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GVT 1948 12 FR
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GVT 1948 12 FR
R e p o u sa em teu dorviir.
E n q u a n to os astros lá n o céu,
Estão a refu lg ir,
P o r é m nas tuas treva s
R e sp len d e eterna luz,
In c o m p a rá ve l, divin al;
N a sc eu o b o m Jesus!
O S R E I S M A G O S
E Jesus os contemplava
A todcs com o mesmo amor,
Porque, olhando-os não olhava
A diferença da c ô r . . .
OLAVO BILAC
Ano I — N.° 12 Dezembro de 1948
"A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)
Órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
Registrado sob N .° 66, conforme Decreto N .° 4857, de 9-11-1939.
Assinatura Anual no Brasil . Cr$ 30,00
D i r e t o r .C lá u d io M a r tin s dos Santos
Assinatura anual do Exterior Cr$ 40,00
Redator:................................ João S erra
Exemplar Individual ......... . Cr$ 3,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a:
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil
ÍNDICE
E D ITO R IA L
ARTIGOS E S PE C IA IS *
Dados Biográficos da Vida de José S m ith ....... P re sid e n te J. R e u b e n C la rk 267
Embaixador de Cristo ................................................... Joseph M . H eath 269
Saudações de Natal ............................................................................................ 270
O Mormonismo ......................................................... S tep h en L . R ich a rds 273
A U X IL IA R E S
Prim ária:
História de Natal: O A p i t o ..................................... M a r ie L a rse n 275
Escola Dominical:
Verso Sacramental — Ensaio de Canto .......................................... 277
Suave é o Trabalho .......................................... R obert E. G ib s o n 277
SACERDÓCIO
Lições para os grupos Sacerdotais ............................................................... 279
VÁRIO S
As Dádivas da Criança ................................................................................. 283
O Rumo> dos Ramos ...................................................................................... 287
Os Reis Magos (Poesia) O la v o B ila c capa
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«*« E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos.
e deitou-o numa mangedoura, porque não havia lugar para eles
i3jC> na estalagem.
Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no
campo, e guardavam durante as vigilias da noite o seu rebanho.
«3jC> E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor
os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes
disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande
<3f> alegria, que será por sinal: Achareis o menino envolto em panos,
/jír e deitado numa mangdoura. E, no msmo instante, apareceu com
^ o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e
«F* dizendo.:
“ Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para
com os homens” .
jfc A maioria dos homens julgam a paz com o ausência de guerra
entre as nações, porém as palavras inspiradas nos proporcionam
<3{Ci alguns pensamentos bonitos sobre a paz, dos quais poderão ser
i bem ponderados em nossos c o a ç õ e s .
í “ Todos os conflitos não estão no campo de batalha, nem todas
as guerrcs entre povos e nações. A perturbação que possa ficar
jf c nos corações de homens quando o desejo contende com a cons-
JjL ciência, quando o prestamento de serviço opõe amor próprio, e
*%* quando prazeres imediatos desafiam o prospeto de realização ilimi-
tada, é o conflito que arruina a paz de homens, mesmo quando
as forças armadas nãc guerream. Aquele que governa a si pró
prio encontra a paz, ainda que não exista a paz ao redor dele.
OjC. “ Estes são os fatores que estragam a nossa paz interna: O
i temor que permanece nos corações dos homens recorda-nos das
nossas fraquezas, a lembrança de atos que nunca deviam ser fei-
^ tos, a confusão que fica na mente dos homens quando se obscurece
jf c a linha de demarcação entre a verdade e o erro, o conhecimento
í do ligeiro curso de tempo sem o termos enchido com uma medida
Vjy completa de realizações, a deferência a opiniões frívolas, embora
que sejam em discórdia com declarações antigas da eterna ver-
dade, a vaidade e egoismo, cs quais nos conduzem, às vêzes, a
^ p en s.r e agir mais baixo do que possa justificar a inteligência
jf c hum ana.
“ A paz é uma coisa positiva, e não meramente passiva. A
paz não é apenas a ausência da guerra. É um modo de viver, um
estado de bem estar, uma condição de força scbre si mesmo e
balança social, no qual o trabalho honesto de cada homem con -
*9* tribui para a criação das coisas desejáveis. É aquela maneira de
jf c viver em que gozamos da companhia de amigos e visinhos, em que
JL nenhum homem tem acusações dirigidas para com a sua consciên-
cia da sua alma. É liberdade da confusão, de lugares de desor-
djfr dem, e liberdade de confusão de pensamentos desordenados. É
viu aquela condição suprema de que falou o Salvador quando disse:
D eixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não vo-la dou com o o mun-
ójp do a dá. Não se turbe c vosso coração, nem se atem orize.”
Enquanto cantamos os cânticos de alegria e lêmos as escritu-
ras sagradas este Natal, vamos tomar sôbre nós determinação re-
Oji novada que a paz virá e então vivamos nossas vidas retamente
^ para que ela venha.
Presidente Harold M. R ex
— 267 —
do per Deus para esta última dispen dim inuindo' de brilho, foi de novo ao
sação . Senhor para ficar melhor assegurada.
Assim como nossa boa terra tem c O anjo Moroni veio trazer a mensa
seu fim também, e de acordo com o gem.
Plano de Deus, o homem mortal tem Justamente como. Moisés, para que
que percorrer a sua vida nela antes pudesse conduzir uma grande multi
que o tempo se finde e advenha dão, sob um plano divino foi ensinado
a eternidade. O homem, o seu instin e treinado para a sua tarefa na côrte
to, desde a “ Queda” com o mal tendo real de Faraó, assim José que não ti
se tornado “ carnal, sensual, e Diabó nha somente uma multidão para guiar,
lico” — (Moisés 5:13 Pérola de Gran mas uma multidão para ajuntar e edu
de V alor) — “ toda a sua imaginação car e depois para guiar, e uma igreja
dos pensamentos do seu coração era para estabelecer, foi en:inado e treina
continuamente mal” , tinha que ter uma do dentro das verdades do Evangelho
oportunidade final para salvar a si através da tradução do Livro de Mór-
próprio bem como toda sua de cendên- mon e as revelações do Senhor que
cia desde os primórdies dos tempos. transmitiu a ele.
Até agora todas as tentativas foram em Justamente com o Moisés, assim ensi
vão. nado e treinado no princípio, precisa
Assim que os dias do mundo terres va ser auxiliado na sua crescente tare
tre estão esgotando-se, e os espíritos fa pela constante revelação da inten
para serem materializados dentro de ção e vontade de Deus, assim José de
mortalidade desta terra aproximam -se pois de organizar a Igreja tinha neces
do último, há-de-vir uma dispensação sidade de mais contínua luz, e direção,
final do Evangelho que recolheria em e Deus o deu, por revelação e mais
um, tudo que. tem passado, para que to revelações sem limites, de acôrdo com
dos os homens desde os primórdios dos as necessidades de cada d ia .
tempes, mortos e vivos, tenham uma Diverso de Ncé, Abrão e Moisés, que
oportunidade para terem o conheci vieram as suas tarefas durante a fo r
mento da verdede. Assim Deus decre ça da maturidade física e mental, José
tou! veio para a execução da sua tarefa
Assim José, como foram Abrão e to como um menino, sem ensinamentos,
dos os demais homens grandes e pode inexperiente e" desconhecido.
rosos na obra divina, foi chamado para A Primeira Visão veio-lhe aos qua
o seu trabalho para o qual foi preorde- torze anos (primavera de 1820); quasi
nado no grande conselho dos Céus. quarto anos mais tarde (21 de Setembro
Como o Samuel, profeta antigo da de 1823) aos dezesseis anos, c A njo M o
Bíblia, José foi chamado cedo para a roni primeiro veio a ele; seguindo de
sua tarefa. Ele possuía apenas quator uma preparação e instrução espiritual
ze anos de idade quando ele teve a de quatro anos mais, Moroni confiou
maior visão de todos os tempos — A a ele (22 de Setembro de 1827) os livros
visita do Pai e do Filho. que M oroni tinha preparado e escondido
Como João o Batista que batizou o especialmente para esse dia — José ti
Cristo, depois declarando-o ser a O ve nha quasi 22 anos; então mais prepa
lha de Deus, mesmo mais tarde perse ro, mais treino, com dificuldade após
guido e aprisionado, mandou os seus dificuldade e tenaz perseguição, e a
discípulos perguntarem-no, “ És tu aque tradução foi completada e o Livro de
le que há de vir? ou nós esperamos Mórmon foi publicado em 1830. José.
por um outro” , assim José, depois da ainda não tinha 25 anos; agora por au
Primeira Visão, o espírito jovem su toridade e direção divina, José organi-
bindo do alto e a memória da visão (Continua na pág. 280)
EMBAIXADOR DE CRISTO
P or Joseph M . H eath.
— 275 —
ses apitos que trinasse com o seu que velha sen h ora ouvindo o apito m os
rido canário, certam ente fica ria m u i trou -se con ten tíssim a. E ntão ela
to co n te n te !” tom ou em suas m ãos a caixa que h a
“ Onde está o apito que im ita o c a via con servado sob seu ch a le.
n á rio ?” seu pai queria saber porque “ Som ente lhe posso pagar com isto” ,
ouvira o que dissera a velh in h a. disse ela.
S an ch o en guliu . “ Eu penso que O pai de S an ch o pegou a caixa e
sei, p ap ai” . R epen tin am en te le m olh ou d en tro. “ A senhora tam bém
brou -se que ch utara o cesto n a o c a deve guardar isto para sua n e ta ” ,
sião em que estava adm irando os lin d isse-lh e.
dos vidros de tinta. T eria então, ele “ N ão” , recusou ela. “ M eu esposo e
deixado cair o apito do cesto? eu as fa b rica m os. Nós n egociam os
P recip itou-se em d ireção àquela com estas aqui n o m ercado e n ã o nos
barraca. O lhou por todos os lu ga fa rá falta. Fique co m êles p or f a
res, m as n ão en con trou o ap ito. v o r” .
“ O senhor viu um apito, que g o r - “ Está b em ” , con cord ou o m oren o
geia com o se fosse um ca n á rio ?” — m ex ica n o . E quando a velh in h a re
perguntou S an ch o ao velho m ex ica tirou-se, S a n ch o fico u ob serv a n d o-a
n o de cabeleira bran ca que estava ali. com um sorriso n os lábios que bem
“ Vi” , respondeu êle, “ e darei por traduzia a satisfação que lhe ia na
ele tres vidros de tin ta” . a lm a.
Três vidros por um sim ples apito L ogo que a bondosa velh in h a desa
de brinquedo! S an ch o n ã o podia pareceu o pai de S an ch o p on d o -lh e
acreditar n o que acabara de ouvir. nas m ãos a caixinh a, disse-lh e: —
Abriu desm esuradam ente a boca num “ T om e, é para v ocê” .
sorriso que refletia a mais alegre e x S an ch o a b riu -a anciosam ente. D en
pressão de júbilo. Seu pai ce rta tro dela havia dez vidros de tintas,
m ente aprovaria tal n eg ó cio . Enfim de cores harm oniosas. V erm elho,
êle teria as tintas que ta n to a m b i am arelo, azul. T ôdas as cores! Seus
cion ara e adm irara p ou co antes. Isto olh os arregalaram -se. O m exica n o
lhe p rop orcion aria alguns m om entos de cabeleira alva deveria ser o avô
felizes no N atal. Súbitam ente aquele da m en in a . Essa era a exp lica çã o
sorriso esvaiu-se de seus lábios. S en - peilo interesse que dem on strara em
tir-se-ia êle realm ente feliz sabendo conseguir o apito de brinquedo. E
que com seu desejo satisfeito levaria p or S a n ch o ter bons sentim entos e
a ou tra criatura a tristeza? Ele m e - querer p rop orcion a r alguns instantes
neou a cabeça negativam ente, e n felizes a um a m enina, ganhou dez v i
qu anto o velho m exican o escolhia três dros dos que ta n to alm ejava ao in
cores de seu sortim en to. vés de apenas três.
“ Não posso a ceitá -los” , disse. “ Se S an ch o sorriu de co n ten ta m en to e
os aceitasse levaria a tristeza ao c o agradeceu a seu pai o presente. —
ração de um a m enina na m a n h ã de “ A m anhã será o mais belo N atal de
N atal. Não, eu preciso levar êsse tod os” , disse ele com co n v icçã o .
assobio” . Traduzido por
P egou o apito e rapidam ente v o l
tou para on de se a ch a va seu p a i. A Elias Cassas Peinado.
FELIZ NATAL
— 276 —
ESCOLA Do m in ic a l
ELDER ROBERT E GIBSON
VERSO SACRAMENTAL P AR A O
MÊS DE JANEIRO ENSAIO DE CANTO PARA O MÊS
A tende as nossas petições, DE JANEIRO
Tu, que és divino am or;
“ Suave é o T ra b a lh o” .
A um enta em nossos corações,
H inário — P ágina 17.
De fé um santo ardor.
SUAVE É O TRABALHO
H ino p or Isaac W atts.
M úsica p or John J . M cC lellan.
— 279 —
José Smith (Continuação da pág. 268) tando- liderança espiritual, do que foi
zou a Igreja de Jesus Cristo, 6 de Abril feita contra José.
de 1830. Pseudos-amigos haviam condenado-o
Então começou a perambulação do com verdades semi-ditas e louvores irô
moderno Israel com uma vagarosa nicos.
multiplicação de seus membros o que Cada ato, palavra, e obra dele tem
durou, na éra de José, não por qua sido investigado minuciosamente para
renta anos, com o o velho Israel, mas se encontrar um ato equívoco, uma pa
dezesete anos até que os Santos dos lavra casual, uma obra negligente afim
Últimos Dias achassem refúgio final e de causar suspeitas, zombarias, e tudo
uma paz comparativa nas Montanhas para destruí-lo e o seu trabalho.
Rochosas. Ainda mais — falsidades foram con
Eles foram de Nova York, a Pennsyl- tadas usando os fatos com a intenção
vania, depois a Ohio, depois a Missou- de falsificar a verdade; situações fal
ri, depois a Illinois, todos sob a che sas foram inventadas, registros dos tri
fia do profeta, — 14 anos de grandes bunais têm sido inventados e usados
provações, grandes pcbrezas, persegui com o as bases de livros inteiros de de
ções de tôda prova. Os passos de José clarações falsas e vis.
eram seguidos com opressões cruéis, Nascido, e servindo no mundo m o
perseguições sem fundamento; com derno, com comunicações modernas e
amizades falsas e destruídas dos homens uma imprensa com liberdade completa
com os quais, ele confiava até a própria para imprimir as suas palvaras, tudo
vida; com a apostasia de alguns scbre que ele fez e deixou de fazer, as suas
os quais ele confiou em demasia, — 14 atitudes e pareceres, e expressas e pre
anos de pilhagens, arruaças, incêndios, sumidas, as suas fraquezas (e era so
forçados a abandonar, estupros, e vio mente hum ano), e com negação de li
lências às mulheres, para ele e seu berdade das suas virtudes ele supor
povo, e em tudo aquilo em que ele to tou uma publicidade que nenhum ou
mava completa parte. Finalmente veio tro líder de uma dispensação, nem lí
o seu martírio, nas mãos de uma mul der de uma reform ação precisava su
tidão, contra quem o Governador de portar .
Illinois havia prometido, protegê-lo de
No inferno não há arma tão vil que
ira e dos seus planos sanguinários. A s
não tem sido usada, e tornada a ser
sim selou o seu testemunho com o seu
usada contra ele.
sangue aos 38 anos de idade, ainda mais
jovem do que quando cs seus grandes As escrituras que ele nos deu por
predecessôres, os líderes das outras tradução e revelação, têm sido aplica
dispensações, chegaram ao princípio do das a todos os testes que vil ingenui
seu trabalho. dade podia inventar. Estas escrituras
Ainda, durante^ todos estes anos, ele têm sido as beneficiárias de ataques
estava perto do Senhor, como Moisés; tão vigorosos com propósitos tão m a
ele tinha dias após dias de grande jú lignos e intencionalmente destrutivos
bilo e exaltação espiritual, quando o com o qualquer que tem sido dirigido
Senhor falou-lhe como um amigo, contra a própria Biblia. Ambas escri
quando recebeu, para ele mesmo e o turas têm sido as vítimas das mais in
seu povüí de acôrdo com as necessida tensas guerras manifestadas e cam ou-
des, as revelações do Senhor Deus O fladas por atêios até agora dirigidas
Todo-Poderoso. Ele tinha dias de muita contra qualquer livro na história do
aflição e tribulação, mas nunca um dia mundo; ainda ambas suportaram todos
de dúvida. os testes, ambas repeliram cada ataque.
Nunca foi feita uma guerra de ca Que as escrituras de José eram e são
lúnia e abuso mais implacável contra os recipientes dos mesmos assaltos que
qualquer homem afirmando e manifes foram dirigidos contra a Biblia é um
— 280 —
testemunho que Santanaz reconhece W oodruff o. lenço, o qual abençoou, e
que as duas escrituras — a Biblia e Irmão W oodruff passando-o nas testas
as traduções e revelações do profeta — febris dos aflitos, curou-os mesmo como
são iguais, contendo os mandamentos nos dias antigos quando os doentes fo
do Senhor aos homens. ram curados pelos lenços ê aventais
Pergutamos àqueles que dão pouco trazidos do corpo de Paulo (Atos 19:
valor a José, e que levam a sério ou 11 ).
caçoam o seu trabalho e os seus en A sua fé conheceu somente os limi
sinamentos, darem atenção para estes tes que Deus colocou sobre ela, pois
fatos: Deus não dá a ninguém uma fé que
Tendo um verdadeiro espírito mag possa frustrar os seus propósitos, e sa
nético atraiu para si, ainda enquanto bedoria infinita, ou alterar o curso que
moço, homens adultos de experiência, e Ele delineou.
de instrução muito maior do que ele Pedimos àqueles que caçoam e zom
possuia. bam, a considerarem que enquanto or
A sua própria família cedo acreditou ganizava e fortalecia a Igreja; enquan
nele, embora que a família seja muitas to conduzia o seu povo, forçados a
vezes a última para reconhecer supe abandonarem lugar após lugar por la-
rioridade espiritual num dos seus mem mentaveis e algumas vezes sanguiná
bros. (Parece que os irmãos e irmãs rias perseguições; enquanto- planejava
de Jesus não o aceitaram até depois da e dirigia a construção de cidade após
sua cru fica çã o ). cidade, e o erguimento de grandes edi
Enquanto o seu trabalho efetivava- fícios públicos, o povo sempre estando
se outros grandes homens deram a José em grande pobreza, e ninguém mais
fidelidade, e respeito completo', obe pobre do que ele, produziu uma escri
diência e honra — Brigham Young, tura (por tradução e revelação) que é
Heber C. Kimball, Willard Richards, quasi três quartos do tamanho do ve
Daniel H. Wells, Jedediah Grant, W il- lho e novo testamento conjuntos; que
ford W oodruff, John Taylor, Lorenzo o Livro de Mórmon só, contem um vo
Snow, os Pratts e muitos outros. cabulário de 5.500 palavras diversas
Ele era um homem de qualidades de — (José era um moço de 24 anos, sem
liderança sem rival. Do desastre de instrução form al quando terminou este
Zion’s Camp (Campo de Sião), e do liv r o ); que as suas escrituras contêm
meio daqueles que o seguiram num muitas passagens da mais excelente li
exército para lutar se precissem pela teratura; que não há uma história exó
posse das suas terras em Jackson Coun- tica por incidência erótica em todas as
ty, e atacados por praga, voltaram um escrituras que produziu, mais que se
por um, ou em pequenos grupos desor pode dizer da Biblia; que o Livro de
ganizados, ele sentiu-se suportado com Mórmon é quasi quatro vezes maior
ainda maior confiança e devoção de seu que os cinco livros de Moisés; que a
povo, pois, enquanto alguns criticavam maior parte do trabalho de José, o Li
o povo em geral e 05 maiores homens vro de Mórmon, foi feito em talvez nâo
do acampamento ainda estimavam-no mais de 6 ou 8 mêses; que a sua escri
como o sumo-sacerdote da Igreja, o tura inteira foi produzida durante um
profeta, vidente, e revelador do Senhor período de uns- 17 anos (1827-1844), e
para com o seu povo. Poucos homens a maior parte dentro de 12 anos (1827-
na história sobrevieram tal desastre. 1839); que estas escrituras estão cheias
Grande era a sua fé, como naquele de referências e alusões à Bíblia, que
dia de milagres nos brejos ao lado do ro dizer, as referências do Livro de
Rio Mississipi, quando exausto, pois “ a Mórmon ao,s livros da Biblia existindo
virtude tinha deixado-o enquanto cura antes da catividade de Israel, embora
va os muitos doentes, ele deu ao Irmão o Livro de Éter, escrito por pessoas
— 281 —
sem conhecimento dos livros da Biblia, mia, e da constituição da matéria.
mesmo os Livros de Moisés, não con Quero citar-lhes os grandes dramas
têm nenhuma referência à B ib lia . que escreveu, — de Nephi, Alma, He-
Com tôdas as suas caçoadas, risadas, laman, o irmão de Jared, Mórmon, M o
mofas, defamações, os seus desejos per roni, e muitos outros que nos dizem
versos e falsidades, um milhão de pes são as resultados de inspiração divina,
soas honram e veneram a José; este e por qual todos os incrédulos hostis
povo tem um conhecimento espiritual que negam-lhe revelação de Deus, pre
de que ele era um profeta do Deus cisam reconhecer a sua autoria e gê
vivo; que fundou sob a direção do Se nio creativo, assim proclamando a sua
nhor a Igreja de Jesus Cristo dos San grandeza, ou precisam produzir outros
tos dos Últimos Dias; que sêres celes que são ois autores reais, e não há ou
tiais mandados pelo Todo Poderoso, tros. O trabalho era seu, feito de bai
conferiram sobre ele o Santo Sacerdó xo da inspiração do Todo P oderoso.
cio de Deus. Os difamadores de José precisam
Embora as dificuldades e tribulações apoiar-se neste ou naquele dilema por
com as quais ele e seu povo estavam que mais de 100 anos de realização sem
aflitos, dias após dias, sempre esfor igual da Igreja que ele organizou e do
çaram -se no trabalho missionário da povo que o venera com o profeta, vi
Igreja — ele mesmo repetidamente dente, e revelador de Deus, Todo P o
saindo para o campo, missionário — e deroso, não podem ser dispensados
que mesmo nas horas mais terriveis os com o coisas sem importância.
adeptos multiplicaram-se rapidamente, E agora ao. findar estas palavras, eu
e a lealdade devotada a José foi básica dou em toda a humildade meu próprio
para os Santo,s dos Últimos Dias. testemunho que José Smith foi o ins
Chamo a atenção deis difamadores de trumento nas mãos de Deus para esta
José para o fato que mesmo enquanto belecer a Igreja de Jesus Cristo dos
longe do povo, preso sem razão numa Santos dos Últimos Dias nesta dispen-
cadeia vil, era ainda o seu líder, o povo sação. da Plenitude dos Tempos pela
ainda tinha fé e esperança nele, eles última vez nesta terra; que através de
obedeceram os seus ensinamentos, não José o Evangelho de ,/esus Cristo e o
com o gente débil dominada por intri Santo Sacerdócio foram restaurados na
gas, mas como homens e mulheres nor terra, e ainda estão entre o povo de
mais entre os quais eram tais gigantes Cristo na ,sua Igreja; que José era, e
mentais e espirituais como já m encio é um profeta, vidente e revelador do
nei — Brigham Young e uma multidão Mais Sagrado; que o Evangelho Res
de gente. Peço os inimigos de José a taurado de Cristo salvará e exaltará
voltar a sua atenção para a perfeita todos aqueles que acreditarem e obede
diretriz e olhar no seu plano para abo cerem os seus princípios; e que não há
lir escravidão, as suas visões do No outro caminho de baixo dos Céus pelo
roeste dos Estados Unidos, seus concei qual o homem possa ser salvo e exal
tos dos princípios de governar, como tado — somente por seguir os ensina
ele deixou escrito, e na organização mentos restaurados do Cristo com o re-
maravilhosa da própria Igreja; a sua veladados e restauradados pelo Profeta
avaliação e estimação da Constituição, José Smith.
e a form a de govêrno dos Estados Uni Eu dou e apresento este testemunho
dos; as idéias dele de economia básica no nome do Redentor do mundo, Jesus
com o contidas no plano do United Cristo, e chamo a todos que ouvirem-
Order, e o cuidado dos pobres; a sua no ou lerem -no, a escutarem bem a sua
compreensão dos problemas de admi significação. Amém.
nistração e os seus princípios básicos;
os seus conceitos científicos da astrono Traduzido pelo Elder Harry M axwell
— 282 —
AS D Á D IV A S DAS CRIANÇAS
Personagens:
RUTE e JOÃO, crianças camponesas
D A V f, um pequeno pastor
M ARIA, filha de um pastor
OS TRÊS REIS MAGOS
VESTUÁRIO:
O vestuário de Davi é de tecido
grosso e simples. Um pedaço de fa
zenda grande e quadrado, deve ser enro
lado em sua cabeça, em estilo oriental.
João veste roupa idêntica à de Da
vi, porem mais pomposa e rica.
Maria e Rute devem usar mantos
longos com bastante fazenda com véus
coloridos aplicados sobre as cabeças e
caindo pelas costas em estilo oriental.
Os três Reis Magos vestem mfintos
orientais e turbantes. Pedem ser uti
lizados roupões coloridos com faixas PARTICULARIDADES:
tambem coloridas e aplicadas na cin Para o I ato pode se fazer um poço
tura. facilmente com caixas vasias forrando-
Todos participantes devem represen se as partes exteriores com papel de
tar sua parte fazendo transparecer hu embrulho pintado de tal forma que
mildade. Devem usar tambem, sandá pareçam pedras. Devem ser- colocados
lias afim de simular os hábitos orien no poço um balde com uma corda ata
tais. da e um cântaro grande. Dentro do
poço devem ser colocados um balde
I ATO
com água e algumas vasilhas para Ma
Um poço perto de Belem. Rute ar ria dar aos Reis Magos.
rumando um bouquet de flores. Maria Para o II ato a mangedoura deve ser
sentada ao lado do poço, Davi em pé, feita de uma caixa vasia de maçãs com
perto dela inclinado, levemente apoia duas cruzetas pregadas no fundo, cheia
do' nas mãos. de fe n o .
------ x
M ARIA: Oh, que bonitas flores você zir as ovelhas ao mercado esta manhã.
tem Rute! U ff! Estes dias a cidade tem estado
(João entra com um cesto de uvas tão agitada!
no braço) JOÃO: Porque!
RUTE: Eu tamém as acho bonitas. OS OUTROS: Você não sabe?
A cabo de colhe-las no campo. JOÃO: Não. Não tenho ouvido nada
(Ela olha João.) Que tem você em de anormal.
seu cesta' João? DAVÍ: Meu pai viu um anjo.
JOÃO: (sentando-se sobre a borda M ARIA: E meu pai tambem viu
do p o ç o ): Uvas. Papai as venderá para esse anjo.
mim no mercado de Belem. JOÃO: Conte-me com o foi.
DAVÍ: Eu ajudei Papai a condu- M A RIA : Uma noite nossos pais es-
— 283 —
tavam vigiando as ovelhas. Reinava o RUTE: Como soubestes o caminho?
mais completo silêncio nas pastagens. TERCEIRO REI MAGO: Uma estre
O céu estava azul e as estrelas nele la brilhante e bela surgiu no céu e vie
cintilavam com fulgor. Repentinamen mos seguindo-a.
te um A njo apareceu. SEGUNDO REI M AGO: Deixamos
JOÃO: Eles não se assustaram? os camelos na encosta da montanha.
M ARIA: Sim, assustaram-se, até Eles podem se extraviar.
que o A njo falou. DAVÍ: Se quizerdes podereis tra
JOÃO: Que disse o A njo? ze-los aqui. Daremos água a eles tam
M ARIA: O A njo disse, “ Não temam, bem.
Eu vos trago notícias de grande júbilo. TERCEIRO REI M AGO: Somos gra-
Vosso Rei nasceu hoje na cidade de . tos, meu filho.
Belem.” PRIMERO REI M AGO: Através de
JOÃO: enfàticam ente): Meu avô toda viagem não encontrei crianças
frequentemente tem dito que nosso mais generosas que estas! Por isso hão
povo tem esperado por um Rei duran de ver nosso Rei um dia.
te muitos anos. Que mais aconteceu SEGUNDO REI M AGO: Traremos
naquela noite? já nossos camelos.
DAVÍ: Então, muitos anjos apare (Os três se vão.)
ceram e cantaram uma canção lindís RUTE: Oh, se eu pudesse ir ver o
sima. Papai disse que nunca havia Rei!
ouvido antes música tão suave e bonita. M A RIA : Nós não poderíamos ir?
RUTE: O que eles cantaram, Davi? DAVÍ: Eu estou certo que sim .
DAVÍ: “ Glória a Deus no infinito, Belem não fica muito distante daqui.
paz na terra e boa vontade aos justos” . M ARIA: Mas os Reis Magos têm lin
JOÃO (anciosam ente): Oh, eu gos dos presentes. Nós não temos.
taria tanto de poder ver o nosso recem - RUTE: Eu poderia oferecer-Lhe m i
nascido Rei! nhas belas flores.
OS OUTROS: Nós tambem. JOÃO: E eu o cesto de frutas.
M ARIA (erguendo-se e apontando RUTE: Você tem algum presente
para fora do p a lco): Olhem quem está Davi?
chegando! DAVÍ (com relutância): Tenho
RUTE (assomando-se fora do p a lco): apenas meu carneirinho. (ardentemen
Três homens! Parecem cançados. te ): Quero-o tão ternamente, mas eu
(Os três Reis Magos entram.) o darei com toda alegria ao Rei.
D AVÍ: Salve, Peregrinos! M ARIA (soluçando um p o u cc): Eu
REIS MAGOS: Bom dia, crianças! não tenho presente. Não posso ir.
PRIMEIRO REI M AGO: Podemos RUTE e JOÃO (desolados): Não tem
tomar um pouco de água, meus filhos? presente!
M ARIA: Pois não. Eu vos darei M ARIA: Somente uma pequenina
água. moeda. Eu não poderia dar esse insi
(Ela retira lentamente água do poço gnificante presente ao Rei.
e lhes dá. Todos três bebem e agra JOÃO: Pois eu acho que sim, Ma
decem-lhe.) ria. Ele saberia que é tudo quanto
PRIMEIRO REI MAGO: Digam-me, você tem. Ninguém pode exigir mais.
Belem é longe daqui? M ARIA (enxugando os olh os): Eu
DAVÍ: Não. Vós podereis chegar me sentiria feliz em dar tudo que pos
alí pelo anoitecer, seguramente. suo ao nosso Rei.
SEGUNDO REI M AGO: Nós estamos RUTE: Nós perguntaremos esta
muito fatigados. Viajamos muitos dias noite se podemos ir.
para trazermos os presentes ao nosso JOÃO e M ARIA: Também pergun
Rei. taremos h oje.
— 284 —
DAVÍ: Bem, vou puxar água para igrejas que procurava era a verdadei
os camelos. ra, mas que o Evangelho em sua ple
M ARIA: Eu ajudarei você. Os ca nitude iria ser restaurado., e que ele
melos bebem muita água, você sabe. seria eleito com o um instrumento para
— C O R T I N A — essa restauração e restabelecimento da
II ATO verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Foi
Estábulo em Belem. Tantas crianças então ordenado a se preparar para o
quantas forerr), prechas. trabalho que lhe devia caber, como
Crianças ajoelhadas ao redor de uma tambem lhe foi prometido de que essa
mangedoura. Cada um segura seu pre visita se repetiria para novas instru
sente. Os três Reis Magos de pé, cada ções.
qual segurando seu presente e olhan Quasi que completamente vencido
do em direção à mangedoura. Cantam por essa grandiosa experiência, ele vol
suavemente, “ Noite -Feliz” . tou com grande dificuldade à sua casa,
(Iluminar com luzes azuis para se relatando o acontecimento a seus pais.
obter maior eficiência nesta c e n a ). Nos anos que se seguiram, enquanto
trabalhava como simples ajudante nos
— F IM —
trabalhc-s de uma fazenda, ele teve di
versas visitas Celestiais e em 1823, foi
O Mormonismo
dirigido por um mensageiro Celestial a
(Continuação da pág. 274) uma colina próxima ao lugar em que
mília era pobre e não podia ministrar- residia, hoje conhecida como Monte
lhe os estudos, mas ele era inteligente Cumorah, onde lhe foi mostrado uma
e tinha algum conhecimento sobre a caixa de pedra escondida, contendo
B íblia. placas de ouro, sobre as quais haviam
Nessa perplexidade, lia ele uma pas gravações históricas acompanhadas de
sagem do livro de Tiago: “ Se algum instrumentos para a tradução, todos de
de vós tem falta de sabedoria, peça-a origem da antiguidade. Depois de al
a Deus, que a todos dá liberalmente, e gum tempo essas placas e os instru
o não lança em rosto, e ser-lhe-á mentos lhe foram entregues, quando
dada.” Ele acreditou que poderia con então ele passou árduos mêses na tra
fiar nessa promessa, indo a uma flo dução desses símbolos da antiguidade,
resta próxima para orar. Escreveu um gravados nas mencionadas placas. Ele
minucioso relato a respeito do qual so testifica ter feito as traduções com a
mente a parte mais substancial pode ajuda dos instrumentos que acompa
ser dada aqui. nhavam as placas e com certos dotes
Ele disse que quando se ajoelhava espirituais que lhe foram dados. Teve
para orar, foi tomado repentinamente ajuda para escrever as traduções,
de inesperada e terrível força, que o e um número de outras pessoas
prostou violentamente ao solo, pare vieram ver essas placas e as manipu
cendo ameaçar sua vida. Depois de laram. O resultado desses trabalhos
lutar com essa força por um tempo que foi a produção de um livro impresso
lhe pareceu muito longo e quando se e publicado em Palmyra, Nova York,
sentia quase vencido por ela, viu, re chamado “ O Livro de M orm on” .
pentinamente, uma visão em sua fren Durante o tempo em ' que ele se
te, de duas gloriosas personagens em ocupou com a tradução das placas a
forma de homens, suspensas no espa subsequente publicação do livro, foi
ço. Nesse memento, lhe foi dado. a alvo de grandes perseguições, afrontas
conhecer que uma delas era Deus, o e injúrias públicas, devido às afirma
Pai, sendo que essa lhe apresentou a ções que fazia de ter tido revelações,
outra como Seu Filho. Essas persona divinas e ter recebido encargos de Se
gens disseram-lhe que nenhuma das res Angélicos.
— 285 —
Logo após a publicação do livro de tória de sua vida se parece com a do
M ormcn e em conseqüência de instru Salvador, eujo representante cs seus
ções recebidas de fonte divina, ele e 6 seguidores o consideram .
outros membros, organizaram a Igreja A Igreja estabelecida por José Smith,
de Jesus Cristo dos Sai tos dos Últimos com tão rápido crescimento., não m or
Dias, a qual a 6 de Abril de 1830, co reu com ele, mas a oposição e perse
meçou a existir scb as leis do Estado guição por ele encontrada, persistiu.
de Nova York. Afirm ou ele que men Houve uma grande pressão por parte
sageiros divinos conferiram -lhe e a um da oposição e eles foram obrigados a
associado, a autoridade dó Santo Sa se transportar de Nova York a Ohio,
cerdócio, o- qual havia existido na pri de Ohio a Missouri e de Missouri a
mitiva Igreja e que sob esse sacerdó Illinois. Neste estado foram obrigados
cio e comissionado por Jesus Cristo, a se retirar da bela cidade de Nauvoo,
ele e seus associados foram batisados a maior cidade daquele estado naquela
e confirmados na veredadeira Igreja do época, de onde os seus líderes, sob o
Senhor. Com essa autoridade, outros comando de Brigham Young foram
foram batisados na Igreja e dentro de conduzidos em direção ao oeste para as
um ano aproximadamente, 1.500 mem Montanhas Rochosas. José Smith ha
bros, que deram crédito aos seus rela via predito que eles iam se estabelecer
tos, foram trazidos para a Igreja. ali. A sua ocupação do deserto do oes
Este jovem tinha somente 25 anos te é bem conhecida. De sua adminis
quando a Igreja foi organizada, tendo tração central no vale da grande Cida
ele vivido até a idade de 39. Duran de do Lago Salgado, mandaram mis
te seu breve curso de vida, esse homem sionários para quase todos os recantos
fez com que os novos aderentes à Igre do mundo civilizado. O seu cresci
ja fossem em missões para numerosas mento tem sido fabuloso, aumentando
partes do mundo, do- que resultaram de centenas e milhares os seus mem
novas conversões. Antes de sua m or bros, tendo as estatísticas oficiais dos
te a Igreja contava com 20.000 mem EE. UU. reportado que essa é a Igre
bros. Através de revelações, ele aper ja de mais rápido crescimento nesse
feiçoou a organização da Igreja, da país, de acordo com sua população.
mesma forma com o no tempo do Em mais de cem anos ela nunca aban
Salvador. Recebeu as revelações das donou nem se divergiu da organiza
quais fez novos volumes de escri ção e dos princípios que lhe foram da
turas. (Vejam “ Dadcs Biográficos da dos por José Smith. Todos os seus
Vida de José Smith” ). Predisse que líderes construíram sobre bases estabe
seu nome iria ser conhecido por bem lecidas por ele. O seu sistema social
ou por mal sobre toda a terra. As suas elaborado, as extensas possessões da
palavras já se tornaram realidade. Igreja e mesmo em propriedades co
Teve que defender em juizo mais de merciais, a sua importância no desen
40 acusações infamadas durante a sua volvimento das vidas e comunidades,
existência, tendo sempre sido absolvi a sua única e característica doutrina,
do. Uma dessas acusaçõe torhou-se a lealdade e fidelidade de seus m em
de considerável hostilidade, tefldo ele bros e sua história de sacríficio e de
que enfrenta-la sob adequada proteção dicação quasi sem paralelo, são todos
do governador de seu estado. A pro atributos originados da inspiração, re
teção prometida falhou, no eritretantò, velação, devoção e poder espiritual de
tendo sido assassinado friamente por um homem jovem , modesto, fiel e sem
um vagabundo, revoltado, tornando-se’ escola chamado José Smith, o Profeta
mártir da causa que defendeu. Este dos Últimos Dias.
homem foi José Smith, o profeta e fun (Traduzido por O. E. Jans com a
dador da Igreja dos Mórmons. A his cooperação de B. Nogueira) .
— 286 —
Porto Alegre Haviam deixado uma casa alugada
pouco tempo antes da sua partida. A
“ Das internas montanhas do grande
saida fora feita rapidamente e os pou
vale do Lago Salgado, a Igreja de Je
cos haveres que tinham foram deixa
sus Cristc dos Santos dos Últimos Dias
dos muito em desordem.
apresenta, a seguir, pelas ondas da Esperando essa mesma cena na vol
PRF-9, Rádio Difusora Porto Alegren- ta, eles entraram em casa e tiveram
se, o grande côro e órgão do Taber- uma grande surpreza. Nas palavras do
náculo Mórmon para inspirar esta san Elder John L. Hilton: “ Ao chegarmos
tificada m anhã. . . ” em casa, encontramos a luz acesa e vá
Assim, aos Domingos, vai pelo ar um rios membros (recentemente converti
programa radiofônico dirigido ao povo dos) e amigos arrumando a casa. Umas
Gaúcho, apresentado pelos missioná moças estavam cozinhando o jantar.
rios que trabalham no distrito de Perto Encontramos na prateleira, em vez do
Alegre. espaço que havia, comida enlatada, pa
Faz quasi 3 mêses que a mensagem nelas de todos os tamanhos com tam
do Evangelho restaurado está sendo pas, pratos, tigelas, talhares, chícaras e
transmitida aos riograndenses. Todos quasi todos os utensílios imagináveis
os Domingos às 8:30 horas, um linde para cozinhar.
hino da Igreja anuncia o começo de Os membrois que fizeram tudo por
mais uma meia hora de “ musica e a sua própria iniciativa tambem nos pro
palavra falada” do grande Tabernáculo porcionaram uma mesa com toalhas e
situado no meio do quarterrãc do tem guardanapos bordados. Para estabele
plo no coração da Cidade de Lago Sal cer os Elders em sua casa nova até ca
gado, Estado de Utah. A música cons mas nos foram dadas. Eles hão om i
ta de gravações enviadas pela comitê tiram nada com o comida, utensílies e
de publicidade e música da Igreja. A provisões. Ficamos tão felizes e agra
“ palavra falada” consta de comentários decidos que lágrimas quasi nos vie
sobre a música, a Igreja e de pensa ram.”
mentos inspiradores de Richard L. Temos, ouvido muito do progresso, e
Evans do Conselho dos Setenta. bem espirito que existe lá no Rio. Este
Os locutores são Amrni Sherer e João ato de bom Samaritano para com os
Torgan. O “ script” é preparado pelos missionários é sinal de que estamos co
missionários, membros e amigos do dis lhendo os frutos do Evangelho.
trito o qual inclui os ramos de Porto
Alegre e Novo Hamburgo. Joinvile
Dale S. Bailey. Enquanto os Elders do ramo em Join
ville ficavam avaliando o terreno do
Rio de Janeiro
quintal atrás da Igreja, eles pensavam
“ Pelos seus frutos os ccnhecereis.” em com o poderiam aproveitá-lo.
Os Elders do Rio ao voltarem da con Estavam pensando em poder cons
ferência geral dos missionários apren truir alguma coisa que interessasse a
deram o significado destas palavras. juventude de Joinvile. Investigando,
Eles colheram, o que plantaram antes descobriram que os esportes prediletos
de terem ido para São Paulo. eram cestobol e voleibol. Então deci-
— 287
'' diu-se que um campo de cestobol e vo Novo Hamburgo
leibol seria ccnstruido.
A pesquisa dos materiais com eçou. Faleceu aos 71 anos, no dia 22 de
Outubro o nosso bom membro e pre
Primeiro uma base de pedra foi neces
sária. O dono duma pedreira foi pro sidente do ramo de Novo Hamburgo,
Irmão Anton Behrens após uma enfer
curado e dis e que podiam ter gratui
tamente as pedras necessárias se pu midade de alguns mêses. Além da sua
dessem transportá-las. Aqui apresen esposa Eva Schreiner Behrens, ele dei
tou-se uma dificuldade, pois o orçamen xou três filhos e uma filha. Sua fi
to requereria 25 carregamentos de ca lha Maria Magdalena Behrens mora
minhão para terminar a base do cam com a família em Novo Hamburgo.
po. Enquanto estavam refletindo sobre Irmão Behrens nasceu em Apatim,
a maneira pela qual poderiam arran Iuguslavia, no dia 7 de Dezembro de
jar caminhões, foi sugerido pedir o au 1876. Ele se casou com Eva Schreiner
xilio do exércitc. Em troca para o uso em 1899. Há 16 anos atrás eles vieram
dos caminhões, os Elders mostrariam juntos para o Brasil, e estabeceram-se
filmes apropriados a 0,3 soldados. na comunidade de Novo Hamburgo.
O comandante do exército deu plena Trabalhando com vim e ele ganhava a
cooperação e as pedras foram transpor vida para sua família. Ele encontrou
tadas. os missionários em 1938 e ao ouvirem
a mensagem por eles trazida, ele, sua
Os missionários com o auxílio do pes
soal da Igreja, espalharam as pedras esposa e sua filha entraram na Igreja
e a terra e aprontaram o campo para de Jesus Cristo. Elders Louis E. Buhr-
ser aplanado com rôlo. Esta tarefa ley e Harold M. Rex cs batisaram no
necessitou um rôlo. Pediram ao Pre- dia 16 de Junho de 1938 .
feto de Joinvile que lhes emprestasse Quando a guerra começou e os mis
um rôlo usado pela Prefeitura da c i sionários foram obrigados a voltar para
dade. O Prefeito cooperou fornecendo servirem nas forças armadas, o presi
um rôlo que lhes foi entregue na por dente da missão William W. Seegmiller
ta de casa. Os membros, as crianças em 1943 ordenou-o ao Sacerdócio Mel-
de primária, e todos mais tomaram quizedec e encarregou-o do ramo em
parte ativa para completar esta fase Novo Hamburgo como presidente. Du
da construção. rante a época da guerra os membros
deste ramo reuniram-se em sua casa
A areia necessária para cobrir a área
para realizar reuniões. Devido à sua
tambem apresentou um problema até
grande obra em encorajar cs membros
que surgisse a idéia para que fossem
à ficarem fiéis, a sobrevivência do ramo
buscá-la no rio. Os missionários foram
foi assegurada.
com pás, baldes e carrinhos de mão ao
Os membros da Igreja, os missioná
rio e logo se resolveu esta dificuldade.
rios e os amigos lamentam muito a par
Outro exemplo de engenho foi a bus
tida deste homem de Deus.
ca de trilhos da companhia ferroviária
para fortalecerem as tábuas. A final o
Santos
campo completou-se sem haver muitas
despesas. No Domingo, dia 17 de Outubro, rea-
Agora torneios estão se organizando lizou-se a segunda conferência trimes
com times que contam com jogadores tral do progressivo ramo de Santos.
de todas as idades. Enquanto o sol brilhante da prim ave
A realização deste campo de cesto ra aquecia a sala, as palavras do Pre
bol e voleibol trazendo boa recreação sidente Harcld M. Rex, o solo voèal
à juventude de Joinvile demonstra os pelo Elder Lynn Pinegar e o solo de
resultados obtidos pelo trabalho árduo, órgão pelo Elder Warren J. W ilson co
cooperação e fé no auxílio dos Céus. moveram os corações dos presentes.
— Boyd H. Lee. ' Uma numerosa assistência com pare-
— 288 —
D
E
S
P
E
D
I
D
A
E ld ers G rant C. T u c k e r , D onald F. G o ld , W arren J. W ilson, C e c il J. Baron e B y non
S D. T hom as, em en trev ista co m am igos do jo rn a l " A G a ze ta ” . (E ld er J essie, L .
M c C u lley a u sen te)
Terminaram as suas missões de dois Io, Ribeirão Preto e Ipomeia. Ele vai
anos e meio seis dos primeiros missio recomeçar as atividades n a . sua paró
nários que voltaram após a guerra. quia em Rigby, Idaho.
Durante esse período realizou-se gran Entre os primeiros três que chega
de prcgreeso na Missão Brasileira. Eles ram depois da guerra, estava Elder
foram responsáveis pelas aberturas de Tucker que durante dois anos e meio
muitos distritos e ramos novos. Parti trabalhou em Campinas, Piracicaba,
ram do Brasil no primeiro dia de No Curitiba, Ribeirão Preto, Ipomeia e
vembro pelo vapor S. S. Brazil do per Rio de Janeiro. Ele volta a sua resi
to de Santos . dência em Cedar City, Utah.
Elder Wilson que finalizou a sua Elder McCulley terminou o seu
missão publicando “ A Gaivota” ocupou tempo no Brasil trabalhando em San
a posição de secretário da missão e tra tos, e ante,} disso nos ramos em Cam
balhou nos distritos de São Paulo e pinas, Piracicaba, Porto Alegre e São
Porto Alegre. Agora ele está voltando Paulo. Ele reside na comunidade de
ao seu lar em San Diego, Califórnis . M ilford, Utah.
Elder Baron começou a sua missão Elder •Thomas trabalhou em cinco
em Campinas e trabalhou nos ramos dos ramos no Brasil, — em Campinas,
seguintes: Joinvile, Curitiba, São Pau- Joinvile, Santos, Sorocaba e Ribeirão
Preto. Depois de uma missão de su
ceu à reunião: o maior grupo jamais cesso ele vclta ao seu lar em Santa-
reunido no novo ramo de Santos. quin, Utah.
Nctou-se muito progresso neste ramo Elder Gold volta a Salt Lake City,
desde a inauguração em Maio deste Utah depois de cumprir a sua missão
an o. durante a qual trabalhou como secre
O presidente do ramo Elder Jack tário da missão, e nos ramos de Porto,
Bowen relatou que os missionários en Alegre e Rio de Janeiro.
contraram uma sala maior e estão pla Queremos aproveitar esta oportuni
nejando a abertura dá Associação de dade para lhes dar o,s nossos agrade
Melhoramento Mútuo. cimentos por sua boa obra realizada
Os nossos parabéns e bons desejos, no Brasil, e desejar que as bênçãos do
Santos! Senhcr os acompanhem.
ONDE COMEÇA A PAZ
Por Vesta P. Crawford
“ D eixo-vos a paz, a minha paz vos nessas vidas têm que eitar em ordem
dou: não vo-la dou com o o mundo a antes que possamos ser exemplos que
dá. Não se turbe o vosso coração, merecerão a estima dos demais e terão
nem se atem orize” (João 14:27). influência para criar a harmonia no
mundo.
A aspiração- pela paz está sempre A paz, contudo, compreende o velho
conosco, um desejo urgente daqueles ensinamento: eu seu o protetor do meu
que procuram o verdadeiro siginifcado irmão. Nenhum grupo pode gozar da
da vida. Especialmente no tempo de paz ideal quando existem deficiência e
Natal nossos corações se enchem com falta de segurança entre os seus mem
a vontade forte de ver o estabelecimen bros. Este princípio foi claramente
to da paz sobre a terra, para que ou entendido por nossos primeiros líderes
tros dons possam ser acrescentados. da Igreja e é reconhecido hoje em dia
O caminho à paz, entretanto, não é em vista do programa extensivo e efec 7
facilmente percorrido; o caminho à paz tivo do “ Bem Estar,” e da unidade que
é pouco conhecido. E’ o meie que pou liga os membros da Igreja em propó
cos indivíduo', a minoria das nações sito comum.
têm encontrado. O mundo, em todo, Uma nação que não estabelece paz
nunca o conseguiu. no seu próprio país é fundamentalmen
Há muito tempo, na região monta te fraca seja o que fôr c poder na su
nhosa da Judéia, o Salvador ensinou perfície. Quando sacrificarem a força,
que a paz devia começar com o indi o bem estar e a oportunidade pela dis
víduo. Devia ser primeiramente uma córdia, começí rão a desmoronar os al
realização espiritual. Quando todos os tos e fortes muros duma nação.
valores intrincados sãc ponderados e Neste tempo de Natal vamos nos
dados a sua proporção própris, então lembrar do significado da mensagem
a paz pessoal se estabslece.
dos anjos que foi dirigida a todos os
Não depende completamente da hora, homsns em todos os lugares. Temos
do lugar ou da época, nem das condi que orar pela p l z mundial. Nenhum
ções pelas quais a pessia sabe que pode outro objetivo menor satisfará as nos
controlar o seu des.ino espiritual. Como sas mais altas esperanças. É para a
Paulo, o apóstolo explicau, “ a inclina paz mundial que se animam os cânti
ção e piritual é vida e paz” (Romanos cos de alegria. Os cantores da noite
3:6) . de Natal pensam na paz mundial en
Todavi", o indivíduo não anda só. As quanto cantam cs hinoj favoritos de
fase; da vida parecem-se às ondulações m uit.s nações.
feitas por uma pedrinha atirada no Por que um menino nos nasceu, um
lago plácido. Cada ondulação cresce e filhe se nos deu; e o principado está
torna-se parte do círculo maior. Cada sobre os seus ombros: e o £eu nome
família bem ajustada e harmoniosa traz será: Maravilhoso, Conselheiro. Deut
parentss, emigos e grupes ;ocisis num forte. Pai da eternidade, Príncipe da
círculo sempre crescente em acôrdo. paz. (I aías 9 : 6 ) .
Porem, nós que esperamo- a paz no
mundo devemos nos lembrar que as T r a d . por Joreph M. Hc~th
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