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ASTREA

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ALMAMR MAÇONICO
PARA

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TYIIOGRAPHIA UNIVERSAL DE LAEMMERT
Rua do Lavradio, 53

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CALENDÁRIO MACONICO
PARA

5846

FESTAS.
S. João Baptista.
S. João Evangelista.
S. Jorge (na Inglaterra).
S. André (na Escossia).

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REFLEXÃO.

O que tem menos uniformidade na Maçoneria, é o


Calendário.
A éra ma«. é commum cm quasi todos os paizes: Anno
Domini 1846 é o Anno da Luz 5846.
O rito cgypcio janta sempre mais 4 annos, em 1846
contará 5850.
Os macons do rito escoss. ant. e acc. tem mais a era da
restauração, igual á era judaica, que em 1846 será 5606.
Na Inglaterra, Escossia, Irlanda e America do Norte,
era christã, em
principião os macons o anno, como na
1.° de Janeiro. — Os Francezes comoção em 1.° de Março; .<
outros poTOS em 21 de Março, uso este que também é
adoptado no Brasil.
A G. L. ^Inglaterra adoplou cmfim a era christã cxclu-
vivamente, o que imitarão quasi geralmente os GGr. OOr.
nos Estados Unidos, Allcmanha, &c.
Igual reforma do Calendário seria digna das HlustraçOes
da Maçoneria brasileira.

t
*.

A QUEM LER.

Desde a nossa iniciação tem a Maçoneria fido para


nós objecto de cullo, nosso estudo predilecto e nosso único
recreio.
Convencido de que ella contribuo para a felicidade do
humano, temos observado, com triste certeza, rela-
gênero
xarein-se os laços da união e fraternidade, c, em conse-
a apathia substituir a enérgica actividade de uma
quencia,
Ordem que, pela natureza de suas instituições, se deve
collocar á frente da civilisação.
Notámos a pouca ou nenhuma communicação entre os
corpos maçonicos, a falta de informações sobre aconteci-
mentos notáveis na Ordem, que tanto influem para entreter
c enthusiasmar mutuamente, e cremos achar na Publicidade
o remédio d'estcs males.
Não receeis, Irmãos vencraveis, ver nestas paginas
levantado o veo da Symbolica que vos é tão cara; não,
meus Irmãos: conhecemos o nosso dever c os limites da
nossa consciência está tranquilla, nossas in-
publicidade;
tenções são boas, desinteressadas, c movidas pelo amor que
consagramos á Arte Real.
A historia da Maçoneria não refere factos de paizes devas
tados, de cidades arruinadas, de violências ou hostilidades;
mas sim de viuvas consoladas, de orpháos sustentado» c
educados ,< e de infelizes salvados dos abysmos da de?-
graça.
Kevelaremos pois a verdadeira tendência dos nossos

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V

6
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segredos áquelles que nào tem a ventura de estar iniciados


cui nossos mysterios.
Embora diga o Profano : « A Maçoneria é um systema
de ostentação » ; nós lhe apontaremos numerosos estabe-
lecimentos de Philanthropia e Beneficência, monumentos
da eflicaz Mac.
A verdadeira Maçoneria, mal conhecida por muitos dos
seus próprios ministros, não deixa de ser venerayel por si
mesma. e immortal como a Verdade eterna.
As cousas da Ordem, fundadas na mais pura moral,
não tem que temer a luz; pelo contrario, sempre inere-
ecrão o reconhecimento e a consideração dos justos.
Se esta pedra informe, que trazemos com passo tímido
de neophyto, for acolhida com indulgência benevola pelos
nossos mestres, communicaremos então aos nossos leitores,
de anno em anno, os acontecimentos mais notáveis em
todos os Orientes conhecidos.

Or. do Uio de Janeiro, dia de S. João Baptista do


A. da V. L. 5845.

.
R

NISAN

PRIMEIRO MEZ MAC.

Mora a Deos que, creando-te iiUelligente, livre, »: apto


para as virtudes, te fez arbitro da tua sorte.

/
l.o MEZ.

Dias do Mez

inac 1 vulg
EPHEMEMDES MAÇONICAS,

Nisan Marro

1 21 4840. Fundação pelo Gr. Or. de França de


uma Casa cvntraldc soccorro em Pariz,
para os maç. desgraçados.
22 1793. Iniciação de Gustavo IV, Rei da Suécia,
na G. Íá de Slockholmo.
23 1841. Abertura da negociação mallograda,
entre o Gr. Or. e o Supr. Cons. 33
de França, para se unirem em um só
corpo.
24 (1820. O Gr. Or. de França celebra o funerala
do Duque de Berry. A espada e
coroa do Príncipe ornavão o túmulo.
5 25 1722. A G. L. de Londres ordena a impressão
de um Livro das Constituições maçonlcas.
da
G 26 1788. Fundação pela G. L. de Londres
Casa Real dos Maçons, em beneficio
das fillias e orphãs de maç. pobres.
27 1842. Inauguração da estatua do General
Bourke, erecta pelas LL. de Sidney.
A esla eeremonia assistirão as LL. em
corpo, condecoradas com as suas in-
signiàs e bandeiras desenroladas.
as
28 18^. O Supr. Cons. 33 de Franca celebra de
exéquias do seu Gr. Com. o Duque
V_tl en ce.
cm
9 29 1772. Faileceu Emmanuel Swedcnborg
Londres.
•10 30 1839. A L. As Ires eolumnas em iNuremberg
( Aliem.) celebra com grande pompa
o anniversario secular da sua im\-
dação.
Com. do
11 31 1829. Morte do General Ramel, Gr.
Abril Supr. Cons. 33 nos Paizes Baixos.
Pro-
12 1 1843 O Príncipe Guilherme da Prússia,
tector das três G6. LL. de Berlim,
a admissão dos judeus nas LL.
propõe
. prussianas. Assim se venceo, e foi
em 20 do
publicada esta deliberarão
mesmo mez.

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1.° MEZ.

isan Abril

13 1776. Fundação da G. L. do ritoescoss. philos.


2
Conlracto social em Fiança.
14 3 1819. Iniciação do Prineipe Paulo de Wur-
temberg.
15 4 1807. Morte do Ir. Lalande, celebre astrônomo
e hum dos Installadores do Gr. Gr. de
França.
16 5 1783. Adopção da maç. electrica pelas LL. de
Frankfurt e Wetzlar. (Aliem.)
17 6 1822. Na Camara dos Deputados dá-se para
Ordem do dia seguinte, a discussão
sobre o requerimento do Sr. Pillon,
letrado em Pariz, pedindo que sejão
fechadas as LL. maç.
as
18 1813. A L. Amada, em Weimar, celebra
exéquias maç. do celebre litterato
Wieland. Estava presente o Grão Du-
que, e o Ir. Or. Goethe,illuslre poeta,
fúnebre.
pronunciou a oração
19 1819. Fundação do Instituto das Escholas em
Berlim pela 6. L. nacional d'AHcnia-
nha, para educação dos filhos e am-
paro das viuvas de maç.
20 1843. A L. Jcannc tVArç, em Orlêans, esta-
beleceu no seu próprio templo um
asylo para maçons viajantes, que
n'elle são hospedados e sustentados.
21 10 1805. O Prineipe de Galles, depois Jorge IV,
é eleito Gr. II. da G. L. d'Eseossia.
22 11 1818. O Prineipe Frederico, dos Paizes liaixos,
aceita a Dignidade do Gr. M. na-
cional.
23 12 1843. Inslallação da L. Portsmouth Lodgetm
Portsmouth.
24 18 1796. Iniciação do Prineipe William de GlpU-
cester na L. Britania. em Londres.
25 14 1836. Iniciação do embaixador do rei dOude
Londres.
(Índia) na L. Amizade, em
26 15 1839. Circular do (ir. Or. de Franca, convi-
dando as LL. para uma subscnpção
a favor das viclimas do terremoto na
Martiniea.
27 16 1843. A L. S. Jorge, em Montreal (Baixo Ca-
nada) , lança com grande ceremonia ,
bandeira desenrolada e os Ur. conde-

/
1.» MEZ.

Nisan Abril
corados com as suas insignias, a pedra
fundamental para a Igreja de Santiago.
28 17 1838. Installação da G. L. S. Jorge na ilha de
Grenada (Antilhas).
29 18 1842. Decreto do Supr. Cons. 33 de França,
authorisando aos Capitães maç. que,
no caso de perigo, possão arvorar nos
mastros do navio uma bandeira maç.
Eis o extracto dos principaes Artigos
deste decreto:
Art. 3. Qualquer Capitão de navio
achando-
que pertence á maçoneria,
se em perigo pôde arvorar uma ban-
deira maç. Esta bandeira é quarteada
de azul e branco, tendo no branco
duas mãos estendidas em signai de
soccorro, e uma cruz por cima.
Art. 4. Esta bandeira protege toda
a tripulação e exige o mais prompto
auxilio de qualquer irmão que a reco-
nbecc.
Art. 7. A parte deste decreto, que
versa sobre os distinctivos da ban-
deira, será publicada e remettida a
todas as LL. de todos os ritos e svs-
temas, em todos os Orientes conhe-
cidos.
Assign. Conde de Chabril/an; Conde
de Monthion; Allegry; Gui/frcyi Conde
de Fcrning; Duque Decazcs. — O Sc-
cretario, Desfammcs.
30 I 19 1792. Fundação da G. L. de Massachussctts
cm Boston (Est. Unid.)
Bcurnonvillc,
31 1 20 1821. Morte do Marquez de França. Tendo
Marechal e Par de
em diflerentcs
praticado a maçoneria e reco-
paizes, amava esta instituição a ordem
nhecia sua influencia sobre
social. Com a queda do governo im-
a maç.
perial, aebando-sc privada
franceza dos mais poderosos protec-
tores, o Marechal de Bcurnonvillc,
diiigindo-'se directamenle a Luizxvm
conseguio a promessa da sua Alta
protecção. •
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JIAR
SEGUNDO MEZ MAC

Rccorda-tc incessantemente que a tua felicidade deve ser


a tira própria obra; pois essa hc a dignidade da espécie hu-
mana, que Dcos collocou por cima de todos os mais entes.

i.
2.o MEZ.

Dias do Mez

maç. vulg.
EPHEMEMDES MAÇOMCAS.
J_ar Abril

21 1843. Morte do Duque de Sussex, Gr. M. do


Povo maçon. na Inglaterra.
22 1827. Decreto do Supr. Cons. 33 de França,
aulhorisando o estabelecimento de
uma administração central maç. de
beneficência.
n
O 23 1801. Edital do Imperador Francisco II d'Aus«
Iria contra as sociedades secretas.
h 24 1833. Incêndio do Templo e dos archivos da
G. L. do Baixo Canadá, em Montreal.
5 25 1819. Circular, propondo uma reforma dos
altos graus nos Paizes Baixos, projcc-
tada pelo Gr. M. o Principe Frederico.
C 26 1842. Em asseinbléa solemne, fazem as LL.
de Londres ao Gr. M. Duque de
Sussex aofferla de um grande e mag-
nifico candelabro de prata; bomena-
gcm maconica, em reconhecimento
dos relevantes serviços prestados a bem
da Ordem. Este candalabro que tem
4 pés de altura c 3 de largura, é de
mais
praia massiça e execulado pelos
hábeis artistas de Londres. Representa
s um templo circular formado de 6 co-
lumnas da Ordem corinlhia, susten-
tando um zimborio em cima do qual
se acha a estatua de Apollo. O friso ê
ornado com os doze signaes do zodia-
co. No interior vê-se em cima de am
altar o compasso e a esquadria sobre
a biblia aberta. Junto ao pedestal do
templo são assentadas quatro figuras
allegoricas; a Astronomia, Geometria,
Esculptura, e Architectura. A base
deste templo e seus accessorios ê larga
c ricamente ornada; de cada um dos
quatro ângulos parlem ramificações
• cm forma das folhas de tolos, desti-
nadas para as luzes. Um dos quatro
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2.° MEZ. T.

Jiar ALril

lados da base tem a inscripção : « A


Sua Alteza Real o Prineipe Augusto
Frederico Duque de Sussex, em me-
moria do 25° anniversario de seu Gran-
Mestrado dos maçons da Inglaterra;
»
pelos irmãos aifeiçoados.
27 1805. Napoleão declara officialmente sua pro-
tecçào á Maçoneria, e nomea para
Gr. M. o Príncipe José, que aceita
esta Dignidade.
8 28 1786. As LL. de Brunswik votãounanimemen-
te uma medalha consagrada á saudoza
memória do seu Ir. o Duque Maxi-
miano Júlio Leopoldo, que na véspera
perdeu a vida, esforçando-se para
salvar varias pessoas, viclimas da
inundação do rio Oder.
29 1818. Collecta em todas as igrejas de Stock-
holmo em favor dos orphãos de maç.
pobres.
10 30 1827. O Gr. M. Duque de Sussex lança em
pessoa a pedra fundamental para o
Maio edifício da Universidade em Londres.
11 1 1786. Data dos estatutos fun dam en taes do rito
escoss. ant. e acc. , conhecidos sob
o titulo: A grande constituição dc 1786.
— O Duque de Cumbcrland he pro-
clamado Gr. M.
1792. Installação do Príncipe de Galles, depois
Hei Jorge IV, na qualidade de Gr. M.
dos maç. em Inglaterra.
43 1826. Por occasião do nascimento do Prineipe
Kcal da Suécia, as LL. de Stockholmo
distribuem soecorros aos indigentes
d'aquclla capital.
IA 4 1738. Bulla de Clemente XII contra a maç.
15 5 1821. Morte do Imperador Napolefco, Protec-
tor da maçoneria*
ti) 16 1817. Circular do Gr. M. o Prineipe Frederico
aos maçons belgas c hollaiulczcs, con
vidando-os a fundar um Ci. Or. com-
mum.
17 1843. Inauguração solenine do hospital de
Jamsctjce cm Bombaim, pelo Ir.
Burns á frente dc todos os maç., e
^ag*

2.» MEZ

I Jiar I Maio
assistência das autoridades publicas.
Este hospital é o legado liberal do Ir.
Jamsetjee, primeiro indígena que
Grã-Bretanha toi
pelos soberanos de
elevado ás honras de Cavalleiro.
8 1842. Oprestante Ir. Dumont-Durville da , Con
18 ca-
tra-almirante, perece victima
tastrophe do caminho de ferro a Ver-
RülílCS
debaixo
19 I 9 1802. As LL. de Portugal collocão-se
da Proteccão da G. L. de Inglaterra.
Installaeão da G. L. da Hollanda sob a
20 I 10 1818.
Presidência do Gr. M. o Príncipe
Frederico.
Ernesto Augusto,
21 I 11 1796. Iniciação do Príncipe
hoje Rei de Hanover, em Londres.
a som ma de
22 I 12 1814. O Gr. Or. de França vota
mil francospara se restabelecer a esta-
lua de Henrique IV.-O Supr. Cons.
33 vota igual somma para o mesmo u m.
subscreve
23 I 13 1843. A L. de Pringston (Jamaica) victimas
l,500lib. esterl. em favor das
do ultimo terremoto.
depois
24 1 14 I 1798. Iniciação do Duque de Sussex,
Gr.M. do Povo maç. ^Inglaterra, na
L. lioyal York em Berlim.
~ I¦ 15 I 1786.
25 Edital do Imperador José II, concen-
trando
na Cidade de Bruxellas todas
as LL. dos Paizes Baixos d'Áustria.
2G I 46 1800. Fundação da G. L. em Genebra (Suissa). em
I 27 1 17 1775. Abertura do convento maçonico
Brunswik, sob a presidência do Duque
Carlos. .
28 18 1843. Incêndio da L. de Spalding (Inglaterra).
boje Rei
29 1 19 1823. Eleição do Príncipe d'Orange , do Gr.
da Hollanda, para Presidente
Cap. da Haya. _ #
Bainha
30 20 I 1843. O Príncipe Alberto, esposo da
dlnglaterra, e o Príncipe Jorge de y.
L.
Cambridge, forão iniciados na
Jlpha-Royal, cm assembléa conyo-
cada para esse fim.

yV
í
«*_r>'-^»-»

SIVAN

TERCEIRO MEZ MAC.


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*
Escuta a voz da natureza. — Todos os homens são iguaes,
não formão senão uma só família; se tolerante, justo c bom,
e serás feliz.

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3.° MEZ

Dias do Mez

mar. 1 vulg.
EPHEMERIDES MAÇOMCAS.

Sivan Maio

21 4843. Inauguração em Londres do estabeleci-


mento denominado Masonic benevolent
fund, em favor dos maç. velhos e
doentes.
22 18/jO. Iniciação do Principe Guilherme da
Prússia, irmão do Rei, que, tendo
recebido a luz, aceita o Protectorado
da maçoneria nfaquelle Reino.
23 1776. Inauguração do Masonic-Ilall, em Lon-
dres, que serve ás sessões da G. L.
d'Ingla terra.
24 1842. Circular do Ir. Maltz, G. M. prov. em
Hamburgo, informando que, haven-
dose encontrado diplomas falsos, com
nomes suppostos de LL. como traba-
lhando n;aquella cidade, declara que
as únicas oficinas maç. cm Hamburgo
são: Absa/on — Águia vermelha — Bola
d9 Ouro — Émmanuel — Fernando —
Fernanda Carolina — Pelicano — S. Jor-
— União indissolúvel.
ge — Três tiosas
5 25 1823. A G. L. prov. ingleza de Haity decla-
ra-se independente e fôrma um Gr.
Or. nacional sob o protectorado do
Ir. Boycr, então Presidente da Re-
publica.
26 1842. Os estrangeiros que desembareão nos
Estados-Unidos devem prover-se de
um altestado de uma dasGG. LL, da
União, para serem admittidos aos tra-
balhos maç.
27 4811. Instituição de uma ordem civil em favor
dos maçons, por Carlos XIII, Hei da
Suécia.
8 28 1769. Morte do Barão de Tschoudy em Pariz,
redactor de Hituaes dos altos grãos
maç.
29 1787. Sessão Geral de maçons dosPaizes Baixos
da Áustria, celebrada em Bruxcllas.
¦"^^^..., tyz,

3.° MEZ.

Shan Maio

10 30 1778. Morte de Vollaire.


11 31 1842. Fundação de um Instituto de soccorro
para viuvas e orphãos de maç. pela
Junito L. Archimcdcs, em Gera (Allemanha).
12 1 1843. Informação enviada por padres protes-
tantes da índia ã sociedade dos Mis-
sionarios em Londres, accusando a
maçoneria de admitlir como mem-
bros, índios, Mahoinetanos, Judeus,
&c. Foi a inveja que produziu esta
philippica, em conseqüência do facto
generoso que citámos em data de 17
do 2.° mez.
13 2 1780. Instituição de uma L. egypcia em Var-
sovia , por Cagliostro.
14 3 1811. Concordata entre o Gr. Or. e o Supr.
Cons. 33 em Nápoles.
15 4 1800. A G. L. d'lnglaterra manda, por uma
deputação sole nine, felicitar a El-Rei,
e protestar sua adhesão, na oceasião
da tentativa contra a vida d'aqiicllc
monarcha, em 15 de Maio antece-
dente.
46 5 1838. Inauguração do Templo da G. L. em
Nova-Tork.
17 6 1806. Fundação da G. L. de Delaware (Est.
ünid.)
18 7 1817. O Príncipe d'Orange c proclamado Ve-
ner. perpetuo da L. Esperança, em
Bruxellas, onde foi iniciado.
19 8 17/»5. O conimissario Lavcrgée dispersa os maç.
reunidos em sua casa, na rua—Deux
êcns — Cm Pari/., e lança mão de to-
das as mobílias da L.
20 9 1793. V G. L. d*Inglateri*a approvia a publi-
caeâo do Jornal — The fieematons
magazine.
21 10 1842. A h. Verdadeira União, cm SchvVeid-
nttz (Prússia), abre uma eschola de
ínstrucção elementar e industrial para
cem meninos pobres.
90 11 1809. Installação dv um Supr. Cons. do rito
escoss. ant. e aceito, em Nápoles.
\ 23 12 Ibl6. Morte do Marechal Augercau, Gr.
Off, do Gr. Or. de França.
a.0 MEZ.

Sivan Junho

24 43 1818. O Principe Frederico, Gr. M., manda


ás LL. hollandezas a copia de um
diploma maç. do anno de 1535.
25 14 1810. Iniciação do embaixador persiano em
Londres sob a presidência do Duque
de Sussex.
26 15 1771* Morte do Principe de Clcrmont, Gr.
M. de França.
1 27 1 16 1836. Iniciação de dois filhos do Rei da Per-
sia, na L. Amizade, cm Londres.
28 17 1777. Voltaire iniciado na L. Nove Irmãas,
em Pariz; presidia o celebre astro-
nomo Lalande, e Benjamin Franklin
foi o guia do neophyto.
29 18 1842. A G. L. de Nova-York decretou uma
medalha de ouro ao Ir. João Pedro
Marcellino Henriques, capitão do bri-
dos
gue Gcorgclta, em reconhecimento
seus sacrifícios e corajosa conducta
Ale-
para com o navio desmastreado
xanclre, que levou de reboque quasi
duas mil léguas e o conduziu a salva-
mento ao porto da Rochella.
30 19 1842. Memorial endereçado por um Israelita
á G. L. deNoya-York,iníbrmandò-a
recusarão
que varias LL. de Prússia
recebtVlo nos seus trabalhos, em rasão
da religião que professa. A G. L.
tomou este memorial em mui seria
consideração, e dirigiu enérgicas re-
LL. da Pi us-
presentações ás hes GG.
sia e ao Alto Protector d'ellas. O
Freemason'* magazine, hoje o melhor
a conducta das
jornal maç., considera
LL. prussianas como violação da., li-
herdades da Ordem. (V. 12 do 1."
mez.)
31 20 I 1805. Fundarão do G. Or. da Itália, sendo
acclamado Gr. M. 0 Principe Eugênio
NapolefiO. — Primeira autoridade
mar. naquelle paiz, depois da G. L.
de 1775, cujo Gr. H. era 0 Principe
di Caramanica.

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Todas as tuas acções sejão dirigidas para 0 bem geral.
JuIm-m antes; c. se uma d Vilas te parecer duvidosa , deixa-a,

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II." MEZ.
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I Dias do Mea

maç 1 vulg.
EPHEMERIDES MAÇONICAS,
Tam- Junho
muz

abre
21 1740. FVedèiicfô o GraYide, Rei da Prússia,
em seu palácio, em Charlottem burgo,
uma L. onde elle mesmo como Ven.
vários Príncipes
preside á iniciação de
d'Alleinanha.
99
má má 1842. Creaeão de um Instituto de soecorro
de maç. pobres
para viuvas e orphãos
cm Goctlingen (Hanover), pelas LL.
Augusta, Templo d'Amizade, e Pyllia-

23 1822. Installação da G. L. nacional Suissa em


Bernè.
24 1843. Inauguração do novo Templo do Gr.
Or» de França, na rua —de Ia Douane,
com immenso concurso de Irmãos.
As LL. de Pari/, e das Provincias íbrào
representadas por deputações, e as
stias bandeiras tluetuantes, suspen-
didas nas paredes do Templo. Não
obstante da vastidão do edilicio, mui-
—•
tos dos Irmãos não acharão lugar.
Os trabalhos preparatórios Forão diri-
o Conde
pi dos pelo lr. Janin. Chegado M. Adj.
Emmanuel de Ias Casas, Gr.
foi introduzido eom as ceromonias do
costume, e saudado com estrondosos
vivas c sons harmônicos. Depois de
as
ter agradecido» cheio dc emoção,.iou
felicitações da assembléa, pronun
hum pequeno discurso relativo ao ob-
esle, o Gr.
jecto da reunião. Findo
M. á frente dos cinco Presidentes do
Gr. Or., dos GCr. OOffi e OIT. de
Honra, Presidentes c Deputados das
LL. se dirigio para o pórtico do novo
Templo, onde cumprio oceremonial
mysterioso , usado em sem ílhautes
occasiões. Huma invocação ao Supre-
mo Creador terminou a cereuionia da

«%
hE MEZ.
Tam-
mu/. Junho
inauguração. A- medalha que o Gr. Or.
mandou cunhai* n'esta oceasião, re-
lado a fachada do
presenta cie hum
templo , em cima a águia de duas
cabeças. O reverso tem as datas da
inauguração, e do lançamento da
primeira pedra fundamental.
5 25 1791. Fundação da G, L. de Rhode-Island
(Est. ünid.) d In-
6 26 1830. Morte de .lorge IV, antigo Gr. M.
ql a terra. e o
7 27 1811. Filiação entre o Gr. Or. dc França
Gr. Or. de Polônia.
lngla-
8 28 1717. Inslallação da primeira G. L. em
terra.
maço-
9 29 1843. O Ir. Peigné, redactor da llevuc deci-
lúquo, eliminado da Ordem por
são de 7 de Maio de 1835, por ter
ao Gr. Or.,
publicado arligos hostis direitos maç.
foi reintegrado nos seus
de
10 30 1775. Eleição do Duque Ernesto ^Saxe-
do sys-
Golha para Gr. M. pelas LL.
Ju) ho tema de Zinz.endorf.
ii 1733. A G. L. de Londres instituo a primeira
L. em Yalenciennes , com o Litulp dis-
linclivo .V. 'loão do Deserto.
12 1751. Edital d'ElUei Fernando Yl dlíespanha
conlra os maç.
o uso
43 3 1777. O Gr. Or. de França estabeleceu
da palavra sem esl ral.
em
14 4 1811. Fundarão de um Supr. Gons. 33
Madrid, pelo Conde de Grasse.
uma G. L.
d5 5 1784. Cagliostro inslilue cm Pariz.
de adopção ch» rito egypcio.
16, G 1700. Lancamenln da pedra fundamental para
O hospicio dos pobres em EdimblirgO,
pela G. L. d'Kscossia.
17 1S0G. Nomcarí... do Marechal Kelleimann,
do Gr. donsisl. «52,
para Presidenle
í do rito da Perfeição.
a b.
1837. A G. L. de Nova-York suspende
í 18 8
York N. 667, por ler feilO uma pro-
cis^ão publica no dia de S. .loão ante-
cedente. ,
/M 9 1329. Morte de Roberto Brnce, Rei d Eseossia,
19
i
r ' —"^ '^ • *^___p
X

&.o MEZ.

Tam- Julho
muz
a quem os maç. attribuem a restaura-
ção da Ordem Real de Heredom e
Kilwinning.
20 10 1826. O Duque de Modena manda publicar
nos seus estados a bulla de Leão XII
contra os mac. *
21 11 1736. Circular pelas principaes LL. d'Edim-
burgo, convidando os maç. d'Escossia
a estabelecerem uma G. L.
22 12 1799. Bill do Parlamento inglez contra as so-
ciedades secretas, exceptuando as LL.
maç.
23 13 1843. Inauguração do novo templo da L. Ar-
vore Florescente, emEisleben (Aliem.)
24; 14 1844» Morte do Ir. Young, na idade de 37
annos; foi excellente cômico no thea-
tro de Drury-Lane, em Londres. To-
dos os productos das representações
em seu beneficio, cedeo sempre aos
institutos em favor dos maç. pobres.
25 .15 1844» Fundação da L. Royat Sussex, em
Jerscy.
26 16 1782. Abertura do convento maç. em Wil-
helmsbad, sob a Presidência do Du-
que Fernando de Brunswik.
27 17 1830. Circular do Gr. M. Duque de Sussex ,
ás LL. d'Inglatcrra, por oceasiâo da
perda que teve a Ordem na pessoa de
Jorge IV, antigo Gr. M. e Protector
da maç. ingleza.
28 18 1777. A G. L. Royal York, cm Berlim, inau-
gura o retrato de Frederico o Grande,
dado pelo mesmo, junto com uma
carta autographa, assegurando sua
protecção.
29 19 1837. O Gr. M. Duque do Sussex apresenta
á Rainha Victoria um addrcss dos
maç. ingl., pedindo a sua protecção
e invocando sobre cila as bênçãos dr»
Gr. Arch. i\o t niv. ,M;
30 20 1813. Iuslallaçâo de uma L. prussiana— Cruz
de ferro — na campanha da Silcsia,
que teve por principal objecto, pro-
teger os maç. no decurso da guerra.
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AB

QUINTO MEZ MAC.

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Pratica a virtude; ella faz o encanto da vida. A essência


de todas as virtudes é a beneficência mutua.
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5.» MEZ.
1 Dias do Mez

mac. Tulg.
EPHEMERIDES MAÇ0N1CAS,
Ab Julho

21 18Z|2. O Gr. Or. de França vota uma adresseao


Rei Luiz Philippe, na occasião da
morte do seu filho o Duque d'Orleans.
— Mencionamos a seguinte passagem:
« Senhor. No meio das festas como
dos trabalhos, nunca esquecem os
maçons rogar a Deos para o Hei e sua
Augusta Casa. Dedicados ao serviço
dos infortúnios, não se podem abster
de confundir hoje as expressões de
sua dor , com as que de toda a França
se eleva até ao Vosso throno. »
2 22 1765. Iniciação do Duque de York na L.
Amizade, em Berlim,
3 23 1830. Guilherme IV faz sciente á G. L. da
Inglaterra que tomará a maç. sob sua
proteeeão.
4 24 1755. A (5. L.'d'Inglatcrra estabelece o uso
dos diplomas maç.
5 25 1830. Descoberta, em Nápoles, de uma L.
formada por membros da tropa
suissa , com menospreço das suas
capitulações. Encerramento de vários
maç. napolitanos.
6 26 1773. O Cr.* Or. dc França determina que
seráÕ procurados e punidos os autores
de um libello publicado contra o
mesmo.
27 1778. A rainha da Suécia faz o donativo ãq 26
mil francos de renda á casa de soe-
corro fundada pelos maç. em favor
de orphãos. §
8 28 1844. Morte de José Bonapartc, ex-m d lies
maç. em França.
panha e Gr. M. da
9 29 1844. Fundação de uma escbola de instrueçãó
reunidos, em
gratuita , pela L. Irmãos
Slrasburgo. ü
velhos
10 .0 1835. Fundação de um Asylo para maç.
e doentes, pela G. L. em Londres.
5.° MEZ.

Ab Julho

11 31 1800. Frederico Guilherme III, Rei da Prus-


sia, prohibe as sociedades secretas ,
exceptuando as LL. maçonicas, de-
Agost. clarando-se Protector d'ellas.
12 1 1844- A L. Concórdia vincit ânimos, em Ams-
terdam, estabelece um Instituto indus-
trial para os cegos velhos, que não
podem ser admittidos nos institutos
dos cegos jovens.
13 1820. O Gr. Or. d^Iespanha continua cm seus
trabalhos, que tinha suspendido em
conseqüência de circumstancias poli-
ticas.
14 1829. A G. L. d'Escossia nomêa uma com-
missão para a revisão dos estatutos
geraes.
15 1819. Reintegração da L. Arco-íris do rito
egypcio, que estava riscada por des-
obediência contra o Poder Supr,
16 5 1813. Fundação do Supr. Cons. 33 cm Nova
York.
17 6 1813. Iniciação do Principe Leopoldo de Saxe-
Coburgo, hoje Rei dos Belgas, na L.
Esperança, em Berne (Suissa).
18 1811. O Gr. Or. de França decide que o exer-
cicio do culto judaico não será motivo
cia exclusão de profanos.
19 8 dS/|o. O lugar de Censor dos escriptos sobre a
maeoneria, (pie alé então oecupavão
lettrados proianos, foi confiado ao Ir.
Back, Ven. da L. Arvhimcdes, cm
Altera burgo (Aliem.)
20 1841. Lançamento da primeira pedra para o
local do Gr. Or. na rua — de Ia Dona-
ne — em Pariz.
21 10 1807. O Príncipe reinante d*Ysemburgo é no-
meado Cr. M. do Gr. Or. de Baden.
22 11 1772. Eleição do Principe Luis-Jorge-Carlos
-t* ../ de IIesse, para Gr. M. da G. L. na-
cional cm Allemanha.
23 12 1822. (Jkase do Imperador Alexandre, proki-
I
bindo Iodas as sociedades secretas na
V. llussia e Polônia.
24 13 1842. A G. L. d'Ii landa, cm Dtiblim, manda
publicar uma nova edição dos eslatu-
5.o MEZ

Àb Agosh
tos. As principaes disposições são:
será iniciado sem
que nenhum profano
e escrever; que,
pelo menos saber ler depois da recep-
dentro de seis mezes
na G. L.;
ção, deve-se fazer matricularno mesmo
ser
que nenhum Ir. pôde
tempo Ofílcial em duas LL., e que
nenhum pôde occuparolugar de Ven.
consecutivos,
por mais de dois annos a G. L. dê au-
sem que para esse fim
torisação especial.
25 14 1738. Iniciação de Frederico — o Grande em
nma L. de Brunswick. O Conde de
Lippe refere o seguinte: O Principe
Real chegou á meia noite. Conforme
o seu desejo de ser tratado como qual-
todas
quer particular, observárão-se
as formulas do costume, e tivemos de
admirar o socego e desembaraço do
real neophvto. Retirou-se o Principe
muito satisfeito ãs quatro horas da
madrugada.
solemni-
26 15 1840. A G. L. d'Escossia lança com
dade a pedra fundamental para um
monumento em memória do seu Ir.
Waltcr-Scott, que foi membro da L.
David, em Edimburgo.
contra
27 16 1785. Ordenança do Eleitor de Baviera
os llluminados.
1 ro
28 17 1786. Morte de Frederico o Grande, o
tector da maç. na Prússia.
29 18 1843. A L. Templo das Virtudes, em Pariz ,
aceusada de ter recebido profanos por
menos do minimum estabelecido, rc-
cusou apresentar os livros a uma cem-
missão especial, enviada pelo Gr. Or.
O mesmo riscou do seu seio a L. rebel-
de, que achou accesso no Supr. Cons.
33, onde foi de novo installada. M
30 19 1842. Mj.PhcbusApoIlo.vAu Gustrow (Aliem.),
funda um Instituto de soecorro para
as viuvas indigentes d'aquella cidade, ¦f
20 1842. Installação da L. União-Ostfrisit.isc, em
31
Aurich (Hanover). h
1
.-.• '

ELUL .

SEXTO MEZ MAÇ.

Sabe que a tua felicidade é inseparável da dos teus seme-


facão a ti.
lhantes. — Fazc a todos o que queres que te
tua vida.
Constara á humanidade ale o sacrifício da

•r
i*
*

6.° MEZ.

Dias tio Mez

mar. 1 \ulf..
El.lEMEMDES M/iÇOMCAS.
Elul Agost.
..»

21 1820. Installação.da L. Frederico Guilherme da


boa harmonia, em Neufchâtel.
22 1818. Sancção definitiva dos estatutos geraes
do rito escoss. pelo Supr. Cons. 33
em Allemanlia.
3 23 1815. Promulgação dos novos estatutos geraes
da G. L. dTnglaterra.
4 24 1784. Decisão de se convocar um convento
geral cmPariz, para fixar os pontos
duvidosos sobre as dogmas c a historia
da maç.
25 1824. Ordem dVxccução, dada pelo ministro
Calomarde, contra sete maçons apri-
sionados em Granada.
6 26 1839. O clero da Bélgica persegue os maç.
7 27 1842. O General Reesc, Gr. M. de Ohio (Est.
Unid), decreta algumas leis dc tem-
per anca e prohibe aos maçons o uso
de bebidas espirituosas.
28 1773. Estabelecimento da sociedade dos Phi-
lalétes, ou Indaga dores da verdade,
pelos Irmãos Court dc Gebelin, Sava-
lette de Langes, de St. James e outros
sábios maçons.
29 1801. Despacho official do Gabinete do Rei
da Prússia, Frederico Guilherme 111,
ratificando a eleição do Conselheiro
priv. Klein, como Gr. M. da G, L.
floral York.
10 30 1842. A G. L. d'Kscossia suspende por espaço
de 12 mezes algumas LL. que na
festa de S. João praticarão certas irre-
gularidades. Foi proposto um julga-
mento mais rigoroso, porém não se <•_
venceu; a C. L. limitou-se a chamar
mais
para entre eolumnas os oflieiaes
culpados , reprehendendo os severa-
mente.
11 31 1825. Fundação do llanco maronico do Estado
6.° MEZ.

Elul Sct.°

de Nova York, proposta pelo Ir. Aaron


Palmer; que tem por fimacudirás
seus giros
precisões dos irmãos nos
com mer ciaes.
12 1775. Iniciação de um joven em Nápoles, que,
em seguimenlo das provas, falleceu
apoplectico. Este triste acontecimento
teve por conseqüência a prohibição da
maç. n,aqucllc reino.
13 2 1792. O Ir. Ledhuy arrisca sua vida na ma-
tança das prisões em Pariz, salvando
o Padre Lefranc, que depois foi autor
de um libello dirigido conlra os maç.
14 1784. Violências conlra os maç. em Munich,
causadas pelas pregações frenéticas do
ex-Jesuíta Frank.
15 1836. A L. Ferdadeira Gloria, em S. Marcos,
separa-se do Gr. Or. de Haity.
16 5 1826. O Gr. Or. de França suspende a L.
Clemente Amizade, em Pariz, por ter
sentido
publicado um manifesto em
de desobediência.
17 6 1844. A L. Tvinosopho, em Pari/., filiou como
membro activo o Ir. Noel de Quer-
sonnieres, de 117 annos de idade. Este
respeitável ancião ainda se acha muito
bem conservado. Entre o numeroso
concurso de visitantes, notou-se o
Ministro da Marinha, Almirante Ma-
ckau.
18 1842. Fundação de um Instituto de educação
para filhos de maçons pobres, pela
G. L. de Missouri (Est. ünid.)
19 8 1814. Morte de Carolina d'Aiistria , Rainha
de Nápoles, appellidada Protectora
dos maç.
20 9 1825. Os sete maçons que se tinhão reunido
em L., na Granada, Porão executados*
21 10 1771. Decreto da G. L. de França, ordenando
tí!
a todas as Officinas que renovem suas
constituições.
oo 11 1801. Concordata entre as GG. LL. de Berlim,
Hamburgo e Hanover, para obstar á
invasão dos altos graus.
23 12 1826. Dcsapparecimcnto mysterioso dc Wil-
•>fr^

6.° MEZ.

Elul I Sei.0
liam Morgan, autor das Illustrações
da maç.
em
1740. Fundação da G. L. dos Trcs Globos, Em
Berlim, por Frederico o Grande.
1840 celebrou esta G. L. com a maior
anniversario
pompa possível o seu
secular, e mandou n'esta oceasião
cunhar uma medalha em memória do
Alto Fundador e primeiro Gr. M. da
maç. na Prússia. Esta medalha, exe-
cutada pelo celebre artista Loos, tem
de um lado o busto de Frederico
como Principe Real, e a inscripção :
Fridericus Ü Boruss. Rcx, LaiomuB
Conditor BeroUni et Primas III Gfo-
borum Pracsul. No reverso uma rica
cortina ornada com as insígnias da
G. L. encobre o mysterioso sanetua-
rio, donde sobrcsahem raios do sol;
o exergo tem as palavras : Sacra
latomorum in regno borussorum D. 13
Scplemb. 1740 inaugurata.
Morte do Presidente Washington, Cr.
M. de todas as LL. nos Est. Umd.
Erecção do Gr. Coll. dos Ritos, no Gr.
Or. de França.
27 Bullado Arcebispo de Tuam (Irlanda),
declarando hereges os maçons. O
hábil 0'Connell chamou cm seu au
xilio a parle inepta d'este clero.
Mi-
1838. O Cr. Or. de França denuncia ao
nistro da Policia uma Sociedade des-
conhecida, que em Bordeos debaixo
do titulo de Loja maç. Amigos alegres
promove as suas reuniões. ••
<•¦» favor «<»
29 1814. A li. d<: Gothémbürgo dá
concerto, a que
pobres um grande
assistirão 0 Rei Carlos XIII, a Uai-
nha e a maior parte da còrle da
Suécia. .
A L. Clemente Amizade dePariz appella
contra a sua demolição pelo Gr. Or.
Resolução da Dieta Germanici contra
as sociedades secretas.
*{fgf*esm->. ¦

ETHANION

SÉTIMO MEZ MAC.

Lembra-te que a moral ê universal; os sentimentos sagrados


da moral estão gravados nos corações dc todos os homens.
Observa religiosamente as suas leis; qualquer transgressão
v;rá infallivclmente punida.
/.

m
si
>«f«t - MÜWIIMÜP ',-***
^.^S**5"

7.» MEZ.

EPHEMER1DES MAÇONICAS.
Etha- Set.°
nion

21 1843. Morte de Richard Carlisle em Londres,


autor da famosa obra «an expostire of
freemasonry »•
1804r Installação do rito antigo e acc. pelo
Conde Gras-Tilly, em Pariz.
1843, A L. S. Jorge, em Hamburgo, celebra
o seu anniversario secular.— No mes-
mo dia teve lugar a inauguração so-
lemnede um novo templo daL. Carlos
dos ires gryphos em Greifswaldc ( Al-
tamanha). Este templo, ediíicado no
meio de um jardim , em sitio muito
ameno, encerra também o estabele-
cimento para asylo de viuvas e escola
para os filhos de maç. pobres.
4 24 1819, Inauguração solemne da Masonic Itall
dc Batíi, pelo Gr. M. Duque de
Sussex, com a concurrencia de 900
Irmãos.
25 1814. Forão presas, em Madrid, varias pessoas
de distincção, aceusadas do crime de
maçoneria.
6 26 1842. O Supr. Cons. 33 suspende a L. Hospi-
talciro em Pariz, por sc ter recusado
a pagar o im poste» ordenado.
27 1761. Decreto dà G. L. em Londres, obrigando
a cada neopbylo a metter uma guinco
na caixa da caridade.
8 2S 1798. Carla do Ministro da Policia cm França,
certificando aos maçons o direito de
se reunirem, confor mando-se com as
leis do paiz.
29 1S25. Installação do Gr. Or. no México, pelo ¦m
Ir. Poinsell , embaixador dos Esta-
dos-Unidos.
10 30 1802. Murat, Governador de Pariz, depois Hei
de Nápoles, foi nomeado primeiro Gr.
Out. Vig. do Gr. Or. de França.
ii i 1822. A L. dc Tarare do rito egypcio he inva-

i f
m
.

7.° MEZ.
Etlia-
uion Out.«

dida pela Policia, que se apodera de


todos os papeis.
12 1844-- Morte do Ir. Pedro Thomaz Lourenço
Paillelte, appellido o Salvador da
rillcltc. Marinheiro de profissão, es-
tabeleceu-se este benemérito e phi-
lantrópico Ir., depois de muitos annos
de vida fadigosa, com um pequeno
negocio na Villetlc, (quarteirão nos
subúrbios de Pariz) perto do canal.
Não altendendo nunca ao perigo, nem
a seus próprios interesses, esteve sem-
pre prompto em se sacrificar para o
próximo, e contão-se mais de cem
pessoas que lhe devem a salvação de
sua vida. Objecto de enlhusiasmo
geral, Paillelte recebeo a condeco-
ração da Ordem da Legião de Honra
c muitas medalhas e dislinetivos ho-
norificos. Adepto zeloso da maç., a
L. Isis-Monthyon. na qual tinha sido
iniciado, lhe decretou uma medalha
de ouro em testemunho da sua alta
estima. Igual recompensa lhe foi vo-
Uda pelo Gr. Or. de Fiança. — Todas
as LL. de Pari/., os corpos de mari-
nheiros c uma multidão de pessoas
de todas as classes acompanharão o
seu funeral.
13 1722. Grande fome na Saxcnia. Todas as LL.
procurão soecorrer as victimas dVste
flagello.
14 1780. A G. L. do ri Io escoss. em França dá
•» plenos poderes ao Ir. de Montausier,
para a fundação de LL. cm S. Domin-
gos e mais ilhas francezas da Ame-
rica.
A i 15 5 1309. Fundação de uma G. L. em Madrid, no
local da inquisição.
16 1812. Joaquim Mural . Rei de Nápoles, aceita
a dignidade de Gr. Com. do Supr.
Com.. 33.
17 1843. A L. S. Nicolau, em Aberdeen, estabe-
lece uma companhia de seguros sobre
a vida, c Caixa dotal, admittindo
-•».>. ¦•¦'¦ '¦"!(,., i .*_j»»^my----_._r^-|^ '¦"
-^_^-->-^,^*-^*,í**^,r;" ^¦K?,*^-'.-.
'

7.» MEZ.

Etha- 1 0ut.°
nion
maçons de outras officinas como mem-
bros honorários.
18 8 1789. Installacão das GG. LL. de Gonnecticut
e New-Hampshire (Est. Unid.)
49 9 1839. Fundação do Supr. Cons. 33 na Luisiana,
(Nova Orleans, nos Est. Unid.)
20 10 1821. Circular do Gr. Or. de França, decla-
rando que não reconhece o rito
egypcio.
21 11 1818. Circular do ministro da Policia, annun-
ciando que El-Rei Luiz XVIII não
considera as LL. maç. como socie-
dades secretas, e que S. M. se dignou
aceitar d'ellas uma medalha com a
sua efligie.
22 12 1785. Weishaupt, fundador da Ordem dos
Illuminados, perde a sua cadeira de
Professor na Universidade de Ingol-
stadt.
23 13 1800. Installacão da G. L. de Kentucky (Est.
Unid.)
24 14 1804. Morte do Marquez de San-Martin, fim-
dador do Martinismo, em Aunay,
perto de Pariz.
25 15 1810. Installacão do Gr. Or. helvctico romano,
cm Lausanna.
26 16 1735. Uma L. em Amsterdam é invadida
por homens fanáticos, que maltratão
os Irmãos e quebrão a mobília.
27 17 1826. O Gr. Or. de França condcmna a obra
do Ir. Signol, intitulada — A maç.
considerada em suas relações com a poli-
fica.
28 18 1776. O mesmo Gr. Or. decreta a publicação
de um jornal maçonico.
29 19 18Ü3. Formação de uma L. em Londres, que
trabalhará em francez, tendo iá uina
endo já
na mesma cidade que trabalha n«>
idioma allemão.
30 20 1789. Edital d'ElIlci da Prússia contra as so-
ciedades secretas, com excepeão es-
pecial a favor das LL. maç.»
stBBgu
1

MARSHEVAN

OITAVO MEZ MAC.

^r w

O justo, forte da sua consciência, não pódc ser infeliz. —


Afronta todos os gêneros de proscripção, c se entrega com
confiança a Justiça Suprema, para tiiumpho da virtude c
castigo do crime.

3.
¦ ¦ .-¦

8.° MEZ.
Dias do Mez

mar. lB'
EPMER1DES MAÇONICAS.
Mars-
hcvan Out.«
uma
1844. As LL. de Bordeos estabelecem
caixa central para melhor regularisa-
rem a distribuição das beneficencias.
Chartres como
1772. Installação do Duque de do
Gr. M. do Gr. Or. em casa própria
em
Principe, na rua de Montreuil,
do
A L S. Pedro offerece ao redactor rica
Freemasons Quarterly Review uma
caixa de tabaco, ornada de emblemas
maçonicos em relevo.
o concurso
1842. Inauguração solemne, com dos
das sociedades maç., da abertura
cio
canaes que conduzem as águas
York.
Croton para a cidade de Nova
Lord Fitz Clarcnce, filho natural do
1843.
defunto Rei Guilherme IV, ó elc.toGr.
M. da G. L. de S. João d'Escossia. L.
1842. Grande festividade de adopção na
6 26
Os Amigos da Uxúào, cm Mayença
(Aliem.) _ , aotor
1827. Morte do Ir. Thory, em Panz,
7 27 üo
das Aclas latomorum e da Historia
Gr. Or. de Franca.
1768 A G. L. d'lnglaterra requer á Gamara
8 I 28
dos Communs ser reconhecida como
corporação do Estado.
9 29 1825. A L. S. tais, em Pari/., delibera que
sete
se celebrào as exéquias maç. dos
em
Irmãos hespanhoes executados
Grenada no dia O de Setembro.
Instituição , Gr. Or. dc trança, de
30 1838. pelo maç.
medalhas em recompensa dos
seus talentos
que se distinguem pelos
e virtudes. .,
em 1 erlinj convida
11 31 1838. O Ministro da Policia nao sc
a todas as LL. da Prússia para sem

s
filiai em com LL. estrangeiras,
prévio aviso. i
T
S.° MEZ.
7
Mars- ^T
heTan Nov-°

12 1 1842. Estabelecimento de um novo ramo de


maç. em Inglaterra; os membros se
qualificão Maçons da igreja. O seu
principal fim é investigar o procedi-
mento pelo qual os antigos construo-
tores edificarão as grandiosas e tão
duradouras basilieas.
13 2 1792. Decreto Real que reconhece a legalidade
da maç. na Dinamarca.
14 3 1797. A G. L. da Suécia celebra o casamento
d'El-Rei, dando uma festa aos pobres,
que são servidos pelos Irmãos.
15 4 1842. Prohibieão das procissões maçonicas na
Irlanda, como contrarias á legislação
do Paiz.
16 5 1842. A G. L. da Irlanda publica o seu qua-
dro, pelo qual se conhece que 169
LL. forão provisoriamente suspensas
por falta da contribuição annual em
1841, e que 204 tinhão feito os seus
pagamentos.
17 6 1793. Morte dc Luiz-Philippe-José d'Orlcans,
quinto Gr. M. da maç. na França.
18 7 1842. Assembléa geral de maç. cm Caleuttá,
na qual com enthusiasino foi votada
uma offèrta (masonic oflering) ao Gr.
M. John Grant; lendo, sob os auspi-
cios e com os esforços d'estc Ir., a
maçoneria em Bengala chegado a um
gráo de prosperidade, sem exemplo
igual até agora.
19 8 1776. Morte do Ratão Hund, celebre maç.
aliemão. Dotado de um espirito visio-
*
nario c de propensão para o mara vi-
llioso, fundou o rito da Estricta Üb~
servancia. hoje o Rito rectificado e
somente em vigor na Suissa.
20 9 1825. Decreto do Gr. Or. de França, prohi-
bindo que as LL. celebrem as exe*
quias dos sete Irmãos hespauhoes exe-
colados em Grenada.
21 10 1824. Installação da L. Esperança, no Cabo da
Roa Esperança.
22 11 1839. O Duque de Snssex, Gr. M. do Povo

l maç. na Inglaterra, lança em pessoa


8.» MEZ.
Mars-
hevan Not.°
a primeira pedra para o Athencu em
Sunderland.
23 12 1802. O Gr. Or. de França prohibe as LL. do
seu circo darem entrada a maçons que
professem ritos não reconhecidos por
elle.
24 13 1843. Morte de Ângelo Calichiopoulo, um dos
mais antigos e illustres cavalleiros em
Corfú, e Gr. M. da maç. na Grécia
desde 1816.
25 14 1812. O jornal Amigo do Religião publica vio-
lentas censuras contra o Rei dos Paizes
Baixos, pela protecção que concede á
maç.
26 15 1843. Em Cupar (Escossia), a Gr. L. Provin-
ciai, em corpo, acompanhada pelas
autoridades d'aquella cidade, lança a
pedra fundamental para uma nova casa
de correcçáo (Five County Prison). O
Gr. M. Provincial depois de ter pro-
nunciado um discurso análogo ã Arte
Real, celebrou com as formulas do
estylo a ceremonia da fundação, c
concluio deitando na pedra, trigo,
vinho c azeite, implorando a benção
do Supr. Arch. do Universo.
27 16 1789. Lançamento da primeira pedra para o
edifício da Universidade em Edim-
burgo, pela G. L. d'Escossia.
28 17 1818. Circular do G. M. Principe Frederico,
abolindo o excrcicio do rito egypcio
nos Paizes Baixos.
29 18 1774. Fundação da L. Reunião de Estrangeiros
em Moscou. x
30 19 1801. Carla de Gabinete do Rei da Prússia,
approvando c louvando os esforços
feitos pela G. L. em Berlim, para pre-
veniro trafico dos myslerios maç.
31 20 1831. Os maç. cm Caves (líaíty) celebrão pu-
blicamente, e com o concurso das
autoridades civis e militares, as exe-
quias do General de Divisão.Ignacio
1). Marion, Ven. da L. Feliz Reunião.

I
-ry??Z~- -.ywRT"^; <' "^-fV

GHISLEU t.

NONO MEZ MAC.


O perverso soífre na sua consciência um supplioio inevitável,


Kâo ha agua lustrai que possa apagar o fogo dos remorsos.

\
'~ XX-,- V>_ ^•íí>...w^í,-í *• «•
jpíS^*g8S^-~-?* ^^Í^.JÍ^^^íSSCpa^íSÍE^SFÇ^
-* -*"*r"* '3ffari *¦">"*> v

9.° MEZ

Dias do Mez

maç. 1 vulg.
EPHEMERIDES MJkÇOMCAS.
Chis-
leu Nov.«

1 21 1804. Fundação djL_L. Perfeita Harmonia na


Bastia («tt.
2 221806. Idem da T^Pp/'< Al li anca em Cadix
(Hespanha).
3 23 1825. El-ReidelloÜanda rfcebeem audiência
LL. maç.
publica a depulação das medalha de,
que lhe oíierecem uma
ouro, mandada cunhar pela G. L. em
memória do casamerffo do seu segundo
filho o Principe Frederico com a Prin-
ccza Luiza da Prússia.
24 1808. Iniciação d'AskeryI\han, embaixador
da Pérsia, na G. L. do rito escossez
em Pariz.
5 25 1793. O Principe de Galles lança a l.a pedra
para a capclla cm Brighthelmstone.
26 1781. A G. L. de França decreta, na oceasião
do nascimento do Delfim , que ella se
encarrega da educação de todos os
meninos pobres nascidos no mesmo
dia cm que nasceu o Delfim. ^ da
27 1783. A G. L. em Berlim prohibc ás LL.
Prússia a adopção dos princípios da
Ordem dos llluminados.
Pompa fúnebre de Vollaire, pela L.
8 281 1778.
Kove lrviãas, onde 0 defunto tinha
sido iniciado.
em
29 1843. Deliberação da L. As TresColumnas, di-
Rotterdam, para annullarc pagar
Ir. estrangeiro
plomas falsos, que um
tinha fabricado C vendido por altos
só n'aquclla
preços a profanos, não Hamburgo,
cidade como lambem em
Lubeck, Bremc, &c O despresivel
apostala, lendo sido por esla L. sus-
tentado e tratado durante uma longa
c dispendiosa moléstia, soecorrido
depois generosamente por uma sub-
cripção voluntária dos Irmãos da mes-
%

.9.* MEZ.
Chis- (
leu Nov.0
í
t>
>ma L.', pagou com tanta ingratidão
e baixeza os benefícios que lhe forão
prodigalisados. A L. participou este
deplorável acontecimento a todas as
LLr em todos osOOr. para despertar a
vigilância no exame dos documentos,
e não se limitando sô a esta providèn-
cia, convidou os seus possuidores a se
fazerem efiectivainente iniciar na Or-
dem, levando em conta a quantia in-
devidamente paga; e aquelles que não
querião entrar, ella rcenibolçou as suas
incautas despezas e queimou os ditos
documentos. A mesma L. pagou 34
d'estcs documentos falsos com 100
llorins (cerca de 80$000 rs.) cada um.
10 30 1754. Data da Carta dc erecção da G. L. na
l)t'/..° Suécia.
11 1 1785. O Imperador José II d^nslria manda
reduzir o numero das LL. nos seus
estados. ;1:
12 1813. O Gr. M. Duque de Susscx decreta a
fusão das duas CG. LL. dMnglaterra,
, o que se executa em 27 do mesmo
mez.
13 1838. A G. L. Jloyal- York, em Berlim , con-
cede que os maç. polacos sejão soe-
corridos pelas LL. a*Allemanha.
14 1802. Estabelecimento do Supr. Cons. 33 do
riioeseossez ant. e aceito, cm Charles-
town (Carolina de S. nos Est. Unid.)
15 5 1843. Lançamento da pedra fundamental para
O edifício da L. Fe, Esperança, Ca-
ridade, vm Agra, pelo Deput. Cr. M.
de Bengala o Ven. Burilou.
16 6 1816. Installação da L. Vnião-Fredcrico em
liava, pelo Príncipe G. M.
17 7 1843. A L. Carlos da Columna coroada, em
Brunswick, offerece ao Ir. Jaeob Lan-
gerfeld uma medalha no dia do anni-
versario em que ha 25 annos tomou o
primeiro malhetc, e o tem conservado
depois sem interrupção.
18 8 1808. O embaixador da Pérsia, iniciado no
dia 4 dVstc mesmo mez, confere com
'"** V»_S8-____S_._
fc» -»¦*_*.*»??**¦¦ !

9.° MEZ
Chis- ...
leu * Dcz-°
de uma
a G. L. o estabelecimento
officina em Ispahan.
cm Blidab (Al-
19 9 1844. Installacão da L. Mias
cm Hallc (Prússia),
20 1843. \?l!t™ Espadas,
10
celebra solemnementc o «nmversano
dc 400
secular da sua fundação. Mais
maç. vierâo assistir a esta ccremonia.
Todas as LL. MUemanha mandarão
os seus Representantes. O Príncipe
assistir
Frederico Guilherme não pôde
mcm-
em pessoa, pela morte dc um ricas
bro da família real. Muitas ç do
offertas recebeu a L., entre ellas,
mi-
Prineipe uma magnifica Bíblia ,
L. marcou a
pressa lia 200 annos. A
sua entrada no 2.» século pela creaçao
ap-
de um cabedal, cujos juros serão
de viuvas pobres
plicados cm favor
dos maç. fll
Corlu (Ilhas
21 I 11 1843. Installacão da L. P/.cnifficm
lonicas). , ,
apresentou o modelo
22 I 12 1844. M. Hodges Bailey Sus-
da estatua do defunto Duque de
sex. Esta estatua, executada em mar
more, será collocada na grande sala
da G. L. em Londres.
Installacão da L. Progrenso da Oceama
23 13 1844-
nas ilhas de Sandwich.
de Pariz íbrmâo uma junta para
24 14 1831. As LL.
soceorrer os polacos refugiados.
a
25 15 1843. O Gr. Or. de França decide publicação
de um jornal maçonico, intitulado
Duíletin irimcslriel. .
26 16 1844. Installacão da L. A França cqutMttMl,
cm Cavenna.
Inspcc-
27 17 1771. A 6. L. de França instituo 22 de vi-
tores Provinciaes, incumbidos
sitar todas as LL. do Reino.
>cw-Jcrscy
28 I 18 1786. Fundação da <_. L. em
(Esl. Unid.) da L. f I cr
29 I 19 1843. Inauguração do novo Templo
dade e Amiiadc, em Coburgo .Aliem.,)
30 I 20 I 1837. Fundarão da G. L. em Texas.
THEBET
DÉCIMO MEZ MAÇ.

\unca te esqueças que a tua alma c immalerial e não sf


tffesolv* com o teu corpo. — Preserva-te, para não calores
t*tn aviltamento.
10.» MEZ.

Dias do Mez

mar. vulg.

EPHEMERIDES JIIACOMCAS.
'lho-
Dr/.*
bet

21 1782. Incêndio dos edifícios da L. e estabelc-


cimentos de beneficência cm Gothcm-
burgo.
22 1811. Fundação do Gr. Or. cm Cassei, pelo
Gr. M. Jeionymo Napoleão, Rei da
Westphalia.
3 23 1844. Inauguração do novo Templo da L.
Minerva, em Hull.
24 1772. Installação do Gr. Or. de Franca.
5 25 1703. O convênio maçonico cm lena (Prússia),
decide que a sociedade dos maçons
ê o seguiinento da Ordem dos Tem-
pianos.
6 26 I77i. Morte de Helvetius, que, para olferecer
um asvlo fraternal aos maç, celebres
d aquella epocha, insi aliou a L. Nove
frmâas, cm Pariz.
27 1842. Distribuição de Ires medalhas na festa
d<' S. João Evangelista, pelo Gr, Or.
de França, para premiar a irmãos,
(pie por alguma obra meritoria a prol
cia Ordem ou da humanidade, se Pi-
zessem dignos de remuneração. — A
primeira recebeo o Ir, Br une, mem-
bro «ia L. Conslance, cm Rouen. (Jías
misccHancas d'esle Almanak daremos
uma noticia d'este interessante Ir. que
infelizmente já não existe.) — A se-
gunda foi dada ao Ir. ,\arier Vénissat,
membro da L. rinion. em Avignon,
por seus nobres e heróicos feitos du-
ranle as inundações*
do Bhodano cm
1840.— A terceira recebeu a L. iYa-
turr et Philanlropie, cm Lorient, Esla
OOlcina sustenta com dignidade o seu
titulo distinetivo. Xão sômoVite incan*
cavei em aliviar a miséria por todos
os meios a seu alcance, ella manda
também aunualmcule, á sua custa,
10 ° MEZ. "t

The-
bet Dez.0

aprender um òfficio a dois meninos


cadernetas da
pobres, compra-lhes
Caixa Econômica, e não perde occa-
siáo alguma em adquirir bons e pres-
tantes cidadãos ao Estado. ¦—¦ O Gr.
Or. celebra annualmente a dita festa
com a distribuição de Ires medalhas,
desde 1838.
28 1814. Primeira grande sessão do Gr. Or. de
Franca, depois da queda do Impera-
dor Napoleão, c installacão do Ma-
rechal Maedonald como (ir. Conserv.
9 29 1814- Edilal do Príncipe de Reuss-Plauen
sociedades se-
(Aliem.) prohibuulo as
cretas, com excepção das LL. ma-
con i cas.
10 30 1756. Estabelecimento da G. L. em Boston.
(Esl. Unid.)
11 31 1831. \ L. Clemente Amizade celebra , na
igreja de ISellevilie, as exéquias de.
um dos seus membros; os irmãos es-
Jau lavão decorados com as suas insígnias.
12 1 | 1798. Uma depulaçâo da G. L. lloyal-Yorh,
em Berlim, admittida á presença de
Frederico Guilherme 111, em audien-
cia publica, recebe (Vaquelle monarca
a segurança de sua protecção e a con-
firmaçâoda Patente da instituição.
13 1832. OSupr. Cons. 33 de Franca publica pela
das suas LL.
primeira vez o quadro
em numero de 23.
14 8 1814. O Prineipe d*Oramje, Felicitado, por
uma depulação QO (ir. Or. da Uül-
landa, por sua volta a seus Estados, I
a continuação
promette a este corpo
do sen apoio.
J5 1808. Fundação da G. L. d'Ohio. (Esl. Unia.)
16 1819. Decreto da organisaçao do rito escosse/.
na Hollanda.
de
17 6 1821. Negociação entre os GGr. Cdap.
1 lava e Bruxcilas, para resistirem a
_. _. i i ....... _

.entaliva do Gr. II., o Prineipe Fre-


derico, de reformar os altos graus.
18 1844. Installacão cia L. 5cotia em Barbados.
'Unid.)
(Est.
tr

10.» MEZ.
r
The-
Jan.°
bet
19 8 1828. O Ir. Teste, depois Ministro dos Tra-
balhos públicos em França, foi eleito
Ven. da L. Perfeita intelligencia em
Liège , quando estava refugiado na
Bélgica.
20 1815. Declaração do Grande Inquisidor d^Ies-
se
panha, convidando os maç. para
denunciarem elles mesmos, no prazo
de 15 dias, sob pena de serem depois
rigorosamente punidos.
21 10 1843. Legado de 300 libr. est. feito pelo Ir.
Henelley , em beneficio da eschola
para as orphãas de maç. em Londres*
22 11 1830. A L. Perfeita União, em Pariz, dislribue
alimentos aos pobres durante a esta-
ção invernosa.
23 12 1807. Luiz Napoleão , então Rei de llollanda,
se expõe aos maiores perigos , para
salvar as victimas da explosão de um
navio carregado de pólvora, que des-
truiu parte da cidade de Ley de.
24 13 1778. Installação da G. L. na Virginia (Est.
Unid.)
25 44 1842. Fundação da L. symbolica Cruz vivente,
em Lippsladt (Allemanha).
26 15 1817. Installação do Supr. Cons. 33 em Bru-
xellas, pelo General Bouyer.
27 16 1843. Morte de James Ritschic em Montroze
(Inglat.), membro da L. S. Pedro,
cujo templo fez construir.
28 17 1819. Os membros da Ordem màçonica dos
Cavalleiros de Carlos Mil, na Suécia,
oircrecem em audiência publica a El-
Bei Carlos João XIV tuna medalha
de ouro, cunhada cm memória do
defunto Piei.
29 18 1835. L.
O Gr. Or. de Haity liga-se com a G.'tres
nacional da Suissa e com a (í. L.
Globos* em Berlim.
30 19 1838. Publicação dos estatutos do Gr. Or. da
Bel,Tica,
31 20 1844. Morte de Bichard Smith, cin. Bristol,
um dos mais instruídos maç. dMngla-
terra.
SABET

INDECIMO MEZ MAÇ.

í^^êm^iíí

Nào desmente os principios da Ordem , para nâo desmere-


erres,, a estima dos bons. Sc probo e dócil, e um exemplo dc
fidelidade c dedicação desinteressada, para propagares o
sentimento augusto da fraternidade.

4.
11.0 MEZ.
r Dias do Mez

mar. I vulji.
EPHEMERIDES MAÇONICAS,
Sabei Jan.°

de
21 1808. Iniciação do Gr. Duque Alexandre da
Wurtemberg, tio do Imperador
Rússia, na L. Phenix, em Pariz.
capitão de
2 22 1843. Exéquias maç. do Ir. Julião,
navio, que falleceu em Bordcos,
querendo salvar naufragados.a L. Ter-
23 1837. O Gr. Or. de Haity suspende
dadeira Gloria, em San Marco, por
desobediência.
Rosslyn,
24 1778. Morte dc William S. Clair de
ultimo (ir. M. hereditário da maç. na
Escossia.
Or. dc
5 25 1824. Adopção do rito haitiano pelo Gr.
Haity.
com a
6 26 1813 O Gr. Or. de França contnbuc
fr. para a compra dc
quantia de 5,000
cavallos para o exercito.
mag-
27 1823. AG. L. dlnglaterra remette um
nifico presente (masonic offering) ao
Duque de Moira, Gr. M. Adj.
28 1787. A G. L. da Carolina do Norte (Est.
Unid.'-) declara-se independente da
G. L. d*Escòssj.a.
29 1773 Nascimento do Duque de Sussex,lngla- que
foi Gr. M. do Povo maçou, na
terra, desde 1813 até 1843.
offe-
10 30 1844. A L. S. Jor^c, em Nortli Shields,
receao seu Ven. John Walkcr Majson
uma magnífica caixa de tabaco, em
reconhecimento dos seus infatigavets
esforços a prol da Ordem e da dita L.
ce-
11 31 1842. A L. Archimcdes, em Allemburgo,
lebra com grande solemnidade o anni
versario secular da sua inslallaçâo.
da
12 1 1840. Morte do Ir. Mayor, representante
G. L. de Hamburgo, em ILmovcr.
13 *> 1840. Christiano VIII, Rei da Dinamarca,o
dns seus Estados que
participa âs LL.
seu accesso ao throno não lhe impede

¦ -ar "
i
11.° MEZ.

Sabet Fcy.«
•i
a continuação das funcções de Gr. M.
da ordem.
44 1844. Festa annual da L. Ccstrian, em Chcster
do Ba-
(Inglat.) Depois da iniciação
ronete de Wynstay e do Lord d'Hills-
borough, procede o Ir. Brown á lei-
tura de um extracto dos registos daL.,
d'onde resulta que os membros das
mais antigas c nobres familias de Ches-
ter sempre tinbão feito parte d'csta L.
15 4 1822. Morte do Conde de Vàlence , Gr. Com.
do Supr. Cons. de Fiança.
a
16 5 1843. A L. União, em Limerik, delibera
educação de quatro orphãos á sua
custa.
a
17 G 1786. Iniciação do Príncipe de Galies, sob
Presidência do Duque de Cumberland,
em Londres.
18 4843. As LL. em Brunswick for mão uma so-
ciedade, cujo fimé o desenvolvimento
da maç. por conversações, leituras e
conferências oratórias.
19 8 1838. O Ir. Dacbeux, marinheiro famoso pelo
grande numero de viclimas uma que tem
salvado das águas, recebe me-
dalhade ouro da L. RígidosEscossczes.
20 9 1767. Iniciação <!e Henrique Frederico, Du«
que de Cumberland.
21 10 1790. O Príncipe Eduardo, Duque de Kent,
filho do rei d'Inglaterra, ê iniciado
na L. União de corações, em Genebra,
22 11 1842. Eleição d») Conde Emmanucl de Las
Casas para C. M. Adj. do Cr. Or. em
Pari/..
23 12 IS^0. O Conde de Ségur é nomeado <*r. Liom.
do Supr. Cons. 33 de França, e 0 Du-
que de Choiseul seu adj. o
24 13 1844. A L. Carlos, em Brunswick, celebra
anniversario secular da sua fundação.
— A Gr. L. Nacional da Suécia pu-
blica a matricula, da qual consta que
11'aqiicllc pai* exislem qualro LL.
Provinciaes, sele LL. Escossczas, c
do/.c de S. João.
25 14 1844. Um baile, dado por mar. em Cork,
li.» mez
í Sabet Fct.»
libr. esterl.,
produziu para mais de 100
soccor-
que forão destinadas para se
rerem orphãos pobres.
2C 15 1844. Morte do Ir. Henry Addington, Vis-
conde de Sidmouth, na idade de 87
annos.
27 .6 1766. Iniciação dos Duques de Gloucester e de
Cumberland, irmãos do rei JorgeIII.
28 17 1820. Inauguração, em Haya, da primeira L.
do rito antigo reformado, proposto
pelo Principe Frederico.
29 18 1843. A L. Os Corações Sinceros, em Pariz,
dá uma festa maçonica em beneficio
da Casa central de soecorros. — Fun-
dação de uma Sociedade pela L. Lcs
Cheva/icrs du Temple, em Lyon, que
tem por fim soecorrer com dinheiro os
membros cíleetivos nas suas enfermi-
dades e fazer-lhes o enterro (que tam-
bem se entende com suas mulheres e
filhos). O Ir. que por moléstias não
se poder oecupar dos negócios da sua
profissão , recebe diariamente no pri-
meiro semestre 2 francos, no segundo
semestre 1 franco c 50 cent., e se o
seu impedimento continua por mais
de um anno, elle então recebe 8
francos cada me/.. Quem adoece por
conducla irregular, não tem direito
a este soecorro, como lão pouco os
Irmãos, que antes da sua iniciação,
erão aflectados de doenças incuráveis.
30 19 1844. A L. Perseverança , em Rouen, dislribue
medalhas de prata aos Irmãos Sc^rc-
tario e Thesoureiro, para perpetuar OS
longos e úteis serviços prestados por
elles.
31 20 1802. Os maç. de Schles^ig, em presença do
Príncipe de IIcssc, lançãO a primeira
pedra Fundamental para o Hospício
em favor dos doentes pobres e mulhe-
res parturientes. $

I
- !L..

ADAR

DUODECIMO MEZ MAÇ.

.**».

UNI ÃO1
I)'ella depende a conservação de corpos c de indivíduos.—
* Uma'só vontade.— Um so interesse. — A conseqüência será
Pkospkkiüadk.
12.° MEZ.

Dias do Mez

maç. vulg.
EPIIEIE-UDÈS 5IAÇ0MCx\S,

Adar Fcv.o

21 1838. A G. L. da Columbia, em Porto Bello ,


dá uma Festividade maç., seguida de
um concerto, em beneficio dos pobres.
da
2 22 1828. O Duque de Clarence é eleito Yen.
L. Prineipe de Galles, em Londres.
23 1833. Inauguração do Gr. Or. da Bélgica,
sob
3
a protecção d'El-llei Leopoldo.
2-1 1765. Installacão da L. Os Irmãos reunidos,
em Cafés, na ilha de S. Domingos.
25 1833. Tratados de União entre os
SSupr.
5 de
GCons. de França, da Bélgica,
Nova York e do Brasil.
6 26 1824. Morte do Prineipe Eugênio ISapolcao,
Gr. M. do Gr. Or. da Itália.
no
27 1807. Fundação cio Gr. Or. da Polônia,
reinado de Frederico Augusto, Eleitor,
depois Rei da Saxonia.
8 28 1815. Installacão da L. Fidelidade fraternal,
Marro em Aarau (Suissa).
Gr. Or. de
9 1 1839. Pado de alliança entre o
Franca e a G. L. de Hamburgo.
<i"c sus-
10 1827. Decreto do Or. Or. de França ,
a Constância ,
pende a L. Jerusalém as
em Pari/., por ler recebido com
sus-
honras maç. membros de LL.
prosas. a
Bispo da
11 O
o
1843. Morte de Alexandre (írisvvold,
Diocese oriental dos Estados-Unid >S,
da
na idade de 77 annos. Foi, depois
ma-
morte do Dr. Bowdich, <» maior
.l.eniatic. da America. Pensava elle
os seus deveres muito bem se
que
conciliava.» com os empenho, maço-
nieos, c, sempre fiel a esta opinião,
seu
vio com prazer maçons entre o
clero. « • j d
José, Rei da ha-
12 4 1814. Edital deMaximiiiano
viera, prohibindo as sociedades se-
cretas, exceptuando a maç.
h ¦

12.° MEZ,

Adar Marco

13 5 Fundação do Supr. Cons. 33 em Milão.


1803. .
14 6 Eleição do Conde de Zetland para Gr.
1844.
JSI. da Maç. na Inglaterra. — No mes-
mo dia leve logar a inauguração do
novo templo da L. O ccrvo d9ouro, em
Oldem burgo, por deputados da Gr. L.
de Hamburgo. N'esla occasiâo creou a
L. uma caixa, destinada para o pri-
meiro sustento das famílias dos Ir-
mãos que fallecerem pobres.
15 1827. AL. Jerusalém a Constância, suspensa
pelo Gr. Or., fica novamente instai-
lada pelo Supr. Cons em Pariz.
16 8 1844. Morte d'El Rei Carlos JoãoBernadolle,
Gr. M. da Maç. na Suécia.
17 9 1786. Iniciação do Principe Guilherme Hen-
rique, depois Guilherme II, na L.
Príncipe Jorge, em Plymoulh.
18 40 1785. Carla deCaulioslro aoconvento de Pariz,
na qual oüerece a communicação dos
seus sublimes conhecimentos , se o
convento puder salvar o seu arcliivo
das chammas.
19 11 •1778. AG. L. dT.scossia, cm procissão, lança
a pedra fundamental da ponte arcada
de Leith.
20 12 1839. Funeral do Duque cie Ghoiseul, cole-
brado pelo Supr. Cons. em Pariz.—
No mesmo dia festejou a L. Às Trcs
Columnas em Fíureinberg (Aliem.) o
25." anniversario da fundação do seu
estabelecimento de soecorros nos in-
eendios, que tem excellentes bombas
e os melhores preparativos para este
fim. A L. goza com justiça de uma alta
reputação Vaquella populosa cidade.
21 13 1421. Conslruccão da Cathedral de Bernc
Hein-
(Suissa), começada por Mathiasmaçoiis
ze, Chefe da confraria dos
livres na Alie manha.
*>o
i/i 1817. Iniciação do Principe d'Orangc, hoje
Rei de üoilanda, na L. Esperança,
cm Bruxcllas.
23 15 ÍS^O. Pompa fúnebre do Marechal Laurislon,
Gr. M. Adj. do Gr. Or. de Fiança.
xys*n4isí «SÉ— BJw*

k--

12.° MEZ
r r
Adar .\iarco

24 16 1829. Idem do Conde de Caylus, na L. Artes


e Amizade, em Pariz.
25 17 1843. Beunião, em Baltimore, de vários illus-
tres maç. e deputados da G. L. de
Massachússett, para deliberarem sobre
alguns pontos a bem da Ordem maç.;
empregando todos os esforços para ser
a maçoneria elevada ao grau de con-
sideração que lhe pertence, e para
se fazer reinar uniformidade nos tra-
balhos. Foi decidido que se enviassem
deputados â Europa, a fim de propo-
rem um modo de trabalho universal.
26 18 1314. Supplicio do Gr. M. dos Tcmplarios,
j ACOB DK MOLAY.
27 19 1742. Iniciação do celebre Barão Hund cm
Franklbrt, e installação daL. Concor-
dia. Esla L. celebrou o seu anniver-
sario secular em 1842. N'esta oceasião
convidou a todas as LL. d^llemanha
á re-
para conlribuirem annualmente
construcção da Cathedral de Colonha.
28 20 1841. A L. Minerva, em Leipzick (Saxonia),
celebra o anniversario secular da sua
fundação , com a concurrencia de
A festa durou
perto de 800 Irmãos.—
dois dias. No dia antecedente leve
logar a sessão final do século decor-
rido. Excellenles peças d,Architectura
sublime forão traçadas, e considerando
o Or. de Leipzick como centro da lil-
teratura allemãa, não é de admirar,
e as orações
que o programma da festa
recitadas formem um grosso volume
em-8.° grande. — Esta L. tem uma
caixa de tenças para as viuvas e orphãos
dos Irmãos, e distribue annualmente
e li-
para a festa do Natal, vestuários
vros aos meninos pobres da cidade.
Novamente ella estabeleceu uma es-
cola dominical para instrucção de jo-
vens professionistas, a qual tem sido
generosamente dotada pelo governo
daquelle paiz.

»i
? 4

II

MISGELLANEA
ifyppü. "--ssss**^

r N ü O' 1 SÍATTO^.

Dietr,
Franc-Maçon, connais-toi, mets ton esprit en
Prie, evite Péclat, contentc-toi de pcu,
Écoutc sans parler, sois discret, fuis les traitres ,
Supporte ton égal, sois docile à tes mattrcs;
Toujours actif et doux, humble et prftft à soulFrir f
\pprcmb Part de bien vivrc et cehú de mmvii.

• »
*

SYNOPSE HISTÓRICA *^l

A maçoneria é uma associação cosmopolitica,


que se estende sobre a maior parte do globo.
Qualquer que seja a pátria, lingua, cor, ou
graduação social, os maçons se reconhecem,
íraternisão, e, se necessário for, sacrificão-sc
uns por outros. Nada mais diremos sobre os
princípios d'esta instituição, pois só a sua longa
existência, authenlicamente conhecida ha se-
culos, basta para garantir a pureza da sua moral.
Sem duvida interessante, porém obra diflicil,
e nunca exacta, seria uma historia da maçoneria
desde a sua origem. Se quizermos considerar
como maçonicas as sociedades análogas da
antigüidade, então perdemos os vestígios na
noite dos tempos mais remotos. Querem Gênios
poéticos achar-lhe o berço na construcção do
templo de Salomão em Jerusalém. Parece fora
de duvida, que a Architcctura material deu ori-
gem á nossa Architcctura moral, e escriptores
mais positivos e menos aventurados assentão
como principio da Ordem as associações de ar-
listas para a construcção de templos, conventos,
hospícios e ponles, na Itália. Formárão-se sue-
60
cessivamente na Hespanha, em Portugal, França,
Hollanda, Inglaterra e Alleinanha, iguaes cor-
porações de construetores. Forão estes que ele-
varão, nos séculos XIII e XIV, os mais magesto-
sos e vastos templos, monumentos do ardor
religioso; forão estes que edificárõo o famoso
convento da Batalha, em Portugal, e o mosteiro
do Monte-Cassino, na Itália (por 1386), a Ca-
thedral de Colônia, as de Meissen, de Valença e
de Milão (por 1440). A cathedral de Vienna, a
de Strasburgo (acabada em 1459), c a de Fribur-
go, são obras primas da architectura gothica, e
ainda sem igual. Da mesma épocha são a Igreja
de S. Denis, perto de Pariz, a cathedral de
Wurzburgo, a de Ratisbona e a de Ulm, na Alie-
manha, e as de Zurich c Berne, na Suissa; a
ultima d estas foi acabada em 1502. Em todas as
obras construidas por estas corporações, encon-
trão^se gravados signaes symbolicos, que os
maçons de hoje bem conhecem; entre esses
signaes os mais desenvolvidos são os da calhe-
dral de Wurzburgo e da igreja de S. Deniz,
perto de Pariz.
Estas corporações tinhão ã sua frente hum
Chefe (magister) eleito por cinco annos; dividi-
rão-sc em três classes: aprendizes, cowpanhei-
rose mestres, e obrigàrão-se por juramento a
rrTgj»*--'" ,«m- ¦ nyiA.^.m
, „ „
:'Ss3

61
soecorros recíprocos. Sempre perto da obra ein
construcção, estabelecerão uma casa—loja— (*)
hütte, francez maisonnette, latim mace-
(allemão
ria), onde se reunião. N'ella achamos: Sêniores
(vig. ?), Secretários, Guarda-sellos, Archivistas,
Thcsoureiros, Médicos e Serventes. Em seguida,
admittirão lambem, nas suas corporações, pes-
soas que não erão da profissão: os ricos como
membros honorários; os pobres, como filiados;
d'estes exigirão serviço pessoal, e dos ricos, ma-
teriaes, meios de transporte, &c., a que todos
se prestarão de bom grado, pelo espirilo reli-
tr ioso
que então predominava.
\busos e oppressões das autoridades espiri-
tuaes, a extineçao da Ordem dos Templarios,
controvérsias de religião, a apparição de Luthero,
e outros acontecimentos dáquellas épochas, im-
o progresso das artes. As corporações de
pedirão
construetores dissolvêrão-se pouco a pouco , e
seus membros se dispersarão por todos os paizes.
D'csta decadência, que permanecia havia
mais" de um século, levantou-se a Maçoneria ,
na Inglaterra, no principio do
primeiramente
século XVIII, e, em 1717, proclamou a G. L.

adoptada.
<•) A orgem da palavra Loja, hoje geralmente
Xg-ycç — discurso.
querem alguns derivar da ptlavra grega—
5.
¦ <• -»^T^--^™r,---~J>^__»' .—i-... ._—. . . im.-pwb.j_ i. p
/'-,..^? "*'¦

62
a primeira Constituição,
redigida por An-
derson.
Discorramos brevemente sobre a sorte
que a
Maçoneria tem experimentado nos diversos
pai
zes e entre differentes
povos.

GR AN-BRETAN HA.

Além da Loja fundada em 926


pelo Prineipe
Edwin, em York, contaaEscossia as mais antigas
officinas. Podemos, como berço da maç. escosseza,
considerar Killwinning; pois consta,
por docu-
mentos no Archivo d'aquella cidade, a erecção
de uma loja em 1150, cuja existência se
pode
**„> provar até o fim do século XV. Em 1736, trans-
feriu-se a L. de Killwinning para Edimburgo, e
installou-se a Grande Loja da Escossia, sob o
titulo— Grande Lojaltcal de Heredom cKillwin-
ning.
A inslallação da primeira G. L. da Irlanda.
em Dublin, data de 1730.
Contra a erecção da G. L. d'Inglatcrra, em
Londres, no anno de 1717, proleslárão as Lojas
da Escossia, como mais antigas,
porém sem
resultado. A incansável aclividade da uarlc da
^^ m\

G. L. em fundar oilicinas, sua situação favorável


63
na Capital, e a acquisição de altos personagens,
tanto, ella brevemente conseguiu
influirão que
sobre as Lojas da Escossia
uma preponderância
e da Irlanda.
Continuarão asGG.LL. dos três Remos-Um-
como soberanas, a exercer sua autoridade
dos,
mutuamente, até que em 1813 ,
e a guerrear-se
de Sussex, recentemente acclamado
o Duque
com feliz successo a fusão dos
Gr. M., promoveu
Teve esta lugar no dia de S. João
três corpos.
27 de Dezembro de 1813 , em Lon-
Evangelista,
tinhão mandado as GG. LL. de
dres, para onde
de Irlanda , como Deputados ad hoc,
Escossia e
Gr. Secret. Graham, c aquella o Gr. Secret.
esta o
Jmvrie. Desde então apasiguarão-se as dissen-
melhor fraternidade e tolerância reinão
f* soes, e a
entre cilas.
É preciso confessar que na Gran-Brelanha,
do em outro paiz, tem-se a
|\ mais que qualquer
sustentado na sua pureza original. Os
maçoneria
membros da familia real e os mais altos perso-
sempre fizcrão parte d'clla, e nunca
r . nagens
houve a menor desconfiança das Autoridades ge-
locaes contra uma sociedade, que no
raes ou
sustenta o maior numero dos esta-
mesmo paiz
belccimenlos do beneficência.
a estatística publicada no Free Ma~
Conforme
»

I
• ' •
F"-;<!T^r.-ytrwd*:*^ •••¦ ¦ • !>,

64
5íwt5 Calendar for 1844, trabalharão nos Estados
da Gran-Bretanha 889 Officinas no fim do anno
de 1843.

>
(
FRANÇA.

Consta authenticamenle a fundação de uma


loja em Dunkerque, por Inglezes, no anno de
1721. Em Pariz, installou-se outra em 1725.
Quinze annos depois, já se contavão 15 lojas em
Pariz e 200 nas Províncias. A propagação da ma-
çoneria em França era a mais rápida. Artistas,
magistrados, sábios, nobres, todos fundarão
Lojas. A corte pertencia a estas sociedades, e um
Principe do sangue, o Duque de Bourbon, Conde
de Clermont, era Gr. M. em 1743; succedeu-lhe
em 1771, o Duque de Chartres, depois Duque
d'0rléans. Três Reis: LuizWl, Luiz XVIII c
Carlos X, forão membros da Ordem. Napoleão,
iniciado na Itália, nomeou seu irmão José Gr.
M. e a Cambacèrcs Gr. M. Adj. da maçoneria* na
França. Os mais altos funccionarios do Estado
povoarão as Lojas.
Hoje pertencem a maçoneria franceza todas as
notabilidades, e a mocidade de todas as cíasses e
condições; d'clla depende a sorlc fulura d'uma
65
Ordem, que, para augmentar a felicidade dos vi

homens, lhes inspira obediência ás leis, amor


à virtude > á pátria e ao monarcha.
Na Àlgeria, e outras possessões francezas, a
maçoneria tem sido favoravelmente acolhida.
O lugar do Gr. M. da maç. franceza acha-se
vago desde a morte do Duque d'Orléans.

HESPANHA.

A introducção da maç. na Hespanha data


de 1726, anno em que a G. L. dlnglaterra ins-
tallou uma oflicina em Gibraltar, e, no anno
seguinte, outra em Madrid. Esta declarou-se
independente da G. L. d'Inglaterra em 1779,
e instituiu officinas em Cadix, Barcelona, Vai-
ladolid, &c. Perseguidas pela Inquisição, forão
as reuniões maç. mui secretas na Hespanha,
até á invasão dos Francezes em 1809, epocha
em que a ordem ia progredindo naquelle paiz.
Quando, porém, com a queda do Imperador
Napoleão, lambem José Napoleão perdeu o throno
de Hespanha, e Fernando VII, com autorisação
do Papa, restabeleceu a Inquisição, teve de novo
a maçoneria que oceultar-se. Gora a morte d'este
monarcha (20 de Setembro de 1833) cessarão
as perseguições conlra os maçons.
66
Não temos noticias exactas sobre o estado da
ordem, e somente vimos uma carta datada de 20
de Setembro de 1841, de Madrid, na qual vem
mencionado como Gr. M. D. Pedro de Lázaroy
Martin, que tinha protestado contra os direitos
usurpados de outro Gr. M., o ex-ministro
Mendizabal.

PORTUGAL.
i ¦i

As primeiras Lojas forãoestabelecidas em 1727


por delegados dc lojas de Pariz. A G. L. d'In-
glaterra installou lambem, desde 1735, algumas
i officinas em Lisboa e nas Províncias.
Por insinuações falsas e por desconfiança do
Governo, forão encarceradas, no principio d'eslc
século, em J802, varias pessoas de distincção,
entre ellas o celebre naturalista Brasileiro
IlypolUo José da Costa. Porém, já em 1805,
installou-sc um Gr. Or., cujo primeiro Gr. M.
era Egas Muniz.
Os trabalhos inaçonicos nunca forão inteira-
|. mente suspensos neste reino; houve porém epo-
j- chás em que se devião cautelosamente cercar com
o myslerio o mais profundo.
Actualmente ha dois GGr. OOr. cm Lisboa,
o do Costa Cabral e o do Passos Manoel. que
67
como parecem, são de vistas oppostas; e ha
mais duas GG. LL. installadas por autoridades
estrangeiras.

ITÁLIA.

Nunca a maçoneria floresceu na Itália; pre-


venções e o Clero lhe oppozerão sempre obsta-
culos. A primeira loja foi fundada em 1733 pelo
Duque de Middlesex, em Florença. No anno
de 1739 e seguintes estabelecerão-se sociedades
em Piemonte, na Saboia e na Sardenha, sob os
auspícios da G. L. dlnglaterra. Em Roma exis-
tirão lojas desde 17í|2 até 1788, principalmente
compostas por estrangeiros. No mesmo tempo
bavião algumas em Nápoles. Fernando IV, como
Principe mui tolerante para com a ordem, dei-
xou-se, depois de subir ao throno, excitar pelo
\
seu ministro o Marquez Bernardo Tanucci, c,
por decreto de 12 de Selembro de 1775, não
\\

somente prohibiu a maç., sinão que ordenou


lambem que fossem processados e rigorosamente
punidos os maçons conhecidos. N'esta triste catas-
trophc o genio tutelar dos perseguidos, a mag-
nanima Rainha Carolina, filha do Imperador
i
Francisco I, soube conseguir d'El-Rci a revoga-
7

68
ção do dito decreto. No anno de 1772 existião
lojas em Veneza e Verona, igualmente de
pouca
duração.
Debaixo da influencia franceza, nos reinados
de José Napoleão e deMurat, tomarão os traba-
lhos maç. regular andamento, e, em 1809, ins-
tallou-se um Gr. Or.
A queda do Imperador Napoleão sepultou a
maçoneria na Itália.

HOLLANDA E BÉLGICA.

A primeira reunião maçonica, nos Paizes


Baixos, foi motivada pelo embaixador inglez
Stanhope, Conde de Chcslcrfield, em Haya, no
anno de 1731. Quatro annos depois, estabcle-
cerão-se Lojas em Amsterdam e outros lugares.
O caracter hollandez conservou a maçoneria
sempre digna da mais alta consideração, e
gran-
diosos estabelecimentos de Philantropia e Bene-
licencia inspirão veneração e respeito á ordem,
Na Bélgica, como na Hollanda, tem a maç.
a ventura da protecção do monarcha.

ALLEMANHA.

Os maçons da Alleinanha apontao geralmente


como origem mais verdadeira da Ordem as cor*
¦
yy

69
de constructores. Prosperavão ellas
porações
visivelmente n'aquella terra clássica pelo meado
do século XV. A corporação de Strasburgo, a
maior e mais celebre, tinha-se instituido—Haupt
l{ÜUe) _. Grande Loja, e, reconhecida pelas cor-
de Suabia , Hesse, Baviera, Franconia,
porações
Saxonia, &c, exercia uma espécie de autoridade
em competências da Ordem. No anno de l-i59
reunirão-se os mestres d'aquellas corporações
em Ratisbona, e lavrarão, em 25 d'Abril, a
acta do estabelecimento de uma confraria. 0 Im-
Maximiliano a confirmou por um diplo-
perador
ma, debaixo do titulo — Confraria Gerai dos
Pedreiros Livres da Allcmanlia—, o que appro-
varão seus successores Carlos V c Fernando. Os
estatutos d'esta confraria forão impres-
primeiros
sos em 1563.
Passada a epocha da sua decadência, veio,
cm 1733, o primeiro impulso rcanimador pela
G. L. d-nglatcrra, instituindo cm Hamburgo
uma loja, que depois tomou o nome de Absalon,
c ainda hoje existe. O Conde de Schmetlau for-
mou, em 1741, na mesma cidade, a loja Judaica.
Em 17A3, inslallou-sc a loja S. Jorge, lambem
ainda em plena aclividade.
Desejando o sábio Prineipe Real da Prússia.
Frederico o Grande) , entrar na ordem
(depois
0
-. ,

70
da Maçoneria, foi iniciado em uma loja de
Brunswick, na noite dc lã para 15 de Agosto
de 1738. Este feliz acontecimento era da maior
importância para a sorte da maç. na Prússia, e,
desde o reinado de Frederico o Grande, a Ordem
floresce sob a protecção abençoada dos mo-
narchas d'aquelle reino.

Na Austru, gosava a maç. poucos annos de


existência; o curto reinado do Imperador José II,
filho illustre e magnânimo de Habsburgo, era o
unico periodo da prosperidade da ordem; com
a sua morte apagou-se a luz màçonica n'aquelles
estados.

No reino de Hanover, sempre tolerada e pro-


tegida, oecupa hoje o lugar de Gr. M. da Ordem
Kl-Rei Ernesto Augusto.

Na Baviera, Wurtemrerg, Saxoma e mais


estados da Allemanha, goza a maç. igual protec-
ção da parte dos Governos.
No Grão-Üacado de Baden, onde as loja?
estavão adormecidas desde 1814, reassumirão,
cm 1842, força e vigor, c funecionarios publi-
cos de alta categoria forão iniciados nos mysle-
rios da Ordem.

:$áp
71

SUISSA.

Jorge Hamilton, Gr. M. Provincial da G. L.


d'Inglaterra, installou, no anno de 1737, a
primeira loja em Genebra, e outra, sob os
mesmos auspicios, na Lausanna, em 1739, to-
mando o nome de Directorio kelvetico-romano.
Estabelecerão-se successivamente officinas em
Bernc, Zurich, Bale, Solcure, Aarau, Neafcha-
tely &c. Durante a revolução franceza, adorme-
cerão algumas, outras se fecharão, até que em
1803 se abrirão de novo. No dia de S. João Bap-
lista do anno de 1822, installou-se solemne-
mente a Grande Loja Nacional Suissa, em Berne.
IVeste paiz nunca a maçoneria foi perse-
uida.

SUÉCIA.

A maç. foi introduzida na Suécia antes do.


1738, e a sua propagação obteve feliz succcsso.
Em 1746 reconheceu o rei Frederico I, publica-
mente, a Ordem e recebeu as deputações das
Lojas. Florescerão ellas de sorte, que já cm 1753
72
fundarão a Casa dos Orphãos em Stockholino,
bello e grandioso monumento da sollicitude ma-
conica.
Protegida pelos Soberanos, fôrão os GGr. MM.
da maç. sueca sempre membros da familia Real;
logar que hoje occupa em pessoa El-Rei Oscar I.°

DINAMARCA.

Tranquillas trabalharão em todos os tempos


as officinas maç. na Dinamarca. A primeira G.
L., installada no anno de 1754 em Copcnhague,
teve, desde 1792, os Príncipes da familia Real
à sua frente.
A maç. dinamarqueza fôrma hoje uma insti-
tuição d'Estado, e o seu Gr. M. é El-Rei Chris*
',

tiano VIII.

RÚSSIA

Não obstante ser sabido que já em 4731, no


reinado da Imperatriz Anna, bavião officinas
maçonicas na Rússia, comludo não se conhece
nome algum de uma loja até á dcsthronisação
de Pedro III, no anno de 1702. A Imperatriz

VI

? I
73
Catharina II, tendo-se informado circumstancia-
damente sobre a instituição maçonica, entendeu
que podia ella contribuir poderosamente para a
civilisação dos seus povos, e declarou-se Pro-
tectora da Ordem. A dedicação do Imperador
>
Paulo à maç. é conhecida. Alexandre I, que
succedeu ao throno em 1801, foi iniciado na
Ordem em 1803 pelo Conselheiro d'Estado Bòber,
Director do Corpo dos Cadetes em Petcrsburgo.
Infelizmente cahiu a maç. na Rússia em degene-
ração, e o mesmo Imperador Alexandre se viu
obrigado a mandar fechar as Lojas e prohibir o
exercicio d'ella nos seus Estados, por umukase
dc 12 de Agosto de 1822. Desde então dorme ; \

maç. n'este vasto Império.

POLÔNIA.

As Lojas estabelecidas em 1739 tiverão de fe-


char-se, para obedecerem a um Edital d'El-Rei
Augusto II, em conseqüência da bulla do Papa
Clemente XII. Todavia, Ei-Rei, que a maç. ía~
vorecia em particular, consentiu que já em 17_|2
se tornassem a abrir. Prosperava a Ordem> até
que em 1792 a sorte do paiz tomou um tão trisle
aspecto. Com a divisão da Polônia dissolvèrão-se
a maior parte das officinas.
6.
5 —_^x-5i^^*S^iS^^^^^^^^^^^^^^^*^5^5^^B^^^^^^^BBP

n
Tendo o Imperador Napoleão, em 1807, or-
ganisado a Polônia como Gran-Ducado, debaixo
do Poder saxonio, constituiu-se um novo Gr. Or. ,
as Lojas recobrarão sua actividade, e continua-
rão sem interrupção, até que o ukase do Impera-
dor Alexandre lhes pôz termo — talvez sem fim.

TURQUIA.

Não é só nos paizes da Christandade que a


maç. tem seus adeptos. No seio do Islamismo,
em Constantinopla, Smyrna, Aleppo, &c., fun-
dárão-se Lojas no século passado.
Os filhos do rei da Pérsia e o embaixador d'a-
quelle reino em Pariz fòrâo iniciados e propa-
gàrão a Arte Real nos seus Estados.

GRÉCIA.

Em 1816 erigiu-se uma G. L. em Corfú. Está


em construcção um templo próprio, que tem
100 pés de comprido e três andares.

ESTADOS-UNIDOS DA AMERICA DO NORTE.

A independência politica dos Estados-Unidos


teve por conseqüência infallivel a declaração da
75
independência das officinas maçonicas. Em todos
os Estados da União installárão-se GG. LL.,
e hoje se acha um sem numero de officinas
em plena e aprazível actividade.

i
i

A Maçoneria , protegida por todos os Gover-


nos .Ilustrados e liberaes , obteve mais um Alto
Protector na pessoa de S. M. o Imperador D.
Pedro I.°, magnânimo Fundador do Império dc
Santa Cruz (*).

'.. ,
brasileira
(•) Pretendemos consagrar á historia maçonica
uni artigo próprio no Almanak seguinte , para cujo fim
sollicitamos a benigna cooperação das [Ilustrações da nossa
Ordem.

4
76
,^mmÊÊM^^—¦

GRAN-MESTRES
Autoridade. Maç. do mundo no anno
D., principae.
de 5845. (

ünid.) Grande L. Gr. M. Edward tlcarndon


Alabama. (Est.
Gainsyille.
Gr. IL S. Kolb.
Batera. Grande L. dc Bayrcuth.
M. Conselheiro E. Defacqz d Ath.
Bélgica. Grande Or. Gr.
Supr. Cons. 33 Gr. Com. Stcvcns.
Brasil. (Conhecidos pelos Irmãos.)
ünid.) Grande L. Gr. M. John &.
Carolika do Sul. (Est.
Moyscs Uol-
Cogdell. ^Sapr. Cons. 33. Gr. M.
brook.
Grande L. Hacional. Gr. M. El-Rci Chris-
Dhumarca.
tiano VIII.
Or. Gr. M. (vago) Gr. M. Adj. Conde
Fba«ça. Grande
33. Gr.
Emmanuel de Las Cazes. Supr. Cons.
— Poder Supr. do rito
Com. Duque dc Cazes.
Bédarridc.
Misraim. Sup. Gr. Conscrv. Miguel
colônias francezas pertencem ao Gr.
(As LL. das
bem como as de Montevidéo , Vera Cruz .
Or. ,
da Hep. do Equador.)
sobre o Meko. Grande L. da União Elect. Gr.
Fbmicfort
Fricdcrich.
M. Jorge Kloss. Dep. Gr. M. Gcrhard
Unida. Gr. M.
Cr.An-BnETAN..A.-lKGLATEBnA.-Gr«n./eL. -
Zetland. Dep. Gr. M. Conde l!o«e.
Conde dc
Clcnlyon.-
Escosma. - Grande L. Gr. M. Lord
e Kilivinning.
Grande L. da Ordem real de tíeredon
77
Gover. II. R. Brown.—Irlanda.— Grande L. Gr.
M. Duque de Leinstcr. — Supr. Cons. 33 Gr. Com.
O mesmo. (As LL. nas differentes possessões de
Oram Bretanha trabalhão sob os auspícios da
Gr. L. de Inglaterra.)
Haiti. Grande Or. (ir. M. General Boyer (ausente).
Hamburgo. Grande L. Gr. M. D. A. Cordes. Dep. Gr. M.
H. G. Buek.
Hazvover. Grande L. Gr. M. El-llei Ernesto Augusto. Dep.
Gr. M. General Ilattorf.
Hollaisda. Grande l. Nacional. Gr. M. Príncipe Guilherme
Frederico Carlos, irmão do rei. Dep. Gr. M. J.
Schoulen.—Dep. Gr. M. para as índias Orien-
taes, Christiano Schouten em Batavia.—Dep.
Gr. M. para as índias Occidenlacs, J. Constan-
tino Uijk. — Dep. Gr. M. para África, J. A.
Truttcr, no Cabo de Boa Esperança. — Grande
Cap. dos Altos Grdos. Gr. M. O mesmo Prineipe.
Dep. Gr. M. Barão II. M. de Koch.
Louisiana. (Est.ünid.) Grande L. Gr. M. A. W. Pichot.—
Supr. Cons. 33. Gr. Com. int. J. F. Canouge.
Missouri. (Est. Unid.) Grande L. Gr. M. Pricsley 11. Mac
Bride. Dep. Gr. M. Joab Bernard.
Noya-IIampsiiiuf.. (Est. Lnid.) Grande L. Gr. M. Roberto
Smith.
Nova-Jerskv. (Est. Unid.) Grande L. Gr. M. VV. S. Bowen.
i\o\a-York. (Est. Unid.) Grande L. Gr. M.... f) Gr. C. dos

(•) Morgf» Lewis, morreu no mez d'Abril pp. com 9ü


jnnos de idade.
78
Templo. Gr. M. E. S. Barnum. — Supr.
Cav. do
Cons. 33. Gr. Com. Elias Hicks.
Rccsc.
Orno. (Est. Unid.) Grande L. Gr. BI. General
irmão
Prússia. Proleclor, o Príncipe Frederico Guilherme,
j0 ,.ei.— Grande L. dos Três Globos. Gr. M. F.
A. Oeizel. Dep. Gr. M. Conselheiro Schmiickert.
— Grande L. Nacional. Gr.M. Conde de Donners-
— Grande L.
mark. Dep. Gr. M. D. G. Busch.
lloval York. Gr. M. II. F. Linck. Dep. Gr. M. C.
F, Klodcr.
Dep.
Saxonia. Grande L Gr. M. Carlos G. TI». Winkler.
Gr. M. T. L. Meissner.
Oscar I. Dep.
Suécia. Grande L. Nacional. Gr. M. El-Uei
Gr. M. Uozeubladt.
Subslitulo.
Suissa. Grande L. Nacional. Gr. M. (vago)
— Dircctorio AUemão
Rosclii, Prefeito de ikrue.
deZuricli. Gr. \\.... —Dircctorio liclvetico-romano.
Gr. M. Chrislinat.
Wilkins Tanehill.
Tennesee. (Es». Unid.) Grande L. Gr. M.
Gr. M. E. II.
Texas. Grande L. Gr. M. James Webb. Dep.
Tarraut.
Yeseiuela. Supr. Com. 33 Gr. Com. Sanavria.
Lookc.
Ymr.i«A. (E*1- Dttid0 Grande L. Gr. M. Mordceai
1

79

IMPRENSA PERIÓDICA MAÇ.

Estados Unidos da America do Norte.


Boston.
The fvecmasons monthly magazine. «•

The masonic Journal. Augusta.


The masonic mirror. Maysville.
The masonic register. Albany.
Inglaterra.
Freemasons Calcndar and Pocket Book. Londres.
The freemasons quartcly review. Londres.
França.
.

Almanak de Ia franc-maçonncric. Pariz.


üulletin trimèstml du Gr. Or. Pariz.
Calendrier maçonnique du Gr. Or. Pariz.
Le Globe Franc-Maron. Pariz.
Lc Lien des Peuples. Journal maç. Marselha.
UOricnt. Pariz.
Rcvue maçonnique. Lyon,
Allemanha.
Archiv fur Frcimaurcrci. Hamburgo.
Aslntcu. Taschenbuch fur Frcimaurcr. Berlim.
Die Maurcrhallc. Alteinburgo.
Kaltn&r fur die Provi L. voa Mecklcnburg. Ludwinslust,
Laiomia. Leipzig.
Holftanda.
fícdcrlandsch Jaarbochjc voor Frijmctsclarcn. Arasterdam. (De«
cano de todos , pois tem sido publicado annualmente
desde 1757.)
NC,

80
tt . r- i i ¦; .i~rqj
I fui lili——i—

THEHIAS PARA DISCURSOS.

A Beneficência.

Essência emanada da Divindade, a beneficência


veio habitar a' terra; sensível c affecta ao gênero
humano , ella apparece indislinctamente no cen-
tro das grandes cidades confio nas ínfimas aldôas.
Indifferentc ás fôrmas, com ,o intento de ser
util, adopta todas as linguas c sc apresenta em
todas as posições»
Abraçando o mundo inteiro , que só por ella
respira , a magnânima e corajosa beneficência
afronta o sorvedouro dos mares, a aridez das
arêas devorantes, a solidão dos desertos, asim-
mensas regiões desconhecidas, aíim cie levar á
natureza angustiada os seus dons sempre uleis,
os seus cuidados sempre consoladorcs. Lá vô-
mol-a, no zelo do sanlo missionário , alliviar o
homem feroz e embruteeido pela servidão; Ia,
nas consolações do pio anachoreta, fazer suppor-
tar a vida, os trabalhos c a pobreza aos campo-
nezes; lá, por ministros generosos dc um Prin
cipe magnânimo, derramar benefícios sobre os
81
nos tratamentos do pastor ve-
povos; lá emíim,
e na dedicação da sua digna eõmpa-
neravel, r
nheira, humilde e hospitaleira, prodigalisar
expirante,
soccorros ao ancião languido, á viuva
a innocentcs succumbidos na miséria
«

desgraças reduzidos a ser objecto de


Vós, por
compaixão, quem vos prendo á vida ?
Vós, que por má conducla uierecesles o justo
mitiga os horrores em vossas
castigo, quem
masmorras ?
a ser tragados pelas ondas, a
E vós, prestes
chammas, a succumbir ás mãos do
perecer nas
?
assassino, quem corre em vossa defeza quem
vós? vos salva a vida,
se sacrifica por quem
muitas vezes victima cm vosso lugar?
íicando
vos inspira, e vós proclamais a
Vosso coração
beneficência generosa c carilaliva.
lcnilivo, recurso cm todos os inlor-
Balsamo
a beneficência dirige para o leito da mise-
tunios,
inter-
ria o medico reanimador e o consolante
da misericórdia divina.
prelo
lâo
A beneficência é tão nobre, lào grande,
c tão que nada com cila se
respeitável pura,
comparar, que nada a pódc recompensar
pódc
as suas
ou pagar; c se quercis conhecer todas
todo o seu império, vèdc-a entre os
virtudes,
82
maçons, e reconhecereis a perfeição da Ordem,
â qual ella serve de base.

A Fraternidade.

Que texto mais bello para um discurso dò que


a fraternidade? é igualmente tão favorável para
o Orador, que lhe faculta motivos para caracte-
risar e celebrar altamente a Ordem maçonica;
para recordar com a prudência dos nossos prin-
cipios a gloria e o esplendor da nossa Sociedade.
Honra e prosperidade áfamilia antiga evene-
randa, que punha os seus membros, espalha-
dos sobre a superfície do globo, em estado de
se reconhecerem e acharem acolhimento e mu-
tuos soecorros !
Honra e prosperidade á Sociedade a mais ad-
m ir avel e a menos sujeita aos caprichos da sorte
e aos movimentos do tempo!
Honra e prosperidade, em fim, ao pacto vo-
luntario, que constitue os homens amigos sem
se conhecerem, e irmãos sem parentesco !
Instituições soberbas! vós deslumbrais os olhos
e desappareccis em poucos annos; a fraternidade
electrisa os corações e dura com os homens.
Fortuna ! cegamente dispensas os teus dons.,,
83
reparte os seus benefícios entre
a fraternidade
todos os individuos.
Talentos, sciencias ,• artes , vós procurais ape-
'!

nas um pouco d'ouro.... a fraternidade satisfaz


a todas as necessidades.
Animados do espirito da fraternidade os ho-
mens não conhecem nem ódio, nem inveja,
mostrão-se tolerantes, humanos e generosos,
consolão os afflictos, c procurão marcar com
actos beneméritos a passagem da curta vida.

 Amizade.

A amizade que une os maçons não é o senti-


menlo disfarçado, aquella demonstrarão de cli-
liga por alguns instantes ura punha-
quela, que
do de homens pelo acaso reunidos; a amizade
maç. é, pelo contrario, uma alma universal,
vivifica os membros cm todas as regiões e
que
dc todas as opiniões, allrahindo-os mutuamente.
No mundo profano, o egoísmo c o Ihermo-
mclt'0 das affeições; qual borbotões passageiros,
o sopro do interesse os eleva ou abaixa em uni
volver d'olhos.
Diante da amizade dos maçons, pelo contra-
rio, sempre sc eclipsa a prevenção cega, a des-
confiança pallida, a inquietação sombria, e a
w h ijwiuvimiLiij.j^L..

84
fria indifferença, séquito habitual dos laços for-
mados pela ambição ou etiqueta.
O que vemos no seio- de familias profanas ?
Discórdia por toda a parte; desavenças e rivah-
dades as enfadão, a inveja e o ciúme as consome,
a cobiça, a avidez as devora.
O contrario acontece na familia maç. Todos
estão na mesma esphera; não ha o menor ger-
men de ambição ou de orgulho; não ha prefe-
rencia entre elles. A doce moral que professão,
os conduz sob a bandeira da amizade.
Com razão dizer : uma L. maç. ó
podemos
um templo dedicado à Amizade, cm cuja porta se
assenta o Silencio.
A Tolerância.

vir-
A tolerância è uma virtude, porém uma
tude difficil de praticar.
tolerância ò do homem de bem, e
A própria
o iman que atlrahe os corações.
tolerância, não ha sociabilidade nem
Sem
i
união.
tolerância, vemos manter-se a paz, c
Com a
mulliplicarcm-se os laços da amizade, approxi-
mando todas as vontades.
sus-
A tolerância politica, quando rasoavel,
lenta a justiça e procura o repouso do mundo.

S
85
religiosa repelle o schisma deli-
A tolerância
o fanatismo odioso, o espirito de discor-
ranle,
os cultos, admitte todos os sys-
dia; approxima
differentes
temas, e, sem alterar a crença em mil
canta melodiosa a gloria do Creado.-.
modos,
A tolerância litteraria, não menos útil, procura
dispõe admirar o
esquecer as rivalidades, para
a superioridade; anima os
gênio, para soffrer diversos
talentos timidos alcançar os seus
para
e colher as reservadas ao mérito.
fins, palmas
maç. concentra todas ellas. O
A tolerância
o Guerreiro, o Ecclesiastico, o Litte-
Estadista,
rato, o Artista, o Commerciante, todos, quaes-
são ella introduzidos no
quer que sejão, por
templo da sabedoria. •
conservadora! virtude sempre be-
Tolerância
divina.
nefica! nunca cessará a tua influencia
A Igualdade.

de uma não se segue a


Pelo abuso palavra,
da cousa, c tanto mais quanto esta
proscripção
indica uma cousa da mais alta impor-
palavra
tancia; fallo da igualdade.
não é ebimera vãa; encarada com
A igualdade
imparcialidade, descubrimos que sua existência
é tão real como útil.
igualdade revolucionaria, que cxi?e a pai-
A
86
lilha das fortunas, que despreza o mando dos
superiores, que, sob o pretexto frivolo da pari-
dade natural entre os homens, prescreve a inso-
lencia e autorisa a injuria e insubordinação, não
ó a verdadeira igualdade; esta, amiga da ordem e
das convenções sociaes, approxima os homens,
conservando o direito natural.
Nascemos todos iguaes, e, perante Deos que só
ê grande, não ha differença entre aquelle que
manda e aquell'oulro que obedece. Um e outro,
formados pelo mesmo Creador, sujeitos ás mes-
mas allecções physicas, ás mesmas causas da
destruição, parecem como dois viajantes que,
partindo do mesmo lugar, seguem differentes
caminhos, c chegão ao^nesmo fim.
A igualdade, segundo estas considerações sim-
plices e todavia de grande pezo, existe realmente;
e para demonstrarem esta existência e protege-
rem a sua effeclividade, os maçons a reconhecem
como uma das principaes virtudes.

Força e União.

Com a força e com a união clevão-sc e firmuo-se


Impérios, estabelecem-se instituições e se con-
solidão.
Sem força e sem união não ha nem bom
exilo, nem prosperidade. Inquietação, timidez»
87
desalento, revezes, decadência e queda, por
toda a parte onde nào dominão a força e a união.
e a união caracterisão o regimen da
A força
seus
ordem maç. Pela força e pela união dos
membros, tem ella firmada a sua existência
e com o esplendor em que a
moral physica,
vemos.
No principio tímida e vacillante, os seus bons
a candura da sua moral, a sabedoria
preceitos,
sua
dos seus dogmas, promoverão em breve a
firmada em seguida, pela experien-
propagação;
e dos seus sectários e pela força e
cia justiça
união dos seus membros, que prudentemente
sustentarão venerar todos os systemas religiosos
e respeitar as autoridades governantes.
Pela feliz reunião d'estes princípios, tem-se
a maçoneria mantido, apezar da barbaridade
- dos tempos , da corrupção dos costumes, do
ódio dos perversos, e dos esforços dc seus detrac-
tores, c tem realmente provado, como sempre
aquillo, que é justo, honesto e
provará, que
útil, aquillo que é grande, nobre c generoso,
se sustenta, não por uma força bruta, c por uma
união palpável, mas sim por uma só vontade,
um só sentimento, por um só interesse sem
por
egoismo.
88

NOTICIA

SOB BB A BCCCPÇÃO MAÇOXIICA DE

V0LTAIRE.

Será necessário dizer quem era Arouet de


Voltaire ? — O mundo o conhece. — Considere-
mos pois Voltaire como Maçon.
Pelo espaço de meio século, desde 1725 até
1775, fòráo taes os progressos da maç. na França,
e especialmente em Pariz, que a Nobreza, Ma-
distinctos Clérigos, Sábios c homens
gistrados,
célebres nas sciencias e artes se fizerão iniciar
na Ordem c fundarão Lojas. Helvetius foi um
d'aquelles que concebeu o projecto de oflerecer
um asylo fraternal aos maçons sábios, disper-
í
sos cm diversas Lojas; morreu porém antes de
ver inteiramcnle realisado o seu desejo querido.
Sua viuva remetteu á nova Loja Nove Irmãas os
documentos e insignias do illustrc defunto. Con-
lava então esta L., entre os seus membros, Bcn-
Franklin, Court de Gcbelin, La Dixmerie,
jamin
Lalandc, 1'abbé Cordtcr de St. Firmin, Fabrony,
Dufrcsne , Mcrcier, Gontier (depois Conde e
Marqucz), Cubièrcs, de Villars, Marquez de

*
89 }1

Vilctte, e uma multidão de irmãos honrosamente


talentos
conhecidos no mundo profano por seus
Sollicitos honra que devia re-
e virtudes. pela
maiores
sultar á Ordem inteira, fizerão elles os
empenhos para iniciarem Voltaire.
as trevas, destruir as prevenções e a
Dissipar
virtude,
superstição, adquirir corações para a
a mais bella das instituições mo-
attrahir para
mais
raes tudo o que a pódc .Ilustrar e fazer
eis o fim da sociedade maço-
recommcndavel,
nica; fim constante e sempre vencedor.
Vol-
Franklin e Court de Gebelin, amigos de
Lalande, os segredos da
taire, e que possuía
do céo, chamarão o inte-
organisaçâo physica
do homem para a
resse e a attcnção grande
mysteriosa contra a qual elle não
instituição
attaqucs com sua costumada ironia.
poupava
--, Em breve, porém, esbarra a philosophia do
diante da simplicidade c gran-
cáustico poeta
dos desígnios da maç. Voltaire não resiste
deza
triângulo luminoso alcança uma das
mais; e o
mais brilhantes victorias.
..
Ouramos o Ir. La Dixmcrie:
83 annos de idade que o Nestor do
c Foi com
IVancez, cslc ancião, a admiração do
Parnaso
civilisado , foi nesta idade que o homem
mundo
tomar na L. Nove Irmãas um ge-
shvularVeio
90
nero de instrucção que pelos estudos de mais
de 60 annos não tinha adquirido. Os mysterios
forão-lhe desenvolvidos de uma maneira digna
d'elles e d'elle.
Elle ama, elie admira a sublime simplicidade
da nossa moral. Elle vê que o homem de bem é
maçon sem o saber. Commovido pelo doce nome
— Irmão — parece penetrado d'aquillo que, an-
tes de conhecer, menos estimava.
Emquanto a nós, parecíamos transportados
aos bellos tempos em que Orpheu, Homero,
Solon, forao modestamente iniciar-se nos mys-
terios de Heliopolis. »

A Loja Nove Irmãas não possuiu por muito


tempo a preciosa conquista. Em 28 de Novem-
bro de 1778, tributou as honras fúnebres a
Voltaire.
Presidia Lalandc, assistirão como VVig. Fran-
klin e o Conde Strogonoff, e como Orad. Le-
changeux.
Duzentos visitantes, admiltidos aos trabalhos,
forão introduzidos dois a dois, no maior silencio.
Assistirão lambem a marqueza de Villettc e sua
irmãa, conduzidas pelo marquez de Villevieillc.
A orchestra, composta dos primeiros artistas
da Capital, executava por inlervallos peças ti
91
VAlceste, de Castor e Pollax e d'outra*
radas
operas.
toda decorada com gosto e sim-
A sala, preta,
e ornada de epigraphes, dos mais
plicidade, tirados
em prosa e verso,
bellos pensamentos
allumiada
das obras do illustre defunto, estava
o mausoléo de Voltaire
eomluzpallidaelugubre;
era no fundo da sala.
leu um discurso análogo ao objecto
O orador
foi ouvido com o maior inte-
da ceremonia, que
e Coron os elo-
resse. La Dixmerie pronunciarão
gios de Voltaire. depo-
momento em que os Irmãos forão
No
ramos mysteriosos sobre o túmulo ,
sitar os
depôz como tributo da sua dòr fratcr-
Franklin
cívica ha recebera, h
nal, a coroa que pouco
impossivcl exprimir a sensação profunda que
esta inspiração da amizade maçonica.
produziu

\
92

RESPOSTAS
de Hol-
Do Príncipe Guilherme Frederico, hoje Rei a »ua
landa, «obre alguma, pergunta., durante
iniciação na Loja Esperança, em Bruxellas.

l.a Pergunta. Quaes são as qualidades de um


grande Prineipe?
Resposta. A justiça, o amor e a dedicação à
Pátria.
2." Perg. Qual é a virtude que mais nos
aproxima a Divindade?
Resp. A beneficência.
3.° Perg. Que deve a si mesmo o homem ver-
dadeiramente virtuoso?
Besp. Respeitar-se como a mais bella obra da
Divindade.
_,.» Perg. Prineipe! a Vós são reservados ainda
os mais altos destinos, dizei: Tendes pensado
que o titulo de Maçon, que ambicionais, poderá
augmentar Vossa gloria?
Resp. Sim. Tenho ouvido .aliar muito bem
d'esta sociedade, sei que cila soecorre os infelizes,
e quero fazer parle d'ella.
No mesmo instante, quando o Prineipe res-
estava prompto para com seu sangue
pondeu que
assienar a obrigação, as columnas cm iijassa se
levantarão, pedindo a supprcssão u esta prova.
_ m.
93

LUIZ BRÜNE DE ROUEN

os membros no anno de 18^3 a


Entre que
desprendeu da bella cadèa fraternal, me-
morte
rece amais honrosa menção o Ir. Brune.
de condição humilde, Bruno era
Bem que
de estima e veneração sincera. Sua morte
rodeado
foi considerada como desgraça- geral; a cidade
de Rouen c a maçoneria soffrêrão uma perda
irreparável.
nasceu em Rouen aos 29
Luiz-Adolfo-Brune
de Novembro dc 1807, na classe ínfima da po-
Dos annos da sua vida elle
pulação. primeiros
contou o seguinte : —«Em 1816, lendo
mesmo
linha
cu 9 annos de idade, perdi meu pai, que
ficando minha mãi com k filhos.
sido carregador,
trabalhar nas fabricas. Uma libra de pão eus-
Fui
soldos, seis cm 12 horas dc
tava então 9 ganhei
esforçados trabalhos... Ainda que muilo peque-
fami-
no, já reconhecia ioda a miséria da minha
sempre sc achava doente e dc
lia, que quasi
cama. Meu dever cra cuidar d'clles, pois que
forte. Depois dc trabalhar 7 annos nas
era o mais
feito aguadeiro; ganhei alguma
fabricas/eis-me
8
/
94
cousa mais, principalmente quando havia peixes
que carregar para o mercado; e , como não pou-
pei trabalho nenhum, podia sempre levar uns
soldos para casa. Apparecerão concurrentes, e
vi-me obrigado a trocar esta segunda profissão
por uma terceira, e devo dize-lo.... servi de
criado !.... Como podia ser?.... Tinha meu amo
prometlido sustentar minha mãi e meus irmãos,
e cuidar d'elles para o futuro; o homem cumpriu
emfim com sua palavra, mas eu não fiquei feliz,
e muitas vezes pensei em suicidar-me. Impru-
dencia ! pois Deos he bom, e o homem honrado
sempre acha algum expediente. Fui trabalhar no
deseiHulhamento do Sena, e como mergulhador.
Agora sim, estava eu feito homem; pagarão-me
bem, e a miséria desappareceu da nossa casa. »
lirunc tinha apenas 46 annos, quando arran
cou de morte certa um pobre limpador de cha-
mine que tinha cahido no Sena; no mesmo
anno, lira do rio uma menina , que, sem o seu
prompto auxilio, teria infallivelmento perecido.
Em seguida, salva ft-ji pessoas, que o acaso ou a
desesperação submergio nas ondas. Não deixa
mais as margens do rio, c, como senlinella vigi-
iante, accode ao primeiro grilo le dia ou de noite.
Nao obstante o tempo rigoroso , vê-se-o deixar a
cama depois de ter salvado um para correr em
\ f

95
soccorro de outro, expondo-se a terríveis perigos.
Não fica aqui; instruido pela longa experiência
nos meios de restituir a vida aos afogados, pro-
cura com anxiedade os mais fracos signaes da
existência , e não os deixa até que inteiramente
tenhão tornado á vida.
Desinteressado e caritalivo , repartia com os
desgraçados o pouco que possuia, e nunca
aceitou recompensa alguma dos salvados, a mui-
tos d'elles já tinha esquecido os nomes.
Tanta generosidade e dedicação merecerão
justamente as dislineções com que foi honrado.
O Governo conferiu-lhe o habito da Legião dc
Honra, e a Academia franceza o grande prêmio
de Monthyon. A cidade de Pioucn mandou-lhe
edificar huma casa ao pé da ponte, c assignou
uma pensão de íiOO francos, reversivos á sua mu-
lher c filha. A maçoneria não deixou de apreciar
tão digno Ir. ; o Gr. Or. c muitas LL. mandarão-
lhe medalhas c prêmios. Apesar da fama das
suas bellas acções, c da homenagem que em
toda a parte lhe foi tributada, elle permaneceu
humilde c modesto.
Em 25 de Dezembro dc 18.Í3, anda Br une
passeando na ponte de S. Pedro, e, sempre
prompto^i soecorrer, precipita-se dc repente nas
ondas. Seja que enganado pela escuridão, ou que
f / \
'
/ \
/ y
I /.
í jE

96
tivesse mal tomado o seu ponto, cahio sobre
uma pedra de talud, despedaçando o craneo.
O clamor foi geral. As autoridades civis e
militares da cidade , a Guarda Nacional, uma
numerosa escolta de tropa de linha, as LL.
maç. e immensidade de povo acompanharão
o funeral, que teve o aspecto de uma marcha
triumphal.
ii

fe m%Sti®éfàL-
mm
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m
97

LOJAS VIAMDANTES.

As LL. dos corpos militares, estabelecidas nos


exércitos de quasi todos os paizes cTEnropa , ti-
verão a sua origem na Inglaterra, em 1783. Elias
contribuirão poderosamente para estreitar os
laços de amizade enlre os officiaes c propagar
caridade reciproca enlre os exércitos inimigos.
O General americano Parsons, tendo um dia
apprehendido uma caixa que continha a regalia
e objectos de uma L. , a remetteu com estas
expressões: —«Quando, pela ambição dos Prin-
cipes, ou pelos interesses contrários dos Estado*,
os povos sao chamados ás armas, nós, como
maçons, inaccessiveis ix irritação, não reconhe-
cemos esta differença. Bem que inimigos por
nossas opiniões políticas, todavia permanecemos
irmãos, e, semprejudicarmos os nossos deveres,
somos obrigados a promover quanto possivel
fôr o bem estar de cada um dos nossos* Recebei
das mãos de um Ir. a caixa da L. Con-
portanto
cor dia, pertencente ao regimento n. 17 , que na
s.
98
occasião do vosso ultimo desastre cahio em meu
poder, só paraser-vos promptamente restituida.

Em um ataque durante a guerra dTlespanha,


perdeu o Regimento inglez n.° 6 a sua bagagem,
na qual também se achava a caixa que continha
as jóias da sua L. —Aberta, e reconhecido o seu
conteúdo pelo partido vencedor, o ofíicialiran-
cez mandou immediatamente restituir a caixa
ao dito Regimento, que foi acompanhada por
uma Guarda de Honra, precedida de um parla-
mcntario.

:: c *
99

MAÇONERIA DADOPÇAO

d'adopção, ou maçoneria das Damas,


A mac.
origem na França, no segundo meado
teve a sua
do século passado.
se esta espécie dc
Rapidamente propagou
na Allemanha, Hollanda e até na Rússia ,
maç.
nunca achou accesso em Inglaterra.
porém Grã-
No mez de Maio de 1775 foi installada
das LL. de Fr anca , a Duqucza dc Bour-
Mestra
seguirão-sc
bon. Muitas e esplendidas reuniões
1780, os movimentos que annun-
até quando
lhes termo. Desde
ciarão a revolução puzerão
até 1S05 não consta a existência de huma
então
d'adopção cm França. N'essc anno a Impe-
L.
a em Stras-
ratriz Jo/.cphina presidia primeira
reuniões tiverão lugar aos 9
burgo. As ultimas
e 17° de Fevereiro de 1819. Esta presidida por
e aquella por M.mc de.
M.m« La Rochcfoucauld,
Ia Vilctte. .
cm 1780 a Imperatriz La-
Na Rússia presidia
tharina II, a L. Clio em Moskou.
Todas as festas dVlopção distinguirão-se por
100
generosos actos de beneficência e abundantes
soecorros aos pobres.
A inconstância do gênero humano, passados
os attractivos da novidade , diminuio visível-
mente o enthusiasmo para a maç. das damas.
Hoje totalmente extineta, os bailes e festas dadas
por maçons nada tem de symbolico.
A experiência tem mostrado, que trabalhos
sérios, importantes e grandiosos, só podem ser
desempenhados por homens.

.^•4.__>A/__VNfâPí
•^

101 IF

!V
SAN HO HWÜY

OU

DOS TRINOS NA CHINA.


SOCIEDADE

No periódico Singaparc frec press publica


noticias sobre huma socie-
o Ir. Rob. Morrison
China, muito se parece com a maç.
dadc na que
Extrahimos o seguinte:
San lio Invuy, que secreta e
A sociedade posto
ramificada por
sem relações exteriores, acha-se
celeste. Como a maç. cila tam-
todo o Império
os vestígios da sua origem
bem pertende perder
na antigüidade mais remota.
a beneficência c soecorros reci-
() seu fim é
os kcung te (irmãos) se tem
procos, logo que aos de
reconhecido por signaes, semelhantes
maç. - o
noite cm lugar retirado
As reuniões dc
tres l * ko ,
quadrado oblongo, presidentes,
tercem-
Vrhko, San ko, (primeiro, segundo,
. irmão), c os números mysteriosos, indicao
cohcrencia com a maçoneria.
102
Entre as ceremonias da iniciação na sociedade
San ko hwuy achamos o juramento de fidelidade
e segredo, hum a ponta de espada, e abobada
d'aco.
i

Sobre os estatutos, disciplina e administração


interior da dita sociedade, não foi possivel ao Ir.
Morrison, obter informações. Os Chins recusão
toda a communicação com os estrangeiros a
esto respeito.

^_R_fi;!*_^"_..* r_k~ii*'-»._#»

1
BH^iSãsSijSagss

103
______-«
____.^^^»i^m__»^__m»*"^^^^^^^^^S!i!!!_I.m^»^^m^^*"***^

VANTAGENS DA MAÇ.

actual Ven. da L. em Oxford ,


O Ir. Haskins, -«Nau-
da sua vida:
conta a seguinte passagem
da Pérsia, com toda a tripa-
Iragámos no golfo dos
Árabes saquear-nos. Lm
laçãõ; vierão vários
signal..., e foi felizmente cor-
meus amigos fez o
Chefe d'aquella horda. Desde
respondido pelo ves-
derão-nos
esse momento fomos protegidos;
segura atéBornéo. Este lado
tuario c conducção
a occasião de
mo decidiu a aproveitar primeira
»>
ser iniciado na maçoneria.

de utilidade da maç., em casos


Outro exemplo
de perigo, nosoffecece o Ir. CarlosMoeatta,Gr.
\l\

Ven. da U S. Jorge, em U-
PorL E-p. e actoal Sul
da Amcnca do
verpool. Quando se retirava Irans-
navio seu
para a sua pátria em próprio,
l portaüdo tudo o que possuía. fd atacado por
tinha um diplo-
«m pirata. Entre os seus papeis
o Capitão dos piratas reconheceu.
raa maç. que
os signaes do costume, o Pirata pro-
Trocados
\

)
_^

10/t
mette restituir tudo ao Ir. Mocatta,
pedindo-lhe
que ficasse tranquillo, e que deixasse tirar a sua
gente o que quizesse. Depois convierão em apro-
veitar a noite para se separarem. Tudo assim se
fez, e o Ir. Mocatta chegou salvo e com toda a
sua fortuna à Inglaterra.

Um Ir. teve negócios importantes em Nova-


Orléans; porém, inteiramente desconhecido
--'aquelle lugar, e sem recommendações, con-
íiou-sc ao acaso de achar Irmãos
que lhe pres-
lassem os seus conselhos e soccorros. Appro-
ximando-sc o cscaler ao cães de desembarque,
elle fez o signal..., c, apenas posto o
pé em terra,
íoi cercado dc seis ou sete pessoas
que o saudá-
rão fraternalmente, e entre as quaes elle achou,
quem lhe podia servir com circumspecção em
seus negócios.

Um rico mercador de gados veio com grande


Iropa á cidade de Londres; interrogado sobre os
preços por um homem que tinha toda a appa-
renda de honradez c probidade, eslava já
para
concluir o negocio, quando repentinamente é
avisado de achar-se em perigo. — Pasmado,
per-
"-"•

'
105
g unta o motivo, e um Ir. lhe declara, que o
pretendido comprador era um fallido; preser- , ||
vando assim o mercador de uma perda conside-
ravel.

Durante a insurreição dos negros em S. Do-


mingos, foi aprisionado por um grupo de ho-
mens de cor, o engenhoso cancionista Dcsaugiers,
muito amado pela sua affabilidade e caracter jo-
vial. Os insurgentes, amarrando-o a uma arvore,
preparàrão-se para o espingardear. Sua joviali-
dade, que nem n'este momento critico perdeo,
inspirou-lhe entoar uma cantiga, na qual invocou
assombras de Piron, Panará e Collé, para que
nos Campos Elysios apromptassem um lugar ao
Ir. que esperava a morte. O Chefe do grupo mos-
trou attenção, e Dcsaugicrs attribuindo-lhe mais
L civilisação, lembrou-sc de fazer o signal... Apenas
X, feito, o Chefe, cobrindo-o com o seu corpo,
> <TÍta para os seus: « h meu Ir., se o quercis
matar, matar-mc-heis também. « Dcsaugicrs foi
salvo.

Um oflicial francez, ferido na batalha de Wa-


terloo, ficou no campo. Avistado por um Escossez,
106
este avançou-se contra o infeliz com olhos amca-
çadores e ferozes. Já resignado a morrer, o oííi-
ciai ainda faz o signal... No mesmo momento
desappareceu o ódio mortal, e com amor e com-
paixão procurou o guerreiro da Escossia confortar
o ferido Ir. írancez, com o que se continha na
sua frasca, deixando-o com as cordiaes palavras:
« Deus te guarde, meu Irmão.

*àmf:
/
.-J-W-V^ ;.S-;—e-^B,«- X*' '«w ~j~-—b»w
5SPí

107

A MEDÜLHA DE HOBJRü.

O que venho contar, meus Irmãos, não


he
imaginado para divertir-vos; he huma
historia
caso verdadeiro, qne teve
principio ha 12 annos,
em huma cidade maritima a Oeste de França,'
e que recentemente teve o desfecho em Pariz.'
Darei, por discrição, ás
pessoas, nomes suppos-
tos, c tratarei de relatar com singeleza os
acon-
tecimentos assaz interessantes
por si mesmos,
para dispensar o auxilio de hum estylo colorido
o estudado.

i.
Em 23 de Junho de 1832., Maria Duresnel,
linda menina de 5 annos, corria brincando,
com
V o ardor da sua idade, defronte de huma
ponte
de pão sobre o Loire. Impellida do desejo
de
contemplar de mais
perto a ribeira, a pequena
imprudente, enganando a vigilância da
sua aia,
passa além dos dcgráos da ponte, e mette a ca-
beca cm hum dos rombos da
galeria, que servo
de paraneito. Não vendo ainda bastante
ú sua
vontade, adianta-se mais, inclina-se
para fora ,

ti
CfiÍi»r

108
o equilibrio, e cahe no momento em que
perde
a aia, acodindo-a, estende os braços para a reter.
A infeliz mulher, vendo escapar-lhe a menina ,
rompe em gritos angustiosos, que attrahem ai-
<mns dos poucos passeantes. Mas que soecorro
se pôde esperar? A ponte tem pelo menos 30 pés
de altura, e o rio neste lugar tanto de rapidez
como de profundidade. Só algum marinheiro
afrontaria o perigo; e por fatalidade, não havia
nem marinheiros, nem bote perto da ponte.
Entretanto a menina, a quem por alguns ins-
tantes, movimentos instinetivos tinhão sustenta-
da sobre as ondas, corre ao fundo e desapparece.
Hum moço, vendo o ajuntamento, corre para
a ponte, c, apenas informado do acontecido,
trepa sobre o parapeito, e sem tomar tempo de
despir-se, arroja-se, mergulha, c torna a appa-
recer no lugar onde se agita a pequena Maria.
Suslentando-a com hum braço sobre as ondas,
com o outro nada vigorosamente, c depois dc
alcança a praia, aos vivas eaccla-
porfiosaluia,
inações dos espectadores.
No momento em que põe pé cm terra, tendo
nos braços o precioso fardo, corre a elle hum
homem pallido, com olhos desvairados: era o
da menina. Durcsnel, mal avista a sua filha,
pai
solta hum grilo de alegria, estende os braços ao
/
109
salvador de Maria; porém, cedendo á emoção,
desfallece quasi no mesmo instante. Ilum
grupo
numeroso de habitantes do quarteirão se tinlia
formado sobre a ribanceira; huns se apressavam
em mudar a roupa á menina, outros prodigali-
savão ao pai cuidados aíFectuosos. Viuvo ha
pou-
cos mezes de huma esposa adorada, só lhe ficou
essa filha, etn que consiste toda a sua consolação
n'estc mundo; amado dos seus visinhos, não
por
interesse, mas por suas qualidades
pessoaes,
Duresnel absorveo a attenção de
quantos o ro-
cleiavao.
Tornado a si, o primeiro objecto
gueseqffe-
rece á sua vista, he Maria, que com sorriso lhe
estende os pequenos braços. Depois de cobrir
de beijos a esse thesouro
que a Providencia
acaba de restituir tão milagrosamente a seu
amor, cllc se levanta, e seus olhos
procurão com
avidez a alguém na multidão; . . . debalde
\{ o salvador de Maria linha desapparecido.
r
«OU! exclama ellc, debalde
quer esse lio-
mem generoso subtrahir-so á minha
gratidão;
suas feições ficarão gravadas tanto ao vivo no
\ meu coração, que jamais o poderei esquecer....
Eu o encontrarei, o
No dia seguinte, Duresnel, que era maçou.

JT
110
assistia, na L. de que faz parte, á iniciação de
hum novo membro. '
O candidato, coberto com larga venda , exci-
tava a admiração dos assistentes, pela intrepidez
nas provas e precisão das suas respostas. Cada
hum congratulava-se pela acquisicão de hum
Irmão, que reunia em tão alto grão duas das
virtudes maconicas : coragem e intel-
prinoipaes
ligencia. Terminadas as ceremonias da recepção,
e tirando-se a venda ao novo Irmão, huma ex-
clamação repentina perturba o silencio religioso
do templo.
Era Duresnel, que reconheceo o salvador da
sua filha Apenas o permittio a solemnidade
daceremonia , elle declarou com voz profunda-
mente commovida o motivo da sua admiração
c alegria: pintou com vivas cores o perigo que
sua filha tinha corrido na véspera, e a generosa
dedicação do seu salvador.
Impossivelhc descrever a sensação produzida
este incidente. O nosso heroe, rodeado e
por
festejado, foi cordialmente abraçado por todos
os membros da assembléa. Depois de longa in-
terrupção, continuarão os trabalhos, e ouvindo
a L., que o novo iniciado devia partir breve-
mente para a Luisiaua, conferio-lhe, na mesma
sessão, o 2.° e 3.° gráo, e em memória da sua
(
111
bella acção, offereceo-lhe huma medalha d'ouro,
com esta inscripção: 23 dc Junho de 1832.
No dia da partida o nosso joven Irmão (ainda
não completara 23 annos), estando já a bordo
do navio que o devia transportar para o novo
mundo, recebeu das mãos de Duresnel a gloriosa
recompensa que lhe fora conferida.
» Deos queira » disse Duresnel, dando-lhe o
fraternal abraço da despedida, « Deos queira
o céo
que este talisman vos dê felicidade, e que
brevemente vos restilua á vossa pátria e â minha
amizade!
íi.

Doze annos se passarão. Maria , formosa don-


zella dc 17 annos, justificava o amor de seu pai
pelas suas graças e virtudes.
Duresnel via com inquietação aproximar-se
o tempo, em que a ternura paternal não bastaria
\ / á felicidade de sua querida li lha ; todavia esta
inquietação nada linha dc egoísta; não era a
idéa da separação que mais o ainigia , era sim,
a escolha dc hum genro, que fortemente o
s prcoecupava.
A riqueza lhe parecia huma das condições
necessárias para o estabelecimento doméstico ,
mas exigia outros predicados do esposo da sua
\

k
I
I
112
a riqueza pudesse supprir
filha. Se com própria
faltasse a seu genro, estaria mais socegado;
a que
assim não era. Em hum modesto patn-
porém c o que
monio consistia toda a sua fortuna,
a existência do pai e da filha, era
bastava para
o estabelecimento de Maria.
insufficiente para
de Pariz veio termo a esta an-
Huma carta pôr
Essa carta cra dc hum amigo,
ciedade paternal.
de ha muito, dirigia hum rico estabeleci-
que,
fallescido.
mento na capital, e cujo sócio tinha
do estabelecimento exigia, que
A prosperidade
breve possi-
esse sócio fosse substituído, o mais
vel, por hum homem intelligcnle c probo, que
empreza.
se empenhasse na prosperidade da
isto a Durcsncl, aceita alegre
Sendo proposto
tanto concordava com seus
huma offerta que
Em dias rcalisa a quantia de
desejos. poucos
mil francos, que converte em bilhetes
sessenta
dc Pariz, c sc prepara para deixar a
do banco
cidade dc. . . com a sua filha. j
e imprevistas são as vias da
Impcrscrutavcis
insignificante
Providencia; a circumstancia mais
apparencia he muitas vezes a causa dos mais
na
c importantes acontecimentos da nossa
graves
vida.
nossesscnla bilhetes do banco
Duresncl, que
o de sua filha, encerrou a carteira
via todo porvir

(
113
em hum cofre, com papeis de familia e alguns
outros objectos de valor; esse cofre quiz tê-lo
seguro entre os pés durante a jornada, e não
separar-se d'elle até o momento em que hou-
vesse de entregar o cabedal ao seu amigo.
Occupado enrfazer os últimos arranjos, alguns
minutos antes da partida, Duresnel arruma os
estava
papeis e a preciosa carteira no cofre que
sobre hum grande bahú aberto. Repentino toque
da campainha o chama á porta; he o feitor das
carruagens da posta, que vem buscar as malas,
e apressar os passageiros. N'cssa curta ausência,
hum cachorrinho novo, atraindo pelo cheiro do
couro, salta no bahú, tira a carteira do cofre,
e brinca com ella, até que a volta do dono o
cm fuga. Duresnel, certo de haver depo-
ponha
sitado o seu thesouro no cofre, fecha-o com
todo o cuidado, e diz á filha que acabe de en-
cher o bahú.
\/ Huma hora depois, a posta leva os nossos
r viajantes pela estrada para Pariz. Duresnel teve
o cofre entre os pés, c sempre que lhe he ne-
cessario apeiar-se, tem o cuidado de entrega-lo
a Maria.
V Chegados á barreira de Pariz, encarrega á sua
filha de, assistir á visito dos bahús, cmquanto
elle mesmo abre o cofre; cm fim, não quer íiar

_ w

li
V
na
de ninguém o objecto dos seus desvelos, e trans-
porta-o do pateo da posta á hospedaria.

in.

O primeiro cuidado de Duresnel, depois de


tomar posse da sua nova morada, foi natural-
mente levar os bilhetes do banco ao seu amigo,
a fim dc livrar-se de huma vigilância tao cui-
dadosa.
Quem fará idéa do seu pavor e desesperação,
quando nao achou a carteira no cofre?!
Entretanto, suecedendo a reflexão ao primeiro
desafogo da dòr, elle revolveo na sua idéa todas
as circumstancias que poderião dar lugar a tão
inexplicável desapparecimento.
Desde o momento da partida. até a sua che-
gada à hospedaria, Duresnel não perdera hum
instante dc vista o precioso cofre; huma única
vez fora aberto, na barreira . o furto só podia
ser praticado n'essa occasião; c sendo o empre-
a mão no
gado da visita o único que meltera
cofre, era esse empregado o ladrão; não lhe
ficava a menor duvida a tal respeito.
Tirando essa conseqüência, que outro qual-
cm seu lugar tiraria*, Duresnel voljfl á toda
quer
a pressa para a barreira, o declara ao Inspcctor

'•_?

í
115
accusar de furto a hum dos empre-
que vinha
.1-

sados
1 da visita.
sentido, senhor, lhe disse o Inspec-
i Tome
de ter ouvido attentamente a nar-
tor depois
Duresnel, no seu próprio interesse
ração de
não obre com precipitação n'este
aconselho que
Na verdade, as apparencias são taes,
negocio.
a sua convicção. Com-
que eu quasi partilho deixe-me
tudo, antes de recorrermos á justiça,
meios menos rigorosos c talvez mais
empregar
Diga-me, senhor, poderia reconhecer
oflicazes.
visitou o seu cofre? »
o empregado que
Tendo Duresnel respondido allirmalivamente,
o conduz suecessivamente diante de
o Inspector
todos os empregados em serviço.
de alguns minutos d'exame, Duresnel
Depois
diz ao Inspector: Aquelle a quem procuramos
não eslá aqui.
mesmo instante entra hum individuo que
No

r
\' estava ausente.
» He esse! exclama Duresnel, eu o reconheço
perfeitamente.
»
—Está bem certo do que diz, senhor?
» Eu o posso jurar. »
acena ao empregado para que o
O Inspector
si-a ao*;cugabinete, e alli o interrogou em pre-
senca de Duresnel:

\
116
» Menneval, porque se ausentou da repar-
ticão ?
»

Para ir ver huma pessoa que me tinha


promettido a sua protecção, e que me esperava
n'esta hora.
» Devia pedir-me licença. »
Minha ausência não podia ser longa, e
meus companheiros me prometterão substituir-
me, se fosse preciso.
» Olhe bem para este senhor, continua o
Inspector, apontando para Duresnel; não foi o
senhor que visitou os seus eíTcitos? »
Ser-me-ha diificil dizer, se visitei os effeitos
d'esse senhor, ou os de qualquer outro.
Lembre-se bem, disse Duresnel; eu estava na
carroagem de posta do. . ., e abri cm presença
do senhor hum cofre, no qual deitou a mão
para certificar-se de que não continha senão
papeis. V|,
Não posso negar, nem afirmar esta cir-
cumstancia. Hoje já passarão muitas carruagens
de posta, e mandei abrir muitos cofres.
» Menneval, tornou o Inspector, trata-se de
huma cousa mui grave, e que pôde ler para o
senhor as mais funestas conseqüências. Reflicta
bem. »
V

f
-
M XI

117 i
fi' 'ifi -
'¦'. ~..~E. '-"¦¦ ..:'¦¦ <¦ '¦-¦¦' *. fi.
**. ¦
^
-,.' d. E*""' ' ' .-: -fi.
V
Eu não comprehendo a V. S., responde
pasmado o empregado.
» Escute-me.—Confesso que até hoje sem-
pre mereceo a estima e confiança dos seus
superiores; e portanto, hei-de haver a maior
circumspecção n'huma aecusação, que pôde
manchar a sua honra. Esle senhor affirma que
o reconhece, e , à vista do que acaba de dizer-
me, só o senhor poderia subtrahir de hum cofre
d'elle huma carteira com sessenta bilhetes de
mil francos. »
Menneval, ouvindo tão formal aecusação, em-
pallidece e responde balbuciando:
Eu protesto a minha innocencia.
» Não he o seu semblante, que nos ha-de
convencer neste momento,» observou severa-
mente o Inspector.
Tornado a si da perturbação, o empregado
v, >respondeo com voz mais firme:
f* —Minha emoção he bem natural; quem po-
dera ouvir de sangue frio huma aecusação tão
' terrível, e tão pouco merecida?
Infelizmente a negação de hum innocente, e
V a de hum culpado, são mui semelhantes. . . .
Provas serião melhores do que palavras. »
Provas!. . . Não posso dar outras, que não
sejão os meus antecedentes,
10
118
» He penoso ver homens, depois de longos
annos de huma vida irreprehensivel, lançar-se
de repente nos braços do crime, como acom-
metlidos de loucura. Talvez seja o senhor victima
de hum d'esses momentos de desvio.. . . Pois
bem! . . . ainda he tempo evitar o rigor da
jus-
liça; se he culpado, confesse-o francamente,
reslitua a somma que tirou, e nós lhe
promet-
lemos silencio. »
— Agradeço-lhe, senhor, o interesse
que me
lestemunha; porém, torno a repetir
que nào
sou culpado.
» Pondere, senhor! a sua ausência da rcpar-
lição depois de ler passado a carruagem , a cir-
cumslancia de não lembrar-se se visilou ou não
o cofre d'este senhor; seu sobresalto ao ouvir
a
accusação; todas estas circumstancias reunidas
nos fazem presumir
que não he innocente,'.»
\
Duas lagrimas correrão
vai, que apenas respondeo :
pelas faces deMcnne

Só Deos pode conhecer a verdade n'esle infe-


•N
li/ acontecimento! N'elle confio
que me ha-de
justificar!
O Inspeclor, chamando de
parte a Duresnel, j
disse-lhe:
» Não posso occullar-lbc, senhor,
que a pezar
das apparencias, minha consciência ainda hesita

'
'

*t
i
n
'¦>.

119
em crer na perversidade d'esse homem. O Sr.
está sem duvida com o direito de entrega-lo á
justiça; porém, rogo-lhe, que primeiro me
deixe esgotar todos os recursos ao meu al-
cance, para chegarmos, se possível fòr, ao
conhecimento da verdade. »
» N'isto consinto do melhor grado, » respon-
deo Duresnel: alguma demora não comprometle
os meus interesses, e não terei de arrependei-me
de huma precipitação irreflectida. »
O Inspector aperta a mão de Duresnel; e re-
conhecendo n'elle hum maçon, volta-se para o
empregado :
» Consente, lhe pergunta, em conduzir-nos
immediatamente em sua casa?»
Se eu o consinto? replica alegre Menneval,
he hum favor, que sollicilo da sua justiça.
E, entre o Inspector e Duresnel, dc braços
,dados por precaução, elle os conduz a seu do-
v micilio.
De caminho, súbito pensamento perturba o
. seu espirito; desassocegado murmura entre os
lábios trêmulos:
Oh! meu Deus !... tinha-me esquecido!...
Infeliz que sou!
120

IV.

Havia mais de huma hora que o Inspector e


Duresnel rcvistavão toda a mobília, abrindo todas
as gavetas, desdobrarão toda o roupa, procu-
rando em todos os papeis de Menneval, que elle
mesmo os dirigio n'estas investigações. Por
toda a parte reconhecerão huma pobreza honesta
e laboriosa, mas nem o menor indicio de huma
ruim propensão. A boa ordem, em que tudo
a«harão, só era compatível com hum coração
suífi-
puro c huma consciência tranquilla , e foi
ciente para destruir qualquer idéa de suspeita.
O mesmo Duresnel sentio fraquear a sua con-
vicção, e até propunha ao Inspector o retira-
rem-se, quando este ainda descobrio hum pe-
queno armário na parede.
» Eis-aqui, disse a Menneval, hum lugar que
ainda não examinámos. Estou persuadido d*an-
temão, que nada encontraremos; mas sem
duvida desejais, como eu, que nada escape ao
exame d'cste senhor. Dê-me a chave d'estc ar-
«

ma ri o. »
Menneval parece ferido de hum raio , elle
121
deixa-se cahir sobre huma cadeira,
gritando com
desesperaeao:
— Estou
perdido!
» A chave d'esle armário!?,, repete
com voz
imperiosa o Inspector, de
quem se esvaecerão
todos os sentimentos da benevolência.
O pobre Menneval, sustentando-sc apenas
em pé, tira da gaveta da commoda huma
chave
com que o outro abre o armário; n'elle sc
acha
huma pequena caixa, e n'essa caixa hum
masso
de bilhetes de banco de mil francos. O
Inspector
os conta: são sessenta! . . .
Toda a duvida dcsapparecco; a indignação
do
Inspector se manifesta tanto mais viva,
era a sua repugnância em crer no quanto
crime.
•Miserável!
que mais quer allcgar para a '
sua justificação? »
Menneval tinha cabido de
joelhos, com as
mãos postas c olhando
para o céo.
— Ai dc mim !. . . esta
prova he terrível!...
porém, senhores, juro por Deos,
que sou inno-
cen te!
• Pois que! Ainda
persiste cm negar, quando
lemos a evidencia do facto?
—Sou victima de incomprchensivcl
fatalidade!
• Te;á bastanle. audácia
para pretender que
I
estes sessenta mil francos....

10.

f
122
Nunca pertencerão a este viajante: he hum
deposito....
» Hum deposito ! ? »
— Escutai: Ha alguns annos, na America,
travei conhecimento com hum Hespanhol, cujo
nome devo calar, por motivos de politica. A for-
tuna não me quiz favorecer; voltei para a França
e obtive o modesto emprego de que vivo. Meu
amigo, que ha muito deixara a America para
voltar à sua pátria, achava-se compromettido nas
desordens de Barcelona ; elle veio para a França
com seu filho, c huma parte da sua fortuna , que
rcalisar. No anno passado, encontrei-o em
poude
Pariz e renovámos huma amizade que nos dei-
xára saudades. Ultimamente, chamado por seus
amigos para tomar parte no movimento que se
diz-me na véspera da partida: « Deixo
preparava,
meo filho cm Pariz, no collègio dc... , a li deixo
o cuidado de o vigiar. Este cofre encerra tudo o
salvar, eu t'o entrego. Sc, passados ,
que pude
Ires mezes não houveres recebido noticias mi- \

nhas, eu terei suecumbido. Então, estes sessenta


mil francos, de que te faço depositário, em-
em beneficio do meu filho, e cumprirás + * *'
prega-os
com o meu ultimo voto, consagrando ao pobre
orphão a amizade que tinhas a seu pafc » Dois
mezes passarão; fiel â minha promessa, lenho
123
velado o filho e a fortuna do meu amigo
Eis-ahi toda a verdade.
* Esta historia he muito bem arranjada, re~
plica seccamcnte o Inspector; porém, ascircums-
tancias que a acompanhão são taes,
que não
podemos dar-lhe o menor credito. Creia-me, e
renuncie a hum syslema de negação,
que não
pode offerecer-lhe salvação alguma; a somma
que este senhor reclama está intacta, restitua-a
voluntariamente; c esqueceremos este infeliz
acontecimento. »
— Fazendo o
que me propõe, eu me reco-
nheço culpado de hum furto que nunca
prati-
quei, c demais, torno-me depositário infiel. Na
alternativa de ser punido innocente, e de evitai
o castigo por hum crime, eu não hesito.
» Carregue pois com a
pena da sua obstina-
ção. Vamos buscar hum magistrado para receber
os nossos depoimentos. »
O Inspector tornou a pôr o cofre no armário ,
afim que tudo ficasse como elles o acharão ; e
tirando fora o braço, faz cahir no chão huma
pequena boceta, da qual sahe huma medalha
d'ouro. Á vista d'essa medalha, Duresnel dá hum
grilo de surpreza, dizendo ao Inspector:
» Deixe-me interrogar esse homem
por meu
turno; quero fallar-lhe huma linguagem ,
que
12_i
ha-de entender.» E voltando-se para Menneval,
pergunta-lhe vivamente :
» He macon?»
Eu o sou, respondeo aquellc.
» E pode esquecer, calcar aos pes os deveres ^
mais communs, quem, revestido de hum ca-
racler respeitável, deveria ter princípios de
honra mais severos que os outros homens! Eu
lambem sou maçon, e he como irmão, que eu
lhe conjuro não consumar a sua perda. A falta
que commclteo, eu a quero considerar hum
erro passageiro; para o reparar, basta ainda que
seja franco. Fallc, eu estou prompto para pro-
tege-lo; eu o apertarei fraternalmente nos
meus braços.
Eu lhe disse a verdade; nada mais tenho
de accresccntar.
» Em que L. vio a luz? »
Na L. de... — Oriente de... V
Que lembrança!.... o seu nome esta
medalha. . . . sim... sim, he a mesma, continua
Duresnel, considerando-a comcommoção; eis-
aqui a data que eu mesmo mandei gravar...
Grande Deos ! infeliz... he n'esta circumstancia
que o torno a achar! »
E dirigindo-se ao Inspector:
» Desculpe-me, senhor, o te-lo incommo-
125
dado; estou firmemente resolvido a não fazer
nenhuma; este negocio sc ha-de terminar
queixa
entre mim e o Sr. Menneval.
» Admiro a sua generosidade, responde o
Inspector, sinto porém que a minha posição
me obrigue a ser menos indulgcnle; o meu
dever he dar immedialamenle parle ao director
«•eral, e reclamar a substituição de hum em-
pregado infiel. »
» Menneval, disse Duresnel, depois que sahio %
s

o Inspector, estamos sóst, confesse a sua falta.»


—Meu coração está magoado, mas não tenho
a fazer-lhe confissão alguma.
» Então, deixo aos seus remorsos a vingança
da minha ruina, pois não sou capaz de entregar
à justiça o salvador da minha filha. »
»

V.

fica sô, e muilo tempo em


Menneval passa
huma espécie de aniquilação; duas únicas pa-
V inlervallos: Destituído !...
lavras pronuncia por
Deshonra do!...
toma huma resolução , pega nos ses-
Emfim ,
.)

126
senla mil francos e vai para a casa de hum
tabellião, a quem faz a entrega.
Sob prelexto de huma viagem, dá ao magis-
Irado publico todos os esclarecimentos necessa-
rios para restituir este deposito ao
pai, ou para
assegurar a herança ao filho.
Desempenhado este dever, volta á casa e escreve
duas cartas: a primeira ao dono do collègio onde
está o filho do seu amigo; na segunda,
que elle
destinava para ficar aberta sobre a meza,
pro-
testava huma ultima vez a sua innocencia, con-
cluindo, que a perspectiva da miséria o não tinha
amedronlado, mas que lhe faltarião forças
para
supporlar a deshonra.
Acabadas estas cartas, tira da
parede huma
pistola que carrega. Depois ajoelha, c de mãos
poslas roga a Deos lhe perdoe o suicídio. Emfim
aponta a arma mortal, e. . .
Dispara o tiro; porém precipitada mão tinha
empurrado a arma, a bala dá na
parede, e ao
mesmo tempo alguém exclama:
» Graças! meu Deus! Graças!...
que eu che-
guei a tempo! »
Mcnneval, na sua prcoecupação, tinha deixado
a poria aberta, e a mão que veio desviar o
golpe
mortal foi a de Duresnel. Viera com tanta
pressa,
que mal podia respirar.
¦-,' ¦»- ¦•¦ —*

127
— 0h! senhor, diz Menneval com voz sombria,
deshonrou-me, e quer que sobreviva á minha
dcshonra! he ser duas vezes cruel!
» Não, não! exclama Duresnel. Sou eu que
venho implorar seu perdão. »
E então declara-lhe, que na sua ausência
Maria achara nhuin bahú a carteira, cujo desap-
podia ter causado n'este mesmo
parecimento
momento irreparável infelicidade.
Como hc que essa carteira, que elle estava
ccrlissimo de ter posto no cofre, se podia achar
em hum dos bahús? Tal he a pergunta que a si
mesmo fazia, quando lembrou-lhe hum facto,
ao qual até ali não dera a menor atlcnção.
O leitor estará lembrado, que na oceasião cm
Duresnel fazia os seus preparativos para a
que
o cofre estava n'hum bahú aberto e
jornada,
cheio de roupa. O cachorrinho, que se tinha
apoderado da carteira , fugindo á chegada do
dono, deixou cahir no bahú a sua presa ; a car-
teira escorregou por entre duas camizas, e o
bahú foi fechado por Maria , sem que elia desse
por este facto.
» Graças a Deos, ajuntou Duresnel, eu posso
a divida que tenho contraindo com o sal-
pagar
vador da minha filha, c reparar o damno que
fiz á reputação de hum homem de bem. Menne-

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128
vai, pode perdoar-me ^
. dar a sua mão a
• •

hum amigo sincero?.... quer que não nos


separemos mais? . ..
Menneval chora de alegria , não pôde respon-
der, elle se lança nos braços de Duresnel.

Oito dias depois, Menneval occupahum lugar


importante na empreza cm que Duresnel em-
os seus fundos; c antes de findar hum
pregava
anno , elle recebe de Maria ao pé do altar hum
juramento diclado pelo amor c pela gratidão.

\.

¦*.*•

%_ *
129

HYMNO MAÇ. DO SÉCULO XVI


•>
L
A
IVnduzido do inglês, do h. Lnwrence Slicldon.

I u Cori-piiéo : — Silencio, meus Irmãos, Silen-


cio. u astro da noite já
percorreu
metade da sua carreira: estão termi-
nados os nossos ritos sagrados; o tem-
pio vae-se fechar.
iOno. -Arcli. do MundoI— Deus, três
vezes
grande ! —Ente Eterno! — Lança uma
vista de bondade sobre este lu^ar
onde, celebramos o Teu nome.
I m CoRYpnío.—Abobada celeste, templo a«rcslc,
rcsôa com os nossos hymnos myste-
riosos; nunca o olho do
profano pene-
Ire n'eslc recinto; nunca o
pé do pro-
fano pise este solo sagrado.
*
-íUIIO.
("1 -Arch. do Mundo, &c.
Uai Convphéo.— Homens dc Iodas as regiões,
acudi; a chamma se eleva, brilha o
gladio! Sc vossas intenções são rectas,
se puro é o vosso coração, sois nossos
Irmãos; um laço mais estreito nos unirá
para o futuro.
u
130
Coro. — Arch. do Mundo, &c.
alma
m Coryph-O. —Longe de nós o homem cuja
fria não se compadece dos males do seu
longe de nós aqucllc, cujos
próximo;
olhos nunca se humedecem com as
lagrimas da sensibilidade; é este o ver-
dadeiro profano; o templo para elle
está fechado.
Cüno. —Arch. do Mundo, &c.
I m CoRvniÊo. —Tu, que sabes appreciar a ami-
zade, tu que respeitas a velhice, que
próteses o fraco, chega-te; nosso cora-
ção te-dezeja; e tu , virtuoso patriota,
és digno de ser maçon. Nossos antepas-
sados também protegerão os fracos c
velhos, e derramarão o seu sangue pela
pátria chara.
Coro. — Arch. do Mundo, &c.
—Gloria, honra, protecção a vir-
I m Corypiiko.
tude! para ella levantamos o templo.
Desgraça ao crime! Estivesse elle
cercado de triplico barreira, estivesse
embora escondido debaixo de amon-
toadas rochas, nossos braços myslc-
'
riosos o alcançarão, c férrea calccla
seus passos na caverna onde
prenderá
expirou o tenebroso Gryffydli.

é\
x 13i
Coro. — Arch. do Mundo, écc.
lÍM Cobyphéo. — Maçonsdo Oriente, do
Norte,
do Meio dia, uni-vos aos vossos Irmãos.
Outro Çoryfiiéo.—Para
que um amplexo fra-
ternal termine este dia. — Espirites
aéreos, sede allenlos aos nossos ser-
moes; acompanhai os nossos hymnos
com o som das vossas harpas divinas.
Primeiro Coryimúo. -Recebei nossa
homena-
gem, Irmãos que habitais a mansão dos
Justos. Yède
que conservamos inalte-
raveis os ritos sagrados
que nos haveis
transmittido de séculos em séculos.
Outro Coryhhéo.-Virtuoso mortal,
cuja sabe-
doria preside aos nossos trabalhos,
descei do throno; é chegada
a hora;
fechai o templo.
Côno. - Arch. do Mundo! Deos,
três vezes grau-
de! linlcKlerno!-Lança uma
Vista
de bondade sobre este lugar,
ondece-
Jebramos o Teu nome.

FIM
¦Jj-4- —-— ¦- ^-swr.

132

>'¦

ÍNDICE

(f.

A quem ler • *#

Calendário tios doze mezes 7-5() /


MlSCELLAKEA , COUlendo :
51)
Svnopse histórica
nti
üvaflí-Meslres. • * •
79
Imprensa periódica.
80
Themas para discursos.
88
Noticia maç. sobre Voltaire
(J2
Uesposlas do Príncipe G nUlicr mo Frederico. . . .
Luiz Bcuiie 93
lJ7
Lojas \iandantes.
• 99
Maçoneria dadopçào •
101
Sociedade dos Trinos na China
103
Vantagens da Maç
407
A medalha de honra
12!)
Hymno
_r
do século XVI

M
«™

do I.a.radio, 53.
W Bio dr Jaucir., 1S',5. T? _.. Ci.cr.al d« LAEMMERT, ru.

1--T_

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