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Equipe 5 - Três Direcionadores Da Inovação
Equipe 5 - Três Direcionadores Da Inovação
Introdução
Organizações
de
todos
os
setores
estão
ávidas
por
inovação
em
diferentes
áreas
de
seu
negócio.
É
uma
demonstração
clara
de
que
a
reação
à
última
crise
financeira
global
baseada
em
economia
de
custos
está
sendo
complementada
por
iniciativas
proativas
rumo
ao
crescimento
expressivo.
Nós
definimos
genericamente
inovação
como
sendo
“uma
novidade
que
produza
valor”.
Esta
definição
não
especifica
o
local
de
surgimento
desta
criação,
isto
é,
de
baixo
para
cima
(bottom-‐up)
ou
de
cima
para
baixo
(top-‐down),
de
dentro
ou
de
fora
da
organização,
de
uma
dinâmica
de
geração
de
ideias
ou
resultante
de
um
momento
Eureka.
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Seminário
Internacional
de
BPM
Inovação
de
Modelo
de
Negócio
Inovação
de
Inovação
de
Produtos Serviços
Inovação
de
Processos
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Seminário
Internacional
de
BPM
Fig.
2:
A
matriz
de
ambição
em
inovação
(Nagji,
Tuff
2012)
Inovações
core
tendem
a
ser
singulares,
ou
seja,
produtos
simples
ou
inovações
de
processos.
Quanto
mais
uma
inovação
combine
diferentes
tipos
de
inovações
inter-‐
relacionadas,
maior
a
probabilidade
de
uma
inovação
ser
adjacente
ou
até
mesmo
transformacional.
A
gestão
da
Inovação
pode
ser
considerada
como
uma
capacidade
dinâmica
(de
transformação)
essencial
de
uma
organização.
Neste
aspecto,
é
similar
à
gestão
de
projetos/programas
ou
à
gestão
da
mudança.
Como
todas
as
mudanças
organizacionais,
as
iniciativas
de
inovação
precisam
estar
inseridas
em
um
contexto
estratégico,
ou
seja,
é
preciso
haver
um
senso
de
urgência.
Esses
possíveis
direcionadores
da
inovação
podem
ser
classificados
em
três
categorias:
problemas,
restrições
e
oportunidades.
A
inovação
direcionada
por
problemas
(por
exemplo,
um
gargalo,
tempo
de
processamento
insatisfatório,
alto
custo
de
entrega)
é
o
caso
clássico
em
que
uma
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Seminário
Internacional
de
BPM
ideia
inovadora
e
com
valor
agregado
é
criada
em
reação
a
um
problema
identificado.
Em
termos
de
processo,
este
caso
pode
ser
classificado
como
um
cenário
clássico
de
melhoria
de
processo.
Uma
insatisfação
identificada
é
descrita
no
chamado
modelo
AS
IS,
localizada
na
Arquitetura
Empresarial,
e
um
conjunto
de
técnicas
de
análises
bem
definidas
(por
exemplo
do
Lean,
Six
Sigma,
Teoria
das
Restrições)
são
implantadas
por
analistas
qualificados.
Diversas
técnicas
de
facilitação,
práticas
comuns
como
os
modelos
de
referência
(por
exemplo,
SCOR)
e
técnicas
de
brainstorming
são,
então,
utilizadas
para
desenvolver
um
cenário
TO
BE
que,
espera-‐se,
erradique
o
problema.
• Utilização
de
assinaturas
eletrônicas
para
evitar
o
consumo
de
papel
em
processos
administrativos
(problema:
falta
de
sustentabilidade);
• Implementação
de
um
banco
de
dados
de
gestão
de
problemas
para
evitar
incidentes
recorrentes
(problema
de
gestão
do
conhecimento);
• Terceirização
do
helpdesk
de
TI
para
um
agente
externo
(problema
financeiro/de
processo).
A
inovação
direcionada
por
problemas
no
estágio
inicial
(core)
é
bem
compreendida
pela
comunidade
de
Gestão
por
Processos
e,
em
estágios
iniciais
de
definição
e
análise
do
problema
(não
tanto
na
geração
de
uma
resposta
adequada),
é
embasada
em
uma
gama
de
métodos
documentados,
ferramentas
e
técnicas.
O
registro
de
problemas
(por
exemplo,
dono,
gravidade,
marco)
é
utilizado
para
caracterizar
e
monitorar
a
resolução
do
problema.
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Seminário
Internacional
de
BPM
A
inovação
direcionada
por
restrições
ocorre
em
casos
em
que
as
fronteiras
existentes
dentro
do
contexto
organizacional
limitam
a
capacidade
de
empreender
novas
rotinas.
Como
reação,
a
restrição
força
a
organização
a
identificar
e
adotar
novas
maneiras
de
gerir
os
processos
de
negócio,
produtos
experimentais
e
projetos
de
serviços.
Essas
restrições
podem
ser
desenvolvimentos
macroeconômicos
(por
exemplo,
aumento
da
taxa
de
câmbio,
tornando
a
importação
ou
exportação
mais
difícil)
ou
desenvolvimentos
organizacionais
internos
(por
exemplo,
corte
de
orçamento).
Ao
contrário
de
problemas,
restrições
não
podem
ser
eliminadas,
mas
a
organização
tem
que
adaptar-‐se
a
elas.
Apesar
de
restrições
significarem
limitações,
elas
podem
ser
uma
fonte
de
inspiração
para
inovação
uma
vez
que
exercem
pressão
sobre
uma
organização.
Organizações
com
restrições
têm
potencial
de
serem
mais
inovadoras
a
aquelas
sem
restrições,
desde
que
convertam
a
necessidade
de
adaptação
em
um
processo
de
inovação
construtivo
e
bem
sucedido.
Daí
surgiu
o
conceito
de
inovação
reversa
(Govindarajan,
Trimble
2012).
Neste
caso
organizações
importam
inovações
que
surgiram
a
partir
de
restrições
inexistentes
em
seu
contexto.
Inovação
direcionada
por
restrições
requer
uma
organização
consciente
do
contexto,
que
entenda
a
configuração
do
ambiente
e
as
operações
internas
(Rosemann
et
al.,
2008).
Organizações
conscientes
de
seu
contexto
não
entendem
somente
O
QUE
importa,
mas
também
COMO
importa
para
seus
sistemas
organizacionais,
Arquitetura
Empresarial
e
processos
de
negócio.
Em
outras
palavras,
as
organizações
são
capazes
de
relacionar
elementos
no
contexto
(tais
como
estabilidade
do
sistema
financeiro,
dispersão
geográfica
dos
mercados,
padrões
no
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Seminário
Internacional
de
BPM
Inovação
impulsionada
por
oportunidades
descreve
casos
em
que
a
inovação
surge
não
da
necessidade,
mas
da
constatação
de
uma
possibilidade.
Aqui
a
compreensão
é
de
que
avanços
dentro
ou
fora
da
organização
podem
ocasionar
o
surgimento
e
desenvolvimento
de
uma
inovação.
Ao
contrário
das
inovações
reativas
direcionadas
por
problemas
e
restrições,
a
oportunidade
como
direcionadora
de
inovação
é
proativa
e
em
muitos
casos
uma
opção,
não
uma
necessidade.
Esta
forma
de
inovação
exige
a
compreensão
das
potencialidades
de
uso*
de
oportunidades
tecnológicas
específicas
(por
exemplo,
mídia
social,
aplicativos
de
celular,
identificação
por
radiofrequência)
ou
outras
oportunidades
(por
exemplo,
precificação
baseada
no
uso,
comercialização
de
recursos
ociosos)
em
capacidades.
Mídia
social,
por
exemplo,
fornece
a
capacidade
de
transmitir
e
democratizar
informação
e
processos
(“todos
participam”).
Essas
capacidades
precisam
ser
estudadas
em
termos
de
sua
relevância
ou
mesmo
em
termos
de
seu
potencial
de
disrupção
em
uma
organização
(ver
atividades
de
mídia
social
de
organizações
como
Burberry
ou
Best
Buy).
Estas
inovações
dependem
da
criatividade
para
converter
novas
capacidades
(por
exemplo,
a
capacidade
de
informar
1.000
seguidores)
em
uma
proposição
de
valor
para
a
própria
organização
(por
exemplo,
uma
forma
rentável
de
informar
potenciais
clientes
sobre
a
proximidade
de
um
ponto
de
vendas).
A
inovação
direcionada
por
oportunidades
ocorre
quando
uma
organização
entende
como
capitalizar
tais
potencialidades
de
uso
emergentes.
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Seminário
Internacional
de
BPM
Quanto
maior
o
amadurecimento
da
oportunidade,
maior
será
a
adoção
por
uma
organização
avessa
a
risco.
Inovação
direcionada
por
oportunidades
é
a
forma
com
maior
potencial
de
disrupção
na
organização
quando
comparamos
com
problemas
e
restrições
como
direcionadores
da
inovação.
Fig
3:
Latência
da
Inovação
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Seminário
Internacional
de
BPM
A
verdade,
ou
melhor,
o
que
pensamos
ser
a
verdade,
é
que
a
Gestão
por
Processos
e
a
Arquitetura
Empresarial
suportam
precariamente
a
inovação
e
processos
de
inovação.
A
razão
principal
disto
é
que
ferramentas,
técnicas
e
métodos
existentes
concentram-‐se
no
projeto,
na
análise
e
na
execução,
e
não
no
ato
de
inovar
processos
e
sistemas.
Por
exemplo,
não
existe,
ou
não
é
do
nosso
conhecimento,
uma
única
ferramenta
de
Gestão
por
Processos
que
proativamente
oriente
seus
usuários
sobre
como
melhorar
um
processo.
Este
fato
é
surpreendente,
considerando
os
fundamentos
do
livro
pioneiro
de
Michael
Hammer
“Business
Process
Reegineering”
.
Contudo,
o
próprio
autor
admitiu
que
seu
livro
apresenta
orientações
limitadas
sobre
como
realmente
criar
melhorias
de
processo.
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Seminário
Internacional
de
BPM
*Affordance:
é
a
qualidade
de
um
objeto,
ou
de
um
ambiente,
que
permite
que
um
indivíduo
realize
uma
ação.
Neste
caso
representa
o
potencial
inutilizado
por
alguma
tecnologia,
como
o
caso
do
GPS
em
celular
servir
como
um
localizador
em
caso
de
furto.
**
Na
mitologia
grega,
Sísifo
foi
condenado
por
toda
a
eternidade
a
rolar
uma
grande
pedra
de
mármore
com
suas
mãos
até
o
cume
de
uma
montanha,
sendo
que
toda
vez
que
ele
estava
quase
alcançando
o
topo,
a
pedra
rolava
novamente
montanha
abaixo
até
o
ponto
de
partida
por
meio
de
uma
força
irresistível.
Por
esse
motivo,
a
tarefa
que
envolve
esforços
inúteis
passou
a
ser
chamada
"Trabalho
de
Sísifo”.
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Seminário
Internacional
de
BPM
Sobre o Autor
Michael
Rosemann
é
professor
e
chefe
do
departamento
de
Sistema
de
Informação
na
Universidade
de
Tecnologia
de
Queensland,
Brisbane,
Austrália.
Suas
principais
áreas
de
pesquisa
são
Gestão
por
Processo,
Inovação
Organizacional
e
Automação
de
Serviços
Governamentais.
Michael
é
autor
de
diversos
livros
e
co-‐autor
de
mais
de
200
artigos
acadêmicos
publicados.
Mais
informações
sobre
Michael
Rosemann
podem
ser
encontradas
em
http://www.michaelrosemann.com.
Email:
m.rosemann@qut.edu.au
Twitter:
www.twitter.com/ismiro/
BIBLIOGRAFIA
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A.,
AND
Y.
PIGNEUR,
BUSINESS
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WILEY
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2. NAGJI,
B.,
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TUFF,
MANAGING
YOUR
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PORTFOLIO,
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REVIEW,
2005.
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3. ROSEMANN,
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FLENDER,
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BUSINESS
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BRASIL'S
EFFICIENT
BANKING
SYSTEM:
A
LEGACY
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HIGH
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THE
WORLD
BANK,
FINANCIAL
SECTOR
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DEPARTMENT,
POLICY
RESEARCH
WORKING
PAPER
1680,
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5. BIRKINSHAW,
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BARSOUX,
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52(2):
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53-‐50.
6. GOVINDARAJAN,
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AND
C.
TRIMBLE:
INNOVATION.
CREATE
FAR
FROM
HOME,
WIN
EVERYWHERE.
HARVARD
BUSINESS
REVIEW
PRESS.
BOSTON
2012.
TRADUÇÃO:
JOÃO
VITOR
FERNANDES
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