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EEB CORONEL ERNESTO BERTASO

Nome da professora: Maíra Michalak de Souza


Componente curricular: Biologia
Área: Ciências da Natureza e suas tecnologias

Você já pensou sobre qual é o valor dos serviços prestados pela Natureza? Podemos dizer que a princípio é
infinito? Pense sobre isso: a economia mundial entraria rapidamente em colapso sem a existência de solos férteis,
água de boa qualidade e ar limpo. Porém, “infinito” muito rapidamente pode se transformar em “zero” nas equações
utilizadas por administradores públicos e em decisões políticas. Assim, valores mais consistentes e concretos são
necessários para se evitar decisões econômicas não sustentáveis, que possam degradar os recursos naturais e os
serviços que os ecossistemas geram.
A humanidade foi criando, ao longo da história, o modelo de sociedade em que vivemos, com suas vantagens
e desvantagens. Vamos nos aprofundar no conhecimento sobre como a sociedade se relaciona com o meio ambiente
e o que resulta dessa relação. A humanidade sempre teve e terá uma enorme dependência dos chamados recursos
naturais. Absolutamente, todas as coisas materiais são produzidas a partir de produtos da natureza, por mais
distantes que dela pareçam, como os componentes eletrônicos de diversos equipamentos, ou os plásticos e fibras
industriais, por exemplo. Assim, transformá-las ou usá las diretamente são atividades inerentes à sociedade
moderna. Produzir bens a partir dos recursos que a natureza proporciona é necessário para gerar riquezas e
bem-estar social. Além disso, é o ambiente natural prestador de outros serviços essenciais, que são exercidos
diretamente, em seu estado original, como o equilíbrio atmosférico, neutralizando os efeitos danosos dos gases de
estufa, equilibrando o clima ou reciclando a matéria orgânica e permitindo o uso e contemplação da natureza para o
lazer. Tudo isso demonstra a indissociabilidade entre humano e o natural. Aliás, como sabemos, dele fazemos parte.
As atividades humanas parecem ser as causas mais comuns e imediatas dos problemas que nos estão confrontando.
Na esfera ecológica, por exemplo, a excessiva produção de madeira e de mineração e a expansão agrícola têm
levado ao desflorestamento, à alteração de habitats e à perda da biodiversidade. Muitos desastres “naturais” são
atualmente considerados como tendo sido induzidos pelo homem. (CAVALCANTI, 2002, p.39)
O crescimento desordenado e acelerado das atividades humanas, centrado em sociedades cada vez mais
complexas e utilizando ferramentas mais impactantes, mais demandadas de energia e geradoras de resíduos,
associado ao crescimento populacional, como especialmente, visto nos países ditos periféricos, concentradores de
pobreza e de dependência direta dos recursos do ambiente têm levado o planeta à exaustão. Assim, já consumimos
mais recursos do que a capacidade de reposição da própria natureza Percebemos que o aumento do consumo
desenfreado (consumismo) é outro fator de descompasso. O aumento do chamado consumo vegetativo, relacionado
ao crescimento populacional, isoladamente, já gera aumento significativo do consumo de recursos, mas há um
crescimento exponencial do consumo per capita, de energia, água, bens materiais e produção de lixo, por exemplo,
colocando sério risco para a humanidade.
A produção excessiva de resíduos é um problema mundial que afeta indistintamente grandes e pequenas
cidades. A produção per capita mundial triplicou nos últimos 50 anos. Para Feldmann (2003, p. 155): Cada vez se
amplia mais o entendimento sobre a situação de risco em que a Humanidade se encontra, em função das alterações
que ela mesma tem provocado no planeta. A urgência dos problemas está nitidamente colocada. Entretanto, nem
sempre está claro para cada cidadão deste planeta o papel que exerce na sua condição de consumidor, ou seja, no
poder político que lhe é conferido em relação às escolhas que faz. De certa maneira, o consumidor afluente
encontra-se atordoado pelo gigantesco repertório de opções de consumo que possui, sem se dar conta das suas
repercussões. Observe que o cerne da questão é a percepção. A forma como vemos ou deixamos de enxergar o
quanto somos protagonistas no processo de degradação, nos torna algozes e vítimas ao mesmo tempo, do nosso
destino.
Você pode perceber que a visão hegemônica na relação entre sociedade e meio ambiente é a do domínio da
exploração, do consumo e do descarte. O crescimento desenfreado do consumo, da economia e o desenvolvimento a
qualquer custo têm levado a uma situação de perigo para a humanidade. Ainda assim, a maioria das pessoas não
consegue enxergar o caminho que estamos trilhando e toda a amplitude das consequências que virão.
Reflita sobre as razões que fazem com que o consumo per capita aumente considerando os principais
bens de consumo e serviços que adquirimos. Produza um texto dissertativo, em torno de 15 linhas, sobre essa
questão.
Os bens de consumo são todos os produtos consumidos por indivíduos ou famílias. Assim, entram
nessa conta os alimentos, produtos de limpeza e higiene pessoal, eletrodomésticos e eletroeletrônicos.Desta
forma, uma boa parte da renda familiar costuma ser gasta com bens de consumo. Por isso, quando
pensamos em bens de consumo não falamos apenas sobre produtos tidos como supérfluos.
Isso porque não entram nessa definição apenas o smartphone mais recente ou tênis de marcas importadas,
com um custo elevado. O termo é amplo e afeta a todas as pessoas, independente do seu poder aquisitivo
ou gosto pessoal.

Tipos de bens de consumo

Bens duráveis:
● Eletrodomésticos;
● Eletroeletrônicos;
● Móveis; e
● Automóveis.

Bens não-duráveis
● Alimentos;
● Cosméticos;
● Medicamentos; e
● Perfumes.

A vida moderna impõe vários usos de energia que vão além das necessidades básicas vitais. Nessa “conta”
individual poderíamos destacar a energia elétrica e a queima de combustíveis, necessárias ao cumprimento das nossas
atividades, mas também, o gasto para produzir a própria energia elétrica e os combustíveis, além do transporte desses
produtos. Você pode perceber, então, que para essa “conta” pessoal convergem gastos energéticos (exossomáticos) de
processos até mesmo bastante distantes de nós, como a energia necessária à produção de
um bem, como uma roupa, em outro país, por exemplo.
Outra curiosidade é que há gastos exossomáticos que parecem
endossomáticos.
O melhor exemplo pode ser o da atividade cerebral. Acompanhe o raciocínio. Se
um indígena, por exemplo, precisa pensar sobre a melhor forma de pegar um peixe
para sua alimentação, o gasto é endossomático, mas você, que está estudando neste
momento, usa energia exossomática para tal, porque esta é uma atividade não vital,
do ponto de vista puramente biológico.
Mas, voltemos às sociedades modernas. O que temos é um desenvolvimento
à
custa de profunda alteração ambiental. Essa alteração e suas consequências mais
dramáticas nos conduzem à percepção sobre a insustentabilidade deste modelo.
De uma forma geral, você pode perceber que o desenvolvimento e a economia
não consideram os recursos naturais como bens finitos, apesar dos vários indicadores da exaustão do suporte dos
ecossistemas. Não há uma preocupação, na economia tradicional, com o capital natural como fator que limita o
próprio desenvolvimento da economia. Se por um lado os recursos naturais são a fonte de matéria prima para a
economia, são também os receptores dos resíduos e da poluição, o elemento de equilíbrio ecossistêmico e o espaço
que permite o lazer e a produção de bem estar social, e como tal deve ser admitido pelo processo produtivo.
Na natureza a energia e a matéria estão em permanente fluxo, tanto no mundo vivo como no inerte. Para a
economia, a energia latente do universo não tem valor, necessitando ser liberada pelos processos econômicos para
ser utilizada. Porém, isso gera um aumento entrópico, que é representado pela energia que já realizou trabalho,
segundo a física, e que significa desordem, observada no aumento da temperatura do planeta, nos resíduos e nos
poluentes diversos.
Se este modelo socioeconômico se mostrou insustentável, faz-se urgente o
estabelecimento de uma nova forma de desenvolvimento que contemple, portanto, as
necessidades sociais e ambientais. Essa nova forma de desenvolvimento pode ser chamada de
desenvolvimento sustentável ou de sociedade sustentável, num sentido mais amplo.
Sustentabilidade, do ponto de vista ambiental, apresenta-se como um conceito um tanto mais amplo que o de
desenvolvimento sustentável. Envolve a construção de uma sociedade de equilíbrio que considera uma nova ética,
que não é apenas social ou humana, mas também ambiental. Essa relação depende, em grande parte, de
produzirmos
uma economia também mais sustentável, em que a natureza não seja
vista apenas como recurso, em que os bens ambientais sejam
valorados economicamente Isso permitirá o seu uso sustentável para
as atuais e para as futuras gerações.
O termo sustentabilidade, numa dimensão socioambiental, pressupõe
uma reflexão muito profunda de cada um, em que a sua relação com
a natureza e com cada outra pessoa seja permanentemente revista.

A globalização contribuiu para o aprofundamento da crise ambiental. Que consequências estão ligadas a este
processo? Dê exemplos de como a globalização pode e tem sido usada para ajudar os países na busca por
economia e tecnologias sustentáveis.
● Alteração no microclima da região.
● Perda de biodiversidade.
● Genocídio e etnocídio dos povos indígenas.
● Erosão do solo.
● Desertificação e arenização

exemplos de ações sustentáveis:

● a reutilização de recursos ambientais, como a coleta seletiva; e.


● a utilização de meios de transportes não poluentes, como as bicicletas.

A economia tradicionalmente concebida crê, ou pelo menos age, no sentido do crescimento ilimitado e vê a
natureza como recurso a ser explorado, desconsiderando como regra, os demais serviços prestados por ela, como a
neutralização dos produtos da economia (resíduos, gases e poluentes), o uso direto da natureza, como geradora de
bem estar (lazer, contemplação e pesquisas) e o chamado valor intrínseco da natureza (o simples valor de existir).
Este último baseia-se em um profundo senso ético, pois é o único não antropocêntrico, não se caracterizando como
um uso, exatamente.
Pressupõe-se então, que o desenvolvimento precisa estar baseado em um tripé formado pela eficiência
econômica, o equilíbrio ambiental e a equidade social. O Desenvolvimento Sustentável passou a ser o ponto de
maior penetração da questão ambiental na Economia.
A Economia Ecológica está fundada no princípio de que o funcionamento do sistema econômico precisa ser
concebido tendo em vista as condições, ou limitações, do mundo biofísico, considerando que o sistema se
estabelece sobre este e depende dele para a sua sustentação em termos de energia e matéria prima, mas também,
para dar conta da entropia gerada pelo sistema. A Economia Ecológica pressupõe, ainda, que a integração dos dois
sistemas, o econômico e o natural, deverá ocorrer em um sentido de funcionamento
comum, harmônico e integrado. O problema principal é determinar a
sustentabilidade desta interação, as condições de estabilidade. Além disso, está
sustentabilidade precisa
ser estendida às gerações futuras, num sentido de equidade intergeracional. A
exploração excessiva dos bens naturais, como aceita pela sociedade, adquire um
caráter egoísta por parte das gerações atuais. Estamos extraindo mais recursos do
que a natureza repõe a cada ano. Essa é uma conta que somos obrigados a refazer.
Você pode perceber, então, que não é suficiente pensarmos em sustentabilidade
ambiental e social
apenas para o presente, mas também, em uma solidariedade para com as futuras
pessoas que habitarão a Terra. Essas serão nossos filhos e netos e terão direito a gerar
qualidade de vida para si da mesma forma que queremos para nós.
Não costumamos refletir sobre as opções que devemos fazer todos os dias, ainda que indiretamente. Raramente
percebemos que para gerar desenvolvimento econômico precisamos eliminar vidas, inclusive humanas. Isso pode
ser entendido como as escolhas entre ações individuais ou coletivas que podem significar menos mortes humanas
ou de animais, como os alimentos que consumimos, a participação e as escolhas políticas ou sociais que fazemos,
as campanhas que apoiamos, entre outras tantas. Sabemos que o desenvolvimento econômico está intimamente
ligado a aumentos no nível de bem estar da sociedade, resultantes da produção e consumo de bens e serviços
tradicionais. Porém, isso depende de diversas funções dos recursos naturais, como matérias primas, capacidade de
suporte de ecossistemas, assimilação de resíduos e biodiversidade. O meio ambiente faz parte da função de
produção de grande quantidade de bens econômicos, cuja obtenção seria impossível sem a sua existência.
É importante reconhecer esta ampla conceituação de riqueza, que não se limita à noção exclusiva de dinheiro.
E é igualmente importante produzir, sistematizar e desenvolver um arcabouço básico de análise econômica que
consiga superar a análise exclusiva de fluxo monetário e que considere os fluxos de matéria e energia no ambiente,
desencadeados pelo processo de produção econômica.
Veja que a performance econômica de um país, por exemplo, é medida apenas pela sua capacidade de gerar
bens, serviços e riqueza, e não considera a diminuição dos bens naturais necessários para tal fim, o que significa um
empobrecimento daquele país.
Além das necessidades humanas, a natureza é também o abrigo de toda a vida, que, aliás, não pode ser
entendida apenas para sua relação direta com a humanidade (processo econômico). Qualquer e todo ser vivo, por
mais belo e impressionante, como as baleias, ou singelo como um fungo microscópico, deve ser respeitado pelo seu
valor intrínseco, pelo direito de existir, mesmo que nunca haja qualquer vantagem ou descoberta a ele relacionada
que favoreça a sociedade humana. Normalmente enxergamos a natureza apenas por sua função utilitarista para o ser
humano. Você deve lembrar-se de várias situações em que essa visão ocorre. Veja alguns exemplos: enxergamos a
água apenas pela sua utilidade e não como componente de um ecossistema; a árvore como madeira, papel ou fruto
e; o solo como fonte de minério ou sustentação para a agricultura (falamos até em solo improdutivo, quando não
serve ao plantio).
Segundo o texto, quais ações contribuem para diminuir o Impacto Ambiental no Meio Ambiente?
1. Economizar água.
2. Evite o consumo exagerado de energia.
3. Separar os lixos orgânicos e recicláveis.
4. Diminuir o uso de automóveis.
5. Consumir apenas o necessário e evitar compras compulsivas.
6. Utilizar produtos ecológicos e biodegradáveis.

O que é sustentabilidade?

Sustentabilidade é a busca pelo equilíbrio entre o suprimento das necessidades humanas e


preservação dos recursos naturais, não comprometendo as próximas gerações.

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