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Quarta edição
11.10.2017
Número de referência
ABNT NBR 10576:2017
38 páginas
© ABNT 2017
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................vi
Introdução...........................................................................................................................................vii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................3
4 Propriedades, deterioração e degradação do óleo..........................................................4
5 Ensaios no óleo e seus significados.................................................................................5
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5.1 Geral.....................................................................................................................................5
5.2 Cor e aparência...................................................................................................................6
5.3 Densidade............................................................................................................................6
5.4 Fator de perdas dielétricas e resistividade.......................................................................6
5.5 Índice de neutralização.......................................................................................................7
5.6 Rigidez dielétrica.................................................................................................................8
5.7 Tensão interfacial ...............................................................................................................8
5.8 Teor de água........................................................................................................................8
5.8.1 Geral.....................................................................................................................................8
5.8.2 Água no óleo........................................................................................................................8
5.8.3 Conteúdo de água no isolamento celulósico...................................................................9
5.8.4 Interpretação dos resultados.............................................................................................9
5.9 Sedimento e borra.............................................................................................................10
5.10 Teor de inibidor e estabilidade à oxidação.....................................................................10
5.10.1 Estabilidade à oxidação....................................................................................................10
5.10.2 Monitoramento dos óleos não inibidos..........................................................................10
5.10.3 Monitoramento dos óleos inibidos.................................................................................. 11
5.11 Bifenilas policloradas (PCB)............................................................................................ 11
5.12 Compatibilidade de óleos isolantes................................................................................12
5.13 Enxofre corrosivo..............................................................................................................12
5.14 Contagem de partículas....................................................................................................13
5.15 Ponto de fluidez.................................................................................................................14
5.16 Ponto de fulgor e combustão...........................................................................................14
5.17 Dibenzil dissulfeto (DBDS)...............................................................................................14
5.18 Passivador.........................................................................................................................14
5.19 Viscosidade.......................................................................................................................15
5.20 Análise cromatográfica de gases dissolvidos...............................................................15
5.21 Metais.................................................................................................................................15
5.22 Ferrografia analítica e quantitativa..................................................................................16
6 Amostragem de óleo do equipamento............................................................................16
7 Categorias de equipamentos...........................................................................................16
8 Avaliação do óleo mineral isolante em equipamentos novos......................................17
9 Avaliação do óleo em serviço..........................................................................................18
9.1 Periodicidade das análises de óleo em serviço.............................................................19
11.1.1 Geral...................................................................................................................................23
11.1.2 Equipamentos para recondicionamento.........................................................................24
11.1.3 Aplicação a equipamentos elétricos...............................................................................25
11.2 Regeneração......................................................................................................................26
11.2.1 Geral...................................................................................................................................26
11.2.2 Regeneração por percolação...........................................................................................27
11.2.3 Regeneração por contato.................................................................................................28
11.2.4 Renovação de aditivos.....................................................................................................28
11.3 Descontaminação de óleos contendo PCB....................................................................28
11.3.1 Geral...................................................................................................................................28
11.3.2 Processos de desalogenação usando derivados de sódio e lítio................................28
11.3.3 Processo de desalogenação usando polietileno glicol e hidróxido de potássio.......28
11.3.4 Desalogenação em modo contínuo por processo em circuito fechado......................29
12 Substituição do óleo em equipamentos elétricos..........................................................29
12.1 Substituição do óleo em equipamentos com tensão menor ou igual a 72,5 kV.........29
12.2 Substituição do óleo em equipamentos com tensão maior que 72,5 kV.....................29
12.3 Substituição do óleo contaminado com PCB em equipamentos elétricos.................29
13 Passivação.........................................................................................................................30
14 Valores-limite para ação corretiva...................................................................................30
Anexo A (normativo) Determinação de sedimento e/ou borra precipitável...................................32
Anexo B (informativo) Avaliação da umidade no óleo e isolação celulósica.................................34
B.1 Geral...................................................................................................................................34
B.2 Normalização do teor de água a 20 °C............................................................................34
B.3 Exemplo da determinação da saturação relativa da água no óleo a uma dada
temperatura........................................................................................................................36
B.4 Estimativa da condição da isolação celulósica a partir da saturação relativa do óleo......37
Bibliografia..........................................................................................................................................38
Figuras
Figura 1 – Variação de resistividade com a temperatura para óleos isolantes..............................7
Figura B.1 – Fatores de correção típicos.........................................................................................35
Figura B.2 – Exemplo de normalização do teor de água a 20 °C...................................................35
Figura B.3 – Exemplo da variação da saturação de água no óleo em função da temperatura
e acidez..............................................................................................................................37
Tabelas
Tabela 1 – Ensaios para óleo mineral isolante..................................................................................5
Tabela 2 – Valores de referência a para início de controle de óleos isolantes em equipamentos
novos..................................................................................................................................17
Tabela 3 – Resumo das ações corretivas.........................................................................................21
Tabela 4 – Valores-limite recomendados para óleo após recondicionamento.............................24
Tabela 5 – Condições para o processamento de óleos minerais isolantes inibidos e/ou
passivados.........................................................................................................................24
Tabela 6 – Valores recomendados para óleo após regeneração, em qualquer classe de
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Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR 10576 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela
Comissão de Estudo de Óleos Minerais Isolantes (CE-003:010.001). O seu 1º Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 03, de 17.03.2017 a 16.05.2017. O seu 2º Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 09.08.2017 a 10.09.2017.
Esta quarta edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 10576:2012), a qual foi tecnica-
mente revisada.
Scope
This Standard provides guidance for controling and quality preservation of insulating oil used in
electrical equipment.
This Standard applies to insulating oils that comply to the current specifications of “Agência Nacional
de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis” – ANP [2] for use in transformers, reactor transformers,
switchgears, switches and other electrical equipment in which oil sample collection is possible and
operating conditions as prescribed by its operating specifications are present.
This Standard provides guidance for the power transformers users to the evaluation of insulating oil
status and to keep the insulating fluid conditions acceptable. It includes instructions related to testing
as well as evaluation procedures and presents reconditioning and reclaiming methods as well as
decontamination alternatives for PCB contaminated oil.
NOTE Many corrective actions are usually carried out by specialized companies, through their own
equipment and techniques. The detailed description of these procedures is beyond the scope of this Standard.
Introdução
Os óleos minerais isolantes são utilizados em equipamentos elétricos empregados na geração, trans-
missão e distribuição da energia elétrica.
Uma revisão na experiência atual revela ampla variação de procedimentos e critérios. É possível,
entretanto, comparar o valor e significado dos ensaios padronizados para o óleo e recomendar critérios
uniformes para avaliação dos dados de ensaios.
Se um determinado grau de deterioração for ultrapassado, haverá inevitavelmente algum prejuízo das
margens de segurança e a questão do risco de falha prematura deve ser considerada. Enquanto a
quantificação do risco pode ser difícil, um primeiro estágio envolve a identificação dos efeitos potenciais
do aumento da deterioração. O objetivo desta Norma é fornecer aos usuários uma base, tão ampla
quanto disponível, para a compreensão da deterioração da qualidade do óleo, de modo que possam
tomar decisões bem fundamentadas com relação às práticas de inspeção e manutenção.
Os óleos minerais novos, sem contato anterior com o equipamento, são recursos limitados e devem
ser manuseados com essa informação em mente. O óleo mineral usado é classificado como resíduo
perigoso [1]. Se ocorre derramamentos, isto pode ter impacto negativo sobre o ambiente, especialmente se
o óleo estiver contaminado por poluentes orgânicos persistentes, como as bifenilas policloradas (PCB).
As orientações fornecidas nesta Norma, ao mesmo tempo que tecnicamente recomendáveis, são
principalmente direcionadas a servir de base comum para a preparação de procedimentos mais
específicos e completos pelos usuários em função das circunstâncias locais. Deve ser empregado
um critério bem fundamentado de engenharia na busca do melhor compromisso entre os requisitos
técnicos e os fatores econômicos.
1 Escopo
Esta Norma fornece orientação sobre a supervisão e manutenção da qualidade do óleo isolante em
equipamentos elétricos.
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Esta Norma é aplicável aos óleos minerais isolantes fornecidos originalmente de acordo com
as especificações vigentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis –
ANP [2] para transformadores, reatores, disjuntores, comutadores e outros equipamentos elétricos nos
quais possa ser efetuada a retirada de amostras de óleo e onde as condições normais de operação
estabelecidas nas especificações do equipamento se aplicam.
Esta Norma auxilia o operador do equipamento elétrico a avaliar as condições do óleo e a mantê-lo em
condições de serviço. Também inclui recomendações sobre ensaios e procedimentos de avaliação e
descreve métodos para o recondicionamento, regeneração e descontaminação do óleo contaminado
com bifenilas policloradas (PCB).
NOTA Muitas ações corretivas são geralmente realizadas por empresas especializadas, por meio de
seus próprios equipamentos e técnicas. A descrição detalhada destes procedimentos está fora do escopo
desta Norma.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 6234, Óleo mineral isolante – Determinação da tensão interfacial de óleo-água pelo método
do anel – Método de ensaio
ABNT NBR 7070, Amostragem de gases e óleo mineral isolante de equipamentos elétricos e análise
dos gases livres e dissolvidos
ABNT NBR 7148, Petróleo e derivados de petróleo – Determinação da massa específica, densidade
relativa e API – Método do densímetro
ABNT NBR 11341, Derivados de petróleo – Determinação dos pontos de fulgor e de combustão em
vaso aberto Cleveland
ABNT NBR 12133, Líquidos isolantes elétricos – Determinação do fator de perdas dielétricas e da
permissividade relativa (constante dielétrica) – Método de ensaio
ABNT NBR 12134, Óleo mineral isolante – Determinação do teor de 2,6-di-terciário-butil paracresol –
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Método de ensaio
ABNT NBR 13882, Líquidos isolantes elétricos – Determinação do teor de bifenilas policloradas (PCB)
ABNT NBR 14274, Óleo mineral isolante – Determinação da compatibilidade de materiais empregados
em equipamentos elétricos
ABNT NBR 14275, Equipamento elétrico – Líquido isolante – Determinação do conteúdo de partículas
ABNT NBR 14448, Óleos lubrificantes, produtos de petróleo e biodiesel – Determinação do número de
acidez pelo método de titulação potenciométrica
ABNT NBR 14483, Produtos de petróleo – Determinação da cor – Método do colorímetro ASTM
ABNT NBR 15362, Óleo mineral isolante inibido – Determinação da estabilidade à oxidação pela
bomba rotativa
ABNT NBR 16270, Líquidos isolantes elétricos – Determinação do teor de passivador em óleo mineral
isolante – Método de ensaio
ABNT NBR 16412, Óleo mineral isolante – Determinação do teor de dibenzil dissulfeto por cromatografia
em fase gasosa
ABNT NBR IEC 60156, Líquidos isolantes – Determinação da rigidez dielétrica à frequência industrial –
Método de ensaio
IEC 60422:2013, Mineral insulating oils in electrical equipment – Supervision and maintenance
guidance
ISO 4407, Hydraulic fluid power – Fluid contamination – Determination of particulate contamination by
the counting method using an optical microscope
ASTM D 5185, Test method for determination of additive elements, wear metals, and contaminants in
used lubricating oils and determination of selected elements in base oils by inductively coupled plasma
atomic emission spectrometry (ICP – AES)
ASTM D 6595, Test method for determination of wear metals and contaminants in used lubricating oils
or used hydraulic fluids by rotating disc electrode atomic emission spectrometry
ASTM D 7151, Test method for determination of elements oils by inductively coupled plasma atomic
emission spectrometry (ICP – AES)
ASTM D 1169, Test method for specific resistance (Resistivity) of electrical insulating liquids
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
aroclor
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nome comercial utilizado para definir misturas conhecidas de bifenilas policloradas em proporções
definidas de cloro na mistura
3.2
descontaminação PCB
processo que elimina ou reduz a contaminação por PCB do óleo mineral
3.3
ensaios complementares (Grupo 2)
ensaios que podem ser utilizados para se obter informações específicas adicionais sobre a qualidade
do óleo e que podem ser utilizados para auxiliar na sua avaliação para uso contínuo em serviço
3.4
ensaios especiais (Grupo 3)
ensaios utilizados principalmente para determinar a adequação do óleo para o tipo de equipamento
em uso e para assegurar o atendimento às considerações ambientais e operacionais
3.5
ensaios de rotina (Grupo 1)
ensaios mínimos exigidos para monitorar o óleo e assegurar que este está adequado para serviço
contínuo
3.6
óleo inibido
óleo que apresenta adição de inibidores de oxidação, conforme a ABNT NBR 12134
3.7
óleo não inibido
óleo isento da adição de inibidores de oxidação, conforme a ABNT NBR 12134
3.8
óleo passivado
óleo que apresenta adição de agentes químicos passivadores de metais, como, por exemplo, derivados
de benzotriazol (BTA)
3.9
recondicionamento
processo que elimina ou reduz os gases, água e partículas sólidas e contaminantes apenas por pro-
cessos físicos (filtragem e tratamento termovácuo)
3.10
regeneração
processo que elimina ou reduz contaminantes polares solúveis e insolúveis do óleo por processa-
mento químico e físico
3.11
regulamentação local
regulamentação definida pela legislação vigente no país (municipal, estadual ou federal)
NOTA É responsabilidade de cada usuário desta Norma se familiarizar com as regulamentações aplicá-
veis à sua situação.
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3.12
secagem da parte ativa
processo que reduz a umidade da isolação sólida
3.13
transformador de distribuição
transformador de potência utilizado em sistema de distribuição de energia elétrica
a) rigidez dielétrica suficiente para suportar as tensões elétricas impostas pelo serviço;
b) viscosidade adequada para que sua capacidade de circular e transferir calor não seja prejudicada;
d) resistência à oxidação adequada para assegurar uma vida útil satisfatória.
O óleo mineral isolante em serviço está sujeito à deterioração devido às condições de uso. O óleo em
serviço é submetido a reações de oxidação devido à presença de metais e/ou compostos metálicos,
que agem como catalisadores. Como consequência podem ocorrer mudanças de cor, formação
de compostos ácidos e, em um estágio avançado da oxidação, precipitação de borra, que podem
prejudicar as propriedades elétricas.
Além dos produtos de oxidação, outros contaminantes, como água, partículas sólidas e compostos
polares solúveis em óleo, podem se acumular no óleo durante o serviço e alterar suas propriedades.
A deterioração de outros materiais que possam interferir no funcionamento adequado do equipamento
elétrico e diminuir sua vida útil pode também ser indicada por mudanças nas propriedades do óleo.
A presença destes contaminantes e de produtos de oxidação do óleo é indicada por alteração de uma
ou mais propriedades, da maneira descrita na Tabela 1.
Um grande número de ensaios pode ser aplicado aos óleos minerais isolantes em equipamentos elé-
tricos. Os ensaios relacionados na Tabela 1, classificados como Grupo 1, são considerados suficientes
para determinar se as condições do óleo são adequadas para operação contínua e sugerir o tipo de
ação corretiva necessária, onde aplicável. Os ensaios não estão relacionados em ordem de prioridade.
Além da cor, a aparência do óleo pode apresentar turbidez ou sedimentos, que podem indicar a pre-
sença de água livre, borra insolúvel, carbono, fibras, sujeira ou outros contaminantes.
5.3 Densidade
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A densidade é usada para identificação do tipo de óleo. Em climas frios, a densidade do óleo pode ser
importante na determinação de sua adequabilidade para uso. Por exemplo, cristais de gelo formados
a partir de água separada podem flutuar no óleo de alta densidade e levar à abertura de arco elétrico
na fusão posterior. Não há evidência de que a densidade seja afetada pela deterioração normal do óleo.
A determinação de perdas dielétricas pode ser realizada por meio da medição do fator de potência
ou do fator de dissipação.
Limites aceitáveis para estes parâmetros dependem muito do tipo do equipamento. Entretanto, valores
altos do fator de dissipação dielétrica ou valores baixos de resistividade, podem afetar prejudicialmente
o fator de potência e/ou a resistência de isolamento do equipamento elétrico.
Há geralmente uma relação entre o fator de perdas dielétricas e a resistividade, com a resistividade
decrescendo à medida que o fator de perdas dielétricas aumenta. Normalmente não é necessário
realizar ambos os ensaios no mesmo óleo e geralmente o fator de perdas dielétricas é o ensaio mais
utilizado. A resistividade e o fator de perdas dielétricas são dependentes da temperatura. A Figura 1
exemplifica as alterações típicas da resistividade com a temperatura para óleos isolantes que são
aparentemente isentos de contaminação sólida e de água.
Informações úteis adicionais podem ser obtidas pela medição da resistividade ou do fator de perdas
dielétricas sob temperatura ambiente e sob uma temperatura maior, como 90 °C.
Óleos que atendem aos valores-limites, conforme 9.3, têm características similares às curvas A e B na
Figura 1 e apresentam resultados satisfatórios de ensaios tanto em altas como em baixas temperaturas.
Óleos que não atendem aos valores-limites, conforme 9.3, têm características similares à curva C e
apresentam resultados satisfatórios de ensaios sob 90 °C, combinados com um valor insatisfatório
em baixa temperatura. Isso é uma indicação da presença de água ou de produtos de degradação/
deterioração precipitáveis a frio sem qualquer quantidade significativa de degradação química ou
contaminação geral. Os resultados insatisfatórios em ambas as temperaturas indicam uma maior
extensão de contaminação, podendo impossibilitar a restauração do óleo para uma condição satisfa-
tória por recondicionamento.
A medição da resistividade pode ser útil para o monitoramento dos óleos em serviço, pois se mostrou
razoavelmente proporcional aos ácidos de oxidação e é afetada pelos contaminantes indesejáveis,
como sais metálicos e água. Outros compostos presentes em óleos usados, que podem afetar
a resistividade, incluem aldeídos, cetonas e álcoois. Um aumento da temperatura reduz a resistividade,
assim como acontece com a água, quando precipitada a baixas temperaturas, uma vez que atingiu
o ponto de saturação.
NOTA Foi observado nos transformadores de instrumentos que alguns tipos de óleo podem apresentar
um grande aumento no fator de perdas dielétricas, após um tempo de oxidação muito pequeno, conduzindo
à falha do equipamento.
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1000
500
200
100
B
50
Resistividade GΩ m
20
A C
10
0,5
0,2
0 20 40 60 80 100 120
Temperatura do óleo °C
Legenda
A óleo seco com resistividade de 60 GΩ⋅m a 20 °C
B óleo seco com resistividade de 200 GΩ⋅m a 20 °C
C óleo úmido, com 100 % de saturação à temperatura de 35 °C
O óleo seco e limpo apresenta uma rigidez dielétrica inerentemente alta. Água livre e partículas sólidas,
particularmente estas últimas em combinação com altos níveis de água dissolvida, tendem a migrar
para regiões de alta solicitação elétrica e reduzir drasticamente a rigidez dielétrica. A medida da rigidez
dielétrica, portanto, serve principalmente para indicar a presença de contaminantes, como água ou
partículas. Um valor baixo de rigidez dielétrica pode indicar que um ou mais destes elementos está
presente. Entretanto, uma alta rigidez dielétrica não indica necessariamente a ausência de contaminantes.
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A tensão interfacial entre o óleo e a água é um ensaio para se detectar contaminantes polares solúveis
e produtos de oxidação. Esta característica varia com rapidez durante os estágios iniciais de envelhe-
cimento, mas tende a estabilizar quando a deterioração é ainda moderada.
Uma rápida diminuição da tensão interfacial pode também ser uma indicação de problemas de
compatibilidade entre o óleo e alguns materiais do transformador (vernizes, gaxetas etc.) ou de conta-
minação durante o enchimento com óleo.
5.8.1 Geral
O teor de água no óleo e na isolação sólida tem portanto um impacto significativo na condição opera-
tiva e na vida útil do transformador.
As duas principais fontes de aumento de teor de água no sistema isolante do transformador são:
Nos equipamentos elétricos isolados a óleo mineral, a água está presente no óleo na forma dissolvida
e eventualmente como um hidrato adsorvido por produtos polares de envelhecimento (água ligada)
em óleos muito oxidados. Partículas, como fibras de celulose também podem reter alguma água.
O teor de água absoluto, normalmente denominado simplesmente como teor ou conteúdo de água,
tem seu resultado expresso em mg/kg e independe da temperatura, do tipo e condição do óleo. O teor
de água absoluto pode ser medido conforme a ABNT NBR10710.
Por outro lado, a solubilidade de água no óleo, embora também expressa em mg/kg, é dependente da
temperatura, da condição e do tipo de óleo.
A saturação relativa da água no óleo é definida pela relação do teor de água absoluto dividido pela
solubilidade da água no óleo, e o resultado é dado em percentagem. A saturação relativa pode ser
avaliada pela utilização de um método adequado, como o descrito na BS 6522 ou, online por meio de
sensores capacitivos [6].
Transformadores passam por um processo de secagem durante a fabricação até que medições ou
procedimentos padronizados obtenham teores de umidade no isolamento celulósico inferiores a 0,5 % ou
1,0 %, dependendo dos valores acordados entre o comprador e fabricante do equipamento elétrico.
Após a secagem inicial, o conteúdo de umidade do sistema de isolamento celulósico aumenta, depen-
dendo das condições ambientais e/ou de operação.
Em um transformador, a massa total de água deve estar distribuída entre o isolamento celulósico (papel)
e o óleo de tal modo que a maior parte da água esteja no papel. Pequenas mudanças na temperatura
alteram significativamente o teor de água dissolvida no óleo, mas alteram apenas ligeiramente o teor
de água do papel.
Todos os cálculos e correlações entre o teor de água no óleo e o conteúdo de água na isolação celulósica
são dependentes de uma condição de equilíbrio entre o óleo isolante e o isolamento celulósico e
vice-versa. Este equilíbrio é influenciado por muitos fatores, como a diferença de temperatura entre
óleo e isolação celulósica. Uma estimativa da condição da isolação celulósica a partir dos valores de
saturação relativa da água em óleo é apresentada no Anexo B (Seção B.4).
A rigidez dielétrica e o teor de água estão fortemente correlacionados. Ambos são dependentes
da temperatura e, portanto, é mais adequado medir o teor de água em diferentes temperaturas de
operação do transformador, a fim de obter uma avaliação confiável da umidade na isolação celulósica.
A interpretação do teor de água no óleo está fortemente relacionada com a temperatura do óleo
durante a amostragem tomada diretamente no fluxo de óleo. Para transformadores com uma carga
relativamente constante, um cálculo normalizado do teor de água para 20 °C pode ser útil para análise
de tendências. O procedimento é descrito no Anexo B (Seção B.2).
Sedimento inclui:
b) produtos sólidos decorrentes das condições de serviço do equipamento; carbono, metal, óxidos
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metálicos;
A presença de sedimento e/ou borra pode alterar as propriedades elétricas do óleo e, além disso, os
depósitos podem impedir a troca de calor, favorecendo assim a degradação térmica dos materiais
isolantes.
O sedimento e a borra devem ser medidos de acordo com o método descrito no Anexo A.
A capacidade do óleo mineral isolante de suportar a oxidação sob solicitação térmica e na presença
de oxigênio e de um catalisador de cobre é chamada estabilidade à oxidação. Ela fornece informações
gerais sobre a expectativa de vida do óleo sob as condições de serviço no equipamento elétrico.
A propriedade é definida como resistência à formação de compostos ácidos, borra e compostos
que exercem influência no fator de perdas dielétricas sob determinadas condições. Os limites de
desempenho aceitáveis devem estar de acordo com as especificações vigentes da Agência Nacional
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP [2].
Os inibidores de oxidação sintéticos podem ser adicionados para aprimorar a estabilidade à oxidação.
Em óleos para transformadores, é utilizado principalmente o tipo fenólico; o composto geralmente
usado é o 2,6-diterc-butil-paracresol (DBPC). A eficiência dos inibidores adicionados varia com a
composição química do óleo básico.
O envelhecimento dos óleos não inibidos é normalmente monitorado pela formação de compostos de
oxidação identificados pelo aumento na acidez, no fator de perdas dielétricas e na redução da tensão
interfacial (ver 5.4; 5.5; e 5.7).
Em estágio avançado de oxidação, borra solúvel e insolúvel também podem ser determinadas de
acordo com o Anexo A.
NOTA Os óleos minerais naftênicos, produzidos com elevados teores de enxofre e conteúdo de carbono
aromáticos, com a finalidade de apresentarem tendência à evolução de gases negativa e elevada estabi-
lidade à oxidação, sem a necessidade de aditivos antioxidantes, podem apresentar potencial corrosivo em
determinadas condições de operação.
Os óleos inibidos têm um comportamento diferente de oxidação comparados aos óleos não inibidos.
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No início, o inibidor sintético é consumido com pouca formação de produtos de oxidação. Isso é
conhecido como período de indução. Após o inibidor ser consumido, a taxa de oxidação é determinada
principalmente pela estabilidade à oxidação do óleo básico.
O teor de inibidor deve ser monitorado em intervalos regulares, cuja frequência depende da tempera-
tura operacional e dos níveis de carga. Quando o teor do inibidor for inferior ao indicado na Tabela 7,
existem duas opções, descritas a seguir:
a) reinibição do óleo para o valor original da concentração do inibidor, se outros parâmetros indicarem
um baixo grau de oxidação;
b) se o óleo apresentar grau elevado de oxidação, executar regeneração e inibição até a concentração
original.
NOTA 1 Para determinar o desempenho do óleo após reinibição, podem ser utilizados os ensaios de esta-
bilidade à oxidação. Como estes ensaios são destinados a óleos novos, a interpretação dos resultados de
ensaio pode ser difícil. Embora não amplamente utilizada, a ABNT NBR 15362 pode ser benéfica na determi-
nação do tempo de indução para óleos inibidos.
NOTA 2 A presença de inibidores de corrosão, normalmente derivados de benzotriazol (BTA), pode ocorrer
nos óleos com elevados teores de enxofre e conteúdo de carbonos aromáticos. Neste caso, o ensaio de
estabilidade à oxidação e ensaio de enxofre corrosivo terão seus resultados influenciados. Recomenda-se
a verificação da presença de inibidores de corrosão, conforme a ABNT NBR 16270.
As bifenilas policloradas (PCB) são uma família de hidrocarbonetos aromáticos clorados sintéticos,
com boas propriedades térmicas e elétricas. Estas propriedades, combinadas com a excelente estabi-
lidade química, tornaram-nas úteis em numerosas aplicações comerciais. Entretanto, sua estabilidade
química e resistência à biodegradação deram origem à preocupação relacionada com a poluição
ambiental, higiene e segurança do trabalho.
NOTA Com a preocupação crescente sobre o impacto ambiental dos PCB, no Brasil, foi publicada em
1981 a Portaria Interministerial 019 [3] que proíbe a comercialização e uso de PCB em todo o território
nacional. Em 2005, o país ratifica a Convenção de Estocolmo com o compromisso da retirada total de uso de
PCB até o ano de 2025 [4].
O teor de PCB do óleo em equipamentos novos deve ser medido para confirmar se o óleo está
isento de PCB. Daí em diante, sempre que houver um risco de contaminação potencial (tratamento
de óleo, reparos em transformador etc.), o óleo deve ser analisado conforme a ABNT NBR 13882.
Se o teor de PCB exceder os limites definidos, devem ser adotadas medidas conforme indicado na
ABNT NBR 8371.
Toda a informação que envolve a questão do PCB, em óleos isolantes e equipamentos elétricos,
incluindo armazenamento, transporte, concentrações-limite, técnicas de análise aplicáveis, destinação
final, dentre outros, se encontra descrita na ABNT NBR 8371.
Os óleos que não contêm aditivos são considerados compatíveis entre si e podem ser misturados em
qualquer proporção. A experiência de campo indica que nenhum problema foi encontrado quando óleo
novo foi adicionado em pequenas porcentagens, ou seja, menos de 5 %, a óleos usados classificados
como ‘bons’ (ver 9.3), embora adições maiores a óleos muito envelhecidos possam provocar a
precipitação de borra.
b) acidez; e
NOTA Se no mínimo um dos óleos da mistura for inibido, então convém que o procedimento para o
ensaio de estabilidade à oxidação para óleo inibido seja utilizado.
Algumas moléculas contendo enxofre também podem causar a formação de sulfeto de cobre (Cu2S),
que, por sua vez, se deposita na isolação celulósica do equipamento elétrico. Este fenômeno leva
a uma redução das propriedades do isolamento elétrico e já resultou em várias falhas de equipa-
mentos em serviço [7].
A ANP [2] fornece especificações técnicas para óleos novos que visam assegurar que a deposição
do sulfeto de cobre (Cu2S) no papel não ocorra em serviço. O ensaio utilizado para este propósito
(ABNT NBR 10505) é aplicado a óleos que não contêm aditivo passivador de metal.
A metodologia de ensaio da ABNT NBR 10505 foi desenvolvida em princípio para recebimento e
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qualificação de líquidos isolantes novos, antes de qualquer contato com materiais de fabricação de
equipamentos elétricos. Dois procedimentos são apresentados, um para a corrosão em cobre e outro
para a corrosão em prata. O cobre é ligeiramente menos sensível à corrosão do enxofre do que a
prata, mas os resultados são mais fáceis de interpretar e menos propensos a erros. O procedimento
para a corrosão em prata é fornecido especificamente para aqueles usuários que têm aplicações onde
o líquido isolante está em contato com uma superfície de prata e, em particular, para a determinação
de corrosividade em óleos regenerados.
Para a aplicação do método de corrosão em cobre em óleos após contato com o equipamento, óleos
regenerados ou óleos usados, deve-se levar em consideração que a presença de compostos de
oxidação do óleo pode alterar ou mascarar a cor das tiras de cobre, prejudicando a interpretação dos
resultados. Como alternativa, a ABNT NBR 10505:2017, Anexo A, apresenta um método de corrosão
em cobre especialmente desenvolvido para o monitoramento de óleos em serviço, onde a influência
da cor do óleo e a presença de compostos de oxidação é minimizada.
Uma combinação de vários fatores, não só o potencial de corrosividade do óleo, pode levar a uma
falha no equipamento elétrico. Neste caso, deve ser realizada uma avaliação de riscos, incluindo as
condições de operação e projeto do equipamento.
O efeito de partículas na rigidez dielétrica do óleo isolante depende do tipo de partícula (metálica,
fibras, borra etc.) e do seu teor de água.
A identificação da natureza das partículas é mais importante do que a contagem de partículas, uma
vez que partículas metálicas podem ser muito mais perigosas do que a fibra de celulose. Além disso,
a identificação de partículas é um passo necessário para verificar a origem dessas partículas e para
permitir a ação corretiva rápida.
A investigação sobre a natureza das partículas pode ser feita por intermédio de espectrometria
de emissão atômica, espectrofotometria de absorção atômica, ferrografia analítica ou outra técnica
similar que atenda aos requisitos (ver ASTM D 5185, ASTM D 6595, ASTM D 7151 e CIGRE Technical
Brochure 157).
O ponto de fluidez é uma medida da capacidade do óleo fluir sob baixas temperaturas. Não há evi-
dências de que esta propriedade seja afetada pela deterioração normal do óleo. Alterações no ponto
de fluidez podem normalmente ser interpretadas como o resultado da complementação com tipos
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diferentes de óleo.
Descargas elétricas no óleo ou exposição prolongada a temperaturas muito altas podem produzir
quantidades suficientes de hidrocarbonetos de baixa massa molecular, causando a diminuição do ponto
de fulgor do óleo.
Um ponto de fulgor baixo pode ser indicação da presença de produtos combustíveis voláteis no óleo.
Isto pode resultar da contaminação por um solvente, mas, em alguns casos, observou-se que a causa
era devida a descargas com centelhamento intenso.
NOTA 1 É importante notar que há óleos com característica corrosiva em serviço, apesar da ausência de DBDS.
NOTA 2 O dibenzil dissulfeto é um composto de enxofre usado como aditivo antioxidante em compostos de
borracha, estabilizador para frações de petróleo e, aditivo para óleos silicone e lubrificante.
5.18 Passivador
A adição de um passivador de metal é a técnica de mitigação que tem sido usada amplamente, a fim
de minimizar os riscos de corrosividade ao cobre por compostos de enxofre corrosivo em óleos em
serviços que não cumpram com os requisitos da ABNT NBR 10505. Em particular, um derivado do
tolutriazol tem sido utilizado. Tipicamente 100 mg/kg (0,01 % em peso) desta substância é adicionada
para inibir as reações do cobre com enxofre corrosivo.
Os passivadores de metal são aditivos químicos derivados do tolutriazol adicionado aos óleos minerais
isolantes em serviço de modo a passivar o cobre do transformador na prevenção da ocorrência de
corrosividade devido a presença de compostos de enxofre corrosivo.
Passivadores de metal tem uma longa história de uso em óleo mineral, principalmente em óleo lubrifi-
cante, mas também, em menor medida, em óleo isolante. Eles têm sido utilizados não só para neutra-
lizar a corrosão, mas também para melhorar a estabilidade à oxidação e para suprimir a eletricidade
estática.
Na passivação, após um período de equilíbrio, em que parte do composto é absorvido pelo papel,
um teor entre 65 mg/kg e 70 mg/kg permanece no óleo isolante. É essencial monitorar o teor de
passivador durante o serviço para garantir a proteção continuada do transformador. Os estudos da
CIGRÉ [8] demonstram que o passivador é efetivo para prevenir a corrosividade em concentrações
acima de 20 mg/kg.
5.19 Viscosidade
A viscosidade está relacionada à velocidade de fluxo do líquido dielétrico e tem influência sobre
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O envelhecimento e a oxidação normal do óleo não afetam de maneira significativa a sua viscosidade.
A formação de gases em equipamentos elétricos imersos em óleo pode se dar devido ao processo de
envelhecimento natural, e/ou em maior quantidade, como resultado de defeitos incipientes. A operação
em presença de defeitos pode causar sérios danos aos equipamentos. Logo, é de grande interesse
que se possa detectar o defeito em seu estágio inicial de desenvolvimento, podendo a natureza e a
importância dos defeitos serem avaliadas a partir da composição dos gases e da taxa de crescimento
com que são formados.
A análise periódica de amostras de óleo quanto a gases dissolvidos é uma das formas de detectar
defeitos em equipamentos elétricos.
A interpretação dos resultados obtidos por esta técnica deve ser conforme a ABNT NBR 7274.
Esta interpretação e a significação de uma análise são melhoradas se forem utilizados o mesmo
material e as mesmas técnicas durante toda a investigação. Isto é particularmente importante quando
se trata de apreciar a evolução da formação de gases em um equipamento, por meio de análises de
amostragens feitas em intervalos sucessivos.
5.21 Metais
A contaminação do óleo mineral isolante por metais é causa de preocupação por parte de fabri-
cantes e usuários de transformadores e reatores, principalmente de alta e extra-alta-tensão. Trabalhos
técnicos desenvolvidos por vários pesquisadores demonstram principalmente a grande influência das
partículas metálicas sobre a rigidez dielétrica do óleo.
Em equipamentos novos, os metais em suspensão no óleo podem ser provenientes das diversas
etapas de fabricação e montagem (cobre, ferro, silício, etc.) e em equipamentos em operação, além
dos metais presentes no equipamento novo, o nível de contaminação por metais pode aumentar devido
a problemas operacionais com bombas de circulação, descargas elétricas e desgaste mecânico.
Os metais que se encontram em suspensão no óleo podem ser atraídos para regiões de altos esforços
dielétricos, agrupando-se como agulhas em cadeia, que concentram estes esforços. Isto pode dar
origem a descargas parciais e inclusive pode causar a ruptura dielétrica do óleo (arco).
A técnica utilizada atualmente para a determinação de metais em óleo mineral isolante é chamada
de espectrometria de emissão atômica, acoplada ao plasma (ICP-AES).
Ferrografia é uma técnica que permite uma avaliação do desgaste dos componentes de uma máquina,
possibilitando a separação, classificação, medição e visualização das partículas existentes em uma
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amostra de óleo mineral isolante. Esta técnica pode ser empregada na análise de falhas, avaliação de
desempenho e também como uma técnica de manutenção preditiva.
O desenvolvimento desta técnica foi baseado em premissas como: todas as máquinas desgastam,
o desgaste gera partículas, sendo que o tamanho e a quantidade de partículas geradas indicam o tipo
de desgaste e apontam para possíveis causas. Se a velocidade do fluxo de óleo é baixa, a maioria das
partículas suspensas no óleo (desgaste, contaminação, etc.) se decanta.
A ferrografia analítica identifica o tipo de desgaste (pitting, abrasão por contaminantes, desalinha-
mentos, corrosão etc.).
Para amostragem do óleo isolante em equipamento, proceder conforme a ABNT NBR 8840. Quando
disponível, as instruções do fabricante devem ser seguidas.
7 Categorias de equipamentos
Os equipamentos foram divididos, independentemente do tipo, em classes de tensão, sendo:
As propriedades podem variar com o tipo de equipamento devido aos diferentes tipos de material
e relações entre a isolação líquida e sólida, contemplando os limites da Tabela 2.
em equipamentos novos
Categoria de equipamento c
Características b Método de ensaio > 36,2 kV > 72,5 kV
≤ 36,2 kV > 145 kV
≤ 72,5 kV ≤ 145 kV
Aparência Visual Claro e isento de materiais em suspensão
Cor, máx. ABNT NBR 14483 1,0
Índice de neutralização,
ABNT NBR 14248 0,03
mg KOH/g, máx.
Tensão interfacial a
ABNT NBR 6234 40
25 °C, mN/m, mín.
Teor de água, mg/kg, máx. ABNT NBR 10710 20 15 10 10
Rigidez dielétrica, kV, mín.
ABNT NBR IEC 60156 55 60 70 80
Eletrodo tipo calota
Fator de perdas dielétricas,
%, máx.d
% a 25 °C ABNT NBR 12133 0,05 0,05
% a 90 °C 0,70 0,50
% a 100 °C 0,90 0,60
Teor de PCB, mg/kg, ABNT NBR 13882 ND
ABNT NBR 10505
Enxofre corrosivo Não corrosivo
DIN 51353
Contagem de partículas,
máx. e, f
● ≥ 4 µm ABNT NBR 14275
● ≥ 5 µm ISO 4407
10 000
Antes do enchimento g: – partículas
/100 mL
15 000
Após o enchimento h: – partículas
/100 mL
Tabela 2 (continuação)
Categoria de equipamento c
Características b Método de ensaio > 36,2 kV > 72,5 kV
≤ 36,2 kV > 145 kV
≤ 72,5 kV ≤ 145 kV
15 000
Após o enchimento h: – partículas
/100 mL
a Estes valores de referência são aplicados a ensaios realizados em amostras antes do enchimento, retiradas após
24 h e até 30 dias após o enchimento do equipamento, antes da energização. Nos casos onde a energização for
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superior a 30 dias e dentro do período de garantia do equipamento, os valores de referência devem ser acordados
entre comprador e fabricante.
b Além das mencionadas anteriormente, outras características podem ser determinadas nos casos de necessidade
de identificação do tipo de óleo ou mais informações sobre ele.
c Para óleos de tanque de comutador, os valores de referência são os mesmos do óleo do equipamento, respeitando
a classe de tensão.
d Valores para fator de perdas dielétricas acima dos recomendados podem indicar excessiva contaminação ou
aplicação indevida de materiais sólidos na manufatura do equipamento e devem ser investigados.
e Os padrões utilizados anteriormente ao ano de 1999 (ACFTD) não são equivalentes aos atuais padrões NIST,
que agora são utilizados por contadores automáticos e apresentam valores divergentes. Para compatibilizar os
resultados anteriores aos atuais padrões NIST, o que antes era quantificado como 2 µm, agora é considerado
como 4 µm, via contagem automatizada (ABNT NBR 14275) ou 5 µm, via contagem real por microscopia óptica
(ISO 4407).
f Os valores apresentados nesta Tabela referem-se a transformadores de potência e reatores (para categorias com
classe de tensão acima de 145 kV).
g O valor de referência da contagem de partículas antes do enchimento (para categorias de equipamentos maior ou
igual a 525 kV) é de no máximo 5 000 partículas/100 mL.
h O valor de referência da contagem de partículas após enchimento (para categorias de equipamentos maior ou igual
a 525 kV) é de no máximo 7 000 partículas/100 mL.
ND = Não detectado
Em alguns casos, o primeiro sinal da deterioração do óleo pode ser obtido pela observação direta da
cor e limpidez do óleo através do visor do conservador. Do ponto de vista ambiental, esta inspeção
simples e fácil pode ser também utilizada para monitorar vazamentos e derramamentos de óleo no solo.
A interpretação dos resultados, em relação à deterioração funcional do óleo, deve ser efetuada por
pessoa capacitada com base nos seguintes elementos de gerenciamento de risco e análise do ciclo
de vida:
a) valores característicos para o tipo e família de óleos e equipamentos desenvolvidos por métodos
estatísticos;
b) avaliação de tendência e a taxa de variação dos valores para uma determinada propriedade do óleo;
No caso de óleo contaminado com PCB, o impacto ambiental é um fator crítico a ser considerado,
assim como as regulamentações locais. Se houver suspeita de que o óleo tenha sido contaminado com
PCB, devem ser realizadas análises específicas, e a interpretação dos resultados deve ser utilizada
na avaliação do risco para serem consideradas a prevenção e a mitigação dos danos potenciais ao
ambiente e para serem evitados riscos desnecessários à equipe e para o público.
9.1.1 Não é possível determinar uma regra geral para periodicidade das análises do óleo em serviço,
que possa ser aplicada a todas as situações encontradas.
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9.1.2 A periodicidade depende do tipo, função, categoria (classe de tensão) e condições de serviço
do equipamento e do óleo, e deve levar em consideração ainda a importância relativa do equipamento
para o processo produtivo do usuário.
e) após o término da garantia, realizar anualmente os ensaios físico químicos do Grupo 1 – Tabela 1
juntamente com análise de gases dissolvidos por cromatografia.
NOTA Esta recomendação de periodicidade não se aplica a transformadores para redes aéreas de
distribuição.
9.1.4 Outros critérios devem ser seguidos em condições especiais, por exemplo:
b) equipamentos, onde algumas propriedades significativas do óleo se aproximam do limite reco-
mendado para a continuação em serviço, requerem análises mais frequentes.
9.2.1 Geral
O local, número e tipo de ensaios que podem ser realizados em uma dada amostra de óleo, variam
dependendo das circunstâncias locais e de considerações econômicas.
c) eliminar qualquer alteração das propriedades da amostra de óleo em razão do transporte para um
laboratório e/ou armazenamento de amostras de óleo; e
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—— rigidez dielétrica;
—— acidez.
NOTA A experiência tem mostrado que os ensaios de rigidez dielétrica e teor de água realizados no campo
podem produzir resultados confiáveis e podem ser utilizados como ensaios de aceitação.
Uma avaliação completa inclui todos os ensaios relacionados na Tabela 1. Entretanto, estes ensaios
podem ser subdivididos em três grupos. Os ensaios aplicáveis a um ou mais grupos podem ser
exigidos de acordo com os requisitos específicos (Tabelas 1 e 2).
De acordo com a experiência atual, os óleos em serviço podem ser classificados como “atendem aos
valores-limites” ou “não atendem aos valores-limites”, com base na avaliação de suas propriedades.
a) quando um resultado de ensaio estiver fora dos limites recomendados nas Tabelas 7 a 10, este
deve ser comparado com resultados anteriores. No caso de resultados discrepantes com o
histórico, uma nova amostra deve ser retirada para confirmação antes que qualquer outra ação
seja adotada;
b) se forem observadas alterações significativas nas características do óleo, ensaios mais frequentes
devem ser realizados e a ação corretiva apropriada deve ser adotada. Pode ser desejável consultar
o fabricante do equipamento.
NOTA 1 Em alguns casos, se a contaminação química for extremamente elevada, pode ser mais econômica a substi-
tuição do óleo. Um ensaio de viabilidade de regeneração é recomendável.
NOTA 2 Quanto mais envelhecido estiver o óleo no momento de passivação e mais severa as condições de operação
do equipamento, maior é o risco de que passivação não seja uma solução suficiente a longo prazo. Um esquema
detalhado para tratar de enxofre corrosivo e formação de sulfeto de cobre é proposto na Brochura CIGRÉ, nº 378 [7].
10 Manuseio e armazenamento
O máximo cuidado no manuseio do óleo é essencial.
Deve-se ter especial atenção a procedimentos para manipulação segura do óleo isolante, e procedi-
mentos ambientais devem ser adotados de acordo com os regulamentos locais.
Atenção especial deve ser dada para evitar a contaminação cruzada por PCB e também por outros
tipos de óleos isolantes, como silicone, óleo vegetal.
Os tambores devem ser identificados claramente de forma a indicar se são para óleo limpo ou sujo,
e devem ser reservados para o tipo indicado. Nenhum tipo de produto, exceto óleo mineral isolante,
deve ser colocado previamente em tambores ou caminhões-tanque utilizados para destinação do óleo.
Os tambores devem ser armazenados horizontalmente e colocados em posição tal que haja uma
pressão do óleo na tampa ou no bujão. Preferencialmente, devem ser armazenados em local abrigado
e ventilado.
Na prática, pode-se encontrar dificuldade para manter a qualidade do óleo quando este é transferido
de um recipiente para outro em função de uma possível contaminação. Portanto recomenda-se que
este procedimento seja realizado com os devidos cuidados, por pessoal capacitado, no sentido de
evitar contaminações que possam interferir nas características físico-químicas do óleo isolante.
Em locais com equipamentos de tratamento de óleo fixos, a tubulação que sai dos tanques de óleo
limpo para o equipamento elétrico deve ser mantida limpa e isenta de água. Respiradores com
desumidificadores devem ser regularmente inspecionados. Onde unidades móveis de tratamento são
utilizadas, as tubulações flexíveis e as bombas manuais devem ser cuidadosamente inspecionadas
para assegurar que estejam isentas de sujeira e água, bem como devem ser lavadas com óleo limpo
antes do uso. Se o óleo limpo for proveniente de tambores, ele deve ter sido ensaiado recentemente
e os orifícios de enchimento dos tambores devem estar limpos.
As mangueiras utilizadas para óleo limpo e as mangueiras utilizadas para óleo sujo devem ser
claramente identificadas e equipadas com plugues para o fechamento das extremidades, quando fora
de uso. As mangueiras devem ser compatíveis com o óleo. Se mangueiras blindadas com malha de
aço forem utilizadas, elas devem ser interligadas eletricamente e devidamente aterradas para impedir
o acúmulo de cargas estáticas.
11 Tratamento
O tratamento de óleos usados deve ser efetuado com o devido cuidado. Todas as medidas de
segurança devem ser adotadas para minimizar qualquer risco aos trabalhadores, à saúde pública e
ao meio ambiente. O tratamento do óleo deve ser realizado por pessoal qualificado e rigorosamente
de acordo com as regulamentações locais. A avaliação completa do risco deve ser sempre efetuada
antes de iniciar qualquer tratamento.
Deve-se exercer controle rigoroso para que seja evitada a contaminação cruzada por PCB.
Deve-se exercer controle rigoroso para evitar derramamento acidental no meio ambiente. Tubulações,
bombas e mangueiras devem ser cuidadosamente inspecionadas quanto à estanqueidade.
Como os tratamentos de óleo são normalmente realizados sob vácuo, deve-se prestar atenção
especial para evitar emissões para a atmosfera.
Os tratamentos de óleo produzem resíduos e portanto faz-se necessário escolher a melhor tecnologia
disponível para minimizar a geração de resíduos ou materiais sujos. Descartar os resíduos de acordo
com as regulamentações locais.
Se o tratamento for realizado em equipamento energizado, medidas rígidas de segurança devem ser
adotadas para evitar risco aos trabalhadores e ao equipamento.
Deve-se tomar o devido cuidado ao manusear óleo aquecido. Os trabalhadores devem usar os equi-
pamentos de proteção individual adequados de acordo com as regulamentações locais e a avaliação
de risco.
11.1 Recondicionamento
11.1.1 Geral
O recondicionamento é um processo que elimina ou reduz a contaminação física por meio de pro-
cessos físicos (filtração, desumidificação, desgaseificação etc.)
O recondicionamento reduz o teor de partículas e de água do óleo. O processo pode também remover
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alguns gases dissolvidos e outros componentes, como compostos furânicos. Após a intervenção, os
parâmetros de acompanhamento podem sofrer alterações e os novos valores devem ser utilizados
para avaliação do desempenho do óleo no equipamento.
Os meios físicos utilizados para a remoção de água e partículas do óleo incluem vários tipos de
filtração, centrifugação e técnicas de tratamento termovácuo.
Se o tratamento sob vácuo não for empregado, é recomendável limitar a temperatura a 30 °C. Se o
tratamento sob vácuo for utilizado, uma temperatura mais elevada pode ser vantajosa. Entretanto,
sob o vácuo utilizado, o ponto de ebulição inicial do óleo sob tratamento não pode ser ultrapassado
para evitar a perda indevida de frações mais leves. Se esta informação não estiver disponível,
é recomendável que o óleo não seja tratado sob vácuo a temperaturas superiores a 85 °C.
NOTA O processamento de óleo mineral isolante inibido sob vácuo e sob temperaturas elevadas
pode causar perda parcial de inibidores de oxidação. Os inibidores comuns, 2,6-ditert-butil-paracresol e
2,6-ditert-butil fenol, são mais voláteis que o óleo mineral isolante. A seletividade para a remoção da água
e ar em vez da perda de inibidor e óleo é aprimorada pelo uso de baixa temperatura de processamento.
Se for desejável reduzir partículas sólidas e água livre, a filtragem sob temperatura ambiente e pressão
atmosférica pode ser apropriada. Esse processo não é adequado para grandes quantidades de água
livre, sendo recomendada a remoção do excesso antes da filtração do óleo.
Os filtros utilizados para o tratamento dos óleos sujeitos ao risco de contaminação por carbono (por
exemplo, de comutadores de derivações) não podem ser utilizados para o tratamento de outros óleos.
Para evitar a perda de aditivos, as condições que se apresentaram como satisfatórias para a maior
parte do processamento de óleo mineral inibido são mostradas na Tabela 5.
Se o óleo for purificado a quente, sua viscosidade vai ser reduzida e a vazão com certos tipos de
purificador vai ser maior. Por outro lado, a borra e a água livre são mais solúveis no óleo quente,
portanto, as partículas e a água livre são mais eficazmente removidas pelo tratamento à temperatura
ambiente. A água dissolvida, a água emulsionada e os gases dissolvidos são eficazmente removidos
pelo tratamento aquecido sob vácuo.
Se o óleo contiver material particulado, é recomendável passá-lo através de filtro antes do processa-
mento sob vácuo.
Tabela 5 – Condições para o processamento de óleos minerais isolantes inibidos e/ou passivados
Temperatura Pressão mínima
(°C) (Pa)
40 8
50 15
60 30
70 80
80 200
85 280
NOTA Existe dois documentos com informações sobre recondicionamento: Brochura técnica CIGRE
nº 227 [5] e Brochura técnica CIGRE nº 413 [8].
11.1.2.1 Filtros
O equipamento de filtração normalmente força a passagem do óleo sob pressão através de material
absorvente como papel ou outro meio filtrante. Os filtros deste tipo são normalmente utilizados para
remover contaminantes em suspensão (o meio filtrante deve ser capaz de remover partículas maiores
que 5 μm). Este equipamento não desgaseifica o óleo.
Deve-se tomar cuidado para se assegurar que os filtros de papel sejam do grau correto, de modo que
não soltem fibras.
Durante o serviço, os filtros contaminam-se com o óleo usado e com partículas sólidas, portanto,
o seu descarte deve estar de acordo com as regulamentações locais. Os filtros que provavelmente
foram contaminados com PCB devem ser descartados conforme os procedimentos recomendados na
ABNT NBR 8371.
11.1.2.2 Centrífugas
Em geral, uma centrífuga pode tratar uma concentração muito maior de contaminantes do que um
filtro convencional, mas não remove alguns contaminantes sólidos com a eficiência de um filtro.
Consequentemente, a centrífuga é, em geral, usada para limpeza grosseira, onde grande quantidade
de óleo contaminado deve ser tratado.
O processo de tratamento sob vácuo é um meio eficiente para a redução do teor de gás e água de
um óleo mineral isolante para valores muito baixos (para remover o excesso de água de sistemas
de isolação de papel, o tratamento termovácuo não é um processo eficiente. Neste caso, técnicas
especiais podem ser necessárias).
Existem dois tipos de sistemas de tratamento termovácuo e ambos funcionam com temperatura
elevada. Em um método, o tratamento é realizado por meio da pulverização do óleo em uma câmara
de vácuo; no outro, o óleo flui em finas camadas sobre um conjunto de defletores dentro de uma
câmara de vácuo. Em ambos os tipos, o objetivo é expor a máxima superfície e a mínima espessura
de óleo ao vácuo.
Além da remoção de água, o tratamento termovácuo desgaseifica o óleo e pode remover alguns
ácidos mais voláteis e derivados de furanos.
O óleo é circulado através do purificador, sendo retirado do fundo do tanque do equipamento elétrico.
O reenchimento é executado pelo topo e deve ser efetuado suave e horizontalmente no ou próximo ao
nível superior do óleo, para evitar, tanto quanto possível, a mistura de óleo limpo com óleo que ainda
não passou através do purificador. O método de circulação é particularmente útil para a remoção
de contaminantes suspensos mas, pode ser que, nem todos os contaminantes aderentes sejam
necessariamente removidos.
A experiência tem mostrado que geralmente é necessário passar o volume total de óleo através
do purificador não menos de três vezes e o equipamento com uma capacidade apropriada deve
ser escolhido com isso em mente. O número final de ciclos depende do grau de contaminação e é
essencial que o processo seja continuado até que uma amostra, retirada do fundo do equipamento
elétrico, após o óleo ter sido deixado em repouso por algumas poucas horas, seja aprovada no ensaio
de rigidez dielétrica.
Recomenda-se que a circulação seja efetuada com o equipamento elétrico desligado da fonte de
energia. Em todos os casos, o óleo deve ser deixado em repouso por algum tempo, de acordo com as
instruções do fabricante, antes do equipamento ser reenergizado.
NOTA É prática efetuar-se este processo com o transformador energizado, mas recomenda-se que isso
seja feito apenas após uma avaliação completa do risco.
Outra técnica que pode ser às vezes utilizada para transformadores, no qual o óleo é continuamente
circulado durante o serviço normal através de um material adsorvente, como peneira molecular,
mantendo assim tanto o óleo como os enrolamentos secos e removendo muitos produtos de oxidação.
Este é um método especializado não considerado nesta Norma.
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11.2 Regeneração
11.2.1 Geral
É um processo que elimina ou reduz os contaminantes polares solúveis e insolúveis existentes no óleo
por meio de processamento químico e físico. Os processos de regeneração requerem competência,
equipamentos e experiência especiais. O produto resultante deve ser avaliado por meio de parâmetros
críticos de modo a obter informações sobre a eficiência do processo e estimar o tempo de vida útil
remanescente.
Por meio deste processo, aplicado a um óleo mineral isolante, pode-se obter como resultado, que este
seja restaurado a um padrão aceitável. A regeneração de óleos de moderada a alta acidez, usual-
mente resulta em óleos com resistência à oxidação mais baixa do que o óleo novo original.
Estes processos devem resultar em um óleo que atenda aos valores da Tabela 6.
Os valores de rigidez dielétrica e teor de água não se aplicam para tanques e containers. Neste caso,
utilizar os valores da ANP.
A concentração de PCB após regeneração deve ser menor ou igual à concentração de PCB antes
da regeneração, limitada ao valor máximo de 50 mg/kg.
O óleo, retirado da parte inferior do equipamento elétrico, é aquecido a uma certa temperatura e
circulado através de um filtro (para eliminar partículas e sólidos em suspensão) sendo retornado
ao equipamento pelo topo.
É então circulado através de um ou mais cartuchos contendo terra “fuller” ou outro material adequado,
para eliminar contaminantes polares solúveis.
A terra “fuller” é um material ativo, contendo áreas polares ativas, tanto internas como externas,
as quais permitem que os componentes não polares do óleo passem através dele sem retenção,
porém retêm os contaminantes polares ou os compostos de degradação dissolvidos no óleo.
Há disponibilidade de vários tipos de diferentes argilas que têm provado serem adequadas para este
serviço. As mais usadas são as dos tipos sepiolita, bentonita, atapulgita ou montmorilonita, entre
as quais a terra “fuller” é a mais comumente usada. São constituídas de anions silicato [Si2O5]n
condensadas com camadas octaédricas do tipo X(OH)2, onde X pode ser magnésio, alumínio etc.
Normalmente, a terra “fuller” é tratada para aumentar sua área superficial específica e a concentração
e polaridade de seus ácidos Lewis. A terra “fuller” pode ser usada sozinha ou combinada com outros
produtos químicos como fosfato trisódico, carvão ativo e silicato de sódio.
A retenção de contaminantes por áreas ativas adsorventes é geralmente melhorada pela temperatura,
e assim sendo, o processo normalmente ocorre entre 60 °C e 80 °C.
A experiência demonstrou que é usualmente necessário passar o volume total do óleo através do
adsorvente no mínimo três vezes; contudo, pode ser usado equipamento de regeneração com capa-
cidade para efetuar os três ciclos. O número final de ciclos depende do grau de contaminação inicial
e dos níveis finais desejados para as propriedades do óleo.
No caso de equipamento altamente contaminado, é prática transferir todo o óleo para um tanque limpo,
regenerar uma pequena porção do óleo e usá-lo para lavar completamente o equipamento elétrico,
especialmente os enrolamentos. A esta porção do óleo é dado o destino adequado às regulamentações
locais, e o óleo remanescente é então regenerado conforme descrito acima.
É importante ter em mente que uma pequena porção do óleo, menor que 5 %, é retida pelo adsor-
vente, por isso, uma quantidade adicional de óleo é necessária para completar o nível no equipamento,
no final do processo.
Durante o serviço o adsorvente é contaminado com óleo usado e contaminantes sólidos, portanto,
o descarte ou reativação do produto deve ser realizado de acordo com as regulamentações locais.
Consideração especial deve ser dada ao material adsorvente que se admita estar contaminado com PCB.
Como a regeneração é realizada após o envelhecimento do óleo, é inevitável que os inibidores (naturais
ou adicionados) do óleo sejam no mínimo parcialmente consumidos. É, portanto, recomendada a
readitivação dos óleos regenerados, antes da reativação do equipamento. Os aditivos mais largamente
usados são 2,6-di-terciário-butil-paracresol (DBPC) e 2,6-di-terciário-butil-fenol (DBP). Passivadores
de metais também são reduzidos ou removidos devido à sua natureza polar.
As técnicas externas de descontaminação são limitadas por considerações como o transporte seguro
do equipamento e líquido contaminados a uma empresa de processamento de óleo autorizada e são
sujeitas a regulamentações locais.
Estes processos são aplicados normalmente em bateladas e usam reagentes baseados em sódio
metálico, hidreto de sódio, hidreto de lítio e aditivos, para a desalogenação do PCB no óleo. Este
tipo de processo é normalmente realizado sob pressão e temperatura entre média e alta (150 °C a
300 °C). Esta temperatura é mais elevada do que o ponto de fulgor do óleo (140 °C a 150 °C) e,
portanto, introduz riscos subsequentes de segurança.
Devem ser tomadas as medidas adequadas para minimizar o risco de fogo ou explosão, especialmente
na presença de óleo úmido.
Este processo, desenvolvido para evitar os problemas associados ao uso de sódio metálico, usa
um reagente líquido baseado em polietileno glicol e um hidróxido de metal alcalino, como, hidróxido
de potássio. Este tipo de processo, realizado a temperaturas entre 130 °C e 150 °C, tem eficiência
limitada sobre certos tipos de contaminantes (por exemplo, aroclor 1242).
Este processo usa um reagente sólido que consiste de uma mistura de glicol de alto peso molecular,
uma mistura de bases e um promotor de radicais ou outro catalisador para a conversão química do
cloro orgânico em sais inertes, sobre um suporte particulado de alta área superficial.
NOTA Alguns processos de desalogenação demonstraram que removem eficientemente alguns compos-
tos de enxofre corrosivo do óleo.
Uma quantidade adicional de óleo limpo e de qualidade que atenda aos requisitos da Tabela 2 para
esta classe de tensão, deve ser utilizada para lavar o interior do tanque, incluindo a parte ativa.
É essencial que o tanque e as superfícies dos condutores e isoladores sejam limpos de forma eficaz e
mantidos livres de fibras. Estas fibras são facilmente introduzidas por meio da utilização de materiais
de limpeza não satisfatórios durante a manutenção da fábrica; na prática, os únicos materiais eficientes
e admissíveis são sintéticos. É também essencial que o tanque e outras superfícies sejam mantidos
livre de água.
Um jato pressurizado com óleo limpo de qualidade conhecida tem mostrado benefícios na remoção
de fibras e outros materiais estranhos.
Deve-se notar que possivelmente até 10 % do óleo original pode permanecer absorvido na isolação
sólida e seus contaminantes podem demorar um tempo maior para migrar para o óleo novo.
A aplicação de um procedimento de extração por vácuo se mostrou eficiente na remoção dos conta-
minantes, desde que o equipamento possa suportar o vácuo.
13 Passivação
O passivador de metais é adicionado em uma solução, dissolvido em óleo isolante. Esta solução está
disponível comercialmente, porém alguns prestadores de serviços preparam a solução com o óleo
a ser passivado. A solução pode ser adicionada por meio de uma unidade de processamento de óleo
ou outro equipamento adequado.
Tabela 9 – Disjuntores
Característica Método Todas as classes de tensão
Rigidez dielétrica, kV
ABNT NBR IEC 60156 20
Eletrodo calota, mín.
Tabela 10 – Comutadores
Característica Método Comutador de neutro a Comutador de linha b
Rigidez dielétrica, kV
ABNT NBR IEC 60156 30 40
Eletrodo de calota, mín.
Teor de água
ABNT NBR 10710 40 30
mg/kg, máx.
a Para uso no neutro dos enrolamentos.
b Para uso em qualquer posição que não seja o neutro dos enrolamentos.
Anexo A
(normativo)
Este método determina a presença de sedimento e borra precipitável em óleos isolantes usados.
NOTA 1 Para os efeitos desta Norma, sedimento é qualquer substância que seja insolúvel depois da
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diluição do óleo com n-heptano e que seja insolúvel na mistura de solventes mencionada em A.6.
NOTA 2 Para os efeitos desta Norma, borra precipitável é o produto de deterioração do óleo e/ou
contaminantes que sejam insolúveis depois da diluição do óleo com n-heptano nas condições prescritas,
mas que sejam solúveis na mistura de solventes mencionada em A.6.
A.1 Agitar completamente a amostra de óleo usado, no recipiente de amostragem, até qualquer
sedimento ficar homogeneamente suspenso no óleo.
A.2 Pesar (10,0 ± 0,1) g de óleo em um frasco de Erlenmeyer com tampa e introduzir 100 mL
de n-heptano.
A.4 Se um depósito sólido for observado, filtrar a solução por meio de um cadinho sinterizado,
tarado, de porosidade entre 5 μm e 15 μm, com a ajuda de vácuo. Limpar o frasco com n-heptano para
assegurar a completa transferência do precipitado para o cadinho. Lavar o cadinho e o precipitado
com n-heptano, até retirada total do óleo.
NOTA A porosidade do cadinho pode ser determinada conforme a ABNT NBR 10504:2010, Anexo A.
A.5 Deixar o n-heptano evaporar e então secar o cadinho em uma estufa a (100 ± 5) °C,
por 1 h. Esfriar o cadinho em um dessecador e a seguir pesá-lo. Calcular o total de material inso-
lúvel (sedimento e borra precipitável), por meio da equação a seguir:
C − CT
% Total = A × 100
Móleo
onde
A.6 Dissolver a borra do cadinho por meio de um tratamento com uma quantidade mínima de uma
mistura de partes iguais de tolueno, acetona e álcool (etanol ou isopropanol), a aproximadamente
50 °C, até que toda a borra seja dissolvida, restando somente sedimentos.
A.7 Secar em estufa a (105 ± 5) °C até massa constante, esfriando o cadinho sempre em dessecador.
C − CT
% sedimentos = B × 100
Móleo
onde
Anexo B
(informativo)
B.1 Geral
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As ferramentas apresentadas neste Anexo, para interpretar os resultados, são aplicáveis somente
se estiverem reunidas as seguintes condições:
Por razões práticas, a temperatura definida é ajustada para 20 °C, já que abaixo desta temperatura
a taxa de difusão da água é muito lenta para atingir o equilíbrio no equipamento em operação.
A Equação B.1 de correção demonstrada por vários estudos independentes (Ver Figura B.1), é:
f = 2, 24e( −0,04ts ) (B.1)
onde
f é o fator de correção;
A temperatura da amostra do óleo (ts) deve ser determinada medindo a temperatura diretamente no
fluxo de óleo. No caso da leitura do indicador de temperatura do topo do óleo ou quando correções
para modos de resfriamento ONAN (óleo natural, ar natural) ou OFAF (óleo forçado, ar forçado) forem
usados, estes devem ser devidamente anotados. Um exemplo da normalização do teor de água a 20 °C
é apresentado na Figura B.2.
NOTA 1 Valores corrigidos são válidos somente para comparar resultados obtidos a diferentes tempe-
raturas do óleo. Valores reais de teor de água na amostra de óleo são os valores medidos conforme a
ABNT NBR 10710 e não os corrigidos.
2,00
1,60
Fator de correção
1,20
0,80
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0,40
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Temperatura (°C)
35 70
30 60
Conteúdo de água (mg/kg)
25 50
20 40
Temperatura (°C)
15 30
10 20
05 10
0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Sequência de amostragem
Legenda
temperatura da amostra
teor de água na temperatura de amostragem
teor de água padronizado a 20 °C
A saturação relativa (WREL) é definida pela relação WABS/WS; o resultado é dado em porcentagem
e também é útil para avaliação de tendência. Saturação é a razão entre o teor de água presente no
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óleo mineral isolante a uma determinada temperatura e a solubilidade da água no óleo, na mesma
temperatura, expressa em porcentagem. A saturação pode ser calculada a partir dos valores obtidos
por titulação Karl Fischer (ABNT NBR 10710) ou por sensores de umidade online.
O valor da solubilidade da água no óleo (WS) deve ser determinado utilizando a temperatura na coleta
do óleo com o uso do gráfico da Figura B.3.
Para teores de água no óleo acima do nível de saturação, isto é, quando WABS > WS (ou WREL > 100 %),
o excesso de água pode não permanecer dissolvido e água livre pode ser percebida por meio da
presença de gotículas ou turbidez.
O teor de água no óleo é diretamente proporcional à concentração de água relativa (saturação relativa)
até o nível de saturação. A solubilidade da água no óleo (WS) é dependente da temperatura e é
expressa por:
B (B.2)
−
W S = Wóleo × e T
onde
Wóleo e B são constantes que são semelhantes para muitos óleos de transformador, mas podem
ser diferentes para alguns produtos, principalmente devido às diferenças no teor de aromáticos.
Quando presente, parte da água livre pode se converter em água dissolvida em temperaturas elevadas.
250 Teor de água de saturação em óleo novo log Ws= [7,0895 - (1567/T)]
200
150
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100
50
0
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura do óleo durante a ope ração (°C)
Tabela B.1 – Correlação da saturação relativa da água no óleo e a condição da isolação celulósica
Saturação relativa da água no óleo (%) Condição da isolação celulósica
<5 Isolação seca
> 5, < 20 Isolação moderadamente úmida
20 a 30 Isolação úmida
> 30 Isolação extremamente úmida
Fonte: IEC 60422
O cálculo da umidade da isolação celulósica e possíveis ações corretivas são indicados no Guia
de Manutenção de Transformadores de Potência do CIGRÉ – Brasil [10].
Bibliografia
[3] Portaria Interministerial 019 (Ministério da Indústria e Comércio, Ministério do Interior e Ministério
de Minas e Energia)
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[5] CIGRE Technical Brochure 227, 2003, Life Management Techniques for Power Transformer
[6] CIGRE Technical Brochure 349, 2008, Moisture Equilibrium and Moisture Migration within
Transformer Insulation Systems
[7] CIGRE Technical Brochure 378, 2009, Copper Sulphide in Transformer Insulation
[8] CIGRE Technical Brochure 413, 2010, Insulating Oil Reclamation and Dechlorination
[9] CIGRE Brasil Brochura 15, 2013, Guia de Manutenção para Transformadores de Potência
[10] CIGRE Technical Brochure 157, 2000, Effect of particles on transformer dielectric strength