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-O que é?
Cosmologia é o ramo da astronomia que estuda a origem, estrutura e evolução do Universo a partir
da aplicação de métodos científicos. A Cosmologia muitas vezes é confundida com a Astrofísica que é o
ramo da Astronomia que estuda a estrutura e as propriedades dos objetos celestes e o universo como um
todo através da Física teórica. A confusão ocorre porque ambas ciências sob alguns aspectos seguem
caminhos paralelos, e muitas vezes considerados redundantes, embora não o sejam.
A cosmologia associada a outros ramos de pesquisa, como a informática e eletrônica, está cada vez
mais aumentando seu nível de complexidade. Com o advento do avanço das ciências de computação e a
união de engenharias das mais diversas, existem estudos para a construção de um supercomputador
interligado a outros espalhados pelo planeta onde se possa construir um universo virtual e se observar sua
dinâmica. Muitas Universidades no mundo estão empenhadas no projeto do Universo virtual que poderá
ser o grande passo para a pesquisa cosmológica do século XXI.
Eratóstenes
Na cidade egípcia de Alexandria no século III a.C., Eratóstenes, lendo um papiro, observou que havia
uma descrição de que ao sul de Siena, ao meio dia, em 21 de junho, colocadas duas varetas perfeitamente
em prumo, estas não produziam sombra. A luz do Sol no solstício de verão penetrava diretamente no
fundo de um poço profundo, e as colunas dos templos não produziam sombra também.
O sábio fez uma experiência na biblioteca de Alexandria, onde posicionou varetas perfeitamente
verticais. Observando sua sombra ao meio dia do dia 21 de junho, descobriu que, enquanto em Siena não
havia sombra, em Alexandria esta era de forma até bastante pronunciada, em torno de sete graus. Desta
maneira Eratóstenes imaginou que se a Terra fosse plana as varetas não haveriam de projetar sombra em
nenhuma das duas localidades, e se numa delas havia esta projeção e em outra não, é porque a Terra não
era plana e sim curva; ainda num exercício de pura lógica matemática, após deduzir a defasagem de sete
graus entre Siena e Alexandria pagou para um de seus auxiliares medir a distância em passos entre as duas
localidades, chegando à conclusão que esta seria em torno de 800 quilômetros. Como a defasagem angular
é em torno de 7 graus e a circunferência é 360 graus, dividindo 360 por 7 encontrou aproximadamente
cinquenta, que multiplicado por oitocentos resultou numa circunferência de quarenta mil quilômetros; isto
há dois mil e duzentos anos.
Cláudio Ptolomeu
Cláudio Ptolomeu de Alexandria cem anos mais tarde, em torno do século II da era cristã, formulou
no Almagesto sua teoria de que “...(sic) Terra se apresentava imóvel e rodeada de esferas transparentes de
cristal que giravam a sua volta e a que se subordinavam o Sol e os planetas...” Ptolomeu relacionou as
estrelas, registrou seus brilhos, estabeleceu normas de previsão de eclipses, tentou descrever o
movimento dos planetas contra o fundo praticamente imóvel das constelações, acreditou que a Terra fosse
o centro do universo e que todos os corpos celestes a rodeavam. Esta teoria foi adotada por santo Tomás
de Aquino no século XIII, e esta concepção do cosmo foi seguida até o século XVI.
Nicolau Copérnico
Ao contrário do que se poderia imaginar, durante a vida de Copérnico não são encontradas críticas
sistemáticas ao modelo heliocêntrico por parte do clero católico. De fato, membros importantes da cúpula
da Igreja ficaram positivamente impressionados pela nova proposta e insistiram que essas idéias fossem
mais bem desenvolvidas. Apenas com Galileu Galilei, (quase um século depois do início da divulgação do
heliocentrismo), a defesa do novo sistema cosmológico tornou-se problemática.
Em 1616 o principal trabalho de Copérnico chegou a entrar para a lista dos livros proibidos da Igreja
Católica, mas apenas por um curto período, sendo novamente liberado depois de pequenas adaptações
feitas pelos censores eclesiásticos.
Galileu Galilei
Galileu Galilei, na primeira metade do século XVII, reforçou a teoria heliocêntrica com o uso do
recém-inventado telescópio, pois viu que a Via Láctea é formada por uma infinidade de estrelas. Ao invés
de nuvens, observou as manchas solares, mapeou as crateras e montanhas na Lua, descobriu a existência
de satélites ao redor de Júpiter, além de observar Saturno e os seus anéis. Quando passou a defender o
heliocentrismo como uma verdade literal, isso lhe rendeu muitos problemas com a Igreja Católica, que, por
razões principalmente teológicas, mas também por não ter havido ainda comprovação cabal do novo
modelo, insistia que Galileu tratasse o heliocentrismo apenas como uma hipótese. Em 1615, Galileu
escreveu uma carta para a grã-duquesa Cristina da Holanda dizendo: "(sic)...alguns anos atrás, como sabe
sua Alteza, vi no céu muitas coisas que nunca ninguém viu até então. A novidade e as consequências se
seguiram em contradição com as noções físicas comummente sustentadas entre académicos e filósofos que
se voltaram contra mim um número grande de professores e eclesiásticos como se eu tivesse colocado as
coisas no firmamento com as minhas próprias mãos para alterar a natureza e destruir a ciência e o
conhecimento. Esquecem-se pois, que as verdades a crescer estimulam as descobertas e as investigações
estabelecendo assim o crescimento das artes..." Em 1633, Galileu foi a julgamento e terminou oficialmente
condenado por "grave suspeita de crime de heresia", ficando oito anos em prisão domiciliária próximo a
Florença, onde veio a morrer. Em 1979 o Papa João Paulo II, 346 anos depois da condenação, ilibou-o do
julgamento executado pela Inquisição.
Fé e Ciência
Com a teoria do heliocentrismo, Galileu tornou-se a única pessoa já condenada pela Inquisição por ter
defendido teses estritamente científicas e, por isso, é um exemplo muito citado em debates que falem de
"fé versus ciência". Entretanto, este evento envolve elementos muito mais complexos do que
simplesmente uma controvérsia entre estes dois modos de ver o mundo. Há historiadores e cientistas que
dedicam toda a sua carreira a analisar apenas este ponto da história para tentar entendê-lo em todas as
suas dimens.
Johannes Kepler
Johannes Kepler descobriu que as órbitas dos astros do sistema solar são elípticas. Em 1589, Kepler
foi estudar na Universidade de Tübingen, na Alemanha, onde começou a confrontar as correntes
intelectuais da época; foi quando se iniciou na chamada hipótese copernicana, vislumbrando um universo
heliocêntrico. Em Graz, na Áustria, foi ensinar matemática, desenvolveu almanaques meteorológicos e
astronômicos. Naquela época se conheciam seis planetas, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e
Saturno, além dos sólidos platônicos, ou sólidos regulares.
Kepler tentou achar uma relação entre os sólidos e as distâncias entre as órbitas dos planetas. Pensou que
estes sólidos, estando inscritos um ao outro, mostrariam as distâncias destes ao Sol, chamando a isto de
Mysterium Cosmographicum.
Kepler conheceu Tycho Brahe, que era o Matemático Imperial do Imperador Romano Rudolf II. Com
o matemático, trabalhou por algum tempo. Tycho reuniu informações e dados das órbitas planetárias por
toda a sua vida. Quando morreu, deixou para Kepler todas as suas anotações. As anotações de Tycho
começaram a ser compiladas antes da invenção do telescópio. Todos os astrônomos anteriores a Kepler
dimensionaram órbitas circulares aos planetas conhecidos. Acreditavam ser o círculo a forma geométrica
perfeita. Os círculos colocados no céu por Deus deveriam ser perfeitos. Após três anos de cálculos e
pesquisas infrutíferas, Kepler abandonou sua teoria do Mysterium Cosmographicum. Alguns meses depois
de abandonar a antiga teoria, ainda seguiram pesquisas infrutíferas. Kepler finalmente abandonou
definitivamente a órbita circular e passou a buscar as respostas por outros caminhos. Depois de buscar
incansavelmente uma resposta que explicasse satisfatoriamente os orbitais, Kepler iniciou o uso da elipse
como forma das órbitas planetárias. Começou seu estudo utilizando a fórmula da elipse codificada por
Apolônio de Perga da Biblioteca de Alexandria, descobrindo que finalmente esta se ajustava com perfeição
às observações de Tycho.
Isaac Newton
Com Isaac Newton, descobridor e formulador da lei da gravitação universal no século XVII, foi criada
uma sólida base científica para a cosmologia, que passou do campo puramente filosófico para o
experimental.
Bibliografia
http://pt.wikipedia.org
Cólegio Certo
Disciplina: Filosofia
Profª: Rúbia
Título:
(Cosmologia)