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Aluna: Lylian Palmiere – Turma XXV

Objetivos:

1. Compreender a anatomia e fisiologia da cavidade bucal e esôfago


2. Reconhecer a anatomia das glândulas salivares
3. Compreender a composição e função da saliva
4. Descrever o processo de salivação
5. Caracterizar o processo de deglutição (etapas)

Boca

 A boca, também chamada cavidade oral ou bucal, é formada pelas bochechas, palatos duro e mole e língua. As
bochechas formam as paredes laterais da cavidade oral. São recobertas pela pele externamente e por túnica
mucosa internamente, que consiste em epitélio escamoso estratificado não queratinizado. Os músculos
bucinadores e o tecido conjuntivo encontram-se entre a pele e as túnicas mucosas das bochechas. As partes
anteriores das bochechas terminam nos lábios.

 Os lábios são pregas carnudas que circundam a abertura da boca. Eles contêm o músculo orbicular da boca e
são recobertos externamente por pele e internamente por túnica mucosa. A face interna de cada lábio está
ligada à sua gengiva correspondente por uma prega de túnica mucosa na linha média chamada frênulo do lábio.
Durante a mastigação, a contração dos músculos bucinadores nas bochechas e do músculo orbicular da boca
nos lábios ajuda a manter os alimentos entre os dentes superiores e inferiores, também ajudam na fala.
 O vestíbulo da boca da cavidade oral é o espaço delimitado externamente pelas bochechas e lábios e
internamente pelos dentes e gengivas. A cavidade própria da boca é o espaço que se estende das gengivas e
dentes às fauces, a abertura entre a cavidade oral e a parte oral da faringe.
 O palato é uma parede ou septo que separa a cavidade oral da cavidade nasal, e forma o céu da boca. Esta
importante estrutura torna possível mastigar e respirar ao mesmo tempo. O palato duro – a parte anterior do
céu da boca – é formado pelas maxilas e palatinos e é recoberto por túnica mucosa; ele forma uma partição
óssea entre as cavidades oral e nasal. O palato mole, que forma a parte posterior do céu da boca, é uma partição
muscular em forma de arco entre a parte oral da faringe e a parte nasal da faringe, revestida por túnica mucosa.
 Pendurada na margem livre do palato mole encontra-se uma estrutura muscular em formato de dedo chamada
úvula. Durante a deglutição, o palato mole e a úvula são atraídos superiormente, fechando a parte nasal da
faringe e impedindo que os alimentos e líquidos ingeridos entrem na cavidade nasal. Lateralmente à base da
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úvula estão duas pregas musculares que descem pelas laterais do palato mole: anteriormente, o arco
palatoglosso se estende até o lado da base da língua; posteriormente, o arco palatofaríngeo se estende até o
lado da faringe. As tonsilas palatinas estão situadas entre os arcos, e as tonsilas linguais estão situadas na base
da língua. Na margem posterior do palato mole, a boca se abre para a parte oral da faringe por meio das fauces.
Glândulas salivares

 A glândula salivar é uma glândula que libera uma secreção chamada saliva na cavidade oral. Normalmente, é
secretada apenas uma quantidade suficiente de saliva para manter as túnicas mucosas da boca e da faringe
úmidas e para limpar a boca e os dentes. Quando o alimento entra na boca, no entanto, a secreção de saliva
aumenta e o lubrifica, dissolvendo-o e iniciando a decomposição química dos alimentos.
 A túnica mucosa da boca e da língua contém muitas pequenas glândulas salivares que se abrem diretamente,
ou indiretamente, via ductos curtos, na cavidade oral. Estas glândulas incluem as glândulas labial, bucal e
palatina nos lábios, bochechas e palato, respectivamente, e as glândulas linguais na língua, todas dando uma
pequena contribuição para a saliva.
 No entanto, a maior parte da saliva é secretada pelas glândulas salivares maiores, que se encontram além da
túnica mucosa da boca, em ductos que levam à cavidade oral. Há três pares de glândulas salivares maiores: as
glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais. As glândulas parótidas estão localizadas inferior e
anteriormente às orelhas, entre a pele e o músculo masseter.
Cada uma delas secreta saliva na cavidade oral por meio de
um ducto parotídeo, que perfura o músculo bucinador para
se abrir em um vestíbulo oposto ao segundo dente molar
maxilar (superior). As glândulas submandibulares são
encontradas no assoalho da boca; são mediais e
parcialmente inferiores ao corpo da mandíbula. Seus ductos,
os ductos submandibulares, passam sob a túnica mucosa em
ambos os lados da linha média do assoalho da boca e entram
na cavidade própria da boca lateralmente ao frênulo da
língua. As glândulas sublinguais estão abaixo da língua e
superiormente às glândulas submandibulares. Seus ductos,
os ductos sublinguais menores, se abrem no assoalho da boca
na cavidade própria da boca.
Composição e funções da saliva

 Quimicamente, a saliva é composta por 99,5% de água e 0,5% de solutos. Entre os solutos estão íons, incluindo
o sódio, o potássio, o cloreto, o bicarbonato e o fosfato. Também estão presentes alguns gases dissolvidos e
substâncias orgânicas, incluindo a ureia e ácido úrico, o muco, a imunoglobulina A, a enzima bacteriolítica
lisozima e a amilase salivar, uma enzima digestória que atua sobre o amido.
 Nem todas as glândulas salivares fornecem os mesmos ingredientes. As glândulas parótidas secretam um
líquido aquoso (seroso) que contém amilase salivar. Como as glândulas submandibulares contêm células
semelhantes às encontradas nas glândulas parótidas, além de algumas células mucosas, secretam um líquido
que contém amilase, mas que é espessada com muco. As glândulas sublinguais contêm principalmente células
mucosas, de modo que secretam um líquido muito mais espesso que contribui com apenas com uma pequena
quantidade de amilase salivar.
 A água na saliva fornece um meio para a dissolução de alimentos, de modo que eles possam ser provados pelos
receptores gustativos e de modo que as reações digestórias possam ter início. Os íons cloreto na saliva ativam
a amilase salivar, uma enzima que inicia a degradação do amido na boca em maltose, maltotriose e α-dextrina.
Os íons bicarbonato e fosfato tamponam alimentos ácidos que entram na boca, de modo que a saliva é apenas
ligeiramente ácida (pH entre 6,35 e 6,85). As glândulas salivares (como as glândulas sudoríparas da pele) ajudam
a remover moléculas residuais do corpo, que respondem pela presença de ureia e ácido úrico na saliva. O muco
lubrifica o alimento para que ele possa ser movimentado facilmente na boca, modelado em uma bola e
deglutido. A imunoglobulina A (IgA) impede a ligação de microrganismos, de modo que eles não são capazes
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de penetrar o epitélio, e a enzima lisozima mata as bactérias; no entanto, estas substâncias não estão presentes
em quantidades suficientes para eliminar todas as bactérias da boca.
Salivação

 A secreção de saliva, a chamada salivação, é controlada pela divisão autônoma do sistema nervoso. A
quantidade de saliva secretada diariamente varia consideravelmente, mas em média é de 1.000 a 1.500 mℓ.
Normalmente, a estimulação parassimpática promove a secreção contínua de uma quantidade moderada de
saliva, o que mantém as túnicas mucosas úmidas e lubrifica os movimentos da língua e dos lábios durante a
fala. A saliva é então engolida e ajuda a umedecer o esôfago. Eventualmente, a maior parte dos componentes
da saliva é reabsorvida, o que impede a perda de líquidos. A estimulação simpática domina durante o estresse,
resultando em ressecamento da boca. Se o corpo fica desidratado, as glândulas salivares param de secretar
saliva para conservar a água; o ressecamento da boca resultante contribui para a sensação de sede. Beber não
só restaura a homeostasia da água corporal, mas também umedece a boca.
 A sensação e o sabor dos alimentos também são potentes estimuladores das secreções das glândulas salivares.
Produtos químicos nos alimentos estimulam os receptores nas papilas gustativas, e os impulsos são
transmitidos das papilas gustativas para dois núcleos salivares no tronco encefálico (núcleos salivatório superior
e salivatório inferior). Os impulsos parassimpáticos que retornam pelas fibras dos nervos facial (VII) e
glossofaríngeo (IX) estimulam a secreção de saliva. A saliva continua sendo intensamente secretada durante
algum tempo depois que o alimento é ingerido; esse fluxo de saliva lava a boca e dilui e isola os restos de
produtos químicos irritantes, como molhos saborosos (mas picantes!). Cheirar, ver, ouvir ou pensar em
alimentos também podem estimular a secreção de saliva.
Língua

 A língua é um órgão digestório acessório composto de músculo esquelético recoberto por túnica mucosa.
Juntamente com seus músculos associados, forma o assoalho da cavidade oral. A língua é dividida em metades
laterais simétricas por um septo mediano que se estende por todo o seu comprimento, e está ligado
inferiormente ao hioide, processo estiloide do temporal e mandíbula. Cada metade da língua consiste em um
complemento idêntico de músculos extrínsecos e intrínsecos.
 Os músculos extrínsecos da língua, que se originam fora da língua (inserem-se aos ossos na região) e se inserem
nos tecidos conjuntivos da língua, incluem os músculos hioglosso, genioglosso e estiloglosso. Os músculos
extrínsecos movem a língua de um lado para o outro e para dentro e para fora para manobrar os alimentos
para a mastigação, moldar o alimento em massa arredondada e forçar o alimento para a parte de trás da boca
para ser engolido. Eles também formam o assoalho da boca e mantêm a língua em sua posição. Os músculos
intrínsecos da língua se originam e se inserem no tecido conjuntivo da língua. Eles alteram a forma e o tamanho
da língua para a fala e deglutição. Os músculos intrínsecos incluem os músculos longitudinal superior,
longitudinal inferior, transverso da língua e vertical da língua. O frênulo da língua, uma prega de túnica mucosa
na linha média da face inferior da língua, se insere ao assoalho da boca e ajuda a limitar o movimento da língua
posteriormente. Se o frênulo da língua da pessoa é anormalmente curto ou rígido – uma condição chamada
anquiloglossia – diz-se que a pessoa tem a “língua presa”, por causa do prejuízo à fala resultante. A condição
pode ser corrigida cirurgicamente.
 As faces dorsal (face superior) e lateral da língua são recobertas por papilas, projeções da lâmina recobertas
por epitélio escamoso estratificado. Muitas papilas contêm papilas gustativas, os receptores para gustação
(gosto). Algumas papilas não têm papilas gustativas, mas contêm receptores para o tato e aumentam o atrito
entre a língua e o alimento, facilitando para a língua mover a comida na cavidade oral. As glândulas linguais na
lâmina própria da língua secretam muco e um líquido seroso aquoso com a enzima lipase lingual, que atua em
30% dos triglicerídios (óleos e gorduras) dietéticos e os converte em ácidos graxos mais simples e diglicerídios.
Dentes

 Os dentes são órgãos digestórios acessórios localizados nos soquetes dos processos alveolares da mandíbula e
da maxila. Os processos alveolares são recobertos pela gengiva, que se estende ligeiramente para dentro de
cada soquete. Os soquetes são revestidos pelo ligamento periodontal, que consiste em tecido conjuntivo
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fibroso denso que ancora os dentes às paredes do soquete e age como um amortecedor de impacto durante a
mastigação.
 Um dente típico tem três grandes regiões externas: a coroa, a raiz e o colo. A coroa é a parte visível acima do
nível das gengivas. Embutidos no soquete estão uma a três raízes. O colo é a junção constrita entre a coroa e a
raiz, próximo da linha das gengivas.
 Internamente, a dentina forma a maior parte do dente. A dentina consiste em um tecido conjuntivo calcificado
que confere ao dente a sua forma e rigidez. É mais rígida do que o osso, em razão do seu maior teor de
hidroxiapatita (70% versus 55% do peso seco).
 A dentina da coroa é recoberta pelo esmalte, que consiste principalmente em fosfato de cálcio e carbonato de
cálcio. O esmalte é também mais duro do que o osso, em decorrência do seu maior teor de sais de cálcio
(aproximadamente 95% do peso seco). Na verdade, o esmalte é a substância mais dura do corpo. Serve para
proteger o dente do desgaste da mastigação. Também protege contra ácidos que podem facilmente dissolver
a dentina. A dentina da raiz é recoberta por cemento, outra substância semelhante ao osso, que insere a raiz
ao ligamento periodontal.
 A dentina de um dente envolve um espaço. A parte alargada do espaço, a cavidade pulpar, situa-se no interior
da coroa e é preenchida pela polpa do dente, um tecido conjuntivo contendo vasos sanguíneos, nervos e vasos
linfáticos. Extensões estreitas da cavidade pulpar, chamadas canais da raiz do dente, percorrem a raiz do dente.
Cada canal da raiz do dente tem uma abertura em sua base, o forame do ápice do dente, por meio do qual os
vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos entram no dente. Os vasos sanguíneos trazem nutrição, os vasos
linfáticos oferecem proteção, e os nervos fornecem sensibilidade.
 O ramo da odontologia que se preocupa com a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças que afetam a
polpa, a raiz, o ligamento periodontal e o osso alveolar é conhecido como endodontia. A ortodontia é o ramo
da odontologia que se preocupa com a prevenção e correção dos dentes anormalmente alinhados; a
periodontia é o ramo da odontologia que se preocupa com o tratamento de condições anormais dos tecidos
que circundam imediatamente os dentes, como a gengivite.
 Os seres humanos têm duas dentições, ou conjuntos de dentes: decídua e permanente. A primeira delas – os
dentes decíduos, também chamados dentes de leite ou dentes primários – começa a aparecer por volta dos 6
meses de idade; aproximadamente dois dentes aparecem a cada mês subsequente, até que os 20 dentes
estejam presentes. Os incisivos, que estão mais próximos da linha média, têm a forma de um cinzel e são
adaptados para cortar os alimentos. Eles são ditos incisivos centrais ou laterais, de acordo com sua posição. Ao
lado dos incisivos movendo-se posteriormente estão os caninos, que têm uma face pontiaguda chamada
cúspide. Os caninos são usados para rasgar e triturar os alimentos. Os incisivos e caninos têm apenas uma raiz
cada. Posteriormente aos caninos estão o primeiro e segundo molares decíduos, que têm quatro cúspides. Os
molares maxilares (superiores) têm três raízes; os molares mandibulares (inferiores) têm duas raízes. Os
molares esmagam e trituram os alimentos para prepará-los para a deglutição.

 Todos os dentes decíduos caem – geralmente entre os 6 e 12 anos – e são substituídos pelos dentes
permanentes (secundários). A dentição permanente contém 32 dentes que irrompem entre os 6 anos e a idade
adulta. O padrão se assemelha à dentição decídua, com as seguintes exceções. Os molares decíduos são
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substituídos pelo primeiro e segundo pré-molares (bicúspides), que têm duas cúspides e uma raiz e são usados
para a trituração e moagem. Os molares permanentes, que irrompem na boca posteriormente aos pré-molares,
não substituem dente decíduo algum e irrompem conforme a mandíbula cresce para acomodá-los – os
primeiros molares permanentes aos 6 anos (molares dos 6 anos), os segundos molares permanentes aos 12
anos (molares dos 12 anos) e os terceiros molares permanentes (dentes serotinos ou do siso) após os 17 anos
de idade, se é que irrompem.
 Muitas vezes, a mandíbula humana não tem espaço suficiente posteriormente aos segundos molares para
acomodar a erupção dos terceiros molares. Neste caso, os terceiros molares permanecem incorporados ao
osso alveolar e são ditos impactados. Eles costumam causar pressão e dor e devem ser removidos
cirurgicamente. Em algumas pessoas, os terceiros molares podem ser pequenos ou podem nem se desenvolver.
Digestão mecânica e química na boca

 A digestão mecânica na boca resulta da mastigação, em que o alimento é manipulado pela língua, triturado
pelos dentes e misturado com saliva. Como resultado, a comida é reduzida a uma massa macia flexível,
facilmente engolida, chamada bolo alimentar. As moléculas de alimento começam a se dissolver na água da
saliva, uma atividade importante porque as enzimas podem reagir com as moléculas do alimento apenas em
um meio líquido.
 Duas enzimas, a amilase salivar e a lipase lingual, contribuem para a digestão química na boca. A amilase salivar,
que é secretada pelas glândulas salivares, inicia a degradação do amido. Os carboidratos dietéticos são açúcares
monossacarídios e dissacarídios ou polissacarídios complexos, como os amidos. A maior parte dos carboidratos
que ingerimos são amidos, mas apenas os monossacarídios podem ser absorvidos para a corrente sanguínea.
Assim, os dissacarídios e amidos ingeridos precisam ser clivados em monossacarídios. A função da amilase
salivar é começar a digestão do amido pela fragmentação do amido em moléculas menores, como a maltose
dissacarídea, a maltotriose trissacarídea e polímeros de glicose de cadeia curta chamados α-dextrina. Mesmo
que o alimento normalmente seja deglutido muito rapidamente para que todos os amidos sejam fragmentados
na cavidade oral, a amilase salivar no alimento ingerido continua agindo sobre os amidos por aproximadamente
1 h, tempo em que os ácidos do estômago inativam-a. A saliva contém também lipase lingual, que é secretada
pelas glândulas linguais na língua. Esta enzima torna-se ativa no ambiente ácido do estômago e, assim, começa
a funcionar após o alimento ser deglutido. Ela cliva os triglicerídios (óleos e gorduras) em ácidos graxos e
diglicerídios. Um diglicerídio consiste em uma molécula de glicerol ligada a dois ácidos graxos.

Esôfago

 O esôfago é um tubo muscular colabável de aproximadamente 25 cm de comprimento que se encontra


posteriormente à traqueia. O esôfago começa na extremidade inferior da parte laríngea da faringe, passa pelo
aspecto inferior do pescoço, e entra no mediastino anteriormente à coluna vertebral. Em seguida, perfura o
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diafragma através de uma abertura chamada hiato esofágico e termina na parte superior do estômago. Às
vezes, uma parte do estômago se projeta acima do diafragma através do hiato esofágico, a hérnia de hiato.
Histologia do esôfago

 A túnica mucosa do esôfago consiste em epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, lâmina própria
(tecido conjuntivo areolar) e lâmina muscular da mucosa (músculo liso). Próximo ao estômago, a túnica mucosa
do esôfago também contém glândulas mucosas. O epitélio escamoso
estratificado associado aos lábios, boca, língua, parte oral da faringe, laringe
e esôfago confere proteção considerável contra a abrasão e desgaste de
partículas de alimento que são mastigadas, misturadas com secreções e
deglutidas. A tela submucosa contém tecido conjuntivo areolar, vasos
sanguíneos e glândulas mucosas. A túnica muscular do terço superior do
esôfago é de músculo esquelético, o terço intermediário é de músculo
esquelético e liso, e o terço inferior é de músculo liso. Em cada extremidade
do esôfago, a túnica muscular se torna ligeiramente mais proeminente e
forma dois esfíncteres – o esfíncter esofágico superior (EES), que consiste
em músculo esquelético, e o esfíncter esofágico inferior (EEI), que consiste
em músculo liso e está próximo do coração. O esfíncter esofágico superior
controla a circulação de alimentos da faringe para o esôfago; o esfíncter
esofágico inferior regula o movimento dos alimentos do esôfago para o
estômago. A camada superficial do esôfago é conhecida como túnica
adventícia, em vez de túnica serosa como no estômago e nos intestinos,
porque o tecido conjuntivo areolar desta camada não é recoberto por
mesotélio e porque o tecido conjuntivo funde-se ao tecido conjuntivo das
estruturas circundantes do mediastino, através do qual ele passa. A túnica
adventícia insere o esôfago às estruturas adjacentes.
Fisiologia do esôfago

 O esôfago secreta muco e transporta os alimentos para o estômago. Ele não produz enzimas digestórias nem
realiza absorção.
Deglutição

 O movimento do alimento da boca para o estômago é alcançado pelo ato de engolir, ou deglutição. A deglutição
é facilitada pela secreção de saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esôfago. A deglutição ocorre em três
fases: a fase voluntária, em que o bolo alimentar é passado para a parte oral da faringe; a fase faríngea, a
passagem involuntária do bolo alimentar pela faringe até o esôfago; e a fase esofágica, a passagem involuntária
do bolo alimentar através do esôfago até o estômago.
 A deglutição é iniciada
quando o bolo alimentar é
forçado para a parte posterior
da cavidade oral e pelo
movimento da língua para
cima e para trás contra o
palato; essas ações constituem
a fase voluntária da deglutição.
Com a passagem do bolo
alimentar para a parte oral da
faringe, começa a fase faríngea
involuntária da deglutição. O
bolo alimentar estimula os
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receptores da parte oral da faringe, que enviam impulsos
para o centro da deglutição no bulbo e parte inferior da
ponte do tronco encefálico. Os impulsos que retornam
fazem com que o palato mole e a úvula se movam para
cima para fechar a parte nasal da faringe, o que impede que
os alimentos e líquidos ingeridos entrem na cavidade nasal.
Além disso, a epiglote fecha a abertura da laringe, impede
a entrada do bolo no restante do trato respiratório. O bolo
alimentar se move pelas partes oral e laríngea da faringe.
Quando o esfíncter esofágico superior relaxa, o bolo
alimentar se move para o esôfago.
 A fase esofágica da deglutição começa quando o bolo
alimentar entra no esôfago. Durante esta fase, o
peristaltismo, uma progressão de contrações e
relaxamentos coordenados das camadas circular e
longitudinal da túnica muscular, empurra o bolo alimentar para a frente. (O peristaltismo ocorre em outras
estruturas tubulares, incluindo outras partes do canal alimentar e ureteres, ductos biliares e tubas uterinas; no
esôfago é controlado pelo bulbo.)
1. Na seção do esôfago imediatamente superior ao bolo alimentar, as fibras musculares circulares se
contraem comprimindo a parede esofágica e comprimindo o bolo alimentar em direção ao estômago.
2. As fibras longitudinais inferiores ao bolo alimentar também se contraem, o que encurta esta seção inferior
e empurra suas paredes para fora para que possam receber o bolo alimentar. As contrações são repetidas
em ondas que empurram o alimento em direção ao estômago.
o Os passos 1 e 2 se repetem até que o bolo alimentar alcança os músculos do esfíncter esofágico inferior.
3. O esfíncter esofágico inferior relaxa e o bolo alimentar se move para o estômago.
 O muco produzido pelas glândulas esofágicas lubrifica o bolo alimentar e reduz o atrito. A passagem do
alimento sólido ou semissólido da boca ao estômago leva de 4 a 8s; alimentos muito moles e líquidos passam
em aproximadamente 1s.

Faringe

Quando o alimento é inicialmente ingerido, ele passa da boca para a faringe, um tubo afunilado que se estende dos cóanos ao esôfago posteriormente e à laringe anteriormente.
A faringe é composta por músculo esquelético e revestida por túnica mucosa; é dividida em três partes: a parte nasal da faringe, a parte oral da faringe e a parte laríngea da faringe.
A parte nasal da faringe atua apenas na respiração, mas as partes oral e laríngea da faringe têm funções digestórias e respiratórias. A comida engolida passa da boca para as partes oral e laríngea da faringe;
as contrações musculares dessas áreas ajudam a impulsionar o alimento para o esôfago e para o estômago.

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