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1.

Analise o discurso nativo anarcopunk categorizando a letra a seguir

Uma ideologia que conciliasse o impulso rebelde de não seguir regras e se forjasse - entre
vários princípios - na auto-organização do indivíduo. Parece interessante para jovens que, no
auge das transformações sociais experimentavam uma polarização política entre comunistas e
capitalistas quase que explosiva. Quando essa ideologia encontra acordes sujos, altos e
rockeiros de visual exagerado encontra sua tradução cultural ganha ainda mais força.
A enérgica combinação do punk rock com o anarquismo produz uma fórmula explosiva e não
demora muito par ao que era gritaria, troca de cuspes no palco e rockstars de cadeado no
pescoço começar a se apossar de questões centrais da sociedade, criticando com mais
embasamento as verdadeiras mazelas sociais. Essa mudança acontece principalmente
quando o ritmo se infiltra em outros países como por exemplo o Brasil.
O terceiro mundo ressignificou o anarcopunk tocando na ferida da desigualdade e dando voz,
mesmo que pouco ouvida a classe dos desfavorecidos sociais, artistas como Canibal, Ratos de
Porão e Garotos Podres, “caras do terceiro mundo que botam pra fuder todo o sentimento
obtido em seu viver”.
Na canção Garoto Podre, da banda citada de quase mesmo nome, o lugar do jovem na
sociedade atual é questionado. Exige-se dele uma postura condizente com as
responsabilidades atribuídas quando alcançada a ‘maturidade’. A necessidade de um emprego,
de obedecer as regras dele, de não questionar seu desfavorecimento se comparado ao “filho
do patrão”, afinal não existe uma outra possibilidade de futuro para um “Garoto Podre”.
A postura que o punk assume nesses casos é crucial para entender como são distribuídos e
encenados os papéis dessa sociedade. A figura de um Deus justo que compensa o esforço, de
quem trabalha duro, a impossibilidade de se organizar enquanto trabalhador por melhores
condições na sua jornada, tudo que nos é previamente empurrado, que já vem formulado e
cujos lucros passam muito longe da mão dos garotos podres.

2 Discuta a esfera pública seus limites e potencialidades.

A conversa entre público e privado que influencia na formação de uma opinião da sociedade.
Teoricamente a esfera pública pressionaria o governo a ser mais fiel e representativo nos seus
anseios, mas até quando esse diálogo sai realmente do povo par o governo? E será que essas
demandas estão sendo ouvidas? Muitas vezes o diálogo não não acontece nas direções que
deveria e as pressões que o governo deveria sofrer, acaba sendo na verdade exercida no
sentido contrário. Existe uma força coercitiva agindo sobre a sociedade na contramão dos
avanços que a mesma tem pautado.
Mas em determinadas ocasiões essa influência positiva da esfera pública consegue grandes
avanços e muitas vezes através da comunicação. Algumas campanhas sociais realizadas na
internet por exemplo, pautaram votações na câmara dos deputados e senado. Essa primeira
experiência, a lei da ficha limpa, garantiu mudanças inclusive no próprio regime democrático
impedindo a candidatura de políticos que possuam débitos com a justiça.
3 Descreva e analise os diferentes espaços de construção da opinião pública e comente
a frase de Bourdieu de que A Opinião Pública não existe.

Para analisar a frase de Bordieu é preciso esquecê-la enquanto elemento isolado e se ligar ao
pensamento que autor monta a partir dela. A mesma coisa acontece com a formação do
conceito de opinião pública. O autor afirma em seu trabalho é que a opinião pública defendida
pelos institutos de pesquisas não pode ser consideradas como uma opinião pública legítima.
Para o autor isto se deve ao fato de existirem alguns postulados intervenientes no processo de
apreensão da opinião pública por parte dos institutos de pesquisas que impossibilitam a sua
apreensão. Estes postulados estão presentes tanto na formulação das problemáticas de
pesquisas quanto na forma de obtenção das opiniões dos indivíduos.
Para o autor as problemáticas pesquisadas pelos institutos de sondagem são problemáticas
interessadas e substancialmente políticas. Em outras palavras, os institutos criam os problemas
de pesquisa de forma que a problemática é a de quem pode pagar por uma pesquisa e não a
do interesse coletivo.

Maria Eduarda Carvalho


Displina Comunicação e Sociedade.

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