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Graduação em Direito

Antonio Jederson Pinto Vale

24/05/2021
Exmo Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca de londrina.

Processo n.º 12354

Luan Mário Santos, brasileiro, solteiro, autônomo, portador da Carteira de Identidade


de n.º 1234567-8, inscrito no Cadastro das Pessoas Físicas de n.º 047.765.890-46,
residente e domiciliado na rua Fernando guapindaia, n.º 606, por intermédio do seu
advogado in fine assinado, mediante instrumento de mandato, vem, respeitosamente,
à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES DE
ACIDENTE DE TRÂNSITO, movida por Luiza Leite, devidamente qualificado nos
autos em epígrafe, em curso perante esse Juízo, pelos motivos de fato e de direito a
seguir aduzidos:

DA SITUAÇÃO FÁTICA

No dia 12 de maio de 2021, às 16:30 horas, ocorreu um acidente de trânsito, tendo


como natureza da ocorrência uma colisão lateral. A notícia acidente chegou ao
conhecimento da Delegacia Especializada em Acidentes de Veículos que registrou a
ocorrência de número 25 no dia 12 de maio de 2021.

No dia no 14 de maio de 2021 horas, Luiza leito por meio do seu advogado entrou
com ação em face do meu cliente pedindo indenização por danos no veículo,
despesas médicas e manutenção do veículo, sendo que até o presente momento
nenhuma testemunha foi legalmente indiciada a depor.

Luiza Leite não conseguiu comprovar, através de algum documento, que não ingeriu
bebida alcoólica no dia do acidente, do mesmo modo que não consegui provar que
Luan Mário estava alcoolizado no momento do acidente pois no Boletim de
ocorrência o policial faz uma observação de que não foi possível fazer o texto do
bafômetro em nenhuma das partes envolvidas.

Luan Mário se conduzia pela rua Zilda Vasconcelos e Luiza Leite trafegava pela 5 de
novembro quando realizou uma manobra imprudente tendo em vista que tentou
atravessar a rua Zilda Vasconcelos no sinal amarelo, tendo em vista que Luan Mario
avançou no sinal amarelo pois o sinal da sua faixa estava verde e no momento
anterior do mesmo alcançar a travessia da rua, sendo que a rua de Luiza leite estava
no sinal vermelho e passou para o sinal amarelo no momento em que a mesma,
invadindo o espaço, vindo a colidir com o veículo de Luan Mario, que transitava em
velocidade normal dentro do permitido, após o acidente Luan Mário socorreu a vítima
prestando-lhe auxilio até a chegada da polícia no local.

DO DIREITO

Luiza infringiu a Lei 9.503/97, em seus artigos 169, que será abaixo transcritos.

Art. 169: ?Dirigir sem atenção ou sem cuidados indispensáveis à segurança:


Infração ? leve;
Penalidade ? multa ?.
A parte requerida, diante da situação dos fatos, pede a Vossa Excelência, o
deferimento dos argumentos, ora citados. Deve-se saber que a grande valia de um
processo se constitui quando as partes praticam atos que transmitem segurança e
transparência, e isso ocasiona credibilidade naquilo em que se quer provar.

Segundo o art. 332 do Código de Processo Civil, ?todos os meios legais, bem como
os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para
provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa ?. Assim, cabe à
parte o ônus da prova, ou seja, a parte deverá provar tudo o que se está alegando,
pois, do contrário, ter-se-á sua resposta prejudicada. O autor (nesse caso, a vítima)
precisa de fundamentação naquilo que a pretensão está buscando. Se os fatos
alegados não se dispuserem de moralidade e de legitimidade, não há outra ideia a
não ser uma impressão negativa perante a relação jurídica existente neste Juízo.

DO FATO DO ACIDENTE ? DA CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA ? INEXISTÊNCIA


DO DEVER DE INDENIZAR

Luiza procurou desvirtuar os fatos apresentando argumentos que melhor lhe convém,
embora tivesse conhecimento dos procedimentos que um contudor deve ter, também
tomou atitudes de imprudência, ficando evidente que o acidente jamais teria
acontecido se a mesma estivesse seguido rigidamente as normas de trânsitos
exigidas a todos os condutores de veículos, deixando evidente que a causa do
acidente não foi somente por imprudência de Luan Mario de e que Luiza teve sua
parte de culpa desobedecendo as normas de trânsitos em seu ato.

Sendo de modo apropriado citar a frase proferida por Carlos Roberto Gonçalves:

?Quando o evento danoso acontece, por culpa exclusiva da vítima, desaparece a


responsabilidade do agente. Nesse caso, deixa de existir a relação de causa e efeito
entre o seu ato e o prejuízo experimentado pela vítima. Pode-se afirmar que, no caso
de culpa exclusiva da vítima, o causador do dano, é mero instrumento do acidente.
Não há liame de causalidade entre o seu ato e o prejuízo da vítima ?.
(Responsabilidade Civil. Saraiva, 1995, p. 505.).

Resumindo para que Luan tivesse que arcar com todas a consequências legal do
acidente a culpa do ocorrido deveria ser exclusivamente dele o que não aconteceu
pois a pessoa que se declara vítima do acidente teve a sua parcela de culpa
avançando no sinal amarelo levando em conta que uma faixa de cruzamento só fica
verde permitido o avanço dos veículos da respectiva faixa quando a outra faixa de
cruzamento esta no sinal vermelho, levando em conta esse raciocínio logicamente a
faixa de Luiza não estava no sinal verde ainda e mesmo assim a mesma avançou
colocando em risco além de sua própria integridade física a mesma poderia ter
colocado em risco a integridade de um passageiro tendo em visto que a mesma e
motorista de aplicativo, podemos ainda levar encontra outro raciocino das duas faixas
em questão a ultima que tinha ficado no sinal verde era a de Luan e não a de Luiza
ou seja logicamente Luan ainda estava na sua vez o sinal do semáforo mudou para
alerta sobre a atenção e não para interromper o avanço dos condutores da faixa,
sendo assim Luiza não poderia esta alegando determinados fatos como colocar a
culpa de todo o ocorrido em Luan sendo que ela Luiza ao ver da lógica agiu com
imprudência provocando a colisão, além de alegar que o ato aconteceu por
imprudência de Luan ela ainda alegou que o mesmo estava alcoolizado sendo que no
próprio boletim de ocorrência o policial responsável alegou que não foi possível fazer
o teste do bafômetro em nenhum dos envolvidos no acidente deixando claro que
Luiza não tem como provar de forma concreta que Luan estava alcoolizado e apenas
uma palavra contra outra, o que legalmente não serve como prova, sendo que meu
cliente ainda ofereceu ajuda a quem mais foi ferida pela ocorrido ou seja um ato que
não o faz culpado pois se o mesmo tivesse em situação que se sentisse culpado do
ocorrido tinha fugido do local ao invés de presta socorro a Luiza.

DA INEXISTÊNCIA DA CULPA DO AGENTE

É evidente que no caso em questão não se configura culpa exclusiva de Luan, pois a
parte requerida sempre procurou conduzir com atenção e precaução seguindo
atentamente as normas de trânsitos a ele expostas fazendo o possível para evitar
atos que ressaltasse riscos aos seus semelhantes, demostrando sempre conduta
exemplar perante a sociedade, de modo que a parte requerida se dispõe através de
suas alegações apresentar argumentos verídicos para convencer neste juízo que a
realidade dos fatos são diferentes do que alega quem o acusa fundamentando cada
fato em sua respectiva documentação com o intuito de firma o seu leal compromisso
de fazer justiça.

?A culpa é a inexecução de um dever que o agente poderia conhecer e observar. Se


o conhecia efetivamente e o violou deliberadamente, há delito civil, ou em matéria de
contrato, dolo contratual. Se a violação do dever foi involuntária, podendo conhecê-la
e evitá-la, há culpa simples ?. (Responsabilidade Civil e sua Interpretação
Jurisprudencial. 3 ed. RT, 1997, p.55).

Nesta mesma obra, o ilustre Rui Stocco cita a definição do Professor José Aguiar
Dias:

?A culpa é a falta de diligência na observância da norma de conduta, isto é, o


desprezo, por parte do agente, do esforço necessário para observá-la, com resultado
não objetivado, mas previsível, desde que o agente se detivesse na consideração
das consequências eventuais das sua atitude ?. (ob. cit., p. 55).

Diante do exposto que a parte requerida não pode ser enquadrada pois não
apresenta requisitos para ser responsabilizado por culpa no evento danoso, de modo
que não a lógica em imputar por ato ilícito a parte requerida pois a mesma agiu de
forma limpa e ética em relação a vida do acidentado, sendo que a vítima escolheu
uma prática inadequada fazendo possível a colisão.

DO VALOR DA CAUSA

A autora, equivocadamente, atribuiu à causa a soma vultosa de R$ 50.000,00


(Cinquenta mil reais), quando deveria ser de conhecimento da mesma que o valos
não dever ter características econômica como evidencia o art. 258, do Código de
Processo Civil, que dispõe? a todo valor da causa será atribuído um valor certo,
ainda que não tenha conteúdo econômico imediato?.

A autora em momento algum mencionou o rela valor levando em conta a


materialidade envolvida no ocorrido, o valor proposto em momento algum se justifica
sendo que a parte requerida não pode ser enquadrada no âmbito do dano moral
levando em conta que o evento danoso não ocorreu por exclusiva culpa de Luan
Mario, alegar danos morais e muito fácil, e difícil entender ate ode que esse dano
pode ser entendido, de modo que as alegações da autora põe dúvida na realidade
dos fatos prejudicando a sua razão jurídica.

Na presente ação a autora claramente alega um valor da causa exclusivamente de


cunho material levando em conta que quando acontece um ocorrido dessa natureza
deve-se antes de tudo o que realmente aconteceu sendo que no caso em questão a
conduta da pessoa que se considera vítima contribuiu para o ocorrido, sendo que não
e justificável pleitear atividade jurisdicional pelo fato de sua irresponsabilidade refletir
insensatez.

No presente documento a parte requerida vem na presença de Vossa Excelência,


discorda dos valores atribuídos pela autora, considerando que esses valores estão
totalmente fora da realidade.

Perante os argumentos aqui apresentado e a real situação levando em conta os fatos


verídicos do caso Luan Mario de forma humanizada mesmo sabendo da imprudência
de Luiza, como bom cidadão se sente sensibilizado pelo que acabou acontecendo
como a mesma cumprindo com as suas obrigações de cidadão de bem vem através
deste documente propor o valor que acha justo levando em conta os fatos verídicos a
importância de 20.000,00 (Vinte Mil reais) de modo que a parte requerida entende
que esse valor e justo e suficiente para que Luiza possa se reabilitar e volta realizar
suas atividades normais.

DO PEDIDO

Ante todo o exposto, nesta peça de defesa, passa o Requerido a pleitear de Vossa
Excelência sejam tomadas as seguintes providências:

a) digne-se em julgar totalmente improcedente a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO


POR DANOS MORAIS E MATERIAS CAUSADO POR ACIDENTE DE VEÍCULO,
mediante o reconhecimento da ocorrência do evento danoso por culpa também da
vítima;

c) em sendo o Vosso entendimento, seja reconhecida a inexistência da culpa


exclusiva do agente;

d) digne-se de confirmar a impugnação do valor da causa em 60%

e) digne-se de determinar a isenção do Requerido a pagar apenas 40% do valor


pedido pela autora de indenização, quer pela ausência de culpa exclusiva da parte
requerida.

Nestes termos, pede deferimento.

Londrina/PR, 16 de maio 2021.

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Antonio Jederson Pinto Vale
Advogado

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