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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

LISTA DE EXERCÍCIOS

Nome: Thaís Cordeiro Prates RA:23202330810


PARTE 1

01) Considere uma superfície esférica de 1km de diâmetro a uma temperatura uniforme de 1000 K. Determine:

a) a taxa máxima de radiação que pode ser emitida por essa superfície, em kW/m2

A taxa de radiação é dada por:


E = σT 4

Onde σ é a constante de Stefan-Boltzmann = 5,67× 10-8 W/m2K4, assim;

W
E = (5,67 × 10−8 ) (1000K)4
m2 K 4

E = 56.700 W/m2 ou 56,7 kW/m2

b) a quantidade de energia irradiada a cada hora, em kWh.

Calculando a área da esfera:


A = 4πr 2

Diâmetro = 1 km = 1000 m
D 1000
r= = = 500 m
2 2

Assim:
A = 4π(500m)2

A = 3.141.592,654 m2

Energia irradiada por hora:

kW
E = 56,7 × 3.141.592,654 m2 × 1h
m2

E = 1,78 × 108 𝑘𝑊ℎ

02) A temperatura do filamento de uma lâmpada incandescente é 2500 K. Considerando o filamento como um
corpo negro, determine:

a) a fração da energia radiante emitida pelo filamento situada na faixa do visível, ou seja entre os comprimentos
de onda λ1 = 0,40 µm (violeta) e λ 2 = 0,76 µm (vermelho).

A taxa de radiação:

E = σT 4

W
E = (5,67 × 10−8 m2 K4 ) (2500K)4

E = 2.214.843,75 W/m2
Calculando λT:

0 ≤ λ < 0,40 → T = (0,40µm)(2500K) = 1000 µmK

0 ≤ λ < 0,76 → T = (0,76µm)(2500K) = 1900 µmK

Conforme a Tabela 12.2 - Funções da radiação de corpo negro (Incropera, 2014) e interpolações:

Para λT=1000 µmK → F(0−0,40) = 0,00321

Para λT=1900 µmK → F(0−0,76) = 0,05368

Assim:

F(0,40−0,76) = F(0−0,76) − F(0−0,40)

F(0,40−0,76) = 0,05368 − 0,00321

F(0,40−0,76) = 0,053 = 5,3%

b) o comprimento de onda no qual ocorre o pico de emissão de radiação a partir do filamento.

2898 µmK
λmax =
T

2898 µmK
λmax =
2500 K

λmax = 1,16 µm

03) O Sol pode ser considerado um corpo negro a uma temperatura efetiva de superfície de 5778 K. Determine:

a) a fração da radiação solar emitida na faixa do infravermelho (comprimentos de onda de 0,76 a 100 µm)

Calculando λT:

0 ≤ λ < 0,76 → T = (0,76µm)(5778K) = 4.391,28 µmK

0 ≤ λ < 100 → T = (100µm)(5778K) = 577.800 µmK

Conforme a Tabela 12.2 - Funções da radiação de corpo negro (Incropera, 2014), e interpolações:

Para λT=4.391,28 µmK → F(0−0,76) = 0,54736

Para λT=577.800 µmK → F(0−100) = 1

Assim:

F(0,76−100) = F(0−100) − F(0−0,76) = 1 − 0,54736

F(0,76−100) = 0,4526 = 45,3%


b) a taxa de emissão dessa radiação, em kW/m2.

A taxa de radiação:

E = σT 4 F(0,76−100)

W
E = (5,67 × 10−8 m2 K4 ) (5778K)4 (0,4526)

W kW
E = 28.605.275,78 ou 28.605
m2 m2

04) Conforme o enunciado do exercício anterior, o Sol pode ser considerado um corpo negro a uma
temperatura superficial de 5778 K. Sendo o diâmetro do Sol igual a a 1,39.10 9 m, a distância média Terra-Sol
1,50.1011 m e o raio médio da Terra igual a 6,37.106 m, determine:

a) A potência luminosa total do Sol, em quilowatts

Calculando a área do Sol:


A = 4πr 2

Diâmetro = 1 km = 1000 m
D 1,39 × 109
r= = = 6,95 × 108 m
2 2

Assim:
A = 4π(6,95 × 108 m)2

A = 6,06987 × 1018 m2

A potência luminosa total:


Pl = σT 4 A

W
Pl = (5,67 × 10−8 m2 K4 ) (5778K)4 (6,06987 × 1018 m2 )

Pl = 3,84 × 1026 W ou 3,84 × 1023 kW

b) A intensidade da radiação solar que atinge a esfera orbital, ou seja, uma esfera imaginária com o Sol no
centro e a Terra tocando a sua superfície externa, em W/m2. Comente o resultado.

A = 4πr 2

A = 4π(d − rterra )2

A = 4π(1,50 × 1011 m − 6,37 × 106 m)2

A = 2,827 × 1023 m2

Intensidade de radiação:
6,06987 × 1018 m2 W
I= 23 2
(5,67 × 10−8 2 4 ) (5778K)4
2,827 × 10 m m K
I = 1.358 W/m2

Podemos verificar que a intensidade da radiação solar que a terra é aproximadamente o mesmo valor que a constante
solar de 1367 w/m2.

c) A potência da radiação solar que atinge a atmosfera da Terra em TW. Considere apenas a radiação que
incide perpendicularmente á área de secção transversal da Terra.

P = IAsecção transveral da terra

= Iπ(rterra )2
W
P = (1.358 ) (π(6,37 × 106 m)2 )
m2

P = 1,73113 × 1017 W ou 173.113 TW

d) A energia que incide na superfície da Terra em 2h, sabendo-se que apenas 54 % da radiação incidente no
topo da atmosfera chega efetivamente à superfície, de acordo com o diagrama de Trenberth. Compare esse valor
com a oferta de energia elétrica no Brasil em 2014, que foi de 624 TWh.

E = 173.113 TW × 2h

E = 346.226 TWh

Considerando que apenas 54 % da radiação chega efetivamente à superfície:

E = 346.226 TWh × 0,54

E = 186.962,04 TWh

Levando em conta que a oferta de energia elétrica no Brasil em 2014 foi 624 TWh o valor que incide em apenas 2 horas
é cerca de 300 vezes maior, diante disto podemos confirmar o imenso potencial da energia solar.

05) Determine a) o comprimento de onda que maximiza a emissão solar:

Considerando a temperatura do Sol = 5778 K

2898 µmK
λmax =
T

2898 µmK
λmax =
5778 K

λmax = 0,5µm

b) a potência emissiva espectral do Sol, em kW/m2. µm para esse comprimento de onda. Considere o Sol um
corpo negro a 5778 K.

C1
Eλ,cn =
C2
λ5 [exp ( ) − 1]
λT

Segundo Incropera (2014), C1= 3,742× 108 Wµm4 /m2 e C1= 1,439× 104 µmK, assim:
3,742 × 108 Wµm4 /m2
Eλ,cn =
1,439 × 104 µmK
(0,5µm)5 [exp ( ) − 1]
0,5µm. 5778K

Eλ,cn = 82.802.245,99 W/m2 µm ou 82.802 kW/m2 µm

06) Determine o valor da irradiância extraterrestre efetiva nos dias 01/01 (n = 1) e 21/06 (n = 172),
respectivamente. Explique porque esses valores são diferentes e se isso tem relação com as estações do ano.

Para n=1:
360
Iext.ef = I0 (1 + 0,033cos ( n)
365,25

360
Iext.ef = 1367 W/m2 (1 + 0,033cos ( 1)
365,25

Iext.ef = 1.412,10 W/m2

Para n=172:
360
Iext.ef = I0 (1 + 0,033cos ( n)
365,25

360
Iext.ef = 1367 W/m2 (1 + 0,033cos ( 172)
365,25

Iext.ef = 1.322,6 W/m2

Os valores se diferem pois a órbita da Terra é excêntrica, o que significa que no dia 01/01 (n=1) ela se encontra mais
próxima do Sol que no dia 21/06 (n=172).

07) Em um determinado dia e horário, o ângulo zenital do Sol é 48,2o. Com base nessa informação, estime:

a) a massa de ar correspondente:

θz = 48,2°

1 1
AM = =
cosθz cos(48,2°)

AM = 1,5

b) a irradiância nesse horário (utilizar a expressão da irradiância em função da massa de ar vista em aula):
0,678
I = 1367 W/m2 (0,7)AM
0,678
I = 1367 W/m2 (0,7)1,5

I = 855 W/m2
08) A latitude da cidade de São Paulo é de - 23,45o (sul). Determine, para essa localidade e no dia 10/01 (n = 10)
às 9h da manhã (hora solar):

a) a altura solar

Determinando a declinação solar:

360(n − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
360(10 − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
δ = −21,90°

Determinando o ângulo horário:

ω = 15(12 − T)

ω = 15(12 − 9h)

ω = 45°

Determinando a altura solar:

α = sen−1 (senδsenϕ + cosδcosϕcosω)

α = sen−1 (sen(−21,90°)sen(−23,45°) + cos(−21,90°) cos(−23,45°) cos(45°))

α = 48,62°

b) o ângulo azimutal do Sol


senαsenϕ − senδ
ψ = cos −1 [ ]
cosαcosϕ

sen(48,61°)sen(−23,45°) − sen(−21,90°)
ψ = cos −1 [ ]
cos (48,62°)cos (−23,45°)

ψ = 82,96°

c) o ângulo zenital do Sol


θz = 90° − α

θz = 90° − 48,62°

θz = 41,38°

d) o comprimento da sombra de um poste de 5 m de altura

H
tangα =
ls

H
ls =
tangα

5m
ls =
tang(48,62°)

ls = 4,41 m
09) A latitude da cidade de Florianópolis é de - 27,60o (sul). Determine, para essa localidade e no dia 10/07 (n =
191) às 14h da tarde (hora solar):

a) a altura solar

Determinando a declinação solar:

360(n − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
360(191 − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
δ = 22,11°

Determinando o ângulo horário:

ω = 15(12 − T)

ω = 15(12 − 14h)

ω = −30°

Determinando a altura solar:

α = sen−1 (senδsenϕ + cosδcosϕcosω)

α = sen−1 (sen(22,11°)sen(−27,60°) + cos(22,11°) cos(−27,60°) cos(−30°))

α = 32,46°

b) o ângulo azimutal do Sol

senαsenϕ − senδ
ψ = cos −1 [ ]
cosαcosϕ

sen(32,46°)sen(−27,60°) − sen(−22,11°)
ψ = cos −1 [ ]
cos (32,46°)cos (−27,60°)

ψ = −146,68°

c) o ângulo zenital do Sol


θz = 90° − α

θz = 90° − 32,46°

θz = 57,54°

d) o comprimento da sombra de um poste de 5 m de altura

H
ls =
tangα

5m
ls =
tang(32,46°)

ls = 7,86 m
10) Para uma localidade no equador, no dia 21/09 (n = 264), sempre considerando a hora solar, determine:

a) a altura solar às 9h da manhã

Determinando a declinação solar:

360(n − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
360(264 − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
δ = −0,605 ≈ 0°

Determinando o ângulo horário:

ω = 15(12 − T)

ω = 15(12 − 9h)

ω = 45°

Determinando a altura solar, considerando a latitude no equador igual a 0°:

α = sen−1 (senδsenϕ + cosδcosϕcosω)

α = sen−1 (sen(0°)sen(0°) + cos(0°) cos(0°) cos(45°))

α = 45°

b) o ângulo azimutal do Sol ao longo de todo o dia

senαsenϕ − senδ
ψ = cos −1 [ ]
cosαcosϕ

sen(45°)sen(0°) − sen(0°)
ψ = cos−1 [ ]
cos (45°)cos (0°)

ψ = 90°

O ângulo azimutal do Sol é igual a 90° pois o Sol percorrerá o equador celeste nesse dia, pois é o equinócio de
primavera.

c) o ângulo zenital do Sol ao meio-dia solar

Determinando o ângulo horário ao meio-dia:

ω = 15(12 − T)

ω = 15(12 − 12h)

ω = 0°

Determinando a altura solar ao meio-dia:

α = sen−1 (senδsenϕ + cosδcosϕcosω)

α = sen−1 (sen(0°)sen(0°) + cos(0°) cos(0°) cos(0°))

α = 90°
Determinado o ângulo zenital do Sol:
θz = 90° − α

θz = 90° − 90°

θz = 0°

O ângulo zenital do Sol é igual a 0° ao meio-dia pois nesse horário o Sol estará a pino no equador.

d) o comprimento da sombra de um poste de 5 m de altura às 15h da tarde

Determinando o ângulo horário as 15h:

ω = 15(12 − T)

ω = 15(12 − 15h)

ω = −45°

Determinando a altura solar as 15h:

α = sen−1 (senδsenϕ + cosδcosϕcosω)

α = sen−1 (sen(0°)sen(0°) + cos(0°) cos(0°) cos(−45°))

α = 45°

Determinando o comprimento da sombra:


H
ls =
tangα

5m
ls =
tang(45°)

ls = 5 m

As 15h da tarde a sombra de um poste de 5 metros será igual a 5 metros pois nesse horário os raios solares incidem
com um ângulo de 45o em relação à horizontal.

11) O dia mais crítico do ano, em termos de sombreamento, é o dia do solstício de inverno, que no hemisfério
Sul ocorre em 21/06 (n = 172). Um projetista de uma usina fotovoltaica a ser instalada em Belo Horizonte
necessita calcular o espaçamento mínimo entre as fileiras de módulos para evitar qualquer sombreamento entre
8h da manhã e 16h da tarde (hora solar) nesse dia crítico. Ele sabe que, se nesse dia não houver sombreamento,
nos demais dias do ano também não haverá. Os módulos possuem um comprimento de 1,64 m e se encontram
inclinados de 20o em relação ao solo, na direção do comprimento. Essa inclinação corresponde à latitude do
local, visando maximizar a captação anual de energia solar. Os módulos não estão apoiados diretamente no
solo, mas sim em uma estrutura, cuja distância mínima ao solo é de 10 cm, para auxiliar na ventilação (ver
figura). Ajude nosso projetista a atingir seu objetivo, determinando:

a) a altura solar nos horários mencionados

Determinando a declinação solar:

360(n − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
360(172 − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
δ = 23,45°

Determinando o ângulo horário as 8h:

ω = 15(12 − T)

ω = 15(12 − 8h)

ω = 60°

Determinando o ângulo horário as 16h:

ω = 15(12 − T)

ω = 15(12 − 16h)

ω = −60°

Determinando a altura solar as 8h, considerando a latitude de Belo horizonte igual a -20°:

α = sen−1 (senδsenϕ + cosδcosϕcosω)

α = sen−1 (sen(23,45°)sen(−20°) + cos(0°) cos(−20°) cos(60°))

α = 17,15°

Determinando a altura solar as 16h, considerando a latitude de Belo horizonte igual a -20°:

α = sen−1 (senδsenϕ + cosδcosϕcosω)

α = sen−1 (sen(23,45°)sen(−20°) + cos(0°) cos(−20°) cos(−60°))

α = 17,15°

As 8h e as 16h a altura solar do local é igual a 17,15°.

b) a distância da extremidade mais alta das fileiras em relação ao solo (altura de cada fileira, já considerando-se
os 10 cm de espaço entre a extremidade inferior da estrutura e o solo)

Cateto oposto
senθ =
hipotenusa

Cateto oposto = sen(20°) × 1,64m


Cateto oposto = 0,5609 m
h = Cateto oposto + 0,1 m

h = 0,5609 + 0,1 = 0,66 m

c) o comprimento da sombra das fileiras nos horários mencionados

0,66 m
ls =
tangα

5m
ls =
tang(17,15°)

ls = 2,14 m

d) o ângulo azimutal do Sol e o seu suplemento (𝛙') às 8h da manhã (para às 16h é desnecessário pois há simetria).

senαsenϕ − senδ
ψ = cos −1 [ ]
cosαcosϕ

sen(17,15°)sen(−20°) − sen(23,45°)
ψ = cos−1 [ ]
cos (17,15°)cos (−20°)

ψ = 123,75°

Determinando seu suplemento ψ':

ψ′ = 180 − ψ

ψ = 180 − 123,75

ψ = 56,25°

e) distância mínima entre as fileiras (observe que a distância pedida difere daquela apresentada na equação vista
em aula – verifique!).
H
dmin = cosψ′
tangα

0,5609 m
dmin = cos (56,25°)
tang(17,15°)

dmin = 1 m

12) Sabendo-se que a latitude de Santo André é de -23,67o determine, para o dia 21/03 (equinócio de outono) ao
meio-dia solar:

a) a altura solar

Determinando a declinação solar sabendo que para o dia 21 de março n=81 :


360(n − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
360(81 − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
δ = −0,403 ≈ 0°

Determinando o ângulo horário ao meio dia:

ω = 15(12 − T)

ω = 15(12 − 12h)

ω = 0°

Determinando a altura solar:

α = sen−1 (senδsenϕ + cosδcosϕcosω)

α = sen−1 (sen(0°)sen(−23,67°) + cos(0°) cos(−23,67°) cos(0°))

α = 66,33°

b) o ângulo zenital
θz = 90° − α

θz = 90° − 66,33°

θz = 23,67°

c) o ângulo de incidência da radiação solar em uma superfície inclinada de 10o em relação à horizontal e
orientada a 45o em relação ao norte geográfico (a nordeste). Você deverá usar aquela equação gigantesca vista
em aula!!!

Considerando a orientação do módulo:


γ = 90° + 45° = 135°

β = 10°
Assim:

cosθs = senδsenϕcosβ − senδcosϕsenβcosγ + cosδcosϕcosβcosω +


cosδsenϕsenβcosγcosω + cosδsenγsenωsenβ

cosθs = sen(0°)sen(−23,67°)cos (10°) − sen(0°)cos (−23,67°)sen(10°)cos (135°)


+ cos(0°) cos(−23,67°) cos (10°)cos (0°) + cos (0°)sen(−23,67°)sen(10°)cos (135°)cos (0°)
+ cos (0°)sen(135°)sen(0°)sen(10°)

cos −1 (θs ) = 0,9512541682

θs = 17,96 ≈ 18°

d) a razão entre a radiação direta incidente no plano da superfície inclinada e no plano horizontal
θz 23,67
= = 1,35
θs 18°

13) Repita o cálculo da letra c) da questão anterior considerando-se, agora, que a superfície está orientada
exatamente ao norte e com inclinação igual à latitude. Neste caso, utilize a expressão simplificada para o cálculo
do ângulo de incidência, válida para o hemisfério sul (para o hemisfério norte trocar o sinal positivo por um
negativo).

Com a superfície orientada ao norte e com inclinação igual a latitude:

γ = 180°

β = 23,67°
Assim, podemos simplificar a equação anterior:

cosθs = senδsen(ϕ + β) + cosδcos (ϕ + β)cosω

cosθs = sen(0°)sen(−23,67 + 23,67) + cos (0°)cos (−23,67 + 23,67)cos (0°)

cos −1 (θs ) = 1

θs = 0°

o ângulo de incidência da radiação nesta superfície será igual a 0° pois é equinócio de outono e o Sol estará
exatamente no equador celeste ao meio-dia solar, de forma que, o ângulo formado entre os raios solares e o zênite
coincide com a latitude do local, nesse instante.

14) Um local de Salvador tem coordenadas (-13,0o ; -38,5o). Determine, para o dia 30 de setembro:

a) A hora solar corrigida para o meio-dia do horário oficial (12:00)

E(min) = 9,87sen(2B) − 7,53 cos(B) − sen(b)

Onde:
360(n − 81)
B=
364

Assim, sabendo que para o dia 30 de setembro n=273:

360(273 − 81)
B= = 189,89
364

E(min) = 9,87sen(2(189,89)) − 7,53 cos(189,89) − sen(189,89)

E(min) = 11,0158 min

Assim:
∆H
HS = H0 +
60

Onde:
∆H = 4|Lref | − |Llocal | + E(min)

Sabendo que a longitude local é -38,5o, a longitude de referência é 45°, assim:

∆H = 4|45| − |−38,5| + 11,0158 min

∆H = 37,0158 min

Assim, sabendo que o Sol passa cerca de 37 min adiantado pelo meridiano de Greenwich, em relação ao relógio
oficial:
37,0158
HS = 12 h +
60

HS = 12,62 h

b) O ângulo horário correspondente (interprete o resultado)

ω = 15(12 − T)

ω = 15(12 − 12,62)

ω = −9,3°

O ângulo horário é igual a -9,3°, este valor negativo indica que o Sol já passou pelo meio-dia solar, então já é
tarde.

c) ângulo do pôr do Sol nesse dia

−ωs = cos −1(−tangϕtangδ)

Determinando a declinação solar:

360(n − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
360(273 − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
δ = −4,21°

Assim:
−ωs = cos −1(−tang(−13°)tang(−4,21°))

−ωs = cos−1(−0.01699441209)

−ωs = 90,97°

ωs = −90,97°

O ângulo horário negativo indica que é tarde.

d) O horário oficial do nascer do Sol nesse dia

Se o ângulo do por do sol é igual a −90,97°, o ângulo do nascer do sol tem o mesmo valor porem positivo, desta
maneira:
ωs = 15(12 − T)

90,97° = 180 − 15T

90,97° − 180 = −15T


15T = 180 − 90,97

89,03
T= = 5,93h
15

0,93 h
T = 5h + ( (60 min))
1h

T = 5h e 55,8 min

T ≈ 5: 56

Sabendo que o Sol passa cerca de 37 min adiantado:

T = 5h + (56 min − 37 min )

T = 5h + (19 min)

T = 5h e 19 min

T = 5: 19

15) Repita o exercício anterior porém agora para um local de Goiânia de coordenadas (-16,7o;-49,3o) e para o
dia 23 de dezembro.

a) A hora solar corrigida para o meio-dia do horário oficial (12:00)

E(min) = 9,87sen(2B) − 7,53 cos(B) − sen(b)

Onde:
360(n − 81)
B=
364

Assim, sabendo que para o dia 23 de dezembro n=357:

360(357 − 81)
B= = 272,97
364

E(min) = 9,87sen(2(272,97)) − 7,53 cos(272,97) − sen(272,97)

E(min) = 0,086 min

Assim:
∆H
HS = H0 +
60

Onde:
∆H = 4|Lref | − |Llocal | + E(min)
Sabendo que a longitude local é -49,3o, a longitude de referência é 45°, assim:

∆H = 4|45| − |−49,3| + 0,086 min

∆H = 17,286 ≈ 17 min

Considerando que é horário de verão, o relógio oficial marca 12:00, contudo a hora oficial é 11:00, assim:

17
HS = (11h) +
60

HS = 10,71 h

A hora solar está cerca de 17 min atrasada, em relação à hora oficial.

b) O ângulo horário correspondente (interprete o resultado)

ω = 15(12 − T)

ω = 15(12 − 10,71h)

ω = 19,35°

O ângulo horário é igual a 19,35°, este valor positivo indica que o Sol ainda não passou pelo meio-dia solar,
então ainda é manhã.

c) ângulo do pôr do Sol nesse dia


−ωs = cos −1(−tangϕtangδ)

Determinando a declinação solar :

360(357 − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
360(273 − 80)
δ = 23,45 sen[ ]
365
δ = −23,41°

Assim:
−ωs = cos−1(−tang(−16,7°)tang(−23,41°))

−ωs = cos −1(−0.1298899871)

−ωs = 97,46°

ωs = −97,46°

O ângulo horário negativo indica que é tarde.


d) O horário oficial do nascer do Sol nesse dia

Se o ângulo do por do sol é igual a −97,46°, o ângulo do nascer do sol tem o mesmo valor porem positivo, desta
maneira:

ωs = 15(12 − T)

97,46° = 180 − 15T

97,46° − 180 = −15T


15T = 180 − 97,46

82,54
T= = 5,50h
15

0,5 h
T = 5h + ( (60 min))
1h

T = 5h e 30 min

T ≈ 5: 30

Como a hora solar está 17 min atrasada em relação à hora oficial e sabendo que é horário de verão:

T = (5h + 1h) + (30 min + 17 min )

T = 6h + (47 min)

T = 6h e 47 min

T = 6: 47
PARTE 2

01) Explique o funcionamento dos diferentes instrumentos de medição da radiação solar vistos em aula.

O Heliográfo é um instrumento que registra a duração do brilho solar através de uma esfera de vidro cristalino
montada em uma estrutura de metal. Abaixo da esfera existe uma tira de papel responsável por registrar o total de horas
que o sol brilhou em um determinado dia. A esfera de vidro age como uma lupa, focalizando a radiação para que ela
queime a tira de papel, que é trocada diariamente. O cumprimento desta fita exposta a radiação solar mede o número de
horas de insolação. Vale ressaltar que este instrumento mede apenas o período em que o brilho do Sol não foi
encoberto por uma nuvem em um determinado dia. Devido ao diferente movimento do sol conforme as estações do ano,
existe um modelo de fita para cada época: verão, inverno e outra para os equinócios (primavera e outono).
O Actinógrafo é um instrumento que mede a radiação global. Ele utiliza sensores baseados na expansão diferencial
de um par bimetálico. Esses sensores são conectados e registram o valor instantâneo da radiação solar conectados a uma
pena que, quando de suas expansão, registram o valor instantâneo da radiação solar. Sua precisão encontra-se na faixa
de 15 a 20% e é considerado um instrumento de terceira classe.
Dos piranômetros, pode-se mencionar dois tipos mais comumente utilizados: piranômetro termoelétrico e
piranômetro fotovoltaico. O termoelétrico é utilizado para medir a irradiância solar global (direta e difusa),
normalmente no plano horizontal e é frequentemente utilizado para medir a radiação global incidente em módulos
fotovoltaicos. Esse instrumento consiste em uma pilha termoelétrica com uma superfície de detecção pintada que
aquece quando exposta à radiação. Projetado para responder a todos os comprimentos de onda, esse instrumento possui
grande precisão possuindo uma resposta espectral até 2.500 nm. Por outro lado, o fotovoltaico é baseado no efeito
fotoelétrico. Nesse instrumento existe uma célula fotovoltaica empregada como sensor. Quando iluminado, este
piranômetro converte a luz em corrente contínua, e essa corrente é proporcional à intensidade da radiação incidente.
Este equipamento é mais barato que os piranômetros termoelétricos e possui um tempo de resposta praticamente
instantâneo e linear com a irradiância, no entanto, não possuem a mesma precisão, possuindo uma resposta espectral
limitada a 1.100 nm (célula de c-Si).
O pireliômetro mede a irradiância direta com incidência normal à superfície (mesma inclinação dos módulos, no
caso das plantas fotovoltaicas). Neste dispositivo a irradiância difusa é bloqueada através de um sensor termoelétrico
dentro de um tubo de colimação, com paredes enegrecidas e apontado para o Sol. Ele utiliza um tubo longo e estreito
com uma pequena abertura circular com um ângulo de captação para receber a radiação. A luz entra no instrumento
através de uma janela e é direcionado para uma termopilha que converte calor em um sinal elétrico que é convertida
através de uma fórmula para medir Watts por metro quadrado. O sistema de medição da irradiância direta com este
equipamento pode ser com o rastreamento solar em 1 ou 2 eixos.

02) Explique a diferença entre irradiância e irradiação solar.

Irradiância é a potência radiante incidente por unidade de superfície sobre um plano e representa o fluxo de
energia radiante instantâneo que incide sobre uma superfície, real ou imaginária, por unidade de área (W/m 2). Já
irradiação solar consiste na energia incidente por unidade de superfície de um plano, ou seja, corresponde a quantidade
de energia radiante que incide em uma superfície durante um certo intervalo de tempo, por unidade de área desta
(Wh/m2)

03) Explique o conceito de horas de sol pleno e a sua relação com a irradiação solar.

Hora de Sol Pleno (HSP) é uma grandeza que indica o número de horas diárias em que a irradiância solar alcança
uma taxa constante de 1000 W/m². Calculada dividindo a irradiação (kWh/m²) por 1000 W/m², essa grandeza
determinam o acúmulo de irradiação solar diário de um local em horas.

04) Liste as diferentes fontes de dados de irradiação solar disponíveis, em ordem de precisão.

O Rede Sonda (INPE), em operação desde 2004, utiliza medições de superfície de 20 estações de observação
distribuídas estrategicamente no país para representar as diferentes características climáticas do Brasil, contudo essa
abrangência espacial é extremamente baixa e impossibilita a aplicação direta dos dados na maior parte do Brasil. Além
disso, os dados não são disponibilizados em tempo real, o que impede seu uso para calibração.
O Atlas Brasileiro de Energia Solar utiliza imagens de satélite para estimar a irradiação solar no Brasil. Com
informações obtidas pelo INPE medidos em estações de terra, tanto das estações do INMET quanto das estações da rede
Sonda, do INPE, essa base de dados possui abrangência espacial em todo o território nacional e seus valores tendem a
ser mais confiáveis. Os Atlas estaduais captam seus dados em apenas um estado e a medição é feita de forma direta,
assim, são os materiais mais confiáveis.
Outro banco de dados com base na análise de dados de muitos satélites é o NASA-POWER. Este, permite acessar
valores médios da irradiação solar em qualquer localidade do mundo, em uma resolução de 1° x 1° de latitude e
longitude, fazendo uso de dados coletados ao longo de 22 anos. Destaca-se por ser uma plataforma aberta, com
cobertura espacial global, adequada resolução espacial e diferentes escalas temporais, no entanto, sua resolução não
possui grande precisão.
Além dessas bases também podemos citar os softwares de radiação. O RADIASOL é programa desenvolvido pelo
laboratório de energia solar da UFRGS e que utiliza modelos matemáticos com base em fontes bibliográficas para
calcular a intensidade de radiação em superfícies inclinadas. Além desse, também podemos citar o Meteonorm que
utiliza informações de satélite e calibra essas informações com os dados obtidos em estações de terra. Por utilizar dados
de satélite, possui abrangência espacial em todo o território nacional e fornece dados confiáveis.

05) Como proceder diante de diferentes valores de irradiação para a mesma localidade, obtidos a partir de
diferentes fontes?
Neste caso deve-se optar por uma postura conservadora. Caso se faça o dimensionamento de um determinado
sistema considerando um valor único de irradiação solar, deve-se sempre adotar o valor do “pior mês” dentre todas as
fontes acessíveis. Caso seja necessário utilizar valores mensais de irradiação para o dimensionamento, deve-se utilizar
os piores valores para cada mês disponíveis entre as fontes.

06) Obtenha a irradiação solar média anual para Florianópolis utilizando as diferentes fontes de dados vistas em
aula, através da internet, e discorra sobre as possíveis semelhanças e diferenças e indicando se os dados obtidos
são válidos para o plano inclinado ou para o plano horizontal (caso a fonte possua as duas formas, liste-as).

Irradiação no plano Irradiação no plano


Base de dados
horizontal (Wh/m2dia) inclinado (Wh/m2dia)
Atlas brasileiro de Energia Solar 4251 4486
Sundata/CRESESB 4250 4450
Software Radiasol 4324 4789

Foram extraídos dados do Atlas brasileiro de energia solar e do programa SunData/CRESESB, também se
calculou esses parâmetros a partir do softaware Radiasol. A base de dados da NASA não estava disponível no momento
de elaboração deste exercício, assim, não foi possível obter o valor desta base para comparações.
Segundo o Atlas brasileiro de energia solar, Florianópolis possui 4251 Wh/m2dia de radiação solar no plano
horizontal e 4486 Wh/m2dia para o plano inclinado (inclinação igual a latitude). Valor semelhante ao obtido na base
SunData/CRESESB que apresenta uma média de 4250 Wh/m2dia de radiação solar no plano horizontal e 4450 Wh/m2dia
no plano inclinado (inclinação igual a latitude). Esses valores também se aproximaram dos valores obtidos via software
que apresentou uma média de 4313 Wh/m2dia de radiação solar no plano horizontal e 4789 Wh/m2dia no plano inclinado
(inclinação de 30°).
Os valores de irradiação no plano horizontal variaram entre 4251 e 4324 Wh/m2dia. Entre as duas bases esses
valores ficaram bem próximos, no entanto, o valor calculado pelo software foi mais alto. Os valores de irradiação no
plano inclinado variaram entre 4450 e 4789 Wh/m2dia. Observa-se que nas superfícies inclinada a intensidade de
irradiação é maior que na superfície horizontal, conforme o esperado. Os valores extraídos das bases de dados que
consideraram um valor de inclinação igual ao da latitude local (-27,6°) foram menores que o valor obtido via software.
Considerando que se deve sempre optar por uma postura conservadora, não é recomendo utilizar os valores
obtidos via software, uma vez que o Radiasol apresentou os maiores valores para ambos os parâmetros. Assim, para
fins de dimensionamento, a melhor opção é utilizar os resultados do Sundata/CRESESB, que apresentou os menores
valores para ambos os parâmetros. Desta forma, dimensionaremos o sistema para o pior caso de irradiação possível.
Vale lembrar que as informações apresentadas são indicativas e possuem as limitações dos modelos utilizados. Para
avaliações mais precisas é recomendado se efetuar medições no local de interesse.
PARTE 3

Nos exercícios 1 e 2, dimensione um sistema fotovoltaico domiciliar off-grid, considerando os parâmetros


fornecidos. Determine:

1) Situação 1:

Parâmetro Símbolo Valor


Tensão do sistema (V) Vsist 12
Carga diária em c.c. (Wh) Lcc 0
Carga diária em c.a. (Wh) Lca 540
Horas de Sol pleno HSP 4,3
Autonomia N 2
Profundidade de descarga Pd 0,35
Eficiência da bateria bat 0,86
Eficiência do inversor inv 0,85
Fator de redução gerador RED 1 0,75
Fator de redução sistema RED 2 0,9
Temp. ambiente máxima Tamb máx 35
Temp. ambiente mínima Tamb mín 10
Irradiância máxima Irr máx 1000
Tensão c.a. Vca 220

MÓDULO FOTOVOLTAICO
Código Modelo Marca Tipo Pmp Vmp Imp TNOC Células Voc Isc Preço

m4 YL055P Yingli Off-Grid 55 17,83 3,08 46 0,0006 0,0033 0,0045 36 22,07 3,28 229,00

BATERIA
Código Modelo Marca Tensão C10 C20 C100 Pd rec Pd máx Preço
B7 DF1000 Freedom 12 54 60 70 0,2 0,5 399,00

CONTROLADOR DE CARGA PWM


Código Modelo Marca Tipo V nom I carga I descarga Vbat máx Vpv máx Ppv máx Preço
D6 LS3024B12 EPSolar PWM 12 30 30 34 50 360 479,00

INVERSOR
Código Modelo Marca Tipo Vcc nom Vca Pnom Psurto Vdc min Vdc max Preço
i2 EPSHI400 EpSolar Senoidal 12 220 400 900 10,8 16 1142
a) O consumo corrigido, em Wh/dia
Lcc Lca
Lcorrig = +
ηbat ηbat. ηinv
540 Wh
Lcorrig = 0 +
0,86. 0,85
Lcorrig = 738,7 Wh

b) A potência mínima necessária para o gerador fotovoltaico, em W

Lcorrig
Pm =
RED1 × RED2 × HSP

738,7 Wh
Pm =
0,75 × 0,90 × 4,3h

Pm = 254,5 W

c) O número de módulos em série, o número de fileiras de módulos em paralelo e número total de


módulos, respectivamente

βvmp = γ − α

βvmp = 0,0033 − 0,0006

βvmp = 0,0027

Tmódulo = Tamb + ktG

TNOC − 20°
kt =
800
46° − 20°
kt = = 0,0325
800

Tmódulo = 25 + (0,0325(1367))

Tmódulo = 69,4°

Vmp(Tmax) = Vmp [1 − βvmp (Tmax − 25)]

Vmp(Tmax) = 17,83[1 − 0,0027(69,4 − 25)]

Vmp(Tmax) = 15,69 V
1,2 × Vsist
N°módulos em série =
VmpTmáx

1,2 × 12
N°módulos em série = = 0,9 ≈ 1
15,69

N°módulos em série = 1 módulo

Im
N°fileiras em paralelo =
Imp

Pm 254,5
Im = = = 21,21 A
Vsist 12

21,21 A
N°fileiras em paralelo =
3,08 A

N°fileiras em paralelo = 6,88 ≈ 7 fileiras

N°fileiras em paralelo = 7 fileiras

N°total de módulos = N°módulos em série × N°fileiras em paralelo

N°total de módulos = 1 × 7

N°total de módulos = 7 módulos

d) A corrente c.c. máxima produzida pelo gerador fotovoltaico

IscTmáx = Isc [1 + α(Tmax − 25)]

IscTmáx = 3,28[1 + 0,0006(69,4 − 25)]

IscTmáx = 3,367 A

ICmax = 1,25 × IscTmáx × N°fileiras em paralelo

ICmax = 1,25 × 3,367 × 7

ICmax = 29,46 A

Onde:
IC = 30 A

IC > ICmax → ok

Como IC> ICmax, o dimensionamento está ok!


e) A tensão c.c. máxima produzida pelo gerador fotovoltaico

Voc(Tmin) = Voc [1 − β(T − 25)]

Voc(Tmin) = 22,07[1 − 0,0033(10 − 25)]


Voc(Tmin) = 23,16 V

Voc = Voc(Tmin) × N°módulos em série

Vc = 23,16 × 1

Vc = 23,16 V

Onde:
Vpvmax = 50 V

Vpvmax > Vc → ok

Como Vpvmax > Vc , o dimensionamento está ok!

f) O número de controladores de carga em paralelo e o número total de controladores, respectivamente

Itotal
N°controladores de carga em paralelo =
Ic

29,4
N°controladores de carga em paralelo =
30

N°controladores de carga em paralelo = 0,98 ≈ 1

N°controladores de carga em paralelo = 1 controlador

N°controladores total = 1 controlador

g) máxima potência c.c. que poderá ser entregue pelo gerador fotovoltaico

Ppvmax = N°fileiras em paralelo × Imp × Vsist

Ppvmax = 7 × 3,08 × 12

Ppvmax = 258,72 W

h) A potência nominal c.c. instalada (potência nominal de cada módulo vezes o número total de módulos)

Pncc = Pnominal × N°total de módulos

Pncc = 55 × 7

Pncc = 385 W
i) O número de inversores em paralelo e o número total de inversores, considerando que a máxima potência
exigida simultaneamente será de 350 W.

𝑃𝑚𝑎𝑥
N°inversores em paralelo =
Pinversor

350 W
N°inversores em paralelo =
400 W

N°inversores em paralelo = 0,875 ≈ 1

N°inversores em paralelo = 1 inversor

N°total de inversores = 1 inversor

j) A capacidade mínima que deve ter o banco de baterias, em Ah

Lcorrig × N
CBC20(Wh) =
Pd

738,7 × 2
CBC20(Wh) = = 4221,14 Wh
0,35

CBC20(Wh)
CBC20(Ah) =
Vsist

4221,14
CBIc20(Ah) =
12

CBIc20(Ah) = 351,8 Ah

k) O número de baterias em série, o número de fileiras de baterias em paralelo e o número total de


baterias, respectivamente

Vsist
N°baterias em série =
Vbateria

12 V
N°baterias em série =
12 V

N°baterias em série = 1 bateria

CBIC20(Ah)
N°fileiras de bateria em paralelo =
CBIC20 por bateria (Ah)

351,8
N°fileiras de bateria em paralelo =
60

N°fileiras de bateria em paralelo = 5,8 ≈ 6


N°fileiras de bateria em paralelo = 6 baterias

N°total de baterias = N°baterias em série × N°fileiras de bateria em paralelo

N°total de baterias = 1 × 6

N°total de baterias = 6 baterias

l) O investimento total necessário para a compra de equipamentos, em reais

Equipamento Quantidade Valor Total


Módulos 1 R$ 959,00 R$ 1603,00
Invesores 1 R$ 1142,00 R$ 1142,00
Baterias 6 R$ 399,00 R$ 2394,00
Controladores de carga 1 R$ 479,00 R$ 478,00
Investimento Total R$ 5618,00

O investimento total do sistema é de R$ 5618,00 reais.

Os equipamentos disponíveis são adequados. Os níveis máximos de tensão, corrente e potência a serem
entregues pelo gerador fotovoltaico são compatíveis com o controlador de carga e inversor.

2) Repita para a condição a seguir. Observe que alguns equipamentos podem ter sido trocados. As respostas
estão no final da lista.

Parâmetro Símbolo Valor


Tensão do sistema (V) Vsist 12
Carga diária em c.c. (Wh) Lcc 0
Carga diária em c.a. (Wh) Lca 540
Horas de Sol pleno HSP 4,3
Autonomia N 2
Profundidade de descarga Pd 0,35
Eficiência da bateria bat 0,86
Eficiência do inversor inv 0,85
Fator de redução gerador RED 1 0,75
Fator de redução sistema RED 2 0,9
Temp. ambiente máxima Tamb máx 35
Temp. ambiente mínima Tamb mín 10
Irradiância máxima Irr máx 1000
Tensão c.a. Vca 220

MÓDULO FOTOVOLTAICO
Códig Marc TNO Célula
o Modelo a Tipo Pmp Vmp Imp C s Voc Isc Preço
CS6P260 On- 26 30, 8,5 0,0005 0,003 0,004 37, 9,1 959,0
o2 P CS Grid 0 4 6 45 3 1 1 60 5 2 0
BATERIA
Código Modelo Marca Tensão C10 C20 C100 Pd rec Pd máx Preço
B7 DF1000 Freedom 12 54 60 70 0,2 0,5 399,00

CONTROLADOR DE CARGA MPPT


Código Modelo Marca Tipo V nom I carga I descarga Vbat máx Vpv máx Ppv máx Preço
f1 NTR2215BN12 EPSolar MPPT 12 20 20 32 150 260 1000,00

INVERSOR
Código Modelo Marca Tipo Vcc nom Vca Pnom Psurto Vdc min Vdc max Preço
i2 EPSHI400 EpSolar Senoidal 12 220 400 900 10,8 16 1142

a) O consumo corrigido, em Wh/dia


Lcc Lca
Lcorrig = +
ηbat ηbat. ηinv
540 Wh
Lcorrig = 0 +
0,86. 0,85
Lcorrig = 738,7 Wh

b) A potência mínima necessária para o gerador fotovoltaico, em W

Lcorrig
Pm =
RED1 × RED2 × HSP

738,7 Wh
Pm =
0,75 × 0,90 × 4,3h

Pm = 254,5 W

c) O número de módulos em série, o número de fileiras de módulos em paralelo e número total de


módulos, respectivamente

Para controlado MPPT:

N°módulos em série = 𝐵𝑒𝑠𝑡 𝑓𝑎𝑏𝑟𝑖𝑐𝑎𝑛𝑡𝑒

N°módulos em série = 1 módulo

Pm
N°fileiras em paralelo =
N°módulos em série × Pmp
254,5
N°fileiras em paralelo =
1 × 260

N°fileiras em paralelo = 0,98 ≈ 1

N°fileiras em paralelo = 1 fileira

N°total de módulos = N°módulos em série × N°fileiras em paralelo

N°total de módulos = 1 × 1

N°total de módulos = 1 módulo

d) A corrente c.c. máxima produzida pelo gerador fotovoltaico

IscTmáx = Isc [1 + α(Tmax − 25)]

IscTmáx = 9,12[1 + 0,00053(35 − 25)]

IscTmáx = 9,17 A

ICmax = 1,25 × IscTmáx × N°fileiras em paralelo

ICmax = 1,25 × 9,17 × 1

ICmax = 11,5 A

Onde:
IC = 20 A

IC > ICmax → ok

Como IC> ICmax, o dimensionamento está ok!

e) A tensão c.c. máxima produzida pelo gerador fotovoltaico

Voc(Tmin) = Voc [1 − β(T − 25)]

Voc(Tmin) = 37,5[1 − 0,0031(10 − 25)]

Voc(Tmin) = 39,24 V

Voc = Voc(Tmin) × N°módulos em série

Vc = 39,24 × 1

Vc = 39,24 V

Onde:
Vpvmax = 150 V
Vpvmax > Vc → ok

Como Vpvmax > Vc , o dimensionamento está ok!

f) O número de controladores de carga em paralelo e o número total de controladores, respectivamente

Itotal
N°controladores de carga em paralelo =
Ic

11,46
N°controladores de carga em paralelo =
30

N°controladores de carga em paralelo = 0,57 ≈ 1

N°controladores de carga em paralelo = 1 controlador

N°controladores total = 1 controlador

g) máxima potência c.c. que poderá ser entregue pelo gerador fotovoltaico

Para controlador MPPT:

Ppvmax = 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑓𝑎𝑏𝑟𝑖𝑐𝑎𝑛𝑡𝑒

Ppvmax = 260 W

h) A potência nominal c.c. instalada (potência nominal de cada módulo vezes o número total de módulos)

Pncc = Pnominal × N°total de módulos

Pncc = 260 × 1

Pncc = 260 W

i) O número de inversores em paralelo e o número total de inversores, considerando que a máxima potência
exigida simultaneamente será de 350 W.

𝑃𝑚𝑎𝑥
N°inversores em paralelo =
Pinversor

350 W
N°inversores em paralelo =
400 W

N°inversores em paralelo = 0,875 ≈ 1

N°inversores em paralelo = 1 inversor


N°total de inversores = 1 inversor

j) A capacidade mínima que deve ter o banco de baterias, em Ah

Lcorrig × N
CBC20(Wh) =
Pd

738,7 × 2
CBC20(Wh) = = 4221,14 Wh
0,35

CBC20(Wh)
CBC20(Ah) =
Vsist

4221,14
CBIc20(Ah) =
12

CBIc20(Ah) = 351,8 Ah

k) O número de baterias em série, o número de fileiras de baterias em paralelo e o número total de


baterias, respectivamente

Vsist
N°baterias em série =
Vbateria

12 V
N°baterias em série =
12 V

N°baterias em série = 1 bateria

CBIC20(Ah)
N°fileiras de bateria em paralelo =
CBIC20 por bateria (Ah)

351,8
N°fileiras de bateria em paralelo =
60

N°fileiras de bateria em paralelo = 5,8 ≈ 6

N°fileiras de bateria em paralelo = 6 baterias

N°total de baterias = N°baterias em série × N°fileiras de bateria em paralelo

N°total de baterias = 1 × 6

N°total de baterias = 6 baterias


l) O investimento total necessário para a compra de equipamentos, em reais

Equipamento Quantidade Valor Total


Módulos 1 R$ 959,00 R$ 959,00
Invesores 1 R$ 1142,00 R$ 1142,00
Baterias 6 R$ 399,00 R$ 2394,00
Controladores de carga 1 R$ 1000,00 R$ 1000,00
Investimento Total R$ 5495,00

O investimento total do sistema é de R$ 5495,00 reais.

Os equipamentos disponíveis são adequados. Os níveis máximos de tensão, corrente e potência a serem
entregues pelo gerador fotovoltaico são compatíveis com o controlador de carga e inversor. Além disso, em relação ao
exercício anterior, obteve-se uma economia de R$ 123 com equipamentos, sem falar em estrutura de suporte, fiação,
entre outros. Vale ressaltar ainda que o controlador MPPT agrega eficiência e confiabilidade ao sistema

03) Deseja-se bombear 50400 L de água por dia, em uma localidade onde a irradiação diária média é de 4,2
kWh/m2, utilizando bombeamento fotovoltaico. A altura dinâmica é de 3,00 m e a altura do reservatório é de
2,00 m. O comprimento total da tubulação é 8,00 m e as instalações hidráulicas contam com 1 joelho de 90o, 1
válvula de retenção e 1 válvula do tipo gaveta. O diâmetro interno da tubulação é de 50 mm. Sendo a
eficiência do conjunto moto-bomba de 15%, determine:

a) a altura manométrica corrigida

ℎ𝑚 = ℎ𝑑 + ℎ𝑟

ℎ𝑚 = 3 + 2 = 5𝑚

𝑄
𝑄𝑚 =
𝐻𝑆𝑃
50.400 𝐿
𝑄𝑚 = = 12.000 𝐿/ℎ
4,2 ℎ

𝐿𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔= 𝐿𝑡𝑢𝑏𝑢𝑙𝑎çã𝑜 + 𝐿𝑗𝑜𝑒𝑙ℎ𝑜 + 𝐿𝑣á𝑙𝑣𝑢𝑙𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑒𝑛çã𝑜 + 𝐿𝑣á𝑙𝑣𝑢𝑙𝑎 𝑔𝑎𝑣𝑒𝑡𝑎

Segundo a Tabela 6.7 – Perdas de carga em conexões de PVC (Creder, 2006), para tubulação de 50 mm:

Perda de carga (m) joelho de 90° = 0,726

Perda de carga (m) válvula de retenção = 1,524

Perda de carga (m) válvula de gaveta = 0,305

Assim:

𝐿𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔= 8 𝑚 + (1)0,726 𝑚 + (1)1,524 𝑚 + (1)0,305 𝑚

𝐿𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔= 10,591 𝑚

Segundo a Tabela 6.6 – Perdas de carga em tubulações de PVC (Creder, 2006), para tubulação de 50 mm:

Perda de carga (m) para vazão de 12.000 L/h = 5,45


Assim:
𝐿𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔× 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑡𝑢𝑏𝑢𝑙𝑎çã𝑜
∆ℎ =
100

10,591 × 5,45
∆ℎ = = 0,58 𝑚
100
Então:

ℎ𝑚𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔 = 5 + 0,58

ℎ𝑚𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔 = 5,58 𝑚

b) a potência do gerador fotovoltaico necessária

𝐸𝐻 = 2,725 × 𝑄 × ℎ𝑚𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔

𝑚3
𝐸𝐻 = 2,725 × 50,4 × 5,58 𝑚

𝐸𝐻 = 766,35 𝑊ℎ

𝐸𝐻 766,35
𝐸𝐸𝐿 = =
𝜂𝑚𝑏 0,15

𝐸𝐸𝐿 = 5109 𝑊ℎ

𝐸𝐸𝐿
𝑃𝐹𝑉 = 1,25 ×
𝐻𝑆𝑃
5109 𝑊ℎ
𝑃𝐹𝑉 = 1,25 ×
4,2 ℎ

𝑃𝐹𝑉 = 1520 𝑊

4) Uma residência de Salvador consome 7,2 MWh de energia elétrica por ano. Naquela cidade, a irradiação
média anual em um plano de inclinação igual à latitude e de orientação azimutal Norte é de 1935 kWh/m2.
Nessas condições, determine a potência que deve ter um gerador fotovoltaico de um sistema conectado à rede,
na inclinação e orientação azimutal ótimas, para atender a 100% do consumo da residência
𝑘𝑊ℎ
1935 𝑚2
𝐻𝑆𝑃 = 𝑘𝑊 = 1935 ℎ
1 𝑚2
𝐸𝐸𝐿 = 7,2 𝑀𝑊ℎ

𝐸𝐸𝐿
𝑃𝐹𝑉 = 1,25 ×
𝐻𝑆𝑃

7,2 × 106 𝑊ℎ
𝑃𝐹𝑉 = 1,25 ×
1935 ℎ
𝑃𝐹𝑉 = 4651,16 𝑊𝑝 𝑜𝑢 4,65 𝑘𝑊𝑝

5) Um sistema fotovoltaico de potência nominal 10 kWp e cujo custo turn key é R$ 4700/kWp irá operar na
cidade de Belo Horizonte, onde a irradiação média anual ótima é de 1643 kWh/m2 e a tarifa, com impostos, é
de R$ 829/MWh. Sendo a taxa de desempenho (PR) do sistema de 80% e o fator de sombreamento de 100%
(zero sombreamento) determine:

a) A energia elétrica em c.a. entregue por esse sistema em um ano

𝐸𝑝
𝑃𝑅 =
𝐼
𝑃𝑛 ×
𝐼0

𝐼
𝐸𝑝 = 𝑃𝑅 × 𝑃𝑛 ×
𝐼0

1643 𝑘𝑊ℎ/𝑚2
𝐸𝑝 = 0,8 × 10 𝑘𝑊𝑝 ×
1 𝑘𝑊/𝑚2

𝐸𝑝 = 13144 𝑘𝑊ℎ 𝑜𝑢 13,144 𝑀𝑊ℎ

b)O payback simples dos sistema, em anos, sem considerar reajustes tarifários ou taxas de desconto, ou
seja, dividindo-se o investimento inicial pela economia anual com energia elétrica

𝑅$
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 10 𝑘𝑊𝑝 × 4700
𝑘𝑊𝑝

𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑅$ 47000

829𝑅$
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 = 13,14 𝑀𝑊ℎ ×
𝑀𝑊ℎ

𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 = 𝑅$ 10893,06 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜

𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑝𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 =
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜

𝑅$ 47000
𝑝𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 =
𝑅$ 10893,06

𝑝𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 = 4,3 𝑎𝑛𝑜𝑠

c) O fator de capacidade dessa planta

𝐸𝑝
𝐹𝐶 =
𝑃𝑛 𝑇

13,14 × 103 𝑘𝑊ℎ


𝐹𝐶 =
10 𝑘𝑊𝑝 (8760ℎ)

𝐹𝐶 = 0,15 𝑜𝑢 15%
6) Um morador de Recife–PE deseja produzir sua própria energia elétrica instalando um sistema de
microgeração distribuída com fonte solar fotovoltaica que deverá atender a 100% do consumo apresentado na
tabela a seguir. O morador possui uma área plana sobre a laje do imóvel disponível, na qual a irradiação
média anual em um plano de inclinação igual à latitude e de orientação azimutal Norte é de 1980 kWh/m 2. Ele
então lhe contrata para projetar esse sistema. Você deverá utilizar um ou mais inversores de potência nominal
c.a. de 3000 W e potência máxima de entrada c.c. de 3200 W, cuja curva de eficiência encontra-se na figura a
seguir. Os módulos a serem usados são do mesmo tipo da tabela a seguir. As tensões mínima e máxima de
entrada do inversor são, respectivamente, 150 V e 750 V e a corrente máxima em cada uma das entradas
MPPT disponíveis é de 15 A. O custo de investimento turn key é estimado em R$ 4800/kWp. Pede-se a) a
configuração do gerador fotovoltaico a fim de se conseguir a maior eficiência possível do inversor sem
extrapolar os limites de tensão e corrente de entrada (potência total, número de módulos em série, número de
fileiras em paralelo, número total de módulos) , b) a máxima tensão e a máxima corrente a que o inversor ficará
sujeito, considerando-se a temperatura ambiente máxima e mínima de 40 °C e 10 °C, respectivamente (diga se
o inversor suporta esses níveis, com um fator de segurança de 1,25 para a corrente de curto- circuito máxima e
1,00 para a tensão de circuito aberto)

Mês Cons. (kWh) Mês Cons. (kWh)


JAN 550 JUL 450
FEV 500 AGO 292
MAR 360 SET 300
ABR 355 OUT 340
MAI 370 NOV 325
JUN 430 DEZ 480

OBSERVAÇÃO: DESCONSIDERE O CUSTO DE DISPONIBILIDADE, PARA SIMPLIFICAR A RESOLUÇÃO.

a)
12

𝐿 = ∑ 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜
𝑖=1

𝐿 = (550 + 500 + 360 + 355 + 370 + 430 + 450 + 292 + 300 + 340 + 325 + 480)𝑘𝑊ℎ

𝐿 = 4752 𝑘𝑊ℎ
1980 𝑘𝑊ℎ/𝑚2
𝐻𝑆𝑃 = = 1980 ℎ
1 𝑘𝑊/𝑚2

𝐿
𝑃𝐹𝑉 = 1,25 ×
𝐻𝑆𝑃
4752 𝑘𝑊ℎ
𝑃𝐹𝑉 = 1,25 ×
1980 ℎ

𝑃𝐹𝑉 = 3 𝑘𝑊𝑝

𝑉𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜𝑟 380


𝑁°𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑠é𝑟𝑖𝑒 = = = 12,96 ≈ 13
𝑉𝑚𝑝 29,3

𝑁°𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑠é𝑟𝑖𝑒 = 13 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠

𝑃𝐹𝑉 𝑃𝐹𝑉
𝑁°𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 = =
𝑃𝑚𝑝 𝑉𝑚𝑝 × 𝐼𝑚𝑝

3 × 103 𝑊𝑝
𝑁°𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 = = 12,5 ≈ 13
29,3 𝑉 × 8,18 𝐴

𝑁°𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 = 13 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠

𝑁°𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠
N°fileiras em paralelo =
𝑁°𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑠é𝑟𝑖𝑒

13
N°fileiras em paralelo =
13

N°fileiras em paralelo = 1 fileira

Pm 254,5
Im = = = 21,21 A
Vsist 12

21,21 A
N°fileiras em paralelo =
3,08 A

N°fileiras em paralelo = 6,88 ≈ 7 fileiras

N°fileiras em paralelo = 7 fileiras

b)

Voc(Tmin) = Voc [1 − β(T − 25)]

Voc(Tmin) = 37,5[1 − 0,0032(10 − 25)]

Voc(Tmin) = 39,3 V
Voc = 1 × Voc(Tmin) × N°módulos em série

Vc = 1 × 39,24 × 13

Vc = 510,9 V

Vmax = 750 V

Vpvmax > Vc → ok

Como Vpvmax > Vc , o dimensionamento está ok!

IscTmáx = Isc [1 + α(Tmax − 25)]

IscTmáx = 8,75[1 + 0,0005(40 − 25)]

IscTmáx = 8,82 A

ICmax = 1,25 × IscTmáx × N°fileiras em paralelo

ICmax = 1,25 × 8,82 × 1

ICmax = 11,02 A

Onde:
IC = 15 A

IC > ICmax → ok

Como IC> ICmax, o dimensionamento está ok!


PARTE 4

01) Quais são os principais mecanismos de perdas elétricas nos inversores para conexão à rede?

Os principais mecanismos de perdas em inversores para conexão à rede são as perdas por conversão, resistência, nos
transformadores, capacitores, indutores, nos dispositivos de controle e monitoramento, efeito joule, comutação e perdas
MPPT.
As perdas por conversão se referem as perdas no IGBT (Insulated Gate Bipolar Transistor). inversores usam IGBTs
ou outros dispositivos semicondutores para realizar a conversão CC-CA. Esses dispositivos têm eficiência limitada,
resultando em perdas durante o processo de comutação.
As perdas por resistência acontecem devido a presença de resistência nos componentes do inversor, como nos
condutores e nos dispositivos semicondutores, levando a perdas ôhmicas. Essas perdas aumentam com a corrente que
flui pelos componentes.
Inversores muitas vezes utilizam transformadores para ajustar seus níveis de tensão. Esses transformadores têm
perdas inerentes devido à resistência do enrolamento, correntes parasitas e outros efeitos magnéticos, podendo resultar
em perdas elétricas no inversor.
O uso de capacitores nos circuitos do inversor pode apresentar perdas devido à resistência interna e outros fatores. Da
mesma forma, os indutores, utilizados para filtrar a corrente, podem apresentar perdas devido à resistência do fio e a
efeitos magnéticos.
Os circuitos de controle e monitoramento consomem energia para realizar suas funções. Essas perdas geralmente são
pequenas, mas ainda assim contribuem para a eficiência global do inversor e podem ser um mecanismo de perda.
As perdas por Efeito Joule acontecem quando a corrente elétrica flui através dos condutores e encontra uma
resistência, gerando calor e resultando em perdas de energia.
Perdas de Comutação se referem as perdas elétricas associadas ao tempo em que o dispositivo está entre os estados
ligado e desligado.
Também pode-se mencionar as perdas de Rastreamento Máximo de Ponto de Potência (MPPT). Os inversores
geralmente incorporam rastreadores MPPT para otimizar a geração de energia, contudo, variações nas condições da luz
e nas características dos painéis podem levar a perdas quando o inversor não atinge o ponto de potência máxima.
A eficiência geral de um inversor é expressa como a relação entre a potência de saída CA e a potência de entrada CC.
Os fabricantes geralmente especificam essa eficiência em suas folhas de dados, desta maneira, reduzir essas perdas é
crucial para melhorar a eficiência global do sistema fotovoltaico.

02) Quais os fatores que influenciam a taxa global de desempenho de um sistema fotovoltaico (performance
ratio) de um sistema fotovoltaico?

Alguns dos fatores que influenciam a taxa global de desempenho de um sistema fotovoltaico são a inclinação,
orientação dos módulos, localização geográfica, condições climáticas, sombreamento, sujeira, temperatura, perdas por
cabeamento e componentes elétricos e a própria eficiência dos inversores e módulos.
A inclinação e a orientação dos módulos afetam diretamente a quantidade de radiação solar que atinge as células
fotovoltaicas, assim, uma orientação e inclinação adequada otimiza a captura de energia. Da mesma forma, uma
inclinação e orientação desfavorável a captação de radiação, pode reduzir significativamente o desempenho do sistema.
A localização geográfica também influencia a quantidade de radiação solar disponível. Regiões com maior
irradiação solar terão uma produção de energia mais elevada e o sistema apresentará um melhor desempenho global.
Além disso, as condições climáticas, como nuvens, neblina e chuva, também afetam a quantidade de luz solar
disponível.
O sombreamento causado por árvores, edifícios ou outras obstruções pode reduzir significativamente o desempenho
do sistema. Assim como a presença de sujeiras no módulo. Quando um módulo é sombreado ou está com alguma parte
suja, uma célula recebe menos radiação do que outra da mesma associação, assim, sua corrente limita a corrente de todo
o conjunto série. O efeito de redução de corrente no conjunto de células do módulo acaba sendo propagado para todos
os módulos conectados em série. Além disso, o módulo também pode ser danificado, uma vez que a potência elétrica
gerada não está sendo entregue ao consumo e é dissipada no módulo. Neste caso pode ocorrer o fenômeno conhecido
como “hotspot” que produz intenso calor sobre a célula afetada. Desta forma, esses equipamentos devem passar por
manutenções periódicas, para evitar o acúmulo de sujeira e detritos.
O aumento da temperatura também pode reduzir a eficiência das células fotovoltaicas. Em dias de calor intenso, a
tensão e a potência dos módulos fotovoltaicos podem diminuir proporcionalmente devido aos coeficientes de
temperatura presentes nas especificações dos módulos. Isso significa que, em dias muito quentes, a geração de energia
pode ser reduzida. Assim como a resistência elétrica nos cabos e outros componentes elétricos, a eficiência do inversor
e eficiência do módulo. Inversores com alta eficiência contribuem para uma melhor taxa global de desempenho e
módulos de alta qualidade são capazes de converter mais efetivamente a luz solar em eletricidade.

03) A irradiação global incidente no plano do gerador fotovoltaico é capaz de influenciar a eficiência do
inversor de um sistema fotovoltaico ou essa eficiência é sempre a mesma independentemente de o dia estar
ensolarado ou nublado?
Sim, a irradiação global incidente no plano do gerador fotovoltaico pode influenciar a eficiência do inversor e de
um sistema fotovoltaico. Em condições de baixa irradiação solar, quando a produção de energia dos módulos solares é
reduzida, o inversor pode operar em uma carga parcial, resultando em uma eficiência ligeiramente menor. A condição
de irradiação também afeta a tensão de saída do gerador fotovoltaico e essa variação na tensão de entrada do inversor
pode afetar sua estabilidade operacional e eficiência. Além disso em condições de baixa irradiação, o inversor pode
levar mais tempo para iniciar ou pode operar em condições de desligamento mais frequentes, afetando a eficiência do
sistema.
Dias nublados podem de fato reduzir a eficiência dos inversores, contudo, esses eqeuipamentos geralmente são
projetados para lidar com variações na geração de energia. Em sistemas modernos, é comum ter otimizadores de
potência que ajudam a maximizar a produção mesmo em condições de luz menos intensa. Para inversores com
controlador tipo MPPT a operação do sistema é ajustada continuamente para obter a máxima potência do gerador
fotovoltaico.

04) Quais são as principais opções pagas de softwares para dimensionamento de SFCR? E quais seriam ao
menos duas opções gratuitas com funções similares?
Dentre os softwares pagos podemos citar o Homer, PVsyst e PV*Sol. O HOMER é um software desenvolvido
pelo NREL para produzir uma análise sensível e de otimização de micro centrais de energia, considerando suas várias
configurações possíveis. É possível dimensionar sistemas híbridos com várias tecnologias renováveis (fotovoltaica,
eólica, hidráulica, biomassa) e também com geradores a diesel para atender a diferentes demandas (de carga elétrica ou
térmica) sejam eles conectados ou não à rede elétrica. O software possibilita uma modelagem bastante simplificada dos
sistemas, pois não foi desenvolvido para a análise de uma tecnologia alternativa específica. No caso de sistemas
fotovoltaicos, permite ao usuário inserir dados meteorológicos, de orientação, potência nominal dos módulos e
inversores, fator de perdas e avaliação econômica. Os resultados das simulações são exibidos em tabelas, gráficos e em
um relatório. Apesar de oferecer várias possibilidades de configurações de sistemas, a interface do HOMER é bastante
intuitiva e simples facilitando seu manuseio ao projetista.
O software PVsyst é empregado para o desenvolvimento de estudos, dimensionamentos e simulações de sistemas
fotovoltaicos. Por ser um software específico para esse tipo de sistema, proporciona ao projetista uma modelagem
bastante abrangente e flexível de sistemas isolados, conectados à rede elétrica e bombeamento de água. Entre as
especificações que podem ser definidas pelo usuário, está um detalhamento completo de perdas, escolha de diferentes
fabricantes de módulos e inversores (sendo possível inserir novos modelos que não estão presentes no banco de dados),
opção de sistema de compensação (net metering, do inglês), análise e a avaliação econômica bem como a influência de
sombreamentos, através de ferramenta CAD 3D. Além disso, o programa permite que o usuário importe dados
meteorológicos de diversos banco de dados para variados tipos de formatos. Permite, inclusive, a importação de dados
de medição própria.
O PV*SOL foi desenvolvido pela empresa Valentin software, é uma ferramenta computacional comercial que
auxilia projetos de sistemas fotovoltaicos, realizando simulações dinâmicas e cálculo de rendimento. O software permite
simular sistemas isolados e conectados à rede elétrica e possui ferramenta 3D para cálculo de sombreamento. Como o
PVsyst o PV*SOL possui um banco de dados de inversores e módulos fotovoltaicos, atualizado, e também considera
perdas tais como: cabeamento CC/CA, temperatura de célula FV, sombreamentos, “mismatching” e etc além da
viabilidade econômica, gerando resultados que são externalizados através de relatórios detalhados.
Dentre os gratuitos podemos citar os softwares SAM, RETScreen e PVSIZE. O SAM (System Advisor Model) é
um software de domínio público desenvolvido pela NREL onde podem ser realizadas simulações para a estimativa
energética / financeira, incluindo custos de instalação, manutenção e operação, e de desempenho energético para
diversas fontes renováveis de energia (fotovoltaica, aquecedores e concentradores solares, eólica, geotérmica e
biomassa). A ferramenta computacional permite incluir novos dados meteorológicos e também novos modelos de
fabricantes de módulos e inversores e ainda é capaz de realizar análises de sombreamento sobre o sistema, utilizando
ferramenta 3D.
O RetScreen é um programa de análise para projetos de energias renováveis desenvolvido como planilha de
cálculo no programa Excel da Microsoft, pelo Minister of Natural Resources do Canadá. É um aplicativo de
dimensionamento de sistemas. Este programa engloba as áreas: fotovoltaica, eólica, pequenas centrais hidrelétricas,
aquecimento solar de ar e água, biomassa e bombas geotérmicas. O software RETScreen é utilizado para a realização de
estudos preliminares. Na área fotovoltaica, pode determinar para os três tipos básicos de aplicações (sistemas
conectados à rede, sistemas isolados e bombeamento de água) os custos de produção de energia e redução de gases
emitidos. Configurações de sistemas híbridos simples também podem ser avaliadas. Possui base de dados de radiação
para mais de 1.000 localidades no mundo, assim como dados de irradiância para localidades remotas, através de
informação de satélites.
PVSIZE Desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é um programa de simulação de SFIs,
com base horária, cuja versão mais recente permite inserir envelhecimento das baterias ao longo dos anos, e apresenta
gráficos de estado de carga das baterias e tensão ao longo do tempo, dentre outros resultados.
PARTE 7

01) Dois sistemas fotovoltaicos A e B de potência nominal 3 kWp estão instalados em um local onde a irradiação
anual no plano do gerador fotovoltaico é de 1560 kWh/m2. O sistema A produziu 3700 kWh de energia elétrica
em corrente alternada, enquanto o sistema B produziu 3950 kWh. Determine:

a) A produtividade (final yield) de cada sistema


𝐸𝑝
𝑌=
𝑃𝑛
3700 𝑘𝑊ℎ
𝑌𝐴 =
3 𝑘𝑊𝑝

𝑌𝐴 = 1233,33 𝑘𝑊ℎ/𝑘𝑊𝑝

3950 𝑘𝑊ℎ
𝑌𝐵 =
3 𝑘𝑊𝑝

𝑌𝐵 = 1316,67 𝑘𝑊ℎ/𝑘𝑊𝑝

b) O fator de capacidade (capacity factor) de cada sistema

𝐸𝑝
𝐹𝐶 =
𝑃𝑛 𝑇

3700 𝑘𝑊ℎ
𝐹𝐶𝐴 =
3 𝑘𝑊𝑝 (8760ℎ)

𝐹𝐶𝐴 = 0,141 𝑜𝑢 14,1%

3900 𝑘𝑊ℎ
𝐹𝐶𝐵 =
3 𝑘𝑊𝑝 (8760ℎ)

𝐹𝐶𝐵 = 0,15 𝑜𝑢 15%

c) A taxa de desempenho global (performance ratio) de cada sistema

𝐸𝑝
𝑃𝑅 =
𝐸𝑡

𝐺𝑡𝑖
𝐸𝑡 = 𝑃𝑛𝑜𝑚 ×
𝐺0

1560 𝑘𝑊ℎ/𝑚2
𝐸𝑡 = 3 𝑘𝑊𝑝 × = 4680 𝑘𝑊ℎ
1 𝑘𝑊/𝑚2

3700 𝑘𝑊ℎ
𝑃𝑅𝐴 =
4680 𝑘𝑊ℎ

𝑃𝑅𝐴 = 0,791 𝑜𝑢 79,1%


3950 𝑘𝑊ℎ
𝑃𝑅𝐵 =
4680 𝑘𝑊ℎ

𝑃𝑅𝐵 = 0,844 𝑜𝑢 84,4%

d) Qual é o melhor sistema?

O melhor sistema é o B pois produziu mais energia para cada kWp instalado, para a mesma irradiação solar.

02) Dois sistemas fotovoltaicos A e B de potências nominais 3 kWp e 5 kWp estão instalados em um local onde
a irradiação anual no plano do gerador fotovoltaico é de 1560 kWh/m 2. O sistema A produziu 3700 kWh de
energia elétrica em corrente alternada, enquanto o sistema B produziu 5500 kWh. Determine:

a) A produtividade (final yield) de cada sistema

3700 𝑘𝑊ℎ
𝑌𝐴 =
3 𝑘𝑊𝑝

𝑌𝐴 = 1233,33 𝑘𝑊ℎ/𝑘𝑊𝑝

5500 𝑘𝑊ℎ
𝑌𝐵 =
5 𝑘𝑊𝑝

𝑌𝐵 = 1100 𝑘𝑊ℎ/𝑘𝑊𝑝

b) O fator de capacidade (capacity factor) de cada sistema

3700 𝑘𝑊ℎ
𝐹𝐶𝐴 =
3 𝑘𝑊𝑝 (8760ℎ)

𝐹𝐶𝐴 = 0,141 𝑜𝑢 14,1%

5500 𝑘𝑊ℎ
𝐹𝐶𝐵 =
5 𝑘𝑊𝑝 (8760ℎ)

𝐹𝐶𝐵 = 0,126𝑜𝑢 12,6%

c) A taxa de desempenho global (performance ratio) de cada sistema

𝐸𝑝
𝑃𝑅 =
𝐸𝑡

𝐺𝑡𝑖
𝐸𝑡𝐴 = 𝑃𝑛𝑜𝑚 ×
𝐺0

1560 𝑘𝑊ℎ/𝑚2
𝐸𝑡𝐴 = 3 𝑘𝑊𝑝 × = 4680 𝑘𝑊ℎ
1 𝑘𝑊/𝑚2
3700 𝑘𝑊ℎ
𝑃𝑅𝐴 =
4680 𝑘𝑊ℎ

𝑃𝑅𝐴 = 0,791 𝑜𝑢 79,1%

1560 𝑘𝑊ℎ/𝑚2
𝐸𝑡𝐵 = 5 𝑘𝑊𝑝 × = 7800 𝑘𝑊ℎ
1 𝑘𝑊/𝑚2

5500 𝑘𝑊ℎ
𝑃𝑅𝐵 =
7800 𝑘𝑊ℎ

𝑃𝑅𝐵 = 0,701 𝑜𝑢 70,1%

d)Qual é o melhor sistema?

O sistema A. Embora B tenha produzido mais energia, o sistema A produziu mais energia para cada kWp instalado,
para a mesma irradiação solar.

03) Dois sistemas fotovoltaicos A e B de potência nominal 3 kWp estão instalados em locais onde os valores da
irradiação anual no plano do gerador fotovoltaico são 1560 kWh/m2 1789 kWh/m2, respectivamente. O sistema
A produziu 3700 kWh de energia elétrica em corrente alternada, enquanto o sistema B produziu 4248 kWh.
Determine:

a) A produtividade (final yield) de cada sistema


3700 𝑘𝑊ℎ
𝑌𝐴 =
3 𝑘𝑊𝑝

𝑌𝐴 = 1233,33 𝑘𝑊ℎ/𝑘𝑊𝑝

4248 𝑘𝑊ℎ
𝑌𝐵 =
3 𝑘𝑊𝑝

𝑌𝐵 = 1416 𝑘𝑊ℎ/𝑘𝑊𝑝

b) O fator de capacidade (capacity factor) de cada sistema

3700 𝑘𝑊ℎ
𝐹𝐶𝐴 =
3 𝑘𝑊𝑝 (8760ℎ)

𝐹𝐶𝐴 = 0,141 𝑜𝑢 14,1%

4248 𝑘𝑊ℎ
𝐹𝐶𝐵 =
3 𝑘𝑊𝑝 (8760ℎ)

𝐹𝐶𝐵 = 0,162 𝑜𝑢 16,2%


c) A taxa de desempenho global (performance ratio) de cada sistema

𝐸𝑝
𝑃𝑅 =
𝐸𝑡

𝐺𝑡𝑖
𝐸𝑡𝐴 = 𝑃𝑛𝑜𝑚 ×
𝐺0

1560 𝑘𝑊ℎ/𝑚2
𝐸𝑡 = 3 𝑘𝑊𝑝 × = 4680 𝑘𝑊ℎ
1 𝑘𝑊/𝑚2

3700 𝑘𝑊ℎ
𝑃𝑅𝐴 =
4680 𝑘𝑊ℎ

𝑃𝑅𝐴 = 0,791 𝑜𝑢 79,1%

1789 𝑘𝑊ℎ/𝑚2
𝐸𝑡𝐵 = 3 𝑘𝑊𝑝 × = 5367 𝑘𝑊ℎ
1 𝑘𝑊/𝑚2

4248 𝑘𝑊ℎ
𝑃𝑅𝐵 =
5367 𝑘𝑊ℎ

𝑃𝑅𝐵 = 0,792 𝑜𝑢 79,2%

d) Qual é o melhor sistema?


Os dois sistemas são equivalentes, embora o sistema B tenha produzido maior quantidade de energia para a
mesma potência instalada. Porém ele também recebeu maior quantidade de irradiação e já era esperado que ele
produzisse mais energia elétrica. Observe que os valores de PR são praticamente idênticos, comprovando a
equivalência entre os dois sistemas.

04) O fator de capacidade anual de um sistema fotovoltaico de potência nominal 10 kWp é de 20% e sua taxa
global de desempenho anual é de 80%. Determine:

a) a produtividade anual do sistema


𝐸𝑝
𝐹𝐶 =
𝑃𝑛 𝑇

𝐸𝑝 = 𝐹𝐶 × 𝑃𝑛 × 𝑇

𝐸𝑝 = 0,20 × 10 𝑘𝑊𝑝 × 8760ℎ

𝐸𝑝 = 17520 𝑘𝑊ℎ

𝐸𝑝
𝑌=
𝑃𝑛
17520 𝑘𝑊ℎ
𝑌=
10 𝑘𝑊𝑝

𝑌 = 1752 𝑘𝑊ℎ/𝑘𝑊𝑝
b) a quantidade de energia elétrica gerada pelo sistema

𝐸𝑝 = 17520 𝑘𝑊ℎ

c) a irradiação anual no plano do gerador fotovoltaico

𝐸𝑝 𝐸𝑝
𝑃𝑅 = =
𝐸𝑡 𝑃 𝐺𝑡𝑖
𝑛𝑜𝑚 × 𝐺
0

𝐸𝑝
𝑃𝑅 =
𝐺
𝑃𝑛𝑜𝑚 × 𝐺𝑡𝑖
0

𝐺𝑡𝑖
𝑃𝑅 × 𝑃𝑛𝑜𝑚 × = 𝐸𝑝
𝐺0

𝐸𝑝 × 𝐺0
𝐺𝑡𝑖 =
𝑃𝑛 × 𝑃𝑅

17520 𝑘𝑊ℎ × 1 𝑘𝑊/𝑚2


𝐺𝑡𝑖 =
10 𝑘𝑊𝑝 × 0,80

𝐺𝑡𝑖 = 2190 𝑘𝑊ℎ/𝑚2

05) Um sistema fotovoltaico contém módulos fotovoltaicos (E NÃO PAINÉIS FOTOVOLTAICOS!!!) com
eficiência nominal de 15%. Esse sistema produz 20,4 MWh anuais de energia elétrica .Sabendo-se que a
irradiação anual no plano do gerador fotovoltaico é de 1700 kWh/m 2 e que a área do gerador é de 100 m2,
determine:

a) a taxa de desempenho global do sistema


𝑃𝑛
𝜂=
𝐴×𝐺
𝑃𝑛 = 𝜂 × 𝐴 × 𝐺

𝑃𝑛 = 0,15 × 100 𝑚2 × 1 𝑘𝑊/𝑚2

𝑃𝑛 = 15 𝑘𝑊

𝐸𝑝
𝑃𝑅 =
𝐺
𝑃𝑛𝑜𝑚 × 𝐺𝑡𝑖
0

20,4 × 106 𝑊ℎ
𝑃𝑅 =
1700 𝑘𝑊ℎ/𝑚2
(15 × 103 𝑊) ×
1 𝑘𝑊/𝑚2

𝑃𝑅 = 0,8 𝑜𝑢 80%
b) a produtividade anual do sistema
𝐸𝑝
𝑌=
𝑃𝑛
20400 𝑘𝑊ℎ
𝑌=
15 𝑘𝑊𝑝

𝑌 = 13600 𝑘𝑊ℎ/𝑘𝑊𝑝

c) o fator de capacidade do sistema


𝐸𝑝
𝐹𝐶 =
𝑃𝑛 𝑇

20400 𝑘𝑊ℎ
𝐹𝐶 =
15 𝑘𝑊(8760ℎ)

𝐹𝐶 = 0,155 𝑜𝑢 15,5%

d) potência nominal do sistema

𝑃𝑛 = 15 𝑘𝑊

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