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Manual
de
Impressão
Para a Corifeu analisar seu trabalho de forma rápida e estabelecer qual o melhor
formato, damos a seguir algumas sugestões. Esse trabalho é dividido em:
1 - Textos e formatos.
2 – Sugestões para melhorar sua escrita.
3 – Estruturando seu livro.
4 – Capas padrões.
1- Textos
Uma expressão de horror estampou-se nas faces de todos os presentes, inclusive do rei
Urasange, que chegou a gaguejar, sem conseguir falar direito. Qualquer um menos Adjalá,
seu filho mais novo, um simples rapazola de doze anos, de beleza ímpar, doce e meigo
como uma donzela, inteligente, prestativo e obediente; o mais amado da tribo. Urasange
sentiu uma vertigem, uma falta de ar e, com dificuldade, perguntou com a voz trêmula e
sumida:
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1.3 - Fontes e tamanho do corpo das letras
Um livro deve ser algo visualmente agradável de ler. Não pode ser algo que exija uma
lupa, mas também não precisa ir ao outro extremo, com letras garrafais, o que dá a
impressão de ser um livro infantil (a não ser que seja de fato um livro para crianças). A
escolha da fonte é importante e a melhor maneira de demonstrar isso, será fazendo um
exercício simples. Abaixo, encontrará o mesmo texto apresentado em várias fontes e
tamanhos, onde poderá aquilatar o que mais lhe agrada.
Uma expressão de horror estampou-se nas faces de todos os presentes, inclusive do rei
Urasange, que chegou a gaguejar, sem conseguir falar direito. Qualquer um menos Adjalá, seu filho
mais novo, um simples rapazola de doze anos, de beleza ímpar, doce e meigo como uma donzela,
inteligente, prestativo e obediente; o mais amado da tribo. Urasange sentiu uma vertigem, uma falta
de ar e, com dificuldade, perguntou com a voz trêmula e sumida:
Book Antiqua corpo 11 (Usamos essa fonte e esse corpo nesse manual).
Uma expressão de horror estampou-se nas faces de todos os presentes, inclusive do rei
Urasange, que chegou a gaguejar, sem conseguir falar direito. Qualquer um menos Adjalá, seu filho
mais novo, um simples rapazola de doze anos, de beleza ímpar, doce e meigo como uma donzela,
inteligente, prestativo e obediente; o mais amado da tribo. Urasange sentiu uma vertigem, uma falta
de ar e, com dificuldade, perguntou com a voz trêmula e sumida:
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Urasange sentiu uma vertigem, uma falta de ar e, com dificuldade, perguntou com a voz
trêmula e sumida:
Uma expressão de horror estampou-se nas faces de todos os presentes, inclusive do rei
Urasange, que chegou a gaguejar, sem conseguir falar direito. Qualquer um menos Adjalá, seu filho
mais novo, um simples rapazola de doze anos, de beleza ímpar, doce e meigo como uma donzela,
inteligente, prestativo e obediente; o mais amado da tribo. Urasange sentiu uma vertigem, uma falta
de ar e, com dificuldade, perguntou com a voz trêmula e sumida:
Uma expressão de horror estampou-se nas faces de todos os presentes, inclusive do rei
Urasange, que chegou a gaguejar, sem conseguir falar direito. Qualquer um menos Adjalá, seu filho
mais novo, um simples rapazola de doze anos, de beleza ímpar, doce e meigo como uma donzela,
inteligente, prestativo e obediente; o mais amado da tribo. Urasange sentiu uma vertigem, uma
falta de ar e, com dificuldade, perguntou com a voz trêmula e sumida:
Garamond corpo 11
(Esse tipo de letra é recomendável para textos extensos, pois permite um aproveitamento
excelente e um número menor de páginas com boa visibilidade).
Uma expressão de horror estampou-se nas faces de todos os presentes, inclusive do rei
Urasange, que chegou a gaguejar, sem conseguir falar direito. Qualquer um menos Adjalá, seu filho
mais novo, um simples rapazola de doze anos, de beleza ímpar, doce e meigo como uma donzela,
inteligente, prestativo e obediente; o mais amado da tribo. Urasange sentiu uma vertigem, uma falta de
ar e, com dificuldade, perguntou com a voz trêmula e sumida:
Garamond corpo 10
(Também é muito boa, mas a leitura já se torna mais cansativa pelo menor tamanho da letra).
Uma expressão de horror estampou-se nas faces de todos os presentes, inclusive do rei Urasange, que
chegou a gaguejar, sem conseguir falar direito. Qualquer um menos Adjalá, seu filho mais novo, um simples
rapazola de doze anos, de beleza ímpar, doce e meigo como uma donzela, inteligente, prestativo e obediente; o
mais amado da tribo. Urasange sentiu uma vertigem, uma falta de ar e, com dificuldade, perguntou com a voz
trêmula e sumida:
Tratando-se de um livro para adultos, sugerimos sempre qualquer uma das letras
acima ou suas congêneres (letras que se assemelham).
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1.3.1 - Configurar a fonte e o corpo
Para configurar a fonte e o corpo para todo o documento, primeiro clique em EDITAR
e depois em SELECIONAR TUDO. Quando toda a tela estiver iluminada, proceda na
configuração da fonte e corpo. Há duas maneiras: a primeira é o tipo de letra e a fonte
aparece nas pequenas janelas acima do texto. Basta clicar e estabelecê-la como padrão para
o livro. A segunda forma é clicar em FORMATAR, abrir FONTE e na janela estabelecer o
nome da fonte e o tamanho do corpo.
Sugestões: Digamos que você vai escrever um livro bastante grande, algo que você
acha que vai dar uma 600 páginas (cerca de 200 mil palavras). Nesse caso, você poderá
ficar inclinado em optar por uma letrinha miúda para que seu livro não fique grosso
demais e conseqüentemente caro demais. Não faça isso, especialmente se seu livro tiver
muito texto (pouco ou nenhum diálogo, parágrafos enormes etc.). Ficará muito cansativo
de ler. Veja um exemplo abaixo e como é cansativo.
Uma expressão de horror estampou-se nas faces de todos os presentes, inclusive do rei Urasange, que chegou a gaguejar, sem
conseguir falar direito. Qualquer um menos Adjalá, seu filho mais novo, um simples rapazola de doze anos, de beleza ímpar, doce e meigo
como uma donzela, inteligente, prestativo e obediente; o mais amado da tribo. Urasange sentiu uma vertigem, uma falta de ar e, com
dificuldade, perguntou com a voz trêmula e sumida:
Por outro lado, não vá colocar letras enormes, pois pode dar a impressão ao leitor que
foi enganado: o livro é grosso, mas não tem muita substancia (isso é mero preconceito, mas
infelizmente acontece). Veja como fica estranho e se ainda por cima você aumentar as
margens para ficar mais estreito (uma dica – o tamanho ideal de uma linha deve ficar entre
58 e 64 caracteres, sendo que o espaço entre palavras é considerado como um caractere).
Ficou ótimo de ler, mas dá uma impressão de que é um livro infantil. Além do que, se
for um livro de 100 mil palavras, irá dar cerca de 650 páginas, com um preço de venda em
torno de R$ 75,00. Usando um formato mais adequado, daria um livro de 280 páginas e o
preço ficaria por volta dos R$ 35,00.
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1.4 - CAPÍTULOS
Capítulo 1
Nesse caso, usamos um corpo 26 em negrito, centralizado, com uma queda (drop) de
um terço da página, ou seja, dê ENTER duas vezes, escreva capítulo 1 e depois dê mais
dois ENTER e então comece o seu capítulo. Pode também escrever Capítulo um ou
CAPÍTULO UM.
Capítulo 1
__________________________
Nesse caso, usamos corpo 20 em negrito, jogamos para a direita, com uma linha por
baixo, uma queda pequena, aproveitando a página ao máximo.
Capítulo 1
Uma variação do tema acima, jogando a direita, sem linha, corpo 24 em negrito.
Isso é particularmente válido para ficção. Não ficção pode apresentar variações, desde
não ter a palavra capítulo até ter título e subtítulo, conforme exemplo abaixo:
Capítulo XXIX
Da necessidade de se escrever
Use sua imaginação e componha algo graficamente bonito, mas não exagere. Copie os
bons exemplos das boas editoras. Ou então deixe que a Corifeu faça por você.
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Quando você estiver escrevendo o sei livro, lembre-se de que há duas formas de se
fazer a marcação do diálogo. Marcação do diálogo é um modo de informar ao leitor que
está começando um diálogo de um personagem, assim como esse diálogo terminou.
1.5 - Travessão
No Brasil, usa-se o travessão como forma mais usual. Esse travessão é conseguido por
meio do seguinte artifício. A Corifeu pode imprimir da forma como achar melhor, mas
saiba que o padrão brasileiro é travessão, pois o público está mais acostumado.
Aperta-se com a tecla ALT e digita-se o número 150 no lado direito do teclado – não
adianta teclar em cima, pois não funciona.
Quando você estiver escrevendo um diálogo, comece com o travessão. Há algumas
coisas que se faz e outras que estão erradas. Portanto, veja os exemplos abaixo.
– Bom dia.
Mário grunhiu de volta.
Nesse caso, não é necessário travessão no final.
– Bom dia – disse Jorge.
Mário grunhiu de volta.
Nesse caso, é preciso colocar um travessão quando termina a fala do personagem, pois
o escritor complementou com ‘disse Jorge’. Se não colocasse travessão, daria a impressão
ao leitor de que a fala toda seria: Bom dia disse Jorge.
Os três exemplos abaixo estão errados.
– Bom dia –, disse Jorge.
– Bom dia, – disse Jorge.
– Bom dia. – Disse Jorge.
Como o travessão no meio tem duplo sentido, tanto como vírgula, assim como fim da
fala, não é necessário se colocar a vírgula e menos ainda o ponto, em nenhum dos casos,
mas deve-se colocar o travessão, pois indica fim da fala.
Outro exemplo.
– Bom dia – disse Jorge, apertando a mão de Mário. – Vejo que está plenamente recuperado.
O travessão após a frase ...mão de Mário é obrigatório para indicar ao leitor que o
personagem continuou a falar.
1.6 - Aspas
Nos Estados Unidos, assim como em alguns raros casos no Brasil, usam-se as aspas
duplas para marcar o diálogo, em vez do travessão. Escolha o que desejar, mas nunca use
os dois, pois confundirá o leitor.
No caso de aspas, terá que usá-los tanto no início como no final. Veja os exemplos
abaixo.
“Bom dia.”
“Bom dia,” disse Jorge, apertando a mão de Mário. “Vejo que está plenamente recuperado.”
Observem que, nesse caso, após a fala do personagem, temos que colocar a vírgula
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para depois colocar o travessão. Difere, portanto, do uso do travessão que NÃO SE coloca
a vírgula. Colocam-se também aspas no fim da fala, após o ponto.
No Brasil, o uso do travessão é mais comum, portanto, o leitor conhece melhor esse
sistema. Não se esqueça de que há um recuo de primeira linha do início de qualquer
diálogo, como se fosse um parágrafo novo, tanto com o uso do travessão como no de
aspas.
Essa é uma preocupação que deve ter, mas não se importe demais com isso. O
importante é escrever uma boa história. Todavia, lembre-se de que um livro muito grosso
custa mais caro e os leitores ficam assustados com livros excessivamente robustos. Mas, há
histórias que precisam de muitas páginas para ser bem contadas. Quais são as opções,
nesse caso?
a) Diminuir levemente (não exagere) o tamanho do corpo. Veja abaixo como o mesmo
texto pode ocupar menos espaço e mesmo assim ser legível.
Total : 9 linhas
Garamond corpo 10
Uma expressão de horror estampou-se nas faces de todos os presentes, inclusive do rei Urasange, que
chegou a gaguejar, sem conseguir falar direito. Qualquer um menos Adjalá, seu filho mais novo, um simples
rapazola de doze anos, de beleza ímpar, doce e meigo como uma donzela, inteligente, prestativo e obediente; o
mais amado da tribo. Urasange sentiu uma vertigem, uma falta de ar e, com dificuldade, perguntou com a voz
trêmula e sumida:
Total: 7 linhas (22% a menos. Num livro de 600 páginas, ficaria reduzido para 470
páginas, mais ou menos)
b) Diminua o espaço da primeira linha, assim como hifenize o texto. Com isso, você
ganha mais algumas páginas.
d) Ao fazer a revisão final para o seu livro, veja o ponto a seguir: sugestões para
melhorar sua escrita.
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É normal que o escritor no afã de passar toda a emoção de sua obra exagere
no uso de adjetivos. Não é incomum se ver três adjetivos seguidos para reforçar as
características de um personagem ou de um evento. É aconselhável diminuir ao
extremo o uso de adjetivos, a não ser em diálogos onde são mais toleráveis, pois
representam o ponto de vista de um personagem, e não necessariamente do
narrador.
Por exemplo:
Por exemplo.
Quando Alberto viu Maria, ficou chocado com sua obesidade mórbida.
Rotunda como um hipopótamo, Maria arrastava-se.
Chamá-la de baleia era a ofensa que Maria jamais perdoaria.
Procure os adjetivos no seu texto e analise-os para ver se não estão com
colocação abusiva. Basta pressionar CTRL + L, escrever cada um desses adjetivos e
analisar sua utilidade. Na dúvida, corte.
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Tudo que falamos em relação aos adjetivos vale para os advérbios. Procure
substituí-los por um verbo mais adequado, um símile ou uma metáfora.
Por exemplo:
Substitua-o por:
O que tem um som duro e é comum utilizarmos o que várias vezes numa sentença.
Procure rever o uso do que, pois sempre é possível reescrever a frase sem utilizá-
lo.
Há várias formas de substituir o que. Veja o que nos diz Sergio Ximenes, no Blog
do Romance.
Antoine Albalat, escritor e professor de literatura francês, sugere uma regra geral flexível:
"É preferível não os multiplicar e servir-vos deles sobriamente; mas não há que hesitar,
quando a clareza e a originalidade se impõem."
"Foi chamado de Ocidental por nômades que não conseguiam dizer o seu nome ..."
Por: nômades incapazes de dizer o seu nome ...
"..., o que pode ter servido de explicação para alguns, mas não para mim." (p. 9)
..., explicação satisfatória (ou plausível) para alguns, ...
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Aparentemente, ...
"Os policiais o seguiram assim mesmo, sem que ele percebesse." (p. 9)
... o seguiram assim mesmo, sem serem percebidos.
Qualquer manual de estilo ensina que as palavras precisas e específicas devem ter a
preferência na escolha de um escritor, em relação às palavras imprecisas e genéricas. Se a
regra vale para redações escolares, quanto mais para um trabalho artístico de escrita.
"Coisa" denota preguiça mental, uma evidente falta de cuidado na busca da palavra exata
para designar aquilo que se deseja transmitir ao leitor.
Cheque seu texto, usando o CTRL + L (localizar) a palavra coisa e seu plural – coisas
e prefira termos mais precisos.
Por exemplo:
– Mas que coisa de louco!
A seguir daremos algumas informações para você estruturar seu livro, todavia se preferir
nós faremos isso por você.
Página 1 – Apenas o título e subtítulo (se houver) do seu livro centralizado em letra
grandes.
Página 2 – em branco.
Página 3 – O nome do autor, na parte superior. O título e subtítulo (se houver) do seu livro
centralizado em letras grandes. O número da edição. O logotipo da Corifeu (deixe que
colocaremos por você).
Página 4 – Espelho do livro: Copyright, Arte da capa, revisões, número da edição. Deixe
essa página em branco que faremos isso por você.
Página 5 – Agradecimento, se houver. Ou Dedicatória, se houver. Ou Sumário, caso haja.
Caso não haja nem agradecimentos, dedicatórias e sumários, seu livro começa aqui.
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Já escutou falar que não se compra um livro pela capa? Pois, em matéria de livros,
nada mais errado. Duas coisas atraem o leitor: o título e a capa. Portanto, esmere-se na
procura de um título atraente e no desenvolvimento de uma capa.
A capa estará diretamente associada ao público alvo. Se for um livro de aventura, uma
capa mostrando ação é fundamental. Todavia se for um livro de um drama psicológico,
nada mais errado do que colocar na capa monstros do tipo RPG e similares. Procure um
bom artista especializado em capas de livros e discuta as opções possíveis. Todavia, o
editor é fundamental, pois ele sabe o que é melhor para atingir determinando público.
Trabalhe em conjunto com ele, mas não deixe de opinar, pois ninguém conhece melhor a
história do que você.
A quarta capa é o que comumente é chamado erroneamente de contracapa. Sua
importância cresce quando o livro será comercializado no ponto-de-venda (livrarias etc.).
É comum as pessoas virarem o livro e lerem tanto a quarta capa como as orelhas. Use-as
com sabedoria, vendendo seu livro assim como o próprio autor. Já, se o livro for vendido
através da Internet ou clube do livro, então a importância da contracapa e das orelhas
decresce exponencialmente.
5 - Últimas palavras
Um livro é um produto, queiram ou não, e como tal, deve ser construído com
profissionalismo e dedicação. Não só o sucesso está em jogo, mas também o seu
bom nome. Ninguém quer ser conhecido como autor de uma obra inexpressiva.
Mesmo que escrever seja um hobby, faça desse passatempo algo sério para também
ser levado a serio. Seja um profissional para ser visto como um e seja inventivo
para agradar tanto a você como aos leitores: eles são, em última instância, nossos
patrões.
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