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As Mil e Uma Noites
As Mil e Uma Noites
As Mil e Uma Noites (em árabe: , transl. Kitāb 'alf layla wa-layla, "O Livro das Mil e Uma Noites"; em em persa: هزار و یک شب, transl. Hezār-o
yek šab) é uma coleção de histórias e contos populares originárias doMédio Oriente e do sul da Ásia e compiladas em língua árabe a partir do
século IX. No mundo ocidental, a obra passou a ser amplamente conhecida a partir de uma tradução ao francês realizada em 1704
Tania
As histórias que compõe as Mil e uma noites tm várias origens, incluindo o folclore indiano, persa e árabe. Não existe uma versão definida da
obra, uma vez que os antigos manuscritos árabes diferem no número e no conjunto de contos. O que é invariável nas distintas versões é que
os contos estão organizados como uma série de histórias em cadeia narrados por Xerazade, esposa do rei Xariar.
conta que Xariar, rei da Pérsia da dinastia dos Sassânidas, descobre que sua mulher é-lhe infiel, dormindo com um escravo cada vez que ele
viaja. O rei, decepcionado e furioso, mata a mulher e o escravo, convencendo-se por este e outros casos de infelidade que nenhuma mulher do
mundo é digna de confiança. Decide então que, daquele momento em diante, dormirá com uma mulher diferente cada noite, mandando matá-
la na manhã seguinte: desta forma não poderá ser traído nunca mais.
Passam-se assim três anos durante os quais o rei desposou e sacrificou inúmeras moças, trazidas à sua presença pelo vizir (equivalente a um
primeiro ministro) do reino. Certo dia, quando já quase não havia virgens no reino, uma das filhas do vizir, Xerazade, pediu para ser entregue
como noiva ao rei, pois sabia de um estratagema para escapar ao triste fim que alcançaram as moças anteriores. O vizir apenas aceita depois
de muita insistência da filha, levando-a finalmente ao rei. Antes de ir, Xerazade diz à irmã, Duniazade, que lhe peça que conte uma história
Xerazade, ao chegar em presença do rei, pede-lhe que permita a vinda de sua irmã, para despedir-se. O rei o permite, e Duniazade vem ao
palácio e instala-se na câmara nupcial. Após o rei possuir Xerazade, Duniazade pede à irmã que conte uma história para passar o tempo. Após
respeituosame ente pedir a permissão do rei, Xerazade começa a contar a extraordinária "História do mercador e do gênio" mas, ao
amanhecer, ela interrompe o relato, dizendo que continuará a narrativa na manhã seguinte. O rei, curioso com o maravilhoso conto de
Xerazade, não ordena sua execução para poder saber o final da história na noite seguinte. Assim, repetindo essa estratégia, Xerazade
consegue sobreviver noite após noite, contando histórias sobre os mais variados temas, desde o fantástico e o religioso até o heróico e o
erótico. Ao fim de inúmeras noites e contos, Xerazade já havia tido três filhos do rei, e lhe suplica que a poupe, por amor às crianças. O rei, que
há muito havia-se arrependido dos seus atos passados e convencido-se da dignidade de Xerazade, perdoa-lhe a vida e faz dela sua rainha
definitiva.
A mais antiga menção a um livro árabe das Mil e uma noites é um fragmento de um manuscrito do início do século IX em que se lê o título da
obra e algumas linhas iniciais, em que Duniazade pede a um narrador não especificado que conte uma história. Mais dados sobre a existência
deste livro e sua origem encontram-se nos escritos do historiador Al-Masudi (888-957), que se refere a uma coleção de contos fantasiosos
traduzidos do persa, sânscrito e grego, incluindo-se entre eles um livro persa chamado Hazār afsāna ("Mil histórias" em persa).
Regival
Assim, uma versão árabe das Mil e uma noites, estruturada ao redor dos contos narrados por Xerazade para escapar da execução por Xariar,
já existia no século IX e o núcleo de contos era derivado de uma tradução da obra persa Hazār afsāna realizada talvez no século VIII[5][3].
Samia
Os contos que compõe as Mil e uma noites são de diversas origens e foram sendo acrescentados e suprimidos ao longo da história da obra,
sendo alguns possivelmente originários da Índia, outros da Pérsia e outros do m undo árabe.As mais antigas referências à obra não
mencionam quais contos compunham a coleção e, uma vez que os manuscritos com contos que chegaram até a atualidade são já do século
XV, é hoje impossível saber quais eram os contos que compunham as primeiras versões das Mil e uma noites, inicialmente derivados da obra
persa Hazār afsāna[5].
samira
Os estudiosos acreditam que os manuscritos das Mil e uma noites que existem atualmente são derivados de reelaborações realizadas entre os
séculos XIII e XIV no Médio Oriente, à época dominado pelos mamelucos. O mais famoso e um dos mais completos e antigos dos manuscritos
é o utilizado por Antoine Galland para sua tradução publicada em 1704. Este manuscrito em três volumes, originário da Síria e conservado hoje
na Biblioteca Nacional de Paris (arabe 3609-3611), data de meados do século XV (alguns pensam que é do século XIV) e contém um total de
282 noites[7].
كتاب
(em árabeليلة ألف
, وليلة
هزار و
em persa:
یک شب