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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SUL RIOGRANDENSE

CAMPUS PASSO FUNDO

DUEREN FABIANI

Definição da rede ótica e caracterizando as arquiteturas FTTH e FTTA

PASSO FUNDO
1. Introdução

As empresas de telecomunicações enfrentam o grande desafio de prover


acesso à Internet de alta velocidade, com qualidade de transmissão, desde os grandes
centros urbanos até as zonas rurais mais distantes. Essa necessidade por ultra
velocidades vem de diversos fatores, seja pelo aumento no uso de serviços de
streaming, número de dispositivos conectados ou jogos online.

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Demonstrar a viabilidade técnica no atendimento das necessidades dos


serviços para as redes de banda larga até em casa, com o atendimento FTT’x’.

2.2. Objetivos Específicos

 Caracterizar e fazer definições das redes óticas passivas;


 Caracterizar os diversos componentes e equipamentos envolvidos na rede;
 Apresentar as características e definições das redes de fibra até o cliente
(FTT‘x’); 
 Determinar as vantagens e suas limitações da tecnologia proposta;

3. JUSTIFICATIVA

A utilização das redes FTTx são umas das alternativas para suportar o tráfego
de diversos serviços com maior largura de banda. Dessa maneira, uma rede FTTx
aproxima-se mais do usuário doméstico, propiciando nas mais recentes técnicas de
construção, a conexão e transmissão serem aproveitadas ao máximo, diminuindo as
limitações do cabo coaxial convencional. A expansão destas redes realizada de forma
desordenada pode comprometer seu rendimento e viabilidade. Portanto são de suma
importância o conhecimento de modelos de arquitetura e de suas principais
características e aplicações para a ampliação planejada destas redes.

4. METODOLOGIA

O trabalho de pesquisa compreende em estudar a própria fibra ótica


caracterizando-as e comparando qual é a melhor arquitetura a ser utilizada. O método
utilizado para alcançar o objetivo pode ser resumido em fazer o levantamento
bibliográfico para fundamentação teórica e conhecimento das tecnologias abordadas,
onde serão estudados os modelos de redes de fibra ótica até o cliente (FTTx), os
quais apresentarão diferentes formas de fornecimento desta tecnologia.  

5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

5.1. FIBRA ÓTICA

A fibra ótica foi inventada pelo físico indiano Narinder Singh Kanpany, a partir
de um Fotofen, objeto que convertia sinais óticos utilizando a luz do Sol e lentes
montadas em um transdutor que vibrava ao entrar em contato com o som, se tornou
mais prática durante os anos 60 com o surgimento das fontes de luz de estado sólido,
raio lazer e os LEDs.

Sendo filamentos flexíveis fabricados em materiais transparentes como fibras


de vidro ou plástico e que são utilizadas como meio de propagação da luz. As fibras
ópticas são geralmente muito finas, mas podem ter vários quilômetros de
comprimento. Fibras ópticas têm diversas aplicações, sendo a transmissão de dados
uma das mais comuns.
Usadas para carregar sinais digitais na forma de pulsos de luz modulados, a
fibra ótica é um guia de onda dielétrico com estrutura cilíndrica e seção circular reta.
Ao longo do comprimento da fibra ótica a estrutura e distribuição, em geral, são
uniformes (RIBEIRO, 2003). 

[...] O desempenho de um sistema de


telecomunicações costuma ser avaliado principalmente em
relação ao fator de atenuação, que estabelece a distância
máxima de transmissão sem necessidade de repetidores, e a
largura de banda, que fixará a taxa máxima de modulação
permitida dentro de um comprimento de enlace. As
comunicações óticas despertam interesse para a
modernização das telecomunicações por suportar os
sistemas mais tradicionais (RIBEIRO, 2003).

A fibra ótica é composta de duas partes, conforme a figura 1:  

 Núcleo: Parte central da fibra por onde a luz é guiada; 


 Casca: Parte externa da fibra ótica que envolve o núcleo, cujo índice de
refração é menor que do núcleo para garantir que a luz se propague ao longo
do núcleo pelo fenômeno da reflexão;

Figura 1: Composição da fibra ótica 

Fonte: brasilescola 

Existem duas categorias de fibras ópticas: Multimodais e Monomodais. Essas


categorias definem a forma como a luz se propaga no interior do núcleo.

As fibras multimodais são aquelas onde o diâmetro do núcleo (normalmente


62,5 μm para o núcleo e 125 μm para a casca) permite que a luz tenha vários modos
de propagação, conforme a Figura 2. Essas fibras podem também ser classificadas
em índice gradual ou degrau dependendo da variação do índice de refração entre o
núcleo e a casca.

 Figura 2: Fibra óptica multimodal.

Fonte: clubedohardware

As fibras monomodais possuem menor diâmetro de núcleo (normalmente 8 μm


a 10 μm e a casca em torno de 125 μm), conforme mostrado na Figura 3 e requerem
conectores de maior precisão e dispositivos de alto custo e foram desenvolvidas para
aplicações que envolvam grandes distâncias e elevadas taxas. As fibras monomodais
também se diferenciam pela variação do índice de refração do núcleo em relação à
casca; classificam-se em Índice Degrau Standard, Dispersão Deslocada (Dispersion
Shifed) ou Non-Zero Dispersion.

 Figura 3: Fibra óptica monomodal.

Fonte: clubedohardware

A atenuação é o motivo pelo qual a fibra óptica ganhou a importância que tem
nas telecomunicações. Ela define a distância máxima (alcance) que um sistema de
transmissão óptico pode ter entre emissor e receptor, e pode ser medida de acordo
com a seguinte fórmula: a = 10 * ( log(Pi/Po) ) * ( 1 / L ), onde Pi é a potência na
entrada, Po é a potência na saída e L é o comprimento da fibra. As atenuações em
fibras ópticas são causadas, basicamente, por 4 razões:

 Espalhamento: São causados por imperfeições da estrutura da fibra e se


caracteriza pelo desvio da luz em várias direções.  
 Absorção: É o processo onde várias impurezas na fibra absorvem parte da
energia ótica e a dissipam em forma de calor. Ocorre no processo de
fabricação da fibra ótica.  
 Microcurvatura: É uma pequena deformação na fronteira entre o núcleo e a
casca e ocorrem durante a fabricação da fibra ótica. Pode ter dimensões da
ordem de grandeza inferior ou da mesma ordem de grandeza do raio da fibra.  
 Macrocurvatura: É provocada quando a fibra ótica é curvada com um raio
suficientemente pequeno de modo que os raios internos deixem de ser
refletidos internamente e passem a ser absorvidos pela casca.

Como qualquer meio, podemos citar algumas vantagens e algumas desvantagens das
fibras óticas. Dentre as vantagens pode-se destacar

 Não sofrem interferências de ondas eletromagnéticas; 


 Não corroem e nem oxidam como os fios metálicos; 
 Vida útil estimada em mais de anos de uso contínuo; 
 Pequeno tamanho e peso; Facilidade de instalação;

E dentre as desvantagens as principais são:

 A principal delas é o custo elevado;


 Os fios são muito sensíveis e podem se romper com mais facilidade do que os
fios de cobre;
 As distâncias de lançamento da fibra também são um problema;
 Atenuação;

5.2. ARQUITETURAS

FTTx, ou “Fiber to the x” é um termo genérico para uma arquitetura de rede de


banda larga através de fibra óptica para substituir por completo ou parte do lance local
de cabeamento metálico ou coaxial habitualmente utilizado para telecomunicações.
Segundo os diferentes locais de terminação, as arquiteturas para rede FTTx ou
soluções de rede FTTx, fazem parte os modelos FTTH e FTTA entre outros, assim
sendo os descritos a seguir são apenas os considerados mais comuns.
5.2.1. FTTH – Fiber To The Home

O padrão FTTH ou fibra para o lar é certamente uma das aplicações com maior índice
de crescimento em todo o mundo. Numa implantação FTTH o cabeamento óptico
alcança áreas de maneira a chegar na casa dos clientes ou escritórios comerciais,
permitindo a famílias e funcionários utilizarem essa rede de maneira mais fácil. Na
figura 4 é demonstrado um exemplo do modelo Fiber to the home, pode-se observar
que um cabo drop chega dentro da residência, onde é acomodada e plugada na ONT.

Figura 4: Exemplo do modelo FTTH

Fonte: Iperiusbackup

5.2.2. FTTA - Fiber to the Antenna

Nesta arquitetura consiste em utilizando a fibra óptica para distribuir os sinais de uma
unidade de banda base para o topo de uma rádio remota próximo do topo de uma
torre de celular, referenciado como fronthaul na terminologia 5G. Na figura 5 é
demonstrado um exemplo do modelo Fiber to the antenna, pode-se observar que um
cabo chega até a repetidora, onde logo após o sinal e disperso por rádios.
Figura 5: Exemplo do modelo FTTA

Fonte: Autor

6. CRONOGRAMA

Atividade Mês/an
o nov/09 nov/1 nov/1 nov/12 nov/2 dez/11
out/06 1 2 5

Escolha do tema x

Leitura bibliográfica x

Desenvolvimento do x
Objetivo

Desenvolvimento do x
Objetivo específico e
justificativa

Desenvolvimento da x x
metodologia

Desenvolvimento do x
embasamento
teórico 

Entrega do projeto x
7. REFERENCIAS

PINHEIRO, M. José. Multiplexação de Comprimentos de Onda. Disponível em:


<https://www.ispblog.com.br/2019/01/25/multiplexacao-de-comprimentos-de-onda/>.
Acesso em 27/11/20.

HELERBROCK, Rafael. "Fibra óptica"; Brasil Escola. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/fibra-optica.htm>. Acesso em 03/12/20.

LIMA, Cássio. Introdução às Fibras Ópticas. Disponível em:


<clubedohardware.com.br/artigos/redes/introdução-às-fibras-ópticas-r33915/>. Acesso
em 03/12/20.

PEREIRA, Rafael. Fibras ópticas e WDM. Disponível em:


<https://www.gta.ufrj.br/grad/08_1/wdm1/Atenuaoelimitaesdasfibraspticas.html>.
Acesso em 03/12/20.

MANFRÉ, A. Guilherme; Moreira,Jander. Análise comparativa das formas de conexão


de fibras ópticas em redes FTTX: fusão óptica versus conectorização. São Carlos,
2014.

CALDAS, Allan. Fibra Óptica – Vantagens e Desvantagens. Disponível em:


<https://allancaldas.com.br/2020/02/19/fibra-optica-vantagens-e-desvantagens/>.
Acesso em 04/12/20. 

RIBEIRO, J.A. COMUNICAÇÕES ÓTICAS. São Paulo: Érica, 2003.

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