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EQUIPARAÇÃO SALARIAL. PRINCÍPIO DA IGUALDADE SALARIAL.

DESVIO DE FUNÇÃO

Profª Silvânia Ferreira

Dispositivos de lei: arts. 3°, IV, 5°, caput, e inciso I, e 7°, XXX e XXXII, da CF; art. 5°,
373-A e 461 da CLT; Lei 9.029/95.

Conceito: equiparação salarial é a figura jurídica mediante a qual se assegura ao


trabalhador idêntico salário ao do colega perante o qual tenha exercido,
simultaneamente, função idêntica, na mesma localidade, para o mesmo empregador.

Nomenclatura:
Colega comparado (recebe mais $)  paradigma ou equiparado.
Trabalhador interessado  paragonado ou equiparando.

- REQUISITOS: a ordem jurídica estabelece um tipo legal característico para a


equiparação de salários. Os requisitos são construídos pela comparação entre as
situações empregatícias reais vivenciadas por paragonado e paradigma. São quatro
requisitos:
 Contemporaneidade;
 Mesmo empregador;
 Mesmo estabelecimento;
 Identidade de atribuições (mesma função);
 Identidade de localidade de exercícios das funções;
 Diferença de tempo no emprego para o mesmo empregador não superior a
quatro anos a favor do modelo;
 Mesma produtividade e perfeição técnica;
 Inexistência de plano de cargos e salários que podem conter critérios de
promoção por antiguidade e/ou por merecimento, dispensada a homologação ou
registro em por qualquer órgão;
 Mesmo regime jurídico;
 O modelo não pode ser empregado readaptado;
 Não cabe equiparação em cadeia, com paradigmas remotos ou que tenham
obtido o disparate salarial por meio de ação judicial;
 Não cabe equiparação entre empregados públicos de cargos diferentes

EQUIPARAÇÃO SALARIAL

CLT (redação anterior) CLT (REFORMA)


Art. 461. Sendo idêntica a função, a Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo
todo trabalho de igual valor, prestado ao trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
mesmo empregador, na mesma empregador, no mesmo estabelecimento
localidade, corresponderá igual salário, empresarial, corresponderá igual salário, sem
sem distinção de sexo, nacionalidade ou distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou
idade. idade.

 Mesmo empregador: exclui-se a possibilidade de reconhecimento da isonomia


salarial nos casos de empregadores distintos, ainda que estes desenvolvam a mesma
atividade. O entendimento é mesmo no caso de grupo econômico, tendo em vista que a
Lei 13.467/17 desconsidera a figura da solidariedade ativa.

 Mesma localidade: Súmula 6, X do TST - O conceito de "mesma localidade" de


que trata o art. 461 da CLT refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a
municípios distintos que, comprovadamente, pertençam à mesma região
metropolitana. (ex-OJ da SBDI-1 nº 252 - inserida em 13.03.2002). SEM EFEITOS
COM REFORMA.

EQUIPARAÇÃO SALARIAL – ART. 461 DA CLT


CLT (redação anterior) CLT (REFORMA)
§ 1º - Trabalho de igual valor, para § 1o - Trabalho de igual valor, para os fins deste
os fins deste Capítulo, será o que Capítulo, será o que for feito com igual
for feito com igual produtividade e produtividade e com a mesma perfeição técnica,
com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço
entre pessoas cuja diferença de para o mesmo empregador não seja superior a
tempo de serviço não for superior quatro anos e a diferença de tempo na função
a 2 (dois) anos. não seja superior a dois anos.

Identidade de função: art. 461, §1º CLT - trabalho de igual valor (mesma produtividade
e perfeição técnica) – é imperioso que os empregados executem as mesmas atribuições
ou tarefas, ou seja, com a mesma responsabilidade e poderes. Essa atribuição deve estar
associada à mesma função.

Função: pode englobar uma única tarefa (o que é incomum). Em geral, engloba um
conjunto de tarefas, isto é, de atribuições, poderes e atos materiais concretos.
 Não basta que o cargo tenha a mesma nomenclatura.
 A identidade de função não se verifica pela simples análise do cargo ocupado
pelo empregado (mesmas funções = mesmas tarefas) – súmula n. 6, II TST;

Qualificação pessoal: do empregado NÃO é levada em consideração, SALVO se ela


coincidir com a qualificação profissional e for necessária para a execução dos serviços.

Funções manuais (que demandam menor esforço intelectual): são mais fáceis de
equiparar.

Funções intelectuais: em funções de maior esforço intelectual e trabalhos artísticos, é


mais difícil criar um paradigma e conseguir a equiparação, mas é possível.

Habilitação do trabalhador: É preciso observar a habilitação do trabalhador para o


exercício de determinadas profissões regulamentadas, pois a ausência de titulação do
empregado impede a sua pretensão à equiparação quando o paradigma dispõe da
habilitação exigida pela lei.

OJ 296 SDI-1 TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ATENDENTE E AUXILIAR DE


ENFERMAGEM. IMPOSSIBILIDADE (DJ 11.08.2003). Sendo regulamentada a
profissão de auxiliar de enfermagem, cujo exercício pressupõe habilitação técnica,
realizada pelo Conselho Regional de Enfermagem, impossível a equiparação salarial do
simples atendente com o auxiliar de enfermagem.

Tempo de serviço: o tempo de serviço na empresa é levado em consideração para efeito


de apuração da isonomia salarial.
Antes da REFORMA: art. 461, §1º CLT + Súmula 6, II TST - pela redação anterior da
CLT, a diferença de tempo de serviço NA FUNÇÃO entre empregado e o seu
paradigma NÃO poderia ser superior a dois anos.

Após REFORMA:
Requisitos:
1°) a diferença de tempo na função não seja superior a 2 anos entre os empregados
comparados;
2°) a diferença de tempo no emprego não pode ser superior a 4 anos.

 OU SEJA: a diferença de tempo de serviço NÃO pode ser superior a 04 anos na


empresa; NÃO superior a 02 anos na função.

Assim, o paradigma/modelo não pode ser mais antigo na função mais de 2 anos que o
equiparando, nem pode ser mais antigo que 4 anos no emprego.

EQUIPARAÇÃO SALARIAL – ART. 461 DA CLT


CLT (redação anterior) CLT (REFORMA)
§ 2° - Os dispositivos deste artigo não
§ 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver
prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou
pessoal organizado em quadro de adotar, por meio de norma interna da
carreira, hipótese em que as promoções empresa ou de negociação coletiva, plano
deverão obedecer aos critérios de de cargos e salários, dispensada qualquer
antiguidade e merecimento. forma de homologação ou registro em
órgão público.

 Quadro de carreira: “para tornar possível a equiparação salarial é necessária a


verificação de um requisito negativo, ou seja, da inexistência de organização do pessoal
mediante quadro de carreira, também conhecido como Plano de Classificação de Cargos
e Salários”.

 Além do quadro de carreira, o plano de cargos e salários também exclui o direito


à equiparação salarial.
“O plano de cargos e salários pode ser adotado pelo empregador por meio de norma
interna da empresa (ou seja, regulamento empresarial) ou de negociação coletiva
(dando origem a acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho).”

Homologado pelo MTE: (redação anterior à REFORMA) a existência de plano de


cargos e salários afasta o direito do empregado à isonomia salarial, DESDE QUE esteja
devidamente homologado pelo MTE e contenha critérios de promoção, alternadamente,
por antiguidade e merecimento (art. 461, §2º CLT + Súmula 6, I TST).

Atenção: Com a Reforma, ficou mais fácil para a empresa desconstituir o direito à
equiparação, pois o plano de cargos e salários NÃO precisa mais ser homologado pelo
MTE, nem ser registrado em cartório. Além do mais, o critério de promoção pode ser
por antiguidade e/ou merecimento.

EQUIPARAÇÃO SALARIAL – ART. 461 DA CLT


CLT (redação anterior) CLT (REFORMA)

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, as § 3o - No caso do § 2o deste artigo, as


promoções deverão ser feitas promoções poderão ser feitas por
alternadamente por merecimento e por merecimento e por antiguidade, ou por
antinguidade, dentro de cada categoria apenas um destes critérios, dentro de cada
profissional. categoria profissional.

 Merecimento e antiguidade: as promoções podem ser feitas por merecimento e por


antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro da cada categoria profissional.
Desse modo, passam a ser admitidas as promoções somente por merecimento, embora
estas normalmente decorram de critérios mais subjetivos do empregador do que as
promoções por antiguidade.
EQUIPARAÇÃO SALARIAL – ART. 461 DA CLT
CLT (redação anterior) CLT (REFORMA)

§ 4º - O trabalhador readaptado em nova


função por motivo de deficiência física
ou mental atestada pelo órgão
competente da Previdência Social não Sem modificação
servirá de paradigma para fins de
equiparação salarial. Incluído pela Lei
nº 5.798, de 31.8.1972.

 Trabalhador readaptado: o trabalhador readaptado em nova função por motivo de


deficiência física ou mental atestado pelo órgão competente da Presidência Social não
servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. (GARCIA. 2017, p. 165).

Rebaixamento de cargo: no caso de readaptação é permitido, mas esse trabalhador tem a


garantia de seu salário-base. Por isso, um empregado não pode utilizar como modelo
esse trabalhador para garantir uma equiparação salarial, tendo em vista que a
readaptação decorre de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da
Previdência Social.

EQUIPARAÇÃO SALARIAL – ART. 461 DA CLT


CLT (redação anterior) CLT (REFORMA)
§ 5o - A equiparação salarial só será possível
entre empregados contemporâneos no
cargo ou na função, ficando vedada a
Sem correspondente
indicação de paradigmas remotos, ainda
que o paradigma contemporâneo tenha obtido
a vantagem em ação judicial própria.

Contemporaneidade (Simultaneidade): art. 461, §5°, da CLT; Súmula 6, IV, do TST:


Súmula 159, do TST - empregado e modelo devem estar exercendo concomitantemente
as mesmas atribuições, ou terem exercido funções idênticas no mesmo período.

Tempo pretérito: é desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação


salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o
pedido se relacione com situação pretérita.
- SALÁRIO SUBSTITUIÇÃO: Súmula 159 TST - mas em alguns casos, o TST entende
que o empregado substituto tem direito ao salário do substituído, quando a substituição
não tem caráter meramente eventual.
 Salário igual: impossibilidade de exigir pagamento de salário igual para o
empregado que venha a ocupar função ou cargo vago, não exercido por outra
pessoa naquele mesmo momento.

 Empregado recém-contratado: não poderá pedir igualdade ao salário daquele que


foi demitido e, por isso, deixou vago o cargo.

Súmula 159 TST: SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E


VACÂNCIA DO CARGO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 112 da SBDI-
1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005.
I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual,
inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do
substituído. (ex-Súmula nº 159 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003).
II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo NÃO tem direito a
salário igual ao do antecessor. (ex-OJ nº 112 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997).

Paradigmas remotos: equiparação salarial só será possível entre empregados


contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas
remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação
judicial própria.

 LOGO: paradigma e paragonado DEVEM trabalhar (ou terem trabalhado) juntos,


necessariamente.

- NÃO se admite mais EQUIPARAÇÃO EM CADEIA.

Quando ao formular o pedido, o trabalhador indicou como paradigma um colega que,


em outra ação trabalhista, obteve equiparação com outro empregado – que, por sua vez,
tivera reconhecida a equiparação com um quarto trabalhador. A diferença de tempo de
serviço não superior a 02 anos é exigida apenas em relação ao paradigma presente (e
não ao remoto).
EQUIPARAÇÃO SALARIAL – ART. 461 DA CLT
CLT (redação anterior) CLT (REFORMA)
§ 6o - No caso de comprovada
discriminação por motivo de sexo ou etnia,
o juízo determinará, além do pagamento das
diferenças salariais devidas, multa, em favor
Sem correspondente
do empregado discriminado, no valor de 50%
(cinquenta por cento) do limite máximo dos
benefícios do Regime Geral de Previdência
Social.

 Discriminação: a referida multa é prevista para os casos específicos de


discriminação em razão de sexo e etnia. O valor decorrente é devido em favor do
empregado discriminado.

 Equiparação salarial na Administração Pública:


OJ 297 SDI-1 TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. SERVIDOR PÚBLICO DA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA E FUNDACIONAL. ART. 37, XIII,
DA CF/1988 (DJ 11.08.2003) - O art. 37, inciso XIII, da CF/1988, veda a equiparação
de qualquer natureza para o efeito de remuneração do pessoal do serviço público, sendo
juridicamente impossível a aplicação da norma infraconstitucional prevista no art. 461
da CLT quando se pleiteia equiparação salarial entre servidores públicos,
independentemente de terem sido contratados pela CLT.

a) NÃO cabe equiparação de servidores públicos (OJ 297);


b) CABE equiparação entre empregados de sociedade de economia mista e
empresa pública (Súmula 455).

SÚMULA 455 TST: Equiparação salarial. Sociedade de economia mista. Possibilidade.


CF/88, arts. 37, XIII e 173, § 1º, II. CLT, art. 461. À sociedade de economia mista não
se aplica a vedação à equiparação prevista na CF/88, art. 37, XIII, pois, ao admitir
empregados sob o regime da CLT, equipara-se a empregador privado, conforme
disposto na CF/88, art. 173, § 1º, II).

SÚMULA 06 DO TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT


(redação do item VI alterada) – Res. 198/2015, republicada em razão de erro
material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal
organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-
se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da
administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da
autoridade competente. (ex-Súmula nº 06 – alterada pela Res. 104/2000, DJ
20.12.2000) – SEM EFEITOS COM A REFORMA.
II - Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo
de serviço na função e não no emprego. (ex-Súmula nº 135 - RA 102/1982, DJ
11.10.1982 e DJ 15.10.1982) – SERÁ ALTERADO EM RAZÃO DO ART. 461
§1º CLT REFORMADO.
III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a
mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm,
ou não, a mesma denominação. (ex-OJ da SBDI-1 nº 328 - DJ 09.12.2003).
IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial,
reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido se
relacione com situação pretérita. (ex-Súmula nº 22 - RA 57/1970, DO-GB
27.11.1970)
V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a
função em órgão governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do
paradigma e do reclamante. (ex-Súmula nº 111 - RA 102/1980, DJ 25.09.1980).
VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de
que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma,
exceto: a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela
jurisprudência de Corte Superior; b) na hipótese de equiparação salarial em cadeia,
suscitada em defesa, se o empregador produzir prova do alegado fato modificativo,
impeditivo ou extintivo do direito à equiparação salarial em relação ao paradigma
remoto, considerada irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença de tempo
de serviço na função superior a dois anos entre o reclamante e os empregados
paradigmas componentes da cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato.
– SEM EFEITOS COM A REFORMA.
VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação
salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja
aferição terá critérios objetivos. (ex-OJ da SBDI-1 nº 298 - DJ 11.08.2003)
VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo
da equiparação salarial. (ex-Súmula nº 68 - RA 9/1977, DJ 11.02.1977)
IX - Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só alcança as diferenças
salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o ajuizamento. (ex-
Súmula nº 274 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461 da CLT refere-se, em
princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente,
pertençam à mesma região metropolitana. (ex-OJ da SBDI-1 nº 252 - inserida em
13.03.2002) – SEM EFEITOS COM A REFORMA.
CRITÉRIO ESPECIFICAÇÃO ANTES ESPECIFICAÇÃO APÓS A DETALHES OU DETALHES OU
DA REFORMA REFORMA EXCEÇÕES ANTES EXCEÇÕES APÓS A
DA REFORMA REFORMA

Trabalho De igual valor Idem. Com igual Idem.


produtividade e
perfeição técnica,
também no trab.
Intelectual.

Função Identidade de tarefas Idem. Independente da Idem.


inerentes à função denominação do cargo.
desempenhada

Empregador Mesmo empregador Idem. Não se aplica à Adm. Idem para Adm.
Púb. direta, autárquica Pública.
e fundacional. (cessão EXCLUI o grupo
– súmula 6 TST). econômico, ao exigir
Mesmo empregador o MESMO
inclui o grupo estabelecimento
econômico (súmula empresarial.
129 TST).

Local Prestação de serviços no Prestação de serviços no Em municípios Obrigatoriamente no


âmbito do mesmo município mesmo estabelecimento diferentes, desde que mesmo
empresarial. na mesma região estabelecimento.
metropolitana.

Tempo de serviço Diferença de tempo de Não superior a 2 anos na Contados na função, e O tempo passa a ser
serviço na mesma função função. não na empresa. contado na função e
inferior a 2 anos em relação Não superior a 4 anos na na empresa.
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ao paradigma. empresa.

CRITÉRIO ESPECIFICAÇÃO ESPECIFICAÇÃO DETALHES OU DETALHES OU


ANTES DA REFORMA APÓS A REFORMA EXCEÇÕES ANTES EXCEÇÕES APÓS A
DA REFORMA REFORMA

Plano de cargos Inexistência Idem. Se existir, deve ser Se existir, NÃO


Quadro de carreira homologado pelo precisa ser
MTE e com previsão homologado pelo
de promoção por MTE, nem registrado
antiguidade e em cartório. Pode
merecimento. ser previsto também
em norma coletiva
ou empresarial
interna. Promoção
PODE ser por
antiguidade OU
merecimento.

Época Os trabalhadores Trabalhadores Admite-se Equiparação


devem prestar ou devem ser equiparação quando possível APENAS
terem prestado contemporâneos, da substituição não entre trabalhadores
serviços sendo vedada eventual (férias, contemporâneos.
simultaneamente. equiparação remota. licença) e Vedada equiparação
equiparação em em cadeia.
cadeia.

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- ENQUADRAMENTO E DESVIO FUNCIONAL
Quadro de carreira: é uma faculdade, podendo o empregador cria-lo ou não. A lei não
determina forma especial para a criação de um quadro de carreira.
 Incorpora ao contrato e não poderá ser alterado, salvo se o empregado optar por
outro plano de cargos e salários (Súmula 51, II, do TST).

Objetivo: sua finalidade é a de hierarquizar categorias, cargos e funções em diferentes


patamares, podendo assegurar ou não promoções, que podem ser por antiguidade
(tempo de serviço) ou por merecimento, de forma alternada ou não.

Obrigatoriedade: o empregador que tiver um plano de cargos e salários ou um quadro


em carreira obriga-se a cumpri-lo, pois limita seu poder potestativo de variar.

- Desvio de função: caracteriza-se como desvio de função quando, por exemplo, o


empregado que, embora exerça as atribuições do nível superior ou de outra função ou
cargo, está formalmente enquadrado num nível mais baixo ou em outra função ou cargo
distinto do que efetivamente exerce e para o qual foi contratado.

Consequência: ensejará o direito à retificação da CTPS para que conste a real função,
cargo ou nível, bem como as respectivas diferenças salariais.

Enquadramento: OJ 125 do TST - o simples desvio funcional do empregado não gera


direito a novo enquadramento, mas apenas às diferenças salariais respectivas, mesmo
que o desvio de função haja iniciado antes da vigência da CF/1988.

- ISONOMIA ENTRE BRASILEIRO E ESTRANGEIRO: art. 358 da CLT – garante a


isonomia salarial entre brasileiros e estrangeiros.
Exemplo:
Alínea: “a” quando, nos estabelecimentos que não tenham quadros de empregados
organizados em carreira, o brasileiro contar menos de 2 (dois) anos de serviço, e o
estrangeiro mais de 2 (dois) anos;

Entendimento sobre a recepção do art. 358 da CLT pela Constituição: a maioria dos
doutrinadores defendem que o artigo supracitado não foi recepcionado pela CF,
considerando que este dispositivo viola o Princípio da Isonomia, tendo em vista que
estrangeiros e brasileiros deve ser aplicado o art. 461 da CLT (equiparação salarial.

Entendimento minoritário: defendo o art. 358 da CLT, pois os incisos XXX e XXXI, do
art. 7°, CF proibiram a diferença de salário por motivo de sexo, idade, cor, estado civil
ou deficiência física. Não há indicação de nacionalidade.

- ISONOMIA ENTRE O TRABALHADOR TEMPORÁRIO E O EFETIVO


Trabalhadores temporários: alínea “a”, do art. 12 da Lei 6.019/74 – têm direito à
remuneração equivalente a dos empregados pertencentes à mesma categoria na empresa
tomadora.

Remuneração: cuidados devem ser tomados para não ser adotado o mesmo salário
(total) do empregado do tomador, pois este já pode ter incorporado certos benefícios e
ter antiguidade na empresa, o que justifica um salário superior àquele que será pago ao
temporário.

Proporcionalidade: calcula-se o valor que o empregado substituído ganharia em início


de carreira ou aquele do piso da categoria do tomador.

Atenção: §1°, do art. 4°-C da Lei 6.019/74 - a isonomia salarial prevista para os
empregados temporários não foi estendida aos demais terceirizados em relação aos
empregados da tomadora. (É facultativo e não obrigatório).

Prezi: https://prezi.com/view/Py7yDqzMrFiPLE3T7Z2o/

Bons estudos!

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