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Atuação da Terapia Ocupacional em crianças com Síndrome de Down

Luana Caroline dos SANTOS1


Renata Cristina SILVA2
Roselilian da Cunha Pereira Alves RODRIGUES3
Camila Maria Severi MARTINS-MONTEVERDE4
Resumo: A atuação da Terapia Ocupacional em crianças com Síndrome de Down – SD se dá através da equoterapia, ambien-
te aquático, sendo possível identificar que as crianças com SD apresentam perfis motores fino e funcional inferiores aos de
crianças com desenvolvimento normal, e o terapeuta pode dar enfâse no desenvolvimento funcional. O presente estudo teve
como objetivo revisar a literatura científica sobre a atuação da Terapia Ocupacional em crianças com Síndrome de Down. O
método utilizado foi uma revisão bibliográfica, nas bases de dados SciELO e BIREME, tendo como palavras-chave: “terapia
ocupacional”, “crianças”, “desenvolvimento” e “síndrome de down”, e os critérios de inclusão foram a língua portuguesa
sem limitação de tempo. Além disso, foi realizada a busca manual em periódicos, totalizando 10 artigos. Os resultados da
pesquisa apontam que a Terapia Ocupacional é de extrema importância, pois vai dar oportunidades da criança se desenvolver,
ter autonomia e conviver no meio social.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional. Crianças. Desenvolvimento. Síndrome de Down.

1
Luana Caroline dos Santos. Graduanda em Terapia Ocupacional pelo Claretiano – Centro Universitário. E-mail: <lucarolsp@gmail.com>.
2
Renata Cristina Silva. Graduanda em Terapia Ocupacional pelo Claretiano – Centro Universitário. E-mail: <renatacl@hotmail.com>.
3
Roselilian da Cunha Pereira Alves Rodrigues. Mestra em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP). Bacharel em Terapia Ocupacional pelo
Claretiano – Centro Universitário. Docente do Curso de Terapia Ocupacional do Claretiano – Centro Universitário. E-mail: <roselilianalves@claretiano.edu.br>.
4
Camila Maria Severi Martins-Monteverde. Doutora e Mestra em Ciências pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São
Paulo (USP). Bacharel em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Docente e Coordenadora do Curso de Terapia Ocupacional
do Claretiano – Centro Universitário. E-mail: <terapiaocupacional@claretiano.edu.br>.

Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 1, n. 2, p. 93-96, jul./dez. 2018


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Occupational therapy in children with Down syndrome

Luana Caroline dos SANTOS


Renata Cristina SILVA
Roselilian da Cunha Pereira Alves RODRIGUES
Camila Maria Severi MARTINS-MONTEVERDE
Abstract: The performance of occupational therapy in children with Down Syndrome is given through equine therapy, aqua-
tic environment, it is possible to identify that children with DS have a fine and functional motor profiles inferior to children
with normal development, and the therapist may emphasize functional development. The present study aimed to review the
scientific literature on the performance of Occupational Therapy in children with Down Syndrome. The method used was a
bibliographical review, in the databases SciELO and BIREME, and the inclusion criteria were Portuguese language without
time limitation. In addition, it was carried out a manual search in periodicals, and 10 articles on the theme were identified,
showing the need for occupational therapy intervention. The study showed us that occupational therapy is highly important,
because it provides opportunity for children to develop, be autonomous and live together in social environments.

Keywords: Occupational therapy. Children. Development. Down Syndrome.

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1.  INTRODUÇÃO

A primeira descrição clínica sobre a Síndrome de Down (SD) foi feita há mais de um século pelo
médico pediatra inglês John Langdon Down, em 1886. Ele publicou um estudo em que expôs as primei-
ras características da SD e descreveu como idiotia mongoloide. Segundo Down (1886 apud MOREIRA;
EL-HANI; GUSMÃO, 2000, p. 96):
A grande família Mongólica apresenta numerosos representantes e pretendo neste artigo chamar aten-
ção para o grande número de idiotas congênitos que são Mongóis típicos. O seu aspecto é tão marcante
que é difícil acreditar que são filhos dos mesmos pais... O cabelo não é preto, como em um Mongol
típico, mas de cor castanha, liso e escasso. A face é achatada e larga. Os olhos posicionados em linha
oblíqua, com cantos internos afastados. A fenda pálpebra é muito curta. Os lábios são grossos, com
fissuras transversais. A língua é grande e larga. O nariz, pequeno. A pele, ligeiramente amarelada e
com elasticidade deficiente.
Após essa definição, hoje considerada pejorativa e equivocada, a patologia clínica foi estudada por
vários pesquisadores, determinando que a SD, ou trissomia 21, é uma condição genética determinada
pela alteração do cromossomo 21. Seu diagnóstico clínico baseia-se no reconhecimento das caracterís-
ticas físicas e pela análise genética denominada cariótipo. Pode ser classificado citogeneticamente em:
trissomia simples, translocação ou mosaico. A SD é uma das causas mais frequentes de deficiência men-
tal, destacando-se algumas características marcantes, como branquicefalia, pregas palpebrais oblíquas,
epicanto (pregas cutâneas no canto interno no olho), base nasal achatada e sinófris. Observa-se, também,
que o pescoço é curto, podendo estar presente apenas uma prega palmar, atraso no desenvolvimento
motor e cognitivo e dificuldade na fala (MOREIRA; EL-HANI; GUSMÃO, 2000).
A SD está presente em todo o mundo e não se difere quanto à nacionalidade, cor, raça, cultura e
classe econômica; sendo assim, podemos ter pessoas com Síndrome de Down bastante diferentes entre
si (DELLA; DUARTE, 2009).
Ainda segundo Della e Duarte (2009), a ciência mostra que existem limitações no desenvolvi-
mento físico e intelectual das pessoas com SD, porém, não foi definida a intensidade dessas limitações.
Por essa razão, a importância da estimulação precoce de modo a lhes garantir uma evolução tão normal
quanto possível.
Conforme o CREFITO9 (2012), a Terapia Ocupacional é uma profissão da área da saúde, área
da educação e campo social voltada para indivíduos, ou seu grupo social, que, por razões ligadas à pro-
blemática específica, sejam elas físicas, sensoriais ou psicológicas, tiveram sua ocupação prejudicada,
prezando pela autonomia, independência e desempenho, levando em consideração as necessidades indi-
viduais ambientais, patológicas, afetivas e sociais.
A Terapia Ocupacional é uma das profissões de uma equipe multidisciplinar essencial no proces-
so de intervenção com essas crianças com Síndrome de Down, pois está apta para contribuir com seu
desenvolvimento, promovendo o desempenho ocupacional, qualidade de vida, inclusão escolar, auto-
cuidado, elucidando os aspectos comportamentais aos pais e professores, promovendo a interação social
através de engajamento nas atividades sociais e culturais (SOUZA et al., 2003). Dessa forma, o objetivo
deste estudo foi revisar a literatura científica sobre a atuação da Terapia Ocupacional em crianças com
Síndrome de Down.

2.  METODOLOGIA

O método utilizado neste estudo foi a revisão da literatura científica na área da Terapia Ocupacio-
nal em crianças com Síndrome de Down. A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados SciELO e
BIREME, utilizando as palavras-chave “Terapia Ocupacional”, “crianças”, “desenvolvimento” e “Sín-
drome de Down”. Os critérios de inclusão determinados para este trabalho foram: língua portuguesa e
sem limitação de tempo. A tabela a seguir representa o percurso metodológico:

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Tabela I. Percurso metodológico.

ARTIGOS
BASE DE ARTIGOS ARTIGOS
PALAVRAS -CHAVE EXCLUÍDOS
DADOS ENCONTRADOS INCLUÍDOS
/MOTIVOS
“Terapia ocupacional”
SciELO AND “síndrome de N=0 N=0 N=0
down” AND “crianças”
“Terapia ocupacional”
SciELO AND “mongolismo” N=0 N=0 N=0
AND “infantil”

“Desenvolvimento” N = (33 não


SciELO AND “síndrome de N = 35 condiziam com o N=2
down” AND “criança” tema)

“Terapia ocupacional” N = 1 (não estava


BIREME AND “síndrome de N=3 disponível na N=2
down” AND “crianças” base)

“Terapia ocupacional”
BIREME AND “mongolismo” N=0 N=0 N=0
AND “infantil”

N = 7 (não
condiziam com o
“Desenvolvimento”
tema)
BIREME AND “síndrome de N = 14 N=0
N = 7 (por não
down” AND “criança”
serem do idioma
português)

Total N = 52 N = 48 N=4

Fonte: elaborado pelas autoras.

Devido à escassez de artigos nas bases de dados SciELO e BIREME, procedeu-se à busca manual
em periódicos, resultando no total de 6 artigos, somados aos 4 artigos encontrados na revisão sistemáti-
ca, totalizando 10 artigos para a presente revisão.

3.  RESULTADOS

Após a revisão sistemática da literatura sobre o tema Terapia Ocupacional em crianças com Sín-
drome de Down, foram encontrados 10 artigos que retratam o tema. A tabela a seguir demonstra a dis-
tribuição dos artigos de acordo com o delineamento dos estudos.
Tabela II. Distribuição dos artigos de acordo com o delineamento dos estudos.

TIPO DE PESQUISA NÚMEROS DE ARTIGOS

Estudo de Caso N=4

Pesquisa de Campo N=1


Estudo descritivo N=1
Estudo de coorte N=1

Estudo transversal N=3

Fonte: elaborado pelas autoras.

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Podemos observar que o ano de maior publicação foi 2012, com três publicações; seguido de
2002, com dois artigos; 2010, também com dois artigos; 2015, 2011 e 2003, com um artigo respectiva-
mente. O gráfico a seguir demonstra a classificação dos artigos conforme os anos de publicação:

Gráfico I. Distribuição dos artigos de acordo com ano de publicação.

Fonte: elaborado pelas autoras.

Os artigos foram publicados em revistas e periódicos diversos, sendo eles: (N = 1) Revista Bra-
sileira de Educação Especial, (N = 1) Caderno de Terapia Ocupacional de São Carlos, (N = 1) Revista
Científica do Uni salesiano-Lins, (N = 1) Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo,
(N = 1) Revista do Nufen, (N = 1) Arquivos de Neuro-Psiquiatria, (N = 1) Cadernos-Centro Universitá-
rio São Camilo, (N = 1) Revista Científica de América Latina, (N = 1) Revista da Universidade Católica
Dom Bosco e (N = 1) Revista Brasileira em Promoção de Saúde. O gráfico abaixo mostra a distribuição
dos artigos conforme os periódicos.

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Gráfico II. Distribuição dos artigos conforme os periódicos.

Fonte: elaborado pelas autoras.

Segundo os autores Ancel et al. (2012), a Terapia Ocupacional poderá intervir com seus recursos
terapêuticos e atividades através da equoterapia, pois, através dos movimentos tridimensionais que o ca-
valo oferece, proporciona ao paciente padrões adequados de postura e movimentos corretos, uma gama
de estímulos sensoriais, conscientização corporal, aperfeiçoamento da coordenação motora e equilíbrio.
Já Pôrto e Ibiapina (2010) dizem que o ambiente aquático traz como contribuição a estruturação do
esquema corporal da criança com SD, colaborando com a sua autonomia nas práticas de Atividades de
Vida Diária – AVDs e Atividades Instrumentais de Vida Diária – AIVDs, áreas de ocupação em que o
terapeuta ocupacional está habilitado para intervir.
No estudo transversal do tipo caso controle de Coppede et al. (2012) foi possível identificar que
crianças com SD apresentam perfis motores fino e funcional inferiores aos de crianças com desenvol-
vimento normal, mostrando que as maiores dificuldades para ambos grupos, principalmente para as
crianças com SD, foram para realizar as AVDs, sendo, assim, um componente trabalhado no processo
terapêutico ocupacional.
Já Silva et al. (2013) dizem que o terapeuta ocupacional tende a auxiliar no desenvolvimento das
crianças com SD, dando ênfase no desempenho ocupacional e visando ao aumento da capacidade fun-
cional e maior habilidade de se interagir com o ambiente físico e social. Lorenzo et al. (2015) também
salientaram, em seu estudo, a avaliação dos resultados de intervenções com uso da realidade virtual pe-
rante as necessidades psicomotoras de uma criança com Síndrome de Down e a contribuição da Terapia
Ocupacional através da realidade virtual, que teve como propósito estimular o ganho ou a melhora das
habilidades psicomotoras do participante do presente estudo.

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Segundo Alves et al. (2010), a percepção materna é de fundamental importância durante o proces-
so de intervenção da Terapia Ocupacional para favorecer o desenvolvimento neuropsicomotor da crian-
ça com SD, pois, a partir dessa percepção, a mãe tem condições de maior conscientização e consequen-
temente proporcionará a oferta de estímulos no cotidiano, contribuindo para o processo de reabilitação.
Já o estudo de Mancini et al. (2003) mostrou que o desempenho funcional das crianças com SD
é inferior ao de crianças normais; as crianças com SD são mais dependentes de ajuda do cuidador e da
ajuda do terapeuta ocupacional.
Martins et al. (2012) identificaram, através de uma oficina interdisciplinar terapêutica, que as
crianças com SD manifestaram limitações na área de autocuidado e que monitoração contínua em ativi-
dades coletivas pode ajudar essas crianças, e a Terapia Ocupacional pode intervir nesse processo.
De acordo com Lucisano et al. (2011), crianças com SD de 5 a 6 anos de idade apresentam dife-
renças significativas nas habilidades sociais, se comparado a crianças com desenvolvimento típico. O
estudo visou abordar alguns aspectos das habilidades sociais durante o processo de interação com outras
crianças, sendo que um dos pontos a serem trabalhados pela Terapia Ocupacional é a integração dos ín-
dividuos no âmbito social. Além disso, de acordo com Nascimento (2002), a Terapia Ocupacional deve
estimular o desenvolvimento motor, a fim de que as habilidades corporais sejam estimuladas desde cedo
para um bom desenvolvimento cognitivo.

4.  DISCUSSÃO

Quando falamos sobre crianças com SD e suas deficiências físicas ou mentais, defrontamo-nos
com o preconceito, mitos, crenças e baixa expectativa em relação à capacidade para diferentes aprendi-
zagens. Os estudos apontaram que crianças com SD apresentam diferenças significativas em relação ao
desenvolvimento de crianças típicas, porém, se alguma dificuldade pode ser apontada, são as necessida-
des próprias dessas crianças com SD, que precisam ser compreendidas e respeitadas para que cada uma
possa descobrir suas habilidades e potencialidades.
A Terapia Ocupacional é um facilitador para que essas necessidades e habilidades sejam desenvol-
vidas através de intervenções apresentadas pelos estudos, como a equoterapia, realidade virtual, ambien-
te aquático, autocuidado, independências nas atividades de AIVDS e AVDS. Além disso, foi discutido
nos estudos encontrados que a Terapia Ocupacional também pode trabalhar com a estimulação precoce,
integração sensorial, adaptações físicas e ambientais, o brincar e a inclusão escolar de crianças com SD
(SOUZA, 2003).
Segundo Souza et al. (2003), a Terapia Ocupacional no âmbito escolar é voltada para os alunos,
educadores, pais e comunidade com o intuito de auxiliar e desenvolver meios de facilitação a partir das
dificuldades dos sentimentos e emoções que a inclusão transpassa, ajudando a assimilar os aspectos e
necessidades de uma criança com deficiência como Síndrome de Down. A intervenção terapêutica ocu-
pacional compreende o desmonte de barreiras arquitetônicas, acesso ao imobiliário adaptado, a equipa-
mentos de apoio e a materiais pedagógicos, bem como capacitação de professores.
Segundo Souza et al. (2003), um dos focos da intervenção da Terapia Ocupacional com alunos
em processo de inclusão é na área de expressão da aprendizagem e habilidades para assumir papel de
estudante, auxiliando por meio de alternativas, como mudança de lugar na sala, colocando-o próximo
da professora e longe de crianças agitadas, controle de estímulos ambientais, organização de rotinas que
incluam a movimentação do aluno dentro da sala de aula, a fim de ajudá-lo na dificuldade de atenção e
alteração de comportamento.
Em caso de pouco interesse pela leitura e escrita, o terapeuta ocupacional pode orientar a família
da importância de ter livros de preferência da criança, com figuras, e ler todos os dias, interagindo com
a criança. Para melhorar a escrita, criar adaptações para preensão no lápis e fixar o papel à mesa para
evitar deslizamento, com cadernos de linhas e margens bem demarcadas. Para sua autonomia, fazer
treinamento com a criança para que ela mesma consiga se vestir para ir à escola através de atividades de
amarrar, com diferentes cordões (SOUZA et al., 2003).

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A Terapia Ocupacional no âmbito escolar também promove formas de encorajar crianças a de-
senvolverem, cada vez mais, uma nova habilidade, a terem interesse, talentos e metas, impõe algumas
situações de dificuldades e barreiras à criança para que ela explore e reconheça suas potencialidades,
promove várias situações de aprendizagem para objetivos semelhantes (DELLA; DUARTE, 2009). Tal
realidade se aplica a crianças com SD, visto que o principal ambiente de convivência e socialização de-
las é a escola. O ambiente escolar deve ter características acolhedoras, solidárias e contingentes frente
às necessidades das crianças com necessidades especiais.
A educação é um direito de todos, e, para que a inclusão realmente aconteça, é preciso que a
comunidade e profissionais olhem para essas crianças com olhares mais otimistas em relação a suas
potencialidades, habilidades e interesses, que assumam o papel de ensinar e preparem-nas para a vida.
O trabalho da Terapia Ocupacional só faz sentido se existir uma equipe interdisciplinar lutando pelo
mesmo objetivo, que é tornar essas crianças com SD pessoas que possam exercer sua cidadania, direitos
e deveres como qualquer outras.

5.  CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa sobre a Terapia Ocupacional com Síndrome de Down revelou a importância da Terapia
Ocupacional como uma das profissões essenciais no desenvolvimento de crianças com SD, contribuindo
desde o nascimento do bebê, com estimulação precoce e orientação materna, ao desenvolvimento de téc-
nicas e adaptações para proporcionar a independência nas práticas das AVDs e AIVDs, inclusão social
e escolar, visando à potencialização de suas habilidades, mostrando que as crianças com Síndrome de
Down podem, sim, ter um desenvolvimento normal. Além disso, a pesquisa mostrou o quanto a Terapia
Ocupacinal é de extrema importância, pois ela vê o potencial da criança e não as suas dificuldades; sen-
do assim, inserindo a criança no meio social.

REFERÊNCIAS

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