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O que pode impactar o mercado hoje

O  Ibovespa  fechou  em queda de 1,2% aos 124.394 pontos nesta segunda-feira (19), em dia de
grande aversão ao risco no exterior por conta do recuo do preço do petróleo e, principalmente, por
conta do avanço da variante delta do coronavírus ao redor do mundo. Lá fora, o índice Dow Jones
caiu 2,09% a 33.962 pontos, S&P 500 teve queda de 1,58% a 4.258 pontos e o Nasdaq recuou 1,06%
a 14.274 pontos – foi a maior perda em uma sessão do Dow Jones desde outubro do ano passado.

No Brasil, as taxas de juros também fecharam o dia de ontem em queda em função da elevação de


receios com a variante Delta da covid-19 e seu potencial de atrasar a reabertura de economias ao
redor o mundo, revertendo a retomada. Há a percepção de que, com isso, os países possam precisar
manter estímulos monetários por mais tempo, o que levou à retração das taxas dos títulos soberanos
norte-americanos, trazendo alívio à curva local. DI jan/22 fechou em 5,76%; DI jan/24 encerrou em
7,78%; DI jan/26 foi para 8,32%; e DI jan/28 fechou em 8,71%.

Hoje, os  mercados globais  amanhecem levemente positivos (EUA +0,4% e Europa +0,1%) após a
venda generalizada de ontem, com investidores reduzindo sua exposição a nomes cíclicos e mais
afetados pela pandemia com o avanço da variante Delta. Os juros de 10 anos americanos
amanhecem em 1,17% (-33% desde março), potencialmente em função do sentimento de aversão ao
risco levando o fluxo de ações para renda fixa. Já o Bitcoin (-3,8%) negocia abaixo dos US$ 30 mil
pela 1ª vez desde janeiro.

Do lado de Economia, nenhuma notícia ou indicador econômico relevante no Brasil hoje. Na China,
destaque para as taxas de juros interbancárias, as quais permaneceram estáveis, sugerindo que a
redução das taxas dos compulsórios promovido pelo banco central local na semana passada foi um
movimento pontual de ajuste monetário, e não uma tendência. As autoridades chinesas vem
buscando uma desaceleração gradual da economia, que vinha crescimento a um ritmo muito forte no
início do ano. Destaque também para a inflação ao produtor na Alemanha, a qual ficou em 1.3%, um
pouco acima do esperado (1.2%); em 12 meses, a inflação já acumula 8,5% no País. Pressões de
inflação, particularmente no atacado, vem se provando um fenômeno global, puxado pela forte alta
acumulada dos preços das commodities este ano.

No campo político internacional, os holofotes seguem sobre o Senado americano em meio a tentativa


de democratas por um acordo sobre o financiamento do pacote de infraestrutura de USD 1.2 tri (USD
600 em novos gastos). O líder democrata na Casa, Chuck Schumer, procura iniciar a primeira votação
protocolar no plenário na quarta-feira (21), porém ainda não tem respaldo de seus correligionários
para isso. As negociações continuam nesta terça-feira, mas não houver consenso o voto pode ser
postergado até o final da semana. Já na seara diplomática, EUA, Nova Zelândia, Canada, Reino
Unido, Noruega e União Europeia (UE) acusaram a China de ser responsável por série de ataques
cibernéticos, inclusive ao servidor da Microsoft, mas Beijing negou responsabilidade e acusou os
aliados de viés político.

Por fim, do lado das empresas, ontem (19) realizamos uma adição extraordinária na carteira
por conta da conclusão da fusão estratégica entre Lojas Americanas (LAME4) e B2W (BTOW3).
Em resumo, o caixa e os ativos operacionais da LAME foram incorporados pela B2W, que por sua vez
foi renomeada para Americanas S.A. e passou a ser negociada sob o ticker AMER3 na B3.
Investidores receberão 18 ações de AMER3 para cada 100 ações de LAME3 ou LAME4 que
possuírem. Portanto, estamos ajustando a Carteira Top 10 na mesma proporção, adicionando
AMER3 com um peso de 1,5% e rebalanceando o peso de LAME4 para 8,5% de 10%
anteriormente. Clique aqui para ler o relatório completo.

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