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P-IEOI-PIE-SS-Sl6 NaS!
I IIIíllll I I ilílllililílr
COMISSÃO EDITORIAL
Presidente José Mindlin
CDD-5 1 5.3
Direitos em reservados à
P REFÁCIO 7
1 FATOS BÁSICOS 11
1. 1 A reta real . 11
1. 2 Funções . 21
1.3 Exercícios . 38
2 LIMITE E CONTINUIDADE 41
2. 1 Limites . . . . . . . . 41
2. 2 Propriedades dos limites . . . . . . . 48
2.3 Limites no infinito e limites infinitos 56
2.3 . 1 Seqüências convergentes 66
2.4 Continuidade 69
2 . 5 Exercícios 80
3 A DERIVADA 87
3.1 O conceito d e derivada 87
3.2 Diferenciabilidade e continuidade 92
3.3 Regras de derivação . 97
3.4 Velocidade . . . . . . . . . . 100
3.5 A Regra da Cadeia . . . . . 102
3. 6 Derivada da função inversa . 105
3.7 Derivadas d e ordem superior 109
3.8 Derivadas de funções definidas implicitamente 111
4 • Sumário
FATOS BÁSICOS
Em outras palavras, (4) quer dizer que dois elementos, a, b E IR, são sem
pre comparáveis. Diz-se que a ordem � é total por valer essa propriedade.
" "
[ a, b] = {x E IR I a � x � b} (-00, c) {x E IR I x < c}
=
[ a, b) = {x E IR I a � x < b} [ a, 00) {x E IR I x ;? a }
=
x, se x ;? O
Ixl =
{ -x, se x < O.
3. x � I x l , 'í/x E IR,
----1--<0 1111111111111111111111111111111111111111111111IIO>-------+-
-a O a
Figura 1.1.1: {x E IR Ilxl < a} = (-a,a)
---.l...,If-----<O llllllllllllllllllllllllllllllllllllllIIIIIIIIIIO>-----____+_
O a-E a a+E
Figura 1.1.2: {x E IR I Ix- aI <E} = (a -E,a+E)
justificar esta afirmação e faça uma figura análoga à figura 1. 1.2 para este
caso. [Se A e B são dois subconjuntos de um conjunto U, a notação A \ B,
lê-se "A menos B ", tem o significado A \ B {x E U I x E A e x ti:- B}].
=
Cada um dos ítens de (1) a (4) do exemplo 1. 1. 3 tem uma versão óbvia
com "::;;" e " ;? " em vez de " < " e "> ", respectivamente.
DESIGUALDADE TRIANGULAR. Para quaisquer a, b E lR:
l a + bl ::;; la l + I bl· (1. 1.2)
-I a l ::;; a ::;; la l ,
-I b l ::;; b::;; I b l .
Somando membro a membro vem
- ( I al + I b l ) ::;; a + b::;; l a l + Ibl
e, d e acordo com a equivalência (1. 1. 1) com "::;;" e m vez d e "
<
"
, temos
la + bl::;; l a l + I bl· O
lO-n < E. Assim, r n > v'2 lO-n > v'2 E e, como r n E A, a condição ( b )
- -
está satisfeita [ Aqui, uma vez que lO-n < l/n, n = 1 , 2 , . . . , voltamos a usar
um argumento que depende da propriedade arquimediana, mais exatamente,
de seu corolário 1.1.19].
Estamos rondando um ponto muito delicado. De nossas considerações deve ter ficado,
ao menos inconscientemente, a impressão de que todo subconjunto da reta não vazio
e limitado superiormente tem um supremo. Por exemplo, na discussão do exemplo
1.1.13, acima, admitimos tacitamente que o número real J2 existe. Isto não é óbvio.
É conseqüência do fato da reta real ser completa, o que quer dizer, grosso modo,
que ela não tem furos. Este fato só foi estabelecido rigorosamente com a definição
precisa dos números reais, no final do século XIX. Admitimos também que o número
J2 não está no conjunto Q dos racionais. Isto é, que a reta racional não é completa.
Já a descoberta deste fato é bem antiga, tem mais de dois milênios.
Na Grécia antiga, antes do século V a.c., os números conhecidos eram os racionais
e aceitava-se que dois segmentos quaisquer eram sempre comensuráveis. Isto é, dados
dois segmentos, U e r, q segmentos congruentes, UI, U2, ...,
U podia ser dividido em
uq, de modo que cada um destes coubesse exatamente p vezes em r. Assim, tomando
se U como unidade de comprimento, os segmentos Ui C U, i 1, 2, . . . , q, teriam
=
U
UI
nx > y.
item (b) da definição 1.1. 9, página 16, existe mx E A tal que L x < mx.�
corolário 1. 1. 24 a seguir].
(4) D { l/n I n 1, 2, . . . }. O número O é o único ponto de acumula
= =
ção do conjunto D.
Qualquer vizinhança de um ponto de acumulação de um conjunto B C IR
contém infinitos pontos de B [por que ?]. Conseqüentemente, os subconjuntos
finitos de IR não podem ter pontos de acumulação.
Observação 1. 1. 23. Dizer que
é ponto de acumulação de B C IR significa
a
que a pode ser aproximado por pontos de B. Precisamente, dado um número
6 > O, por menor que seja, sempre existe x E B, x -# a, tal que I x - a i < 6.
Costuma-se dizer que os pontos de B podem tender a a .
O seguinte corolário da propriedade arquimediana de IR , revela como os
números racionais se espalham por toda a reta IR:
COROLÁRIO 1.1.24. Qualquer intervalo ( a, b) C R, a < b, contém um nú
mero racional.
1.2 FUNÇOES
DEFINIÇÃO 1.2.1. Dados dois conjuntos A, B#- 0, uma função f definida
em A com valores em B ou, simplesmente, de A em B, que se denota
f : A -----+ B, é uma lei que associa a cada x E A um único elemento de
B, indicado por f (x) .
EXEMPLO 1.2.3. Denotaremos sempre com �+, o conj unto dos números
reais não negativos, isto é, �+ [0, 00) .
=
(6) Observe que a lei que associa a cada número real positivo x as suas
raízes quadradas ±Vi não define uma função, pois a cada elemento do
22 • Fatos Básicos
EXEMPLO 1. 2 .7. As funções gl : ffi. -----+ ffi. e g2 : ffi. -----+ ffi., definidas por
g1 (x) x e g2 (X) Ixl , são extensões da função f dada por f(x) �,
= = =
(fg)(x) = f(x)g(x), x E A
L(x) f(x) x E A com g(x) =/: O.
g(x)'
=
9
24 • Fatos Básicos
9
DEFINIÇÃO 1. 2 . 12 . O gráfico de uma função f : A -----+ B , A, B C ]R., é o
subconjunto C(f) de A x B C ]R.2 dado por:
C(f) = {(x, f(x)) E]R.2 I x E A}.
As figuras 1.2 . 1, 1.2.2 e 1.2.3 mostram gráficos de algumas funções conheci
das. Se x E ]R., o símbolo [xl indica o maior número inteiro menor ou igual
a x que é chamado parte inteira de x.
gof
Figura 1 .2 . 5 : Composição de f e 9
(3) Se f : IR. [O, (0 ) , 9: IR. IR. e h: IR. IR. são dadas por f (x) x2 ,
� � � =
f-I: B A tal que f-I o f IA e f o f-I IB. Neste caso, diz-se que
� = =
f-I é a inversa de f.
COROLÁRIO 1.2.22. Seja f : [O, ()() ) -----+ IR uma função estritamente cres
cente com f (nx) = nf(x), para x � O, n E N. Então existe e > O tal que
f(x) = ex, para todo x � O .
Uma prova pode ser feita definindo a função g : IR -----+ IR por g(x) = f(x),
para x � O, e g(x) = -g(-x) , para x < O, e aplicando a proposição 1 .2 . 2 1 .
EXEMPLO 1.2.23. Dada uma circunferência de raio r , u m seu arco d e com
primento s determina um setor circular cuja área gf é
1
gf -sr. (1.2.1)
2
=
DEFINIÇÃO 1.2.24. Para cada número real t, cos t e sent são as coordena
das de c(t ) , isto é,
c (t ) = ( cost, sent ) , tE IR.
f(x) = f(x + w) , x E A.
com p , q E íZ+ . A função g: IR IR dada por g(x) = f(( p/q) x), para todo
---+
Figura 1 .2 . 1 2 : f (x) = x- [ x l
(6) A função
se x E Q
f(x) = {I,
O, se x E lR \ Q
é periódica de período q, para qualquer racional q > O, portanto não tem
período mínimo.
DEFINIÇÃO 1.2.30. Uma função f : A lR se diz limitada se o conjunto
----7
-1
logamente o seu ínfimo e o seu mínimo, bem como o seu valor mínimo
e o seu ponto de mínimo. Esta tarefa consiste basicamente em inverter as
desigualdades e é deixada como exercício.
Observe que, se f : A ffi. é limitada inferiormente,
---+
min
x A
f(x) = - max( - f (x) ) .
E xEA
Por exemplo,
min ( cos x - I ) = - max ( - cos x + 1 ) = - 2.
xE� x � E
Funções • 35
os pontos de mínimo?
(2) Usualmente se define a função arco tangente, denotada por arctan,
como a inversa da função tangente restrita ao intervalo (-1["/2, 1["/2) . Assim,
a função f (x) arctan x é limitada, com
=
1["
2
sup f(x) ,
-oo< x <oo 2 -oo<infx <oo f(x) ,
mas não existem máximo ou mínimo de f.
(3) f(x) l/x não é limitada, mas podemos escrever
=
I xl - 1
sup 1.
I xl
=
Mas não existe o máximo. A figura l .2. 14 mostra o gráfico desta função.
36 • Fatos Básicos
1f
"2
�2
sobrepostos como na figura 1 .2. 16, fica fácil visualizar o conjunto S dos
x E ffi. tais que f (x) � g (x) . Este conjunto é a solução do nosso problema.
Assim, S = [ a , b] , onde a é a raiz negativa de x 2 - 2 - (x - 1 ) e b é a raiz =
positiva de x 2 2 = x 1 , ou seja,
- -
S = [ - ( 1 + V13)/2 , ( 1 + )5)/2] .
1 + v'Í7 3 + v'Í7
- 2- -2-
seja, os extremos dos intervalos são dados pelas interseções dos gráficos das
funções f e g ,
(a) ( 1 - V17)/2 é a raiz negativa de x 2 - 2 x - 3 -x + 1 ; =
B {n E Z I l n l � l O } ,
=
C {x E Q I l xl � y'3} ,
=
D [- 1 , 1 ) U ( y'3, 4 ) ,
=
F { x E ]R. I I x l m + ( l/n) , m, n 1 , 2 . . . } ,
= = =
G { x E ]R. I x l/( m + n) ; m, n 1 , 2, . . . } ,
= = =
I { x E Q I l x - )21 < 2} ,
=
aA {z I z ax, x E A}.
= =
B {n E Z I I nl < lO} ,
=
C {n E Z I Inl � l O } ,
=
D = {x E Q I Ix I � y'3} ,
Exer"CÍcios • 39
E = {x E � I I x l = m + � , m, n = 1 , 2 . . . } ,
F = {x E � 1 x = m�n ' m , n = 1 , 2, . . . } ,
G = {x E � 1 x = � + � , m, n = 1 , 2, . . . } ,
indique quais são os conjuntos A', B', C' , D' , E' , F' e G '
18) Sejam A C �, A #- 0, limitado superiormente, e L = sup A. Mostre que
L = max A ou L é ponto de acumulação de A. Formule uma propriedade
análoga para o caso em que A é limitado inferiormente.
19) Em cada caso abaixo, qual é o domínio da função f?
20) Verifique que qualquer função monotônica definida num intervalo fe
chado e limitado é limitada. O intervalo precisa ser fechado?
2 1 ) Se fl , h : A � são duas funções limitadas, demonstre que
�
ou ímpar? E a função f ( x ) x3 + I?
=
9 é ímpar?
LIMITE E CONTINUIDA D E
2.1 LIMITES
Antes de entrarmos no assunto propriamente, vamos fazer uma pequena
digressão bem informal. Tomemos uma função f : B IR. , B C IR. , e sej a
---+
lim f(x)
x -+ a
= t
f (x)
x 2 3x + 2 '
=
lim
�
f(x) = .
(x 1)
�
f(x) 2(x + 1) , o que sugere limx--> l f(x) 4. Mostremos que este é o caso
= =
= 4
a = 1
xlim
-t a c = c.
6 c temos
=
6 = c/3, ternos:
O < Ix - 21 < 6 =? I f (x) - f I = 31x - 21 < 36 = c.
(4) limx -t 2 (x 2 + 1 ) = 5.
44 • Limite e Continuidade
I (x 2 + 1 ) - 5 1 I x + 2 1 1 x - 2 1 < 5 1 x - 2 1
= ·
O � I l\ - R2 1 = I Rl - f (x) + f (x) - R2 1 �
I f (x) - Rl l + I f (x) - R 2 1 < c/2 + c/2 = c.
Assim, O � I R1 - R2 1 < c, qualquer que seja c > 0, o que equivale a I Rl - R2 1 = O
portanto RI R 2 .
= O
restrição de f a D temos
. x
FIgura 2 . 1 .3: f (x) =
R
x
EXEMPLO 2 . 1 . 6 . ( 1 ) lim x ---+ o � não existe.
De fato, sej a f (x) =x/ l x l , x E 1Ft \ { O } . Vej a a figura 2. 1 . 3. Como
f (x) 1 , para x > O, e f (x) - 1 , para x < 0, se existisse lim x ---+ o f (x) , de
= =
xlim
---+ O
f (x) =
---+ O l( � O ) (x) - 1 ,
xlimf 00 ,
=
1
(2) lim x --+() sen - não existe.
x
1
De fato, suponhamos, por contradição, que exista f! = lim x --+o sen - .
x
Dado qualquer [ > O , digamos, [ 1 , deve existir 6 > O tal que
=
. 1
FIgura 2 . l .4: Y = sen
x
f (a+ )
f(a- )
a
Figura 2.1.5: L imites laterais distintos
existe limx--+o f ( .T ) .
48 • Limite e Continuidade
Dado c > O , existe 6 > O , que pode ser tomado menor do que 61 , tal que
O < Ix - ai < 6 =? I g (x) - m l < I m I 2 c/2. (2.2.3)
item (4) do exemplo 2.1.3, página 43, onde o limite limx-+ 2 (x2+1) 5 é
o =
mente limitada em ]R [pois existe o limite em cada ponto de ]R], mas é claro
que a função identidade não é uma função limitada. A função 1(x) l/x é =
;ti = l/x
A proposição 2.2.3, acima, pode ser vista como um critério de não exis
tência do limite: "Se uma função não é localmente limitada num ponto a,
então não existe limx---+a f (x) . "
EXEMPLO (1) Não existem limx---+o(l/x) e limx---+o(1/x2 ) , pois l/x e
2.2.5.
1/x2 não são funções localmente limitadas em O. Veja as figuras 2 . 2 . 1.
(2) Com o mesmo argumento vê-se que as funções csc x e cot x não têm
limite nos pontos a k7r, ±k: 0, 1, . . ..
= =
mas, como já vimos, não existe limx---+o sen(l/x) . Isto é, não vale a recíproca
da proposição 2.2.3.
1
Figura 2.2.2: g(x) = x sen
x
simo em 0, f(x) x2 . =
da proposição 2.2.6, pois limx-->o f(x) h(x) 1. Na verdade, quando essa hi
=
pótese não é imposta nada se pode dizer, pois se tomarmos agora f(x) x2 =
lim (x)
x---ta (J - 9 (x) ) xlim f (x) - xlima 9 (x) fi > O.
----a-+ ----+
= =
Propriedades dos limites • 53
em (0, 1) e
lim f (x ) lim g(x) O.
x---+O x---+O
= =
x->a f (x)
lim = x---+
lim h(x)
a
= f! =? lim g(x)
x---+a
= f!.
O<Ix - a i <6 =? f! - E<f (x) :( g(x) :( h(x) <f! + E =? Ig(x) - f!1 <E.
Ou seja, limx->a g(x) = f!. D
54 • Limite e Continuidade
f
Figura 2.2.3: Teorema do Confronto
x
(1),página 52,decorre também do Teorema do Confronto, urna vez que
1
- Ixl � x sen � I xl
x
-
e limx--+o - Ix I = limx--+o I xI = O.
PRIMEIRO LIMITE FUNDAMENTAL.
lim
sen x
x--+O x
= 1.
sen x ,
Demonstração. Corno -- e uma função par, é suficiente mostrar que
x
limx--+o+
sen x
--
x
=
1 [ veja o exercício 48].
Seja O < x < 7r /2. Na figura 2.2.4 representamos o arco AB de compri-
mento x da circunferência unitária. Sejam 51 a área do triângulo OAB, 52 a
do setor circular OAB e 53 a do triângulo OAG. Corno as alturas dos triân
gulos OAB e OAG, relativas à base OA, são sen x e tan x, respectivamente,
de acordo com o exemplo 1. 2. 23,página 28,podemos escrever:
_ sen x
51
- 2 '
Propriedades dos limites • 55
1> --
sen x
x
> cos x.
sen 2 :r
De fato, limx--->o --- =
( sen )
(limx--->o sen x) limx--->o --
X
= 0·1 = O.
x x
(2)
tan x
lim -- = 1.
x--->o x
(limx--->o _ _ ) ( limx-+o )
tan x 1 seu X
De fato, limx--->o = = 1. 1 = 1.
x cos x x
(3) A função g(x) = x sen-,x1 tratada no exemplo 2.2.7, página 52, sa
tü;[az lim g(x)
x--+oo
= lim g(x)
X-t-CX)
= 1.
Em outros termos, esta proposição diz que a ordem dos sinais de limite
e de radiciação pode ser trocada, isto é,
lim
x-+a
\If(x) = n lim f (x) .
x-+a
A hipótese fi > O no caso n par é necessária. De fato, tomemos fi = O e
consideremos a função f ( x) = -x2 , n par e a = 0, por exemplo. Todas as
hipóteses da proposição 2. 2. 12 estão satisfeitas, mas a equação (2. 2. 5) não
faz sentido neste caso.
EXEMPLO 2.2.13. (1) Se a> O; m, n = 1, 2, . . . , temos
lim
x-+a ( ifi) m
= lim yrxm
x-+a
= vc;m = ( y'a) m
.
Em outros termos,
x-+a
(2) Ainda como conseqüência da proposição 2. 2. 12 temos
lim \Y3x2 -5x- 36 = - 2.
x-+4
Não existe limx-+o (1/x2 ) , uma vez que a função g(x) = 1/x2 não é localmente
limitada [veja figura 2. 2. 1, página 51]. Os valores 1/.1:2 podem ser feitos
arbitrariamente grandes tomando- se x suficientemente próximo de O. Por
esta razão, embora não exista o limite de 9 em O e isto deve ficar claro, pois
-
1
limo ----:2 = 00.
x-+ x
De um modo geral, temos:
Limites no infinito e l'imites infinitos • 57
1 1
Ix-ai<6 =} > K.
Ix-ai b
=
antes de tudo note que l[l/xll + 1 ;? lI/xi, para todo x #- o. Dado K> O,
tomemos 6 = l/(K + 1). Então
Ixl<6 =} l[l/xll;? 11/xl-1> (1/6)-1 K. =
. f(x)
11ma-
x---> -
9( X)
= 00.
f(x) P/2
x E B, O<Ix -ai <6 =} > = K. D
g(x) P/(2K)
58 • Limite e Continuidade
f x) = 00.
,
esquerda de f em a é 00 e se denota xlim
----.-a-t - (
Figura 2. 3. 1: y = tanx
EXEMPLO 2.3.7.
x+l
Figura 2. 3.2: f(x) = -
lim
x->
x+1
(X) x
-- = 1,
inspira a seguinte definição:
DEFINIÇÃO 2.3.8. Seja f : A IR., e suponhamos que A C IR. não seja
-----7
e se denota
lim f(x) = €,
X-r(XJ
se dado um número E> O, existe um número K = K(E)> O tal que
x E A, x> K :::} If(x) -
€I<E.
diz que: dada uma faixa F {(x, y) I g c < y < g + c}, não importa
= -
quão estreita ela seja, existe um número K> O de modo que o gráfico da
função f restrita ao intervalo (K,(0) , está contido na faixa F. É claro que
diminuindo c> O, será preciso tomar K> O maior, em geral.
. x
EXEMPLO 2.3.9. (1) 11m 1. -- =
x--->oo 1 + x
De fato, dado c> O, tomemos K l/c. Então, =
1 1
x� K < - :::; - = c.
x K
sen x
(2) lim -- = O.
x--->oo x
De fato, dado c> O, tomemos K = l/c. Então,
sen x � �
x> K ::::}
I x I :::;
x
<
K
= c.
x-+oo x -+ +
y O
Limites no infinito e limites infinitos • 61
x
considerada anteriormente. Vê-se que também para valores negativos de x,
suficientemente grandes em módulo, os valores f (x) ficam arbitrariamente
próximos de 1. Este fato é denotado por
x--*limex::. f (x)
-
= 1.
x->lim
±oo ( J(x) + g(x)) = RI + R2'
lim h(x)J(x)
X----:o(X)
= O.
Pois o quociente J(x)/9(x) pode ser visto como o produto de uma função
limitada, J(x), por um infinitésimo em D, l/g(x).
EXEMPLO 2.3.17. Como conseqüência do corolário 2. 3. 16, temos:
. x
nH --2-
x1->� tan x O. =
Limites no infinito e {imites infinitos • 63
EXEMPLO 2.3.19. (1) Dado o polinômio P(x) = aoxn + aIxn -1 + ... + an,
n � 1,temos:
ao> O =* lim P(x) x---+(X)
= 00,
(2. 3. 1)
ao<O =* lim P(x) = -00.
x---+oo
X->(X) X Xn
Notando que
lim xn = 00 e
.
llIn
( ao + -aI + ... + -
an)
= ao,
x--+oo xn
x->oo X
as implicações (2. 3. 1) seguem do item 4 da proposição 2. 3. 18.
(2) Consideremos uma função racional, isto é, dada pelo quociente de
dois polinômios,
aoxn + aIxn-1 + . . . + an
P(x)
boxm + bIxm-1 + ... + bm '
Q(x)
com bo =1= O, e suponhamos Tn, n � l. Tem-se
64 • Limite e Continuidade
. P(x)
( a) Se n<m, então hrnx--+oo -- = 0,
Q(x)
. P(x) ao
( b) se n = m, então lnllx--+oo = - e
Q(x ) bo
( c) se n> m e ao -I=- 0, então
bo
Procedemos da mesma forma para provar ( b) . Como m = n, temos
P(x) R(x)
= + T(x),
Q(x) Q(x)
o que implica ( c) , pois
se aa/ba> 0,
lim T(x)
x---+oo
= {oo,-00, se ao/ba<O
. R(x)
e, de acordo com ( a) , hmx--+oo = O.
Q(x)
(3)
1. 3X2 + 1 3
nn
x--+±oo 2X2 - 2x - 4
Limites no infinito e limites infinitos • 65
. 3X2 + 1 . 3 + (1/x 2) 3
11m =
1Inl -
_ 3x 2 + 1
f (x) - 2
2X - 2x - 4
A figura 2. 3. 4 é um esboço do gráfico de f.
3x2+ 1
Figura 2.3.4: f(x) =
2x2- 2x- 4
(4) A reta y =
O é uma assíntota horizontal da função
_ 2X2 - X + 1
f (x) -
x3 - 4 ·
De fato, basta verificar que limx->±oo f (x) =
O dividindo o numerador e o
denominador por x 3 .
(a) limx-->a ( J(x) � g(x) ) , quando limx-->a f(x) = limx -->a g(x) = 00.
(b) limx-->a f(x) g(x) , quando limx ---->a f(x) = O e limx-->a g(x) = ±oo.
(c) limx-->a ���� , quando limx-->o f(x) = limx -->a 9 (x) = ±oo.
limx-->a ( J (x) /9 (x) ) = f, nos casos (c) ou (d) , para convenientes escolhas de
f e g. Ou seja, esses limites podem valer qualquer número f E IR. Por exem
plo, no caso (a) , com a = O, podemos tomar f (x) = 1/lxl e g(x) = 1/lxl f � .
. P(x)
llIn
-->
X ±CXl Q (x)
-
2. 3. 1 Seqüências convergentes
As seqüências, como já vimos, são funções cujo domínio é o conjunto N
dos números naturais, conforme a definição 1. 2. 8, página 23. Não envolvem,
portanto nenhuma novidade conceitual; apenas a notação e uma termino
logia próprias são adotadas. Algumas definições e propriedades são agora
reformuladas no contexto das seqüências somente para ficarem compatíveis
com a notação e a terminologia usuais.
Quando tratamos de uma seqüência {Xn hlEN, ou seja, de uma função
n E N 1-----7 f ( n ) = Xn E IR, a única possibilidade de considerarmos limite
Limites no infinito e limites infinitos • 67
é O caso de limite no infinito, uma vez que o domínio N não tem pontos
de acumulação a E IR. Quando existe o limite no infinito de {xn}, diz-se
que a seqüência {xrJ é convergente, caso contrário ela se diz divergente. Em
correspondência com a definição 2. 3. 8, temos:
DEFINIÇÃO 2.3.20. Uma seqüência {xn} é convergente e converge para a E
IR se, para todo número E> O, existe um número v E N tal que
n> v =}
o número a é chamado limite da seqüência {xn }. Quando uma seqüência
não é convergente, ela se diz divergente.
1
Xv ------+-
. . . . 2é
T
X2
1 2 3 11
n> N � I
n+ 1
n
- 1 = � <� � E.
n N
1
(3) Se {xn} é dada por Xn 0, lTt, n = 0, 1 , 2 , . . . , isto é,
=
1, 0, 1, 0, 0 1, 0, 001, . . . ,
temos Xn -----+ O. De fato, dado E> 0, basta tomar N tal que lON � l/E.
2. XnYn -----+ ab
e, se a # 0,
Yn b
- -----+ -.
Xn a
2n - 3 2'
3n . 3 3 3
De fato. lim = lun
, n-->oo 2 n - 3 n-->oo 2 - 3/n 2
2. 4 CONTINUIDADE
qualquer que seja aE(O, (0). Fixemos o ponto a = 6 e escolhamos x tal que
° < x :s:; 61(6E + 1) < 6,portanto I x - a i 6 - x < 6. Mas, =
� � 6E + 1 - �
I �X �a I
-
= -
x 6
?:
6 6
= E
'
o que é uma contradição.
72 • Limite e Continnidade
CONTINUIDADE UNIFORME
No contexto da definição 2.4.3, página 70, há casos em que a escolha de J pode ser
independe de a. Nesses casos diz-se que f é uniformemente contínua. Precisamente,
Ser lipschitziana é uma condição mais forte que a de ser uniformemente contínua.
Isto é, como vimos imediatamente antes do exemplo 2.4.7, toda função lipschitziana
é uniformemente contínua [ dado E > 0, podemos tomar J proporcional a E], mas
existem funções uniformemente contínuas que não são lipschitzianas. Este é o caso,
por exemplo, de f : [0,1] -+ IR dada por f(x) = Vi, que é uniformemente contínua,
pelo teorema 2.4.9. No entanto, dado E > 0, para garantir a continuidade em ° é
preciso tomar J :( E2 [ verifique este fato ]. Logo, limé--+ü+ J/E = 0, ou seja, J não
pode ser escolhido proporcional a E.
EXERcíCIO. Mostre que se f: IR -+ IR é uma função periódica e contínua, então f
é uniformemente contínua.
n = 0,1,. . .
f ( x) = { sen ,
O,
l se x i- O
se x = O,
= = (f9 ) (a),
portanto f9 é contínua em a. D
intervalo l com f (c) =I- O para algum cEl. Então existe uma vizinhança V
de c tal que f (x) tem o sinal de f (c) para todo xEV n l.
Demonstração. Tomemos c = If (c) I/2. Pela continuidade em c, a definição
2. 4. 1 implica a existência de 6 > O tal que
se f (c) <o.
O,
f(b)
c+-�______�____��
f(a
a :1:0 b
Figura 2.4.2: Valor Intermediário
f(xo) � c. (2. 4. 2)
Se, para uma função f : [a,b] -----+ ]R, vale a tese do Teorema do Valor
Intermediário, diz-se que f tem a propriedade do valor intermediário.
f (x) < 5, para todo X E [a,b]. A função 1/(5 - f (x)) é positiva, contí-
nua e, de acordo com a proposição 2. 4. 17, limitada em [a,b]. Se L > O é
uma sua cota superior, 1/(5 - f (x)) � L implica f (x) � 5 - l/L, para
X E [a,b]. Logo, 5 - l/L é cota superior de f,o que contraria o fato de 5
a b
Figura 2.4.3: f ([a, b]) = [m, M]
78 • Limite e Continuidade
[Por que é possível esta escolha?] Como f-I é estritamente crescente, po
demos escrever
f-l (yO) E<f -l (y) < f-l (yO)+E=} If-l (y) f-l (Yo)1 <E,
� �
É importante notar que, neste caso, o domínio da função f-I nem sempre é o intervalo
[f(a),f(b)]. Considere, por exemplo, a função estritamente crescente f : [0,1] ---+
{
f ([O,1]) dada por
X/2, se x E [O, 1/2) ,
f(x) = 1/2, se x = 1/2,
(x+ 1)/2, se x E (1/2, 1) .
Continuidade • 79
ou seja,
xn ----+ a =? (g o f)(xn) ----+ (g o f) (a). o
80 • Limite e Continuidade
. X - sen x
EXEMPLO 2.4.26. (1) lnn x-+o cos = 1. De fato,
x
. x - sen x
11m
x->O
= 1 - 1 = 0,
X
portanto
lim cos
x-+O
x - sen x
= cos lim
x-+
( x - sen x ) = cos ° = 1.
x O X
2.5 EXERCÍCIOS
Ix - ai I x - ai
"IX - vai = fi .
fi + fi <
3) Use a definição de limite para mostrar que as três afirmações abaixo são
equivalentes:
(a) limx-+a f(x) = €,
(b) limx-+a ( J(x) - €) = 0,
(c) limh-+o f(a + h) = €.
4) Mostre que
x - x2
lim = 1.
x-+l 1 - x
5) Usando a definição de limite, inspire-se no item (4) do exemplo 2. 1. 3,
página 43, para mostrar que
lim(x2 - 10) = 6.
x-+4
l .
6) mlx---->-3
x+3
l
13) i mx---+1
( x - 1) 5
(/)
l x + (1/3) x5 - 1
x-3 sen22x
l
7) i mx---->;� - - --
x3 - 2 7
)
14 limx---+ü
x2
)
8 limh---ü-> � (� - 1 ) l
15) i mx---->ü x cot x
1 - cos x
l
9) i mx---->2 + J X2 +x 5-x2- 6 16) l i m x ---+ü
sen x
--
rx + X3 /2 x + tan x
10 ) l i mx ---->16 17) l i m x ---->ü
y;-;;.
---
x+2 sen x
:3
x - 2x + 1
1 8 ) limx---+7r -
sen x
1 1 ) li mx ---+ 2 -----
2x2 - 3x - 2 X -1T
2X2/3 tan2x
12) l i mx----> - 8 19) l i - --
m x ---->ü
2 x4/3
_
5 x2
)
20 Verifique a seguinte desigualdade:
lim
x---->1 / 2
(cos x + x2sen4 �x ) � -54 .
Prove também que a função cos x + x2sen4 1 x é positiva quando x varia (/)
numa conveniente vizinhança de 1 2. /
. ü x cos -1 cos 2 2'
1 1
l
21) Calcule ml x ---+
x
+
x
+ cos 3 3
x
[ ] .
. 1
22 ) Calcule l nll x---+1 x (
- 1 2cos
x-I
). --
sen 7x
23) Calcule limx---+ü .
x
sen3 x
)
24 Calcule limx---+ü --- .
x2
25 ) Calcule l i mx---->ü
tan2x
x
--.
26) Calcule l ()
i mx---->a f x , definindo
f (x ) =
{(
O,
X- )
a , se x E Q
se x é irracional.
27 Sej a f : A
) R Se existe c E ]R, tal que f (x ) < c, '\I x E A, então
-----+
6 5x
30) limx --+_oo ---
- 35) limx--+_oo
1
+ijX
2+x 1-
5;-;;'
�x
xyCX x
31) limx --+ - ----=
00 -r= ::::::;:;:
:: 36 ) limx--+ ;::-;---;
00
V I 9x3 - yx+ 1
32) limx--+oo 3
1 +x2
37) limx--+oo ( VXTI - fi)
( 2x(x - ) ) 1
2x+1
33) limx--+_oo ----==
vx2-3
---;:: =
= 38) limx--+l (x+fi - 2) (x3 - 1)
3x2
39) Determine as assíntotas horizontais da função f (x) = e faça um
2 x2 _
a = ±oo.
45) Se n E Z, mostre que limx--+n_[x] = n -1
e limx--+n+ [x] = n.
x x
46) Mostre que x--+o
lim (x+- ) =
- lxl -1
lim ( x + - ) =
e x--+o+
lxl
1.
47) Se f (x) = [x2], quais são os pontos a E lR onde f (a-) #- f (a+) ?
48) Supondo f : (-b, b) lR, b > O, uma função par, verifique que
-+
x2 , se x ";? 1 .
{ I, se x E Q,
f(x)
O,
=
se x é irracional.
1�
52) Calcule x--+limoo .
+ \/7 {/6
+ \I x + 17
53) Para cada uma das condições abaixo, dê exemplo de funções f e 9 tais
que limx--+xo f ( x) = fi E ffi., limx--+xo 9 ( x) = O e
. f(x)
( a) h mx--+xo = 00,
g ( x)
. f(x)
( b) h mx--+xo = -00,
g ( x)
(c) Não ocorre ( a) nem (b).
existe limx--+±oo f ( x) .
Nos exercícios 57) - 65), levando em conta a observação 1 . 2 . 4 , página 22,
determine o domínio da função contínua f.
I x2 - 11 x
63) f( x) = {YX-=-4
58) f(x) =
x+l x-4.
x-I
59) f(x) = 'J.�T 2=-=1 6 4) f(x) = cot x + csc x
f(x) =
{
é contínua e x = -1 7
x+ 1
I x + 11 '
para x -I=- -1 ,
1, para x =
-l.
67) Mostre que se I é um intervalo não degenerado, uma função f : ]R. --. ]R.
é contínua em a E I se e somente se limh--->O f(a + h) f( a ). =
68) Sej a f uma função contínua num intervalo ( a, b), c E (a, b). Se f( c) > O,
mostre que sup{ x E ( a, b) I f(x) > O}> c.
69) Justifique a afirmação de que são contínuas as funções
arccos : [-1 , 1 ] --. [-7r/2,1í-j2 ],
arctan : ( - 00 , 00) --. ( -7r/2,7r/2) .
70 ) Mostre que o polinômio P(x) aoxn + alxn-1 + . . . + an-l.T + an, com
=
ao > O e n ímpar, tem pelo menos uma raiz real. Se an < O, mostre que
P(x) tem pelo menos uma raiz positiva.
7 1 ) Sej a P(x) um polinômio. Justifique a afirmação de que P( sen x + cos x)
é uma função contínua.
72) Uma função racional é uma função f da forma f(x) P(x) /Q(x), onde =
P(x) e Q(x) são polinômios. Justifique a afirmação de que uma função ra
cional é sempre contínua ( recorde que, segundo nossa convenção , o domínio
da função f é o maior subconjunto de ]R. onde f ( x) faz sentido , ou seja, o
domínio de f é ]R. \ { x I Q(x) O}). =
{ x2 , para x � 2,
f(x) =
{
77) Mostre que f é contínua e esboce seu gráfico, se
f ( x) =
x sen l, para x -I=- O,
O, para x =
O.
Ex e T'dc i 08 • 85
78) De acordo com o exemplo 1 . 2 . 29 (4), página 32, defina a parte fracio
-
nária (x) de um número real x por (x) x - [xl. Faça um esboço do gráfico
=
{
(a) Mostre que a função
sen x
se x #- 0 ,
f (x) = I x l'
1, se x = 0,
A DERIVADA
3. 1 O CONCEITO DE DERIVADA
Xo Xo
Tomemos a reta secante pelos pontos (x, f (x) ) e (xo, f (xo) ) e considere
mos seu coeficiente angular,
f (x) - f (xo)
m(x) =
.
x - xo
o
significado de existir a tal reta limite [não vertical ] é que exista o limite
dos coeficientes angulares , com x 0, limx--->xo m(x) mo E IR. Neste caso,
� =
X--->Xo
Neste caso , o número real 1' (xo) é chamado derivada de f em xo.
1· f (xo + h) - f (xo)
f' ( Xo ) = nn .
h---> O h
DEFINIÇÃO 3 . 1. 2. Sej a f e suponhamos que A sej a um intervalo
: A � IR
de extremos a, b E IR, a < b, ou uma reunião de tais intervalos. Se f é
diferenciável em todo ponto x E A, diz-se que f é diferenciável em A ou ,
simplesmente, que f é diferenciável.
/
df dy
1' , y,
dx ' dx
o conceito de derivada • 89
dy
A notação é devida a Lei b n i z . Apesa r de pa recer a razão entre q u a ntidades
dx
dy e dx , e l a n a verda de representa u m ente u no, o l i m ite (3. 1 . 1 ). Será em m u itas
c i rcu nstâncias a notação mais sugestiva . A notação 1'(x) é a t ri b u íd a a Lagra n ge .
Qua ndo f é d i ferenciável em u m conj u nto A, esta notação é a m a is con ve n iente
pa ra se trata r d a função derivada f' : A ---+ IR , ou seja , a fu nção x E A f--+ 1'(x) .
Qu a ndo a variável i ndependente representa o tem po , ta m bém se u sa pa ra a deriva d a
de y = f (t) a notação y, atri b u íd a a N ewton .
= lim (x +xl)-(xI - 1)
x-+1
= lim (x + 1)
x -1
= 2.
De um modo geral,
1. (x + h)n - xn
( x n)' = IlIl
h--+O
------
h
x n + n x n-lh + (;)
xn-2 h2 + ... + hn - x n
.hlIl------��----------
=
h--+O h
= [
l� n xn-l + (;) xn- 2h + ... + hn-l] = n x n-l ,
h--+O
h--+O h--+O
h--+O h--+O
sen x
= O. --
2
+ cos x cos x . =
(5)
cos' x = - sen x ,
para todo x E IR. Deixamos, como exercício, a demonstração do item (5),
que pode ser análoga à do item (4) .
Após as considerações feitas até aqui, podemos estabelecer:
=
DEFINIÇÃO 3 . 1 . 4 . Sendo y f(x) derivável em Xo, a reta tangente ao seu
gráfico em (xo, yo), Yo f (xo), é a reta =
Y - Yo f ' (xo)(x - xo)· =
o conceito de derivada • 91
e
Xo
Y - 4 = --41 (x - 2).
hmh-+O
h
' pOIS
f ) f ( O) -h
lim ( O + f L =
-
__ ____ _ __
lim _ =
-1 '
h-+O- h h h-+O-
r f(O +h ) - f(O) h
h !:Y+ h
= lim -
h-+O+h
= 1.
-1 1
se I xl � 1
se I xl ? 1 .
= =
Donde, 1 ' ( 1 - ) 4 i- 2 1 ' ( 1+ ) e 1 '( ( - 1 ) -) = -2 i- -4 = 1 '( ( - 1 )+) . A
figura 3. 2. 1 representa o gráfico de f.
{
laterais no ponto em questão.
f ( x)
x sen t' se x i- o,
o, =O
=
se x
[Veja o exerczcw 77
do capítulo anterior l. Considere um ponto (x, y) do
gráfico dessa função e veja que a reta secante por ( O, O) e ( x, y ) não tende
a uma reta limite, quando x �
O. Ela fica oscilando entre as posições das
= =
retas y x e y -x. Mais precisamente, as derivadas laterais , 1 ' (O± ), que
seriam dadas pelos limites
f (x) - f(O)
lim
x -->O± X
= lim sen � .'
x --+O± X
={
EXEMPLO 3 . 2. 7 . A função
I
x 2 sen �
, se x =I O ,
g (x) x
O.. se x = O,
é diferenciável e m x = O e g ' (O) = O. D e fato,
= lim g (x)
g ' (O) x ---+ O
�
X
g (O) = lim x2 sen ( l /x) = lim x sen I = O .
x ---+ O X x---+ o X
�
. 1
FIgura 3.2.3: g(x) = x2 sen�, x i- O; g (O) = O
x
96 • A Derivada
o
exemplo 3.2.7 deve ser confrontado com o exemplo 3.2.6. Note que
a simples troca do coeficiente x por x2 muda substancialmente a natureza
local da função em torno de x = O. Enquanto no exemplo 3.2.6 não existia
a derivada em x = O, aqui temos uma função diferenciável. Entretanto, a
mudança não é apenas local, pois a função diferenciável é ímpar e a do
exemplo 3.2.6 é par.
se x E ((Jl,
f (x) {�L
�
se x E ]R \ ((Jl.
Considere a fu nção g(x) = x2 f (x) e, como no exe m p l o 3 . 2 . 7 , use a defi n ição de
deriva d a pa ra most ra r q u e g(x) é d iferenciável em x = O e g/(O) = O. N ote q ue este
é o ú n ico ponto em q ue a fu nção 9 é contín u a .
lim
y/ O +h - y'o .
= lun
(1)(1-�)
- = 00.
h-->O h h-->O h
diz-se que o gráfico da função f tem tangente vertical em (xo , f (xo ) ) . Neste
caso não existe 1 ' (xo ) . Isto é, o gráfico de uma função diferenciável em
( a, b) não tem tangente vertical em nenhum ponto. Por exemplo, a função
f (x) ijX não é diferenciável em x 0 , seu gráfico tem tangente vertical
= =
f (x) =
{ I�I '
0,
se x #- 0 ,
se x = 0,
.
veJa a fi gura 3 . 2 . 5 , t em-se l'1m
f (x) �
f (O)
=
1
l'1m -I 1 = 00,
-
mas nao se d'lZ
x ->O X x ->O x
que o gráfico de f tem tangente vertical em (O, O) .
Nos ítens (3) �(5) do exemplo 3. 1.3 , página 89, j á estabelecemos algumas
primeiras regras de derivação, mas a seguinte proposição estabelece outras ,
que facilitam os cálculos.
PROPOSIÇÃO 3.3 . 1. Se f e 9 são duas funções diferenciáveis em x , então
f + g, fg e, se g (x) #- 0 , f /g também são. Nesses casos valem as seguintes
fó rmulas :
1. [f (x) + g (x)] ' = 1 ' (x) + g ' (x) ,
2. [f (x)g (x)] ' = 1 ' (x)g (x) + f (x)g ' (x) ,
3.
[ f (x)(X ) ] ' f ' ( x ) 9 ( x) f ( x ) g ' ( x )
�
g [g (x )] 2
98 • A Derivada
h
]
g (x + h) - g (x) f (x + h) - f (x)
= 1·1m f ( x + h) l'1m
h--+O h--+O + 9 ( x ) l'1m h--+O ------
h h
= f (x) g' (x) + g (x)f' (x) .
[�
f ( )]' fg((xx++h)h) fg((x)x)
_
= lim
g (x) h--+O h
g (x)f(x + h) - f(x) g (x + h)
= lim
h--+O hg (x + h)g(x)
= lim
g (x) f (x + h) - g (x)f(x) + g (x)f(x) - f (x) g (x + h)
h--+O hg (x + h) g( x)
.hm-� g (x ) [ f(X+htf(X) ] - f (x) [g(X+htg(X) ]
= ---�
h--+O --����� g( x + h) g (x)
g (x)f' (x) - f (x) g' (x)
[g (x )] 2
Deixamos a demonstração do item 1. como exercício o
EXEMPLO 3.3.2. ( 1 )
cos x
)=
X ' sen' x cos x - sen x cos' x
cos2 X
cos2 X
(4) Basta seguir os passos do item anterior para obter
cot' x = -csc2 X.
( 5) sec' x = sec x tan x. De fato, como conseqüência do item ( 2 ) temos:
sec' x =
( 1 ' = sen x = sec x tan x.
--
) --
cos x cos2 x
(6) Analogamente,
esc' x = - esc x cot x.
[h (x) 12 (x) h(x) ]' = f{(x) [ 12(x) h(x) ] + h (x) [ 12(x) h (x) ] '
= f{(x)12(x)h(x) + h(x)f�(x)h (x ) + h(x)12(x)f� (x).
Mais geralmente, se fj, j = 1 , 2 , . . . ,n , n ?: 2 , são diferenciáveis, por indu
ção completa obtém-se
cu ( x ) , j = 1 , . . . , n, obtém-se a fórmula:
'
que inclui [no caso u ( x ) = xl a nossa j á conhecida ( xn ) = nxn-1.
3.4 V ELOCIDADE
. s(t) - s(to)
v(to) = 11m w(t) = lim .
t--+to t--+to t - to
Assi m , a seta só perm a n ece em repouso d u ra nte u m período [tI,t2] , se s u a velocidade
i nsta ntânea em cad a i n sta nte t E [tI,t2l for n u l a .
s (t ) - s (t o)
w (t ) = .
t -to
A velocidade instantânea em to é o limite v (t o) da velocidade média w (t ) ,
com t ---+ t o ,
. s (t ) - s (t o) I
v (t o) = 11m = s (to ) .
t--+to t -to
Em situações das mais variadas é preciso compor funções. Nesta seção va
mos estudar a questão da diferenciabilidade da composição de funções e do
cálculo de sua derivada.
Consideremos, por exemplo, um ponto se movendo no plano xy sobre
a curva y = cos x de modo que sua abscissa é dada em cada instante t
por x = cjJ(t) = t3 + 2t + 1. A abscissa é, portanto, crescente com o tempo
enquanto a ordenada y descreve um movimento oscilatório regido pela lei
y = cos cjJ(t) = cos( t3 + 2t + 1). Qual é a velocidade v (t) da ordenada y num
instante t? Vej a a figura 3.5.1.
y = coscp(t)
9o f é diferenciável em x o] e
(3. 5. 1)
{
Demonstração. Definamos a função h por
g (y) - g (yo) _
g' (yo) , se y -=I Yo
h(y) = y - Yo
0, se y = Yo ,
donde
g (y) - g (yo) [h(y) + g ' (yo)] (y - yo) .
=
g (J (x) ) - g (J( x o) )
[g (J( xo) ) ] ' = lim
x-->xo X - Xo
f (x) - f (xo)
= lim [h (J (x) ) + l ( :/j o)] lim
X-->Xo X-->Xo X - Xo
= g ' ( Yo) J ' (xo) . O
Observação 3.5.1. (1) Numa notação mais sugestiva, porém menos precisa,
a equação (3. 5. 1) pode ser escrita:
dz dz dy
dx dydx'
( 2 ) Sej a u (x) > ° uma função diferenciável. Tomando g (y) = yr, r E Q,
portanto g' (y) = r yT'-l , a Regra da Cadeia aplicada a 9 o u dá:
dx dudx Vx 2 + 1
1 04 • A Derivada
dy dy du dy dudv
---
dx dudx dudvdx
2 2
= 2 (1+sen (x - x) )( cos (x - x) )(2x - 1)
2
= (2x - 1) (2cos(x2 - x) +sen 2 (x - x) ).
v (t) = ( r cos h (t) ) ' = -rh' (t) sen h ( t ) = -rw sen (wt - 6).
(3. 6. 1)
1 06 • A DeT'ivada
Yo
e
Xo
( y �) ' =
dx
dy
=
1
__
dy =
__
1
nx n-1
=
�x -n+l = � (y � ) -n+l = �y �-1
n n n
dx
ou, em outra notação,
(yTj)' = y'y
ny
-.
( x n)
rn ,
=
[ (xn1 ) m] ,
= m
(1xn ) m-l 1 xn1 -1 =
m
--:;; X n-1 .
rn
;,
No que diz respeito à derivação de potências de x, a fórmula (3.6.3) nos leva
tão longe quanto possível no momento. Mais adiante, daremos sentido a ela
com qualquer c E ]R. no papel de r.
1 08 • A Derivada
dx dx cosy
dy
(2) y = arccos x. Neste caso, é usual tomar ( - 1 , 1 ) como domínio e (O, 7r)
como contra-domínio. Procedendo de modo análogo temos:
d 1
- arccos x = .
V l- x2
-
dx
(3) y = arctan x. Tomando 1Ft como domínio e ( - 7r/2, 7r /2) como contra
domínio [veja a figura 3. 2. 5] , o mesmo tipo de argumento nos leva à fórmula
d 1 1 1
- arctan x = -- =
1 + tan2 y 1 + x2 '
--�
dx sec2 y
-
2
dx
(5)
d 1
arcsec x = x E 1Ft \ [ - 1 , 1] .
dx I xl vx2 - l'
(6)
d 1
- arccsc x = - -:--:�::::;== x E 1Ft \ [- 1 , 1] .
dx I x l vX2 - l'
Der-ivada8 de or-dern 8uper-ior- • 1 09
DEFINIÇÃO 3.7.1. Uma função diferenciável f : A -----+ IR. se diz duas vezes
di ferenciável se f' é diferenciável em A. Neste caso, a derivada de f' em
x E A é chamada derivada segunda, ou derivada de ordem dois de f em x
e é denotada por f" (x).
2x
f" ( x) = -
( 1 + x2 ) 2 '
110 • A Der'ivada
a(t) x" ( t)
= =(r cos(w t - 5))" -rw2 cos(wt - 5). Observe que quando o
=
{ 2X, se x;?: 0,
f'(x) =
-2x, se x � O,
portanto 1'(x) 21 xl e, de acordo com o item ( 3) , f ' é contínua, mas não
=
diferenciável.
( 5) Por indução completa, pode-se mostrar que, se i ( x ) xnlxl, então =
in ( x) =
{ xn sen t, se x i= 0,
0, se x 0,
{ l I
=
para n = 2 , 3, .... Assim, é fácil ver que h é diferenciável, mas não é de classe
C 1 , e que h é de classe C 1 , mas não de classe C2 e, em geral, j�! E cn-2,
mas fn f/:- cn-l, n> 3.
ou,
e, finalmente,
9x2 + 3
y/
4y3 + 2 '
desde que y3 =1= -1/ 2.
(2) Encontremos a equação da reta tangente à curva dada pela equação
y4 + 3y - 4X3 = 5x + 1 ,
no ponto ( 1 , - 2) , admitindo que essa equação define a função y f ( x)
numa vizinhança de x = 1, com f ( l) = -2.
Calculemos y/ = f ' ( x) de modo análogo ao do exemplo anterior.
4y3 y/ + 3y/ - 1 2x2 = 5,
assnn,
12x2 + 5 12 + 5 17
y/ = 3 f /( 1 ) = 3
4y + 3 4(- 2) + 3 19
Portanto a equação da reta tangente é
17
y + 2 = - (x - 1 ) .
19
-
sen 0 + 1
o Teorema do Valor Médio • 1 13
{
(3 ) A função
f (x) =
cos '� se x #- 0,
0, se x 0, =
1
tem infinitos pontos de máximo, x ± ,n -- 1, 2, .. . , e infinitos pontos
2mr
=
=
1
de llllm.mo, x ±
/
n ° , 1, 2 . . . , .
( 2n + 1) 7r '
= =
pa ra a lg u m ponto X l E (a, b) [pois, se g(x) ;?: g(a) , qualquer que seja x E (a, b) ,
teríamos (g(x) - g (a) ) / (x - a) ;?: O , para todo x E (a, b) , con trariando g' (a) < O] .
A n a l oga mente , como g' (b) = f'(b) - c > O, existe X2 E (a, b) ta l q ue g (X2 ) < g(b) .
De a cordo com a proposição 2.4.19, pági n a 77 , 9 a ss u m e seu va lor m ín i mo em
u m ponto ç E [a, b] e , pelas observações q ue aca ba mos de fazer, temos ç "I a e
ç "l b. Pela proposição 3 . 9 . 4 temos g' (ç) = O . Porta nto f' (ç) = e . O
{ , ;1 '
x 2 sen s e x "I O ,
f (x) =
O, se x = O,
por exem p l o , tem deriva d a
f ' (x) =
{ 2X sen � - cos � , se x "l O ,
O, se x= 0,
f (x)
{ seu�, se x # O
o.
=
O, se x =
o
Teorema de Rolle, que apresentamos a seguir, tem a seguinte inter
pretação dinâmica:
((S e, num movimento retilíneo, um ponto retorna à posição inicial, então
há um instante em que sua velocidade é nula. "
É um caso particular do Teorema do Valor Médio, que apresentamos um
pouco mais adiante.
TEOREMA DE ROLLE. Seja f : [a, b] IR, a < b, contínua em [a, b] e
�
ponto x O. =
-1 1
plo 3.9.2 - ( 1 ) , página 1 13. Ela tem exatamente dois pontos críticos e estes
estão no intervalo ( - V3, V3) .
De fato, f é diferenciável, logo seus pontos críticos são só aqueles c tais
que 1 ' (c ) O. Como f ( - V3) f (O) 0 , o Teorema de Rolle assegura que
= = =
existe C2 E (O, V3) tal que 1 ' (C2 ) O. Estes são os únicos pontos críticos
=
facilmente a Cl - 1 e C2 1 .
= =
P ROPOSIÇÃO 3 . 9 . 1 3 . Se f é uma função con tínua num intervalo [a, b] . a < b, com
f (a) = f (b) , então existe um ponto crítico de f em (a, b) .
h
= = =
Tom a ndo h < 0, obtemos a n a loga mente f'(c- ) Ji. Logo f'(c)
= = Ji. D
h (x ) __ ( ) ou h ( x ) = f ( x ) 9 ( x ) ou h ( x ) = f (x) + g (x) ,
f (x)
gx
ao aplicarmos formalmente no cálculo do limite limx---+ a h ( x ) as propriedades
vistas no capítulo 2, podemos ser levados a expressões como
O 00
000 ou 00 - 00 .
O ' 00
Estas expressões são chamadas formas indeterminadas porque, dado qual
quer e E IR* , existem f e 9 tais que limx --> a h( x ) = e. Já aprendemos alguns
artifícios para enfrentar algumas situações isoladas desse tipo. A Regra de
L' Hôpital, apresentada a seguir, se integrará a nosso repertório de recursos
como um dos mais valiosos, às vezes indispensável.
REGRA DE L ' HôPITAL. Sejam f e 9 funções diferenciáveis em ( a, b) , ex
ceto possivelmente em c E ( a, b) , com g' ( x ) #- O, para x #- c, e
. - 1 ' (x)
- = eE IR* .
x1 1m
---+ c g ' ( X )
(3. 10. 1 )
Se
xlim = O e xlim (x) = O (3. 10.2)
---+ c f (x) -->c g
ou
xlim (x) = 00 , (3. 10.3)
-->c g
então
. - f (x)
-->c 9 ( -
x1 1m = e. (3. 1 0 .4)
x)
Demonstração. Provaremos apenas o caso (3. 10.2) . O caso (3. 10.3) é mais
elaborado e pode ser encontrado no livro de W . Rudin [6] . Como os valores
f (c) e g (c) não influem no limite (3. 10. 1) , impomos f (c) = g (c) = O , isto é,
as funções f e 9 são contínuas em ( a, b) . Para todo x E ( c, b) , o Teorema de
Cauchy assegura a existência de s, c < s < x, tal que
f (x) - f (c) 1 '(s)
,
g ( x ) - g (c) g ' (s)
ou sej a,
f (x) 1 '(s)
g ( x ) g'(s)
1 22 • A Derivada
A Regra de L' Hôpital vale também para os casos c = ±oo, como se pode
verificar fazendo a mudança de variável y = l /x. Por exemplo, se e 9 f
estão definidas num intervalo [a, (0 ) e as condições ( 3. 10. 1 ) - ( 3. 1 0.3) estão
satisfeitas com c = 00, temos
y
lim
X-> CXl
f ((xx)) = lim f (( 1/l / ))
9 y ->O + 9 Y
. f (x ) . f ( � ) . (: f ( � )
1X -1m g = lun -+ = lun -d'ô-
Y
= lim
Y
= lim
1'(x)
--
-f' ( � ) �
.
( x) y -> O + g ( y ) y ->O+ - g ( 1 ) y -> O + - g ' ( 1 ) � X ---t CXl g ( x) '
-- --
---> CXl
d .
y Y y2
y
cos x + 2x - 1 o
EXEMPLO 3. 1 0.2. ( 1 ) lim ----- leva à forma - e, aplicando a
3x x ---t O O
Regra de L' Hôpital, temos
. cos x + 2x - 1 = lun
. - sen x + 2 = 2
1 un
3x 3 3
- .
x -> O x ----> O
4 tanx 00
( 2) lim leva à forma - e, aplicando a Regra de L' HôpitaL'
1 + sec x
X ----> 7r / 2 - 00
temos
4 tan x 4 sec x 4
lim lim = lim -- = 4.
1 + sec x
x ---t 7r / 2 - tan x sen x
x ---t 7r / 2 - x ---t 7r / 2 -
sen x O .
( 3) lim leva à forma - e, aplIcando a Regra de L ' Hôpital,
(x - 7T )
X---t 7r O
temos
sen x cos x
lim -- = lim7r -- = - 1 .
X ----> 7r x 7T-X -> 1
Funções convexas e pontos de inflexão • 1 23
sen X - X O
( 4) xlim leva à forma indeterminada - e, por aplicações su-
---> O X3 O
cessivas da Regra de L' Hôpital temos
sen x - x cos x - I sen x � lim sen x �
lim limo limo -
6.
= = _ = _
x---> O x3 6x
p� Q
Em coordenadas, se X =
( x, y) , temos
(x, y) =
( ( 1 - )., ) a + ).,c, ( 1 - )")b + Àd) , O :( À :( l .
1 24 • A Derivada
X = (1 - À) ( l , 1) + À(2, O) , O � À � 1,
isto é, X = ((1 - À) + À2, (1 - À) ) , À E [0, 1] . Em outros termos,
PQ = { ( À + 1, - À + 1) E ffi. 2 I O � À � 1} .
(X , y) = (1 - À ) (XI 1 Yd + À (X 2 ' Y2 )
= ( ( 1 - À) XI + À X 2 , (1 À )YI + À Y2 )
- , ° � À � 1.
Temos, levando em conta que À e 1 - À são não negativos,
ax + by = a ((1 - À) XI + À X 2 ) + b ((1 - À) YI + À Y2 )
= (1 - À ) (axI + by d + À (a x 2 + bY 2 ) ;? (1 - À) c + Àc = c.
Ou seja, X E S. Assim, o segmento PQ está contido no semi-plano S , logo
S é convexo.
Funções convexas e pontos de inflexão • 1 25
= ( 1/2, 1/2)
Figura 3. 1 1 .3: CC = { (X , y) I O � x , y � 1 e xy = O }
o conj u nto .Y1 d a defi n ição 3 . 1 1 .4 é convexo se e somente se d ados q u a isq uer a , b E I,
os pontos do gráfico C U ) de f entre (a, f(a) ) e (b, f (b) ) pertencem ou fica m a ba ixo
do segmento q ue u n e esses pontos [verifique este fato]. P recisa mente, como a eq u a ção
d a reta por (a, f (a) ) e (b, f (b) ) é
f(b
y = f (a) + � = : (a) ( x - a) ,
f ( b)
f (a)
f (x)
a x
·
F 19ura 3 . 1 1 . 5 ·. f( xx-a
) - f (a) ::::::: f( b ) - f (a) ::::::: f ( x ) - f( b )
'" b-a '" x- b
Funções convexas e pontos de infie.7:iio • 127
f(b
a, b E l, a < x < b =? f (x) :::; f (a) + � = 2a) (x - a) (3. 1 1 . 1 )
o u , eq u iva lentemente,
f(b
a , b E l, a < x < b =? f (x) :::; f (b) + � = � (a) (x - b) , (3. 1 1 .2 )
1 2 4 5
x
2.: 3 : Y �
2'
2.: 4 : Y � x 2 e -
2.: 5 : x � 5.
( 2) A função f (x) x 2 é convexa, este fato segue da proposição 3. 1 1 .9,
=
vexa significa que as retas tangentes a seu gráfico estão sempre abaixo dele.
Ainda, o coeficiente angular da reta tangente cresce quando a abscissa do
ponto de tangência cresce. Veja a figura 3. 1 1 .8. Estes fatos são apresentados
abaixo com maior precisão.
y = f ( c) + f ' ( c ) (x - c )
DEMONSTRAÇÃO DA PROPOSIÇÃO 3. 1 1 .8
1. ::::} 2.
S u po n h a mos que f seja convexa .
Sej a m a , b E I , a < b. Se a < x < b, va l e a rel a ção (3. 1 1 .3 ) , pagi n a 1 27 .
Fazendo x � a n a desigu a ldade à esq uerd a e, depois, x � b n a desigu a l d a d e à
d i reita , obtemos
j ' (a) � f (a = (b) � j ' (b) .
� :
2. 3 . S u po n h a mos q u e f' seja crescente em I.
::::}
Sej a m x , c E I e fixemo- nos no caso c < x . A prova é a ná l oga pa ra x < c. Pelo
Teorema do Va lor M é d i o , existe Ç" E (c, x) de modo q u e f (x ) f (c) + f' (Ç") (x - c) .
Da monoton icidade de f' segue-se f'(c) � f'(Ç") . Logo f (x) � f (c) + f' (c) (x - c) .
=
f (b
yê, = f (a) + / = : (a) (Ç" - a) ,
porta nto
f (Ç") � f (a) +
f(b
/ = : (a) (Ç" - a) .
O u sej a , va l e a desigua lda de (3. 1 1 . 1 ) d a pági n a 127. D
Demonstração. Como f" (x) > O em f, f ' é crescente, o que, à vista do item
2. da proposição 3 . 1 1 . 8 , finaliza a prova. D
c-6 c c+6
figura 3. 1 1 . 10. Note que, conforme a proposição 3. 1 1 . 14, temos 1' (0) O . =
Logo, dada uma função f, os pontos c onde f "( c ) O ou não existe f" ( c ) =
são candidatos a ponto de infl exão de f, não mais do que isto. Na página
137 , a proposição 3. 12.5 dá mais informações sob re o assunto.
EXEMPLO 3 . 11 .15 . ( 1 ) Se f ( x ) =x3 , temos 1" ( x ) 6x O se e somente = =
Figura 3 .11 1
. 1: f (x) = ifi
. 2X-5/3
(4) Se f ( x ) ijX , então 1" (x)
= = - 9 para x 01= O .
Neste caso, f " ( x ) > O , se x < O e 1" (x) < O , se x > O . Ainda que não
exista f" (O ) , pode-se afirmar que O é um ponto de infl exão de f , pois f é
convexa para x < O e côncava para x > O . Vej a a figura 3. 1 1 . 1 1 .
(5) Os pontos de infl exão de f ( x ) = sen x são os seus zeros, isto é,
Zk br, ±k
= 0, 1 , 2 , . . . . De fato, f" ( x )
= = - sen x muda de sinal somente
nesses pontos. Vej a a figura 3. 1 1 . 12.
27r . . . . . . y
"
(6) Se f ( x ) min{ ijX , x 2 } , então não existem 1" (0) e 1" ( 1 ) . Verifique
=
que 1 é o único ponto de infl exão desta função. Ob serve que em qualquer
Máximos e mínimos • 133
Figura 3 .1 2 .2: y = M
EXEMPLO 3.12.4. (1) Temos agora mais elementos para justificar a descri
ção do grá fico da função f (x) x3 3x, dada no exemplo 3. 9. 2 - ( 1 ) , pá gina
= �
somente se x O . Como f"(x) < 0, para x < 0, e f"(x) > 0, para x > 0,
=
B = (0 , 6)
N
i
c = (O, y )
o�------�-
A = (2 , O)
percurso é
5
T(y) = TAC + TCB = - )4 + y 2 + 6 - y, Y E [0, 6] ,
3
e o problema é determinar os pontos de mínimo da função T [verifique que T
é de classe C2 em [0 , 6] ] . Como o teorema 3. 12.3 só se aplica para funções
definidas em intervalos abertos, consideremos y E (0, 6) e deixemos para
analisar os casos y ° e y 6 em separado. Impondo T' (y) 0, chegamos
= = =
T"( y ) -
-
5
3 )4 +y 2
(1 _
y2
4 +y 2
) > °
'
e T(6) 10 vT5/3 > 10 > 8 + 2/3 T( fJ) , temos que fJ é o ú nico ponto de
= =
=
mínimo em [0, 6] . Assim, a trajetória procurada é a indicada na figura 3 . 1 2.4,
tomando- se C (0, 3/2) . Isto é, o ponto C está 3/2 quilômetros ao norte
do ponto O.
(3) Determinemos o triângulo isósceles de á rea má xima inscrito em uma
circunferência de raio R .
1
x
j
Figura 3 .1 2 .5: Triângulo isósceles inscrito numa circunferência
do triângulo em questão é y V3 R . =
Os fatos apresentados até agora são suficientes, em geral, para estudar os pontos
extremos de uma função. Entretanto, em algumas situações especiais, a proposição
abaixo, que é mais abrangente, pode ser necessária. Deixamos para apresentar uma
prova desta proposição após estudarmos a Fórmula de Taylor, logo mais adiante.
2. Se m é par, então:
tempo um ponto de máximo e um ponto de infl exão e não existe 1' ( 1 ) . Veja
figura 3 . 1 2 6. .
Máximos e m ínimos • 139
1
2"
1 j3
( 1 + X2 2
=
X
(e) x11. m = O , logo a reta y O é uma assíntota horizontal.
-+oo 1 +x2 =
x2 - 3
(f) f l/(x) 2x Logo 1"( vÍ3) O , 1"(x) < O para x E (O ,vÍ3) e
1 +x2'
= =
P'19ura 3 .1 2 . 8'. y -
-
. {
mm x2/3 'x2+1 }
das nos ítens (a )- (h) a seguir.
(a) As funções X2/3 e 2 / (x2 + 1) são pares, portanto, f (x) é par. Assim,
b asta fazer uma análise para x E lR+ [O ,00 ) . =
{
X2/:3
= 2 / (x 2 + 1 ) , donde
( d ) Se x (0 ,1] , 1'(x)
E (2/3)x - 1 / 3 > O e f "(x)
= - (2/ 9) x - 4/ 3 < O. =
{/x 2 1 -
y'33
Figura 3 .1 2 .9: y = �
x2 1 -
x x
(b ) xlim
-tl- ijx 2 - 1 = - 00 e lim
x-t1 + ijx 2 - 1 = 00.
x
( c ) 1.I mx-t(XJ
ijx 2 - 1
=00.
'
O.
y e y
,,( ;-;;3 )
v =
3J3
{!2
>
(f) Por (e) , 1 e 3 são pontos de infl exão, pois y " muda de sinal nesses
pontos. O ponto O tamb ém é de infl exão, pois pela simetria de uma
função ímpar, ela muda seu caráter de convexidade em x O . . =
H oje em dia existem programas que fornecem com muita precisão o grá
fico de funções, mas a familiaridade com os fatos apresentados aqui certa
mente facilitam a ob servação de aspectos e detalhes fundamentais que esses
programas não mostram necessariamente. Os gráficos aqui apresentados são
esb oços qualitativos. Isto é, não estamos preocupados com a exatidão, mas
em mostrar aspectos geométricos relevantes que um desenho preciso pode
esconder.
3. 13. 1 A diferencial
N a situação descrita em nosso preâ mb ulo, costuma-se estimar a coordenada
s(t) em instantes t próximos de to sub stituindo-se a velocidade instantâ nea
v(t) por uma velocidade constante, v(t) V, isto é, =
Vamos agora responder, num contexto mais geral, a questão acima. Da
dos f : (b, c) �, a E (b, c ) , vejamos com precisão o que entendemos por
�
�
Y �I�--��--�--- ç
X
__ L-____�__�________ �
a a+ x
I I
f (a + 6 x) - f ( a ) - k6 x
lim � lim
.6.x-.O 6 .6.x-.O
=
1 xI 6x
f (a + 6 x) - f ( a )
= limo
.6.x-. I 6x
-k
I = O.
Assim,
f (a + 6 x) - f (a )
k
lim f' (a ) .
.6.x-.O
= =
6x
E m outras palavras, se f é derivável em a , a melhor aproximação linear de
f numa vizinhança de a [ ou seja, para 6 1 xl pe queno 1 é:
f (a + 6 x) � f (a ) + f' (a )6 x. (3. 13.2)
A diferencial e a fórmula de Taylor • 145
--�----�----
x
a a + box
Figura 3 .13 .3: A diferencial dy = f' (a)dx
diferencial, temos
dy 1' (a) �x.
= (3. 13.3)
o acréscimo �x é denotado por dx , isto é,
diferencial df ( 1 ) é
1 + 3 8 + 3 82 + 83 � f ( l ) + 1'( 1 ) 8 = 1 + 3 8.
Se 181 não for pequeno, esta pode ser uma aproximação muito grosseira,
cujo erro relativo é
146 • A Derivada
y=1 + 3(x-l)
1
dy � y dx l1""C O, 1 0, 0 1 25.
/
= =
2v 16
A diferencial e a fórmula de Taylor • 147
ser escrita:
En (x) E�(O"I ) - E�(a)
.
h(x) h' ( O"d - h' ( a )
Decorre Teorema de Cauchy que existe 0"2 entre 0" 1 e a tal que
En (x) E�(0"2 )
.
h(x) h" (0"2 )
Novamente de (3.13.6) e (3.13.7) vem E�(a) h"(a) 0 , donde= =
(3.13.9)
l imitada em J. Se Ln é uma constante tal que If(n + l )(x)1 :( Ln ' para todo
x E J temos a seguinte estimativa para o erro En (x):
1
I En ( x ) I :( Ln I x - a In + l ,
(n+I)!
portanto
En (x)
l im O. (3.13.10)
(x - a) n
=
x-ta
n 1
classe C + num interval o abert o l e seja a E l. Entã o existe vi zinhança V
de a tal que , para t od o x E V,
f(x) =
f(a) + j'(a) (x - a) +...
1 1
...+ f(n )(a) (x - at +
- f(n + l )(o-) (x - a) n + l , (3.13.1 1 )
n! ( n+ 1 ) !
onde o- =
a +a(x - a), para algum a, O < a < 1.
ORDEM DE GRANDEZA
Sejam J, cjJ : B � IR e a E IR um ponto de acumulação de B ou a = 00 [neste caso
supomos B n [c, (0 ) -I- 0, para todo c E IR]. Seja C V n B, para uma vizinhança =
I ��:� I � K, x E C.
temos,
P (x) = 1 1 + 16 ( x - 2) + 1 1 (x - 2) 2 + 5 ( x - 2) 3 + ( x - 2)4.
No caso, o resto de Lagrange é nul o e a igual dade val e em toda a reta.
(2) Vamos estimar cos6 1° usando o pol inômio de Tayl or de ordem 2 de
cos x, em torno de 7r /3. Sendo f ( x ) cos x, temos
=
f' nD =
-
�,
o pol inômio P2 em torno de 7r /3 é
P2 (X) =
� - v'3 ( x � ) _ _
( 1 /2)
(x �) 2
2 2 2!
_
3 3
Fazendo x = 7r/ 3 + 7r/ 180 , que corresponde a 6 1° , obtemos a estimativa
cos6 1° � - -
1
2
(v'3) (
-
2
-
7r
180
) - -
1 7r 2
( )
4 180
- � O ' 48 448 .
m ;?: 2.
Seja V = (c - J, c+J) , J > O uma vizinhança onde vale a Fórmula de Taylor para
f , com n = m - 1. Tomemos J menor, se necessário, para garantir que o sinal de
f (m) ( x) seja o mesmo de f (m) (c) para todo x E V. Diante da profusão de derivadas
nulas, a Fórmula de Taylor se reduz a
(3.13.12)
152 • A Derivada
{ j(X)
j(x)
;?j()e ,
� j()e ,
se
se
j(m)((J)
j(m)((J)
> O,
< O.
3.14 EXERCÍCIOS
Calcule a derivada de cada uma das funções 1) - 10 ) :
1) f (x) = 3x3 +4x 2 - 7 6 ) p (x) = (3X)-5
2) 9 (x) = x 2 csc x 7) w (x) = x/ arcsec x
sec 2 x
3) h(t ) = t3 - � 8 ) t ( x ) = --
t cot 2 x
4) k (x) = cos 2 x cot x g) u (x) = (arccos x)3
5) r s( ) = sec 2s +s tans 10 ) v (x) = 1/ arctan x
5
11) Encontre a equação da reta tangente ao gráfico de y ( ' nos
1+x 2 )
=
seguintes pontos:
( a) (0 , 5) �
(b) (1, ) ( c ) (-2,1)
13) Determine os val ores de x de modo que nos correspondentes pontos nos
gráficos de
y sen x e y cos x
= =
1
19 ) Cal cul e a coordenada Xo tal que a reta tangente ao gráfico dey , =
x2 + 1
no ponto ( xo , l / (x Õ + 1 )) , seja paral el a à reta 2y -x. =
ponto se move: (a) na direção positiva, (b) na direção negativa. Cal cule os
instantes em que a velocidade é nul a.
24) Seja f uma função diferenciável em ]R e defina
g (x) = f (x3 - x 2 - 1 ) .
Supondo que f (3) 1' (3) 2 , determine a equação d a reta tangente ao
= =
- 2X2+
Cal cul e a derivada das funções 26 ) - 31)
- 3
26 ) f(x) (4x3
= 5)5 .
100
2t + t)-2.
27) g (x) (5x 3) .
=
28 ) h(t) tan(3t5 -
(S2+ :2)7
=
29 ) k(s) �
arctan [(2x 1 ) 10 2] 1/ 2 .
(t-4 - 2C2+ 1t5 .
30 ) m(x) = -
+
3 1 ) n(t) =
w f ( g ( h ( x) )) é diferenciável em X o e
=
[J ( g ( h (x) ))J�=xo =
j' (zo )g' ( Yo ) h' (xo ) ,
isto é , a regra d a cadeia se estende para a composição de três funções.
Em outra notação,
dw dw dz dy
dx dz dy dx
G eneral ize para n funções.
33) Encontre o ponto P do gráfico de y V 2 x - 4 tal que a reta tangente
=
34) Sej a f uma função diferenciável . Mostre que se f for par, então f' é
ímpar e, se f for ímpar, então f' é par.
35) Se f (x) = l /x, encontre uma fórmul a para f( nJ (x) , n = 1 , 2 , .. . . Cal cul e
a derivada f( nJ (l ) .
36 ) Se f (x) = fi, obtenha uma fórmul a para f(rlJ (x) , n = 1 , 2 , . . . .
Neste caso, cal cul e (sen x)', (cos x)' e (tan x)' . Compare como ficam os grá
ficos de y cos x nos dois casos, isto é, ora com x representando a medida
=
41) Se f, g, h, são funções diferenciáveis até ordem dois tais que existe a
composição f (g (h(:r ))) , cal cule a derivada segunda de f (g (h (x ))) .
42) Q ue condições devem satisfazer 0', (3, a , b, e c para que
O'X +(3
f(x)
Ja x2 + 2bx + c
=
Para cada função dos exercícios de 49) a 57), determine os pontos de má
ximo e de mínimo, os intervalos em que ela é crescente, aqueles em que é
decrescente e seus pontos de infl exão.
x x3
49) f(x) = x2 - 4x+3 52) q(x) = - 55) m(x) = -
x+1 x2+3
2
50) g(x)=4+3x - x3 53) r(x) = x2(x - 12? 56)n(x)=x2+
x
1
54) u(x) =
4
51) h(x)=x+- 57) p(x) = 21xl - x2
x x+ 3
58) Sej a f : IR. ---t IR. diferenciável, com limx--->CXl 1'(x) = a > o. Mostre que
limx--->CXl f(x) = 00.
59) Sej a f : IR. IR. diferenciável. Pode- se garantir que limx--->CXl 1'(x) = O
---t
seu ponto médio. Q uais as medidas do triâ ngul o de área máxima inscrito
desta forma?
71) Dada a equação x3 3x2 9x+ À = O , determine os val ores de À para
� �
os qU aIS :
(a) a equação tem uma raiz dupl a;
(b) a equação tem trê s raízes reais distintas.
[ Uma rai z de um p olinômi o é dupla se for rai z d o p olinômi o e de sua deri
vada , mas nã o da derivada segunda l.
72) Demonstre que os zeros das funções seno e cosseno são os seus únicos
pontos de infl exão
73) Deve- se construir uma caixa de base retangular com um pedaço de
cartol ina de 3 dm por 2 dm, cortando- se fora um quadrado de cada vértice
e então dobrando-se os l ados. Determine o l ado do quadrado extraído que
produz a caixa de vol ume máximo.
74) Deve ser fabricado um reservatório na forma de um cil indro circul ar
reto, aberto no topo, tendo 241fm3 de capacidade. O custo do material usado
para fazer o fundo é três vezes maior do que o custo do material usado na
superfície l ateral . Supondo que não há perda de material no processo de
fabricação, determine as medidas do reservatório que minimizam os custos.
75) Um vitral tem o formato de um retâ ngul o acrescido pel a j ustaposição de
um semicírcul o, fazendo- se coincidir o diâ metro deste com o l ado superior
do retâ ngul o. O vidro util izado na parte semicircul ar é mais fosco, de modo
que a quantidade de l uz que passa por unidade de área é 2/3 da permitida
pel o vidro da parte retangul ar. Sendo o perímetro do vitral fi xado em 6m,
cal cul e as medidas do vitral que permite máxima l uminosidade.
76) À s 13 horas um navio A está a uma distâ ncia de 50km ao sul de um
navio B. O navio A navega rumo norte a 25km/h. O navio B navega rumo
oeste a 18km/h. A que horas a distâ ncia entre os dois navios é mínima?
77) Um homem pode caminhar duas vezes mais rápido do que nadando. Para
ir de um ponto da borda de uma piscina circular a outro diametral mente
oposto, el e pode caminhar ao l ongo da borda da piscina e nadar atravé s
del a. Determine a trajetória que o l eva a seu destino no tempo mínimo.
78) A il uminação proveniente de uma fonte pontual de l uz é diretamente
proporcional à potência da fonte e inversamente proporcional ao quadrado
de sua distâ ncia. Duas fontes tê m, respectivamente, potê ncias P I e P 2 e
estão a uma distâ ncia J;, uma da outra. Determine o ponto menos il uminado
sobre o segmento unindo as duas fontes.
158 • A Derivada
que se f for est rit ament e convexa ela possui um único pont o de mínimo.
8 0) Most re por um exemplo que se I não fosse fech ado no exercício 79 , a
conclusão não valeria em geral.
Faça um esboço do gráfico das seguint es funções:
4x 4
8 1 ) f (x) = x3 - 3x 2 8 3) h(x) = 8 5) u (x)
4 +X 2 ----=
-;= :::::c
=
J 4 - x2
2 X4 - 3
8 2) g(x) = x 2 + - 8 4) e (x) = 86 ) v ( x) = sen x + cos x
X
--
x
8 7) Se w = Z3 - 3z 2 + 2z - 7, det ermine dw e use essa diferencial para
est imar a variação de w, quando z varia de 4 para 3,9 5.
1
88 ) Se f (x) = dê uma aproximação para f(l, 02) usando a diferen-
2 - x2 '
cial de f no pont o x = 1 .
89 ) O raio de uma superfície plana circular é 8m , suj eit o a uma dilat ação
de O, 06m . Est ime o aument o da área da superfície com a dilat ação.
9 0) Use diferencial para aproximar o cresciment o da á rea da superfície esfé
rica de um balão se seu diâmet ro varia de 2m para 2.02m [ Área da superfície
de u rna esfera de rai o r: S 47["7' 2 ] .
=
x2 1
99 ) Se cos x é subst it uído por 1 - 2 e I xl < 2' dê uma est imat iva para o
erro absolut o.
N os exercícios abaixo, t omando n E N em 103) , use a Regra de L ' H ôpit al
para calcular os limit es.
x 2 - 16 a
100) limx-4> - 103) limx->1Xl x n sen -
X 2 +X - 20
---
x
101) limx->Q---
t an x - x
104) limx->7r/ 2
sec 2 3x
�)
x - sen x sec 2 x
(
102) limx->Q __- -
1
sen 2 x x
105) limx->Q
arct an x
--
x
4
A INTEGRAL
A Integra l estende a noção de área pa ra conj untos pla nos ma is gera is do que
retâ ngulos, triâ ngulos, tra pézios etc. O embrião da s idéia s a presenta da s a qui
foi la nça do h á muitos séculos, com o método da exa ustão pa ra o cálculo de
área s e volumes, a tribuído a Eudoxus (39 0 a . C. 340 a . C . ) e gra ndemente
-
Consideremos uma função f limita da e não nega tiva num interva lo [a, b].
A integra l de f será a área do subconj unto !% do pla no xy compreendido
entre seu gráfico e o eixo x. Ou seja , a área do conj unto
!% = {(x, y) I a � x � b, O � y � f(x)},
a b
deriva da , tra duzida pelo Teorema Funda menta l do Cálculo, que a presenta
remos brevemente.
i = 1, 2, . . . , n.
DEFINIÇÃO 4.1.2. Seja 9 : a = X o < Xl < ... < xn = b urna pa rtição do
interva lo [a, b ]. Os números
n n
S(9, I) = L lVli !lXi, s(9, I) = L mi tl xi,
i=l i=l
são cha ma dos, respectiva mente, s orna superi or e s orna inferi or da função f
rela tiva mente à pa rtição 9 .
Obvia mente, s(9, I) :s;; S(9, 1). Suponha mos que f seja não nega tiva .
A sorna superior é interpreta da como uma a proxima ção p or excess o do que
virá a ser a área A do conj unto !!l! considera do no preâ mbulo deste ca pítulo,
enqua nto a soma inferior é urna a proxima ção p or falta.
De fa to, a pa rtição 9 determina urna coleção de retâ ngulos de ba se
[Xi-I,Xi] , i = 1, . . . , n, cuj o la do superior "t oca " o gráfico de f e fica a ba ixo
dele [retângul os s ombread os na figu ra 4. 1. 1]. A soma inferior s(9, I) é a
sorna da s área s desses retâ ngulos. Ana loga mente, fica determina da uma c o
leção de retâ ngulos de mesma s ba ses cuj o la do superior "t oca " o gráfico de
f e fica a cima dele [retângul os mai ores na figu ra 4 . 1 . 1 ]. A soma superior
S(9, I) é a soma da s área s desses retâ ngulos.
Integrabilidade e definiçiio de integral • 163
pontos de 9 pa ra que venha m a sa tisfa zer a ordena ção (4. 1 . 1 ) . Sempre que
se obtém um refina mento de uma pa rtição 9 pela inserção de novos pontos,
uma reindexa ção como esta é necessária . Isto fica rá, em gera l, subentendido.
PROPOSIÇÃO 4 . 1 . 4 . Se 9* é um refinament o de uma partiçã o 9 de [a, b]
e f : [a, b] IR é uma funçã o limitada, entã o
----+
l-b f (x) dx
a
= inf S(9, f)
9"EIT
l b f (x) dx.
A função f é ch amada integrando.
Desde o início desta seção a condição a < b tem sido admitida. Por esta
razão, eatabelecemos
DEFINIÇÃO 4. 1. 9 . Se f está definida em a f é integrável em {a } e
a
E lH.,
l f (x) dx = o.
lb c dx = c(b - a) .
t x dx �2
Jo
= .
11 12 1n-1
s( !?J'>n, f) = 0 + -- + -- + . . . + - --
nn nn n n
1 1n 1 1
- ( 1 + 2 + . . . +n - 1 )
= = - - (n - 1 ) = - - - .
n2 n2 2 2 2n
166 • A Integral
5
6
{l I }
Assim, se TI é o conj unto de toda s a s pa rtições de [O, 1] , temos
1 1
1
_o
x dx = sup s ( 9 , f)
Y' E II
� � up s ( 9n , f)
n- l ,2. . . .
=
� up 2
n-l ,2, . . .
-
2n
= 2'
Procedendo de modo inteira mente a nálogo, podemos obter
Jr
o
x dx =
(}nf 5 ( 9 , f) :::;; n-J nf
,c;:P E II 1 ,2" . .
5 ( 9n , f) = J nf
n- l ,2, . . .
{ � + � } �.
2 2n
=
2
Combina ndo esta s dua s desigua lda des, vem
1 -1
1 1
- :::;;
2 1
_o
x dx :::;;
1o x dx :::;; - ,
2
ou seja ,
t x dx �2
Jo
= .
{ I,
----+ ]R ,
pa ra x irr �ciona l
f (x) =
0, pa ra x ra clOna l.
não é integrável. De fa to, pa ra toda pa rtição 9 de [a, b] temos
s ( 9 , f) = 0 e S ( 9 , f) = b - a.
Integrabil'idade e definição de 'integral • 167
Assim,
1" f (x) dx � O cf b - a � l' f (x) dx.
Até a qui, nos exemplos, a s funções f sa tisfa zem f (x) ? O , x E [a, b] ,
ma s nenh um a rgumento dependeu de f ser não nega tiva . Se f : [a, b] ]R é ----->
Demonstração . Seja c > O da do. Tomemos uma pa rtição f!lJ de [a, b] sa tis
fa zendo (4 . 1 . 5 ) . Assim,
e, porta nto,
l ' f(x) dx
>
� l f (x) dx,
logo f é integrável.
Reciproca mente, suponha mos f integrável. Da do c > O, tendo em conta
a definição 4 . 1 . 6, página 163, e a s definições de sup e de inf, podemos esco
lher pa rtições f!lJ 1 e f!lJ2 de [a, b] de modo que
DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 4. 1 . 1 2
Seja f : [a, b] ----+ IR. contínua, portanto limitada [proposição 2. 4. 1 7, página 77]. Dado
f > O, escolhamos (J" > O tal que (J" < fj(b - a) . Como f é uniformemente contínua
[ teorema 2. 4. 9, página 72] . existe 6 > O ta I que
i = 1 , 2 , . . . , n . Portanto
n n
i =l i =l
e, pelo Critério de Integrabilidade, f é integrável. o
f!lJ : a Xo < X l < ... < X n b, de pontos igua lmente espa ça dos, isto é,
= =
6Xi (b - a)/n, i 1, 2,
= = Tomemos então suficientemente gra nde
. . . , n. n
de modo que
(b - a) [ f (b) - f (a)] < nf .
i 1, 2,
= donde
. . . , n,
n
i =l
(b - a) t[f (Xi ) f (Xi�d] (b - a) [J (b) - f (a)] <
= = f.
i =l
_
n n
DEMONSTRAÇÃO DA PROPOSIÇÃO 4. 1. 14
Dado c > O, seja M > O tal que f ( x) � M , x E [a , b] . Sejam Xj E [a, b] , j = 1 , . . . , p ,
as descontinuidades de f . Tomemos intervalos [cj , dj ] centrados em Xj , j = 1 , . . . , p,
de modo que sejam dois a dois disjuntos e a soma de seus comprimentos não exceda
c . Definamos [aj , bj ] [cj , dj ] n [a, b], j 1 , . . . , p .
= =
uma reunião finita de intervalos fechados, limitados, dois a dois disjuntos, portanto
f é uniformemente contínua em K [por que ? ] . Logo existe 6 > O tal que
todos os ay 's e by 's pertençam a fY' , os intervalos (aj , bj ) não contenham pontos de
fY' , j = 1 , . . . , p , e � Xi < 6 se X i � l #- aj , j = 1 , . . . , p .
Observando que Mi - mi � 2M, i 1 , . . . , n , e .!'vIi - mi < c se X i� l #- aj ,
=
j 1 , . . . , p , podemos escrever
=
DEMONSTRAÇÃO DA PROPOSIÇÃO 4. 1. 15
Seja c > O dado. Como 9 é uniformemente contínua em [m . M] , existe um número
6, O < 6 < c , de modo que
lb f (x) dx
_ fL
= O.
Da do f > O , tomemos urna pa rtição 9& : a = :CO < Xl < ... < X n = b de
modo que Xi - l < c < Xi e LlX i < f i f(c) pa ra a lgum i , 1 :s;; i :s;; n. Temos
O :s;; S ( 9&, f) < f , porta nto
-b
O :s;; 1 f (x) dx = inf S ( 9& , f) < f
lb g (x) dx = 0,
172 • A Integral
funções integráveis e
diz-se que f é integrável se qua lquer sua extensão 9 a [a, b] o for [confira
com a definição 1 . 2. 6, página 22] . N este ca so, define-se
Assim, usa -se dizer, por exemplo, que a função f (x) x/ J x J é integrável
=
ib fI (x) dx + Ib h (x) dx [ :( 5 ( 9 , fI + h )
�
I b f(x) dx :( 1I;1(b a ) . �
Propriedades da 'integral • 175
A definição da integra l l
h
f (x) d.T só fa z sentido qua ndo
a
a � b, va mos
estendê-la pa ra o ca so a > b.
DEFINIÇÃO 4.2.3. Se f : [ a , b] --t R é integrável, define-se
b f (x) dx = c f (x) dx +
l a l ic h f (x) dx,
a
donde
lb f (x) dx 1" f (x) dx - ir f (x) dx = lc f (x) dx + i" f (x) dx.
[ ,bb]
c
=
a a a
é integrável. D
0= > O.
176 • A Integral
C lb f (x) dx ;?: o.
l i" f (x) dx l c l' f (x) dx l' cf (x) dx "; i" I f (x) 1 dx,
� � D
1
x h x h x
= - =
h
Teoremas clássicos • 177
Seja c > O dado. Como f é contínua no ponto x, existe 6 > O tal que
t E I, It - xl < 6 =? I f (t) - f (x) 1 < c .
Tomando h tal que O < I h l < 6, temos
x+ h
I
F(x + h - F (x)
h - f (X) 1 � Il
� , , I �
I f (t) - f (x) 1 dX < 1 l h l c = c .
l
F (x + h) - F(x)
Portanto F' (x) hlim = f (x) .
---'> O
h
=
De acordo com a primeira parte da prova temos G' (x) = f (x) , x E I. Assim,
[F(x) - G(x)] ' = f (x) - f (x) O, x E I , isto é, =
F (x) - G(x) = C, x E I,
J J(x) dx.
DEFINIÇÃO 4. 3. 3. Seja J ]R., com I C ]R. um intervalo. Diz-se que
: I -+
I J(x) dx
b
= F(b) - F(a) .
Denota-se
ia
b b
J(x) dx = F(x)L .
J J(x) dx = F(x) + C,
{-I
M as é essencial que f seja contínua em Xo . Seja. por exemplo.
1 1 2
x dx _x
11
1/2. =
] =
o 2 o
Mais geralmente, para qualquer racional q #- -1, uma primitiva da fun
ção f(x) xq é dada por
=
1
F(x) = __ xq + 1 + C, (4.3.2)
q+1
onde C é uma constante arbitrária.
Sabemos agora calcular a primitivas de um polinômio p ( x) aox n + =
conjunto em questão.
1
Como arctan x é uma primitiva de
l + x2 '
A
1 dx
=
=
1 ]1
arctan x o 1f/4. =
o 1 + x2
180 • A Integral
y = 5 x2 e y = 1 +x2 .
das parábolas são ( - 1/2, 5/4) e ( 1/2, 5/4) . Veja a figura 4.3.2.
A(9)
j 1 /2 ( 1 +x2 )dx - j 1 /2 5x2 dx
j 1 /2 ( 1 - 4x2 )dx [ ]
=
- 1 /2 - 1 /2
4 1 /2
= = X - _ x3 = 2/3.
- 1 /2 3 -1 / 2
Teoremas clássicos • 181
[ 1
lação ao eixo y [veja o exercício 22 ] , escrevendo
A(Y)
/2 /2
2 Jo( ( 1 + x 2 ) dx - Jo( 5x 2 dx
[2 x - 3:r3
4 ] 1 /2
2/3.
= = o =
B B
o x A
pois temos infinitas parcelas e até agora só conhecemos somas finitas. Esta
questão será tratada na seção 5.2, página 281, com maior profundidade.
Demonstração. Seja AI > O tal que f(x) :::;; NJ, para todo x E [a,b]. De
acordo com a proposição 4.2.1- 4, página 173, para todos x,y E [a,b] temos
lF(x) - F(y)1 =
l.lY f(t) dt l :::;; Mlx - yl·
Assim, dado E > O, tomando 5, 0< 5 < E/AI,
E
x,Y E [a,b], Ix - yl < 5 =} lF(x) - F(y)1 :::;; l\11x - yl < !vI = E.
NJ
cp(c) c
Teoremas clássicos • 183
j'P('P(d) f(x) dx
c)
= F(cp(d)) - F(cp(c)).
' F ( (t)) /(t) f( (t))
'
Mas, [(F(cp(t))] =
cp cp cp cp/(t), para todo t
= E [c,d]. Isto é,
F(cp(t)) é uma primitiva de f(cp(t))cp/(t) em [c,d]. Portanto
ld f(cp(t))cpf(t) dt F(cp(t )) ]:
'P(d)
=
= F(cp(d)) - F(cp(c)) =
j'P( f(x) dx.
c)
D
t 2(1 + t2)�t dt
lo
= l
j'P�) x dx J1 x�dx.
�
2
=
/ sec2 2axdx 2a1 / sec2 ydy 2a1 tan y + 2a1 tan 2ax +
= - = - C = - C.
1
3
(4) Calculemos / sec2 x tan3 xdx. Fazendo a mudança tan x = 1L, temos
du = sec2 xdx, logo
(5) Calculemos
fI 1 ( x2 + 1 ) :� dx. Para isto, façamos x
---:3 l/s , donde
2
=
1/2 x x
-ds /S2 e s varia de 2 a 1. Portanto
fI 1 ( x2 +2 1 ) 3 dx
dx =
1 1 f 2(S2 + 1?2sds.
1/ 2 x
---:3
x
= -
1 2
S(S2 + 1):3d s =
2
-
609
8
lb u(x)v'(x)dx b b
,
a = u(x)v(x) L - l v(x)u'(x)dx.
a (4.3.3)
Teoremas clássicos • 185
i a
u(x)v'(x)dx +
ia
v(x)u'(x)dx =u(x)v(x) · L o
ia
U dv =uv ] a
-
i vduo
a
ou seja,
J sen2 xdx=- senxcosx + x- J sen2 xdx + C,
186 • A Integml
I - cos2 x
sen2 x= ----
2
Preencha os detalhes do cálculo a seguir e verifique que o resultado encon
trado é o mesmo.
j sen2 x dx j'
=
I
d 2x + I4 sen2 x +
- cos2 x
2
x = - - C.
u arcsen x
= dv dx =
v x, =
e, finalmente,
lb f( x) dx = f(c)(b - a).
Teoremas clássicos • 187
m(b - ) ,ç;
a lb f(x)dx ,ç; !vI(b - )
a .
Definindo
h =
b
� a
l f(x)dx,
b
l f(x)dx
b
= f(c)(b - )
a , D
h - f(c)
c b
1 (b
h = f(x)dx
b _
a )a
lbC dt lb dt.
ac t a t =
� d'u
a t ac =
11 C
=
ac U
D
1 2
LEMA 4.4.2.
1>
J,2 -dt > -.1
I t 2
. 1 2 1 1
ml mf - m2 inf -
I (t(� t él�t�2 t
= =
2" "
3
o logaritmo e a exponencial • 189
LEMA 4.4.3.
J2n dt> 72
n E N.
1 t 2'
Demonstração. De acordo com o lema 4.4.1, para 1 j � � n, temos
2 H 1 dt 2 ( 2j) dt 2 dt
r
J 2J t
=
r
J2J t
= J1 t .'
logo, pelo lema 4.4.2,
2n dt 2 dt (2 dt 2n dt 2 dt
J 1 t
= J +
1 t J2 t
+... + r
J 2n - 1 t
= n J1 t > 272, O
= 1.
1 t
Demonstração. Tomando n = 2 no lema 4.4. 3, obtemos
2 2 dt
J dt
J
4
= >1.
1 t 1 t
Assim, considerando a função contínua
x E ( O , (0 ) ,
J,x dt , x> O .
--+
ln x
t =
1
-
(4.4.1)
1 O. ln =
t 1 t t x
=
. 1 1
=
Demonstração.
In � +Inx In ( �x) In 1 O . = = = D
x x
Combinando as proposições 4.4.7 e 4.4.8, obtemos
PROPOSIÇÃO 4.4.9. In lnx -In y, quaisquer que sejam x, y> O .
�
Y
=
Xi > O , i = 1, . . . n .
4.4.10, temos
Em face da observação
COROLÁRIO 4.4.11. Se n e x> O, lnxn n lnx. EN =
1
n lnxn = lnx. D
t =
t 21
- >-
Y
1
- >- AI.
Y
D
Demonstração. Se y l/x, =
1
lim lnx = lim In - = - lim lny = -00. D
x--->ü+ y---> CXJ Y y--->CXJ
Observação 4. 4. 16. lnx tende a 00, com x 00, mais lentamente do que
-----+
y=x�
As proposições 4.4.14
e 4.4. 15 implicam que In é bijetora. Como In" x =
-1/x2 < 0, In é estritamente côncava [proposição
3. 11. 9, 130] . O página
gráfico de In é tangente à reta y = x -I em ( 1, O ) , pois In 1 = ° e In' 1 = L
A figura 4.4.3
mostra um esboço do gráfico de In.
4. 4. 2 A função exponencial
Dado a E IR, a> 0, nosso objetivo agora é dar sentido à expressão aC, c E IR.
Sendo In : ( 0, 00) -----+ IR uma função bijetora, podemos estabelecer
o logaritmo e a exponencial • 193
y = expx y = lnx
1
exp = e,
expO = 1.
PROPOSIÇÃO 4.4.18. Para x, y lR, E
( exp )
x exp X· exp x exp ( x+...+x ) exp ( nx ) ,
n
= . • = ( 4.4.2) =
,
"V
./
'--v-"
n n
donde
194 • A Integral
1
( expx) n = exp -
X. (4.4.3)
n
(4.4.2) e (4.4.3)
As expressões se generalizam na seguinte proposição:
( expx r = exp(rx) .
Demonstração. Para r = 0, a proposição é imediata. Tomemos x E IR e
r = m/ n, com m, n> O . De acordo com e (4.4.2) (4.4.3),
podemos escrever
( X) ( X)Tn = ((expx)nl)Tn = ( expx)n = ( expxr.
exp(rx)= exp m -; = exp -;
m
eX= expx.
A partir de agora abandonamos a notação expx e ficamos apenas com eX.
PROPOSIÇÃO 4.4.2l. Para todo x E IR,
( e ) = (1n 1 x ) '
X ' 1 = 1 = eX. y o
In' T
= =
y
y
o logaritmo e a exponencial • 195
e 1+1+ 1 +. . .+ n1.+En·
= I"
2
.
I"
Tomando 71, � max {3, q} e multiplicando esta expressão por n!, vem
Todos os termos, exceto n! En' são números naturais, pois 71, � Logo n! En q.
tem de ser um inteiro. Mas, lembrando que < e< 3 e que 71, � 3, temos
2
chamados transcendentes. São aqueles que não podem ser raiz de polinômio
com coeficientes inteiros. Por exemplo, o número J2 não é transcendente,
pois é raiz do polinômio P(x) = x2
2
. O capítulo
- 20
do livro de M. Spivak
[7] e
é dedicado a provar que o número é transcendente. Os números que
não são transcendentes são chamados algébricos.
Num sentido que pode ser
tornado preciso, existem mais números transcendentes do que algébricos.
196 • A Integral
Vamos definir aX, x E ffi., para todo número real a> O . Na notação atual, a
proposição 4.4.19
diz que ( e X r = erx, para todo r E Q, logo
Como a expressão à direita está definida para todo número real x no papel
de r, podemos afirmar que a função x E ffi. 1-----+ exlna é uma extensão à reta
ffi. da função r E Q 1-----+ ar, O que inspira a seguinte definição:
ax = e
X Ina
, X E 1&.
TJ])
X
Figura 4.4.5: y = a e y = I o ga X
o logaritmo e a exponencial • 197
Demonstração. Temos,
(g(X)f(X))' = (ef(X)ln9(X))'
a
ln < 0, segue que a função x E � 1------+ aX
Como limx ->CXJ aX = 00, limx->_CXJ aX = O , se In a > O e vice-versa, se
E (0,00), a
1- 1, é uma bijeção,
portanto invertível. Podemos, então, estabelecer a definição abaixo.
1, y X
= a {:} ioga Y = x. A função logo tem o caráter de
1,
Se a > O , a i-
aX,
monotonicidade da função x 1-----+
e estritamente decrescente, se O<a< Confira a figura 1.
isto é, estritamente crescente, se a>
4.4.5.
fórmula
1,
A seguinte expressão de logo em termos de in é conhecida como
da mudança de base. Se a, x> 0, a i- então
logo x = - . (4.4.5)
ln x
lna
y
De fato, = logo x implica x = aY = eY In a, donde in x = ina, ou seja, y
y= ln x/ lna, que é (4.4.5).
(4.4.5)
1
A fórmula nos dá a expressão da derivada de logo,
(logo x) =
I
--o
x lna
x->O
1 = 1.
regra de L'Hôpital implica
lim u x
x->O
() = lim
x->O
--
1+x
Assim, como a função eU é contínua, temos
u 1-----+
-e = e
e- 1
limx->CXJ (1 + �)
_
x = -2
2)
a> 0, a i- 1.
3)
J ---;;-
dX
= In I x l + c.
-1 1
De fato, se x< 0, pela Regra da Cadeia, ( In I x l) , = ( In -x) ' = - = - .
-x x
1
Se x> 0, ( In I x I)' = ( In x) ' = - .
4)
J tan xd x = - In I cos x l + C .
J J J
sen x du
tan xd x = -- dx = - - = - ln l lL I + C = - ln l cos x l + C .
cos x u
5) Analogamente, temos:
J cot xd x = In I sen x l + C .
6)
De fato,
J.
sec x ( sec x + tan x)
J J
sec2 x + sec x tan x
sec xd x = dx = d x.
sec x + tan x sec x + tan x
200 • A Integral
7) Analogamente,
J lnxdx = x lnx -x + C.
g) Calculemos J senxdx. e
X
Fazendo
dv = senxdx,
v = - cosx,
J e
X
senxdx = -eX cosx + J e
X
cosxdx. 4.4.6)
(
Calculemos agora J e
X
cosxdx fazendo
dv = cosxdx,
v = senx,
J e
X
cosxdx = e X senx -J e
X
senxdx.
Substituindo em (4.4.6), obtemos,
J e
X
senxdx = _e
x
cosx + eX senx -J e
X
senxdx,
o logaritmo e a exponencial • 201
xE ffi.,
Como (xe-x )" < O para x< 2 e (xe-x )" > O para x > 2, a função é
estritamente côncava para x< 2 e estritamente convexa para x> 2 e
x = 2 é o único ponto de inflexão.
4. Usando a Regra de L'Hôpital,
x 1
lim xe-x = lim = lim = o.
-> OO -->oo
x eX x-->oo eX
- -
X-
Além disso, limx-->_oo xe-X = 00 - .
1 2
cosh2 -senh2 x 1.
X = (4.4.7)
2 2
e2 + 2 + e-2 (e 2 - 2 + e 2x )
x x x - -
1 = . D
4
)
De fato,
( 2
eX - e (eX)' - (e-X)' eX+e-X
'
-x
senh' x = = coshx,
2 2
)'
cosh'x = ( eX � e -x
(eX)' + (e-X)'
2
eX - e-x
2 = senhx.
2. Xlim
--->CXl
cosh x = lim cosh x = 00.
cosh
1
cosh2x "2 (cosh 2x+ 1) , x ER
=
em�, podemos definir sua inversa por y senh-1 x e calcular sua derivada
=
dy 1 1 1 1
dx
dx dy
coshx \11 +senh2x
isto é,
d 1
- senh -1 x --;====::;: =
dx vI +x2
Analogamente, define-se a inversa do cosh restrito a (0, 00),
cosh I (0,00)
: (O, 00 ) ----+ (1, 00) ,
denotada por
cosh-1 : (1, 00) ----+ (O, 00 ).
Ainda,
d 1
- cosh-1 x x> 1.
dx VX2 - l' =
J senhxdx
1.
= coshx+ C.
J coshxdx
2.
= senhx+ C.
206 • A Integral
3.
J sech2xdx = tanhx+ C.
4.
J csch2xdx = cothx+ C.
5.
J tanhx sechxdx = - sechx+ C.
6.
J tanhxdx = in coshx+ C.
7.
J cothxdx = in senhx+ C.
8.
J dx
----r====;:;:
\11 +x2
= senh� 1 x+ C.
9.
J --;::VX::::dx=2c -1
=
= cosh� 1 x+ C.
10.
J _l d-x_x'_ -2 = tanh�l x + C.
(4.5.1)
onde C E IR denota uma constante arbitrária.
A lgumas técnicas do Cálculo Integral • 207
x = a cos u ou x = a sen11,
elimina a diferença. Por exemplo, se x = a COS11 em (4.5.2),
J (16xdx
-x2)2 /'3 J (4 COS11)4/3
_ 16senucos11 - 2 /3
- du 4
J cos.�1 /3 11 sen11d11
E
onde C lR denota urna constante arbitrária.
Embora a substituição x 4 sen11 seja lícita apenas para Ixl :s:; 4, a
=
E
a identidade tan2 11+ 1 sec2 11, 11 lR, sugere outras substituições. Por
=
1 dx
/0
=
X2+ 3 v 3 sec2
sec2 cu
- -du
u /0U + C
v3 v 3
=
x
/0 arctan /0 + C,
v 3
=
= u,
façamos x a sec portanto dx a sec tan u u duo
Assim,
=
1 vx2X-a2dx =
a 1 tan2 ud u a 1 sec2 u d u - a 1 du
=
tanh2u sech2u, u E �,
�(1 u)
=
cosh2u +cosh2 , u E �,
u �(1-
=
2 2
= -
a2 �VX2
= cosh-1 � _
_
a2+ C'
2 a 2
onde C E � é uma constante arbitrária.
A lgumas técnicas do Cálculo Integral • 209
X 2 +px+ P 4q -- -p2
q = x2 +2 2x+p42 - p42 +q (x+ 2) 2 + - P
=
4
EXEMPLO 4. 5. 4. (1) A integral J x2+dxpx+q fica
J (x+�)dx2+ 4q�p2 .
Se 4q - p2 0, a substituição x+p/2 u leva ao cálculo de
= =
dU
J u2 '
que é imediata [veja (4.5.1), página 206].
Se 4q - p2 -# 0, o problema fica reduzido a
J u du 0, '
2± 2
que já sabemos calcular.
(2) Por completamento do quadrado temos
Fazendo
J37 J37
u=-2- secv, du = -- sec v tan v dv,
2
a integral acima fica
2 J sec v tan v dv 2 J cscvdv = - 2 ln I cscv+cotv l+C,
37 sec2 v -I
v
J7V7
=
37v
J7V7
v37
J7V7
onde C, aqui e nos exemplos a seguir, representa uma constante arbitrária.
Voltando para as variáveis originais, observando que
cscv =
secv 2u 2x+3
vsec2v -I V4u2 -37 J(2x+3)2 -37 '
1 J37 J37
cotv =
vsec2v -l V4u2 -37 J(2x+3)2 -37 '
temos finalmente:
J .1:2+dx3x - 7 =_J37
2_ J(2x+3)2-37
ln
2x+3+J37 +C.
(3) O cálculo da integral J Jx2+dxpx+q é reduzido ao de
sec2 v
J vu2+32 J vtan2 v+1 dv = .I sec v dv = In I sec v+tan vi +C.
du =
Assim, voltando à variável original, lembrando que
tanV = 3 e' sec v = . /1 + tan2 v,
V
u
=dx= ===:= = In I sec v+tan vi +C
J VX2+6x+18
----
:: :: -;: :;= ::;:
mx+n dx = [� (2ax+b) +n - � 1 dx
J ax2 bx
+ + c J ax2 bx + + c
m du ( bm ) J dx
= J + n-
2a ---;; 2a ax2+bx + c
·
212 • A Integral
c c
(3) Em particular,
x+3 dx � 2x+6 dx
1 Jx2+4x+13 2 1 Jx2+4x+13
=
�2 1 Jx2+4x+13
2x+4 dx+ �
=
2 dx .
2 1 Jx2+4x+13
Fazendo a substituição u x2+4x+ 13, du 2x+4 na primeira integral
= =
Assim,
x+3 dx
1 Jx2+4x+13 1 1 du 1
2" JU + sec v dv
=
= Fu+In I sec v+tan v I + c.
u x2+4x+13 ; tan
x+-2
v - e sec v 1"3 yI9+(x+2)2,
=
3= =
temos
1 x+3 dx
Jx2+4x+13
2 "31 v9+(x+2)2 +C.
x+-+
Jx2+4x+13+In I -3 I
=
A lgumas técnicas do Cálculo Integral • 213
onde k E N, u sen x e du
= = cosxdx. O problema fica reduzido à integral
de um polinômio.
Analogamente,
./ tank-2 x dx.
Após sucessivas aplicações desse procedimento recaímos em
f(x) QP(x)
=
(x) ' x E �, ( 4.5.7)
A lgumas técnicas do Cálculo Integral • 215
A
ou
Bx+C
onde b2 - 4c< O. Cada uma dessas parcelas é chamada fração parcial. Para
decompor f em frações parciais observemos inicialmente que não há perda
de generalidade em supor que o termo de maior grau de Q tem coeficiente
1. O primeiro passo é decompor Q(x) xn+alxn-1+ . . . +an em fatores
=
(4.5.8)
com ml+ m2+ . . . + mg n, onde rj é raiz de Q de multiplicidade mj,
=
(x2 +bx+c t\
com b2 - 4c< O.
Para cada fator da forma (x q)m, a decomposição de f tem uma soma
-
Para cada fator da forma (x2+bx+c y ' a decomposição de f tem uma soma
de frações parciais da forma
3X3-18x2 +29x-4
J (x+1)(x-2 r3
dx.
membros, temos
3= A+B,
A lgumas técnicas do Cálculo Integral • 217
3x3-18x2 +29x-4 2 1 3 2
---,-------:-.,--
--- ---,-- = --+ --- + �
x+1 x-2 (x-2)2 (X-2)3 ·
--
(x+1)(x-2)3
Logo
3X3-18x2 +29x 4 -
J ---,----.,----
- ---,--dx
(x+ l )(x-2)3
J J J J1
2dx dx 3dx 2dx
= + - +
x+1 x-2 (x-2)2 (x-2r3
3
= 2 In I x+11 + In I x-21 + - +C
x _
2 (x _
2)2
3x- 7
= In [(x+1)2 1x-21] + + C,
(x 2)2
_
Finalmente,
5X3-3x2 + 7x- 3
J -----,------:-,--
(x2+1)2
-- dx
J J5 J
5xdx 3dx 2x dx
= - +
x2 +1 x2 +1 (x2 +1)2
1
= -ln(x2 +1) - 3 arctanx- + C.
2 x2 +1
218 • A Integral
DEFINIÇÃO 4.6.2. Dada uma n-upla ç ( 6 , . . . , çn) tal que Çi [Xi - I , Xi] ,
= E
i 1, . . . , n, ao par (&, ç) chamamos urna partição marcada.
=
Em outras palavras, uma partição marcada é uma partição & para a qual
é escolhido arbitrariamente um ponto Çi [Xi - I , x,J, i 1, . . . , n.
E =
Y(&ç, f) = L j (Çi)t::.Xi .
i =l
É óbvio que as somas inferior e superior de j relativas a & e a soma de
Riemann Y(&ç, f) satisfazem a seguinte ordenação:
s (&, f) � Y(&ç, f) � S (&, f). (4.6.1 )
Observação 4.6.4.
Conhecida a malha, não fica univocamente determinada
uma partição &, muito menos uma soma de Riemann Y(&ç, f). Isto é,
soma de Riemann não é função da malha da partição. Entretanto, podemos
dar sentido à expressão liml.0"I--.oY(&ç, f).
DEFINIÇÃO 4.6.5. Dada uma função limitada j : [ a , b] IR, diz-se que o -.
limite de
Y(&ç, f), com
1&1 -. 0, é o número f e se denota
lim Y(&ç, f) = f
1&1--.0
O
se, para todo E > 0, existe 6> tal que se &ç é qualquer partição marcada,
com I & I < 6, então
A lgumas aplicações da integral • 219
lb f(x) dx
a
= lim 9(9ç, f).
19"1->0
a
b a
a parábola =
A lgumas aplicações da integral • 221
11
o
[(2 - X2) - x] dx 2x - �
=
3 2 6 - �
o
5
4"
Coordenadas polares.
r
A coordenada = y'x2 +y 2 é a distância de P=(x, y) à origem O do
plano e e é o ângulo entre o semi-eixo positivo Ox e o segmento orientado
O P, medido a partir do semi-eixo Ox, tomando como positivo o sentido anti
O {
horário. Assim, e=arctan(y /x), se x -I- e e E 1f/ 2 ± b r I k=0,1,2, . . . },
se x= o. A coordenada e é chamada e é chamada argumento r módulo.
p
p Q
) - ()
T
-Q Q
A figura 4.7.4
mostra um ponto P de coordenadas polares (p, cP). Mostra
também que se um ponto Q tem coordenadas polares e) e se Q é o seu (r,
simétrico com respeito ao eixo x, então Q = -e). Além disso, temos (r,
-Q=(r,e+1f).
Observe que, dadas as coordenadas polares e), > fica univoca (r, r O,
mente determinado um ponto P=(x, y) do plano cartesiano, mas um ponto
P =I O não determina univocamente suas coordenadas polares, pois se e) (r,
são as coordenadas de P, então (r,e ± 2k1f), k=1,2, . . . , também são. Ob
serve ainda que a origem O não tem coordenadas polares. Embora possamos
associar-lhe a coordenada = r O [e isto seTá feito com certa freqüência],
não
fica associado nenhum ângulo e.
Algumas aplicações da integral • 223
r=R.
Isto significa que os pontos da circunferência são os pontos da forma (R, e),
com e arbitrário.
(2) A equação de um semi-eixo com origem em O e declividade c é
2a
relação ao eixo y.
(5) A curva descrita pela equação
r = 1 sen(kej2)1
r = r(e), a � e � (3,
onde r é uma função contínua de e. A figura 4.7.7 mostra uma curva que
O
pode ser representada desta forma, com � e � 27r, delimitando um con
junto A do plano.
Vamos obter uma fórmula para a área de um conjunto A assim descri
to sem transformar a equação para coordenadas cartesianas. Façamos uma
aproximação do conjunto A pela justaposição de setores circulares centrados
na origem, procedendo da seguinte forma:
A lgumas aplicaç6e8 da integral • 225
intervalo [a,,6],
A cada sub-intervalo [ei-1, ei] fica associado o setor circular
Na figura 4.7.7 estão representados alguns setores assim definidos. Como a
área de Si (r(ei))2(ei -ei-d/2, i 1,
é = ... , n, vê-se que a soma das áreas
dos setores determinados pela partição marcada (&, é e)
(4.7.3)
a
226 • A Integral
Ti
2
[�4 sen se] �
o
Ti
!e= "'- 3
2a
o < r 2a cos ,
� ()
'
=
{Xy 'ljJ9(t),(t), t E
r:
=
=
(4.7.4) I,
onde I =[a, b], a b, e 9, 'ljJ : [a, b] lR. são contínuas. As equações (4.7.4)
< ---+
Se (9( ), 'ljJ(a))
a (9(b), 'ljJ(b)) , diz-se que é urna curva fechada. Por
= r
exemplo, se é a circunferência de raio a> O centrada na origem, ela pode
r
ser descrita por
{Xy a cossent,t, t [0, 27r],
r'
=
= a
.
E
228 • A Integral
( a emit. a sen t)
(t. f(t))
/\J
b
)
sendo, assim, uma curva fechada, pois ( a casO, a senO = ( a cos211', a sen211' . )
[ b]
Se , é o gráfico de alguma função contínua f : a, -----+ IR, ela pode ser
representada por
" .
= t, {X [ b].
Y = f (t) , tE a,
As equações paramétricas
, :
{X = t cos t,
[0,11'],
y = t sen t, tE
(4.7.5)
definem um arco representado na figura 4.7.10.
, :
{X = t2'
[ / /]
y = t3 - t tE -3 2, 3 2 ,
esboçada na figura 4.7.11 não é um arco, pois o ponto (1,O) de, corresponde
at=le at= -l.
A lgmnas aplicações da integml • 229
, :
{X =
=
cp (t) ,
� (t) , [a,b].
y t E
À( 9, , ) =
L À(Pi -- I Pi) .
i =1
(4.7.6)
DEFINIÇÃO 4. 7. 6. Se existir o limite
(4.7.7)
diz-se que , é retificável e que o número À ( r) é o comprimento de ,.
Observação 4.7.7. Como À( 9, ) não é univocamente determinado por 1 9 1 ,
,
o limite ( 4. 7.7) deve ser entendido no sentido da definição 4.6.5.
230 • A Integral
1 1 1 1 1 1
Figura 4.7. 1 2 : Poligonal associa da a & : to < tI < t2 < t3 < t4 < t r,
Observe que
i=1,2, . . . ,no Supondo que cp e 1jJ são de classe C 1 , podemos usar o Teorema
do Valor Médio para garantir que existem números c'i , TJi E (ti - I , ti ) tais que
o que nos leva a suspeitar que o limite (4.7.8) seja igual à integral
Há, porém, um estorvo. Os números c'i e TJi em são, em geral, dis (4.7.8)
tintos e a soma em questão não se configura como uma soma de Riemann.
A lgmnas aplicações da iniegml • 231
= E I,
1
:2
,:
{ X
y
=
=
t,
t2 , t [O, 1/2].
E
Assim,
1 2 VI +y/2 dt 1 2 vI+4t2 dt
1 1
À (r) = = o (4.7.10)
fazendo a mudança de variável 2t = tan s, 2 dt = sec2 s ds, temos
À (r ) = � {%
2lo
\11 +tan2 s sec2 s ds = �2 lo{ % sec3 s ds .
Resolvendo esta última integral por partes, com
u = sec s dv = sec2 s ds
du = sec s tan s ds v = tan s,
232 • A Integral
Assim,
1 vj()2 + 1 4
1
vj()2 + 1
[
7r
4
7r 7r
o sec 3 sd s = -
2
-
2 0
sec s d s = -
2
- In I sec s + tan s i
2 ]4,
o
por conseguinte,
( 1 "-
À (r) = 2 Jo 4 sec3 sd s = 4: J2 + ln I + J2
1
[ ( )] .
(2) Calculemos agora o comprimento do arco de espiral , dado pelas
equações paramétricas (4.7.5), página 228. Neste caso, o cálculo envolve uma
integral semelhante à de (4.7.10), que resolvemos agora por substituição por
função hiperbólica em vez da mudança 2t = tan s.
]o
-1 "
CP1 = cp h [c,d ]
o : e 1/J1 = 1/J h [c,d ]
-----+ ]R dão outra parametrização da
o : -----+ ]R
curva , da proposição 4.7.8, isto é, , : = CP1 (t), y = 1/J1 (t), t [c,d ] . Pode
x E
{X
pelas equações paramétricas
= t.
.
".
y = f (t) , t E [a, b] .
Então o parâmetro t é a abscissa x e a fórmula do comprimento de arco
(4.7.9)
assume a forma mais simples e muito conhecida:
".
{X
y
=
=
r(e) cos e,
r(e) sen e, e E [a, ;3] ,
Assim, a fórmula (4.7.9) fornece
>. (r) =
1(3 V [r/( e) cos e - r(e) sen e] 2 + [r/(e) sen e - r( e) cos e] 2 de
e, simplificando, obtemos a fórmula
>' (r) =
1(3 vi( r( e))2 + ( r/( e))2 de, (4.7.11)
que em muitas circunstâncias é a mais conveniente.
EXEMPLO 4 . 7 . 12 . Vamos calcular o comprimento da cardióide
r: r = a(l- cos e), e E [0,2íT] .
Considerando a simetria da cardióide em relação ao eixo x , podemos calcular
o dobro do comprimento de meia cardióide correspondente a e E [O , íT] . De
acordo com (4.7.11),
>. (r) = 2 17r Jr2 + r/2 de 2 17r Ja2( 1 - cos e)2 + a2 sen2 e de
=
2 V2 a 1 J 1 cos e de.
7r
= -
234 • A Integral
(-)
Usando a identidade vI - cos e = V2 sen "2 obtemos:
2 ()
- =
{ (x , y) I a x b,O y f ( x ) } .
E ]R
2
:s; :s; :s; :s;
.'T
Xi - l
i 1,2,... ,
=
essa aproximação é
n
2 (4.7.12)
L 7f (J (Çi)) 6Xi ,
;=1
(4.7.13)
1 7'
1 -+---- ---+- j n
11 1
h r 2 2 1 2r2 X 1 h -7fr
1 2h.
i() h (-) x dx .
3
V 7f -7f
=
3h =
3 ()
=
x.
e o eixo O sólido gerado por sua rotação em torno do eixo é um elipsóide x
de revolução, gerado pelo processo acima tomando a função
. x2 y2 y ;?: O
FIgura 4 . 7 . 1 6 :
a 2 b2
+ = 1,
v = 41fr3
3 -
Para verificar intuitivamente esse fato, considere que o cone jaz em um plano
apoiado numa geratriz, com o vértice fixo num ponto, e imagine que ele rola
sobre o plano, sem arrastamento,
de modo que a base dê uma volta completa
sobre si, voltando a se apoiar na mesma geratriz . O conjunto dos pontos do
plano tocados
pelo cone tem a área de sua superfície lateral e é um setor
e
circular de raio definido por um arco de comprimento [ 2n"7' o perímetro da
base]. Logo sua área é S = nre,
como afirmamos .
Consideremos agora a superfície de revolução gerada pela rotação do
gráfico de f ( x ) = ex restrita a um intervalo [ a , O < a < isto é, dob], b,
segmento )..' de extremos a , ca e ( ) (b, cb)
em torno do eixo x . Trata-se, por-
r = cb
r
i
= ca
r_.
e f'_r - r' =
s' = 1f [ -r2 r' r 1'1'- r' r,] e, r -1f ri [1'2 - r, 2 ] 1f(r+r )e 21fpe .
--
r
- --
I
+ = -- e =
, , ,
= I
238 • A Integral
Pelo Teorema do Valor I'vIédio, existem 7li E ( Xi , xi- d , 'Í = 1, . . . , n, tais que
f (;];i- d
f(Xi )
(4.7.17)
Temos aqui a mesma dificuldade encontrada para chegarmos à proposição
4.7.8, página 231, referente ao comprimento de arco. Não podemos reconhe
cer imediatamente o limite (4.7.16) como a integral da função (4.7. 17), pois
os números ç.i e rli são, em geral, distintos. Porém, em virtude de um teo
rema de Duhamel, encontrado no livro de Widder [8, Cap.5, § 6.5, Teorema
10], podemos afirmar que o limite (4.7.16) existe e
A = 27r fI vI +
-1
u 2 duo
A = 7r [J2 + In (1 + J2)] .
240 • A Integral
2 i...
FIgura 4.7.20.
•
•
Xa2 + b2 - - 1, a>b>O
a, b > O.
A
47fab
= --
lk V1 - u2 du 27fab [
=
]
uV1 - u2 + arcsenu o
k
k k
--
1 , 27fab
=
[ ]
27fab VI - k2 + k arcsen k = 27fb2 + -- arcsen k. (4.7.18)
k
Algumas aplicações da integral • 241
arcsen k
uma vez que, pelo primeiro limite fundamental, lim 1.
k
=
k-+O
I+---r--�.
6Z�\---+--�/ h
'I
Isto é, se TI (TIl, Tl2, . . . , Tln), temos uma partição marcada f!lJTJ (f!lJ, TI) do
= =
z
A seção plana ortogonal ao eixo na altura r]i é uma circunferência de
raio Ài = (r/h)T/i'
O cilindro circular reto C, de altura .0.zi
e raio da base
Ài' i = 1, 2, ..., n, em destaque na figura 4. 7. 21, tem volume
i = 1, 2, . .
. Uma aproximação da massa do líquido no recipiente cônico
, n.
'f
A (t) = :r tE [0,,(0), (4.8.1)
. a
isto é, para cada número t > a, A(t) é a área compreendida entre o gráfico
de f e o eixo x, no intervalo [a, t], conforme a figura 4.8.1.
A(t)
jX f(x) dx,
limite limt-+oo A(t) = fi E IR, fi é chamado integral imprópria de f sobre
[a,(0) e é denotado por
isto é,
= lim
f-->x
f x
f(x) dx < 00 ,
= 00 .
244 • A Integral
1 t--->oo 1 X t--->oo
00 .
X
1 -p
___
1-p
.
00 1 --
j -= p-1'
{I se p> 1,
xp
1 00, se p � 1.
Integmis impróprias • 245
100 a
f(.T) dx
fc(X) = { l,
0,
se
se
x E [n - cn, n] , n= 1, 2, ...
x E IR \ U [ n - cn, nl.
n n-l
C - C
= �d �
lt fc(x)
n
dx � � d =
c -cn+l
l-c �
j=l
o �
j=l
l-c
1 -c 1 2 - c2 2 3 - c3 3 4 5
100
c
Figura 4.8.2: fc(x) dx= --
o 1- c
100
c c - cn c - cn+ 1 c
-- = lim -- � fc(x) dx � limoo
1-c n---+oo 1 - c o n---+ 1-c 1- c'
100
portanto
c
fc(x) dx= __ < 00,
a 1-c
Neste caso,
Portanto
('Xi xne-x dx n! n E N .
.10
=
é convergente.
Integrais impróprias • 247
Para cada
do plano entre eixo x e o gráfico de f restrita a [1,
t > I, seja V(t) o volume do sólido gerado pela rotação do subconjunto
t], isto é,
{(x,y) 11 :::; t, O :::; :::;
:::; x Y l/x}.
V(t) é dado por
(1)-;; 2 dX = -;;-]f] = ]f ( 1)
Assim,
t t
V(t) = ]f Jr l
l-i ·
l
Figura 4.8.5:
'
Solido de volume V(t) = ]f
/, dx t
1 X
2
t ClO 1
V= lim ]f 2" dx = ]f.
t-+ClO 1 X 1 X
248 • A Integral
Então
100 g(x) dx< 00
=?
L,
1
é convergente. De fato,
l � x<oo
100 x e xdx
c
< 00 .
-
De fato, seja n E N tal que c � n. Basta notar que O < xCe-X � xne-x, para
todo x � 1, e aplicar a proposição 4.8.5 notando que
100 v'x7+1
1
X3 dx
250 • A Integml
é divergente.
De fato, este fato segue da proposição 4.8.8 observando que
x:� 1 1
-r=;;== = ? -- , 1:::;; x < 00 .
VX7 +1 JXV1+x-7 ffx
De acordo com o exemplo 4.8.3, página 244, com p = 1/ 2, a integral
oo dx 1 ;'00 dx
J 1
- -
ffx J2 1
-
x!
é divergente.
x----*OG
Se E = 1, existe K ? a tal que xPlf(x) < IR I+1, se K < x < 00, ou seja,
IR I : 1
If(x)1 < , K < x < 00 .
x
Como p > 1, de acordo com o exemplo 4.8.3, página 244, temos
;"OC --
IR I+1
dx < 00.
K xP
Em vista disso, o critério de comparação, proposição 4.8.5, implica
[00 If(x)1 dx
claro que
la{oo If(x)1 dx
< 00 =? < 00 .
cosx cosx
lim lim o.
VX-8/3 + X1/3 X1/6 Vx-3 + 1
= = =
x-->x x-->x
l
x
f (x) dx é divergente.
Como j x
� dx 00 ,
K X
=
[00 (_ f(x)) d x.
jX dX
Para mostrar que o teste não é conclusivo se fi
- < 00
{ oo dx
= O, considere as integrais
c 00
2
1 x J2 x lnx
=
temos fi o.= D
252 • A Integral
CXJ
4.8.12. (1) r
dx
EXEMPLO = 00 .
lo v2x2+x+1
De fato, aplicando o Teste do Limite para Divergência, temos:
x 1
-#
Xlim
-*CXJ V2X2+X+ 1 =
y'2
o.
(2)
1CXJ 3e-x - 1 = - 00 . De fato,
V"3x2+ 4
3
o
. . (3e-X - 1) x (3e-X - 1) X1/3
xf(x) .
X-*CXJ
11m =
X-*CXJ V"3x2+4
11m =
X-*CXJ V"3+4x-2
llln = - 00 .
100
()
e�lxl dx = lim
t---+oo
l e�Xdx
()
t
= lim
t ---+oo
[ _e�X] t
()
= lim
t ---+oo
( 1 - e� t ) = 1. (4.8.5)
(4.8.6)
Note que o lado direito de (4.8.4) não depende do número a [confira com
o exercício 112].
lim
b---+oo
fI!�b f(x) dx (4.8.7)
1
: Ixl· De fato, como f
é uma função ímpar, temos 1: f(x) dx = 0, para todo b > 0, portanto o
limite (4.8.7) existe e é nulo. No entanto, a integral
diverge, uma vez que 1� f(x) dx = -00 e 100 f(x) dx = 00 , qualquer que
seja E IR.
1: f(x) dx
a
1OOlf(x)1 dx
a
I senxl 1
--'- ::( -
x2 "x2
'--
100 vI+x3 dx
que a integral
cosx
-;==-=::::;:;: (4.8.8)
o
converge absolutamente.
PROPOSIÇÃO 4.8.18. Seja f : [a, 00 ) -----+ JRl. contínua. Se
100 f(x) dx
é absolutamente convergente, então ela é convergente.
Assim,
converge condicionalmente.
De acordo com o primeiro limite fundamental, o integrando é limitado
em [0, (0). Assim, para provar a convergência de (4.8.9), basta provar a
jx
convergência de
senx
a
X
dx, a> o.
jt --
sen x
dx 1 t + jt cos
-2-X d.1:.
a X
= - - cosx
X I a a
X
(4.8.10)
x
cosx
X3 / 2 _2- - O, segue do Teste do Limite para Convergência que
Corno lim
x-> x =
jt cosx
--dx
x2
Q
. jt --dx OO --
J dx.
senx senx
11m
x--->oo x rI
=
rI .1:
dx - �] 1
chegamos a
t -2,
.J -1
x2 X _I __
=
256 • A Integral
que é uma contradição, pois o integrando é uma função positiva. Não se pode
negligenciar o fato da função 1/ x2 não ser limitada, portanto não integrável,
no intervalo de integração.
Seja f : [a, b) ----> IR uma função integrável em cada intervalo [a, b - é ],
O < é < b - a, mas não limitada em [a, b) . A área compreendida entre o
gráfico de f e o eixo x no intervalo [a, t], t < b, é
A(t)
a t b
Figura 4.8.6: A função A(t)
l f(x) dx
b
j f(x) dx
a
b
= lim
t-- b-
j f(x) dx.
a
t
Se f : (a, b] ----> IR for uma função integrável nos intervalos [a + é, b], para
cada é, O < é < b - a, mas não limitada em (a, b], define-se de forma análoga
a sua integral imprópria sobre (a, b] por
j f(x) dx
a
b
= lim
t--a+
j f(x) dx,
t
b
lb J(x) dx, a+
uma vez que as adaptações para o caso lb- J(x) dx, são óbvias.
EXEMPLO 4.8.23.
t dx = 00. (4.8. 1 1 )
lo x
t-O+ 1 -p 1 P
{
Juntando esta informação com (4.8. 1 1) temos:
1 1 se O < p < 1 ,
r �= 1 - p'
lo x P 00, se p ;? 1 .
As duas seguintes proposições são uma contrapartida, para o caso de
integrais impróprias de funções não limitadas, das proposições 4.8. 5 e 4.8.8,
páginas 248 e 24 9, respectivamente.
PROPOSIÇÃO 4.8.24. Sejam J, 9 (a, b]
: -----+ IR contínuas, mas não limitadas,
tais que, para todo x E ( a, b],
Então, .ibf(x)dx = 00 .
X3 1 dx <
EXEMPLO 4 .8 .2 6 . (1)
De fato,
x2 x t I
.lo V + +:3
00.
11 dx
Como, de acordo com o exemplo 4.8. 23, página 257,
< 00,
o Vx
1 1 dx
a convergência da integral segue da proposição 4.8. 24.
o x ln ( - x)
e
( 2) = De fato,
00.
x ln ( - x) x
----
1 1
e
x (0, 1], > -, E
1 1 dx
o x
e já sabemos que - = 00.
ih f(x)dx
Integrais impróprias • 259
II
1
xlnxdx
. o
= -�,
4
cujo cálculo é deixado como exercício.
TESTE DO LIMITE PARA CONVERGÊNCIA. Suponhamos que af unçãof seja
contínua, mas não l imitada em (a, b], e que
lim (x -a)Pf(x) e E IR. , o < p < 1.
x-+a+
=
Então
Jb If(x)1 dx <
a+
00 .
Jb ( le i +a1)p dx <
a+ X _
00.
Jb If(x)1 dx < D
a
Decorre, portanto, da proposição 4.8. 24 que
a+
00 .
(/2
EXEMPLO 4 . 8 . 28 . l
l)
(ln � dx <00, a > o.
a
o
De fato, aplicando o Teste do Limite para Convergência com p = 1/2:
TESTE DO LIMITE PARA DIVERGÊNCIA. Sejaf : (a, b] ----+ ffi. contínua, não
l imitada, com
lim (x - a) f (x ) = f -I- O ,
x-+a+
l a+
b
f (x ) dx
11 dx < 00 11/2
No entanto,
=
dx
e 00
Vx
-
o o x In (l /x)
intervalo [ a + c , b-c] , O < c < b - a, mas não limitada nos intervalos (a, a + c]
e (b - c , b] . De forma inteiramente análoga ao caso das integrais impróprias
sobre (-00,00) , define-se
l
a+
b-
f (x ) dx.
1: f (x ) dx e l b-
f (x ) dx
l b-
a+
f (x ) dx = l a+
C f (x ) dx + jc
b-
f (x ) dx.
caso o correspondente limite (4.8 .12 ) é zero, pois a integral sob o sinal de
limite é nula [ o integ rando é uma f unção ímpar] . Apesar disso, a integral
17r/+2- tanxdx
é divergente, pois
7r/2
1-0 + tanxdx E---tlimO+ - (in 1 cos( -7l'/2 + ) I) e = - 00,
7r/2
=
-
DEFINIÇÃO DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉ TRICAS
Te mos a gora os recu rsos pa ra d efi n i r as fu n ções seno e cosse n o . N ot e , p r i m e i ra m e n t e ,
q u e a teo r i a d o C á l c u l o p od e r i a se r const r u íd a até este ponto sem m e n ções a ess a s
fu n ções . É c l a ro q u e a a p rese n t a ç ã o d e a l g u n s fa tos t e r i a d e s e r a d i a d a .
-1 xs 1
;,1
à rest r i ç ã o d e f a o i n te rva l o [x,1]. i sto é ,
dt
P(x) = x
Vf=t2
11
[ pelo Teste do Limite para Convergência da página 259, esta integral é convergente l.
-1 Vf=t2
7r dt .
DEFINIÇÃO 4.8.29. O n ú m e ro 7r é d efin i d o por =
262 • A Integral
f'(x)= - �,
1-x2
-1 < x < 1,
porta n to C é est r i t a m e n te d ec rescente em [ -1,1], C( -1) = 1f e C(I) O. P e l o
Teore m a d o Va l o r Intermed i á r i o , d a d o s
=
DEFINIÇÃO 4.8.30. Dado 8 E0[ ,1f], d efi n e m-se cos s= Xs e sen s=VI-cos2 S.
y = em; x y = senx
21f
x
Assi m , = = O
4.9 EXERCÍCIO S
1) J ( 4x3 - 1 ) x2 dx 8 10 ) 1 arctan JX dx
) 3 dx l1 ) J
J V 2x - 1
x:3
2 dx
v I +x2
3) J X2/3 (2 X5/3 ) -5 dx
- 12 ) 1x arctanx dx
4 )J 1 3) Jx2 senx dx
x2 dx
dx
v a2 + x3
1 4 )1
J V I + 4x + 3x2 .T
(2 + 3x) dx
5) d:J:
6) J sen 3 ax cos ax dx
1 v 2x + 1
1 5) x:3V1 -x2 dx, x I l :::;; 1
9)
1 X2 dx 18 ) J sec 4x dx
l +x2
1 cosn xdx ,
264 • A Integral
J cosn-2 X dx.
J sennx dx n � 3.
20 ) Use integração por partes para obter a fórmula de redução, para n > 1
J J
inteiro:
xn senx dx -xn cosx + n xn- 1 cosx dx.
=
21 ) Use integração por partes para obter, para n > 1 inteiro, a fórmula de
redução:
J secnx dx =
secn-2 x tan x
n-1
n-2
+ --
n-1
J secn-2x dx.
f =
a
- f (x ) dx o.
a
ib f (x) dx = O.
ib f (x) dx = o.
Exercícios • 265
ib f(x) dx ib = g(x) dx .
Em outras palavras, se "redefinirmos" f alterando seu valor em um número
finito de pontos, ela permanece integrável e sua integral não se altera.
2 6) Sendo f : [ a, b] -----+ IR. uma função integrável, defina § : [ a, b] -----+ IR. por
§ (x ) = i f(s) ds.
X
Que condições f deve satisfazer para que § seja uma função crescente?
28 ) Dê exemplo de uma função contínua f : IR. -----+ IR. e periódica tal que
§ (x ) = iX f(s) ds
não seja periódica. [ Compare com o exercício 60 do Capítul o 3] .
29) Calcule a integral indefinida
J
dx
sen(In x)
---;: .
Calcule as derivadas em 30 ) - 38 ),
30 ) (2cosx)' 33) ( x (XX) )' 3 6) (yix)'
'
31) (( ln x)COsx)' 34 ) (ecos2x) 37) (xcosx)'
'
35) (CoSX x)' 38 ) (( arctan x)vÍ3)
(1 ) )
Em 39) - 47), calcule os limites,
(1)
45) lim
x--->o
40 ) lim -
tanx
x--->oo
46)
x-+l
lim _
2
x-I
( x ) x
x--->o x x--->o
[ x2
x--->oo X + 1
( 1) x+ 2
]
x 2 +2
41) li m( l _
x)cos(7rx/2 ) 44) lim 47) lim �
x--->l x--->oo 2X 2 + 1 --->
X OO x +3
266 • A Integral
fYJ : 1 < 5/4 < 3/2 < 7/4 < 2 < 5/2 < 3
de [1 , 3] , mostre que a função § considerada na demonstração do lema 4.4.4,
página 18 9, satisfaz
13
fYJ, f)
dt
= >
8 41
I t?
S( 8 40
1
e o eIXO x.
55 ) J 57) J
en
as
In2 x x
dx cos x dx
x In 4 x
58 ) Mostre que existe um número a > 1 tal que o gráfico ela função y = Ioga x
tangencia a diagonal y = x.
=
1
( a) senh2 x ( cosh 2x 1 ),
"2
-
=
1
( b) cosh2 x ( cosh2x+ 1 ),
"2
( e) (
cosh x + y) = cosh x cosh y + senh x senh y
J
60) cosh2 Xdx 63) J senh3 x cosh x dx
61) J 64) J
dx
cosh3 x dx
senh x cosh2 x
62) J cosh4 x dx
( a) (
senh cosh -1 x ) = Vx2 - 1, x > 1.
( b) cosh ( senh-1 x ) = VI + x2 , x E R
( c) senh 1 x
- = (
In x + Vx2 + 1), x E R
( d) cosh -1 x = (
In x + V2:2-1), ;1: > 1.
67) Usando propriedades das funções hiperbólicas, calcule
fI; 1-x2'
dx
l a l , I b l < 1.
a
j'J 49-eX4 2
68) Jr
dx dx
72)
2 vx2-1 x
69) 1 -2 dx
v9 + 4x 2
73)
ve2x-16
dx
-53
70) 1 dx
3 VX2-4
74)
J
e2x
VI -e2x
dx
J V9x2
dx
J
x
71) 75) dx
+ 25 sech x2
268 • A Integral
r = 81 sen3el·
{X = et sen t,
y= et cos t, O:S; t:S; 1.
em torno do eixo y.
86) Calcule a área da superfície gerada pela rotação de
em torno do eixo x.
87) Encontre a área da superfície do toro gerado pela rotação em torno do
eixo y da circunferência dada por
Exercícios • 269
93) 1 x2+x 1 dx
o
00
94) 1 2 dx
10 4 (4_X)3/2dx
x2 - 1
00
1
103 )
-7
x+1 .
0
1
95) 1 104) 1
x2 + 1 1
4 -
00
o
dx 9 dx
2 X \Ix+ 1
- 3
oo
105) 1
J x dx
1 7'0/2
o
96) sen 2 xdxtan2
1
97) 1 106) 1
00
cos x 2 1
dx dx
2 x) 2x( ln
- 2 (x+ 1)3
0
99) 1 108) 1
1 7'0/2 1
o
dx dx
100) j
2
(x - 8) 2/3
- 00
1 11 ln x 1- x cos
dx + 4 109) dx
x2 00 o fi
101) 1: xeXdx
-
2 fi
110)
J 1
dx
ln x
111) Já que existe o limite
t-+oo
lim j xdx,
t
-t
270 • A Integral
então
1� f(x) dx + 100 f(x) dx = L + IvI.
lim l
f(x) dx e ---+oo
t
lim
j t2
f(x) dx
t->oc -t -l t t
existem e são ambos iguais à integral (4. 9.1 ).
11 4 ) Se f : [1 , 00 ) -----+ IR é contínua e Ixf(x)1 > 1 , para x E [1 , 00 ) , mostre
que
100 f(x) dx diverge.
5 .1 SEQÜÊN ClAS
Como já vimos na definição 1.2. 8, página 23, uma seqüência é uma função
n E N xn E IR. Para tornar este capítulo mais independente reapresenta
I-----t
mesmos fatos, apenas com uma roupagem diferente, não faz sentido porme
norizar e apresentar as demonstrações outra vez. Assim, temos a seguinte
reformulação para o Teorema do Confronto.
TEOREMA DO CONFRONTO. Se an � Cn � bn, n = 1, 2 , ... e
nlim
�oo
an = nlim bn =
-too
g E ]R.,
então limn-->oo Cn = g.
EXEMPLO 5 .1.2 . ( 1) l an l -----+ ° ::::} an -----+ O. De fato, basta notar que
DEFINIÇÃO 5 .1.3 . Diz-se que uma seqüência { :rn} é mono tônica se puder
ser classificada como crescente, estritamente crescente, decrescente ou estri
tamente decrescente, segundo as definições abaixo:
Crescente, se Xn � Xn+l , n = 0, 1, . . .
Estritamente crescente, se Xn < Xn+l , n = 0, 1, . . .
Decrescente, se Xn ;?Xn+l , n = O, I, .. .
Estritamente decrescente, se Xn > Xn+l , n = 0, 1, . . .
Portanto, X2 = X3 = l.
Assim, definindo o número L = max {lxol, IXII, . . . , IxlLl, lal + I}, temos
IXnl � L, n = 0, 1, 2, . . .. D
D
274 • Seqüências e Séries Nl1méricas
------+-. N -------+-. IR
I
Como xn { } é l i m i ta d a , p e l o Teore m a de Bo l z a n o -We i e rst rass ex i ste s u bseq ü ê n c i a
{ xnk } c o m xnk ......, X E [a, b] Uustifique o fato de x pertencer a [a, b]]. N ecessa r i a
m e n t e , Ynk ......, X [por que?]. Como f é contín u a , f( xnk ) X e f( Ynk ) ......, x, u m a
co n t ra d i ç ã o , p o i s I f( xnk - f( Ynk )1 � E, p a ra t o d o k E N
......,
. O
xn
If( k )1 ? 71k ---t DO . D
276 • Seqüências e Sér'ies Numéricas
m+ 1
1 21 m nl < 2 < 2 c.
�
(n + l ) ( m + 1 ) n+ 1 � ::;;
Deixamos, como exercício, a prova da seguinte proposição:
PROPOSIÇÃO 5. 1 . 1 9. Se {x n } é uma seqüência qual quer, val em as seg uin
tes afi rmações:
1. Se todas as subseqüências de {x n } 8ao converg entes, então el as con
verg em para um único l imite.
2. {x n } é converg ente se e somente se todas as suas subseqüências são
converg entes.
Nas aplicações do Teorema do Confronto ao estudo da convergência de
uma seqüência, a idéia é compará-la a outra, convergente, da qual preferen
cialmente se conheça o limite. Assim, convém conhecer algumas seqüências
convergentes. A proposição abaixo apresenta alguns limites notáveis.
. 1
PROPOSIÇÃO 5. 1 . 20 . 1. nlun - = 0, para todo c > O.
--+oo nC
2. lim \IC = 1 , para todo c > O.
n --+oo
3.
nlim y'n = 1 .
--+oo
278 • Seqüências e Séries Numéricas
4. nlim -
nC
-+(X) pn = O, se p> 1 e c E IR.
donde
Xn � c-n I 0<
---+
-
---+ 1 ,
o que nos reconduz ao caso c> c = 1 é imediato.
1 . O caso
O item 3 é equivalente a X n = y'n - 1
Como X n > O, n = 1 , 2 , ..., temos
---+
O, com n 00 . ---+
n = (1 + X n ) n > n( n 2- 1 ) X n2 , n = 1 , 2 , ...,
donde
O< Xn < J n -2 l , n = 2 , 3 , ....
e o item 3 segue do Teorema do Confronto.
Item 4. Tomemos k E N, k -=J O, k > c, e façamos p = 1 +(J, (J> O.
Se n > 2 k , temos
- k
() -
np _( 1 +(J) n > n (Jk_n(n -l) ... (n -k +l) k > n k(Jk
k! (J 2k k !
.
'
donde
nC 2 kk ! c - k
0 < -n <
p -n
(Jk ' n = 2k +1 , 2k +2 , ....
Como c - k < O, o item 1 implica
n C-k O , ---+ com n ---+ 00
significam que - Xn � 00 .
Se {xn} satisfaz a definição .5 1 .22 ela é divergente, urna vez que nao
satisfaz a definição de seqüência convergente.
EXEMPLO 5. 1 . 23 . ( 1 )
(n 1/ 2 _
n +1
n +2 ) � 00 .
De fato, dado L E lft, L > O, torne 11, E N tal que /-L > (L +1 ) 2 .
n 1/ 2 nn +- --
1 > n 1/ 2 - 1
+2 � /-L
1/ 2 - 1 > L.
x
= o.
•
--
( )
n
(2) nlim �
-+oo 1 +n = e.
( �) x
Com f (x) = 1 + , basta aplicar o segundo limite fundamental.
280 • Seqüências e Séries Numéricas
n
A (Ur=ICi) = LA(Ci).
i=1
(2) Se C1 C C2 C ... C Cn C ... , então A (U�=1Cn) limn-->CXl A(Cn) . =
U f%n.
oc
n =1
De fa to, é óbvio q u e
CXl
n 1
A(�) = lim
n-->CXl
A(.9'n) = lim
n-->CXl 2 (n + 2) 2
Séries • 281
CXJ n 1
"
�
A(8i'n)
n=l
=
---+CXJ "
nlim �
i= l
=
---+CXJ A(SCn)
A(8i'i) nlim = -
2
.
5. 2 S ÉRIES
S1 = Xo +Xl
S2 = Xo +Xl +X2
CXJ
A sequenCla {sn} é indicada por L Xn e é chamada sér ie. Os números
n=O
Sn são chamados reduzidas ou somas parciais de ordem n. As parcelas Xn
282 • Seqüências e SéT"ies NuméT"icas
sao chamadas ter mos. Se a sequencia das reduzidas for convergente, isto
é, 8n ---+ 8 E ]R, diz-se que a série é conver gente. Neste caso, o limite s é
chamado soma da série e escreve-se
00
L Xn = 8.
n =O
Quando { 8n } é divergente diz-se que a série é divergente.
Quando não houver possibilidade de confusão, poderemos usar a notação
abreviada � X n . Também usaremos por vezes a notação
Xo +X l +X 2 +. . . +X n +. . . .
Obser vação 5.2.2.
Como ocorre com as seqüências, às vezes consideramos
séries do tipo ��=l X n ou ��= k X n cujas sornas se iniciam com os termos
Xl ou X k, respectivamente, em vez de Xo. Tratando-se de seqüências, se
negligenciamos os termos iniciais, a convergência e o valor do limite não são
alterados. No caso das séries, a convergência não é afetada, mas o valor da
soma, em geral, é.
( ) (
8n = 1 _ !2 + !2 _ !3 +. . . + �n _ _ ) 1 = 1 __
n +1
( 1 .
n +1
)
Assim, 8n 1 . Reforçando a observação .5 2.2, pode-se ver que
---+
00 ( 1 1 1
L -; -n +1 = "2. )
n= 2
00
O,
{
3n = - 1 , se
se
n é ímpar,
n é par.
e é, portanto, divergente.
Note que no caso da série �.:= o( - l ) n a seqüência das reduzidas é
se n é par,
se n é ímpar.
Séries • 283
(3) Se x n = 1 , n = 0, L 2, . . ., então
00
L X n = 1 +1 +1 +. . . = 00,
n= O
isto é, diverge. De fato, sendo Sn = n, n = 1 , 2, . . ., ternos Sn -----+ 00.
L rn .
n =O
o número r é chamado razão da série geométrica. Neste caso as reduzidas
Sn , n = 0, 1 , 2, . . ., satisfazem:
Sn = 1 +r +r 2 +. . . +r n ,
rSn r +r 2 +r :3 +. . . +r n +1,
=
donde, se r i=- 1 ,
1 r n +1
Sn = l - r
--�--.
l-r
Se Ir l < 1 , limn-->oo r n +1= 0, portanto, Sn 1 -1 r-----+
--
o
L can = c E �.
CS,
EXEMPLO 5 . 2 . 6 .
4 4
4 +- +- +. . . +-4n +. . . = --4
= 5.
5 25 5 1 - 1.5
De fato, esta série pode ser escrita:
(
CXJ
L4 -
l)
n
= 4L
( l)
CXJ n
- =
1
4 -1 = 5.
n =O 5 n =O 5 1 - -5
PROPOSIÇÃO 5 . 2 . 7 . Se L Xn converge, então Xn o. ---+
Xn = (sn - sn -d S - S = O.
---+ O
Xn f+ O =:::;. L an diverge.
CXJ
EXEMPLO 5 . 2 . 8 . (1) L n sen -n1 = 00.
n= l
De fato, segue do primeiro limite fundamental que n sen -n1 ---+ 1.
(2) A recíproca da proposição 5. 2 . 7 não vale, isto é, existem séries L Xn
divergentes, com Xn ---+ o.
De fato, a chamada sér ie har mônica,
1 CXJ
L -' n
n= l
é divergente. Para ver isto note que, para as reduzidas S n , n = 1 , 2, . . .,
temos
=
1 + 1 +. . . +1 � 1 +1 +. . . + 1 = -1
S2n - S n
n +1 --
-- n +2 -2n - 2n - 2n 2n 2 .
-
Assim, {s n } não é de Cauchy [ se o fosse, para E = 1 /2 existir ia jJ > O de
modo que n � jJ =:::;. I S2n - sn l < � ] , portanto, {sn } é divergente.
Séries • 285
n=pL+l an < C.
r 00 sen x I dx = lim
I n-l 1
t I sen x I
2
r lim L -.
dx�- = CXJ.
lo x t---+oo lo x 7r
+ 1 n---+oo . J
-
J=O
PROPOSIÇÃO 5 .2 .10 . Consideremos as sér ies L an e L bn e suponhamos
que exista fJ E Ntal que an = bn para n � Então ambas conver gem ou fJ.
ambas diver gem.
Demonstração. Sejam {sn} e {tn} as seqüências das reduzidas de L an e
L bn, respectivamente. Então, para n� fJ:
e, portanto,
00 1
EXEMPLO 5. 2. 1 1 . "
n=�l (n +2)(n +13) converge.1
De fato, observando que � - __ = ( esta série pode ser ob-
n n +1 n n +1 ) '
L f(n) .
n=O
00
TESTE DA INTEGRAL (DE MACLAURIN) . Se f : [O, (0) - IR é contínua,
decrescente e f(x) > 0 , para todo x ? 0 , então a sér ie L f(n) é
n=O
00
1. Conver gente, se 1 f(x) dx < 00 .
f( l)
f(2)
f(3)
1 2 3 ...
f(O)
f( l)
f(2)
1 2 3 ...
00
EXEMPLO 5 . 3 . 5 . (1) � 1 +
" 1 < 00.
n
n= l 3
1 < ( 1 /3 t, n = 1 . 2, . . ., e a série geométrica " ( 1 /3 t
De fato,
converge.
1 +3 n · �
00
(3) "
00
1 .
� v2n +1
= 00
De fato,
I
>
1 , para n ::::- 3, e a sene
. A '
harmomca,
,, 1 , dlVerge.
'
v2n +1
-
n '- ,
�n -
( .5 3 . 3)
290 • Seqüências e SéTies NmnéTicas
€ € an
< -=}- < - < -.
3€
2 2 bn 2
EXEMPLO 5 . 3 . 8 . (1) � �
71+1 = 00.
n =l 71( 271 - 1 )
De fato, sendo an =
71 +1 e fazendo b = -1 , 71 = 1 , 2, . . ., ternos
71( 2 71 - 1 ) n 71
an
lim - = lim
71 +1 = -1 > O.
n -->CX) bn n -->CX) 2n - 1 2
Assim, pela observação .5 3. 7, acima, existem números c, C > O, f-L E N de
modo que 71 > f-L =} cbn < a n < Cbn · Corno a série harmônica, L bn , é
divergente, a série dada, L a n , também é.
(2) �
� n
2 712 + 715 ) < 00.
n= l 2 ( 712 +1
De fato, sendo a n = n
2n 2 + 715 e fazendo b = -1 , obtemos:
2 ( n 2 +1 ) n 2n
. an
11m - =
. 2n 2 + 5n
11m 2 > o.
n -->CX) bn n -->CX) n 2 +1 =
a série
n=1
( 5.3.4 )
S n e tk, n ,k
s e red u z a sa b e r s e a seq ü ê n c i a d a s red u z i d a s é l i m i t a d a .
Sej a m = 0 , 1, . .. red u z i d a s de L �=l an e L�=o 2ka2k, res pect i va
n
mente
a ) Pa ra < 2k, t e m os S n :::;; t!." pois
2" tk '
Em a ) {td l i m itada i m p l ica {s n} l i m i ta d a . Em b) , {.'I n} l i m itada i m p l i c a {td
l i m i ta d a . I sto é, {s n} e {td são a m b a s l i m i t a d a s ou a m ba s n ã o l i m i t a d a s . O
00
1
� n(ln n)p
conve rge se p > 1 e d i ve rge se p � 1 . De fato, a corres p o n d e nte séri e I:: 2 k a 2 k é
an > 0, n = 0, 1, . . . ( .5 4. 1)
n=O
Os fatos apresentados a seguir se estendem naturalmente a senes da
forma 200:.:: �=o ( - l ) + l an = 200:.:: �=o ( - l )rtan , também chamadas alternadas.
n
-
é convergente.
n
Demonstração . As reduzidas de ordem ímpar da série 200:.:: ( - l ) an são
n = 0 , 1 , . . .. Ou seja , { s 2 n + d é convergente e
( .5 4.2)
Séries alternadas • 293
(5.4.3)
(5. 4. 4 )
pois 3n ----+ 3 � ao . D
>
2
Teste de Leibniz estão satisfeitas para n e .
294 • Seqüências e Séries Numéricas
- 8.
n.
S � 1 - 1 +"21 - 61 +214 -
1 +1
120 720
� 0, 3 6 9
(�l) n
com urna precisão de três casas decimais. Sendo L n. e
-I
, corno
veremos brevemente, ternos e- I � 0, 3 6 9.
Convergências absoluta e condicional • 295
L l an l < [.
n =p+ 1
Portanto,
m m
n =p+ 1 n =p+ 1
ou seja, L a n é de Cauchy, logo converge.
Fazendo m ----t 00 na desigualdade I L:= o an I � L := o I an I , obtemos
00 00
L an �
L lart!- D
n =O n= ()
( _ 1) n + l
EXEMPLO 5 . 5 . 3 . A série alternada L converge, mas não absolu-
n
1
tamente, pois a série dos módulos é a série harmônica, L n. -
Demonstração. As desigualdades
f ( _ l ) n+ 1
n= 1 n
é condicionalmente convergente.
A soma de uma série não resulta de uma operação algébrica, mas de um
processo limite. Assim, não se podem simplesmente carrear as propriedades
da adição para as séries convergentes. Vamos considerar, por exemplo, a
questão da comutatividade. Para isto, é preciso entender com exatidão o
significado de alterar a ordem dos termos de uma série, o que é estipulado
na definição a seguir.
D EFINIÇÃO 5 . 5 . 8 . Seja { kn } uma seqüência de números naturais tal que
para cada p E N existe um único n E N com kn = p, isto é, a função
n E N f--+ kn E N é uma bijeção. Diz-se que a série L�= O k n é um rearranjo
I
da série L�= I 0n '
L l aj l < c. ( .5 .5 1)
j =n+ l
Convergências absoluta e condicional • 297
{O, l , . . . , p } C {ko, k l , . . . , kv } .
Se n � v , os termos a o , a I , . . . , a lLl não influem na diferença Sn - s�, pois
eles comparecem em Sn e em S�!l logo se cancelam. De acordo com ( .5 .5 1 ) ,
I Sn - s�t l < c. Assim, como Sn ----t S, temos necessariamente s� ----t s . D
( l )n + l
L
(X) _
n
=s (5.5.2)
n= l
4
1 + 15 - 16 + . . . < O . Porta nto ,
1 1 1 1 1 1 1 1
1+-- -+-+-- -+-+- - - +··· ( 5 . 5 .3)
3 2 5 7 4 9 1l 6 '
{s�} (5.5.3) ,
I m p I ·I ca (55 < 8 9 < . . . . P orta n t o , , (55
D e n ota n d o com a seq ü ê n c i a d a s so m a s p a rc i a i s d e esta d e s i g u a l d a d e
8 , < 8 "6 8.
.
= 3 S > >
298 • Seqüências e Séries Numéricas
M.
Isto implica an f+ O e, por conseguinte, que 2.: an diverge.
Para mostrar a última parte, consideremos, por exemplo, as séries
2:: -n1 = 00 e
�-
�
n2
1
< 00 .
Pela proposição .5 1 .20, página 2 7 7, temos
1·lIll ,�1
- = l'nll
1 =1
-
n -> oo n n -> oo n 2
{f;
n. . o
llIn
n -> oo
n2-
n =
-too y n = -
2
e nossa afirmação segue do Teste da Raíz.
TESTE DA RAZÃO .
I a:: 1 I = I! < 1
1. limn -> oo =?- 2.: an é absolutamente convergente.
ou seja,
n ;? J-L =? l an l < rn �IL l afl l = l alL l r � fl r n .
Corno l afl l r� fl L r n converge, o item 1 . segue do Teste da Comparação .
2. Suponhamos l imn---> CXl l a n +I /an l = g > 1 .
Existem r > 1 e J-L E fi! tais que n ;? J-L implica l an + l l > r l a n l , portanto
a partir do índice J-L a seqüência { Ian l } se torna estritamente crescente. Ou
seja, a n f+ O . Logo vale 2.
- e, conc l USIVO
Para mostrar que o teste nao ' se l'lm n---> oc I --;;;:
an + = 1, conSI-.
1
I
dere novamente as séries
2: -n1 = 00 e
1 < oo
�-
� n2
e note que
lim --
n ---> oc n +1I I
n = lim n 2 = 1
(n +1) 2 .
rH OC I I D
EXEMPLO 5. 5. 1 3 . ( 1 ) A série
n cos ( 2n + 1 )7r
2: n! 4
é absolutamente convergente . De fato,
an + l = n ! (n +1) = �
I I O.
-t
an (n +1 ) ,. n n
(2) A série
� (-n) n
� n!
o
300 • Seqüências e Séries Numéricas
an+ l n! (n +l)(n+n l)
I an I (n +I ) ! n =
. ' ( 1 ) n
I I hmn-+ClO 1 +-;
a n +
donde hmn-+ClO ----;l ;;: = =
e.
L an, r
l anl :s; n
TESTE D A RAIZ ( D E CAUCHY) . Dada uma série se existem O < < 1 e
N E N ta is que r , para n ;? N, ou seja ,
en tão a série é a bsolu ta mente con vergen te. Se, por ou tro lado,
n > N,
n > N,
en tão a série é a bsolu ta mente con vergen te. Se, por ou tro lado,
I a�: l I ;? 1 , n > N,
an =
{ n- .
+
n
l ) - ( n +l) ,
p a ra n p a r ,
(n p a ra n ím p a r , n=l, 2, . . .
I sto é ,
Te mos ,
{ ytn n-
= �, se n é p a r
<
y;a;; = 1_
+ l ) - ( n +l) .
\f( n se n é ím p a r
n+
_
1
Porta n t o , lim n -+CXJ y;a;; = O e o Teste d a R a i z i n d i c a convergê n c i a .
Por o u t ro l a d o ,
s e n é pa r,
se n é ím p a r ,
a ss i m , o Teste d a R a z ã o n ã o é co n c l u s ivo.
( .5 6. 1)
L an (x - xo) n f (x) , x E C,
=
o
determina urna função f , agora definida em ê, com Xo E ê e f (xo) = ao ·
Mas a mudança de variável x = y +Xo transforma esta série e rr�L a n y n .
O conjunto C dos y E � onde esta última série converge é C C - Xo = =
0 - 1 +2 - 3 +·· · ,
ambas divergentes. Ou seja, neste exemplo o conjunto C é (-2, 2) .
Séries d e potências • 303
(2 ) A série
(X) n
I: ;
n =Ü n.
é absolutamente convergente, qualquer que seja x E ffi. .
De fato, aplicando o Teste da Razão temos, para todo x #- O,
x n + l n! x
-- =
lim
I
n ---> (X) ( 71 +l ) !x n I = lim
n ---> (X) I 71
+1 I O.
(3) Consideremos
� nn xn .
�
= = 00,
n n nx
----+ oo \ln l x l
nlim ----+ oo l l
nlim
para todo x #- O. Assim, a série diverge em toda a reta, exceto em x = o.
n
Se I x l < I cl , a série geométrica
I: I�I
é convergente, portanto, o item 1 .
decorre do Teste da Comparação.
2. Se L a n cn diverge, suponhamos por um momento que L a n x n convirja
se x = d, para algum d tal que I cl < I d i . Pelo item 1 . , L a n x n converge
sempre que I x l < I d l , inclusive se x = c, uma contradição. D
xEC =i> x
I l � l cl,
Seja p = sup{ x
l l l x E C} � O. Se p = O, vale 2 . , se p > O, vale 3.. O
I l <r
x =i> L anxn converge absolutamente,
I l> r
x =i> L anxn diverge.
Se a = 00,
L an x n diverge para todo x E IR \ {O} , logo r = o.
a = O, L a n x converge para todo x E IR, logo r = 00.
Se n
Se a = limn ---> CXJ � , a prova é análoga, aplicando o Teste da Raíz,
uma vez que
D
1 - �2 (x - 2 ) + �3 (x - 2 ) 2 - . . . + ( _ 1) n _ 1 _ (x - 2) n + . . .
n +1
Indicando com an seus coeficientes, temos
a = lim -- = lim
an + l n +1 = 1,
7!---> CXJ a nI I --
n---> CXJ n + 2 I 1
assim, o raio de convergência é r = 1 e (2 - 1 , 2 + 1) = ( 1 , 3) é o intervalo de
convergência. Vê-se que a série converge se x = 3 , mas não absolutatamente,
pois neste caso a série é a harmônica alternada :
1 - �2 + �3 _ ... + ( _ 1) n _ 1_ +. . . .
n +1
Se x 1 , a série é divergente, pois neste caso ela é a harmônica,
=
-r < x < r.
Consideremos
00 00
e g(x) = """' �x n +l .
L...
n =O .. n + 1
De acordo com a proposição .5 6. 10, estas séries têm o mesmo raio de con
vergência r , que supomos positivo. Ainda pela mesma proposição, para
Séries de potências • 307
(Xl
f(x) = L anxn,
n=O
x3 x5 x
EXEMPLO 5.6.13. (1) arctanx = x - "3 + 5 - 7"7 +..., Ixl < 1.
(3) Considerando a série geométrica de razão -x, para Ixl < 1, obtemos
1
a expansão da função analítica l :
+x
--
1 2
--
l +x = l -x+x - ...+ () -1 nxn + ... . (5.6.5)
(4) Derivando termo a termo a série (5.6.5), pela proposição 5.6.10 , ob-
1
temos a expansao de f(x) l 2' para Ixl < 1:
_
( +x)
=
1 2
2 1 - 2x+ 3x - ...+ ( -1)n-lxn-l + ... .
(1 + x )
--- =
f(x) = a n,
L an (x - ) a - r < x < a + r, (5.6.6)
n=Ü
sendo r > O o raio de convergência da série. Neste caso, podemos obter uma
expressão para os coeficientes an em termos das derivadas de f no ponto a.
Aplicando sucessivamente a proposição 5.6.10, temos
00
n=Ü
00
f'(x) = a n-l
L n an (x - )
n=l
00
f(k)(X) =
L n - k +)
( - 1)··· (
n n l an ( a n-k ,
x -)
n=k
para x E (a - r, a +)
r . Calculando em x = a, obtemos
Séries de potências • 309
n = 0, 1, 2, . . . .
Como os coeficientes an , n 0 , 1, 2, . . . ficam univocamente determina
=
f(nl ( a)
00
�
�
n.I
(x a)n . �
n=O
é chamada SéTie de TayloT de f em torno de a. Se a = 0 , ternos
pnl (o) n =
L n.I
x ,
n=O
que é chamada SéTie de MaclauTin de f.
Podemos agora reformular a definição de função analítica,
"Uma função f é analítica num inteTvalo ( a � T, a + T) se f é a soma de
sua SéTie de TayloT em tOTno de a, isto é,
00
f(nl ( a)
f ( x) = L (x a )n , Ix a i < T."
n.I
� �
n=O
Para escrever a série de Taylor de uma função f em torno de um ponto
a, é preciso que existam suas derivadas de todas as ordens em a, isto é, que
{e
Apresentamos aqui uma função COO não analítica. Seja f : IR ---+ IR dada por
-1/x 2 , se x i- 0,
f(x) =
0, se x = 0,
1
x E IR \ {O} f---7 Y -2 e y E IR f---7 eY E R
x
=
310 • Seqüências e Séries Nmnér'icas
f'(O) x-+O
lim
f(x) - f(O) lim e-1/x2 O
=
.T x-+O X = =
n+ n
f( l(o) existe e fe 1l(0) o. Aplicando as regras usuais de derivação, obtemos
=
k - x
2
xp e 1/ , k,p E N.
Deste modo, o quociente
f(nl(x) - f(nl(o) fenl(x) também é uma soma de
x x
parcelas do mesmo tipo, portanto,
lim En (x) = O,
Tt---+X
(5.6.9)
Ix ai
� < r.
Isto é, f é analítica em (a � r, a + r) .
Demonstração. Fazendo n -+ DO em (5.6.8), temos
j =O .
Isto é.
f
J��.I
f(j) (a)(x a)j = f(x), �
j= O
sempre que Ix ai < r.
� D
Ix ai
� < r, n = 0,1,2 ...
f= � f(j) (a)(x
. o J.
� a)j = f(x), Ix ai
� < r.
J
Demonstração. Nossa hipótese de existência da cota K, em combinação com
(5.6.7), implica (5.6.9). D
Assim,
Ixl < r,
sen Sk ds = Xk
(k+l) X3 k+l + X5 k+l - ...
lx O
-
+1 (3 k +1)3! (5 k +1)5!
00
X(2n+l) k+l
=
�
(_I)n
( (2n + l)k +1) (2n +I)!
+ ...
Como chegamos a uma série alternada, temos aqui um bom recurso para
estimar essa integral.
Obtenha, como exercício, uma estimativa para
5 .7 EXERC í CIOS
1
1) Mostre que, se k E lR, k > 1, entao k n -+ O.
_
rm
(d) en sen -' n = O, 1,...
4
1
4) Mostre que ln(lnn) O. -----7
é divergente.
14) Seja L an uma série e Rn = L:n +l ai o resto depois de n termos.
Mostre que L an é convergente se e somente se limn--->oo Rn = o .
Determine se as séries 15) -26) são convergentes ou divergentes.
Exercícios • 315
1 1 00 1
15) 1+ - +··· +- +··· 21) L
2V2 nyn n=l3n +1
16) f 1� k
k00= 3 2
� 2 + senn
22 ) L
n=l n2
1 00 1
17) L n-1 23) L�
n=l 3 +2 n= 3 y'2
18) �
00 1 oc
arctan n
24) �L 1+n 2
vn3+1 n=l
00 k +1 00 n +1
19 ) L k + k
2)2 25 ) � ln(n +
�
k00=O ( 2)
k n5+ n 3+1
20) L k 2 26) L 8 4 4
k=l +1 2n +n + 2
27) Use os argumentos da prova do Teste da Integral para mostrar que
1 00 1 n 1 1
l l p- l L p - L p (p _ 1)nP-1
' se p > L
(p _ )(n + ) k=l k k=l k
< <
1 1 (-lr-1 34) �
(2n - l)(-1)n
29) 1 - :2 + "3 - ...+ n + ... L 5n + 1
n n
30) �
n (- l ) 35) � (-l)
L00 5n(2_+1 L 2n - 1
n
1) - l (-l)--- n-l-
--- ln n
31) L -ln- n- - - 1- 36) L --'---'- n
n= 2 +
n (-l n-l 00 n (-l)n-l
32) L 2k) 37) L lnn
n-l n= 2 l
33) �
(n + 1) ( _l ) 38) yn(_l)n-
L 3n L 2n +1
Aproxime as somas das séries 3 9) - 42) com precisão de três casas decimais.
1 +-
- 1 - ... + (_ l)n-l + ...
39) 1 - 22 24 22(n-l)
316 • Seqüências e Séries Numéricas
1 (_l)n-l
40) 1 - 2-! + ...+ (2n - 2)! + ...
1 ··· (_l )n-l + ...
41) 1 --33
+ +
(2n -1)3
1 1 (_l)n-l
42) 3 - 2 .32+ ...+ n3n + ...
- --
47) ""'
L 2!!.n 57) L ( n +1 3n 1
) (-3)n
--
n,
--
n!
48) L ( yIn 1t 58) L
)
-
(2n)!
""'
4 9) L vn (
2n -
n +13
l n
5 9) ""'
(n!?
L (2n)!
n2 n3
50) L n 60) L
2 (In2)n
nn (n!)3
51) L n 61) L --'
2 ( ).
2n
en nlO
52) L 62) L
( n)n
- (In 3)n
( J'
,,",3. 5 .. . (2n + 1)
53) L 02" n 63) L
: n.,
n! (2n + 2)!
54) L (-2)n 64) ""'
L (-3)n (n!)2
n' ( 2)3n
----- -'----
55) L 65) ""' --'--- -
(_�)n L 3 2n
56) L C" n ( : 1)'"
Exerdcios • 317
2n
70) L X-,
n.
ln n
71) L (- ) x
(n + 1)2
n
72) �"" (3x)
2n +l
73) �"" n .,xn
10n
74) L(_1)nn 2xn
n-l 2n-l
75) L (_1) x
n+1
e use este fato para obter urna aproximação do número in com precisão �
de três casas decimais.
87) Use o exercício anterior para mostrar que
( x) (
1+
in --
1- x =2 x+ x3 -
- +
3 5+
x5 . . · ), I xl < 1.
318 • Seqiiências e Séries Numéricas
88) -
1 91) 1 94) x
l -x 1 - 3x 5 - 2x
x2 x 2
3
8 9) 1 +
1 92)
x 95) x
1-
x2 x2
2 - x3
x2
1 9 +1
90) 93) 6)
1- 1 - x4 x -I
97) 2
3x+ 5
11/2 x dx com precisão de quatro casas decimais.
98) Aproxime
° 1+x'130,1 1 ° '2 x3
arctan x
99) Faça o mesmo para
° x dx e l +x dx. 5
° t
+
100) Desenvolva em sene • A "
INDICE REMISSIVO
lateral, 9 3 eco,
de classe 110
Descontinuidade derivável, 88
de primeira espécie, 115 diferenciável, 88
de segunda espécie, 115 Domínio de uma, 21
Desigualdade estritamente côncava, 130
Resolução de uma, 36 estritamente convexa, 130
triangular, 14 Extensão de uma, 22
Diferenciação de funções implícitas, 111 Gráfico de uma, 24
Diferencial, 145 hiperbólica, 202
Domínio, 21 identidade, 21
ímpar, 31
e,189 Ínfimo de uma, 34
Erro injetora, 25
absoluto, 144, 29 4 integrável, 165
relativo, 144 inversa, 26
Extensão de uma função, 22 invertível, 26
limitada, 33
Formas indeterminadas, 66 limitada em um conjunto, 33
Fórmula Limitante inferior de uma, 33
de Maclaurin, 149 Limitante superior de uma, 33
de Taylor, 149 linear, 22
Frações parciais, 215 linear afim, 130
Função, 21 lipschitziana, 70
analítica, 305 localmente limitada, 50
arco cossecante, 108 logaritmo, 190
arco cosseno, 108 Máximo de uma, 34
arco cotangente, 108 Mínimo de uma, 34
arco secante, 108 monotônica, 27
arco seno, 108 par, 31
arco tangente, 35, 108 periódica, 32
bijetora, 25 Primitiva de uma, 178
biunívoca, 25 produto, 23
côncava, 130 quociente, 23
composta, 25 racional, 214
contínua, 69 Restrição de uma, 22
Contra-domínio de uma, 21 secante, 31
convexa, 127 Integração da, 199
cossecante, 31 seno, 30, 262
Integração da, 200 sobrejetora, 25
cosseno, 30, 262 soma, 23
Cota inferior de uma, 33 Supremo de uma, 34
Cota superior de uma, 33 tangente, 31
cotangente, 31 Integração da, 199
de classe en,110 trigonométrica, 29 , 261
Índice Remissivo • 323
SEÇÃO 1.3
SEÇÃO 2.5
SEÇÃO 3. 14
1.1' (x) = 9x2 +8x. 3.h' (x) = 3t2 + '/ir. 5.2 sec2 s tan s +tans +ssec2 s.
7. w' (x) = ra cse cxra -cs x/(lxlvfx2=l)
e c2 x . 9. 3(ra jclc-oxs x2 ) 2 . 11. (a) V' = 5',
_
33.P = (4,2). 35.f(n) (x) n�:;t ; f(n) (1) = (-1)nn! . 37.(sen x)' =
=
�
1 80
cos x'' (cos x)' = -�sen 180
x'' (tan x)' = � 180
sec2 x " 39 (a) f cons-
tante e qualquer g não derivável; (b) Qualquer f não derivável e g cons-
tante; (c) f(x) = g (x) com f(x) = 1 se x E Q e f(x) = O se x E
IR \ Q. 41. f" (g (h (x))) [g' (h (x))h' (x)] 2 + 1' (g (h (x))) [g" (h (x))h' 2(X) +
g' (h (x))h" (x)]. 43.V' = - (�r· 45.V' = -�, se cos(x+ y) sen (x +v) I-
O. 47 . V -- - xy(y 2 +x 2 )
49.X -- 2 e/ ponto de mmnIlO, , . . f" e crescen
, te
(y 2 +x 2 + 1)'
"
69.(a) (c - �, Jc - �); (b) (O,O). 71.(a) À = -5, 27 ; (b) -5 < À < 27.
Respostas de Alguns Exercícios • 327
83. 85.
�. 2
-2
105.limx -----t or � a c nx
= limx -----t 01 :x2 1.
=
SEÇÃO 4.9
SEÇÃO 5.7
12. Cronobiologia: PrincíPios e APlimções I.incu Iklico dos Reis e Semida Silveira (orgs.)
Nelson Marques c Luiz Menna-Rarreto (org-s.) 28. Astronomia: Uma Visão Ceral do Universo
13. Estudos de Morbidade Amâncio C. S.Friaça, Elisabete Dal Pino, Laerte SodréJr.
14. Preparos Cavitririos para A mrilgarna 29. Manual Prritico de Microbiologia Básica
e Resina Composta Rogério l.acaz-Ruiz