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Capítulo 7

Convecção Forçada
Externa
Objetivos
• Distinguir entre escoamento externo e interno.
• Desenvolver uma compreensão intuitiva sobre arrasto de
atrito e arrasto de pressão e avaliar os coeficientes médios
de arrasto e de convecção para escoamento externo.
• Avaliar o arrasto e a TC associados com o escoamento ao
longo de uma placa plana para escoamento laminar e
turbulento
• Calcular a força de arrasto exercido sobre cilindros e
esferas durante um escoamento cruzado e o coeficiente
médio de transferência
• Determinar a queda de pressão e o coeficiente médio de
TC associado ao escoamento através de banco de tubos.
7.1 Arrasto de atrito e de pressão
• Arrasto: Força que um fluido exerce sobre um corpo na direção do
escoamento.
• Os componentes das forças de pressão e de cisalhamento na parede, na
direção normal ao escoamento, tendem a mover o corpo nessa direção, e
sua soma é chamada sustentação.
• Ambos atrito (cisalhamento na parde) quanto pressão contribuem para o
arrasto e sustentação.
• Arrasto de atrito: parte do arrasto
devida diretamento ao atrito na parede.
• Arrasto de pressão: ou arrasto de
forma dependência com o formato do corpo

Figura 7-3
• CD: coeficiente de arrasto.
FD
CD  (7-1)
1
V 2 A
2
Em que A é a área frontal para corpos rombudos e a área superficial para
escoamento paralelo.

CD  CD,atrito  CD, pres (7-2)

Figura 7-4
CD  f (Re)

Figura 7-5

(Cortesia da NASA and Cislunar Aerospace, Inc.)


Transferência de Calor
Números de Nusselt local Nu x  f1 x*, Re, Pr  Nu  f1 Re, Pr 
e médio:

Nu médio: Nu  C Re mL Pr n

Temperature de filme ou
TS  T
película : Tf 
2

L
1
Coeficiente médio de C f   C f , x dx
atrito: L0

L
Coeficiente médio de 1
h   hx dx
convecção: L0

Taxa de TC: q  hAS TS  T 


Escoamento paralelo sobre placas planas
A transição do escoamento laminar para turbulento depende da geometria e
rugosidade da superfície, da velocidade a montante, da temperatura da
superfície e do tipo de fluido entre outros fatores, sendo caracterizada pelo
número de Re.
Vx Vx
Re x  
 

Vxcr
Re x ,crítico   5 105 Figura 7-6

Escoamento paralelo sobre placas planas, os
coeficientes locais de atrito e convecção são:
Laminar
0,664
C f ,x  Re x  5 105
Re1x/ 2

hx x
Nu x   0,332 Re 0x,5 Pr1/ 3 Pr  0,6
k
Turbulento
0,059
C f ,x  5 105  Re x  107
Re1x/ 5
Figura 7-7
hx x 0,6  Pr  60
Nu x   0,0296 Re 0x,8 Pr1/ 3
k 5 105  Re  107
As relações do coeficiente médio de atrito para escoamento sobre
placa plana são:
Laminar Cf 
1,33
Re x  5 105
Re1x/ 2

0,074
Cf  5 105  Re x  107
Turbulento Re1x/ 5

1  cr 
x L

Combinado Cf   C f , x ,la min ar dx   C f , x ,turbulentodx 


L  0 xcr


0,074 1742
Cf  1/ 5
 5 105  Re x  107
Re x Re L

2 , 5
 
Turbulento, superfície rugosa C f  1,89  1,62 log 
 L
Figura 7-9
As relações do número de Nusselt para escoamento sobre placa plana
são:
hx Pr  0,6
Laminar Nu   0,664 Re L Pr
0,5 1/ 3

k Re L  5 105

hx 0,6  Pr  60
Turbulento Nu   0,037 Re 0L,8 Pr1/ 3
k 5 105  Re  107

Combinado
1  cr 
x L
h  hx ,la min ar dx   hx ,turbulentodx 
L  0 xcr


0,6  Pr  60
Nu 
hL

 0,037 Re L  871 Pr
0 ,8

1/ 3

k 5 105  Re L  107

Figura 7-10
É desejável que haja uma única correlação que se aplique para todos
os fluidos, incluindo metais líquidos. Ajustando a curva aos dados
existents, Churchill e Ozoe (1973) propuseram a seguinte relação,
aplicável a todos os números de Prandtl e reivindicada como exata de
 1%.
hx x 0,3387 Pr1/ 3 Re1x/ 2
Nu x   Re x Pr  100
k 
1  0,0468 / Pr  
2 / 3 1/ 4

Em que RexPr= Pe, Pex: o número de Peclet


Superfície lisa e isotérmico
Escoamento livre é considerado sem turbulência
Placa plana com comprimento inicial não aquecido de
comprimento 
Número de Nusselt local

Laminar

Turbulento

Coeficiente médio de convecção

Laminar

Turbulento
Figura 7-12
Fluxo de calor uniforme

Laminar

Turbulento

Essas relações fornecem valores de 36% mais elevados para


escoamento laminar e 4% mais elevados para escoamento turbulento
em relação ao caso da placa isotérmica.

Quando o fluxo de calor é especificado , a TC a partir de ou para a placa e a


temperatura da superfície em uma distância x são determinadas a partir de:
q  qsAs

qs  hx Ts ( x)  T   Ts ( x)  T 
qs
hx
Metodologia para o cálculo de h?
1. Reconheça a geometria do escoamento;
2. Especifique a temperatura de referência apropriada e
determine todas as propriedades do fluido pertinentes
nessa temperatura.
3. Calcule o número de Reynolds
4. Verifique se o interesse é determinar um coeficiente local
ou um coeficiente médio na superfície
5. Selecione a correlação apropriada
Exercícios
1- Óleo a 60°C escoa ao longo da superfície superior de uma
placa plana de 5m de comprimento, cuja temperatura é 20°C,
com velocidade de 2 m/s. Determine a força total de arrasto e a
taxa de transferência de calor por unidade de largura da placa.
Escoamento cruzado em cilindros e esferas
Aplicação: trocador de calor casco-tubo

VLc
Re crítico  Escoamento sobre cilindro circular Recr  2105

Para baixas velocidades, o fluido
envolve completamente o cilindro.
O escoamento na região da esteira
é caracterizado pela formação de
vórtices e baixas pressões.
(Cortesia ONERA, foto de Werlé.)

Figura 7-16 Separação da CL laminar com esteira turbulenta sobre


cilindro circular para Re=2000.
• Cinlindros e esferas: o arrasto de atrito e o arrasto de pressão são significativos.
• A alta pressão (P) no ponto de estagnação e a baixa P na esteira do lado oposto
produzem força líquida no corpo, na direção do escoamento.
A força de arrasto é evida principalmente ao arrasto de atrito em baixos Re
(Re<10) e o arrasto de pressão em altos Re (Re>5000).
Ambos os efeitos são significativos em Re intermediários.

Coeficiente médio
de arrasto para
escoamento
cruzado sobre um
cilindro circular liso
e uma esfera lisa

(De H. Schlichting, Boundary Layer Theory 7e. Copyright © 1979 The McGraw-Hill Companies, Inc. Usada com permissão.)

Figura 7-17
Figura 7-18

(Cortesia ONERA, foto de Werlé.)

Visualização do escoamento sobre esfera lisa (a) para Re = 15.000 e (b)


Re = 30.000 com um fio ao redor. O arrasto de separação da CL é visto
claramente por meio da comparação entre as duas fotografias.

A separação do escoamento ocorre a cerca de   80º (medido a partir do


ponto de estagnação frontal do cilindro), quando a CL é laminar, e a cerca
de   140º, quando é turbulenta.
Coeficiente de transferência de calor

• Escoamento entre cilindros e


esferas, em geral, envolvem
separação do escoamento, que
é difícil de tratar analiticamente

• Escoamento através de
cilindros e esferas têm sido
estudados experimentalmente
por numerosos pesquisadores e
várias correlações empíricas
têm sido desenvolvidas para o
coeficiente convectivo de TC.

(De Giedt, 1949.)

Figura 7-22
Os números de Nusselt médio para escoamento cruzado sobre:
a) Cilindros (Churchill e Bernstein)
4/5
0 ,62 Re 1D/ 2 Pr 1 / 3   Re 
5 / 8
NuD  0 ,3  1    
1/ 4  
 2 / 3
  282 000  
RePr > 0,2, Tfilme
 0 ,4 
1    
  Pr  

b) Esferas (Whitaker)

As propriedades do fluido são avaliadas na temperatura do escoamento livre T,


a exceção de s, que é avaliado na temperatura da superfície
O número médio de Nusselt para escoamento sobre cilindros pode
ser expresso de forma compacta como:

hD
Nu   C Re L Pr
m n

k
C, m e n : constantes; C e m: valores na Tabela 7-1 e n=1/3
Tfilme
As relações para cilindros já apresentadas são para um único cilindro
ou para cilindros orientados de tal forma que o escoamento não seja
afetado pela presença dos outros. São aplicáveis para superfícies
lisas.
Outras correlações foram sugeridas para o cilindro circular em
escoamento cruzado. (Referência 1; Incropera et al., 1992)
Correlação proposta por Zukauskas
1/ 4 0 ,7  Pr  500 
n  Pr   (7.53)
6
m
NuD  C Re D Pr  
 s
Pr  1  Re D  10 

Todas as propriedades são avaliadas em T exceto Prs,


que é avaliada a Ts

Tabela 7.4 (Parâmetros da Eq. 7.53)

Pr  10 , n  0 ,37 Se
Pr  10 , n  0 ,36
Escoamento cruzado sobre bancos de tubos

Figura 7-25

(Fotos de R. D. Willis.)

• Arranjo típico: em linha ou escalonado


• Lc= Dexterno.
• O arranjo dos tubos é caracterizado pelo passo transversal ST, passo
longitudinal SL , e o passo diagonal D entre os centros dos tubos.
Figura 7-26

Vmax D
Re max 
 Porém, se 2(S D  D)  (ST  D)
1/ 2
 2  ST  2  ST  D
ST S D  S L     
Vmax  V   2   2
( ST  D )
ST
Vmax  V
2( S D  D)
Escoamento cruzado sobre bancos de tubos - Zukauskas propôs
correlações da forma geral para número médio de Nussel
0 , 25
hD  Pr  Todas as propriedades, exceto
Nu D   C Re mL Pr n   Prs, são avaliadas na temperatura
k  Prs  média aritmética

Correlações na Tabela 7-2

As relações do número de Nusselt médiona Tab. 7-2 são para banco de


tubos com 16 ou mais fileiras. Tais relações também podem ser usadas
para bancos de tubos com NL < 16, desde que sejam alteradas como:

onde F é um fator de correção (Tabela 7–3)


Para ReD > 1000, o fator de correção é independente do número de
Reynolds
Diferença média logarítmica de temperatura (Tlm)

Temperatura de saída

Taxa de transferência de calor


 c p Te  Ti 
q  hAs Tlm  m
Queda de pressão

• f é o fator de atrito
• c é o fator de correção
• O fator de correção c é
usado para contabilizar os
efeitos do desvio do
arranjo quadrado (em
linha) e do arranjo
equilateral (escalonado).

Figura 7-27

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