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Astrofı́sica Estelar (AGA0293)

Lista 1
Samantha Farias Santos - Nº USP 9301583

Estrela NUSP (A) (B) (C)


Samantha 9301583 1583 583 3
Tabela 1: Dados da estrela definidos de acordo com meu NUSP.

1. Tef = 11583K; p = 1586 × 10−5 arcsec; U = 1, 09mag; B = 2, 17mag;


V = 1, 29mag.

a) Dado o ângulo paralático p, é possı́vel encontrar a distância da estrela


através da relação
1
d(pc) = (1)
p(”)
Dessa forma, encontramos a distância d = 63, 05pc. Convertendo para me-
tros, temos:

d = 1, 95 × 1018 m

d
b) O módulo da distância é dado por m−M = 5log10 ( 10pc ). Substituindo
o d encontrado anteriormente, em parsecs, temos:

m − M = 4, 00mag

c) Para o cálculo da magnitude absolute, basta substituir a magnitude


aparente V na expressão do resultado anterior. Logo,

1, 29 − M = 4, 00 ⇒ M = −2, 71mag

1
d) O ı́ndice de cor é B − V = 0, 88mag. Como o indı́ce de cor é maior
do que zero, de acordo com o slide 19 da aula 3b, podemos afirmar que a
estrela terá cor avermelhada.

2. R = 0, 583R ; T = 11583K; p = 1583 × 10−5 arcsec.

a) De acordo com a Lei de Stefan-Boltzmann, sabemos que o fluxo de


radiação na superı́fice da estrela é dado por F = σT 4 , sendo σ a constante
de Stefan-Boltzmann. Substituindo os valores, temos:

F = 1, 02 × 109 W m−2

Em comparação com o fluxo de radiação na superfı́cie do Sol, podemos


dizer que essa estrela possui fluxo de radiação aproximadamente 100 vezes
maior.

b) De acordo com a relação descoberta por Stefan em 1879, sabemos


que a luminosidade de um corpo negro é dada por L = AσT 4 , sendo A sua
área. Podemos calcular a área da estrela uma vez que ela é esférica, ou
seja, A = 4πR2 . Considerando o raio solar como R = 6, 95508 × 108 m,
encontramos uma luminosidade igual a L = 6, 71 × 1026 W .
Com esses dados, podemos calcular o fluxo de radiação estelar, dado por
L
F (r) = 4πd 2 , sendo d a distância encontrada no item a) do exercı́cio 1.
Logo,

6,71×1026 W
F = 4π(1,95×1018 )2 m2
⇒ F = 1, 40 × 10−11 W m−2

Em comparação com a irradiância solar, podemos dizer que essa estrela


possui fluxo de radiação detectado na Terra 10−11 vezes menor.

c) Pela Lei de deslocamento de Wien, sabemos que λmax T = 0, 002897755mK.


Substituindo a temperatura da estrela nessa expressão, encontramos:

λmax = 250nm

2
3. n = 6.

a) O comprimento de onda pode ser encontrado através da relação des-


coberta por Johann Balmer: λ1 = RH ( 41 − n12 ). Substituindo o valor de n e
da constante de Rydberg RH , temos:

λ = 4, 10293 × 10−7 m = 410, 293nm

b) Na superfı́cie da Terra, o comprimento observado será diferente pois


a velocidade da luz é menor fora do vácuo por um fator de n, definido no
capı́tulo 5 do livro texto pelo valor de 1, 000297. Dessa forma, podemos
calcular o comprimento de onda no ar através da relação:

λvacuo
λT erra = n = 410, 172nm

c) |v| = 583km/s. O comprimento de onda observado pode ser calculado


através da expressão para o deslocamento Doppler, dada por λ = λ0 [1+v/c],
sendo v a velocidade da estrela, c a velocidade da luz, λ o comprimento de
onda emitido e λ0 o observado. Substituindo os valores, temos:

583
λ = 410[1 + 3×105
] = 411, 091nm

eB
4. B = 1, 583T . As três frequência são dadas por ν = ν0 e ν0 ± 4πµ ,
sendo ν0 a frequência da linha espectral na ausência de um campo magnético
e mu representa a massa reduzida. Substituindo os valores na expressão e
adotando a massa do elétron me no lugar de µ:

ν0 = 656, 251Hz

eB 1,60218×10−19 ×1,583
ν1 = ν0 + 4πµ = 656, 251 + 4π×9,1094×10−31
= 22, 156 × 109 Hz

3
eB 1,60218×10−19 ×1,583
ν2 = ν0 − 4πme = 4π×9,1094×10−31
= −22, 156 × 109 Hz

Para encontrar os comprimentos de onda associados, utilizamos a ex-


pressão λ = c/ν:

3×108
λ0 = c/ν0 = 656,251 = 4, 571 × 105 m

3×108
λ1 = c/ν1 = 22,156×109
= 1, 354 × 10−2 m

3×108
λ2 = c/ν2 = −22,156×109
= −1, 354 × 10−2 m

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