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A VIA LÁCTEA

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

Fonte: 500 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ASTROFÍSICA


Walter J. Maciel
IAG/USP 2020

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1. Mostre que 1 parsec corresponde a 3.26 anos-luz.

Solução:
1 pc = 3.0857 × 1018 cm
1 ano luz = c t = (2.9979 × 1010 ) (3.1558 × 107 ) = 9.4608 × 1017 cm
3.0857 × 1018
1 pc = ≃ 3.26 anos luz
9.4608 × 1017
⋆ ⋆ ⋆

2. Até que distância uma moeda de 1 real poderia ser vista pelo Hipparcos? e
pelo GAIA? Compare seus resultados com distâncias astronômicas relevantes.

Solução:
Hipparcos: pH ≥ 0.001”
GAIA: pG ≥ 0.00001”
o diâmetro da moeda é D ≃ 2.7 cm
D (2.7) (180) (3600)
dH ≤ =
pH (0.001) (3.14)
dH ≤ 5.57 × 108 cm = 5570 km = 0.87 RT
onde RT = 6400 km é o raio da Terra
D (2.7) (180) (3600)
dG ≤ =
pG (0.00001) (3.14)
dG ≤ 5.57 × 1010 cm = 1.45 dL
onde dL = 3.84 × 1010 cm é a distância Terra-Lua
⋆ ⋆ ⋆

3. O aglomerado globular M4 (NGC 6121) tem um diâmetro aparente máximo de


36 minutos de arco. Sabendo que o aglomerado está localizado a uma distância
de 2200 pc, qual é sua dimensão em pc, anos luz e cm?

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Solução:
36′ π
α= = 18′ = 18 = 0.00524 rad
2 (180) (60)
R
α=
d
R = α d = 11.53 pc = 3.56 × 1019 cm = 37.6 anos luz
D = 2 R = 23.06 pc = 7.12 × 1019 cm = 75.2 anos luz
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4. Uma estrela tem uma paralaxe p = 0.1”. (a) Qual é sua distância em parsecs e
em anos luz? (b) Qual seria sua paralaxe se ela estivesse 10 vezes mais distante?

Solução:
1 1
(a) d = = = 10 pc = 32.6 anos luz
p 0.1
1 1
(b) p′ = = = 0.01”
d ′ 100
⋆ ⋆ ⋆

5. Uma estrela está se aproximando de nós com uma velocidade de 30 km/s. Em


que comprimento de onda devemos observar uma linha espectral que, no sistema
de referência da estrela, tem um comprimento de 6000 Å?

Solução:
∆λ v
=
λ0 c
∆λ −30
= = −10−4
6000 300000
∆λ = (−10−4 ) (6000) = −0.6 Å
λ = λ0 + ∆λ = 6000 − 0.6 = 5999.4 Å
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6. No Universo de Kapteyn, a maior parte dos objetos da Galáxia está concentrada


em um disco com raio da ordem de 8 kpc e altura total da ordem de 3 kpc. Con-
siderando que a Galáxia está essencialmente contida em uma esfera de diâmetro
da ordem de 50 kpc, qual seria a relação entre os volumes da Galáxia e do Universo
de Kapteyn?

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Solução:
2
VK ≃ π RK hK ≃ 1.78 × 1067 cm3 ≃ 600 kpc3
4
VG ≃ 3
π RG ≃ 1.93 × 1069 cm3 ≃ 65000 kpc3
3
VG
≃ 108
VK
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7. A faixa visı́vel do espectro eletromagnético varia de λ ≃ 400 nm (violeta) a λ ≃


700 nm (vermelho), aproximadamente. (a) Qual seria a variação em comprimentos
de onda, medidos em Angstroms (Å)? (b) Qual seria esta variação em frequências,
medidas em Hz?

Solução:
(a) λi = 400 nm = 4000 Å
λf = 700 nm = 7000 Å
c 3 × 1010
(b) νi = = = 7.50 × 1014 Hz
λi (4000) (10 )
−8

c 3 × 1010
νf = = = 4.29 × 1014 Hz
λf (7000) (10−8 )
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8. A nebulosa NGC 7293 está localizada na longitude galáctica ℓ = 36.17o e


latitude galáctica b = −57.16o , e sua distância é d = 200 pc. Qual é sua altura z
com relação ao plano galáctico? Adote R0 = 8.0 kpc.

Solução:
z = d sen b = 200 sen (−57.16) = −168 pc
R2 = R02 + (d cos b)2 − 2 R0 (d cos b) cos ℓ ≃ 62.6
R ≃ 7.9 kpc
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9. Considere o movimento das estrelas no plano galáctico admitindo que as órbitas


dos objetos contidos neste plano sejam circulares, isto é, todos os objetos movem-
se em torno do centro galáctico em órbitas circulares a uma distância R do centro.
Mostre que a velocidades radial e tangencial podem ser escritas na forma

vr = R0 (ω − ω0 ) sen ℓ (1)

4
vt = R0 (ω − ω0 ) cos ℓ − ω d (2)
onde vr é velocidade radial da estrela com relação ao Sol, R0 é a distância galac-
tocêntrica do Sol, ω é a velocidade angular da estrela, ω0 é a velocidade angular
na posição do Sol, ℓ é a longitude galáctica da estrela, vt é a velocidade tangencial
da estrela, e d é sua distância.

Solução:
Considerando a geometria indicada na figura, podemos escrever

vr = Θ cos α − Θ0 sen ℓ
onde Θ é a velocidade linear (km/s) da estrela com relação ao centro galáctico,
Θ0 o valor correpondente em R0 e α é o ângulo entre a direção da
estrela e a direção de sua velocidade de rotação.
Usando a lei dos senos
sen ℓ sen (90 + α) cos α
= =
R R0 R0
a equação anterior fica
R0
vr = Θ sen ℓ − Θ0 sen ℓ
R
introduzindo a velocidade angular ω
Θ=ω R
 
R0
vr = Θ − Θ0 sen ℓ
R
e portanto

5
vr = R0 (ω − ω0 ) sen ℓ (1)
para obter a segunda equação temos
vt = Θ sen α − Θ0 cos ℓ
como
R sen α = R0 cos ℓ − d
temos
Θ
vt = (R0 cos ℓ − d) − Θ0 cos ℓ
R
de modo que
 
R0 Θ
vt = Θ − Θ0 cos ℓ − d
R R
portanto
vt = R0 (ω − ω0 ) cos ℓ − ω d (2)
⋆ ⋆ ⋆

10. Considere o movimento de rotação galáctica, admitindo que as órbitas são ke-
plerianas. Obtenha expressões para a velocidade de rotação e velocidade angular
em função da distância galactocêntrica.

Solução:
Considerando M a massa interna a R temos
GM Θ2
=
R2 R
de modo que
 1/2
GM
Θ=
R
ou seja, Θ ∝ R−1/2
para a velocidade angular temos
 1/2
Θ GM
ω= =
R R3
ou seja, ω ∝ R−3/2
⋆ ⋆ ⋆

11. Considere uma curva de rotação galáctica da forma

Θ(R) = a + b R + c R2

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válida no intervalo 4 < R(kpc) < 13, onde a = 223.40, b = −6.45 e c = 0.44, de
modo que a velocidade Θ esteja em km/s. Estime a massa da Galáxia interna ao
raio R = 10 kpc. Obtenha o valor da massa em g e em massas solares.

Solução:
Para R = 10 kpc temos Θ(R) ≃ 202.9 km/s
GM Θ
2

R R
Θ2 R
M≃
G
(202.9)2 (10) (1010 ) (3.09 × 1021 )
M (M⊙ ) ≃
(6.67 × 10−8 ) (1.99 × 1033 )
M ≃ 9.6 × 1010 M⊙ ≃ 1.9 × 1044 g
⋆ ⋆ ⋆

12. O Sol está localizado a 8.0 kpc do centro galáctico e participa do movimento
de rotação com uma velocidade de 220 km/s. Considerando que sua idade é de 4.5
bilhões de anos, e admitindo que sua velocidade de rotação não sofreu alterações,
quantas voltas em torno do centro galáctico já foram dadas pelo Sol?

Solução:
t⊙ t⊙ Θ0
n≃ ≃
P⊙ 2 π R0
(4.5 × 109 ) (3.16 × 107 ) (220)
n≃ ≃ 20
(2π) (8000) (3.09 × 1013 )
⋆ ⋆ ⋆
13. Considere uma nuvem interestelar composta de hidrogênio atômico, com uma
densidade de 10 partı́culas por centı́metro cúbico e uma temperatura cinética de
100 K. (a) Qual é a densidade da nuvem em g/cm3 ? (b) Estime a pressão no
interior da nuvem. Compare seu resultado com a pressão de um vácuo tı́pico de
laboratório.

Solução:
(a) ρ ≃ n mH ≃ 1.67 × 10−23 g/cm3
(b) P ≃ n k T ≃ 1.38 × 10−13 din/cm2 ≃ 1.36 × 10−19 atm
Pv ≃ 10−5 din/cm2 ≃ 10−6 N/m2 ≃ 10−6 Pa ≃ 10−11 atm ≃ 7.5 × 10−9 Torr
P/Pv ≃ 10−8 −→ P ≪ Pv
⋆ ⋆ ⋆

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14. Um grão sólido esférico em uma nuvem interestelar tem um raio a ≃ 1000 Å=
10−5 cm e uma densidade interna sd ≃ 3 g/cm3 . (a) Qual é a massa do grão? (b)
Considere uma nuvem interestelar tı́pica, onde a concentração de grãos é nd ≃
10−11 cm−3 . Qual seria o volume ocupado nesta nuvem por uma pessoa de 70
kg, se todo o seu corpo fosse pulverizado em grãos interestelares e espalhado pela
nuvem?

Solução:
4
(a) md ≃ π a3 sd ≃ 1.26 × 10−14 g
3
mH ≃ 1.67 × 10−24 g
md
≃ 7.54 × 109
mH
N
(b) n ≃
V
N M/md M 70 000
V ≃ ≃ ≃ ≃
n n n md (10 ) (1.26 × 10−14 )
−11

V ≃ 5.56 × 1029 cm3


comparando com o volume da Terra, com RT ≃ 6400 km
VT ≃ 1.1 × 1027 cm3
V
≃ 500
VT
⋆ ⋆ ⋆
15. Medidas da linha de 21 cm do hidrogênio em uma certa direção no plano
galáctico indicam uma densidade de coluna NH = 2 × 1020 cm−2 . (a) Supondo
que o hidrogênio está concentrado em 10 nuvens interestelares idênticas com di-
mensões de 5 pc cada uma, qual seria a densidade volumétrica nH destas nuvens?
(b) Medidas da linha do H em absorção mostram que a temperatura das nuvens
interestelares é da ordem de 80 K. Neste caso, qual seria a pressão do gás nas
nuvens?

Solução:
NH
(a) nH ≃
N D
com N = 10 e D = 5 pc
2 × 1020
nH ≃ ≃ 1.3 cm−3
(10) (5) (3.09 × 1018 )
2
(b) P ≃ n k T ≃ (1.3) (1.38 × 10−16 ) (80) ≃ 1.4 × 10−14 din/cm
⋆ ⋆ ⋆

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16. Suponha que a curva C da figura a seguir represente a emissão por grãos
sólidos idênticos, com temperatura T . (a) A partir da curva mostrada na figura,
qual seria esta temperatura? (b) Medidas do satélite COBE mostram que o pico
da emissão dos grãos é da ordem de λ Fλ ≃ 10−9 erg s−2 s−1 para λ ≃ 130 µm.
Qual seria o valor da temperatura média dos grãos neste caso?

Solução:
O pico indicado na figura é
log νmax ≃ 12.2 −→ νmax ≃ 1.58 × 1012 Hz
usando a lei de Wien
h νmax = 2.82 k T
h νmax
T ≃ ≃ 27 K
2.82 k
(b) λmax ≃ 130 µm = 130 × 10−4 cm
pela lei de Wien
λmax T ≃ 0.29
0.29
T ≃ ≃ 22 K
130 × 10−4
⋆ ⋆ ⋆

17. A distribuição de energia no infravermelho produzida pela poeira interestelar


na vizinhança solar, obtida pelo satélite COBE, apresenta um pico localizado em
λmax ≃ 140 µm. Qual deve ser a temperatura dos grãos responsáveis pela emissão?

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Solução:
De acordo com a lei de Wien temos
λmax T ≃ 0.290
onde λ está em cm e T em K. A temperatura dos grãos deve ser
0.290
T ≃ ≃ 20 K.
(140)(10−4 )
⋆ ⋆ ⋆
18. A abundância de H2 nas nuvens moleculares pode ser estimada a partir de
medidas da intensidade de linhas do CO, que pode ser observado em rádio em sua
linha de 4.6 µm. Admita que a intensidade da linha de CO possa ser obtida da
relação Z
ICO = Tb (v) dv

onde Tb (v) dá a variação da temperatura de brilho em função da velocidade radial


observada. Nese caso, a densidade de coluna de H2 pode ser estimada por

N (H2 ) ≃ XCO ICO

onde XCO ≃ 4 × 1020 cm−2 K−1 (km/s)−1 . (a) Considere uma região próxima
ao plano galáctico com uma temperatura de brilho aproximadamente constante
Tb ≃ 2 K em um intrvalo de velocidades radiais ∆v ≃ 20 km/s e estime a densidade
de coluna de H2 . (b) Admita que a região tem dimensões L ≃ 1 pc e estime a
densidade volumétrica da nuvem de H2 . (c) Qual seria a densidade de coluna de
CO admitindo que as abundâncias de C e O são semelhantes ao valor solar?

Solução:
(a) Da primeira relação acima obtemos
ICO ≃ Tb ∆v ≃ (2)(20) ≃ 40 K (km/s)
de modo que
N (H2 ) ≃ 1.6 × 1022 cm−2
(b) A densidade n(H2 ) pode ser estimada por
N (H2 )
n(H2 ) ≃ ≃ 5.2 × 103 cm−3
L
(c) Tomando
n(CO) nC nO
≃ ≃ ≃ 10−4
n(H2 ) nH nH
N (CO) ≃ 1018 cm−2
⋆ ⋆ ⋆

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19. A abundância de Li no Sol é dada por ǫ(Li) = 1.05, enquanto que nos mete-
oritos é de ǫ(Li) = 3.26. Quantas vezes a abundância de Li nos meteoritos é maior
que no Sol?

Solução:

nLi
= 101.05−12 = 10−10.95 ≃ 1.12 × 10−11
nH ⊙

nLi
= 103.26−12 = 10−8.74 ≃ 1.82 × 10−9
nH m
1.82 × 10−9
r≃ ≃ 162
1.12 × 10−11
⋆ ⋆ ⋆

20. As abundâncias fotosféricas de oxigênio e ferro no Sol são ǫ(O) = 8.69 e


ǫ(Fe) = 7.50, respectivamente. Admita uma relação entre a abundância de ele-
mentos pesados por massa, Z, e as abundâncias de oxigênio e ferro por número de
átomos, nO /nH e nFe /nH na forma:
nO nFe
Z = KO Z = KFe
nH nH

Determine as constantes KO e KFe para a atmosfera solar.

Solução:
nO /nH = 10−3.31 = 4.90 × 10−4
nFe /nH = 10−4.5 = 3.16 × 10−5
considerando Z ≃ 0.0134
Z
KO = ≃ 27.3
[nO /nH ]
Z
KFe = ≃ 424
[nFe /nH ]
⋆ ⋆ ⋆

21. Mostre que, para um elemento quı́mico qualquer X, podemos escrever:

[X/H] = [X/Fe] + [Fe/H]

Solução:
[X/H] = log(X/H) − log(X/H)⊙

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[X/Fe] = log(X/Fe) − log(X/Fe)⊙

[Fe/H] = log(Fe/H) − log(Fe/H)⊙

[X/H] = [log(X/Fe) + log(Fe/H)] − [log(X/Fe)⊙ + log(Fe/H)⊙ ]

[X/H] = [log(X/Fe) − log(X/Fe)⊙ ] + [log(Fe/H) − log(Fe/H)⊙ ]

[X/H] = [X/Fe] + [Fe/H]

⋆ ⋆ ⋆

22. Considere a IMF de Salpeter (1955) mostrada na figura a seguir, dada por

ξ(m) = m φ(m) = K m−1.35

Suponha que a “constante” K seja dada por meio da solução analı́tica de Miller e
Scalo (1979), de modo que

  2 
1.35
K = 0.383 m exp −1.09 log m + 1.02

onde m está em massas solares. Calcule a IMF na forma ξ(m) e inclua seu
resultado no gráfico. Considere o intervalo de massas 15 > m(M⊙ ) > 0.4.

Solução:

Com a relação de Miller e Scalo, obtemos os resultados da tabela a seguir,


incluidos na figura.

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log m(M⊙ ) m(M⊙ ) K log ξ + 10

1.2 15.8 0.074 7.25


1.0 10.0 0.100 7.65
0.8 6.3 0.125 8.02
0.6 4.0 0.142 8.34
0.4 2.5 0.147 8.63
0.2 1.6 0.141 8.88
0.0 1.0 0.123 9.09
-0.2 0.6 0.099 9.27
-0.4 0.4 0.073 9.40

⋆ ⋆ ⋆

23. A correlação entre a SFR e a densidade superficial do gás em galáxias normais


e galáxias starburst encontrada por Kennicutt (1998) pode ser escrita

SF R ≃ 2.5 × 10−4 Σ1.4


g

onde a SFR está em M⊙ kpc−2 ano−1 e a densidade Σg está em M⊙ /pc2 . As


galáxias A e B têm densidades de gás dadas por ΣA = 10 M⊙ /pc2 e ΣB =
104 M⊙ /pc2 , respectivamente. (a) Qual é a SFR destas galáxias em unidades
de M⊙ pc−2 Gano−1 ? (b) Compare o resultado em (a) com a taxa média atual da
Galáxia, que é da ordem de SF R ≃ 5 M⊙ pc−2 Gano−1 . Alguma das galáxias A e
B pode ser considerada como starburst?

Solução:
M⊙
(a) SF RA = (2.5 × 10−4 ) (101.4 ) = 6.28 × 10−3
kpc2 ano
M⊙
SF RB = (2.5 × 10−4 ) (104 )1.4 = 9.95 × 10
kpc2 ano
M⊙ M⊙ M⊙
2 = 2 2
= 103 2
kpc ano 1000 pc 10 Gano
−9 pc Gano
M⊙
SF RA ≃ 6.28
pc2Gano
M⊙
SF RB ≃ 9.95 × 104
pc2
Gano
SF RA 6.28
(b) ≃ ≃ 1.3
SF RG 5

13
SF RB 9.95 × 104
≃ ≃ 2 × 104 −→ starburst
SF RG 5
⋆ ⋆ ⋆

24. A evolução da metalicidade galáctica média com o tempo, conhecida como


relação idade-metalicidade, pode ser escrita de maneira aproximada como

B
[Fe/H] ≃ A −
C +t

onde A = 0.68, B = 11.2 Gano, C = 8 Gano, e o tempo t está em Gano (Rana


1991). Estime a idade média e o intervalo de idades correspondente para uma
estrela com [Fe/H] = −0.2 dex, considerando (a) a dispersão σ[Fe/H] ≃ 0.26 dex
de Edvardsson et al. (2000) e (b) a dispersão média σ[Fe/H] ≃ 0.13 dex de Rocha-
Pinto et al. (2000). Considere a idade da Galáxia como 13 Ganos.

Solução:

(a) Da relação de Rana tm ≃ 4.73 Gano


o intervalo de t é
1.82 < t(Gano) < 10.0
a idade é I = tG − t
portanto
Im = 13.0 − 4.73 = 8.27 Gano
3.0 < I(Gano) < 11.2
(b) Neste caso tm ≃ 4.73 Gano
o intervalo de t é
3.09 < t(Gano) < 6.93
Im = 13.0 − 4.73 = 8.27 Gano
6.07 < I(Gano) < 9.91
⋆ ⋆ ⋆

25. Suponha que o gradiente radial de oxigênio medido para as nebulosas fo-
toionizadas da nossa Galáxia seja dado por ǫ(O) = a + b R, onde a = 9.5 dex,
b = −0.05 dex/kpc e R é a distância galactocêntrica em kpc. O gradiente de Fe
pode ser medido em estrelas e aglomerados, com o resultado [Fe/H] = c+d R, onde
c = 0.5 dex e b = −0.08 dex/kpc. Faça uma gráfico das abundâncias de oxigênio
ǫ(O) e de Fe ǫ(Fe) em função da distância galactocêntrica para 2 < R < 15 kpc.
Onde está localizado o Sol neste gráfico?

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Solução:
Para o Fe temos
[Fe/H] = ǫ(Fe) − ǫ(Fe)⊙
ǫ(Fe) = ǫ(Fe)⊙ + [Fe/H] = 7.5 + 0.5 − 0.08 R = 8 − 0.08 R
o gráfico está abaixo, adotando para o Sol
ǫ(O) ≃ 8.7, ǫ(Fe) ≃ 7.5, R ≃ 7.6

⋆ ⋆ ⋆

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