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ALMAMR MAÇONICO
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TYIIOGRAPHIA UNIVERSAL DE LAEMMERT
Rua do Lavradio, 53
1845
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CALENDÁRIO MACONICO
PARA
5846
FESTAS.
S. João Baptista.
S. João Evangelista.
S. Jorge (na Inglaterra).
S. André (na Escossia).
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REFLEXÃO.
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A QUEM LER.
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Dias do Mez
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EPHEMEMDES MAÇONICAS,
Nisan Marro
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1.° MEZ.
isan Abril
/
1.» MEZ.
Nisan Abril
corados com as suas insignias, a pedra
fundamental para a Igreja de Santiago.
28 17 1838. Installação da G. L. S. Jorge na ilha de
Grenada (Antilhas).
29 18 1842. Decreto do Supr. Cons. 33 de França,
authorisando aos Capitães maç. que,
no caso de perigo, possão arvorar nos
mastros do navio uma bandeira maç.
Eis o extracto dos principaes Artigos
deste decreto:
Art. 3. Qualquer Capitão de navio
achando-
que pertence á maçoneria,
se em perigo pôde arvorar uma ban-
deira maç. Esta bandeira é quarteada
de azul e branco, tendo no branco
duas mãos estendidas em signai de
soccorro, e uma cruz por cima.
Art. 4. Esta bandeira protege toda
a tripulação e exige o mais prompto
auxilio de qualquer irmão que a reco-
nbecc.
Art. 7. A parte deste decreto, que
versa sobre os distinctivos da ban-
deira, será publicada e remettida a
todas as LL. de todos os ritos e svs-
temas, em todos os Orientes conhe-
cidos.
Assign. Conde de Chabril/an; Conde
de Monthion; Allegry; Gui/frcyi Conde
de Fcrning; Duque Decazcs. — O Sc-
cretario, Desfammcs.
30 I 19 1792. Fundação da G. L. de Massachussctts
cm Boston (Est. Unid.)
Bcurnonvillc,
31 1 20 1821. Morte do Marquez de França. Tendo
Marechal e Par de
em diflerentcs
praticado a maçoneria e reco-
paizes, amava esta instituição a ordem
nhecia sua influencia sobre
social. Com a queda do governo im-
a maç.
perial, aebando-sc privada
franceza dos mais poderosos protec-
tores, o Marechal de Bcurnonvillc,
diiigindo-'se directamenle a Luizxvm
conseguio a promessa da sua Alta
protecção. •
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s
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JIAR
SEGUNDO MEZ MAC
i.
2.o MEZ.
Dias do Mez
maç. vulg.
EPHEMEMDES MAÇOMCAS.
J_ar Abril
2.° MEZ. T.
Jiar ALril
2.» MEZ
I Jiar I Maio
assistência das autoridades publicas.
Este hospital é o legado liberal do Ir.
Jamsetjee, primeiro indígena que
Grã-Bretanha toi
pelos soberanos de
elevado ás honras de Cavalleiro.
8 1842. Oprestante Ir. Dumont-Durville da , Con
18 ca-
tra-almirante, perece victima
tastrophe do caminho de ferro a Ver-
RülílCS
debaixo
19 I 9 1802. As LL. de Portugal collocão-se
da Proteccão da G. L. de Inglaterra.
Installaeão da G. L. da Hollanda sob a
20 I 10 1818.
Presidência do Gr. M. o Príncipe
Frederico.
Ernesto Augusto,
21 I 11 1796. Iniciação do Príncipe
hoje Rei de Hanover, em Londres.
a som ma de
22 I 12 1814. O Gr. Or. de França vota
mil francospara se restabelecer a esta-
lua de Henrique IV.-O Supr. Cons.
33 vota igual somma para o mesmo u m.
subscreve
23 I 13 1843. A L. de Pringston (Jamaica) victimas
l,500lib. esterl. em favor das
do ultimo terremoto.
depois
24 1 14 I 1798. Iniciação do Duque de Sussex,
Gr.M. do Povo maç. ^Inglaterra, na
L. lioyal York em Berlim.
~ I¦ 15 I 1786.
25 Edital do Imperador José II, concen-
trando
na Cidade de Bruxellas todas
as LL. dos Paizes Baixos d'Áustria.
2G I 46 1800. Fundação da G. L. em Genebra (Suissa). em
I 27 1 17 1775. Abertura do convento maçonico
Brunswik, sob a presidência do Duque
Carlos. .
28 18 1843. Incêndio da L. de Spalding (Inglaterra).
boje Rei
29 1 19 1823. Eleição do Príncipe d'Orange , do Gr.
da Hollanda, para Presidente
Cap. da Haya. _ #
Bainha
30 20 I 1843. O Príncipe Alberto, esposo da
dlnglaterra, e o Príncipe Jorge de y.
L.
Cambridge, forão iniciados na
Jlpha-Royal, cm assembléa conyo-
cada para esse fim.
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Escuta a voz da natureza. — Todos os homens são iguaes,
não formão senão uma só família; se tolerante, justo c bom,
e serás feliz.
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3.° MEZ
Dias do Mez
mar. 1 vulg.
EPHEMERIDES MAÇOMCAS.
Sivan Maio
3.° MEZ.
Shan Maio
Sivan Junho
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Todas as tuas acções sejão dirigidas para 0 bem geral.
JuIm-m antes; c. se uma d Vilas te parecer duvidosa , deixa-a,
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II." MEZ.
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I Dias do Mea
maç 1 vulg.
EPHEMERIDES MAÇONICAS,
Tam- Junho
muz
abre
21 1740. FVedèiicfô o GraYide, Rei da Prússia,
em seu palácio, em Charlottem burgo,
uma L. onde elle mesmo como Ven.
vários Príncipes
preside á iniciação de
d'Alleinanha.
99
má má 1842. Creaeão de um Instituto de soecorro
de maç. pobres
para viuvas e orphãos
cm Goctlingen (Hanover), pelas LL.
Augusta, Templo d'Amizade, e Pyllia-
«%
hE MEZ.
Tam-
mu/. Junho
inauguração. A- medalha que o Gr. Or.
mandou cunhai* n'esta oceasião, re-
lado a fachada do
presenta cie hum
templo , em cima a águia de duas
cabeças. O reverso tem as datas da
inauguração, e do lançamento da
primeira pedra fundamental.
5 25 1791. Fundação da G, L. de Rhode-Island
(Est. ünid.) d In-
6 26 1830. Morte de .lorge IV, antigo Gr. M.
ql a terra. e o
7 27 1811. Filiação entre o Gr. Or. dc França
Gr. Or. de Polônia.
lngla-
8 28 1717. Inslallação da primeira G. L. em
terra.
maço-
9 29 1843. O Ir. Peigné, redactor da llevuc deci-
lúquo, eliminado da Ordem por
são de 7 de Maio de 1835, por ter
ao Gr. Or.,
publicado arligos hostis direitos maç.
foi reintegrado nos seus
de
10 30 1775. Eleição do Duque Ernesto ^Saxe-
do sys-
Golha para Gr. M. pelas LL.
Ju) ho tema de Zinz.endorf.
ii 1733. A G. L. de Londres instituo a primeira
L. em Yalenciennes , com o Litulp dis-
linclivo .V. 'loão do Deserto.
12 1751. Edital d'ElUei Fernando Yl dlíespanha
conlra os maç.
o uso
43 3 1777. O Gr. Or. de França estabeleceu
da palavra sem esl ral.
em
14 4 1811. Fundarão de um Supr. Gons. 33
Madrid, pelo Conde de Grasse.
uma G. L.
d5 5 1784. Cagliostro inslilue cm Pariz.
de adopção ch» rito egypcio.
16, G 1700. Lancamenln da pedra fundamental para
O hospicio dos pobres em EdimblirgO,
pela G. L. d'Kscossia.
17 1S0G. Nomcarí... do Marechal Kelleimann,
do Gr. donsisl. «52,
para Presidenle
í do rito da Perfeição.
a b.
1837. A G. L. de Nova-York suspende
í 18 8
York N. 667, por ler feilO uma pro-
cis^ão publica no dia de S. .loão ante-
cedente. ,
/M 9 1329. Morte de Roberto Brnce, Rei d Eseossia,
19
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&.o MEZ.
Tam- Julho
muz
a quem os maç. attribuem a restaura-
ção da Ordem Real de Heredom e
Kilwinning.
20 10 1826. O Duque de Modena manda publicar
nos seus estados a bulla de Leão XII
contra os mac. *
21 11 1736. Circular pelas principaes LL. d'Edim-
burgo, convidando os maç. d'Escossia
a estabelecerem uma G. L.
22 12 1799. Bill do Parlamento inglez contra as so-
ciedades secretas, exceptuando as LL.
maç.
23 13 1843. Inauguração do novo templo da L. Ar-
vore Florescente, emEisleben (Aliem.)
24; 14 1844» Morte do Ir. Young, na idade de 37
annos; foi excellente cômico no thea-
tro de Drury-Lane, em Londres. To-
dos os productos das representações
em seu beneficio, cedeo sempre aos
institutos em favor dos maç. pobres.
25 .15 1844» Fundação da L. Royat Sussex, em
Jerscy.
26 16 1782. Abertura do convento maç. em Wil-
helmsbad, sob a Presidência do Du-
que Fernando de Brunswik.
27 17 1830. Circular do Gr. M. Duque de Sussex ,
ás LL. d'Inglatcrra, por oceasiâo da
perda que teve a Ordem na pessoa de
Jorge IV, antigo Gr. M. e Protector
da maç. ingleza.
28 18 1777. A G. L. Royal York, cm Berlim, inau-
gura o retrato de Frederico o Grande,
dado pelo mesmo, junto com uma
carta autographa, assegurando sua
protecção.
29 19 1837. O Gr. M. Duque do Sussex apresenta
á Rainha Victoria um addrcss dos
maç. ingl., pedindo a sua protecção
e invocando sobre cila as bênçãos dr»
Gr. Arch. i\o t niv. ,M;
30 20 1813. Iuslallaçâo de uma L. prussiana— Cruz
de ferro — na campanha da Silcsia,
que teve por principal objecto, pro-
teger os maç. no decurso da guerra.
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5.» MEZ.
1 Dias do Mez
mac. Tulg.
EPHEMERIDES MAÇ0N1CAS,
Ab Julho
Ab Julho
Àb Agosh
tos. As principaes disposições são:
será iniciado sem
que nenhum profano
e escrever; que,
pelo menos saber ler depois da recep-
dentro de seis mezes
na G. L.;
ção, deve-se fazer matricularno mesmo
ser
que nenhum Ir. pôde
tempo Ofílcial em duas LL., e que
nenhum pôde occuparolugar de Ven.
consecutivos,
por mais de dois annos a G. L. dê au-
sem que para esse fim
torisação especial.
25 14 1738. Iniciação de Frederico — o Grande em
nma L. de Brunswick. O Conde de
Lippe refere o seguinte: O Principe
Real chegou á meia noite. Conforme
o seu desejo de ser tratado como qual-
todas
quer particular, observárão-se
as formulas do costume, e tivemos de
admirar o socego e desembaraço do
real neophvto. Retirou-se o Principe
muito satisfeito ãs quatro horas da
madrugada.
solemni-
26 15 1840. A G. L. d'Escossia lança com
dade a pedra fundamental para um
monumento em memória do seu Ir.
Waltcr-Scott, que foi membro da L.
David, em Edimburgo.
contra
27 16 1785. Ordenança do Eleitor de Baviera
os llluminados.
1 ro
28 17 1786. Morte de Frederico o Grande, o
tector da maç. na Prússia.
29 18 1843. A L. Templo das Virtudes, em Pariz ,
aceusada de ter recebido profanos por
menos do minimum estabelecido, rc-
cusou apresentar os livros a uma cem-
missão especial, enviada pelo Gr. Or.
O mesmo riscou do seu seio a L. rebel-
de, que achou accesso no Supr. Cons.
33, onde foi de novo installada. M
30 19 1842. Mj.PhcbusApoIlo.vAu Gustrow (Aliem.),
funda um Instituto de soecorro para
as viuvas indigentes d'aquella cidade, ¦f
20 1842. Installação da L. União-Ostfrisit.isc, em
31
Aurich (Hanover). h
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ELUL .
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6.° MEZ.
mar. 1 \ulf..
El.lEMEMDES M/iÇOMCAS.
Elul Agost.
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Elul Sct.°
6.° MEZ.
Elul I Sei.0
liam Morgan, autor das Illustrações
da maç.
em
1740. Fundação da G. L. dos Trcs Globos, Em
Berlim, por Frederico o Grande.
1840 celebrou esta G. L. com a maior
anniversario
pompa possível o seu
secular, e mandou n'esta oceasião
cunhar uma medalha em memória do
Alto Fundador e primeiro Gr. M. da
maç. na Prússia. Esta medalha, exe-
cutada pelo celebre artista Loos, tem
de um lado o busto de Frederico
como Principe Real, e a inscripção :
Fridericus Ü Boruss. Rcx, LaiomuB
Conditor BeroUni et Primas III Gfo-
borum Pracsul. No reverso uma rica
cortina ornada com as insígnias da
G. L. encobre o mysterioso sanetua-
rio, donde sobrcsahem raios do sol;
o exergo tem as palavras : Sacra
latomorum in regno borussorum D. 13
Scplemb. 1740 inaugurata.
Morte do Presidente Washington, Cr.
M. de todas as LL. nos Est. Umd.
Erecção do Gr. Coll. dos Ritos, no Gr.
Or. de França.
27 Bullado Arcebispo de Tuam (Irlanda),
declarando hereges os maçons. O
hábil 0'Connell chamou cm seu au
xilio a parle inepta d'este clero.
Mi-
1838. O Cr. Or. de França denuncia ao
nistro da Policia uma Sociedade des-
conhecida, que em Bordeos debaixo
do titulo de Loja maç. Amigos alegres
promove as suas reuniões. ••
<•¦» favor «<»
29 1814. A li. d<: Gothémbürgo dá
concerto, a que
pobres um grande
assistirão 0 Rei Carlos XIII, a Uai-
nha e a maior parte da còrle da
Suécia. .
A L. Clemente Amizade dePariz appella
contra a sua demolição pelo Gr. Or.
Resolução da Dieta Germanici contra
as sociedades secretas.
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ETHANION
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7.» MEZ.
EPHEMER1DES MAÇONICAS.
Etha- Set.°
nion
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m
.
7.° MEZ.
Etlia-
uion Out.«
7.» MEZ.
Etha- 1 0ut.°
nion
maçons de outras officinas como mem-
bros honorários.
18 8 1789. Installacão das GG. LL. de Gonnecticut
e New-Hampshire (Est. Unid.)
49 9 1839. Fundação do Supr. Cons. 33 na Luisiana,
(Nova Orleans, nos Est. Unid.)
20 10 1821. Circular do Gr. Or. de França, decla-
rando que não reconhece o rito
egypcio.
21 11 1818. Circular do ministro da Policia, annun-
ciando que El-Rei Luiz XVIII não
considera as LL. maç. como socie-
dades secretas, e que S. M. se dignou
aceitar d'ellas uma medalha com a
sua efligie.
22 12 1785. Weishaupt, fundador da Ordem dos
Illuminados, perde a sua cadeira de
Professor na Universidade de Ingol-
stadt.
23 13 1800. Installacão da G. L. de Kentucky (Est.
Unid.)
24 14 1804. Morte do Marquez de San-Martin, fim-
dador do Martinismo, em Aunay,
perto de Pariz.
25 15 1810. Installacão do Gr. Or. helvctico romano,
cm Lausanna.
26 16 1735. Uma L. em Amsterdam é invadida
por homens fanáticos, que maltratão
os Irmãos e quebrão a mobília.
27 17 1826. O Gr. Or. de França condcmna a obra
do Ir. Signol, intitulada — A maç.
considerada em suas relações com a poli-
fica.
28 18 1776. O mesmo Gr. Or. decreta a publicação
de um jornal maçonico.
29 19 18Ü3. Formação de uma L. em Londres, que
trabalhará em francez, tendo iá uina
endo já
na mesma cidade que trabalha n«>
idioma allemão.
30 20 1789. Edital d'ElIlci da Prússia contra as so-
ciedades secretas, com excepeão es-
pecial a favor das LL. maç.»
stBBgu
1
MARSHEVAN
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3.
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8.° MEZ.
Dias do Mez
mar. lB'
EPMER1DES MAÇONICAS.
Mars-
hcvan Out.«
uma
1844. As LL. de Bordeos estabelecem
caixa central para melhor regularisa-
rem a distribuição das beneficencias.
Chartres como
1772. Installação do Duque de do
Gr. M. do Gr. Or. em casa própria
em
Principe, na rua de Montreuil,
do
A L S. Pedro offerece ao redactor rica
Freemasons Quarterly Review uma
caixa de tabaco, ornada de emblemas
maçonicos em relevo.
o concurso
1842. Inauguração solemne, com dos
das sociedades maç., da abertura
cio
canaes que conduzem as águas
York.
Croton para a cidade de Nova
Lord Fitz Clarcnce, filho natural do
1843.
defunto Rei Guilherme IV, ó elc.toGr.
M. da G. L. de S. João d'Escossia. L.
1842. Grande festividade de adopção na
6 26
Os Amigos da Uxúào, cm Mayença
(Aliem.) _ , aotor
1827. Morte do Ir. Thory, em Panz,
7 27 üo
das Aclas latomorum e da Historia
Gr. Or. de Franca.
1768 A G. L. d'lnglaterra requer á Gamara
8 I 28
dos Communs ser reconhecida como
corporação do Estado.
9 29 1825. A L. S. tais, em Pari/., delibera que
sete
se celebrào as exéquias maç. dos
em
Irmãos hespanhoes executados
Grenada no dia O de Setembro.
Instituição , Gr. Or. dc trança, de
30 1838. pelo maç.
medalhas em recompensa dos
seus talentos
que se distinguem pelos
e virtudes. .,
em 1 erlinj convida
11 31 1838. O Ministro da Policia nao sc
a todas as LL. da Prússia para sem
s
filiai em com LL. estrangeiras,
prévio aviso. i
T
S.° MEZ.
7
Mars- ^T
heTan Nov-°
I
-ry??Z~- -.ywRT"^; <' "^-fV
GHISLEU t.
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-* -*"*r"* '3ffari *¦">"*> v
9.° MEZ
Dias do Mez
maç. 1 vulg.
EPHEMERIDES MJkÇOMCAS.
Chis-
leu Nov.«
.9.* MEZ.
Chis- (
leu Nov.0
í
t>
>ma L.', pagou com tanta ingratidão
e baixeza os benefícios que lhe forão
prodigalisados. A L. participou este
deplorável acontecimento a todas as
LLr em todos osOOr. para despertar a
vigilância no exame dos documentos,
e não se limitando sô a esta providèn-
cia, convidou os seus possuidores a se
fazerem efiectivainente iniciar na Or-
dem, levando em conta a quantia in-
devidamente paga; e aquelles que não
querião entrar, ella rcenibolçou as suas
incautas despezas e queimou os ditos
documentos. A mesma L. pagou 34
d'estcs documentos falsos com 100
llorins (cerca de 80$000 rs.) cada um.
10 30 1754. Data da Carta dc erecção da G. L. na
l)t'/..° Suécia.
11 1 1785. O Imperador José II d^nslria manda
reduzir o numero das LL. nos seus
estados. ;1:
12 1813. O Gr. M. Duque de Susscx decreta a
fusão das duas CG. LL. dMnglaterra,
, o que se executa em 27 do mesmo
mez.
13 1838. A G. L. Jloyal- York, em Berlim , con-
cede que os maç. polacos sejão soe-
corridos pelas LL. a*Allemanha.
14 1802. Estabelecimento do Supr. Cons. 33 do
riioeseossez ant. e aceito, cm Charles-
town (Carolina de S. nos Est. Unid.)
15 5 1843. Lançamento da pedra fundamental para
O edifício da L. Fe, Esperança, Ca-
ridade, vm Agra, pelo Deput. Cr. M.
de Bengala o Ven. Burilou.
16 6 1816. Installação da L. Vnião-Fredcrico em
liava, pelo Príncipe G. M.
17 7 1843. A L. Carlos da Columna coroada, em
Brunswick, offerece ao Ir. Jaeob Lan-
gerfeld uma medalha no dia do anni-
versario em que ha 25 annos tomou o
primeiro malhetc, e o tem conservado
depois sem interrupção.
18 8 1808. O embaixador da Pérsia, iniciado no
dia 4 dVstc mesmo mez, confere com
'"** V»_S8-____S_._
fc» -»¦*_*.*»??**¦¦ !
9.° MEZ
Chis- ...
leu * Dcz-°
de uma
a G. L. o estabelecimento
officina em Ispahan.
cm Blidab (Al-
19 9 1844. Installacão da L. Mias
cm Hallc (Prússia),
20 1843. \?l!t™ Espadas,
10
celebra solemnementc o «nmversano
dc 400
secular da sua fundação. Mais
maç. vierâo assistir a esta ccremonia.
Todas as LL. MUemanha mandarão
os seus Representantes. O Príncipe
assistir
Frederico Guilherme não pôde
mcm-
em pessoa, pela morte dc um ricas
bro da família real. Muitas ç do
offertas recebeu a L., entre ellas,
mi-
Prineipe uma magnifica Bíblia ,
L. marcou a
pressa lia 200 annos. A
sua entrada no 2.» século pela creaçao
ap-
de um cabedal, cujos juros serão
de viuvas pobres
plicados cm favor
dos maç. fll
Corlu (Ilhas
21 I 11 1843. Installacão da L. P/.cnifficm
lonicas). , ,
apresentou o modelo
22 I 12 1844. M. Hodges Bailey Sus-
da estatua do defunto Duque de
sex. Esta estatua, executada em mar
more, será collocada na grande sala
da G. L. em Londres.
Installacão da L. Progrenso da Oceama
23 13 1844-
nas ilhas de Sandwich.
de Pariz íbrmâo uma junta para
24 14 1831. As LL.
soceorrer os polacos refugiados.
a
25 15 1843. O Gr. Or. de França decide publicação
de um jornal maçonico, intitulado
Duíletin irimcslriel. .
26 16 1844. Installacão da L. A França cqutMttMl,
cm Cavenna.
Inspcc-
27 17 1771. A 6. L. de França instituo 22 de vi-
tores Provinciaes, incumbidos
sitar todas as LL. do Reino.
>cw-Jcrscy
28 I 18 1786. Fundação da <_. L. em
(Esl. Unid.) da L. f I cr
29 I 19 1843. Inauguração do novo Templo
dade e Amiiadc, em Coburgo .Aliem.,)
30 I 20 I 1837. Fundarão da G. L. em Texas.
THEBET
DÉCIMO MEZ MAÇ.
Dias do Mez
mar. vulg.
EPHEMERIDES JIIACOMCAS.
'lho-
Dr/.*
bet
The-
bet Dez.0
10.» MEZ.
r
The-
Jan.°
bet
19 8 1828. O Ir. Teste, depois Ministro dos Tra-
balhos públicos em França, foi eleito
Ven. da L. Perfeita intelligencia em
Liège , quando estava refugiado na
Bélgica.
20 1815. Declaração do Grande Inquisidor d^Ies-
se
panha, convidando os maç. para
denunciarem elles mesmos, no prazo
de 15 dias, sob pena de serem depois
rigorosamente punidos.
21 10 1843. Legado de 300 libr. est. feito pelo Ir.
Henelley , em beneficio da eschola
para as orphãas de maç. em Londres*
22 11 1830. A L. Perfeita União, em Pariz, dislribue
alimentos aos pobres durante a esta-
ção invernosa.
23 12 1807. Luiz Napoleão , então Rei de llollanda,
se expõe aos maiores perigos , para
salvar as victimas da explosão de um
navio carregado de pólvora, que des-
truiu parte da cidade de Ley de.
24 13 1778. Installação da G. L. na Virginia (Est.
Unid.)
25 44 1842. Fundação da L. symbolica Cruz vivente,
em Lippsladt (Allemanha).
26 15 1817. Installação do Supr. Cons. 33 em Bru-
xellas, pelo General Bouyer.
27 16 1843. Morte de James Ritschic em Montroze
(Inglat.), membro da L. S. Pedro,
cujo templo fez construir.
28 17 1819. Os membros da Ordem màçonica dos
Cavalleiros de Carlos Mil, na Suécia,
oircrecem em audiência publica a El-
Bei Carlos João XIV tuna medalha
de ouro, cunhada cm memória do
defunto Piei.
29 18 1835. L.
O Gr. Or. de Haity liga-se com a G.'tres
nacional da Suissa e com a (í. L.
Globos* em Berlim.
30 19 1838. Publicação dos estatutos do Gr. Or. da
Bel,Tica,
31 20 1844. Morte de Bichard Smith, cin. Bristol,
um dos mais instruídos maç. dMngla-
terra.
SABET
í^^êm^iíí
4.
11.0 MEZ.
r Dias do Mez
mar. I vulji.
EPHEMERIDES MAÇONICAS,
Sabei Jan.°
de
21 1808. Iniciação do Gr. Duque Alexandre da
Wurtemberg, tio do Imperador
Rússia, na L. Phenix, em Pariz.
capitão de
2 22 1843. Exéquias maç. do Ir. Julião,
navio, que falleceu em Bordcos,
querendo salvar naufragados.a L. Ter-
23 1837. O Gr. Or. de Haity suspende
dadeira Gloria, em San Marco, por
desobediência.
Rosslyn,
24 1778. Morte dc William S. Clair de
ultimo (ir. M. hereditário da maç. na
Escossia.
Or. dc
5 25 1824. Adopção do rito haitiano pelo Gr.
Haity.
com a
6 26 1813 O Gr. Or. de França contnbuc
fr. para a compra dc
quantia de 5,000
cavallos para o exercito.
mag-
27 1823. AG. L. dlnglaterra remette um
nifico presente (masonic offering) ao
Duque de Moira, Gr. M. Adj.
28 1787. A G. L. da Carolina do Norte (Est.
Unid.'-) declara-se independente da
G. L. d*Escòssj.a.
29 1773 Nascimento do Duque de Sussex,lngla- que
foi Gr. M. do Povo maçou, na
terra, desde 1813 até 1843.
offe-
10 30 1844. A L. S. Jor^c, em Nortli Shields,
receao seu Ven. John Walkcr Majson
uma magnífica caixa de tabaco, em
reconhecimento dos seus infatigavets
esforços a prol da Ordem e da dita L.
ce-
11 31 1842. A L. Archimcdes, em Allemburgo,
lebra com grande solemnidade o anni
versario secular da sua inslallaçâo.
da
12 1 1840. Morte do Ir. Mayor, representante
G. L. de Hamburgo, em ILmovcr.
13 *> 1840. Christiano VIII, Rei da Dinamarca,o
dns seus Estados que
participa âs LL.
seu accesso ao throno não lhe impede
¦ -ar "
i
11.° MEZ.
Sabet Fcy.«
•i
a continuação das funcções de Gr. M.
da ordem.
44 1844. Festa annual da L. Ccstrian, em Chcster
do Ba-
(Inglat.) Depois da iniciação
ronete de Wynstay e do Lord d'Hills-
borough, procede o Ir. Brown á lei-
tura de um extracto dos registos daL.,
d'onde resulta que os membros das
mais antigas c nobres familias de Ches-
ter sempre tinbão feito parte d'csta L.
15 4 1822. Morte do Conde de Vàlence , Gr. Com.
do Supr. Cons. de Fiança.
a
16 5 1843. A L. União, em Limerik, delibera
educação de quatro orphãos á sua
custa.
a
17 G 1786. Iniciação do Príncipe de Galies, sob
Presidência do Duque de Cumberland,
em Londres.
18 4843. As LL. em Brunswick for mão uma so-
ciedade, cujo fimé o desenvolvimento
da maç. por conversações, leituras e
conferências oratórias.
19 8 1838. O Ir. Dacbeux, marinheiro famoso pelo
grande numero de viclimas uma que tem
salvado das águas, recebe me-
dalhade ouro da L. RígidosEscossczes.
20 9 1767. Iniciação <!e Henrique Frederico, Du«
que de Cumberland.
21 10 1790. O Príncipe Eduardo, Duque de Kent,
filho do rei d'Inglaterra, ê iniciado
na L. União de corações, em Genebra,
22 11 1842. Eleição d») Conde Emmanucl de Las
Casas para C. M. Adj. do Cr. Or. em
Pari/..
23 12 IS^0. O Conde de Ségur é nomeado <*r. Liom.
do Supr. Cons. 33 de França, e 0 Du-
que de Choiseul seu adj. o
24 13 1844. A L. Carlos, em Brunswick, celebra
anniversario secular da sua fundação.
— A Gr. L. Nacional da Suécia pu-
blica a matricula, da qual consta que
11'aqiicllc pai* exislem qualro LL.
Provinciaes, sele LL. Escossczas, c
do/.c de S. João.
25 14 1844. Um baile, dado por mar. em Cork,
li.» mez
í Sabet Fct.»
libr. esterl.,
produziu para mais de 100
soccor-
que forão destinadas para se
rerem orphãos pobres.
2C 15 1844. Morte do Ir. Henry Addington, Vis-
conde de Sidmouth, na idade de 87
annos.
27 .6 1766. Iniciação dos Duques de Gloucester e de
Cumberland, irmãos do rei JorgeIII.
28 17 1820. Inauguração, em Haya, da primeira L.
do rito antigo reformado, proposto
pelo Principe Frederico.
29 18 1843. A L. Os Corações Sinceros, em Pariz,
dá uma festa maçonica em beneficio
da Casa central de soecorros. — Fun-
dação de uma Sociedade pela L. Lcs
Cheva/icrs du Temple, em Lyon, que
tem por fim soecorrer com dinheiro os
membros cíleetivos nas suas enfermi-
dades e fazer-lhes o enterro (que tam-
bem se entende com suas mulheres e
filhos). O Ir. que por moléstias não
se poder oecupar dos negócios da sua
profissão , recebe diariamente no pri-
meiro semestre 2 francos, no segundo
semestre 1 franco c 50 cent., e se o
seu impedimento continua por mais
de um anno, elle então recebe 8
francos cada me/.. Quem adoece por
conducla irregular, não tem direito
a este soecorro, como lão pouco os
Irmãos, que antes da sua iniciação,
erão aflectados de doenças incuráveis.
30 19 1844. A L. Perseverança , em Rouen, dislribue
medalhas de prata aos Irmãos Sc^rc-
tario e Thesoureiro, para perpetuar OS
longos e úteis serviços prestados por
elles.
31 20 1802. Os maç. de Schles^ig, em presença do
Príncipe de IIcssc, lançãO a primeira
pedra Fundamental para o Hospício
em favor dos doentes pobres e mulhe-
res parturientes. $
I
- !L..
ADAR
.**».
UNI ÃO1
I)'ella depende a conservação de corpos c de indivíduos.—
* Uma'só vontade.— Um so interesse. — A conseqüência será
Pkospkkiüadk.
12.° MEZ.
Dias do Mez
maç. vulg.
EPIIEIE-UDÈS 5IAÇ0MCx\S,
Adar Fcv.o
12.° MEZ,
Adar Marco
k--
12.° MEZ
r r
Adar .\iarco
»i
? 4
II
MISGELLANEA
ifyppü. "--ssss**^
r N ü O' 1 SÍATTO^.
Dietr,
Franc-Maçon, connais-toi, mets ton esprit en
Prie, evite Péclat, contentc-toi de pcu,
Écoutc sans parler, sois discret, fuis les traitres ,
Supporte ton égal, sois docile à tes mattrcs;
Toujours actif et doux, humble et prftft à soulFrir f
\pprcmb Part de bien vivrc et cehú de mmvii.
• »
*
61
soecorros recíprocos. Sempre perto da obra ein
construcção, estabelecerão uma casa—loja— (*)
hütte, francez maisonnette, latim mace-
(allemão
ria), onde se reunião. N'ella achamos: Sêniores
(vig. ?), Secretários, Guarda-sellos, Archivistas,
Thcsoureiros, Médicos e Serventes. Em seguida,
admittirão lambem, nas suas corporações, pes-
soas que não erão da profissão: os ricos como
membros honorários; os pobres, como filiados;
d'estes exigirão serviço pessoal, e dos ricos, ma-
teriaes, meios de transporte, &c., a que todos
se prestarão de bom grado, pelo espirilo reli-
tr ioso
que então predominava.
\busos e oppressões das autoridades espiri-
tuaes, a extineçao da Ordem dos Templarios,
controvérsias de religião, a apparição de Luthero,
e outros acontecimentos dáquellas épochas, im-
o progresso das artes. As corporações de
pedirão
construetores dissolvêrão-se pouco a pouco , e
seus membros se dispersarão por todos os paizes.
D'csta decadência, que permanecia havia
mais" de um século, levantou-se a Maçoneria ,
na Inglaterra, no principio do
primeiramente
século XVIII, e, em 1717, proclamou a G. L.
adoptada.
<•) A orgem da palavra Loja, hoje geralmente
Xg-ycç — discurso.
querem alguns derivar da ptlavra grega—
5.
¦ <• -»^T^--^™r,---~J>^__»' .—i-... ._—. . . im.-pwb.j_ i. p
/'-,..^? "*'¦
62
a primeira Constituição,
redigida por An-
derson.
Discorramos brevemente sobre a sorte
que a
Maçoneria tem experimentado nos diversos
pai
zes e entre differentes
povos.
GR AN-BRETAN HA.
I
• ' •
F"-;<!T^r.-ytrwd*:*^ •••¦ ¦ • !>,
64
5íwt5 Calendar for 1844, trabalharão nos Estados
da Gran-Bretanha 889 Officinas no fim do anno
de 1843.
>
(
FRANÇA.
HESPANHA.
PORTUGAL.
i ¦i
ITÁLIA.
68
ção do dito decreto. No anno de 1772 existião
lojas em Veneza e Verona, igualmente de
pouca
duração.
Debaixo da influencia franceza, nos reinados
de José Napoleão e deMurat, tomarão os traba-
lhos maç. regular andamento, e, em 1809, ins-
tallou-se um Gr. Or.
A queda do Imperador Napoleão sepultou a
maçoneria na Itália.
HOLLANDA E BÉLGICA.
ALLEMANHA.
69
de constructores. Prosperavão ellas
porações
visivelmente n'aquella terra clássica pelo meado
do século XV. A corporação de Strasburgo, a
maior e mais celebre, tinha-se instituido—Haupt
l{ÜUe) _. Grande Loja, e, reconhecida pelas cor-
de Suabia , Hesse, Baviera, Franconia,
porações
Saxonia, &c, exercia uma espécie de autoridade
em competências da Ordem. No anno de l-i59
reunirão-se os mestres d'aquellas corporações
em Ratisbona, e lavrarão, em 25 d'Abril, a
acta do estabelecimento de uma confraria. 0 Im-
Maximiliano a confirmou por um diplo-
perador
ma, debaixo do titulo — Confraria Gerai dos
Pedreiros Livres da Allcmanlia—, o que appro-
varão seus successores Carlos V c Fernando. Os
estatutos d'esta confraria forão impres-
primeiros
sos em 1563.
Passada a epocha da sua decadência, veio,
cm 1733, o primeiro impulso rcanimador pela
G. L. d-nglatcrra, instituindo cm Hamburgo
uma loja, que depois tomou o nome de Absalon,
c ainda hoje existe. O Conde de Schmetlau for-
mou, em 1741, na mesma cidade, a loja Judaica.
Em 17A3, inslallou-sc a loja S. Jorge, lambem
ainda em plena aclividade.
Desejando o sábio Prineipe Real da Prússia.
Frederico o Grande) , entrar na ordem
(depois
0
-. ,
70
da Maçoneria, foi iniciado em uma loja de
Brunswick, na noite dc lã para 15 de Agosto
de 1738. Este feliz acontecimento era da maior
importância para a sorte da maç. na Prússia, e,
desde o reinado de Frederico o Grande, a Ordem
floresce sob a protecção abençoada dos mo-
narchas d'aquelle reino.
:$áp
71
SUISSA.
SUÉCIA.
DINAMARCA.
tiano VIII.
RÚSSIA
VI
? I
73
Catharina II, tendo-se informado circumstancia-
damente sobre a instituição maçonica, entendeu
que podia ella contribuir poderosamente para a
civilisação dos seus povos, e declarou-se Pro-
tectora da Ordem. A dedicação do Imperador
>
Paulo à maç. é conhecida. Alexandre I, que
succedeu ao throno em 1801, foi iniciado na
Ordem em 1803 pelo Conselheiro d'Estado Bòber,
Director do Corpo dos Cadetes em Petcrsburgo.
Infelizmente cahiu a maç. na Rússia em degene-
ração, e o mesmo Imperador Alexandre se viu
obrigado a mandar fechar as Lojas e prohibir o
exercicio d'ella nos seus Estados, por umukase
dc 12 de Agosto de 1822. Desde então dorme ; \
POLÔNIA.
n
Tendo o Imperador Napoleão, em 1807, or-
ganisado a Polônia como Gran-Ducado, debaixo
do Poder saxonio, constituiu-se um novo Gr. Or. ,
as Lojas recobrarão sua actividade, e continua-
rão sem interrupção, até que o ukase do Impera-
dor Alexandre lhes pôz termo — talvez sem fim.
TURQUIA.
GRÉCIA.
i
i
'.. ,
brasileira
(•) Pretendemos consagrar á historia maçonica
uni artigo próprio no Almanak seguinte , para cujo fim
sollicitamos a benigna cooperação das [Ilustrações da nossa
Ordem.
4
76
,^mmÊÊM^^—¦
GRAN-MESTRES
Autoridade. Maç. do mundo no anno
D., principae.
de 5845. (
79
80
tt . r- i i ¦; .i~rqj
I fui lili——i—
A Beneficência.
A Fraternidade.
 Amizade.
84
fria indifferença, séquito habitual dos laços for-
mados pela ambição ou etiqueta.
O que vemos no seio- de familias profanas ?
Discórdia por toda a parte; desavenças e rivah-
dades as enfadão, a inveja e o ciúme as consome,
a cobiça, a avidez as devora.
O contrario acontece na familia maç. Todos
estão na mesma esphera; não ha o menor ger-
men de ambição ou de orgulho; não ha prefe-
rencia entre elles. A doce moral que professão,
os conduz sob a bandeira da amizade.
Com razão dizer : uma L. maç. ó
podemos
um templo dedicado à Amizade, cm cuja porta se
assenta o Silencio.
A Tolerância.
vir-
A tolerância è uma virtude, porém uma
tude difficil de praticar.
tolerância ò do homem de bem, e
A própria
o iman que atlrahe os corações.
tolerância, não ha sociabilidade nem
Sem
i
união.
tolerância, vemos manter-se a paz, c
Com a
mulliplicarcm-se os laços da amizade, approxi-
mando todas as vontades.
sus-
A tolerância politica, quando rasoavel,
lenta a justiça e procura o repouso do mundo.
S
85
religiosa repelle o schisma deli-
A tolerância
o fanatismo odioso, o espirito de discor-
ranle,
os cultos, admitte todos os sys-
dia; approxima
differentes
temas, e, sem alterar a crença em mil
canta melodiosa a gloria do Creado.-.
modos,
A tolerância litteraria, não menos útil, procura
dispõe admirar o
esquecer as rivalidades, para
a superioridade; anima os
gênio, para soffrer diversos
talentos timidos alcançar os seus
para
e colher as reservadas ao mérito.
fins, palmas
maç. concentra todas ellas. O
A tolerância
o Guerreiro, o Ecclesiastico, o Litte-
Estadista,
rato, o Artista, o Commerciante, todos, quaes-
são ella introduzidos no
quer que sejão, por
templo da sabedoria. •
conservadora! virtude sempre be-
Tolerância
divina.
nefica! nunca cessará a tua influencia
A Igualdade.
Força e União.
NOTICIA
V0LTAIRE.
*
89 }1
\
92
RESPOSTAS
de Hol-
Do Príncipe Guilherme Frederico, hoje Rei a »ua
landa, «obre alguma, pergunta., durante
iniciação na Loja Esperança, em Bruxellas.
95
soccorro de outro, expondo-se a terríveis perigos.
Não fica aqui; instruido pela longa experiência
nos meios de restituir a vida aos afogados, pro-
cura com anxiedade os mais fracos signaes da
existência , e não os deixa até que inteiramente
tenhão tornado á vida.
Desinteressado e caritalivo , repartia com os
desgraçados o pouco que possuia, e nunca
aceitou recompensa alguma dos salvados, a mui-
tos d'elles já tinha esquecido os nomes.
Tanta generosidade e dedicação merecerão
justamente as dislineções com que foi honrado.
O Governo conferiu-lhe o habito da Legião dc
Honra, e a Academia franceza o grande prêmio
de Monthyon. A cidade de Pioucn mandou-lhe
edificar huma casa ao pé da ponte, c assignou
uma pensão de íiOO francos, reversivos á sua mu-
lher c filha. A maçoneria não deixou de apreciar
tão digno Ir. ; o Gr. Or. c muitas LL. mandarão-
lhe medalhas c prêmios. Apesar da fama das
suas bellas acções, c da homenagem que em
toda a parte lhe foi tributada, elle permaneceu
humilde c modesto.
Em 25 de Dezembro dc 18.Í3, anda Br une
passeando na ponte de S. Pedro, e, sempre
prompto^i soecorrer, precipita-se dc repente nas
ondas. Seja que enganado pela escuridão, ou que
f / \
'
/ \
/ y
I /.
í jE
96
tivesse mal tomado o seu ponto, cahio sobre
uma pedra de talud, despedaçando o craneo.
O clamor foi geral. As autoridades civis e
militares da cidade , a Guarda Nacional, uma
numerosa escolta de tropa de linha, as LL.
maç. e immensidade de povo acompanharão
o funeral, que teve o aspecto de uma marcha
triumphal.
ii
fe m%Sti®éfàL-
mm
r d ykbl»tEBÊS££â!m (•LA .
•••V L *V v;'t<Í&f88S£&
« .,.. rji...|,|.
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' f jga^&rF ES*fc£ -V
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97
LOJAS VIAMDANTES.
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99
MAÇONERIA DADOPÇAO
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OU
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BH^iSãsSijSagss
103
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____.^^^»i^m__»^__m»*"^^^^^^^^^S!i!!!_I.m^»^^m^^*"***^
VANTAGENS DA MAÇ.
Ven. da U S. Jorge, em U-
PorL E-p. e actoal Sul
da Amcnca do
verpool. Quando se retirava Irans-
navio seu
para a sua pátria em próprio,
l portaüdo tudo o que possuía. fd atacado por
tinha um diplo-
«m pirata. Entre os seus papeis
o Capitão dos piratas reconheceu.
raa maç. que
os signaes do costume, o Pirata pro-
Trocados
\
)
_^
10/t
mette restituir tudo ao Ir. Mocatta,
pedindo-lhe
que ficasse tranquillo, e que deixasse tirar a sua
gente o que quizesse. Depois convierão em apro-
veitar a noite para se separarem. Tudo assim se
fez, e o Ir. Mocatta chegou salvo e com toda a
sua fortuna à Inglaterra.
'
105
g unta o motivo, e um Ir. lhe declara, que o
pretendido comprador era um fallido; preser- , ||
vando assim o mercador de uma perda conside-
ravel.
*àmf:
/
.-J-W-V^ ;.S-;—e-^B,«- X*' '«w ~j~-—b»w
5SPí
107
A MEDÜLHA DE HOBJRü.
i.
Em 23 de Junho de 1832., Maria Duresnel,
linda menina de 5 annos, corria brincando,
com
V o ardor da sua idade, defronte de huma
ponte
de pão sobre o Loire. Impellida do desejo
de
contemplar de mais
perto a ribeira, a pequena
imprudente, enganando a vigilância da
sua aia,
passa além dos dcgráos da ponte, e mette a ca-
beca cm hum dos rombos da
galeria, que servo
de paraneito. Não vendo ainda bastante
ú sua
vontade, adianta-se mais, inclina-se
para fora ,
ti
CfiÍi»r
108
o equilibrio, e cahe no momento em que
perde
a aia, acodindo-a, estende os braços para a reter.
A infeliz mulher, vendo escapar-lhe a menina ,
rompe em gritos angustiosos, que attrahem ai-
<mns dos poucos passeantes. Mas que soecorro
se pôde esperar? A ponte tem pelo menos 30 pés
de altura, e o rio neste lugar tanto de rapidez
como de profundidade. Só algum marinheiro
afrontaria o perigo; e por fatalidade, não havia
nem marinheiros, nem bote perto da ponte.
Entretanto a menina, a quem por alguns ins-
tantes, movimentos instinetivos tinhão sustenta-
da sobre as ondas, corre ao fundo e desapparece.
Hum moço, vendo o ajuntamento, corre para
a ponte, c, apenas informado do acontecido,
trepa sobre o parapeito, e sem tomar tempo de
despir-se, arroja-se, mergulha, c torna a appa-
recer no lugar onde se agita a pequena Maria.
Suslentando-a com hum braço sobre as ondas,
com o outro nada vigorosamente, c depois dc
alcança a praia, aos vivas eaccla-
porfiosaluia,
inações dos espectadores.
No momento em que põe pé cm terra, tendo
nos braços o precioso fardo, corre a elle hum
homem pallido, com olhos desvairados: era o
da menina. Durcsnel, mal avista a sua filha,
pai
solta hum grilo de alegria, estende os braços ao
/
109
salvador de Maria; porém, cedendo á emoção,
desfallece quasi no mesmo instante. Ilum
grupo
numeroso de habitantes do quarteirão se tinlia
formado sobre a ribanceira; huns se apressavam
em mudar a roupa á menina, outros prodigali-
savão ao pai cuidados aíFectuosos. Viuvo ha
pou-
cos mezes de huma esposa adorada, só lhe ficou
essa filha, etn que consiste toda a sua consolação
n'estc mundo; amado dos seus visinhos, não
por
interesse, mas por suas qualidades
pessoaes,
Duresnel absorveo a attenção de
quantos o ro-
cleiavao.
Tornado a si, o primeiro objecto
gueseqffe-
rece á sua vista, he Maria, que com sorriso lhe
estende os pequenos braços. Depois de cobrir
de beijos a esse thesouro
que a Providencia
acaba de restituir tão milagrosamente a seu
amor, cllc se levanta, e seus olhos
procurão com
avidez a alguém na multidão; . . . debalde
\{ o salvador de Maria linha desapparecido.
r
«OU! exclama ellc, debalde
quer esse lio-
mem generoso subtrahir-so á minha
gratidão;
suas feições ficarão gravadas tanto ao vivo no
\ meu coração, que jamais o poderei esquecer....
Eu o encontrarei, o
No dia seguinte, Duresnel, que era maçou.
JT
110
assistia, na L. de que faz parte, á iniciação de
hum novo membro. '
O candidato, coberto com larga venda , exci-
tava a admiração dos assistentes, pela intrepidez
nas provas e precisão das suas respostas. Cada
hum congratulava-se pela acquisicão de hum
Irmão, que reunia em tão alto grão duas das
virtudes maconicas : coragem e intel-
prinoipaes
ligencia. Terminadas as ceremonias da recepção,
e tirando-se a venda ao novo Irmão, huma ex-
clamação repentina perturba o silencio religioso
do templo.
Era Duresnel, que reconheceo o salvador da
sua filha Apenas o permittio a solemnidade
daceremonia , elle declarou com voz profunda-
mente commovida o motivo da sua admiração
c alegria: pintou com vivas cores o perigo que
sua filha tinha corrido na véspera, e a generosa
dedicação do seu salvador.
Impossivelhc descrever a sensação produzida
este incidente. O nosso heroe, rodeado e
por
festejado, foi cordialmente abraçado por todos
os membros da assembléa. Depois de longa in-
terrupção, continuarão os trabalhos, e ouvindo
a L., que o novo iniciado devia partir breve-
mente para a Luisiaua, conferio-lhe, na mesma
sessão, o 2.° e 3.° gráo, e em memória da sua
(
111
bella acção, offereceo-lhe huma medalha d'ouro,
com esta inscripção: 23 dc Junho de 1832.
No dia da partida o nosso joven Irmão (ainda
não completara 23 annos), estando já a bordo
do navio que o devia transportar para o novo
mundo, recebeu das mãos de Duresnel a gloriosa
recompensa que lhe fora conferida.
» Deos queira » disse Duresnel, dando-lhe o
fraternal abraço da despedida, « Deos queira
o céo
que este talisman vos dê felicidade, e que
brevemente vos restilua á vossa pátria e â minha
amizade!
íi.
k
I
I
112
a riqueza pudesse supprir
filha. Se com própria
faltasse a seu genro, estaria mais socegado;
a que
assim não era. Em hum modesto patn-
porém c o que
monio consistia toda a sua fortuna,
a existência do pai e da filha, era
bastava para
o estabelecimento de Maria.
insufficiente para
de Pariz veio termo a esta an-
Huma carta pôr
Essa carta cra dc hum amigo,
ciedade paternal.
de ha muito, dirigia hum rico estabeleci-
que,
fallescido.
mento na capital, e cujo sócio tinha
do estabelecimento exigia, que
A prosperidade
breve possi-
esse sócio fosse substituído, o mais
vel, por hum homem intelligcnle c probo, que
empreza.
se empenhasse na prosperidade da
isto a Durcsncl, aceita alegre
Sendo proposto
tanto concordava com seus
huma offerta que
Em dias rcalisa a quantia de
desejos. poucos
mil francos, que converte em bilhetes
sessenta
dc Pariz, c sc prepara para deixar a
do banco
cidade dc. . . com a sua filha. j
e imprevistas são as vias da
Impcrscrutavcis
insignificante
Providencia; a circumstancia mais
apparencia he muitas vezes a causa dos mais
na
c importantes acontecimentos da nossa
graves
vida.
nossesscnla bilhetes do banco
Duresncl, que
o de sua filha, encerrou a carteira
via todo porvir
(
113
em hum cofre, com papeis de familia e alguns
outros objectos de valor; esse cofre quiz tê-lo
seguro entre os pés durante a jornada, e não
separar-se d'elle até o momento em que hou-
vesse de entregar o cabedal ao seu amigo.
Occupado enrfazer os últimos arranjos, alguns
minutos antes da partida, Duresnel arruma os
estava
papeis e a preciosa carteira no cofre que
sobre hum grande bahú aberto. Repentino toque
da campainha o chama á porta; he o feitor das
carruagens da posta, que vem buscar as malas,
e apressar os passageiros. N'cssa curta ausência,
hum cachorrinho novo, atraindo pelo cheiro do
couro, salta no bahú, tira a carteira do cofre,
e brinca com ella, até que a volta do dono o
cm fuga. Duresnel, certo de haver depo-
ponha
sitado o seu thesouro no cofre, fecha-o com
todo o cuidado, e diz á filha que acabe de en-
cher o bahú.
\/ Huma hora depois, a posta leva os nossos
r viajantes pela estrada para Pariz. Duresnel teve
o cofre entre os pés, c sempre que lhe he ne-
cessario apeiar-se, tem o cuidado de entrega-lo
a Maria.
V Chegados á barreira de Pariz, encarrega á sua
filha de, assistir á visito dos bahús, cmquanto
elle mesmo abre o cofre; cm fim, não quer íiar
_ w
li
V
na
de ninguém o objecto dos seus desvelos, e trans-
porta-o do pateo da posta á hospedaria.
in.
'•_?
í
115
accusar de furto a hum dos empre-
que vinha
.1-
sados
1 da visita.
sentido, senhor, lhe disse o Inspec-
i Tome
de ter ouvido attentamente a nar-
tor depois
Duresnel, no seu próprio interesse
ração de
não obre com precipitação n'este
aconselho que
Na verdade, as apparencias são taes,
negocio.
a sua convicção. Com-
que eu quasi partilho deixe-me
tudo, antes de recorrermos á justiça,
meios menos rigorosos c talvez mais
empregar
Diga-me, senhor, poderia reconhecer
oflicazes.
visitou o seu cofre? »
o empregado que
Tendo Duresnel respondido allirmalivamente,
o conduz suecessivamente diante de
o Inspector
todos os empregados em serviço.
de alguns minutos d'exame, Duresnel
Depois
diz ao Inspector: Aquelle a quem procuramos
não eslá aqui.
mesmo instante entra hum individuo que
No
r
\' estava ausente.
» He esse! exclama Duresnel, eu o reconheço
perfeitamente.
»
—Está bem certo do que diz, senhor?
» Eu o posso jurar. »
acena ao empregado para que o
O Inspector
si-a ao*;cugabinete, e alli o interrogou em pre-
senca de Duresnel:
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116
» Menneval, porque se ausentou da repar-
ticão ?
»
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V
Eu não comprehendo a V. S., responde
pasmado o empregado.
» Escute-me.—Confesso que até hoje sem-
pre mereceo a estima e confiança dos seus
superiores; e portanto, hei-de haver a maior
circumspecção n'huma aecusação, que pôde
manchar a sua honra. Esle senhor affirma que
o reconhece, e , à vista do que acaba de dizer-
me, só o senhor poderia subtrahir de hum cofre
d'elle huma carteira com sessenta bilhetes de
mil francos. »
Menneval, ouvindo tão formal aecusação, em-
pallidece e responde balbuciando:
Eu protesto a minha innocencia.
» Não he o seu semblante, que nos ha-de
convencer neste momento,» observou severa-
mente o Inspector.
Tornado a si da perturbação, o empregado
v, >respondeo com voz mais firme:
f* —Minha emoção he bem natural; quem po-
dera ouvir de sangue frio huma aecusação tão
' terrível, e tão pouco merecida?
Infelizmente a negação de hum innocente, e
V a de hum culpado, são mui semelhantes. . . .
Provas serião melhores do que palavras. »
Provas!. . . Não posso dar outras, que não
sejão os meus antecedentes,
10
118
» He penoso ver homens, depois de longos
annos de huma vida irreprehensivel, lançar-se
de repente nos braços do crime, como acom-
metlidos de loucura. Talvez seja o senhor victima
de hum d'esses momentos de desvio.. . . Pois
bem! . . . ainda he tempo evitar o rigor da
jus-
liça; se he culpado, confesse-o francamente,
reslitua a somma que tirou, e nós lhe
promet-
lemos silencio. »
— Agradeço-lhe, senhor, o interesse
que me
lestemunha; porém, torno a repetir
que nào
sou culpado.
» Pondere, senhor! a sua ausência da rcpar-
lição depois de ler passado a carruagem , a cir-
cumslancia de não lembrar-se se visilou ou não
o cofre d'este senhor; seu sobresalto ao ouvir
a
accusação; todas estas circumstancias reunidas
nos fazem presumir
que não he innocente,'.»
\
Duas lagrimas correrão
vai, que apenas respondeo :
pelas faces deMcnne
'
'
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n
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119
em crer na perversidade d'esse homem. O Sr.
está sem duvida com o direito de entrega-lo á
justiça; porém, rogo-lhe, que primeiro me
deixe esgotar todos os recursos ao meu al-
cance, para chegarmos, se possível fòr, ao
conhecimento da verdade. »
» N'isto consinto do melhor grado, » respon-
deo Duresnel: alguma demora não comprometle
os meus interesses, e não terei de arrependei-me
de huma precipitação irreflectida. »
O Inspector aperta a mão de Duresnel; e re-
conhecendo n'elle hum maçon, volta-se para o
empregado :
» Consente, lhe pergunta, em conduzir-nos
immediatamente em sua casa?»
Se eu o consinto? replica alegre Menneval,
he hum favor, que sollicilo da sua justiça.
E, entre o Inspector e Duresnel, dc braços
,dados por precaução, elle os conduz a seu do-
v micilio.
De caminho, súbito pensamento perturba o
. seu espirito; desassocegado murmura entre os
lábios trêmulos:
Oh! meu Deus !... tinha-me esquecido!...
Infeliz que sou!
120
IV.
ma ri o. »
Menneval parece ferido de hum raio , elle
121
deixa-se cahir sobre huma cadeira,
gritando com
desesperaeao:
— Estou
perdido!
» A chave d'esle armário!?,, repete
com voz
imperiosa o Inspector, de
quem se esvaecerão
todos os sentimentos da benevolência.
O pobre Menneval, sustentando-sc apenas
em pé, tira da gaveta da commoda huma
chave
com que o outro abre o armário; n'elle sc
acha
huma pequena caixa, e n'essa caixa hum
masso
de bilhetes de banco de mil francos. O
Inspector
os conta: são sessenta! . . .
Toda a duvida dcsapparecco; a indignação
do
Inspector se manifesta tanto mais viva,
era a sua repugnância em crer no quanto
crime.
•Miserável!
que mais quer allcgar para a '
sua justificação? »
Menneval tinha cabido de
joelhos, com as
mãos postas c olhando
para o céo.
— Ai dc mim !. . . esta
prova he terrível!...
porém, senhores, juro por Deos,
que sou inno-
cen te!
• Pois que! Ainda
persiste cm negar, quando
lemos a evidencia do facto?
—Sou victima de incomprchensivcl
fatalidade!
• Te;á bastanle. audácia
para pretender que
I
estes sessenta mil francos....
10.
f
122
Nunca pertencerão a este viajante: he hum
deposito....
» Hum deposito ! ? »
— Escutai: Ha alguns annos, na America,
travei conhecimento com hum Hespanhol, cujo
nome devo calar, por motivos de politica. A for-
tuna não me quiz favorecer; voltei para a França
e obtive o modesto emprego de que vivo. Meu
amigo, que ha muito deixara a America para
voltar à sua pátria, achava-se compromettido nas
desordens de Barcelona ; elle veio para a França
com seu filho, c huma parte da sua fortuna , que
rcalisar. No anno passado, encontrei-o em
poude
Pariz e renovámos huma amizade que nos dei-
xára saudades. Ultimamente, chamado por seus
amigos para tomar parte no movimento que se
diz-me na véspera da partida: « Deixo
preparava,
meo filho cm Pariz, no collègio dc... , a li deixo
o cuidado de o vigiar. Este cofre encerra tudo o
salvar, eu t'o entrego. Sc, passados ,
que pude
Ires mezes não houveres recebido noticias mi- \
V.
126
senla mil francos e vai para a casa de hum
tabellião, a quem faz a entrega.
Sob prelexto de huma viagem, dá ao magis-
Irado publico todos os esclarecimentos necessa-
rios para restituir este deposito ao
pai, ou para
assegurar a herança ao filho.
Desempenhado este dever, volta á casa e escreve
duas cartas: a primeira ao dono do collègio onde
está o filho do seu amigo; na segunda,
que elle
destinava para ficar aberta sobre a meza,
pro-
testava huma ultima vez a sua innocencia, con-
cluindo, que a perspectiva da miséria o não tinha
amedronlado, mas que lhe faltarião forças
para
supporlar a deshonra.
Acabadas estas cartas, tira da
parede huma
pistola que carrega. Depois ajoelha, c de mãos
poslas roga a Deos lhe perdoe o suicídio. Emfim
aponta a arma mortal, e. . .
Dispara o tiro; porém precipitada mão tinha
empurrado a arma, a bala dá na
parede, e ao
mesmo tempo alguém exclama:
» Graças! meu Deus! Graças!...
que eu che-
guei a tempo! »
Mcnneval, na sua prcoecupação, tinha deixado
a poria aberta, e a mão que veio desviar o
golpe
mortal foi a de Duresnel. Viera com tanta
pressa,
que mal podia respirar.
¦-,' ¦»- ¦•¦ —*
127
— 0h! senhor, diz Menneval com voz sombria,
deshonrou-me, e quer que sobreviva á minha
dcshonra! he ser duas vezes cruel!
» Não, não! exclama Duresnel. Sou eu que
venho implorar seu perdão. »
E então declara-lhe, que na sua ausência
Maria achara nhuin bahú a carteira, cujo desap-
podia ter causado n'este mesmo
parecimento
momento irreparável infelicidade.
Como hc que essa carteira, que elle estava
ccrlissimo de ter posto no cofre, se podia achar
em hum dos bahús? Tal he a pergunta que a si
mesmo fazia, quando lembrou-lhe hum facto,
ao qual até ali não dera a menor atlcnção.
O leitor estará lembrado, que na oceasião cm
Duresnel fazia os seus preparativos para a
que
o cofre estava n'hum bahú aberto e
jornada,
cheio de roupa. O cachorrinho, que se tinha
apoderado da carteira , fugindo á chegada do
dono, deixou cahir no bahú a sua presa ; a car-
teira escorregou por entre duas camizas, e o
bahú foi fechado por Maria , sem que elia desse
por este facto.
» Graças a Deos, ajuntou Duresnel, eu posso
a divida que tenho contraindo com o sal-
pagar
vador da minha filha, c reparar o damno que
fiz á reputação de hum homem de bem. Menne-
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vai, pode perdoar-me ^
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Coro. — Arch. do Mundo, écc.
lÍM Cobyphéo. — Maçonsdo Oriente, do
Norte,
do Meio dia, uni-vos aos vossos Irmãos.
Outro Çoryfiiéo.—Para
que um amplexo fra-
ternal termine este dia. — Espirites
aéreos, sede allenlos aos nossos ser-
moes; acompanhai os nossos hymnos
com o som das vossas harpas divinas.
Primeiro Coryimúo. -Recebei nossa
homena-
gem, Irmãos que habitais a mansão dos
Justos. Yède
que conservamos inalte-
raveis os ritos sagrados
que nos haveis
transmittido de séculos em séculos.
Outro Coryhhéo.-Virtuoso mortal,
cuja sabe-
doria preside aos nossos trabalhos,
descei do throno; é chegada
a hora;
fechai o templo.
Côno. - Arch. do Mundo! Deos,
três vezes grau-
de! linlcKlerno!-Lança uma
Vista
de bondade sobre este lugar,
ondece-
Jebramos o Teu nome.
FIM
¦Jj-4- —-— ¦- ^-swr.
132
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ÍNDICE
(f.
A quem ler • *#
M
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do I.a.radio, 53.
W Bio dr Jaucir., 1S',5. T? _.. Ci.cr.al d« LAEMMERT, ru.
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