 0,435 0,361 0,512
Sem N.A. 0,877 0,878 0,872
2 N.A. Zero 0,877 0,878 0,872
h/2 0,741 0,618 0,755
9
Sem N.A. 1,103 1,096 1,094 1,092
3 N.A. Zero 1,103 1,096 1,094 1,092
h/2 1,049 0,842 0,963
Sem N.A. 0,739 0,742 0,723
4 N.A. Zero 0,739 0,742 0,723
h/2 0,395 0,364 0,589
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Geotecnia e Desenvolvimento Urbano
COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
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Quadro 5. Inclinação 1,0 – 3,0.

H-V Ângulo Altura Material Água Morgen Bishop Fellenius MEF


INCLINAÇÃO 1-3
Sem N.A. 1,064 0,95 0,973
1 N.A. Zero 1,064 0,95 0,973
h/2 0,806 0,736 0,881
Sem N.A. 1,63 1,475 1,507 1,456
2 N.A. Zero 1,63 1,475 1,507 1,453
h/2 1,358 1,252 1,395
3
Sem N.A. 2,174 1,926 1,972 1,886
3 N.A. Zero 2,174 1,926 1,972 1,888
h/2 1,866 1,676 1,858
Sem N.A. 1,115 1,034 1,062 1,087
4 N.A. Zero 1,115 1,034 1,062 1,087
h/2 0,866 0,763 0,945
Sem N.A. 0,699 0,648 0,662
1 N.A. Zero 0,699 0,648 0,662
h/2 0,486 0,399 0,574
Sem N.A. 0,986 0,946 0,974
2 N.A. Zero 0,986 0,946 0,974
h/2 0,803 0,715 0,876
1-3 71,6° 6
Sem N.A. 1,235 1,21 1,238 1,196
3 N.A. Zero 1,235 1,21 1,238 1,196
h/2 1,077 0,989 1,136
Sem N.A. 0,749 0,737 0,742
4 N.A. Zero 0,749 0,737 0,742
h/2 0,524 0,425 0,643
Sem N.A. 0,544 0,543 0,543
1 N.A. Zero 0,544 0,543 0,543
h/2 0,349 0,3 0,459
Sem N.A. 0,796 0,758 0,778
2 N.A. Zero 0,796 0,758 0,778
h/2 0,623 0,525 0,714
9
Sem N.A. 0,992 0,953 0,977
3 N.A. Zero 0,992 0,953 0,977
h/2 0,799 0,703 0,882
Sem N.A. 0,624 0,624 0,619
4 N.A. Zero 0,624 0,624 0,619
h/2 0,386 0,259 0,532
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Geotecnia e Desenvolvimento Urbano
COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
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Quadro 6. Inclinação 2,0 – 1,0.

H-V Ângulo Altura Material Água Morgen Bishop Fellenius MEF


INCLINAÇÃO 2-1
Sem N.A. 2,06 2,065 1,942 2,008
1 N.A. Zero 1,938 1,939 1,733 1,879
h/2 1,483 1,481 1,39 1,431
Sem N.A. 2,893 2,899 2,746 2,889
2 N.A. Zero 2,728 2,731 2,485 2,673
h/2 2,262 2,262 2,129 2,209
3
Sem N.A. 3,638 3,645 3,457 3,581
3 N.A. Zero 3,43 3,434 3,152 3,372
h/2 2,956 2,958 2,787 2,884
Sem N.A. 2,428 2,432 2,288 2,393
4 N.A. Zero 2,345 2,348 2,102 2,299
h/2 1,757 1,755 1,646 1,708
Sem N.A. 1,602 1,605 1,509 1,605
1 N.A. Zero 1,535 1,535 1,358 1,494
h/2 1,099 1,098 1,039 1,026
Sem N.A. 2,12 2,124 1,993 2,136
2 N.A. Zero 2,022 2,023 1,813 1,974
h/2 1,543 1,542 1,445 1,507
2-1 26,6° 6
Sem N.A. 2,575 2,58 2,43 2,568
3 N.A. Zero 2,455 2,458 2,221 2,393
h/2 1,963 1,964 1,848 1,92
Sem N.A. 1,97 1,973 1,874 1,965
4 N.A. Zero 2,133 2,136 1,913 1,875
h/2 1,335 1,329 1,271 1,302
Sem N.A. 1,418 1,421 1,346 1,421
1 N.A. Zero 1,386 1,386 1,224 1,327
h/2 0,896 0,891 0,861
Sem N.A. 1,825 1,828 1,725 1,819
2 N.A. Zero 1,765 1,766 1,575 1,713
h/2 1,278 1,274 1,197 1,251
9
Sem N.A. 2,186 2,19 2,061 2,168
3 N.A. Zero 2,109 2,112 1,893 2,048
h/2 1,608 1,607 1,506 1,587
Sem N.A. 1,79 1,792 1,708 1,778
4 N.A. Zero 1,79 1,792 1,618 1,712
h/2 1,13 1,12 1,127 1,108

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