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1º TRIMESTRE 2021 ANO 13 | EDIÇÃO Nº 690 L I Ç Ã O

O Batismo no

17 JAN 21
Espírito Santo
O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO
3
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD REVISTA ADULTOS - PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2021

Texto Áureo
“Porque, na verdade, João batizou com água, mas vos sereis
batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.” (At
1.5)

Verdade Prática
Ser batizado no Espírito Santo é uma experiência espiritual
perfeitamente distinta da nossa conversão, e para nós, essa é uma
verdade apresentada nas Escrituras

Leitura Bíblica em Classe


Atos 2:1-13

INTRODUÇÃO
O pentecostalismo é uma reação contra uma estrutura formal e
exageradamente intelectualizada do comportamento cristão.
Estudar as escrituras não precisa ser sinônimo de formalismo. O
propósito fundamental do batizar do Espírito Santo é a busca de
uma aproximação de um Deus pessoal e real.
- Para nós, pentecostais clássicos, oriundos do movimento da Azusa Street, o batismo no/ou com
o Espírito Santo é um revestimento dado aos crentes, é a promessa do Pai, a descida do Espírito
Santo no dia de Pentecostes (Jo 14.26; 15.26; Jl 2.28-29; At 2.1-4). Entendemos o batismo no/ou
com o Espírito Santo como sendo a capacitação para o trabalho e tem como objetivo revestir o
cristão com autoridade e poder espiritual para manifestar o Reino de Deus aqui na terra por meio
da pregação da palavra, da oração, da cura dos enfermos, da libertação dos vícios, dos demônios.
Este revestimento deve ser um desejo contínuo da igreja (Lc 24.49). Jesus disse para os seus
discípulos: “Permanecei na cidade até que do alto sejais revestidos de poder”. A igreja deveria
aguardar o derramamento do Espírito antes de espalhar-se pelo mundo levando a mensagem da
salvação. A capacitação precede a ação. Sair para fazer a obra na força do braço humano é laborar
em erro e obter magros resultados. Fazer a obra de Deus confiados em nossos próprios recursos
desembocará em grande fiasco. Os discípulos aguardaram no Cenáculo, em perseverante oração,
durante dez dias, ao cabo dos quais foram cheios do Espírito Santo. Então, a pregação tornou-se
poderosa e eficaz, os corações foram compungidos e cerca de três mil pessoas foram agregadas à
igreja. Anthony de Palma em ‘O Batismo no Espírito Santo e Com Fogo’ (CPAD) escreve o
seguinte: “Batizado no Espírito (1.5; 11.16). Como uma metáfora, o ponto de correspondência é
que isso é uma imersão no Espírito. Um escritor, entre outros, interpreta esse batismo à luz da
metáfora do “derramar”, dizendo que não significa imersão num líquido, mas, sim, um “dilúvio”
ou ser “aspergido com um líquido que é derramado de cima”. Ele aplica essa metáfora ao batismo
em águas, optando pela “aspersão” como um modo para o batismo em águas. Sua metodologia é
questionável. Não se pode tentar explicar uma metáfora utilizando outra metáfora, muito menos
aplicando os resultados a outra coisa (batismo em águas)”. (Anthony de Palma. O Batismo no Espírito Santo e Com
Fogo. Editora CPAD. pag.17-18)
. Vamos pensar maduramente a nossa fé?
I – O QUE SIGNIFICA ”BATISMO NO ESPIRITO
SANTO”?

O Novo Testamento nos ensina que a salvação é uma coisa e o


batismo no Espírito é outra. São duas bênçãos espirituais distintas
concedidas por Deus em Cristo.
1. O fenômeno do Pentecoste (vv.2-4). João Batista anuncia que
Jesus é o que batiza no Espírito Santo (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc3.16; Jo
1.33). Nesse sentido, batizado no Espírito Santo é identificado
como receber poder do alto e a ”promessa do meu Pai” (Lc 24.49).
Os discípulos deveriam esperar o seu cumprimento em Jerusalém
(At 1.4-5). Não há dúvida de que a descida do Espírito no dia do
Pentecostes é uma referência esse batismo (vv.2-4). Chegamos a
essa conclusão também pela explicação do apóstolo Pedro aos
demais apóstolos (At 11.15-16). Isso reforça a ideia de que
”Cheios do Espírito Santo” no presente ter contexto se refere a
ser ”batizado no Espírito Santo”, mas em outras partes do novo
testamento indica uma vida na plenitude e no fervor do Espírito
(At 4.8-31; 7.55; 13.52; Ef 5.18).
- É importante aqui frisar que há crentes pentecostais que acreditam ser a mesma coisa o ingresso
do cristão no Corpo de Cristo, a regeneração ou novo nascimento e o batismo com o Espírito Santo,
assim, afirmam que no momento em que acontece a regeneração o crente é batizado pelo Espírito e
recebe todos os dons necessários para desenvolver o seu ministério.
- Os pentecostais clássicos diferem a regeneração e o batismo no Espírito Santo. Explicando essa
diferença, o saudoso Pr Antônio Gilberto afirma que a confusão está em Batismo no/ou com o
Espírito Santo e Batismo pelo Espírito Santo, sendo o primeiro referente ao revestimento de poder
para capacitação à obra do Reino e o segundo é a entrada do cristão no Reino, o novo nascimento,
a regeneração. O já falecido mestre Antônio Gilberto, ensinou que Jesus é o que batiza com o
Espírito Santo enquanto que, o ingresso do crente no Corpo de Cristo é ação do próprio Espírito
Santo.
- João Batista ensinava que a obra do Messias vindouro inclui batizar seus seguidores com o
Espírito Santo e com fogo, batismo este que outorga grande poder para vivermos por Ele e
testemunhar dEle. O batismo com o Espírito Santo que Cristo outorga aos seus seguidores, é o novo
sinal de identificação do povo de Deus. Foi prometido em Jl 2.28 e reafirmado por Cristo depois da
sua ressurreição em Lc 24.49; At 1.4-8. Essa predição teve seu cumprimento inicial no dia do
Pentecoste. O ministério de Cristo, de batizar no Espírito Santo, é um ministério contínuo durante
toda a era atual. Assim, deixa claro o texto grego de Jo 1.33 (o que batiza com o Espírito Santo);
essa expressão emprega o particípio presente (ho baptizon), que significa aquele que continuará a
batizar. Logo, as referências em Lucas e João não somente dizem respeito ao primeiro
derramamento do Espírito Santo no Pentecoste, mas também à missão principal e ao ministério de
Jesus, como aquele que batiza no Espírito Santo durante toda a era atual: porque a promessa vos diz
respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe (At 2.39) (STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo
Pentecostal; CPAD. 2ª impressão,1996, Rio de Janeiro; Adaptado da nota do texto de Lc 3.16)
.
2. Duas bênçãos distintos. Quem Nasceu de novo tem o Espírito
Santo (Jo 3.5-8). Essa verdade é ensinada com clareza no Novo
Testamento. O Espírito habita em todos os crentes em Jesus,
sejam eles Pentecostais ou não (1Co 3.16; 6.19). Quem não tem o
espírito não é cristão (Rm 8.9). Sabemos que a experiência de ser
batizado no Espírito Santo é distinta da experiência da conversão
porque os discípulos já tinham a vida eterna e o Espírito mesmo
antes do dia de Pentecoste (Lc 10.20; Jo 20.22). Todos os
presentes no cenáculo por ocasião da descida do Espírito eram
crentes, e isso confirma a nossa doutrina Pentecostal de que a
benção de ser batizado no Espírito Santo é distinta da conversão
(At 8.12-17; 9.17; 19.2-6)
- O batismo com o Espírito Santo não é a regeneração espiritual do pecador. O Espírito Santo é
o agente da regeneração (Jô 3.5-8). Ele transforma a vida do pecador – morto em seus delitos e
pecados (Ef 2.1). É o Espírito Santo quem opera na pregação da Palavra de Deus (1Ts 1.5),
vivificando-a e tornando-a compreensível (Jo 6.63; 2Co 3.6). É Ele quem convence o pecador (Jô
16.8-11), levando-o ao arrependimento (2Co 7.9,10). É Ele quem implanta a fé salvadora no coração
do pecador (2Co 4.13; Ef 2.8). A regeneração é obra total do Espírito de vida que livra o pecador
da morte (Rm 8.2). No batismo com o Espírito Santo, experiência subseqüente, de acordo com o
Novo Testamento é uma experiência enviada por Jesus Cristo para capacitar o crente à obra
evangelística (At 1.8; 8.1-40).
- O batismo no Corpo de Cristo não é o batismo com o Espírito Santo. Em 1Co 12.13 Paulo
indica a base para o princípio da unidade dentro da diversidade, afinal, é acerca da unidade dos
membros do corpo que ele discorre ali para exemplificar a necessidade de comunhão do Corpo de
Cristo – a Igreja. O dom do Espírito Santo é a vida comum dos cristãos e uma dinâmica maior do
que todas as características humanas. O batismo no Corpo de Cristo é ser recebido como membro
da universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus (Hb 12.23). Paulo
escreveu aos gálatas: “Pois todos vós, que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo” (Gl
3.27). Esta passagem paralela à 1Co 12.13 lança luz à questão e mostra que ambas nada tem a ver
com o batismo no Espírito Santo. Ser batizado em Cristo é o ato de regeneração em seu corpo, a
sua Igreja.
- O batismo com o Espírito Santo não é uma experiência exclusiva dos dias apostólicos. As
Igrejas de linha teológica tradicional ensinam que as manifestações espirituais chegaram ao fim ao
se completar o cânon do Novo Testamento. Para estes cristãos, quando Paulo cita 1Co 13.8, ele
referia-se à revelação completa contida nas Escrituras do Novo Testamento, o que tornou obsoletos
a profecia e outros dons reveladores. Os proponentes do Batismo no Espírito acreditam que essas
habilidades sobrenaturais estão ainda hoje disponíveis, de tal modo como ocorreu no evento de
Pentecostes. Quem primeiro fala no batismo com o Espírito Santo diretamente é João Batista (Mt
3.11; Mc 1.8; Lc 3.16 e Jo 1.33), o que deixa claro sua legitimidade como doutrina fundamental
cristã. Sempre, em todas as passagens, ele faz uma COMPARAÇÃO entre o batismo que ele – João
- praticava, apenas com água e para arrependimento, com o batismo que seria ministrado por Jesus
Cristo, com o Espírito Santo. João fez questão de ressaltar essa diferença. Posteriormente, como se
verá, os apóstolos também identificaram essa distinção básica entre o batismo de João e o de Jesus.
Na teologia pentecostal o batismo no Espírito Santo é uma experiência cristã distinta, a base bíblica
está fundamentada na descrição do Pentecostes em Jerusalém (At 2.1-4). Ser "batizado no Espírito
Santo" é ser imerso no Espírito Santo, e subsequente a experiência de conversão. Ou seja, ele é ao
mesmo tempo distinto e posterior a salvação, que é em si uma obra definitiva do Espírito Santo. O
Pr Esequias Soares afirma que “não há qualquer indicação no NT de que a promessa do batismo
no Espírito Santo seja algo meramente para o primeiro século, como defendem expositores
antipentecostais. A promessa é para ‘tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar’. Há registros de
que ao longo da história do cristianismo, diversos cristãos falaram línguas. Irineu, Agostinho,
Lutero, Wesley e muitos outros. Com o avivamento do País de Gales, de Kansas e da Rua Azuza,
quase simultaneamente, o fenômeno das línguas voltou a ser algo generalizado, e não meramente
uma raridade” (Lições Bíblicas 3º Trim 1996 - Jovens e Adultos: Atos - O padrão para a Igreja da última hora; PP. 16 e 17). Essa doutrina
foi legada ao esquecimento por muitos anos e ainda hoje, muitos grupos cristãos têm dificuldade
em aceitá-la. O fato é que, mesmo os pentecostais, não compreendem o que é o batismo com o
Espírito Santo e o confundem com outras etapas” do caminhar espiritual. Talvez seja esta a razão
de tantos movimentos bizarros e escandalosos. Receber o batismo no Espírito Santo é receber poder
e unção a fim de proclamar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. O termo original para virtude
é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o propósito principal do batismo no
Espírito Santo, o recebimento de virtude para testemunhar de Cristo com intrepidez, sem temer
oposição. Sua finalidade é que Cristo seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do
povo de Deus. Esse ‘Poder’ significa mais do que força ou capacidade; é o próprio Consolador em
operação, em ação através do crente. O Espírito Santo revela e torna mais real para nós a presença
pessoal de Jesus (Jo 14.16-18).
3. Conceito teológico. Ser batizado no Espírito Santo inicia o
crente no serviço e não na salvação. Isso significa ser revestido do
Poder do alto e diz respeito à capacitação dos crentes em Jesus
para Estação do evangelho e edificação espiritual (Lc 24.49).
Trata-se de uma experiência que ocorre após ou junto a
regeneração (At 9.17; 10.44-48). Todas as promessas sobre o
batismo do Espírito Santo se cumprir integralmente no
derramamento de Pentecostes e continuam até à atualidade.
Cremos e ensinamos que tal experiência Deus disponibilizou para
todos os crentes, homens e mulheres, jovens e idosos, escravos e
livres (At 2.18) em todos os lugares em todas as épocas (At 2.38-
29).
- “A preposição ‘com’ é a partícula grega ‘en’, que pode ser traduzida como ‘em’ ou ‘com’ .
Por isso, muitos preferem a tradução sereis batizados no Espírito Santo. Da mesma forma,
batizados com água pode ser traduzido batizados em água. O próprio Jesus é aquele que batiza no
Espírito Santo os que nEle crêem. A expressão substantiva ‘Batismo no Espírito Santo’ é teológica
e não bíblica, pois nas Escrituras só há menção dessa forma verbal, mas nem por isso deixa de ser
bíblica, pois tem sua origem na fraseologia semelhante empregada pelos escritores bíblicos. Lucas
retoma essa terminologia no texto em epígrafe ao descrever as palavras de Jesus aos seus
seguidores. O Pr Esequias Soares afirma que “não há qualquer indicação no NT de que a promessa
do batismo no Espírito Santo seja algo meramente para o primeiro século, como defendem
expositores antipentecostais. A promessa é para ‘tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar’. Há
registros de que ao longo da história do cristianismo, diversos cristãos falaram línguas. Irineu,
Agostinho, Lutero, Wesley e muitos outros. Com o avivamento do País de Gales, de Kansas e da
Rua Azuza, quase simultaneamente, o fenômeno das línguas voltou a ser algo generalizado, e não
meramente uma raridade” (Lições Bíblicas 3º Trim 1996 - Jovens e Adultos: Atos - O padrão para a Igreja da última hora; PP. 16 e 17).
- “Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no Espírito Santo, o prometido dom
do Pai (Jl 2.28,29; Mt 3.11). O Batismo no Espírito Santo pode ser definido, segundo o teólogo
Antonio Gilberto, como "um revestimento e derramamento de poder do Alto, com a evidência física
inicial de línguas estranhas, conforme o Espírito Santo concede, pela instrumentalidade do Senhor
Jesus, para o ingresso do crente numa vida de mais profunda adoração e eficiente serviço para
Deus" (GILBERTO, Antonio. Verdades Pentecostais. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p 57). “O cumprimento desta promessa,
no entanto, é descrito como ser cheios do Espírito Santo (At 2.4). Assim, batizado no Espírito e
cheio do Espírito, às vezes, são usados como equivalentes nas Escrituras. A partícula grega que
aparece nos pertinentes textos do NT leva para a tradução com ou no Espírito Santo, em se tratando
do batismo pentecostal. Este batismo com ou no Espírito Santo, não deve ser identificado com o
recebimento do Espírito Santo na ocasião da regeneração. São duas obras distintas do Espírito,
muitas vezes separadas por um período de tempo”. (Adaptado de STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
nota textual de At 1.4)
.
- Em princípio, podemos dizer que a base exegética da doutrina do batismo no Espírito Santo
recebe uma ênfase especial no livro de Atos dos Apóstolos, embora os opositores do
pentecostalismo afirmem que Atos sendo um livro puramente histórico não serve para fundamentar
uma doutrina, há outras revelações sobre esta verdade até mesmo no Antigo Testamento. Se nos
voltarmos para o Antigo Testamento veremos que os profetas Joel e Ezequiel, por exemplo, tinham
indicado sobre o derramamento do Espírito Santo sobre Israel (Ez 39.29) e sobre toda carne (Jl 2.28,
Is 32.15; 44.3). Deus através dos profetas havia predito sobre o derramamento do Espírito Santo.
Até mesmo João Batista falou a respeito da promessa do Pai (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33).
Posteriormente, o próprio Jesus falou sobre o derramamento do seu Espírito (At 1.5). Se
observarmos o sermão de Pedro no dia de pentecostes, veremos que ele cita o profeta Joel.

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II – O PROPÓSITO NO BATISMO NO ESPÍRITO

1 – Finalidade. O propósito Central é a capacitação do Espírito


para o serviço Divino como: a) o poder para uma vida são tem
serviço eficaz; b) a pureza ou Santificação simbolizada pelas
línguas de Fogo (Mt 3.11; At 15. 8-9); c) o revestimento pleno do
Poder de Deus, ”todos foram Cheios do Espírito Santo”; d) a
proclamação ou o testemunho de Cristo (At 1.8) concedido de
várias formas pelo Espírito: ”segundo o Espírito Santo lhe
concedia que falassem”.
- O batismo no Espírito Santo outorga ao crente ousadia e poder celestial para este realizar
grandes obras em nome de Cristo e ter uma maior eficácia no seu testemunho e pregação (At 1.8;
2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder (Gr. Dunamis: Virtude) não se trata de uma
força impessoal, mas de uma manifestação do Espírito Santo, na qual a presença, a glória e a
operação de Jesus estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7). O batismo no
Espírito Santo também outorga mensagens proféticas e louvores (At 2.4, 17; 10.46; 1Co 14.2,15);
maior sensibilidade contra o pecado que entristece o Espírito Santo, uma maior busca da retidão e
uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (Jo 16.8; At 1.8); uma vida que
glorifica a Jesus Cristo (Jo 16.13,14; At 4.33); visões da parte do Espírito (At 2.17); manifestação
dos vários dons do Espírito Santo (1Co 12.4-10); maior desejo de orar e interceder (At 2.41,42; 3.1;
4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26); maior amor à Palavra de Deus e melhor compreensão dela (Jo 16.13;
At 2.42) e uma convicção cada vez maior de Deus como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.6) [14].

1. Poder e unção a fim de proclamar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. O termo original
para virtude é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o propósito principal do
batismo no Espírito Santo, o recebimento de virtude para testemunhar de Cristo com intrepidez,
sem temer oposição. Sua finalidade é que Cristo seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito
Senhor do povo de Deus. Esse ‘Poder’ significa mais do que força ou capacidade; é o próprio
Consolador em operação, em ação através do crente. O Espírito Santo revela e torna mais real para
nós a presença pessoal de Jesus (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio Jesus Cristo
resulta num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador.
2. Reverência diante das coisas de Deus. O batismo no Espírito Santo outorga aos crentes o
desejo de separação dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas
(At 2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16). Haverá sofrimento e aflição por causa do
mundo e dos seus costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22).

3. A experimentação da plenitude espiritual. A plenitude do Espírito Santo recebida no dia de


Pentecoste significou o início do cumprimento da promessa de Deus em Jl 2.28,29, de derramar seu
Espírito sobre todo o seu povo nos tempos do fim (At 1.4,5; Mt 3.11; Lc 24.49; Jo 1.33; Jl 2.28,29).
Os discípulos foram do alto... revestidos de poder (Lc 24.49; cf. At 1.8), que os capacitou a
testemunhar de Cristo, a produzir nos perdidos grande convicção no tocante ao pecado, à justiça, e
ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado para a salvação em Cristo. O batismo com o Espírito
Santo é uma bênção celestial necessária aos cristãos que desejam ter uma vida vitoriosa. Por isso,
quem ainda não o recebeu deve orar insistentemente, pois Deus não faz acepção de pessoas e esta
promessa é para todos os homens.
2. – A capacitação do Espírito. É do conhecimento da maioria que
a ideia do termo ”batismo” é imersão; ser batizado significa ser
mergulhado. As expressões como ”derramar” o Espírito sobre os
irmãos e as irmãs ou ”serem cheios” do Espírito para se referir ao
batismo no Espírito Santo podem lançar luz sobre o propósito
dessa promessa, pois, ser imerso significa capacitação, isso é a
revelação do Mistério de Deus (Ef 3.5), Poder para testemunhar
de Jesus (At 1.8), profetizar (At 11.28) e realizar milagres (Rm
15.19).
- O batismo no Espírito Santo outorga ao crente ousadia e poder celestial para este realizar
grandes obras em nome de Cristo e ter uma maior eficácia no seu testemunho e pregação (At 1.8;
2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder (Gr. Dunamis: Virtude) não se trata de uma
força impessoal, mas de uma manifestação do Espírito Santo, na qual a presença, a glória e a
operação de Jesus estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7). O batismo no
Espírito Santo também outorga mensagens proféticas e louvores (At 2.4, 17; 10.46; 1Co 14.2,15);
maior sensibilidade contra o pecado que entristece o Espírito Santo, uma maior busca da retidão e
uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (Jo 16.8; At 1.8); uma vida que
glorifica a Jesus Cristo (Jo 16.13,14; At 4.33); visões da parte do Espírito (At 2.17); manifestação
dos vários dons do Espírito Santo (1Co 12.4-10); maior desejo de orar e interceder (At 2.41,42; 3.1;
4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26); maior amor à Palavra de Deus e melhor compreensão dela (Jo 16.13;
At 2.42) e uma convicção cada vez maior de Deus como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.6).
- Poder e unção a fim de proclamar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. O termo original
para virtude é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o propósito principal do
batismo no Espírito Santo, o recebimento de virtude para testemunhar de Cristo com intrepidez,
sem temer oposição. Sua finalidade é que Cristo seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito
Senhor do povo de Deus. Esse ‘Poder’ significa mais do que força ou capacidade; é o próprio
Consolador em operação, em ação através do crente. O Espírito Santo revela e torna mais real para
nós a presença pessoal de Jesus (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio Jesus Cristo
resulta num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador.
- Reverência diante das coisas de Deus. O batismo no Espírito Santo outorga aos crentes o desejo
de separação dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas (At
2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16). Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e
dos seus costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22).
- A experimentação da plenitude espiritual. A plenitude do Espírito Santo recebida no dia de
Pentecoste significou o início do cumprimento da promessa de Deus em Jl 2.28,29, de derramar seu
Espírito sobre todo o seu povo nos tempos do fim (At 1.4,5; Mt 3.11; Lc 24.49; Jo 1.33; Jl 2.28,29).
Os discípulos foram do alto... revestidos de poder (Lc 24.49; cf. At 1.8), que os capacitou a
testemunhar de Cristo, a produzir nos perdidos grande convicção no tocante ao pecado, à justiça, e
ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado para a salvação em Cristo. O batismo com o Espírito
Santo é uma bênção celestial necessária aos cristãos que desejam ter uma vida vitoriosa. Por isso,
quem ainda não o recebeu deve orar insistentemente, pois Deus não faz acepção de pessoas e esta
promessa é para todos os homens.
3. – Uma necessidade real e atual. O Espírito Santo veio no dia de
Pentecostes porque os discípulos precisavam que a sua
mensagem fosse revestidas de poder para salvar os pecadores (Lc
24.47-49; At 1.8). Como receber esse batismo? É o Senhor Jesus
que batiza (Mt 3.16; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Todos os crentes
devem buscar essa promessa para sua edificação e crescimento
espiritual. Não existe regras rígidas do novo testamento para
recebê-lo, pois Deus atende a casos individuais de modos
diferentes, mas é necessário arrependimento sincero, fé nas
promessas do batismo no Espírito, oração e paciência (At 2.38-39;
Lc 11.9-13).
- O falar em línguas é importante para a Igreja hoje? O batismo com o Espírito Santo só é válido
com a evidência do falar em línguas? Afirmar que as manifestações espirituais foi exclusiva e
necessária, tão somente para fortalecer a Igreja emergente, significa confinar o fato à história e
desconhecer as dimensões da promessa apresentada por Pedro no seu discurso no dia de pentecostes.
Citando Joel 2.23, 28, 29, declarou que seu cumprimento dava-se naquele momento. A promessa
do batismo no Espírito Santo não foi apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste, mas
também para todos os que cressem em Cristo durante toda esta era: a vós - os ouvintes de Pedro; a
vossos filhos - à geração seguinte; à todos os que estão longe - à terceira geração e às subseqüentes.
O batismo no Espírito Santo com o poder que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada, sem
repetição, na história da igreja. Não cessou com o Pentecoste (At 8.15; 9.17; 10.44-46; 19.6), nem
com o fim da era apostólica. É o direito mediante o novo nascimento de todo cristão buscar, esperar
e experimentar o mesmo batismo no Espírito que foi prometido e concedido aos cristãos do NT (At
1.4,8; Jl 2.28; Mt 3.11; Lc 24.49). Por isso não podemos limitar, nem reter a ação do Espírito Santo
na história. Ele foi enviado para acompanhar a Igreja até a volta de Jesus.
- “Nos círculos pentecostais, nenhum aspecto dos propósitos do batismo no Espírito tem
recebido mais atenção do que a sua utilização para a evangelização do mundo. Isso é firmemente
baseado em Atos 1.8: “recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-
eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”.
O livro de Atos é um comentário desses dois temas relacionados, que os discípulos receberiam
poder quando o Espírito viesse sobre eles e de que eles seriam testemunhas de Jesus por todo o
mundo. Quando Jesus disse aos seus discípulos que eles seriam suas “testemunhas”, o pensamento
não é tanto que seriam seus representantes, embora isso seja verdade, mas sim que iriam atestar a
sua ressurreição. A ideia do testemunho ocorre ao longo do livro de Atos; ela é aplicada geralmente
aos discípulos (1.8,22; 2.32: 3.15; 5.32; 10.39.41; 13.31) e especificamente a Estêvão (22.20) e a
Paulo (22.15; 26.16). A evangelização mundial pelos pentecostais, que aconteceu no século XX, é
um testemunho da realidade da experiência pentecostal. Infelizmente, alguns historiadores e
missiologistas da igreja moderna foram lentos ao reconhecer a tremenda contribuição do
movimento pentecostal com relação à propagação do evangelho por todo o mundo. Os pentecostais
não podem e não se atrevem a negar a obra maravilhosa (3 frequentemente sacrificial dos
missionários ao longo da história da Igreja, que não experimentaram o batismo no Espírito como
compreendido pelos pentecostais. Nós agradecemos a Deus por todos os corpos eclesiásticos e
todas as agências missionárias que contribuíram para a empreitada missionária mundial. E como
outros assuntos previamente discutidos, a diferença entre esses missionários e os pentecostais está
no nível da gradação. Seria irresponsável os pentecostais dizerem que os outros não sabem nada
sobre o poder do Espírito. A associação entre poder (do grego dunamis) e o Espírito Santo é
frequentemente feita no Novo Testamento, onde os dois termos são intercambiáveis (por exemplo,
Lc 1.35; 4.14; At 10.38; Rm 15.19; 1 Co 2.4; I Ts 1.5). O poder do Espírito Santo concedido aos
primeiros discípulos, no entanto, não pode ser restrito ao poder para evangelizar”. (Anthony de Palma. O
Batismo no Espírito Santo e Com Fogo. Editora CPAD. pag. 86-87)
.

III – O REVESTIMENTO E A EVIDÊNCIA DO


BATISMO NO ESPIRITO SANTO

Nem todos os crentes em Jesus são batizados no Espírito Santo,


apesar de a promessa divina ser para todas as pessoas que se
convertem ao Senhor Jesus em todos os lugares em todas as
épocas; mas todas elas têm o Espírito Santo (Rm 5.5).
1. As ”outras línguas”. As ”outras línguas”, a glossolalia, são
ininteligíveis, a evidência externa, física e inicialmente o batismo
no Espírito Santo (vv.3,4). Mas, não só isso. Note que a nossa
Declaração de Fé das Assembleias de Deus acrescenta: ”mas
somente a evidência inicial a evidência continua da presença
especial do Espírito como o ‘fruto do Espírito’ (Gl 5.22) e a
manifestação de dons (1 Co 14.1)”. Sua fonte é o próprio Espírito
Santo (vv.8,11). Em línguas os discípulos falavam das ‘grandezas
de Deus’ (v.11) e, na casa de Cornélio todos ”os ouviram falar em
línguas e magnificar a Deus” (At 10.46).
- Glossolalia. (do grego γλώσσα, "glóssa" [língua]; λαλώ, "laló" [falar]), é usado acerca de: “o
dom sobrenatural de falar em outro idioma sem tê-lo aprendido”; em Atos 2.4-13, as circunstancias
foram registradas do ponto de vista dos ouvintes; para aqueles, em cuja língua as declarações foram
feitas, pareciam como fenômeno sobrenatural. O dom de línguas é um milagre divino em que, no
exercício da vontade e sabedoria divinas, o Espírito Santo concede a alguns crentes o poder de
falarem em idiomas que não aprenderam pelos processos naturais, e isto para o fim de
testemunharem eles de Jesus Cristo perante os que não crêem. Não é “fala extática”, como algumas
traduções afirmam, pois a Bíblia nunca se refere à “expressão vocal extática” para referir-se ao falar
noutras línguas pelo Espírito. C. Peter Wagner, afirma: “O Dom de línguas é a capacidade que Deus
dá a certos membros do corpo de Cristo: (a) para falar a Deus em uma língua aprenderam ou: (b)
receber e comunicar uma mensagem imediata de Deus a seu povo imediatamente uma declaração
divinamente ungida, em um idioma que eles nunca aprenderam”.
- Xenolalia. palavra grega que significa idiomas pátrios; é o falar em línguas num idioma
conhecido, isto é, atualmente falado (At 2.6), estranho apenas para quem fala. A narrativa de At
2.6-8 diz que a multidão, ao ouvir o barulho vindo do cenáculo, ficou pasmada e confusa, diante do
que ouviam e viam. Perguntavam-se: “Não são todos galileus esses homens que estão falando?
Então, como é que os ouvimos, cada um, na nossa própria língua?”. Aqueles judeus da diáspora
ouviram os discípulos falar suas línguas, quando não eram letrados, nem poliglotas. O Espírito
Santo os habilitou a falar aqueles idiomas.
1. glõssa (γλώσσα) é usado acerca de: (1) “línguas […] como que de fogo”, que apareceram no
Dia de Pentecostes; (2) “língua”, como órgão da fala (por exemplo, Me 7.33; Rm 3.13; 14.11; 1 Co
14.9; Fp 2.11; Tg 1.26; 3.5,6,8; 1 Pe3.10; 1 Jo 3.18; Ap 16.10); (3) (a) “idioma, língua”, junto com
os termos phule, “tribo”, laos, “povo”, ethnos, “nação”, sete vezes em Apocalipse (Ap 5.9; 7.9;
10.11; 11.9; 13.7; 14.6; 17.15); φ) “o dom sobrenatural de falar em outro idioma sem tê-lo
aprendido”; em At 2.4- 13, as circunstâncias foram registradas do ponto de vista dos ouvintes; para
aqueles, em cuja língua as declarações foram feitas, pareciam como fenômeno sobrenatural; para
outros, a gaguez de bêbedos; o que foi dito não foi dirigido primariamente à audiência, mas consistia
em recontar “as grandezas de Deus” (cf. At 2.46); em 1 Coríntios, capítulos 12 e 14, é dito que o
uso do dom de “línguas” é exercido nas reuniões das igrejas locais; 1 Co 12.10 fala do dom em
termos gerais, e forma par com o dom de “interpretação de línguas”; 1 Co 14 dá instruções relativas
ao uso do dom, sendo o objetivo supremo a edificação da igreja; a menos que a “língua” fosse
interpretada, o falante não falaria “aos homens, senão a Deus” (1 Co 14.2).
2. Função das línguas. Elas sinalizam a presença do Espírito. O dom
de línguas, pelo que se vê nos Capítulos 12 a 14 de 1 Coríntios,
está associado à oração pessoal (1 Co 14.13-23). As línguas, em
Atos, indicam o recebimento do Poder Profético (2.4; 19.6). As
línguas as cartas Paulinas são também importantes, pois o
apóstolo as descreve como língua do Espírito, por meio das quais
conversamos com Deus em mistério; por meio delas oramos em
espírito e louvamos a Deus (1 Co 14.14,16,17). Esse dom, sem
dúvida, é muito útil para a oração, as evoluções pessoais e o
desenvolvimento de nossa sensibilidade ao Espírito (1 Co 14.2).
Foram as línguas que sinalizaram o batismo de Cornélio (At 10.47).
Que sinal tangível levou Simão Samaritano a desejar esse dom?
(At 8.18).
- Enquanto as línguas estranhas como sinal são concedidas a todos os que são batizados com o
Espírito Santo (At 2.4 10.46; 19.6), o dom de variedade de línguas não e dado a todos os que são
batizados; tudo depende da soberania, do propósito e da vontade do Espírito Santo (1Co12.1) e em
resposta a busca zelosa do crente (1Co 12.31; 14.1). A Bíblia pergunta: “falam todos diversas
línguas?” (1Co 12.30). Ora, sabemos que a vontade de Deus é que todos os crentes sejam batizados
com o Espírito Santo, esta pergunta, então, só pode referir-se ao dom de variedade de línguas.
Variedade de línguas é o dom que possibilita a expressão, por meios sobrenaturais, de línguas
estrangeiras. Pode significar dois tipos de idiomas: humanos e espirituais. Sua eficácia para a
congregação consiste em sua interpretação. O dom de variedades de línguas é direcionada à Igreja,
por este motivo deve ser acompanhada de interpretação, quer seja dada pela própria pessoa que fala,
quer seja por outra pessoa, isso para edificação da Igreja: “Mas, se não houver interprete, esteja
calado na Igreja e fale consigo mesmo e com Deus” (1Co 14.28). A finalidade do dom de línguas.
O uso do dom de variedade de línguas deve ser disciplinado. A recomendação de Paulo é que “...
se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja
intérprete” (1Co 14.27). Aqui trata-se do dom de variedade de línguas. Há crentes que não se
submetem a esta recomendação da Palavra, pois dizem que o poder de Deus opera neles tão
poderosamente que não têm condições de se conter, de modo que muitos deles falam línguas ao
mesmo tempo e sem que haja intérprete. Paulo sobre isto explicita: “E os espíritos dos profetas estão
sujeitos aos profetas” (1Co 14.32). O saudoso Pr Eurico Bergstén afirmava que “é portanto um sinal
de meninice, de falta de maturidade espiritual quando durante o culto ouvem-se línguas estranhas
em alta voz, sem que haja interpretação, seja a partir do púlpito, seja entre a congregação”.
3. – Atualidade das línguas. A promessa de ser batizado no Espírito
Santo é para toda a igreja. Isso engloba todos os Cristão em todos
os lugares e em todas as eras (Jr 2.28-32; At 2.16-21), de modo
que as línguas são inseparáveis o batismo no Espírito. Dos três
sinais Sobrenaturais Manifesto no dia do Pentecostes com a
descida do Espírito Santo, somente o ”falar em outras línguas”
(v.4) veio para ficar, ele se repete (At 10.44-47; 16.6). Mas, os
outros dois: ” um som como de Vento veemente é Impetuoso ”
(v.2) e ”línguas repartidas, como que de Fogo” ocorreram uma só
vez, se eles não se repetem nunca mais.
- Como já destacado no início desta lição, há grupos pentecostais que afirmam, sobre a evidência
do batismo, não precisa ser as línguas estranhas, mas pode ser alegria, amor, maior compreensão da
Palavra de Deus, maior zelo para ganhar almas para Jesus, etc. Mas, quando os crentes receberam
o batismo com o Espírito Santo (At 8.17), aconteceu algo concreto que despertou Simão (At 8.18).
O que ele viu? Alegria? Não, porque já antes havia grande alegria naquela cidade (At 8.8).
Certamente Simão viu um sinal concreto! Tanto as línguas estranhas como sinal do batismo com o
Espírito Santo, como o dom de variedades de línguas, são operações miraculosas da graça de Deus.
Em ambos os casos a pessoa fala uma língua que nunca aprendeu, nunca estudou, não conhece e
que geralmente não é compreendida por quem fala nem por quem ouve. Pode ser uma língua
humana ou não (1Co 13.1). Como sinal, as línguas estranhas não são dirigidas aos homens, isto é,
não são dirigidas a Igreja, mas tão somente à Deus (1Co 14.2).
CONCLUSÃO

O que todo o povo Pentecostal preciso saber sobre o tema da


lição? Que ser batizado no Espírito Santo é uma experiência
distinta da conversão e que capacita o Cristão para testemunhar
de Jesus e ter uma vida cristã abundante e vitoriosa. Essa
manifestação do Espírito é atual e concedida a quem buscar com
fé, obediência, humildade e persistência; cujo sinal físico, visível
inicial do recebimento é o falar em línguas
- A promessa do batismo no Espírito Santo diz respeito, principalmente, aos ‘últimos dias’, e
não à era dos apóstolos. Além disso, Pedro, ao citar o profeta Joel, substituiu a expressão
‘derramarei o meu Espírito’ por ‘derramarei do meu Espírito’. Esta mudança aponta para o marco
inicial da Dispensação do Espírito Santo, e que a efusão do Espírito seria na sua plenitude nos
‘últimos dias’, estes mesmos da nossa geração! Sendo uma promessa bíblica, o batismo no Espírito
Santo está a disposição daquele que o quizer buscar. Não há uma fórmula mágica para a sua
obtenção, entretanto, todos os que o buscam precisam ter sede (Is 44.1), ser nascido de novo (Jo
3.3), pois o Espírito só é dado à Sua Igreja (Jo 14.17). É uma promessa contemporânea e que não
deve ser ignorada por nenhum cristão, “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos,
e a todos os que estão longe: a tantos quanto Deus, o nosso Senhor, chamar“(At 2.39).
- Emoção não é a base da vida. O justo vive pela fé, não pela emoção. As Escrituras ensinam
que o crente deve examinar e provar tudo o que se apresenta como sendo da parte de Deus (1Ts
5.21; cf. 1Co 14.29). “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus”
(1Jo 4.1). Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego pistia) é a firme convicção de que algo é
verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que
depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão. O batismo no Espírito é para todos que professam
sua fé em Cristo; que nasceram de novo, e, assim, receberam o Espírito Santo para neles habitar.
Note que o autêntico batismo no Espírito Santo levará a pessoa a amar, exaltar e glorificar a Deus
Pai e ao Senhor Jesus Cristo mais do que antes (Jo 16.13,14; At 2.11,36; 10.44-46). O batismo no
Espírito, portanto, conduz o crente a um relacionamento com o Espírito, que deve ser renovado (At
4.31) e conservado (Ef 5.18). “No estudo de hoje pudemos perceber que o Espírito Santo cumpre
sua obra desde sempre. Ele esteve presente na Criação, como também cumpriu Seus desígnios
durante toda a história do povo de Deus. Ele inspirou os autores que escreveram o Antigo
Testamento e falou pela boca dos profetas. Capacitou pessoas para guiar, libertar e liderar o povo
do Senhor. Ele foi a chama que nunca se apagou e que de uma forma mais intensa Se revelou na
obra de Jesus Cristo e hoje já não é um privilégio de alguns, mas um presente para todos que se
submetem à vontade de Deus. Ele continua também, como outrora, guiando, ungindo, capacitando,
ensinando e dando poder a homens e mulheres a fim de edificar e fortalecer a Igreja”. (Fonte:
https://ib7.org/estudos-biblicos/comentario-da-licao/1447-a-obra-do-espirito-santo-no-antigo-testamento)
.
PARA REFLETIR
– A respeito de “O Batismo no Espírito Santo”, responda:
• Como chegamos à conclusão de que a descida do Espírito no dia
de Pentecostes se refere ao Batismo no Espírito Santo?
Chegamos a essa conclusão também pela explicação do apóstolo
Pedro aos demais apóstolos (At 11.15,16).
• Como sabemos que a experiência do batismo no Espírito Santo
é distinta da experiência da conversão?
Sabemos que a experiência de ser batizado no Espírito Santo é
distinta da experiência da conversão porque os discípulos já
tinham a vida eterna e o Espírito mesmo antes do dia de
Pentecostes (Lc 10.20; Jo 20.22).
• Qual a finalidade do batismo no Espírito Santo?
É a capacitação do Espírito para o serviço divino.
• O que são as “outras línguas”?
As “outras línguas”, a glossolalia, são ininteligíveis, e evidencia
externa, física e inicialmente o batismo no Espírito Santo.
• Para que serve o dom de línguas?
O dom de línguas, pelo que se vê nos capítulos 12 a 14 de 1
Coríntios, está associado à oração pessoal (1 Co 14.13-23). Esse
dom, sem dúvida, é muito útil para a oração, as devoções pessoais
e o desenvolvimento de nossa sensibilidade ao Espírito (1 Co
14.2).

1º Trim 21 | Lição 3: O Batismo no Espírito Santo | Pb Francisco Barbosa

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