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Professor Cebola
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APOSTÓLICA DE GEOMETRIA DESCRITIVA
Enquadramento Conceptual
Vivemos na Terra, um dos planetas do sistema solar cujo centro é uma estrela – o Sol. Este
corpo luminoso é a nossa principal fonte de luz natural. O nosso planeta, tal como os outros,
são corpos iluminados. Assim, na Terra temos horas de dia, com luz recebida do Sol, e horas
de noite, quando o local onde vivemos está na parte da Terra que não recebe directamente luz
do Sol. Quando não temos luz solar, usamos vários processos de iluminação (ex. energia
eléctrica) recorrendo a outros corpos luminosos (fontes de luz artificiais) tais como a lâmpada,
a vela e o candeeiro a gás. Os objectos que recebem a luz emitida por estes são corpos
iluminados. Vemos o que nos rodeia devido ao fenómeno luminoso que é a propagação da luz
através do espaço, do vazio e dos meios transparentes, como o ar, o vidro e outros. A luz
propaga-se, num mesmo meio, em linha recta e em todas as direcções. Um raio luminoso
representa uma direcção de propagação de um feixe luminoso estreito, usando uma linha recta
na qual, com uma seta, indicamos o sentido de propagação
L – fonte luminosa;
l – raio luminoso;
As – sombra do ponto A no plano α (ponto de intersecção do raio luminoso l com o plano α).
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Exemplo:
Figura 1
FONTE LUMINOSA
A fonte luminosa pode situar-se a uma distância finita (considera-se um foco luminoso) ou a
uma distância infinita (considera-se uma direcção luminosa).
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Exemplo:
Figura 2
A sombra projectada (ou produzida) é a sombra que um objecto produz numa superfície.
Figura 3
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SOMBRA REAL E SOMBRA VIRTUAL
A sombra virtual é a sombra que um objecto produz na superfície de outros planos que
intersecta o raio da sombra, depois de ter intersectado o primeiro plano de projecção. Pode
haver mais de que uma sombra virtual.
Exemplo:
Figura 4
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Em alternativa à solução indicada em baixo, seria possível localizar o ponto de quebra
(ponto Q) através da intersecção do segmento de recta da sombra virtual do ponto A (Av) e
da sombra real do ponto B (Bs) com o eixo x.
Exemplo:
Figura 5
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SOMBRA DE UM SEGMENTO DE RECTA NÃO PARALELO AOS DOS PLANOS
DE PROJECÇÃO
Exemplo:
Figura 6
Para determinar a sombra de uma recta nos planos de projecção, conduz-se pela recta, um
plano luz/sombra (ou plano luminoso), definido pela recta e pela direcção luminosa (quando
se trata de uma fonte luminosa situada a uma distância infinita), ou definido pela recta e pelo
foco luminosos (quando se trata de uma fonte luminosa situada a uma distância finita).
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Exemplo:
Figura 7
Para determinar a sombra projectada de uma figura plana nos planos de projecção, pode-se
recorrer à determinação da sombra real ou sombra virtual dos pontos (vértices) da figura
plana.
Outra forma de determinar a sombra projectada de uma figura plana nos planos de
projecção, é através de um plano luz-sombra passante que localiza os pontos que a figura
plana projecta sobre o eixo x, ou seja os pontos de quebra da sombra. Direcção luminosa no
lado esquerdo, e foco luminoso no lado direito.
Apesar de na maioria das vezes ser aparente a face da figura plana que está sombreada, existe
um método para determinar a sombra própria numa figura plana. Considerar um movimento
rotativo qualquer e analisar a partir do mesmo vértice, a sequência na figura e na figura-
sombra. Se as duas sequências apresentam a mesma ordem, a face visível está iluminada.
as seguintes situações:
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Sombra própria - tracejado paralelo ao eixo x, em ambas as projecções;
Sombra projectada nos planos de projecção, via foco luminoso – tracejado a 45º (a.d.) em
ambas as projecções, ou seja perpendicular às projecções da direcção convencional da luz.
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Como as sombras reais existem em planos diferentes, há pontos de quebra, que serão obtidos
via o método das sombras virtuais (como opção). Exemplo:
Figura 8
No caso dos círculos, primeiro é averiguar se a sombra tem pontos de quebra, através do
método do plano luz/sombra passante. Se a recta de intersecção do plano luz/sombra
passante com o plano que contém o círculo, é exterior ao círculo, não há pontos de quebra.
Pretende-se a sombra projectada do círculo nos planos de projecção, situado no 1.º diedro e
contido num plano horizontal ν, considerando direcção convencional da luz.
Determinar a parte da sombra que se situa no SPHA, que será um segmento de círculo.
Determinar a parte da sombra que se situa no SPFS, que será uma elipse; através de um
quadrado que inscreve o círculo na projecção horizontal, transpondo o círculo para o
paralelograma na projecção frontal para desenhar a sombra.
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Exemplo:
Figura 9
No caso de figuras planas, apenas uma das faces pode ter sombra própria. No caso dos
poliedros, pode haver mais do que uma face com sombra própria.
A divisão entre as faces com sombra prórpia e sem sombra própria é designada por linha
separatriz luz/sombra.
A linha separatriz luz/sombra limita tanto a sombra própria como a sombra projectada.
Exemplo:
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Figura 10
Para os casos de foco luminoso para prismas ou cilindros, a recta de intersecção será paralela
às arestas laterais do sólido, e passa pelo foco luminoso.
Para os casos de direcção luminosa em prismas ou cilindros, a recta de intersecção será entre
o plano luz/sombra e o plano da base.
Exemplo:
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Figura 11
As arestas laterais [BV] e [DV] são duas arestas da linha separatriz luz/sombra.
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Exemplo:
Figura 12
1. Conduzir uma recta (recta r) paralela às arestas laterais e um raio luminoso (raio l), por um
ponto qualquer exterior (ponto P).
2. Determinar a recta de intersecção (recta i), entre o plano (plano α) definido pelas rectas a e
l’, e o plano da base de referência do prisma.
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Conduzir uma recta (recta a) paralela às arestas laterais e um raio luminoso (raio l), por um
ponto qualquer exterior (ponto P).
Determinar a recta de intersecção (recta i), entre o plano (plano α) definido pelas rectas a e l, e
o plano da base de referência do prisma.
As arestas laterais [CC’] e [FF’] são duas arestas da linha separatriz luz/sombra.
Os pontos de quebra podem ser obtidos através das sombras reais, ou com linhas paralelas às
arestas laterais [CC’] e [A’F’], que são respectivamente arestas frontal e horizontal.
Exemplo:
Figura 13
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2. Determinar o ponto de intersecção I do raio luminoso l com o plano de base.
As rectas l’1 e l’2 são tangentes à base do cone nos pontos A e B. A linha separatriz
luz/sombra contém os segmentos [AV] da geratriz g, e [BV] da geratriz g’.
Exemplo:
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Figura 14
1. Conduzir uma recta (recta r) paralela às geratrizes do cilindro e um raio luminoso (raio l),
por um ponto qualquer exterior (ponto P).
2. Determinar a recta de intersecção (recta i), entre o plano (plano λ) definido pelas rectas r e
l, e o plano da base de referência do cilindro.
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Pretende-se a sombra própria e sombra projectada nos planos de projecção do cilindro de
revolução, situado no 1.º diedro, com as bases contidas em planos frontais, considerando
direcção convencional da luz.
Conduzir uma recta (recta r) paralela às geratrizes do cilindro e um raio luminoso (raio l), por
um ponto qualquer exterior (ponto P).
Determinar a recta de intersecção (recta i), entre o plano (plano α) definido pelas rectas r e l, e
o plano da base de referência do cilindro.
As rectas t e t’ são tangentes à base do cilindro nos pontos T e T’. A linha separatriz
luz/sombra contém os segmentos [TG] da geratriz g, e [T’Q] da geratriz g’.
Exemplo:
Figura
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