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Módulo Acadêmico de Raio-x de Tórax

I MÓDULO
ACADÊMICO DE
RAIOGRAFIA DE
TÓRAX DO
PET|MEDICINA
ROTEIRO TEÓRICO
1ª edição
Autores:
Beatriz Oliveira Leão Carneiro
Daniela Martins Fonseca
Gustavo Gomes da Silva da Paz
Realização:
Gustavo Henrique Mendes
Ferreira
Jéssica da Silva Machado
João Paulo Ciacci Filadelfo
Larissa Macêdo Brandão
Lis Serafim Rocha Oliveira
Lucas Gomes Souza
Natália Vieira Costa PET|Medicina UFBA

Pedro Rocha Correia Silva Setembro/2016

Reinan Tavares Campos


Renata Andrade Oliveira
Sâmia Barreto Leal
Tailana Paiva Dourado
Tayna Rangel Barreto
Valesca Oliveira de Queirós
Victor Nóbrega Rigaud de
Oliveira

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Módulo Acadêmico de Raio-x de Tórax

ROTEIRO DE ANÁLISE DE
RAIOS - X DE TÓRAX
A radiografia de tórax pode ser
avaliada seguindo diferentes roteiros,
porém, em qualquer um desses roteiros,
é importante que todos os órgãos e
tecidos visualizados sejam analisados
levando em consideração suas
anatomias, possíveis alterações e
sempre comparando um hemitórax com
o outro (para estruturas duplas).
No nosso módulo, sistematizamos a
análise a partir do mnemônico:
IMAGEM 2 – Radiografia normal
A – Vias aéreas (Airway) de tórax. Setas evidenciando
estruturas anatômicas
B – Pulmão (Breath)
C – Coração
A - Vias Aéreas
D – Diafragma e dispositivos
As vias aéreas a serem analisadas
E – Esqueleto nos raios-x de tórax são: traqueia,
G – Bulha Gástrica brônquios principais direito e esquerdo
e a carina. Elas deve ser analisada
T – Tecidos Moles quanto:
1. Ao seu calibre e continuidade,
que não deve apresentar
nenhuma obstrução na
passagem de ar ou rompimento
das estruturas cartilaginosas e
musculares que é formada;
2. Quanto à centralização, a
traqueia deve acompanhar o
contorno da coluna cervical,
sem curvaturas ou desvios.
3. A carina tem, normalmente,
uma angulação de 90º, sendo
que o brônquio direito é mais
verticalizado e o esquerdo mais
superior.

IMAGEM 1 – Desenho
esquemático mostrando B - Pulmão
estruturas anatômicas do tórax
A análise dos pulmões deve ser feita
buscando-se suas estruturas anatômicas

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normais quanto à localização e quanto à lateral total da caixa torácica.


radiolucência. Em relação à análise da Além disso, observar se ele está
localização, o pulmão deve ser visto desviado em relação ao eixo, para
com equidade ínfero-superior nos dois a direita ou esquerda, se há
hemitórax, havendo uma pequena destrSerá em maceió, de 11 a 15
diferença anatômica no tamanho dos de novembro. Hospedagem,
dois pela localização do mediastino. alimentação e festas
inclusas.oposição, se suas bordas
Quanto à radiolucência, os pulmões são claras e bem definidas
estão entre as estruturas mais (quando a borda cardíaca não é
radiotransparêntes (hipodensas), uma vista com boa definição chama-se
vez que, o raio-x é tirado em inspiração de Sinal da Silhueta) e se há
máxima e o órgão estará, desta forma, diferenças de densidades entre as
cheio de ar. Normalmente, o que foge câmaras cardíacas.
mais desse padrão de transparência são 2. Vasos da base: Os vasos que
as estruturas do hilo pulmonar, devem ser diferenciados
principalmente os vasos sanguíneos, normalmente na radiografia de
pois os brônquios e linfonodos da região tórax são a veia cava superior, o
não devem ser vistos numa radiologia tronco da artéria pulmonar, o
normal e, quando visualizados, tem uma arco da aorta e a aorta torácica (a
radiotransparência semelhante ao do melhor diferenciação entre esses
parênquima pulmonar. e outros vasos depende da
Devem ser observados com mais incidência). Sendo assim, deve-se
atenção: analisar se, em cada um destes
vasos e em seu conjunto, há
1. Regiões de opacidade; dilatações anormais, estenoses,
2. Diferença no tamanho do pulmão redução do diâmetro,
esquerdo e direito (que fogem do transposição quanto às estruturas
anatômico); de entrada e saída cardíacas e
3. Aumento da trama vascular ou descontinuidades.
visualização de estruturas 3. Pericárdio: Normalmente o
normalmente transparentes no pericárdio estará bem aderido às
hilo; bordas cardíacas e, por isso, sua
4. Aumento dos espaços entre os diferenciação fica mais evidente
lobos pulmonares (cissuras). em situações patológicas onde o
espaço entre seus folhetos e o
coração aumenta; podendo variar
C – Coração a densidade a depender do que o
preenche (ar, líquido edematoso
O estudo do que chamamos aqui de
ou sangue).
coração, corresponde, na verdade, ao
estudo das principais estruturas que
compreendem o mediastino: coração,
vasos da base e peritcárdio. D – Diafragma e Dispositivos

1. O coração: deve ser analisado Um diafragma normal deve ser visto


quanto ao seu tamanho, que deve na altura da 6ª costela, com linhas claras
ser de ½ do diâmetro látero- e bem definidas, sendo que o

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hemidiafragma direito é normalmente ortostase. A bulha deve estar a uma


mais alto que o esquerdo (em torno de distância de, no máximo, 1cm do
3-5cm) e deve ser visto inteiramente; pulmão esquerdo. Alterações nessa
enquanto o esquerdo é mais baixo e não distância e na posição da bulha quando
é visto em seu terço anterior pela suprafrênica indicam que a organização
presença do coração, que tem incidência e composição dos espaços teciduais
parecida com a sua. estão fora do padrão.
As cúpulas frênicas são convexas e
formam, com a parede torácica, os seios
costofrênicos. Devem ser pesquisadas
retificações nas cúpulas, assim como a
diminuição da dimensão dos seios
costofrênicos que indica derrame
pleural; ambos são indicativos
patológicos.
Os dispositivos que podem estar
presentes normalmente, ou em pacientes
hospitalizados. Devem ser observados IMAGEM 3 – Esquema comparativo de visualização
para que se evite o confundir destes óssea no Rx: Clavículas (C), Arcos costais (A) e Escápula
com corpos estranhos, além da (E).
necessidade de analisar a sua posição
correta. Podem estar presentes:
dispositivos cardíacos; intra-arteriais; T – Tecidos Moles
intravenosos; e sondas de alimentação Em tecidos moles, devemos observar
enteral. todas as regiões que não pertencem às
análises supracitadas, como: a pele e
tecido subcutâneo; mamas; e regiões
E – Esqueleto musculares. Nessas partes moles
Os ossos visualizáveis no Raio x de
tórax são: clavículas, costelas,
escápulas, vértebras torácicas
(principalmente aquelas acima da área
cardíaca) e úmero. Quanto aos ossos,
devem ser analisadas principalmente:
sua integridade; continuidade;
deformidades; e equidade entre os
hemitórax.

G – Bulha Gástrica
IMAGEM 4 - Raio-x de tórax de
A bulha gástrica corresponde à
paciente feminino mastectomizada
impressão deixada no raio x pelo ar
à direita. Ter o cuidado de não
localizado na região do fundo do
confundir o tecido mamário com
estômago quando o paciente está em
infiltrado pulmonar.

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podemos identificar alguns processos a um aumento da densidade dos campos


patológicos, presença de gás ou pulmonares.
aumento no volume desses tecidos. É
importante observar as mamas e
mamilos atentamente, pois eles podem
ser confundidos com hipotransparência
anormal (imagem 4) e nódulos na base,
respectivamente.

PADRÕES PATOLÓGICOS DA
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
Assim como em qualquer exame
de imagem, ao analisarmos a radiografia
de tórax é importante sempre termos em
mente a imagem normal esperada.
Dessa maneira, a identificação de
alterações se tornará mais fácil.
Citaremos agora os padrões patológicos
mais importantes identificáveis na
radiografia torácica.
Achados Pulmonares
As alterações pulmonares podem
ser divididas didaticamente entre
aquelas que aumentam a densidade do
parênquima e as que diminuem. O
primeiro grupo pode ter como causas
doenças alveolares, intersticiais e mistas
(interstício-alveolares). A redução da
densidade do parênquima, por outro
lado, ocorre por hiperinsuflação ou por
diminuição da vascularização pulmonar.
I. Aumento da densidade IMAGEM 5 e 6: presença de aumento da
pulmonar densidade à direita (seta vermelha) em
topografia de lobo médio com limites
O pulmão em condições imprecisos e com broncogramas aéreaos
fisiológicas tem a maior parte do seu (seta azul), sem alterações de volume (sem
volume ocupado por ar, sendo, por isso, desvio de mediastino ou diafragma). Lesão
representado na radiografia como compatível com consolidação.
hipodenso. Em condições patológicas, a
presença de líquidos, secreções,
I.1 Doenças alveolares
processos inflamatórios e cicatriciais no
parênquima ou no interstício pode levar A doença alveolar se manifesta
como consolidação, situação na qual os

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alvéolos estão preenchidos por outro volumétrica do segmento acometido


material que não ar (líquidos, células (vide atelectasias e alterações pleurais).
e/ou secreções). Essa lesão se manifesta
como aumento da densidade do
parênquima sem alterações
significativas de volume do segmento
afetado. A consolidação costuma ser
mal delimitada (imagem 5 e 6) até que
atinja os contornos pleurais (imagem 7)
dos lobos pulmonares. Esse fenômeno
ocorre graças às comunicações
existentes entre os alvéolos (poros de
Khon) e as vias aéreas terminais (canais
de Lambert) que permitem a
disseminação do conteúdo alveolar para
as cavidades vizinhas.
IMAGEM 7: consolidação de lobo superior direito com
Outra característica marcante da limite cisural nítido (setas).
consolidação é a presença de
broncogramas aéreos, achado
radiológico que representa a A consolidação é um achado
visualização de brônquios repletos de ar tipicamente associado a pneumonias
cercados por consolidação. Esse achado bacterianas, sendo de fato a patologia
só é visto em condições patológicas, mais comumente associada a este
tendo em vista que, fisiologicamente padrão radiográfico. No entanto, outras
não é possível distinguir a densidade do condições em que existe preenchimento
brônquio e do alvéolo, que são de via aérea podem levar a essa
preenchidos por ar e tem paredes finas o alteração, dentre elas: câncer (células),
suficiente para não gerar opacidade na hemorragia (sangue) ou edema
radiografia. É importante ressaltar, no pulmonar (fluido). Sendo, portanto,
entanto, que nem toda consolidação essencial a correlação da imagem com
apresentará broncograma aéreo já que dados clínicos para o esclarecimento
pode haver também comprometimento diagnóstico!
do brônquio, com preenchimento do
mesmo por materiais hiperdensos. Outra
ressalva que deve ser feita é que o
broncograma não é exclusivo da
consolidação, podendo estar presente
em outras condições como nas
atelectasias. Para diferenciar os padrões
radiológicos é preciso usar outros
dados, como por exemplo, nas
atelectasias, nas quais existe um
deslocamento de estruturas (traqueia,
mediastino, cisuras e cúpulas IMAGEM 8: broncograma aéreo (área repleta de ar,
diafragmáticas) pela alteração cercada por regiões hiperdensas).

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Outras causas importantes de O padrão reticular é caracterizado


consolidação são: tuberculose, por hiperdensidades lineares de poucos
tromboembolismo pulmonar, milimetros que se dispõem em um
sarcoidose, colagenoses, silicose. aspecto de rede (imagem 9). Essa
alteração pode ser encontrada em
condições agudas como: edema
I.2 Doenças intersticiais pulmonar hidrostático e pneumonia por
Mycoplasma; e em patologias crônicas
O interstício pulmonar é o como: linfangite carcinomatosa,
arcabouço de sustentação do pulmão, asbestose e fibrose pulmonar idiopática.
sendo constituído basicamente de tecido
conjuntivo. Os componentes desse O edema pulmonar hidrostático é
tecido habitualmente não são um acometimento relativamente comum
visualizados na radiografia de tórax, em determinados contextos clínicos,
mas em condições patológicas o merecendo, por isso, destaque. Apesar
acometimento do interstício pode gerar de comumente associado ao padrão
alguns padrões radiológicos. Alterações reticular (figura acima), é importante
da arquitetura dos tecidos intersticiais saber que, no decorrer da sua evolução,
podem levar aos seguintes padrões pode apresentar diferentes padrões na
radiológicos: micronodular, reticular e radiografia.
reticulo-nodular.  Nas fases iniciais do edema,
Os micronódulos dizem respeito a existe uma alteração do fluxo
numerosas opacidades arredondadas, sanguíneo pulmonar, que é
medindo de 3-5 mm, distribuídas pelo redestribuido dos lobos
tórax. Essas lesões podem coalescer, e inferiores, que normalmente é
surgem quando os componentes do mais calibrosa, para os
interstício estão acometidos de maneira superiores onde são menores e
desigual. A alteração pode ser em menor número. Podendo
decorrente de processos inflamatórios, apresentar, nesse estágio, como
cicatriciais ou a coexistência deles. As manifestação radiológica, a
etiologias que se destacam são: cefalização da trama vascular,
tuberculose miliar, pneumocistose, ou seja, acentuação dos vasos
histoplasmose e disseminação na região superior dos pulmões
hematogênica de neoplasias. e o alargamento do pedículo

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vascular (imagem 10 e 11). Kerley (imagem 12). Quando


Outra alteração, mais dificil de há vazamento de fluido para o
ser vista, é o aumento da interstício peribroncovascular
relação do diâmetro das artérias ele é visto como espessamento
com relação aos brônquios das paredes brônquicas
vizinhos, que fisiologicamente (manguito peribrônquico) e
apresentam o mesmo tamanho como perda de definição desses
na altura do hilo.
vasos (embaçamento perihilar).

 Nos estágios avançados quando


o sistema linfático já não
consegue drenar o excesso de
líquido, o fluido é drenado para
dentro dos alvéolos e ou para a
pleura (vide alterações
pleurais). Quando esse
fenômeno ocorre pode haver
consolidação perihilar,
formando um achado típico do
edema pulmonar, o sinal da asa
de borboleta (imagens 14 e 15).

IMAGEM 9: Radiografia normal acima e com


edema pulmonar na imagem inferior
(presença de padrão reticular).

 Com o aumento progressivo da


pressão no leito venoso IMAGEM 10: Radiografia normal à esquerda e
pulmonar, o fluido vasa para o com edema hidrostático inicial à direita. Aumento
interstício. Quando o líquido da vascularização no lobo superior (seta azul) e
alargamento do pedículo vascular (seta
invade a região septal periférica
vermelha).
passa a ser visto na radiografia
como linhas hiperdensas
horizontais de fino calibre,
conhecidas como linhas B de

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IMAGEM11: Radiografia com cefalização da trama


à direita e à esquerda aumento do diâmetro da
artéria (seta vermelha) com relação ao do
brônquio (seta azul).

IMAGEM 12: Pulmão normal à esquerda e pulmão


com edema a direita com presença de linhas B de IMAGENS 14 e 15: Edema Pulmonar em
Kerley (seta vermelha). padrão de “Asa de borboleta”

IMAGEM 13: Há um aumento do calibre dos vasos


pulmonares e eles perderam a sua definição, porque
eles estão cercados por edema.

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O padrão reticulonodular, por fim, podem gerar quadros de aprisionamento


trata-se da combinação dos dois padrões de ar nos pulmões levando a excesso de
anteriores, apresentando micronodulos e radiotransparência. A asma, menos
opacidade lineares. Esse padrão pode comumente, apresentará manifestações
ocorrer em pneumoconiose, infecções, radiológicas; a DPOC, por outro lado,
pneumopatia intersticiais e neoplasias. pode levar a quadros clássicos de
hiperinsuflação na radiografia de tórax.
Além da hipodensidade, outros sinais de
aprisionamento de ar que podemos
observar são: diafragma rebaixado ou
retificado; aumento do espaço
retroesternal; coração alongado e
verticalizado; e retificação dos arcos
costais.

IMAGENS 16 e 17: Padrão reticulonodular


- opacificações micronodulares e lineares.

II. Diminuição da densidade


pulmonar
A redução da densidade
pulmonar pode ser resultado da
hiperinsuflação ou resultante da redução
IMAGENS 18 e 19: Radiografias em PA e
do aporte sanguíneo. Doenças
perfil com sinais de hiperinsuflação.
obstrutivas como asma e doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

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No tromboembolismo pulmonar parênquima por tecido cicatricial ou


(TEP) a hipodensidade é gerada pela doença infiltrativa.
redução do fluxo sanguíneo nos campos
Na radiografia de tórax, as
pulmonares. Apesar da redução da
atelectasias podem apresentar sinais
densidade pulmonar ser um achado
diretos: deslocamento de cisuras e
possível, a radiografia é um exame com
opacificação do segmento colapsado.
baixa sensibilidade para o diagnóstico
Além de sinais indiretos de regiões não
de TEP; tendo como característica
intimamente afetadas pela lesão:
inclusive uma dissociação do quadro
deslocamento do hilo e mediastino;
clínico (bastante florido) para
perda de volume no hemitórax;
radiológico (que na maioria das vezes é
elevação do diafragma; aproximação de
normal).
costelas; hiperinsuflação dos lobos
remanescentes; e apagamento da
silhueta cardíaca ou do diafragma. É
importante saber ainda que os
broncogramas aéreos podem estar
presentes ou não a depender do
mecanismo causador da atelectasia.
Sendo, por exemplo, incomuns quando
ela é causada por obstrução brônquica.

IMAGEM 20: Observa-se duas linhas


delimitando a redução da densidade
pulmonar devido a um TEP.

III. Atelectasias e alterações


pleurais
III.1 Atelectasias
IMAGEM 21: Na imagem acima temos uma
Atelectasias são perdas de volume atelectasia completa do pulmão direito
decorrentes do colapso de parte ou de com desvio notável das estruturas
todo pulmão. As obstrutivas são as mais mediastinais para o lado acometido e
comuns e ocorrem quando há uma desvio de traqueia.
reabsorção do ar dos alvéolos quando a
comunicação entre o espaço alveolar e a
traqueia é interrompida. As atelectasias A atelectasia de cada lobo
não obstrutivas acontecem pelos produzirá um padrão diferente na
seguintes mecanismos: perda de contato radiografia de tórax.
entre a pleura visceral e parietal; por
falta de surfactante; e substituição do Atelectasia do lobo superior direito:
densidade triangular, hilo direito

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elevado e obliteração do espaço claro Atelectasia do lobo superior


retroesternal (imagem 22 - seta). esquedo: perda de volume mínima com
elevação do diafragma esquerdo,
aumento da densidade em faixa no
espaço retroesternal, hilo esquerdo
anormal. Outro achado que pode estar
presente nesses casos é o sinal de
Luftsichel, uma radiotransparência com
morfologia de crescente (imagem 26 -
seta) adjacente ao botão aórtico e
IMAGEM 22 correspondendo ao segmento superior
do lobo inferior

Atelectasia do lobo médio direito:


borramento do contorno direito do
coração (sinal da silhueta), densidade
triangular no perfil, como resultado do
colapso do lobo médio. Normalmente,
atelectasia do lobo médio direito não
resultar em elevação perceptível do
diafragma direito.
IMAGEM 25 – elevação do hemidiafragma
esquerdo e aumento de densidade no espaço
retroesternal

IMAGEM 23: sinal da silhueta decorrente de


atelectasia do lobo médio

Atelectasia do lobo inferior direito:


borramento da margem direita cardíaca
sem densidade laminar no perfil.
IMAGEM 26 – Sinal de Luftsichel

Atelectasia do lobo inferior


esquerdo: densidade triangular vista
através da sombra cardíaca. O contorno
do diafragma esquerdo é perdido. Não
podemos ver os vasos lobo inferior,
porque eles estão cercados pelo lobo

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atelectásico. Além disso, a atelectasia Na incidência PA, o derrame


pode se apresentar na língula e o sinal pleural pode se apresentar das seguintes
mais comum neste acometimento é o maneiras: opacificando os seios
sinal da silhueta do lado esquerdo. costofrênicos; formando uma
opacificação em forma de parabóla com
a concavidade voltada para cima (sinal
do menisco); e por vezes opacificando
todo o hemitórax. A região opacificada
depende do volume do derrame e é
importante notar que a medida que
cresce causa colabamento do pulmão
(atelectasia), como fica evidente na
ultima imagem na qual existe um
derrame pleural maciço a direita.
IMAGEM 27 – Atelectasia em lobo inferior
esquerdo

III.2 Aterações pleurais


Alterações na pleura também pode
levar a diversas alterações na
radiografia de tórax. Dentre as afecções
mais importantes temos o pneumotórax
(vide sessão de trauma) e o derrame
pleural.
Derrame pleural:
Representa a invasão da IMAGEM 28 - demonstrando opacificação
cavidade por líquido, podendo ser livre do seio costrofrênico
ou septado. Muitas doenças benignas e
malignas podem levar a este
acometimento. Em geral, o derrame
pleural só aparece na radiografia
quando tem um volume mínimo de 300-
400ml. Alguns fatores são
determinantes para a apresentação
radiográfica incluindo a presença de
septação, a quantidade de líquido, a
posição do paciente e a presença de
anormalidades pulmonares subjacentes.
De modo geral, na ausência de
alterações significativas do pulmão, o
derrame livre, tende a depositar-se nas
IMAGEM 29 - evidenciando derrame pleural
porções pendentes da cavidade torácica.
com sinal do menisco em hemitórax direito

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IMAGENS 31 E 32 - comparativas que evidenciam


derrames pleurais pequenos em PA (pouco visível)
e, principalmente, em perfil.
IMAGEM 30 - Derrame pleural maciço em
hemitórax direito com seta apontando
presença de atelectasia
Na incidência anterior em que o
paciente está deitado, a detecção do
A incidência em perfil, é de grande derrame fica bastante prejudicada, pois
valia na investigação dos derrames o líquido livre na cavidade se espalha
pleurais pois ela permite visualizar o não produzindo opacidade. Nessas
seio costofrênico posterior. Essa condições, é necessário que exista um
topografia é a que se encontra na região volume maior de líquido para sua
mais inferior do pulmão e por isso será visualização na imagem. A incidência
a primeira a acumular líquido em lateral com raios horizontais é a melhor
derrames pleurais de pequena monta. disponível para detecção de derrames
Sendo assim, ao utilizar a radiografia de livres, já que permite identificar
tórax apenas em PA podemos deixar de derrames de pequeno volume (10-25
diagnosticar derrames pleurais menores. ml).

IMAGEM 33: Esquema comparativo ao Rx


com incidência lateral e raios horizontais

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IMAGEM 34: Rx de incidência lateral para


evidenciar derrame pleural.

O líquido pleural pode ainda se


localizar nas cisuras interlobares,
apresentando-se na radiografia como
uma imagem arredonda, confundindo-se
com uma lesão sólida. Esses casos são
chamados de tumor fantasma, pois se
PADRÕES NAS INFECÇÕES
resolve assim que o quadro congestivo é
PULMONARES
sanado. Exemplo na imagem abaixo,
onde podemos confirmar na incidência I. Tuberculose
em perfil que a lesão está localizada
A tuberculose é uma doença
entre as cisuras.
crônica granulomatosa necrosante,
causada pelo Mycobacteriu
tuberculosis. O local mais comumente
afetado é o pulmão, sendo a radiografia
de tórax um importante meio de auxílio
diagnóstico , além dos exames clínicos
e laboratoriais.
A maioria dos casos de tuberculose
primária é assintomática. A
linfonodopatia hilar e/ou mediastinal é a
manifestação radiológica mais
frequentemente encontrada nesses casos
(imagem 35).
Em 90 a 95% dos pacientes
previamente hígidos esses achados
Imagens (A e B) mostrando presença de regridem sem terapia específica, em
líquido entre as cisuras interlobares aproximadamente 3 semanas, devido ao
desenvolvimento de uma resposta
imunológica adaptativa. Caso o sistema

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imune seja capaz de conter a infecção


formam-se os granulomas caseosos que
são “focos de macrófagos ativados
(células epitelioides), rodeados por
fibroblastos, linfócitos, histiócitos,
células gigantes de Langhans
ocasionais; necrose central com restos
granulares amorfos, bacilos álcool-ácido
resistentes” e podem se calcificar.
Logo, os achados radiológicos
serão alterações residuais com
densidade próxima ao cálcio no
parênquima pulmonar (complexo de IMAGEM 36 – Alterações residuais.
Ghon) e nos linfonodos hilares, Paciente reativo para PPD e baciloscopia.
denominado complexo de Ranke Calcificações (pontos de hiperdensidade)
(imagem 36). Na maioria dos casos esse em parênquima pulmonar D e E (lesões de
estágio pode ser resolutivo, mas Gohn), visível também no hilo pulmonar E,
formando complexo de Ranke.
algumas vezes a infecção continua de
forma latente.
Quando o sistema imune não é
capaz de responder adequadamente à
infecção primária, a doença pode
progredir tanto a partir dos linfonodos,
causando compressão das vias aéreas e
consequentemente atelectasias parciais
ou totais (imagem 37), como a partir do
parênquima, resultando em tuberculose
miliar - que será melhor descrita adiante
- e disseminação hemática do bacilo.
Essas síndromes são clinicamente
indistinguíveis, sejam elas provocadas
por tuberculose primária ou pós-
primária.

IMAGEM 35- Radiografia com


linfonodopatia hilar. Massa hiperdensa,
com formato nodular na região do hilo
pulmonar (seta).

IMAGEM 37 – Atelectasia em lobo superior


direito.

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A tuberculose pós-primária pode


ocorrer por reativação de um foco
latente, ou a partir de um novo contágio.
Existem diversas formas de
apresentação radiológica da tuberculose
pós-primária, com destaque para as
formas de início, as formas cavitárias,
endobrônquicas e miliares.
As formas de início são
caracterizadas por tênues opacidades,
com limites imprecisos que usualmente
se localizam nos lobos superiores, IMAGEM 39 – Raio X em PA sem alterações
(A). Raio X de mesmo paciente em
principalmente nos ápices pulmonares
incidência ápico-lordótica (B) demonstra
(imagem 38). Por vezes o raio X em PA opacidades em ápice direito e
pode estar normal e o paciente hiperdensidade em hilo pulmonar direito
sintomático e reativo segundo exames
laboratoriais. Uma imagem em
incidência ápico-lordótica (imagem 39) A cavidade é o padrão clássico da
pode oferecer melhor visão dos ápices tuberculose pós-primária, podem ser
pulmonares, revelando a anormalidade únicas ou múltiplas (mais da metade dos
com menor exposição do paciente à casos) e habitualmente estão associadas
radiação. a consolidação parenquimatosa (Figura
6). As cavidades são as lesões
tuberculosas mais densamente povoadas
pelos bacilos. É importante ressaltar que
a cavidade da tuberculose não possui
nível hidroaéreo. Quando muito
próximos à pleura há risco de ruptura e
infecção do espaço pleural (imagem
40).

IMAGEM 38 – Forma de início. Radiogragia


com tênues opacidades infraclaviculares à
direita.

IIMAGEM 40 – Cavidade de paredes espessas


em pulmão esquerdo (seta)

As formas endobrônquicas
causam estenose das vias aéreas devido
à lesão granulomatosa intrabrônquica e

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radiologicamente caracterizam-se por pneumonia dão: tosse, expectoração,


atelectasia parcial ou total da área dor torácica e dispneia. Outros achados
envolvida. Diagnóstico demanda TC de como cefaleia, sudorese, calafrios, febre
tórax, pois diferencia de atelectasia por e mialgias também são comuns. A
compressão por linfonodos aumentados patogênese das pneumonias está
e permite avaliar local da obstrução e a relacionada com o agente etiológico
viabilidade do pulmão subjacente (com responsável pela doença, sua virulência
reconstrução multiplanar das imagens). e o sistema imunológico do hospedeiro.
Broncoscopia é outra alternativa para Os microrganismos responsáveis pelas
identificar o granuloma intrabrônquico. pneumonias chegam ao parênquima
pulmonar a partir da inalação de
aerossóis, pela aspiração de secreções
da orofaringe, pela disseminação
hematogênica e por reativação local.
Para o diagnóstico de pneumonia, a
radiografia de tórax é fundamental para
diferenciá-la de outros processos
infecciosos do trato respiratório. O raio-
x de tórax pode definir a extensão da
infecção, indicar a gravidade do quadro
e verificar a ocorrência de
complicações, como o derrame pleural.

IMAGEM 41 – Campos pulmonares com


infiltrados micronodular difusos.
Tuberculose miliar.

A tuberculose miliar ocorre pela


progressão parenquimatosa com
disseminação hemática do bacilo.
Radiologicamente apresenta infiltrados
micronodulares difusos no parênquima
pulmonar, com nódulos medindo de 2 a
3mm de diâmetro. Em crianças, esses
achados são comumente associados a
linfonodomegalias mediastinais e
hilares. IMAGEM 42 - Opacificação alveolar com
broncograma aéreo (consolidação) no terço
superior do campo pleuro-pulmonar direito,
limitada inferiorimente pela cisura horizontal.
II. Pneumonias
Pneumonias são doenças
inflamatórias de causa infecciosa que
acometem os espaços aéreos e são
causadas por vírus, bactérias ou fungos.
Os sintomas mais característicos da

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O padrão radiográfico mais fenômeno radiográfico de broncograma


frequente: aéreo ou aerobroncograma. As imagens
alveolares podem apresentar ainda
 Opacidades alveolares
escavações que, segundo alguns autores,
 Broncograma aéreo associam-se com maior gravidade. A
 Consolidação (junção dos dois presença de derrame pleural
anteriores) concomitante também é sinal de
gravidade.

IMAGEM 43 - Radiografia de tórax em PA.


Opacificação alveolar homogênea
(consolidação) no terço inferior do campo
pleuro-pulmonar direito.

IMAGEM 45 - Opacidade homogênea


obscurecendo a margem cardíaca (sinal da
silhueta), o que fala a favor de sua
localização em lobo médio. Há obliteração
do seio costofrênico direito, sugerindo a
presença de derrame pleural.

IMAGEM 44 - Radiografia de tórax em PA.


Opacificação alveolar no campo pleuro-
pulmonar direito.

Em condições normais, os espaços


aéreos são preenchidos por ar, o que
determina uma imagem radiolucente,
em que não há distinção de brônquios e IMAGEM 46 - A incidência lateral mostra a imagem
bronquíolos. As pneumonias podem ter projetando-se sobre a área cardíaca, confirmando sua
um padrão alveolar, no qual apresenta localização no lobo médio, além do pequeno derrame pleural
evidenciado posteriormente.

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III. Abscesso pulmonar


O abscesso pulmonar consiste em
necrose do parênquima pulmonar
causada por infecção microbiana que é
responsável pela presença de pus na
cavidade pulmonar. Pode surgir como
uma complicação de uma pneumonia
aspirativa e, menos comumente,
associada à transmissão pela via
hematogênica. Os abscessos primários
ocorrem em cerca de 80% dos casos e
acometem normalmente indivíduos
IMAGEM 47 - Opacidades intersticiais na saudáveis. Já os abscessos secundários
base do campo pleuro-pulmonar esquerdo. estão mais presentes em indivíduos com
Padrão reticular. anormalidades pulmonares.

As pneumonias podem ainda ter Algumas condições associadas são:


um padrão intersticial, que ocorrem
 Epilepsia mal controlada;
quando alguma afecção faz com que o
 Doença do refluxo
parênquima pulmonar se torne espesso,
gastresofágico;
edemaciado ou com formações
 Dentes em mau estado de
nodulares. Várias doenças podem
conservação;
causar alterações intersticiais que se
manifestam como micronódulos,  Alcoolismo;
opacidades reticulares ou alterações  Pacientes em uso de
retículo-nodulares. O padrão quimioterápicos;
micronodular é decorrente de múltiplos  Imunodeficientes.
nódulos de 1 a 5 mm que podem tornar- Os principais sintomas associados a
se coalescentes. O padrão reticular, por essa doença são: febre, tosse, escarro de
sua vez, caracteriza-se por inúmeras odor pútrido, hemoptise, sudorese
imagens lineares entrelaçadas que noturna, anorexia e perda de peso.
lembram uma rede. Já o padrão
reticulonodular é o mais freqüente dos A radiografia de tórax é um exame
três, caracterizando-se por uma mistura essencial para o diagnóstico de abscesso
dos dois primeiros padrões, com pulmonar. As características presentes
micronódulos são: cavitação no parênquima pulmonar
associados a com centro radiotransparente (devido à
opacidades presença de ar), bem delimitada por um
lineares. contorno radiopaco. Em alguns casos
pode contar nível líquido em seu
interior. Ocorre comumente em
IMAGEM 48 - segmentos superiores ou posteriores de
Padrão intersticial lobos inferiores e pode ser
micronodular acompanhado por empiema. Outros
exames como a tomografia
computadorizada de tórax e a
broncoscopia podem ser necessárias

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para auxiliar o diagnóstico diferencial e ACHADOS CARDIOLÓGICOS


a evolução adequada.
I. Insuficiência Cardíaca e
Cardiomegalia
a) Patologia
A insuficiência cardíaca (IC) é uma
síndrome em que o coração é incapaz de
bombear o volume de sangue necessário
às atividades metabólicas do organismo,
ou quando essa demanda é suprida
apenas a altos valores pressóricos ou
volumes diastólicos elevados.
Pode resultar em processos agudos,
ex. Infarto Agudo do Miocárdio, ou,
mais comumente, em processos
crônicos.
b) Principais achados clínicos
Pacientes adultos com insuficiência
IMAGEM 49 - Abscesso pulmonar: presença
cardíaca crônica (ICC) podem
de cavitação no parênquima pulmonar
esquerdo com centro transparente
apresentar dispneia, edema pulmonar e
hipertensão pulmonar.
c) Achados radiológicos
O exame ecocardiográfico é o
padrão outro para apoio no diagnóstico
de ICC, porém a radiografia pode
fornecer dados importantes para o
diagnóstico.
O tamanho do coração deve ser
avaliado em todos os exames de raio-x.
Isto deve ser feito analisando a razão
cardiotorácica (CTR), uma proporção
entre os tamanhos do coração e do
tórax:
CTR = largura do coração
largura do tórax

Quando avaliada em um exame


IMAGEM 50 - Abscesso pulmonar: presença em incidência PA, uma CTR superior a
de cavitação no parênquima pulmonar 50% é considerada anormal e representa
esquerdo com centro transparente cardiomegalia, o que pode ser devido à
IC.

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4) Derrame pleural: Apagamento


do ângulo costofrênico.
II. Alargamento de Câmeras
Cardíacas

II.1 - Aumento de Ventrículo


Esquerdo
a) Patologia
Um dos principais motivos para o
aumento do ventrículo esquerdo no
raio-x é a hipertrofia ventricular
esquerda, que se deve principalmente à
hipertensão arterial. Associada a
IMAGEM 51
dilatação do ventrículo esquerdo está o
CTR≈ 46,3% aumento da pressão diastólica final
ventricular esquerda, que aumenta a
São sinais de IC presentes no raio-x resistência do átrio esquerdo e pode
(imagem 52): resultar na dilatação do mesmo, na
0) Cardiomegalia; ausência de doença valvar. (figura 1)

1) Alargamento da zona acima dos Uma segunda causa para aumento


vasos pulmonares: Achado de do ventrículo esquerdo é o aneurisma de
hipertensão pulmonar venosa; ventrículo esquerdo. (figura 2)

2) Edema pulmonar: Visível pela b) Principais Achados Clínicos


hipotransparência pulmonar bilateral No aneurisma de ventrículo
próxima ao hilo; esquerdo, o paciente geralmente
3) Linhas septais: Linhas apresenta histórico de infarto do
horizontais hipotransparentes devido a miocárdio. Apresenta-se com dor
fluido acumulado entre os lóbulos torácica recorrente, piora da
secundários dos pulmões; hemodinâmica cardíaca refratária,
arritmias, tromboembolismo, hipotensão
arterial e choque.
c) Achados Radiológicos
- Aumento do Ventrículo Esquerdo

IMAGEM 52
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II.2 - Aumento de Ventrículo


1) Arredondamento da borda cardíaca Direito
esquerda;
a) Patologia
2) Aumento do diâmetro cardíaco
transverso; Decorre do aumento da resistência
vascular pulmonar que culmina com a
3) Deslocamento do ictus para fora e
redução do débito cardíaco, que leva a
para baixo.
diminuição da pressão de perfusão
coronária.
b) Principais Achados Clínicos
- Aneurisma de Ventrículo Esquerdo Quando em estado de falência do
ventrículo direito, o paciente apresenta:
 Retenção hídrica que pode levar
a edema periférico, ascite e
anasarca;
 Redução da reserva sistólica e
baixo débito cardíaco, que leva a
intolerância ao exercício físico e
fadiga;
 Arritmia atrial e ventricular.
c) Achados Radiológicos
 Elevação do tronco da artéria
pulmonar;
 Aumento do diâmetro cardíaco
transverso e deslocamento do
ápice cardíaco para esquerda
(pode ser confundido com
aumento do ventrículo
esquerdo);
 Na incidência lateral, ocorre o
aumento da área de contato com
o esterno que tende a obliterar o
espaço retroesternal (área de
contato normal: 1/3).

1) Aumento do coração;

2) Abaulamento da borda esquerda do coração;

3) Aro circular de calcificação (apontado pela


seta).

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funcionamento correto do coração.


Quando isso acontece, o coração não
consegue bombear sangue suficiente
para o resto do seu corpo, o que pode
levar a falência de órgãos, choque e até
morte.
b) Principais Achados Clínicos
 Manifestações provocadas pela
distensão do saco pericárdico,
com aparecimento de dor
torácica opressiva, contínua, de
características semiológicas
diferentes da dor de origem
pericárdica clássica causada por
inflamação. A dor é mais
comum em derrames
III. Derrame Pericárdico pericárdicos agudos, nos quais
há distensão do saco pericárdico.
a) Patologia
Pode ser acompanhada por
Acúmulo de líquido no saco hipertonia vagal e bradiarritmias.
pericárdico que ultrapassam os 30 a 50  Manifestações indicativas da
ml normais. Os tipos e causas de compressão de estruturas
derrame são: adjacentes, extracardíacas,
incluindo disfagia (compressão
 Seroso: Insuficiência cardíaca
esofagiana), tosse (compressão
congestiva e hipoalbuminemia
de vias aéreas), dispnéia e
de qualquer causa;
atelectasia pulmonar (obstrução
 Serossanguíneo: Trauma
brônquica), soluço (compressão
fechado de tórax, tumor
do nervo frênico) e rouquidão
maligno, IM com ruptura e
(compressão do nervo laríngeo
dissecção da aorta
recorrente).
 Quiloso: Obstrução linfática
 Manifestações decorrentes do
mediastinal
aumento da pressão
Pode ser classificado em: agudo ou intrapericárdica com compressão
crônico (> 3 meses), pequeno ou cardíaca e tamponamento.
grande.
O derrame pericárdico pode ser
Tamponamento cardíaco é uma completamente assintomático e
possível complicação do derrame constituir um achado ao se fazer um
pericárdico em que o sangue ou os exame de rotina, como radiografia de
fluidos preenchem o espaço entre a tórax, ecocardiograma, tomografia de
membrana que envolve o coração e o tórax ou US abdominal.
músculo cardíaco, exercendo extrema
c) Achados Radiológicos
pressão sobre o coração. A pressão
resultante impede a expansão completa No raio-x, pode ser confundido
dos ventrículos do coração e o com insuficiência cardíaca, sendo

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possível diferenciar estas condições (pseudoaneurismas) não apresentam


pelo hilo pulmonar. No derrame uma das camadas. Etiologicamente, os
pericárdico, o pericárdio tende a se aneurismas podem ser decorrentes de
estender e sobrepor os vasos do hilo aterosclerose (causa mais comum),
pulmonar. Na insuficiência cardíaca, os doenças do tecido conectivo (Síndrome
vasos ficam congestionados e tornam-se de Marfan), de sífilis ou de alterações
proeminentes. inflamatórias da aorta (doença de
Takayasu).
Além disso, no derrame
pericárdico, há um deslocamento b) Principais Achados Clínicos
posterior da linha de gordura epicárdica,
Uma grande parte dos aneurismas é
uma vez que o líquido se acumula neste
assintomática. Os sintomas clínicos
local. A espessura normal da linha não
normalmente indicam lesão de grande
ultrapassa 2-4 mm.
volume, expansão ou ruptura contida.
c) Achados Radiológicos
 Prótese valvar aórtica (marcada
pela seta);
 Junta aórtica maciça (linha
vermelha);
 Deslocamento de traquéia
(marcada em preto);
 Aorta torácica aumentada e
tortuosa.
A Tomografia computadorizada (TC)
permite realizar o diagnóstico de
aneurisma da aorta pelos seguintes
achados:
 Dilatação do vaso
 Avaliar a forma: fusiforme
(verdadeiros) ou saculares
(falsos)
 Tamanho, extensão proximal e
distal
 Envolvimento de ramos aórticos
 Presença de trombo mural

VI. Aneurisma De Aorta Torácica


a) Patologia
Os aneurismas verdadeiros da aorta
contêm as três camadas vasculares
(íntima, média e adventícia); os falsos

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ESTUDO RADIOLÓGICO DO
TRAUMA

Uma das principais causas de morte


no politraumatizado é o trauma torácico,
visto que a caixa torácica aloja órgãos
vitais, como o coração, pulmão, vias
aéreas e grandes vasos. A gravidade da
lesão dependerá justamente das
estruturas acometidas e do grau do
dano.
O trauma torácico pode ser fechado
ou aberto, que diferem entre si pela
comunicação ou não da cavidade
torácica com o meio externo. Os
traumas fechados são causados por
mecanismos de contusão, como
acidentes automobilísticos, quedas e
impactos em geral. Os traumas abertos,
por sua vez, são decorrentes de
mecanismos penetrantes, como projéteis
de armas de fogo (PAF) e armas
brancas. Lesões contusas e penetrantes
podem coexistir num mesmo trauma, no
entanto.

Imagens evidenciando o aneurisma, um


anel valvar cirúrgico e o desvio traqueal

Trauma Torácico Aberto

Aumento do calibre da aorta torácica


descendente, de maneira fusiforme
vista em TC
Trauma Torácico Fechado

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Apesar de a mortalidade associada, Achados radiológicos:


muitas mortes podem ser evitadas com
 Na radiografia, o pulmão parece
medidas simples. Menos de 10% dos
estar deslocado da parede
traumatismos fechados e entre 15 a 30%
torácica, não havendo trama
dos traumatismos penetrantes exigem
vascular em sua periferia.
toracotomia para tratamento.
 O sinal do sulco profundo é um
A radiografia de tórax é importante sinal, visto que pode
fundamental para diagnóstico de muitas ser o único indício da presença
condições decorrentes do trauma de ar no espaço pleural.
torácico e a identificação de achados e Pacientes com pneumotórax em
sua correta interpretação são aspectos posição ortostática tem o ar
decisivos para a abordagem ideal. pleural preferencialmente
ocupando as regiões súpero-
A seguir você verá alguns dos
laterais do hemitórax, sendo a
principais diagnósticos que podem ser
sua visualização relativamente
obtidos com a ajuda da radiografia de facilitada. No entanto, pacientes
tórax. em posição supina têm o ar
I. Pneumotórax desviado para regiões mais
basais e mediais, dificultando a
I.1 Pneumotórax aberto sua visualização. O sinal
descrito ocorre justamente na
Conceito: Grandes ferimentos da posição supina e representa a
parede torácica, que permanecem hiperlucescência e
abertos resultam em pneumotórax aprofundamento do ângulo
aberto também denominado ferida costofrênico. Apesar dos
torácica aspirativa. Nessas condições, o achados, a radiografia de tórax
equilíbrio entre as pressões intratorácica não é necessária para fechar a
e atmosférica é imediato. O ar tende a conduta.
passar pelo local de menor resistência;
por isso, se a abertura da parede torácica Tratamento paliativo: fechamento
é de aproximadamente dois terços do imediato da lesão (curativo
diâmetro da traqueia ou maior, nos quadrangular estéril com fita adesiva
esforços ventilatórios o ar passa em três lados apenas para gerar efeito
preferencialmente pela lesão da parede. de válvula unidirecional) e
Por isso, a ventilação efetiva é oxigenoterapia.
prejudicada, resultando em hipóxia e
hipercapnia.
Sinais e sintomas: dor, dispneia,
ruído de sucção de ar à ausculta.
Diagnóstico: é estritamente clínico
através dos murmúrios vesiculares
ausentes ou diminuídos,
hipertimpanismo à percussão.

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torácica sem esperar a confirmação


radiológica.
Achados radiológicos: os achados
são os mesmos do pneumotórax
simples, entretanto, a radiografia de
tórax não se faz necessário para
conduta. O sinal mais específico para
diferenciar o pneumotórax hipertensivo
é o desvio de estruturas para o lado
oposto à lesão, tanto as vias aéreas
quanto estruturas mediastinais.
Diagnóstico diferencial:
tamponamento cardíaco, entretanto
neste não haverá hipertimpanismo à
percussão e nem murmúrios vesiculares
I.2 Pneumotórax Hipertensivo: em hemitórax.
Conceito: O pneumotórax
hipertensivo é uma verdadeira
emergência cirúrgica e requer
diagnóstico e tratamento imediatos. Ele
aparece quando se forma um
mecanismo valvular que permite a
entrada de ar no espaço pleural, mas não
a sua saída. A pressão intrapleural
aumenta progressivamente, causando
colapso total do pulmão e desvio do
mediastino para o lado oposto, e resulta
em diminuição do retorno venoso e
redução no débito cardíaco. O
pneumotórax hipertensivo pode ser
causado por complicação de
pneumotórax simples, inserção de
cateter e fraturas da coluna cervical.
Sinais e sintomas: dor torácica,
taquicardia, hipotensão, desvio de
traqueia, ausência de murmúrios I. Hemotórax
vesiculares unilateral, distensão das
Conceito: O hemotórax maciço
veias do pescoço, enfisema subcutâneo.
resulta do rápido acúmulo de 1.500 mL
Diagnóstico: A associação dos de sangue ou de um terço ou mais do
sinais e sintomas acima com o volume de / sangue do doente na
timpanismo à percussão e de desvio da cavidade torácica. É causado, mais
traqueia sugere fortemente o comumente, por ferimentos penetrantes
diagnóstico e autoriza a descompressão que dilaceram os vasos sistêmicos ou

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hilares. Contudo, pode também ser II. Fraturas


resultado de um trauma contuso.
Os arcos costais são os
componentes da caixa torácica mais
lesados, sendo os arcos intermediários
Sinais e sintomas: sinais de choque
(4 a 9) os mais acometidos. As lesões
hipovolêmico, Taquipneia, murmúrios
dos arcos costais resultam em restrição
vesiculares diminuídos, macicez à
dos movimentos respiratórios,
percussão.
deformação, crepitação e dor localizada
Diagnóstico: Um hemotórax agravada com palpação.
maciço é diagnosticado pela associação
Os primeiros arcos costais são
de choque com ausência de murmúrio
protegidos pela escápula, úmero e
vesicular e/ou macicez à percussão de
um dos hemitóraces. A perda sanguínea clavícula e suas inserções musculares.
é complicada pela hipóxia. As fraturas de escápula e primeira e
segunda costelas sugerem mecanismo
Achados radiográficos: O de tal magnitude que pode haver
hemotórax pode não ser visível na também lesão associada de cabeça,
primeira radiografia, principalmente em pescoço, medula espinhal, pulmão e
pacientes com múltiplas fraturas grande vasos.
deslocadas de costelas. A radiografia de
tórax mostra velamento do hemitórax As fraturas de esterno e das
comprometido. escápulas geralmente resultam de
impacto direto. Quando houver fratura
Tratamento paliativo: O de esterno deve-se investigar também
hemotórax maciço é tratado contusão pulmonar e cardíaca.
inicialmente por reposição do volume
sanguíneo e descompressão da cavidade Radiografia: A radiografia de
torácica, realizadas simultaneamente. tórax é importante não apenas para
identificar fratura de arcos costais, mas
também para descartar outras lesões
intratorácicas. É necessário investigar
outras lesões, como pneumotórax,
hemotórax ou contusão pulmonar, que
podem ser causadas pelos segmentos
fraturados direcionados para dentro do
tórax.
Conduta Terapêutica: O
alívio da dor é importante para permitir
uma ventilação adequada. Atadura,
cintais costais e fixação externa são
contraindicadas.

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é suficiente para causar uma


instabilidade.
Apesar de prejudicar os movimentos
respiratórios, as maiores repercussões
do tórax instável se devem à contusão
pulmonar associada. Se a lesão do
parênquima pulmonar subjacente for
extensa, pode ocorrer insuficiência
respiratória grave.
Sinais e sintomas: O paciente tem
dor intensa e respira com dificuldade. A
instabilidade pode ser percebida ainda
no exame físico, pois leva a um
movimento paradoxal do retalho, que
durante a inspiração retrai e na
Fratura em arco costal expiração protrai. A palpação de
movimentos anormais e de crepitações
ajuda no diagnóstico.
Radiografia: É útil na determinação
das múltiplas fraturas de arcos costais
consecutivos. Pode indicar também
contusão pulmonar (infiltrado alveolar
que pode evoluir como áreas de
condensação).

Fratura esternal

I. Tórax Instável e Contusão


Pulmonar
Múltiplas fraturas de arcos costais e congestão
O tórax instável, ou retalho costal pulmonar
móvel, ocorre quando um segmento da
parede torácica perde a continuidade Conduta Terapêutica: Analgesia
óssea com a caixa torácica após um vigorosa é prioridade, pois a dor
trauma contuso de alto impacto. Por restringe os movimentos ventilatórios, o
definição, exige ao menos 2 arcos que contribui para uma possível
costais consecutivos acometidos, o que

PET – Medicina UFBA 31


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hipóxia. Assistência ventilatória deve REFERÊNCIAS:


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PET – Medicina UFBA 33

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