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ESTABELECIMENTOS FINANCEIROS:
1 – Bancos oficiais ou privados
2 – Caixas Econômicas Federais
3 – Sociedades de Créditos
4 – Posto de atendimento, Subagências e Seções
5 – Cooperativas Singulares de Crédito e suas respectivas dependências.
O Poder Executivo estabelecerá, considerando a reduzida circulação financeira, requisitos
próprios de segurança para as cooperativas singulares de crédito.
IMPORTANTE - Os seguintes procedimentos:
I – Dispensa de sistema de segurança, que se situe dentro de qualquer edificação que possua
estrutura de segurança instalada;
II – Necessidade de elaboração e aprovação de apenas um único plano de segurança por
cooperativa singular de crédito, desde que detalhadas todas as suas dependências;
III – dispensa de contratação de vigilantes, caso isso inviabilize economicamente a existência
do estabelecimento.
Art. 2º - O sistema de segurança referido no artigo anterior inclui pessoas adequadamente
preparadas, assim chamadas vigilantes; alarme capaz de permitir, com segurança,
comunicação entre o estabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa de
vigilância ou órgão policial mais próximo; e, pelo menos, mais um dos seguintes dispositivos:
É assegurado ao vigilante:
No transporte de valores, podem ser utilizadas também espingardas de calibre 12, 16 ou 20,
de fabricação nacional, desde que não sejam de uso restrito das Forças Armadas.
O estabelecimento financeiro que infringir disposição desta lei ficará sujeito às seguintes
penalidades, conforme a gravidade da infração e levando-se em conta a reincidência e a
condição econômica do infrator:
advertência;
multa, de mil a vinte mil Ufirs;
interdição do estabelecimento.
advertência;
multa, de quinhentos até cinco mil Ufirs;
proibição temporária de funcionamento;
cancelamento do registro para funcionar.
II – Pó químico;
IV – Pirotecnia, desde que não coloque em perigo os usuários e funcionários que utilizam os
caixas eletrônicos;
V – Qualquer outra substância, desde que não coloque em perigo os usuários dos caixas
eletrônicos.
Além disso, a lei agora determina também a obrigatoriedade da instalação de placa de alerta,
que deverá ser afixada de forma visível no caixa eletrônico, bem como na entrada da
instituição bancária que possua caixa eletrônico em seu interior, informando a existência do
referido dispositivo e seu funcionamento.
As exigências previstas neste artigo poderão ser implantadas pelas instituições financeiras de
maneira gradativa, atingindo-se, no mínimo, os seguintes percentuais, a partir da entrada em
vigor desta Lei:
I – Nos municípios com até 50.000 (cinquenta mil) habitantes, 50% (cinquenta por cento) em
nove meses e os outros 50% (cinquenta por cento) em dezoito meses;
II – Nos municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) até 500.000 (quinhentos mil)
habitantes, 100% (cem por cento) em até vinte e quatro meses;
III – Nos municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, 100% (cem por cento)
em até trinta e seis meses.
E qual a punição para as seguradoras que descumprirem a regra? Simples! Elas deixam de ter
cobertura por parte do Instituto de Resseguros do Brasil.
Essas instituições, quando desejarem contratar seguros contra roubo e furto, deverão ter
descontos sobre os prêmios.
Caso a autorização seja dada diretamente pelo Ministério da Justiça, será necessário
comunicar à Secretaria de Segurança Pública do local de funcionamento da instituição
financeira. Isso ocorre porque as polícias miliar e civil do local precisam ter conhecimento
acerca das empresas autorizadas a funcionar.
RESUMO LEGISLAÇAO ESPECÍFICA – Aula 01
LEI Nº 10.357/2001
Art. 1o Estão sujeitos a controle e fiscalização, na forma prevista nesta Lei, todos os produtos
químicos que possam ser utilizados como insumo na elaboração de substâncias
entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica.
OBS.: A Lei nº 10.357/2001 não se aplica às substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que
determinem dependência física ou psíquica que estejam sob controle do Órgão competente do
Ministério da Saúde.
Considera-se produto químico as substâncias químicas e as formulações que as contenham,
nas concentrações estabelecidas em portaria.
Art. 2º O Ministro de Estado da Justiça, de ofício ou em razão de proposta do Departamento
de Polícia Federal, da Secretaria Nacional Antidrogas ou da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, definirá, em portaria, os produtos químicos a serem controlados e, quando
necessário, promoverá sua atualização, excluindo ou incluindo produtos, bem como
estabelecerá os critérios e as formas de controle.
A portaria do Ministro da Justiça deve estabelecer quantidades mínimas de produtos químicos.
E por que isso ocorre?
O Ministério da Justiça tem competência para tratar da política antidrogas, juntamente com o
Ministério da Saúde. A Secretaria Nacional Antidrogas e a Polícia Federal são Órgãos que
compõem o Ministério da Justiça.
À Polícia Federal cabe o efetivo controle e fiscalização dos produtos químicos, bem como a
eventual aplicação das sanções administrativas decorrentes.
Art. 4º Para exercer qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscalização relacionadas
no art. 1º, a pessoa física ou jurídica deverá se cadastrar e requerer licença de funcionamento
ao Departamento de Polícia Federal.
As atividades sujeitas ao controle e fiscalização quando exercidas apenas em cárter eventual, a
pessoa física ou jurídica interessada precisará providenciar seu cadastro junto ao
Departamento de Polícia Federal e requerer autorização especial para efetivar suas
operações.
A atividade fiscalizatória da Polícia Federal no que se refere aos produtos químicos é exercida
de várias maneiras, e uma das principais é a prestação de informações por parte das pessoas
jurídicas que realizam as atividades previstas na lei.
Uma observação importante: essa regra somente se aplica às pessoas jurídicas, ok? As
pessoas físicas estão desobrigadas da prestação periódica e informações.
Os documentos que consubstanciam as informações a que se refere este artigo deverão ser
arquivados pelo prazo de CINCO ANOS e apresentados a PF quando solicitados.
A lei traz ainda mais duas obrigações importantes para as pessoas físicas ou jurídicas que
exercem atividades sujeitas a controle e fiscalização:
a) Quanto uma dessas pessoas físicas ou jurídicas suspender o exercício da atividade ou
mudar de atividade controlada deverá informar à Polícia Federal no prazo máximo 30
dias a partir da data da suspensão ou da mudança de atividade;
b) Quando houver suspeita de desvio de produtos químicos controlados, a pessoa física
ou jurídica deverá informar à Polícia Federal no prazo máximo de 24h.
Art. 15. A pessoa física ou jurídica que cometer qualquer uma das infrações previstas nesta Lei
ter· prazo de trinta dias, a contar da data da fiscalização, para sanar as irregularidades
verificadas, sem prejuízo da aplicação de medidas administrativas previstas no art. 14.
Art. 19. A Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos é devida pela prática dos
seguintes atos de controle e fiscalização:
Parágrafo único. Os valores constantes dos incisos I e II deste artigo serão reduzidos de:
LEI Nº 10.446/2002
Trata da possibilidade de a Polícia Federal investigar o cometimento de infrações penais
quando houver repercussão interestadual ou internacional que exijam repressão uniforme.
Art. 144 - quando houver repercussão interestadual ou internacional que exija repressão
uniforme, poderá o Departamento de Polícia Federal do Ministério da justiça, sem prejuízo da
responsabilidade dos Órgãos de segurança pública em especial das Polícias Militares e Civis
dos Estados, proceder à investigação, dentre outras, das seguintes infrações penais:
I – Sequestro, cárcere privado e extorsão mediante sequestro, se o agente foi impelido por
motivação política ou quando praticado em razão da função pública exercida pela vítima;
II – Formação de cartel;
VI - Furto, roubo ou dano contra instituições financeiras, incluindo agências bancárias ou caixas
eletrônicos, quando houver indícios da atuação de associação criminosa em mais de um
Estado da Federação.
VII – quaisquer crimes praticados por meio da rede mundial de computadores que difundam
conteúdo misógino, definidos como aqueles que propagam o Ódio ou a aversão às mulheres.
RESUMO LEGISLAÇAO ESPECÍFICA – Aula 02
LEI Nº. 11.343/06 (DROGAS)
Esta lei contém tipos penais em branco.
Art. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad;
prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e
dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao
tráfico ilícito de drogas e define crimes.
VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário
visando à cooperação mútua nas atividades do Sisnad;
I - contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a torná-lo menos vulnerável a assumir
comportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e outros
comportamentos correlacionados;
Instituições de atenção à saúde e assistência social devem prestar informações aos órgãos do
sistema municipal de saúde acerca dos atendimentos e das mortes que ocorrerem nos
respectivos estabelecimentos em decorrência do uso de drogas. Os dados devem integrar
sistema de informação do Poder Executivo, a identidade das pessoas deve ser preservada.
ATENÇÃO!!!
O Cespe já elaborou questão considerando que o SISNAD não tem competência para
determinar a internação compulsória de usuários e dependentes.
Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na
forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando
auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as
medidas necessárias para a preservação da prova.
Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, observar-se-á, além das
cautelas necessárias à proteção ao meio ambiente, dispensada a autorização prévia do órgão
próprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama e de autorização judicial.
O STJ já entendeu também que a simples conduta de negociar a aquisição de droga, mesmo
que por telefone, já é suficiente para a configuração do crime em sua forma consumada, e não
apenas tentada.
Este tipo penal pune o agente que não pratica o tráfico diretamente, mas o admite em local da
qual tem a posse, propriedade, administração, guarda ou vigilância.
Caso uma pessoa ceda imóvel de sua propriedade ou seu barco para seus amigos consumirem
drogas, não incorrerá em crime.
Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para
juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil
e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
Para que esteja configurado o crime de uso compartilhado, ou tráfico de menor potencial
ofensivo, é necessária a concomitância de alguns elementos: o oferecimento da droga de
forma eventual para pessoa do seu relacionamento, a ausência do objetivo de lucro, e o
consumo conjunto.
Caso algum dos elementos destacados não esteja presente, o agente responderá pelo crime
comum de tráfico ilícito de drogas.
Tráfico privilegiado. Esta causa de diminuição de pena exige que o agente seja primário,
tenha bons antecedentes, e não integre organizações nem se dedique a atividades criminosas.
Atenção!
As atividades criminosas mencionadas não precisam necessariamente ter relação com o tráfico
de drogas.
O STF também entendeu que a atuação da pessoa como “mula“ (agente transportador de
drogas) não significa necessariamente que ela faça parte de organização criminosa.
Segundo o STF, o tráfico privilegiado não deve ser mais considerado como crime hediondo.
Responderá pelo crime de tráfico de drogas – art. 33 da Lei 11.343/2006 – em concurso com
o crime de posse de objetos e maquinário para a fabricação de drogas – art. 34 da Lei
11.343/2006 – o agente que, além de ter em depósito certa quantidade de drogas ilícitas em
sua residência para fins de mercancia, possuir, no mesmo local e em grande escala, objetos,
maquinário e utensílios que constituam laboratório utilizado para a produção, preparo,
fabricação e transformação de drogas ilícitas em grandes quantidades.
ATENÇÃO!
ATENÇÃO!
As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são AUMENTADAS de UM SEXTO A DOIS
TERÇOS, se:
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou
qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
Na hipótese de tráfico internacional (inciso I), basta que o agente tenha a intenção de praticar
o delito com caráter transnacional, não sendo necessário que ele efetivamente consiga entrar
no país ou dele sair com a droga. É DESNECESSÁRIA a transposição de fronteira para que incida
a majorante (aumento de pena).
O agente que exerce função pública ou social (inciso II) tem obrigações especiais com relação
à sociedade, e por isso deve ser punido mais severamente quando se envolver com tráfico de
drogas.
A lista EXAUSTIVA dos locais onde ocorre a causa de aumento de pena é a seguinte:
a) Estabelecimentos prisionais;
b) Estabelecimentos de ensino;
c) Estabelecimentos hospitalares;
d) Sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas ou beneficentes;
e) Locais de trabalho coletivo;
f) Recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza;
g) Estabelecimento de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção
social;
h) Unidades militares ou policiais;
i) Transportes públicos.
o STF assumiu posicionamento no sentido de que “O mero transporte de drogas em
transportes coletivo não implica o aumento de pena. O aumento aplica-se apenas quando a
comercialização da droga é feita dentro do próprio transporte público”.
Quando o agente cometer crime de tráfico de drogas junto com criança ou adolescente,
devem ser aplicadas penas para os dois crimes autonomamente, ou deve ser aplicada a pena
para o tráfico de drogas com a majorante prevista para o envolvimento de criança ou
adolescente?
O agente que envolve menor de idade no crime de tráfico de drogas pode ser condenado por
Corrupção de Menores? NÃO.
ATENÇÃO!
O livramento condicional não pode ser concedido quando houver reincidência específica.
Essa regra, porém, encontra algumas exceções. Uma delas foi recentemente explicitada em
julgado do STJ que considerou a Justiça Federal competente para julgar caso em que as drogas
foram enviadas por via postal.
Não haverá prisão em flagrante do usuário de drogas. Será lavrado termo circunstanciado,
após o que o usuário será encaminhado ao juízo competente.
ATENÇÃO!
O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1o deste artigo não ficará impedido de
participar da elaboração do laudo definitivo.
Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a
regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas
apreendidas.
A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15
(quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária.
A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por
incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contado da data da apreensão.
O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e
de 90 (noventa) dias, quando solto.
Os prazos podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido
justificado da autoridade de polícia judiciária.
Art. 53 - Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são
permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério
Público, os seguintes procedimentos investigatórios:
I - requerer o arquivamento;
II - requisitar as diligências que entender necessárias;
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que
entender pertinentes.
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa
prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Caso o Juiz entenda que a denúncia é
improcedente, poderá rejeitá-la.
Se a defesa prévia não for apresentada, caberá ao juiz nomear defensor
para fazê-lo em 10 dias.
Recebida a defesa, o juiz decidirá no prazo de 5 dias se aceita a denúncia ou a rejeita, ou,
ainda, se determina novas diligências.
ATENÇÃO!
Não há recurso, e nem se aceita habeas corpus ou mandado de segurança contra a decisão
que afasta o servidor público de suas atividades, pois este afastamento é apenas cautelar, não
trazendo nenhum juízo de valor.
O magistrado (Juiz) pode decretar, tanto na fase inquisitorial (IP) quanto na fase
processual, a apreensão ou outras medidas relacionadas a bens móveis, imóveis ou valores.
JURISPRUDÊNCIA APLICÁVEL
CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA. ART. 33, § 4o, DA LEI 11.343/06. DEDICAÇÃO À ATIVIDADE
CRIMINOSA. UTILIZAÇÃO DE INQUÉRITOS E/OU AÇÕES PENAIS. POSSIBILIDADE.
É possível a utilização de inquéritos policiais e/ou ações penais em curso para formação da
convicção de que o réu se dedica a atividades criminosas, de modo a afastar o benefício legal
previsto no artigo 33, § 4o, da Lei 11.343/06.
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se:
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão
de educação, poder familiar, guarda ou vigilância.
O reincidente específico no crime de tráfico de drogas não poderá ser beneficiado com
livramento condicional, conforme art. 44, parágrafo único.
GABARITO: ERRADO
Segundo a posição do STJ, é possível a utilização de inquéritos policiais e/ou ações penais em
curso para formação da convicção de que o réu se dedica à atividades criminosas, de modo a
afastar o benefício do art. 33, §4º.
O crime de associação para o tráfico, caracterizado pela associação de duas ou mais pessoas
para a prática de alguns dos crimes previstos na Lei Antidrogas, é delito equiparado a crime
hediondo.
O STJ entende que o crime de associação para o tráfico não é considerado equiparado a
hediondo.
Para fins de apuração do abuso de autoridade, considera-se autoridade quem exerce cargo,
emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem
remuneração.
a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade
civil ou militar culpada, a respectiva sanção;
b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-
crime contra a autoridade culpada.
Já vimos que o direito de representação contra o abuso de autoridade pode ser exercido por
qualquer pessoa. Além disso, não é necessária a assistência de advogado.
A Lei n° 5.249/1967 deixa claro que o abuso de autoridade é crime de ação penal pública
incondicionada e, portanto, não é necessário que haja a representação para que o Ministério
Público aja.
CRIMES EM ESPÉCIE
Os crimes de abuso de autoridade em geral obedecem a um formato específico: o atentado
aos direitos fundamentais. São, portanto, crimes de perigo.
SANÇÕES
PROCESSO PENAL
Como regra geral, os crimes de abuso de autoridade são considerados de menor potencial
ofensivo, sendo processados perante os Juizados Especiais Criminais, por meio do
procedimento sumaríssimo.
Lembre-se de que a ação penal é pública incondicionada, não sendo necessário que haja
inquérito policial e nem representação da vítima.
Caso haja representação da vítima, a denúncia deve ser apresentada no prazo de 48h.
Art. 14. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de autoridade houver deixado vestígios o
ofendido ou o acusado poderá:
Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazo de quarenta e oito horas, proferirá
despacho, recebendo ou rejeitando a denúncia.
§ 1º No despacho em que receber a denúncia, o Juiz designará, desde logo, dia e hora para a
audiência de instrução e julgamento, que deverá ser realizada, improrrogavelmente, dentro de
cinco dias.
São apenas 48h para que o magistrado decida pelo aceitação ou rejeição da denúncia. Caso
haja a aceitação, no despacho já deve constar a data e hora da audiência, que deve ser
realizada em no máximo 5 dias.
Art. 22. Aberta a audiência o Juiz fará a qualificação e o interrogatório do réu, se estiver
presente.
Não comparecendo o réu nem seu advogado, o Juiz nomeará imediatamente defensor para
funcionar na audiência e nos ulteriores termos do processo.
O STF também já decidiu que o condenado por crime de tortura também não pode ser
beneficiado com indulto.
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando lhe sofrimento
físico ou mental:
Podemos concluir, portanto que a TORTURA-CASTIGO é um crime próprio, pois somente pode
ser praticado por quem tenha o dever de guarda ou exerça poder ou autoridade sobre a
vítima.
As demais modalidades de tortura são crimes comuns, pois não se exige nenhuma qualidade
especial do agente ou da vítima.
Apenas responde por OMISSÃO PERANTE A TORTURA aquele que tinha o dever de agir para
evitar o ato de tortura e não o faz.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro
a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
Estas são as hipóteses de TORTURA QUALIFICADA. Apenas chamo sua atenção para as
qualificadoras, que são o resultado lesão corporal grave ou gravíssima, ou morte. A lesão
corporal leve não é qualificadora do crime de tortura.
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o
cumprimento da pena em regime fechado.
Em 2007 a Lei dos Crimes Hediondos foi alterada, e hoje todos os crimes hediondos e
equiparados devem ter suas penas cumpridas inicialmente em regime fechado, mas é
possível a progressão de regime.
Em algumas situações, a Lei de Tortura pode ser aplicada mesmo fora do território nacional:
Quando a vítima do crime for brasileira;
Quando o agente se encontre em local em que a lei brasileira seja, em geral, aplicável.
ATENÇÃO!
O Cespe costuma considerar certas as assertivas incompletas.
Comentários
A condenação por crime de tortura acarreta a perda do cargo, função ou emprego público e a
interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
A tortura por omissão (§2º) tem como pena cominada a detenção. Caso você ainda não esteja
familiarizado com essas regras, a detenção é cumprida em regime semi-aberto ou aberto, e
por isso não pode haver cumprimento em regime inicial fechado. Por isso foi dada redação
específica ao §7º da lei.
RESUMO LEGISLAÇAO ESPECÍFICA – Aula 04
A divulgação da imagem ou de informações de criança ou adolescente que tenha cometido ato
infracional não é permitida. Quem o faz comete infração administrativa, prevista no art. 247
do ECA.
A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto
na hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho
ou filha.
A venda de armas, munições e explosivos para crianças e adolescentes é definida pelo ECA
como crime, previsto no art. 242.
Qualquer ato tipificado como crime ou contravenção penal deve ser considerado ato
infracional quando cometido por menor de idade.
Ao adolescente infrator não se aplicam penas, caso seja comprovada o ato infracional, devem
ser aplicadas as chamadas medidas socioeducativas ou medidas de proteção.
A entidade na qual se dará o cumprimento da medida de internação não pode se dedicar a
outras atividades: ela deve ser exclusiva para o acolhimento de adolescentes infratores.
Remissão significa perdão. Aqui estamos diante de duas possibilidades diferentes de remissão.
A primeira, prevista no caput, é chamada de remissão parajudicial: por meio dela, o
representante do Ministério Público decide não provocar o Poder Judiciário.
A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista judicialmente, a qualquer tempo,
podendo requerer esse benefício o próprio adolescente, seus pais, o tutor ou guardião, o
advogado constituído ou Defensor Público.
DO ACESSO À JUSTIÇA
As ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude são isentas de custas e
emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé.
Qualquer notícia a respeito do fato não poderá identificar a criança ou adolescente, vedando-
se fotografia, referência a nome, apelido, filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais
do nome e sobrenome. Não permitindo nem mesmo que o juiz autorize a divulgação dessas
informações.
Em causas que envolvam outros temas que não infrações, devem ser aplicadas as regras do
caput, primeiramente a do inciso I (domicílio dos pais e responsáveis) e, na falta dos pais, a
regra do inciso II (local onde se encontre a criança ou adolescente).
Nos casos de ato infracional cometido com violência ou grave ameaça, a autoridade policial
deverá então lavrar auto de apreensão, ouvir as testemunhas e o adolescente, apreender o
produto ou instrumentos da infração, e requisitar exames ou perícias que eventualmente
sejam necessários.
Nos demais casos (quando não houver violência ou grave ameaça), a lavratura do auto pode
ser substituída por boletim de ocorrência. Esses documentos (auto de apreensão ou boletim
de ocorrência) deverão ser encaminhados ao Ministério Público.
Se o ato infracional cometido for de natureza grave, punível com internação ou imposição de
regime de semiliberdade, e o adolescente não tiver advogado constituído, o juiz nomeará
defensor. O advogado ou defensor constituído terá 3 dias para apresentar defesa prévia e rol
de testemunhas, a partir da audiência de apresentação.
A ação penal para os crimes tipificados pelo ECA é sempre pública incondicionada, o que
significa que o Ministério Público é o titular da ação penal e detém a prerrogativa de oferecer a
denúncia para provocar o Poder Judiciário.
Súmula 500 do STJ
A configuração do crime previsto no artigo 244-B (corrupção de menores) do Estatuto da
Criança e do Adolescente independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de
delito formal.
Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou
por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.
A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de quarenta e
cinco dias.
A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo
ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério
Público e o defensor.
O regime de semiliberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma de transição
para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades externas, independentemente de
autorização judicial.
Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atribua a prática de ato infracional, ainda que
ausente ou foragido, será processado sem defensor.
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele
praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1º Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas
utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet.
Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, trata-se de crime formal que,
portanto, prescinde de prova da concreta contaminação moral da vítima.
Comentários
Já deu para perceber que esse tema em específico foi muito cobrado recentemente por mais
de uma banca examinadora, não é mesmo? Fique atento! O crime de corrupção de menores é
crime formal, e, portanto, não exige prova da efetiva corrupção do menor para sua
consumação. Esse entendimento já está pacificado tanto no STJ quanto no STF.
Tanto as condutas previstas como crimes quanto aquelas consideradas contravenções penais
são consideradas atos infracionais quando cometidas por menor de idade.
Segundo dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/90), constitui efeito
obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do
estabelecimento em que se verifique a submissão de criança ou adolescente à prostituição ou
à exploração sexual.
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2º desta Lei,
à prostituição ou à exploração sexual:
Pena - reclusão de quatro a dez anos e multa, além da perda de bens e valores utilizados na
prática criminosa em favor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade da
Federação (Estado ou Distrito Federal) em que foi cometido o crime, ressalvado o direito de
terceiro de boa-fé.
§ 1º Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que
se verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste artigo.
§ 2º Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de
funcionamento do estabelecimento.
A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista judicialmente, a qualquer tempo,
mediante pedido expresso do adolescente ou de seu representante legal ou do Ministério
Público, uma vez que não se trata de medida definitiva, estando sujeita a revisões, de acordo
com o comportamento do menor.
Não ocorre violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa quando a proposta de
remissão oferecida pelo Ministério Público é homologada antes da oitiva do adolescente.
A remissão como forma de exclusão do Processo cabe ao Ministério Público e, a remissão
enquanto a suspensão ou extinção do processo compete à autoridade judiciária
A medida de internação deve ser aplicada apenas quando for indispensável, diante de
infrações cometidas com violência, ameaça, reincidência, etc.
As armas de fogo utilizadas pelas Forças Armadas, Forças Auxiliares (PM e CORPO DE
BOMBEIROS), ABIN e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República,
são sujeitas a regramento próprio, relacionado ao Sistema de Gerenciamento Militar de
Armas - Sigma.
No Sinarm, serão cadastradas as armas de fogo da PF, PRF, PC, órgãos policiais da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas
prisionais, integrantes das escolas de presos, das Guardas Portuárias, das Guardas Municipais
e dos órgãos públicos cujos servidores tenham autorização legal para portar arma de fogo em
serviço.
DO REGISTRO
As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército.
O certificado de registro será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do
Sinarm.
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a
efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:
DO PORTE
Integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de
500.000 (quinhentos mil) habitantes, poderão portar arma de fogo de propriedade particular
ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço.
ATENÇÃO!
Agentes operacionais da ABIN e os agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República, Polícia do Senado Federal e a Polícia da
Câmara dos Deputados, agentes
e guardas prisionais, guardas portuárias, Auditor-Fiscal da Receita Federal, Analista
Tributário da Receita Federal e Auditor-Fiscal do Trabalho poderão portar arma de fogo de
propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de
serviço. Devem comprovar capacidade técnica e de aptidão psicológica.
Integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar arma de fogo
de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora
de serviço, desde que estejam:
Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25(vinte e cinco) anos que comprovem depender
do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido
pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência, de uma
arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre
igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em
requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos:
“Conduta e atividades lesivas ao meio ambiente são punidas com sanções administrativas,
civis e penais, na forma estabelecida nesta Lei”.
DA APLICAÇÃO DA PENA
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE → Consiste na execução de tarefas gratuitas junto
a parques e jardins públicos e unidades de conservação.
É necessário que você relembre que infrações penais de menor potencial ofensivo são
aquelas cuja pena máxima prevista é de até 2 anos, cumulada ou não com multa.
Esses crimes em regra são processados perante os Juizados Especiais Criminais por meio de um
procedimento simplificado, em que é permitido ao Ministério Público propor em audiência
preliminar a aplicação de pena restritiva de direitos ou de multa. Esta possibilidade é chamada
de transação penal.
Somente pode ser proposta a transação penal quando tiver havido a composição
(ressarcimento) do dano ambiental causado.
As infrações ao meio ambiente são de caráter continuado, motivo pelo qual as ações de
pretensão de cessação dos danos ambientais são imprescritíveis/não
caduca/irrevogável/incancelável.
Caso o crime contra a fauna seja praticado em período de caça proibida, a pena será
aumentada de metade. Entretanto, independentemente do período, se o caçador desenvolver
a atividade profissionalmente, ou seja, com o intento de lucro, deve ser aplicada a segunda
hipótese de aumento de pena (até o triplo).
Caso o agente haja pescado irregularmente um único peixe, e, logo após o ato, devolveu o
animal ainda VIVO ao seu habitat. O STJ reconheceu que a conduta preenchia os requisitos
para a aplicação do princípio da insignificância.
DOS CRIMES CONTRA A FLORA
O crime de edificação proibida absorve o crime de destruição de vegetação quando a conduta
do agente se realiza com o único intento de construir em local
não edificável.
Se a vontade do agente estiver orientada a outros resultados (em razão de seu valor
paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico,
etnográfico ou monumental), provavelmente teremos concurso de crimes.
as formas de expressão;
os modos de criar, fazer e viver;
as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às
manifestações artístico-culturais;
os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL
...
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
Os autos de infração ambiental podem ser lavrados pelos funcionários de órgãos ambientais
integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), designados para as atividades
de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos.
O órgão central do sistema é o Ministério do Meio Ambiente, e o órgão executor é o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Essas pessoas têm a responsabilidade de apurar infrações, e se tiverem conhecimento do
ocorrido e se omitirem nesse dever, serão consideradas corresponsáveis.
Importante saber que essas sanções são cumulativas, ou seja, se o agente cometer mais de
uma infração, sofrerá as sanções correspondentes a cada uma.
I - advertência;
II - multa simples;
III - multa diária;
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos,
equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;
V - destruição ou inutilização do produto;
VI - suspensão de venda e fabricação do produto;
VII - embargo de obra ou atividade;
VIII - demolição de obra;
IX - suspensão parcial ou total de atividades;
X – (VETADO)
XI - restritiva de direitos.
São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo
administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio
Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das
Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.
As infrações ao meio ambiente são de caráter continuado, motivo pelo qual as ações de
pretensão de cessação dos danos ambientais são imprescritíveis.
Não há bis in idem quando a pessoa jurídica e a pessoa física diretamente envolvida na
conduta são responsabilizadas ao mesmo tempo.
A Lei de Migração substituiu o antigo Estatuto do Estrangeiro, que foi por ela inteiramente
revogado.
RESIDENTE FRONTEIRIÇO - Pessoa de país limítrofe ou apátrida que conserva a sua residência
habitual em município fronteiriço de país vizinho.
VISITANTE - Pessoa de outro país ou apátrida que vem ao Brasil para estadas de curta duração,
sem pretensão de se estabelecer temporária ou definitivamente no território nacional.
APÁTRIDA - Pessoa que não seja considerada como nacional por nenhum Estado.
1. passaporte;
2. laissez-passer;
3. autorização de retorno;
4. salvo-conduto;
5. carteira de identidade de marítimo;
6. carteira de matrícula consular;
7. documento de identidade civil ou documento estrangeiro equivalente, quando
admitidos em tratado;
8. certificado de membro de tripulação de transporte aéreo; e
9. outros que vierem a ser reconhecidos pelo Estado brasileiro em regulamento.
ATENÇÃO!
Os documentos que estão marcados em azul, quando emitidos pelo Estado brasileiro, são de
propriedade da União, cabendo a seu titular a posse direta e o uso regular.
Dos Vistos
É o documento que dá a seu titular expectativa de ingresso em território nacional.
ATENÇÃO!
Em regra, os órgãos competentes para conceder vistos são as embaixadas, os consulados-
gerais, consulados, vice-consulados e, quando habilitados pelo órgão competente do Poder
Executivo, os escritórios comerciais e de representação do Brasil no exterior.
OBS.:
Poderá ser impedida de ingressar no País, após entrevista individual e mediante ato
fundamentado, a pessoa:
condenada ou respondendo a processo por ato de terrorismo ou por crime de genocídio, crime
contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão;
condenada ou respondendo a processo em outro país por crime doloso passível de extradição
segundo a lei brasileira;
que tenha o nome incluído em lista de restrições por ordem judicial ou por compromisso
assumido pelo Brasil perante organismo internacional;
OBS.:
Ninguém será impedido de ingressar no País por motivo de raça, religião, nacionalidade,
pertinência a grupo social ou opinião política.
Do Registro de Identificação Civil do Imigrante e dos Detentores de Vistos Diplomático,
Oficial e de Cortesia
O documento de residente fronteiriço será cancelado se o titular tiver feito algo descrito pelo
art. 25:
Do Asilado
É um ato discricionário do Estado, poderá ser diplomático ou territorial e será outorgado
como instrumento de proteção à pessoa.
Não se concederá asilo a quem tenha cometido crime de genocídio, crime contra a
humanidade, crime de guerra ou crime de agressão.
Se o asilado sair do País sem prévia comunicação, isso implicará em renúncia ao asilo.
Da Autorização da Residência
Poderá ser autorizada, mediante registro (inclusive com o pagamento de taxas), em alguns
casos específicos.
a pessoa se enquadre nas hipóteses previstas nas alíneas “b”, “c” e “i” do inciso I e na
alínea “a” do inciso II do caput deste artigo.
inciso I:
b. tratamento de saúde;
c. acolhida humanitária;
i. reunião familiar.
A posse ou a propriedade de bem no Brasil não confere o direito de obter visto ou autorização
de residência em território nacional.
Poderá ser impedida de ingressar no País, após entrevista individual e mediante ato
fundamentado, a pessoa:
III. condenada ou respondendo a processo em outro país por crime doloso passível de
extradição segundo a lei brasileira;
IV. que tenha o nome incluído em lista de restrições por ordem judicial ou por
compromisso assumido pelo Brasil perante organismo internacional;
IX. que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na
Constituição Federal.
Da Reunião Familiar
Poderá ser autorizada a admissão excepcional no País de pessoa que se encontre em uma das
seguintes condições, desde que esteja de posse de documento de viagem válido:
Do Impedimento de Ingresso
art. 45, já foi mencionado nesta aula.
OBS.:
O processamento da expulsão em caso de crime comum não prejudicará a progressão de
regime, o cumprimento da pena, a suspensão condicional do processo, a comutação da pena
ou a concessão de pena alternativa, de indulto coletivo ou individual, de anistia ou de
quaisquer benefícios concedidos em igualdade de condições ao nacional brasileiro.
tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou
socioafetiva ou tiver pessoa brasileira sob sua tutela;
tiver ingressado no Brasil até os 12 anos de idade, residindo desde então no País;
for pessoa com mais de 70 anos que resida no País há mais de 10 anos;
O filho de pai ou de mãe brasileiro nascido no exterior e que não tenha sido registrado em
repartição consular poderá, a qualquer tempo, promover ação de opção de nacionalidade.
1. Ordinária;
2. Extraordinária;
3. Especial; e
4. Provisória.
Condições:
Ordinária
I. ter capacidade civil, segundo a lei brasileira;
II. ter residência em território nacional, pelo prazo mínimo de 4 anos;
III. comunicar-se em língua portuguesa;
IV. não possuir condenação penal ou estiver reabilitado;
Extraordinária
Pessoa fixada no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal.
Especial
situações:
I. seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5 anos, de integrante do Serviço Exterior
Brasileiro em atividade ou de pessoa a serviço do Estado brasileiro no exterior; ou
Provisória
I. Poderá ser concedida ao migrante criança ou adolescente que tenha fixado residência
em território nacional antes de completar 10 anos de idade e deverá ser requerida
por intermédio de seu representante legal.
Da Perda da Nacionalidade
Por decisão judicial condenatória transitada em julgado, em razão de atividade nociva ao
interesse nacional.
Da Reaquisição da Nacionalidade
O brasileiro que, houver perdido a nacionalidade, uma vez cessada a causa, poderá readquiri-la
ou ter o ato que declarou a perda revogado, na forma definida pelo órgão competente do
Poder Executivo.
DO EMIGRANTE
Das Políticas Públicas para os Emigrantes
Emigrante é o brasileiro que vai morar em outro país.
Da Extradição
É uma medida por meio da qual o Brasil entrega a outro país um indivíduo que cometeu um
crime que é punido segundo as leis daquele país (e também do Brasil) a fim de que lá ele seja
processado ou cumpra a pena por esse ilícito.
TOME NOTA!
Em caso de urgência, o Estado interessado poderá requerer, juntamente com o pedido de
extradição ou antes, a prisão cautelar do extraditando, de forma a assegurar o cumprimento
da extradição.
Quando mais de um Estado requerer a extradição da mesma pessoa, pelo mesmo fato, terá
preferência o pedido daquele em cujo território a infração foi cometida.
Nos casos não previstos nesta Lei, o órgão competente do Poder Executivo decidirá sobre a
preferência do pedido, priorizando o Estado requerente que mantiver tratado de extradição
com o Brasil.
O pedido de extradição feito por Estado estrangeiro é examinado pelo STF. Autorizado o pleito
pelo STF, cabe ao Poder Executivo decidir, de forma discricionária, sobre a entrega, ou não, do
extraditando ao governo requerente.
Se o STF negar a extradição, não se admitirá novo pedido baseado no mesmo fato.
DA TRANSFERÊNCIA DE EXECUÇÃO DA PENA
A solicitação de extradição executória, também chamada de transferência da execução da
pena, somente será possível quando forem preenchidos os seguintes requisitos:
a duração da condenação a cumprir ou que restar para cumprir for de, pelo menos, 1
ano, na data de apresentação do pedido ao Estado da condenação;
o fato que originou a condenação constituir infração penal perante a lei de ambas as
partes;
O pedido de transferência de execução da pena de Estado estrangeiro será requerido por via
diplomática ou por via de autoridades centrais.
O pedido será recebido pelo órgão competente do Poder Executivo e, após exame da presença
dos pressupostos formais de admissibilidade exigidos pela Lei de Migração ou por tratado,
encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça para decisão quanto à homologação.
Não se concederá a extradição quando o indivíduo cuja extradição é solicitada ao Brasil for
brasileiro nato, e quando a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 1 (um) ano.
A primeira parte da assertiva está de acordo com o disposto no art. 82, inciso I. Já a segunda
parte, está incorreta, pois conforme disposto no art. 82, inciso IV, não se concederá a
extradição quando a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 2 anos.
REVISÃO POR VÍDEOS
AULA 00 – ok
AULA 01 – ok
AULA 02 – ok
AULA 03 –