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18.1. INTRODUÇÃO
Fig. 18.1 - (a) Símbolo do resistor - (b) diferença de potencial em circuito resistivo
Segundo a tolerância adotada, são fabricados nos valores que estão na tabela 18.1
e em seus mútiplos decimais que obedecem, com aproximação, a uma progressão
geométrica.
Obs.: Os ressitores com tolerância inferior a 1% são produzidos especialmente para
atender circuitos com alta precisão, como, por exemplo, os de equipamentos especiais de
medição, computadores, etc.
0 - preto
1 - marrom
2 - vermelho
3 - laranja
4 - amarelo
5 - verde
6 - azul
7 - violeta
8 - cinza
9 - branco
18.4. DISSIPAÇÃO
No resistor desenvolve-se a energia Joule RI2t em forma de calor e que deve ser
dissipada através de sua estrutura. O fabricante fornece a potência de dissipação máxima
permissível do resistor produzido, baseado no processo de fabricação, cuidados
realizados e material empregado no isolamento e no núcleo.
A corrente máxima permitida em um resistor, especificado para P watts, é dada
por
P
I [18.1]
R
Sendo Pd max a potência máxima permitida sobre determinado resistor, tem-se que
a região hachurada na Fig. 18.4-a será a zona de utilização normal deste resistor. A
potência num resistor é calculada como
P V. I [18.2]
Fig. 18.4 - (a) Curva da potência máxima num resistor - (b) Curva da potência em
função do tempo
São produzidos resistores para diferentes tensões máximas de trabalho, tais como
250 V, 450 V, 750 V, 1000 V ou mais, dependendo das características dos isolamentos
utilizados. Normalmente, sua rigidez dielétrica é proporcional à dissipação.
Utilização de fio ou fita resistiva: São resistores fabricados com fio ou fita, metálicos ou
não. Para obtenção de resistores que resistem a altas disspações é necessária a utilização
de fios condutores de mais alta resistividade e baixo coeficiente . É confeccionado
enrolando-se o fio sobre o bastão de fibra de vidro, óxido de berilo ou fôrma cerâmica e
utilizado como isolante de acabamento o cimento, a baquelite, o silicone ou esmalte
vitrificado. São produzidos em dissipações que podem atingir de 1 até 1000 W;
apresentam geometrias que crescem com o valor ôhmico e com a dissipação permitida.
Pela facilidade da estrutura, consegue-se obter resistores variáveis precisos através da
utilização de um cursor (terceiro terminal), que rastreia o enrolamento de fio (reostatos e
potenciômetros de fio). Os resistores de fio normais só são utilizados em baixa frequência
devido ao grande efeito indutivo que se observa. Em resistores especiais conseguem-se
tipos não-indutivos e com precisão de até 0,002%, isto é, ultraprecisos e ultra-estáveis.
Obs.: O ruído de um resistor de carbono é a tensão de ruído térmico gerada na sua
estrutura atômica com a passagem da corrente. A potência de ruído gerada é proporcional
ao produto 4KTf, onde K é a constante de Boltzman em J/ºC, T a temperatura em graus
Kelvin e f a faixa de frequência de excitação em Hz.
A Fig. 18.6 Mostra alguns aspectos de resistores.
Fig. 18.6 - Aspectos de resistores - (a) película de carvão - (b) metalizado - (c) fio
embutido em dissipador de calor
Resistor fixo: É o resistor com dois terminais, de valor ôhmico fixo, especificado
genericamente da seguinte forma: resistor de composição 120 , 1W, 10%, 250V.
Resistor ajustável: Possui três terminais, sendo o central (cursor) móvel, permitindo seu
ajuste através de fixação do referido cursor por parafuso ou dispositivo semelhante. A
Fig. 18.7 mostra alguns exemplos.
Resistor variável: Resistor de três terminais, onde o cursor móvel (terminal central) pode
ser deslocado continuamente por ação sobre um eixo. É o resistor potenciométrico ou
potenciômetro, onde se dispõe de um eixo de controle do valor resistivo. Como exemplo
cita-se potenciômetros de carbono, de fio e reostatos de fio ou fita.
São construídos potenciômetros de película de carbono ou de fio. Os
potenciômetros de fio para altas dissipações recebem um isolamento térmico compatível
e são conhecidos como de potência ou reostatos.
Atualmente existem diversos tipos, formatos e tamanhos para os potenciômetros,
dependendo das características do circuito em que será aplicado, dissipação máxima
permissível, etc.
Os resistores variáveis podem ser lineares ou logarítmicos, isto é, a variação de R
poderá ser linear ou não com o movimento do cursor. A Fig. 18.8 a seguir mostra alguns
potenciômetros e reostatos.
Enrolamento em hélice: O fio resistivo tem o formato espirado, conforme Fig. 18.9-c.
Fig. 18.9 - Fio resistivo enrolado em (a) sentido contrário - (b) na forma de um oito -
(c) em hélice
10
QUESTÕES
10. Quais os tipos de enrolamentos especiais de resistores de fios usados para redução das
componentes parasitas indutivas e capacitivas no resistor?