GVT 1948 12 FR

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P e q u e n a vila de B e lé m

R e p o u sa em teu dorviir.
E n q u a n to os astros lá n o céu,
Estão a refu lg ir,
P o r é m nas tuas treva s
R e sp len d e eterna luz,
In c o m p a rá ve l, divin al;
N a sc eu o b o m Jesus!
O S R E I S M A G O S

Diz a sagrada escritura Era o terceiro somente


Que, quando Jesus nasceu, Escuro de fazer d ó ...
No céu, fulgurante e pura, Os outros iam na fren te;
Uma estrela apareceu. Ele ia afastado e só.

Estrela nova. . . Brilhava Nascera assim negro, e tinha


Mais do que as outras; porem A côr da noite na tez:
Caminhava, caminhava Por isso tão triste vin h a.. .
Para cs ladcs de Belem. Era o mais feio dos três!

Avistando-a, os três Reis Magos Andaram. E um belo dia,


Disseram: “ Nasceu Jesus!” Da jornadía o fim chegou;
Olharam-na com afagos, E, sôbre uma estrebaria.
Seguiram a sua luz. A estrela errante parou.

E foram andando, andando, E os Magos viram que, ao fundo


Dia e noite a caminhar; Do presepe, vendo-os vir,
Viam a estrela brilhando, O salvador d’este mundo
Sempre o caminho a indicar. Estava, lindo a sorrir.

Ora, dos três caminhantes, Ajoelharam , rezaram


Dois eram brancos: o sol Humildes, postos no chão;
Não lhes tesnara os semblantes E ao Deuc-Menino beijaram
Tão claros como o arrebol. A alva e pequenina mão.

E Jesus os contemplava
A todcs com o mesmo amor,
Porque, olhando-os não olhava
A diferença da c ô r . . .

OLAVO BILAC
Ano I — N.° 12 Dezembro de 1948

"A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)
Órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
Registrado sob N .° 66, conforme Decreto N .° 4857, de 9-11-1939.
Assinatura Anual no Brasil . Cr$ 30,00
D i r e t o r .C lá u d io M a r tin s dos Santos
Assinatura anual do Exterior Cr$ 40,00
Redator:................................ João S erra
Exemplar Individual ......... . Cr$ 3,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a:
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil

ÍNDICE
E D ITO R IA L

E D ITO R IA L — A Verdadeira P a z ...................... P resid en te H a ro ld Aí. R e x 266


Onde Começa a Paz .................................................. V esta P . C r a w fo r d capa

ARTIGOS E S PE C IA IS *
Dados Biográficos da Vida de José S m ith ....... P re sid e n te J. R e u b e n C la rk 267
Embaixador de Cristo ................................................... Joseph M . H eath 269
Saudações de Natal ............................................................................................ 270
O Mormonismo ......................................................... S tep h en L . R ich a rds 273

A U X IL IA R E S
Prim ária:
História de Natal: O A p i t o ..................................... M a r ie L a rse n 275

Escola Dominical:
Verso Sacramental — Ensaio de Canto .......................................... 277
Suave é o Trabalho .......................................... R obert E. G ib s o n 277

SACERDÓCIO
Lições para os grupos Sacerdotais ............................................................... 279

VÁRIO S
As Dádivas da Criança ................................................................................. 283
O Rumo> dos Ramos ...................................................................................... 287
Os Reis Magos (Poesia) O la v o B ila c capa
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jr< j) I 'l y K l /\ I -v *^r VT- ^JV Vi*

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A V e rd a d e ira Paz
V|v rit*
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«*« E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos.
e deitou-o numa mangedoura, porque não havia lugar para eles
i3jC> na estalagem.
Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no
campo, e guardavam durante as vigilias da noite o seu rebanho.
«3jC> E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor
os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes
disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande
<3f> alegria, que será por sinal: Achareis o menino envolto em panos,
/jír e deitado numa mangdoura. E, no msmo instante, apareceu com
^ o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e
«F* dizendo.:
“ Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para
com os homens” .
jfc A maioria dos homens julgam a paz com o ausência de guerra
entre as nações, porém as palavras inspiradas nos proporcionam
<3{Ci alguns pensamentos bonitos sobre a paz, dos quais poderão ser
i bem ponderados em nossos c o a ç õ e s .
í “ Todos os conflitos não estão no campo de batalha, nem todas
as guerrcs entre povos e nações. A perturbação que possa ficar
jf c nos corações de homens quando o desejo contende com a cons-
JjL ciência, quando o prestamento de serviço opõe amor próprio, e
*%* quando prazeres imediatos desafiam o prospeto de realização ilimi-
tada, é o conflito que arruina a paz de homens, mesmo quando
as forças armadas nãc guerream. Aquele que governa a si pró­
prio encontra a paz, ainda que não exista a paz ao redor dele.
OjC. “ Estes são os fatores que estragam a nossa paz interna: O
i temor que permanece nos corações dos homens recorda-nos das
nossas fraquezas, a lembrança de atos que nunca deviam ser fei-
^ tos, a confusão que fica na mente dos homens quando se obscurece
jf c a linha de demarcação entre a verdade e o erro, o conhecimento
í do ligeiro curso de tempo sem o termos enchido com uma medida
Vjy completa de realizações, a deferência a opiniões frívolas, embora
que sejam em discórdia com declarações antigas da eterna ver-
dade, a vaidade e egoismo, cs quais nos conduzem, às vêzes, a
^ p en s.r e agir mais baixo do que possa justificar a inteligência
jf c hum ana.
“ A paz é uma coisa positiva, e não meramente passiva. A
paz não é apenas a ausência da guerra. É um modo de viver, um
estado de bem estar, uma condição de força scbre si mesmo e
balança social, no qual o trabalho honesto de cada homem con -
*9* tribui para a criação das coisas desejáveis. É aquela maneira de
jf c viver em que gozamos da companhia de amigos e visinhos, em que
JL nenhum homem tem acusações dirigidas para com a sua consciên-
cia da sua alma. É liberdade da confusão, de lugares de desor-
djfr dem, e liberdade de confusão de pensamentos desordenados. É
viu aquela condição suprema de que falou o Salvador quando disse:
D eixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não vo-la dou com o o mun-
ójp do a dá. Não se turbe c vosso coração, nem se atem orize.”
Enquanto cantamos os cânticos de alegria e lêmos as escritu-
ras sagradas este Natal, vamos tomar sôbre nós determinação re-
Oji novada que a paz virá e então vivamos nossas vidas retamente
^ para que ela venha.
Presidente Harold M. R ex

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Dados Biográficos da Vida de José Smith
Pelo Presidente J. Reuben Clark

O B SE R V A Ç Ã O DO R E D A T O R : D e­ e desviado das verdades eternas da vida


vido ao fato de cair neste mês o ani­ m ortal. . . e da existência infinita.
versário do Profeta José Smith (o dia Em cada dispensação quando as pre­
25 de Dezembro, 1805) estamos lhe o fe­ parações por isso foram completadas,
recendo este* discurso especial sôbre a revelações vieram de Deus para o ho­
sua vida, feito no Tabernáculo pelo Pre­ mem do destino, escolhido antes da fun­
sidente J. Reuben Clark. (V eja “ A dação do mundo para principiar aque­
Gaivota” do mês de Fevereiro). la dispensação. Essas revelações de­
ram os homens a conhecer novamente
Agradeço os prezados ouvintes pela
as verdades do Evangelho de Cristo, e
atenção dispensada, e espero que o seu
o propósito e finalidade da existência.
precioso tempo não tenha sido em vão.
Tendo recebido as revelações cada
Eu sei que os princípios que tratamos são
um destes homens escolhidos proclama­
alguns daqueles pelos quais possamos
ram as verdades do Evangelho sob
guiar os nossos passos ao longo do ca­
aprovação e direção divina. Sempre
minho para imortalidade e vida eterna.
poucos aceitaram a mensagem; os de­
Nas palavras finais desta noite fala­ mais refutaram-na.
rei de uma das maiores almas de todo
Seguindo a sua proclamação da ver­
o tempo — O profeta moderno, José
dade, sobreveio a cada um destes ho­
Smith, que de baixo da direção e au­
mens zombarias, incêndios, caçoadas, e
toridade de Deus, abriu esta, a ultima
mofas dos muitos contra ele e aqueles
dispensação, a dispensação da Plenitu­
poucos que o seguiram. Depois sobre­
de dcs Tempos, e organizou pela últi­
vieram perseguições, caçadas, abando­
ma vez nesta terra, a Igreja do Sal­
nos, incêndios, pilhagens, violências
vador do mundo.
contra as mulheres, e mesmo o martírio
Para aquelas pessoas que não darão de uns poucos nas mãos dos muitos,
a José Smith este lugar, podemos dizer ainda do próprio Cristo na sua dispen­
que verdade é verdade, e não importa sação .
o que o incrédulo possa dizer. O ho­
Então, sempre nas dispensações pas­
mem, débil e astuto, possa impôr igno­
sadas a minoria ficou fortalecida por
rância e erro sobre os filhos dos ho­
pouco tempo, então sobreveio a tole­
mens por um lapso de tempo, mesmo rância, então finalmente a boa vontade
por gerações, porem finalmente eles
para com eles, e depois gradualmente
nunca prevalecerão. As verdades de uma decadência começou entre os pró­
José proclamadas pela inspiração de prios crentes, então aconteceu a absor­
Deus, finalmente triunfarão, pois a luz
ção da minoria pela maioria; então um
sempre dissipa a escuridão. outro lapso do mundo em apostasia,
A vida e o trabalho de José segui­ paganismo, idolatria, com ignorância e
ram o modelo da vida dos líderes de pecado mais uma vez reinando sobre
cada uma das dispensações anteriores: o povo.
Cada um destes líderes, exceto Adão Assim com Adão, Noé, Abrão e Moi­
nasceram num mundo de escuridão es­ sés, e mesmo com a igreja primitiva
piritual; o povo andava em ignorância estabelecida pelo próprio Cristo.
e pecado, cheio de intrigas sacerdotais, Porem, isso não é o destino declara­

— 267 —
do per Deus para esta última dispen­ dim inuindo' de brilho, foi de novo ao
sação . Senhor para ficar melhor assegurada.
Assim como nossa boa terra tem c O anjo Moroni veio trazer a mensa­
seu fim também, e de acordo com o gem.
Plano de Deus, o homem mortal tem Justamente como. Moisés, para que
que percorrer a sua vida nela antes pudesse conduzir uma grande multi­
que o tempo se finde e advenha dão, sob um plano divino foi ensinado
a eternidade. O homem, o seu instin­ e treinado para a sua tarefa na côrte
to, desde a “ Queda” com o mal tendo real de Faraó, assim José que não ti­
se tornado “ carnal, sensual, e Diabó­ nha somente uma multidão para guiar,
lico” — (Moisés 5:13 Pérola de Gran­ mas uma multidão para ajuntar e edu­
de V alor) — “ toda a sua imaginação car e depois para guiar, e uma igreja
dos pensamentos do seu coração era para estabelecer, foi en:inado e treina­
continuamente mal” , tinha que ter uma do dentro das verdades do Evangelho
oportunidade final para salvar a si através da tradução do Livro de Mór-
próprio bem como toda sua de cendên- mon e as revelações do Senhor que
cia desde os primórdies dos tempos. transmitiu a ele.
Até agora todas as tentativas foram em Justamente com o Moisés, assim ensi­
vão. nado e treinado no princípio, precisa­
Assim que os dias do mundo terres­ va ser auxiliado na sua crescente tare­
tre estão esgotando-se, e os espíritos fa pela constante revelação da inten­
para serem materializados dentro de ção e vontade de Deus, assim José de­
mortalidade desta terra aproximam -se pois de organizar a Igreja tinha neces­
do último, há-de-vir uma dispensação sidade de mais contínua luz, e direção,
final do Evangelho que recolheria em e Deus o deu, por revelação e mais
um, tudo que. tem passado, para que to­ revelações sem limites, de acôrdo com
dos os homens desde os primórdios dos as necessidades de cada d ia .
tempes, mortos e vivos, tenham uma Diverso de Ncé, Abrão e Moisés, que
oportunidade para terem o conheci­ vieram as suas tarefas durante a fo r­
mento da verdede. Assim Deus decre­ ça da maturidade física e mental, José
tou! veio para a execução da sua tarefa
Assim José, como foram Abrão e to­ como um menino, sem ensinamentos,
dos os demais homens grandes e pode­ inexperiente e" desconhecido.
rosos na obra divina, foi chamado para A Primeira Visão veio-lhe aos qua­
o seu trabalho para o qual foi preorde- torze anos (primavera de 1820); quasi
nado no grande conselho dos Céus. quarto anos mais tarde (21 de Setembro
Como o Samuel, profeta antigo da de 1823) aos dezesseis anos, c A njo M o­
Bíblia, José foi chamado cedo para a roni primeiro veio a ele; seguindo de
sua tarefa. Ele possuía apenas quator­ uma preparação e instrução espiritual
ze anos de idade quando ele teve a de quatro anos mais, Moroni confiou
maior visão de todos os tempos — A a ele (22 de Setembro de 1827) os livros
visita do Pai e do Filho. que M oroni tinha preparado e escondido
Como João o Batista que batizou o especialmente para esse dia — José ti­
Cristo, depois declarando-o ser a O ve­ nha quasi 22 anos; então mais prepa­
lha de Deus, mesmo mais tarde perse­ ro, mais treino, com dificuldade após
guido e aprisionado, mandou os seus dificuldade e tenaz perseguição, e a
discípulos perguntarem-no, “ És tu aque­ tradução foi completada e o Livro de
le que há de vir? ou nós esperamos Mórmon foi publicado em 1830. José.
por um outro” , assim José, depois da ainda não tinha 25 anos; agora por au­
Primeira Visão, o espírito jovem su­ toridade e direção divina, José organi-
bindo do alto e a memória da visão (Continua na pág. 280)
EMBAIXADOR DE CRISTO
P or Joseph M . H eath.

m inh a fé . Eu som ente ten h o fé em


sua fé ” .
Com o era n o m eridiano dos tem ­
pos quando Jesus Cristo escolheu os
seus doze apóstolos, assim é h o je em
d ia . O apostolado leva a m esm a
responsabilidade com poderes e dons
iguais. Quer êles sejam pescadores
com o Pedro e Tiago, ou advogados, a
ch am ada vem à pessoa preparada pela
sua fidelidade ao E vangelho. Elder
Cowley foi ch am ado, em 1945, a ser
apóstolo depois dum a vida fiel e re ­
pleta de responsabilidades.
Há 51 anos, n o lar de M atthias
Foss e Abbie Hyde Cowley em Pres-
ton, Idah o, nasceu o m enino que re ­
cebeu o nom e de M a tth e w . Ambos
os pais vieram de fam ílias h onradas
e fortes em d efen der os p rin cípios d a
ju stiça . Este casal foi aben çoado
com oito filh os e filh a s. Eles en si­
MATTHEW COWLEY
naram a seus filh os a im p ortân cia de
viverem perto de Deus.
“ E Jesus, cham ando os seus doze M ais tarde, n a sua vida, enquanto
discípulos, d eu -lh es pod er sobre os estava à fren te do corp o da Igreja,
espíritos im undos, para os ex p u l­ antes da sua a ceitação com o a p ósto­
sarem , e para curarem toda a e n ­ lo, Elder Cowley assim se expressou:
ferm id ad e e todo o m al” .
“ A gradeço a Deus, meus irm ãos e
irm ãs, e am igos, p or ter sido criado
Q uando o A póstolo M atthew C ow - num bom lar. Dou graças por m e
ley voltou às missões nas Ilhas P a­ ter sido ensinado nesse lar a im p or­
cífica s e especialm ente em Nova Ze­ tância da moralidade, e que desde a ju ­
lândia onde trabalh ou com o presi­ ventude aprendi a h on ra r o sacerd ó­
dente da m issão durante m uitos anos, cio do Deus T od o P od eroso” .
êle en con trou m ultidões de pessoas Cedo em sua vida, aos 17 anos, c o ­
esperando as bên çãos in variavelm en ­ m eçou êle a sua prim eira m issão à
te trazidas p or este servo de Deus. Nova Z elân d ia. D urante cin co anos
Com acolhidas calorosas êle entrou da prim eira G uerra M undial, êle tra ­
em cada ilha, aben çoan d o e in stru in ­ balhava entre o p ovo M aori e term i­
do o p ov o. D urante um a co n fe rê n ­ nou esta m issão em 1919. Poucos
cia 76 aflitos receberam um a bênção anos após a sua volta, realizou-se o
do A póstolo. enlace etern o com um a m oça linda
“ E êles são cu rad os” , declarou E l- e talentosa, Eiva Taylor, no tem plo
der Cowley, “ tal é a sua fé . Eu sei de Deus.
quando p on h o as m ãos sobre as suas A sua edu cação n ã o fo i p reju d ica -
cabeças que serão cu rados. Não é a ( Continua na pág. 278)
— 269 —
SAUDAÇÕES
PELA PRIMEIRA PRESIDÊNCIA DA IGREJA DE

Há dezenove e m eio séculos atrás, dia, prim eiro à M aria M adalena, d e ­


Nosso S enhor e Salvador Jesus Cristo, pois às m ulheres da Galiléia, en tão
tom ou um corp o m ortal o que Ele fez a P edro, aos dois discípulos n o seu
cu m prin do o divino p lan o traçado ca m in h o a Emaús, para os A póstolos
antes da form açã o do m undo, e e x e­ reunidos na m ais alta câmaTa, esta n ­
cutou aquele trabalho, sem o qual o do T om é ausente; um a sem ana m ais
hom em não podia a lca n ça r seu des­ tarde a todos os Apóstolos, inclusive
tin o. T om é; m ais tarde aos discípulos, P e­
Ele teve origem na m angedoura. dro e os dem ais, pescando n o Lago
Ele era hum ilde, descendo abaixo da G aliléia; depois a um a grande
de tudo para que pudesse exaltar-se m ultidão, a Tiago, e outra vez aos
acim a de tu do. discípulos, aos quais deu um a in cu m ­
P or trinta anos Ele fo i um hum ilde b ên cia fin a l e depois Sua ascenção.
ca rp in teiro. Então João O batizou e Algum tem po durante esse períod o
Deus testificou : “ E ste é o M eu Filho Ele veio a este h em isfério em Seu res­
Am ado, em quem m e com p ra zo” ; o suscitado corp o e adm inistrou aos N e-
E spírito Santo desceu sobre Ele. phitas, dirigentes de S u a ,Ig r e ja , es­
P or três anos ele v ia jou através colh en d o outros A póstoloC ^ a ra esp a ­
da Judéia, G aliléia e Peréa, tra b a ­ lh á -la nesta terra e repetindo a eles,
lh an d o extrem am ente, fazen d o m ila­ Sua “ outra ovelh a” , as grandes v e r­
gres. Ele curou o doente, o coxo, o dades que ele tinh a p rocla m a do aos
paralítico e o cego; expulsou os demô­ Judeus da P alestin a. À m u ltid ão
n ios; andou sôbre a água; alim entou reunida dos Nephitas, o Pai a presen ­
m ultidões com poucos pães e peixes; tou Cristo, dizendo:
colocou de lado a coroa que o povo “ Eis aqui, m eu Mui Am ado Filho,
o fe re ce u -lh e ; aben çoou c ria n cin h a s; no qual m e alegro, no qual g lorifi-
con denou o p ecad o; castigou v olu n ­ quei m eu n o m e ; a Ele d eveis ouvir” .
tariosos, persistentes p ecadores; p e r­ Ele veio no m eridian o d o tem po,
doou ao p ecad or arrepen dido e o in ­ exclusivam ente entre o p ovo da terra
duziu a viver h on ra d am en te; ressus­ que respeitava o verdadeiro Deus —
citou o m orto. eles eram um dim inuto deístico oásis
No fim de Seu trabalho m issio­ de alm as n um a grande, in cu lta e de­
n ário veio a grande ora çã o n o Ja r­ sabitada região de p a gã os. Ainda
dim , depois a traição, o a p rision a - eles rejeitaram Cristo e O c ru cifica ­
m ento, a provação, o ju lg a m en to de ram .
Pilatos, a cru cifica ção, e a m orte na No tem po em que os A póstolos a in ­
cru z: “ Pai p erd oa -lh es, pois não sa­ da viviam , o paganism o com sua vida
bem o que fa zem ” ; e finalm en te o se- de transgressão, era feito com in cu r­
p u lta m e n to . são sobre a verdadeira fé . As ep ís­
E nquanto Seu corp o estava d eita­ tolas de Pedro, Tiago, João e Judas,
do na tum ba, Ele visitou a “ outra o v e­ estão repletos com advertências, e x o r­
lh a ” , da qual Ele tinh a fa la d o aos tações, con denações, sobre a sep ara­
discípulos em Jerusalém — os N ephi- çã o dos m em bros da Ig re ja p rim iti­
tas neste h em isférió. va, dos puros p rin cípios do E vangelho
E ntão veio a m an h ã da Sua ressur­ de Cristo e a vida que o m esm o p res­
reição e Seu aparecim en to naquele crevia .
— 270 —
DE N A T A L *=***'
JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS

Então os A póstolos fora m ch am ados p en se tal h om em que receb erá do


de volta, e a escuridão p red om in ou . S enh or algum a coisa” .
E scritores cristãos declaram agora Nesta escuridão espiritual, o m en i­
em aten ção à época p ost-A p ostólica : no P rofeta, in cita d o a isto pela p r o ­
“ A época da in spiração term inou — messa de T iago, veio para a floresta
aquele in com parável século que c o ­ e orou pela luz. A luz veio, e no c e n ­
m eçou com o n ascim en to de Cristo e tro o Pai e F ilho com sua invariável
acabou com a m orte de João — o rum o d e cla ra çã o :
dos séculos decái m ais um a vez ao “ E ste é o M eu Filho Amado,
m etódico plan o a tem po com u m . A ou v i-O !”
term in ação do tem po de inspiração Cristo en tão con firm ou a José a
fo i na verdade o perfeito com p lem en ­ apostasia do m undo, a con selh ou -o a
to e con su m ação da ascen ção do n ã o filia r-se a n enh u m a das seitas,
S e n h o r. porque seus credos eram um a abom i-
n a çã o aos seus olhos, seus p rofesso­
O últim o fu lgor de inspirada sabe­
res corruptos, seus corações estavam
doria e verdade desapareceu da te r­
longe dêle, ainda que eles pudessem
ra com a delicada despedida dos A pós­
atrair com seus lábios, suas d ou tri­
tolos, e cruzam os neste instante a li­
nas eram m an dam en tos dos hom ens
n h a m isteriosa que separa o sagrado
e sua form a de devoção negava o p o ­
dos seculares anais do m un do — a
der de Deus.
história da época A postólica da h is­
M oroni um ente ressuscitado, veio
tória da Igreja Cristã. Um grande
mais tarde a José e p rep a rou -o para
abism o os divide (os escritos dos p re­
receber a antiga in scrição intitulada
coces pais cristãos) e os gérm inos p r o ­
o Livro de M órm on . Depois disso as
dutos da divina in sp iração” .
placas de ouro fora m entregues, tra ­
Desta m aneira a escuridão espiri­ duzidas e dadas ao m undo. Então o
tual pousou sobre o m undo, as escu ­ S a cerdócio foi restaurado, o A aron i-
ras épocas vieram e a apostasia cristã co, sob as m ãos de João, o B atista, o
estava com p leta.
M elquizedec sob as m ãos de Pedro,
O verdadeiro evangelho e o S anto T iago, e J oã o. Sob a autoridade do
S acerdócio de Deus n ão estiveram Santo S a cerdócio de Deus, a Ig reja foi
m aior tem po sobre a terra. A im ita ­ novam ente organizada sobre a terra,
çã o som ente esteve entre os povos do guiada e dirigida pelo Santo S a cerd ó­
m undo. cio, o qual fo i restaurado com tôdos
T iago deu a ch ave fu n d am en tal os seus poderes e ch aves.
p ara a ap roxim ação de Deus, para a Em seguida veio um a sérft de gran ­
divina direção: des revelações do S enhor ao jovem
“ E, se algum de vós tem fa lta de p rofeta , assentando a Ig re ja e o rg a ­
sabedoria, p eça a Deus, que a todos n izando o S acerd ócio.
dá liberalm en te, e o não lança em M uitas vêzes o S alvador falou a
rosto, e s e r -lh e -á dada. P eça -a , p o ­ José, fa zen d o saber sua vontade
rém , com fé, n ão duvidando, porque grandes verdades e p rin cípios perten ­
o que duvida é sem elh a n te a onda do centes à salvação e exaltação do h o ­
m ar, que é levada pelo v en to, e lan ­ m em .
çada de uma para outra parte. Não Ele visitou José e Sidney em Hiram,
— 271 —
O h io; êles viram -N o e conversaram e autoridade para agir em n om e de
com Ele em celeste visão: Deus.
“ E enquanto nós m editam os sôbre Nós, hum ildem ente proclam am os
estas coúsas, o S enhor p rovou os olhos nosso testem unho que o F ilh o esteve
de nossos enten dim en tos e eles fora m desde o in ício com o P a i; que o F ilh o
abertos, e a glória do S enhor brilhou fo i o C riador do M undo e tudo o que
em seu redor. h á n ele; que Ele foi feito de carn e, o
“ E n ós con tem plam os a glória d o verdadeiro F ilho de Deus, e p erm a n e­
Filho, na m ão direita do Pai, e rece­ ceu entre os h om en s; que Ele andou
bem os da sua plenitude; entre os hom ens n a carne, fa ze n d o
“ E vim os os santos anjos, e os que n otáveis m ilagres; que Ele é o p ã o da
são san tificad os em fren te de Seu tro ­ vida e n ão terá fom e aquele que dele
no, venerando a Deus, e o Cordeiro, com e e n ão terá sêde aquele que n ’Ele
que O venera para sem pre e etern a ­ acred ita ; que ele é o cam inh o, a v e r­
m ente . dade e a vida; que n ão h á ou tro nom e
“ E agora após os m uitos testem u­ debaixo do céu dado entre os h om en s
n hos que fora m dados d ’Ele, este é o porque precisam ser salvos; que Ele
testem unho, o últim o de todos, que fez a grande expiação pela queda de
nós dam os d ’Ele: Que Ele vive! A dão e desta m aneira fez o possível
“ Porque nós O vim os m esm o na m ão para que tôdos os filh os de Deus v e ­
direita de Deus; e escutam os sua voz, n h am de volta, finalm en te para Sua
sustentando o testem unho de que Ele presen ça; que Ele m orreu e fo i ressus­
é o U nigênito do P ai. citado, os prim eiros fru tos da ressur­
“ Que por Ele, atravez d ’Ele, e d ’Ele, reição; que por e através de Sua res­
os m undos são e fora m criados e os surreição todos os h om en s serão res­
habitantes, dêsses são filh os e filh as suscitados em devida ocasião d o
gerados em D eus” . S en hor.
Uma im portan te visão fo i m ais ta r­ Nós declaram os, p ou co adiante, que
de ou torgada a José e Oliver, n o T em ­ h avia um a perda da prim itiva fé do
plo K irtland, n o qual eles viram o E vangelho ensinado por nosso S en hor
S en hor parado n o parapeito do p ú l­ e M estre; que o S acerd ócio de Deus
pito do tem plo. Ele declarou a eles, e sua autoridade fora m retirados da
“ Eu sou o prim eiro e o ú ltim o; Eu sou terra; que a terra esteve em escuri­
aquele que vive; aquele que fo i assas­ dão espiritual; que para cu m prir os
sin ado; Eu sou vosso advogado com propósitos de Deus de dar a todos os
o P ai” . Após term inada a visão, os seus filhos, am bos — os m ortos e os
céus fora m abertos e Moisés, Elias, e vivos — a oportu n idade de gan har a
Elizeu vieram e entregaram a José e vida eterna, o E vangelho precisa ser
Oliver as chaves da dispensação s ò - restaurado com pletam en te e o S an to
bre as quais deles fa lara m . S a cerdócio novam en te co loca d o sobre
Assim foi aberta a Última D ispen ­ a terra com seu poder e au torid ad e.
sação, a D ispensação da P lenitude do Nós, solenem ente prestam os teste­
T em p o. Desta m an eira fo i revelado m u n ho que p or in term édio do jo v e m
a o P rofeta de Deus, escolh ido para e n ­ José Sm ith, um hum ilde in stru m en to
ca beçar a Última Dispensação, o E van­ nas m ãos de Deus T od o P oderoso, o
gelho de Jesus C risto. Foi assim, E vangelho de Jesus Cristo fo i n o v a ­
restaurado o S anto S a cerd ócio de m ente dado a con h ecer aos h om en s
Deus sob as m ãos dos santos entes e o S a cerdócio com suas ch aves fo i
segurando as chaves e autoridades a restaurado para a terra ; que os p rin ­
ele p erten cen tes. Mais um a vez a cípios ensinados pela Ig re ja de Jesus
terra fo i inteiram ente dotad a com Cristo dos S antos dos Últim os Dias
verdade eterna e com o direito, poder (Continua na pág. 278)
— 272 —
0 MORMONISMO
Por Stephen L. Richards
2.a Parte
(Continuação do último número) os membros devam converter todas as
DOUTRINÁRIO suas propriedades em tesouro da Igre­
ja, mas é o seu dever contribuir como
Todos os homens são iguais perante
dízimo um décimo de tudo quanto per­
a lei e todos têm a oportunidade, mes­
cebem, em reconhecimento da bondade
mo os mortos, para aceitar as prom es­
do Senhor e tambem para assistir ao
sas e bênçãos. Porém, todos terão que
prosseguimento de Seu trabalho. O
saber e compreender o Evangelho e
restante de suas rendas e possessões
aqueles mortos que entraram no mun­
devem ser empregadas sábia e reve-
do espiritual sem esse conhecimento,
rencialmente para a manutenção de
depois desta vida, terão oportunidade
seus lares, adiantamento e educação de
de aceitá-loi através de trabalhos vica-
seus filhos e em outros propósitos que
riais de seus descendentes ou outros
possam contribuir para o estabeleci­
amigos da irmandade da Igreja. Esses
mento do reinado do Senhor. Tambem
trabalhos são feitos dentro dos templos
é esperado que os membros contribuam
construídos para esse fim. No reinado
para cs trabalhos missionários, para o
do Senhor não haverá injustiça.
cuidado aos pobres, construção e con­
Dentro desses templos tambem são
servação de capelas e para outros pro­
executadas cerimônias de caráter mui­
pósitos da Igreja.
to singular, para os vivos . Pela virtu­
de do Espírito Santo, um homem e uma Eles acreditam no princípio do je ­
mulher podem ser aí unidos em ma­ jum e é de seu costume se abster de
trimônio, não somente para esta vida duas refeições no mínimo, no primeiro
com o tambem para a eternidade. A s­ domingo de cada mês e contribuir com
sim é criada uma união conjugal des­ a importância correspondente à conta
tinada a durar para sempre, e com a existente para o socorro aos pobres
prole, provinda dessa união, é estabe­ honrados. Além da utilidade dessa con­
lecida a família, instituição religiosa tribuição, eles sentem que o ato de je ­
que reputam sagrada. A sua perpetua­ juar, reduzindo a energia física do cor­
ção, da qual a retidão é constituída po, trás humildade e consequentemen­
pela ordem da Igreja, é a mais alta te, desenvolvimento espiritual. Os
benção que se pode obter. Os homens “ M orm ons” aceitam o poder do Sacer­
não podem contrair tais laços, a menoe dócio como delegação direta do Senhor.
que tenham o sacerdócio de Deus, de­ Toda a prática prescrita do Sacerdócio
vendo as mulheres apresentar fidelida­ é administrada sob a sua autoridade.
de e atos de merecimento. A projeção Um homem pode receber tal autorida­
desses lares para a eternidade é uma de pela ordenação daqueles que a pos­
grande parte do. Céu que os membros suem, mas somente pode exerce-la com
procuram alcançar. A isso denominam humildade e retidão. Toda vez que al­
“ o princípio do casamento celestial” , guém utiliza essa autoridade para pro­
que não deve ser confundido com o ca­ pósitos egoistas ou intentos posteriores,
samento plural. ela perde q seu efeito ou valor. Ela
A concepção teológica da Igreja, é não deverá ser usada em caráter com ­
que o Senhor é o doador de tudo que pulsório, nem desviada da retidão, mas
o homem possue e que o dever deste deve se-lo pela persuação, em brandu-
é consagrar tudo que ele tem, para o ra, bondade, amor e fé. É um dote di­
engrandecimento do reinado de Deus. vino e só poderá ser usado em propó­
Essa consagração, não quer dizer que sitos semelhantes.
— 273 —
É usado frequentemente na benção e todas as outras iniciativas do desenvol­
cura dos doentes e aflitos, na doação vimento eccnom ico de um país ou de
de conselhos inspirados e predição das um povo. Sem esse auxílio, a maior
coisas a porvir. Todo homem que a parte das mais produtivas industriais
mantem é outorgado por sua divina que o povo possui não teriam sido pos­
inspiração para seu próprio governo, síveis ou pelo menos sua organização
bem como ao de sua família e à ben­ não poderia ter sido feita por muito
ção dessa. Os homens que são nomea­ tem po.
dos oficiais e sustentam esse título na A sua contribuição não foi somente
Igreja, são inspirados para a direção no desembolso de capital requerido
e benção da mesma. para tais iniciativas, mas, tambem em
Os patriarcas autorizados da Igreja, muitas ocasiões, tomou iniciativa no
adiministram a benção aos membros planejamento., fornecendo valorosos
dessa, descrevendo sob a inspiração a conselhos e supervisão na conduta des­
sua genealogia, predizendo tambem as ses assuntos. Através da lealdade, res­
suas vidas no porvir. Tais bênçãos tem peito e estima com que corresponde o
sido atendidas com singular veracidade povo aos líderes da Igreja, eles foram
de profecia e tem trazido encorajamen­ capazes de unir e dirigir as forças eco-
to, conforto e fé ao povo. nomicas de maneira a tornar possíveis
as realizações que de outra form a te­
ECONOMICO riam sido impraticáveis. O princípio
“ Santidade ao Senhor” inscrito sobre da cooperação, foi usado na linha de
a porta de uma loja e o nome “ Sião” , quasi todos os empenhos industriais.
incorporado em nome de Bancos e ou­ Enquanto o principal objetivo da
tras instituições financeiras, oficiais da Igreja em suas atividades comerciais
Igreja inseridos e enunciados com o as­ foi sempre auxiliar o adiantamento, do
sociados dirigentes e funcionários em povo, ela chegou, contudo, a possuir
grandes empreendimentos comerciais, grandes direitos financeiros em muitas
chamam a atenção de uma situação que das maiores organizações economicas
tem poucos, se tiver algum, “ fac-sim i- da região do oeste intermontanhoso dos
le” em todo o país. Tais evidências EE. UU. da A m érica.
da participação clériga no comércio,
são muito comuns nas comunidades HISTÓRICO
“ Mórmons” . Uma das principais pre­ O Mormonismo principiou nos dias
ocupações da Igreja tem sido a de primordiais do século X IX . Em 1820
adiantar o bem estar temporal e finan­ um jovem com somente 14 anos de ida­
ceira dos membros e das comunidades de, que residia na parte oeste do Es­
em que estes viveríf. tado de Nova York, foi tomado de gran­
Nos dias primordiais do desenvolvi­ de interesse, agitação e confusão, por
mento da região, quando os capitais discussões religiosas e conflitos desen­
ainda eram precários, essa iniciativa volvidos por seitas, na visinhança de
consagrou grandes meios em assistên­ sua residência. Religião era popular
cia ao povo, na construção, de estradas, naqueles tempos e era de se esperar
pontes, represas, canalizações e arma­ que toda pessoa aderisse a uma ou ou­
zenamento dos produtos agrícolas e até tra igreja. Este jovem tomou muito a
algumas aquisições das fazendas. Em sério o. ato da escolha que deveria fa ­
anos mais recentes, a sua contribuição zer para a sua religião. Era cuidadoso
fez-se sentir no. estabelecimento de ar­ e queria estar certo, sendo que as in­
mazéns, fábricas, minas, bancos, com ­ vestigações que foi capaz de fazer não
panhias de seguros, usinas elétricas, satisfizeram os seus intuitos. Ele não
sistemas hidráulicos, estradas de ferro, havia recebido instrução, pois sua fa-
construção de casas comerciais e em (Continua na pág. 285)
— 274 —
HISTÓRIA DE NATAL
Sancho Aprende o Significado
do Verdadeiro Natal
O APITO vistosas não sairam de seu pen sam en ­
to nem m esm o depois de m uito tem ­
P or M arie Lar sen.
po, quando já h aviam com eça d o a
vender os brinquedos trazidos de tão
O om bro de S an cho d oia-lh e. C on ­ lon g e. Se ao m enos seu pai co n ta s­
duzia ele um cesto de apitos de b rin ­ se com recursos para d a r-lh e com o
quedo, ca m in h an do p or um lon go c a ­ presente, alguns daqueles vidros!
m inho que o levaria até o m ercado Enquanto Sancho, absorvido, assim
onde os ven deria. E S an ch o era pensava, um a velha senhora, posta­
ainda um m enino de pou ca idade. ra -se de pé à sua fren te, com uma
“ Preciso descansar, p a p a i” , disse caixa m arrou por baixo de seu chale.
ele ao alto e forte m exican o a quem Com dedos trem endo ela exam inou
acom p an h ava . Este sorriu m ostrando um a p ito . Era um dos que o bom
sua alva d en ta d u ra . E pareciam m exica n o fizera para im itar o can to
agora seus dentes m ais b ran cos qu an ­ de um pássaro.
do sorria devido a haver ele p erm a ­ “ Im ita um c a n á rio ?” , perguntou
necid o várias horas sob sol cau sti- ela.
cante, trabalhan d o n um a arvore de “ N ão” , respondeu S a n ch o.
“ m an zan ita” de cu jos ga lh os fazia A tristeza estava estam pada nos
apitos para o N atal. Sua pele era olh os da velhinha. V en d o-a S an cho
bem m oren a. sen tia-se com o que obrigado a satis­
“ Descanse, m eu filh o ” , disse-lhe, fa z ê -la . No m eio desta p reocu pação
“ e então com eçarem os a ven d er” . lem brou-se que seu pai fizera um a p i­
S an ch o depôs o cesto n o ch ã o perto to exatam ente com o ela desejava e
de seus pés. E nquanto estava des­ apressou-se em dizer-lh e:
can san do seus olh os divagavam . Nis­ “ ó ! lem b ro-m e agora de que m eu
to viu êle lindos vidros de tintas para pai fez um a pito com o o que a sen h o­
pin tar. Cores com o jam ais vira e ra p rocu ra ” . .*
tato havia d eseja d o. Tintas que h a ­ S an ch o p ôs-se a p ro cu rá -lo entre
via son h ado possuir para o já tão os dem ais. Onde estaria o ca n á fio ?
p róxim o N atal V Aqueles pequeninos Ele vira seu pai c o lo c á -lo dentro do
vidros coloridos em verm elho, a m a re­ cesto. Mas lá n ão se encontrava.
lo e azul estavam em pé, p e rfe ita ­ S a n ch o escolheu um ou tro e o c o ­
m ente alin hados sôbre pedestais à locou entre os lábios para que a v e ­
sua fren te. C om o que m aravilh ado lha sen h ora ouvisse seu gorgeio sua­
avan çou e ch u tan d o o cesto que tinh a v e.
a seus pés quasi o virou.
Ela sacudiu a ca b eça . “ Eu preciso
“ Vam os a gora” , era seu pai quem um ca n á rio. Pois o que m inh a neta
assim fa la ra . ta n to estim ava m orreu . Ela está
S an cho, obedientem ente, pegou o m uito triste por n ã o p od er ouvir m ais
cesto, porém aqueles vidros de tintas seu ca n to , õ ! se ela tivesse um des­

— 275 —
ses apitos que trinasse com o seu que­ velha sen h ora ouvindo o apito m os­
rido canário, certam ente fica ria m u i­ trou -se con ten tíssim a. E ntão ela
to co n te n te !” tom ou em suas m ãos a caixa que h a ­
“ Onde está o apito que im ita o c a ­ via con servado sob seu ch a le.
n á rio ?” seu pai queria saber porque “ Som ente lhe posso pagar com isto” ,
ouvira o que dissera a velh in h a. disse ela.
S an ch o en guliu . “ Eu penso que O pai de S an ch o pegou a caixa e
sei, p ap ai” . R epen tin am en te le m ­ olh ou d en tro. “ A senhora tam bém
brou -se que ch utara o cesto n a o c a ­ deve guardar isto para sua n e ta ” ,
sião em que estava adm irando os lin ­ d isse-lh e.
dos vidros de tinta. T eria então, ele “ N ão” , recusou ela. “ M eu esposo e
deixado cair o apito do cesto? eu as fa b rica m os. Nós n egociam os
P recip itou-se em d ireção àquela com estas aqui n o m ercado e n ã o nos
barraca. O lhou por todos os lu ga ­ fa rá falta. Fique co m êles p or f a ­
res, m as n ão en con trou o ap ito. v o r” .
“ O senhor viu um apito, que g o r - “ Está b em ” , con cord ou o m oren o
geia com o se fosse um ca n á rio ?” — m ex ica n o . E quando a velh in h a re ­
perguntou S an ch o ao velho m ex ica ­ tirou-se, S a n ch o fico u ob serv a n d o-a
n o de cabeleira bran ca que estava ali. com um sorriso n os lábios que bem
“ Vi” , respondeu êle, “ e darei por traduzia a satisfação que lhe ia na
ele tres vidros de tin ta” . a lm a.
Três vidros por um sim ples apito L ogo que a bondosa velh in h a desa­
de brinquedo! S an ch o n ã o podia pareceu o pai de S an ch o p on d o -lh e
acreditar n o que acabara de ouvir. nas m ãos a caixinh a, disse-lh e: —
Abriu desm esuradam ente a boca num “ T om e, é para v ocê” .
sorriso que refletia a mais alegre e x ­ S an ch o a b riu -a anciosam ente. D en ­
pressão de júbilo. Seu pai ce rta ­ tro dela havia dez vidros de tintas,
m ente aprovaria tal n eg ó cio . Enfim de cores harm oniosas. V erm elho,
êle teria as tintas que ta n to a m b i­ am arelo, azul. T ôdas as cores! Seus
cion ara e adm irara p ou co antes. Isto olh os arregalaram -se. O m exica n o
lhe p rop orcion aria alguns m om entos de cabeleira alva deveria ser o avô
felizes no N atal. Súbitam ente aquele da m en in a . Essa era a exp lica çã o
sorriso esvaiu-se de seus lábios. S en - peilo interesse que dem on strara em
tir-se-ia êle realm ente feliz sabendo conseguir o apito de brinquedo. E
que com seu desejo satisfeito levaria p or S a n ch o ter bons sentim entos e
a ou tra criatura a tristeza? Ele m e - querer p rop orcion a r alguns instantes
neou a cabeça negativam ente, e n ­ felizes a um a m enina, ganhou dez v i­
qu anto o velho m exican o escolhia três dros dos que ta n to alm ejava ao in ­
cores de seu sortim en to. vés de apenas três.
“ Não posso a ceitá -los” , disse. “ Se S an ch o sorriu de co n ten ta m en to e
os aceitasse levaria a tristeza ao c o ­ agradeceu a seu pai o presente. —
ração de um a m enina na m a n h ã de “ A m anhã será o mais belo N atal de
N atal. Não, eu preciso levar êsse tod os” , disse ele com co n v icçã o .
assobio” . Traduzido por
P egou o apito e rapidam ente v o l­
tou para on de se a ch a va seu p a i. A Elias Cassas Peinado.

FELIZ NATAL
— 276 —
ESCOLA Do m in ic a l
ELDER ROBERT E GIBSON

VERSO SACRAMENTAL P AR A O
MÊS DE JANEIRO ENSAIO DE CANTO PARA O MÊS
A tende as nossas petições, DE JANEIRO
Tu, que és divino am or;
“ Suave é o T ra b a lh o” .
A um enta em nossos corações,
H inário — P ágina 17.
De fé um santo ardor.

SUAVE É O TRABALHO
H ino p or Isaac W atts.
M úsica p or John J . M cC lellan.

ISAAC W A TTS — O HINÓGRAFO Passou seu tem po em escrever hinos


e em publicar discursos. Seus Sal­
S outham pton, Inglaterra, fo i a c i­
m o de Davi e C anções Divinas e M o­
dade onde nasceu Isaac W atts, a 17
rais para Crianças são os m ais c o ­
de Julho de 1674, a prim eira das oito
n h ecid os.
crian ças na fam ília. Seu pai fo i d on o
Isaac W atts m orreu a 25 de N o­
de um a pensão.
vem bro de 1748, e foi en terrado em
Isaac W atts foi um a cria n ça a d ia n ­
Bunhill Fields. Há um a placa co m e ­
tada. Estudou os clássicos aos cin co
m orativa, em m árm ore em W est-
anos, e é dito que ele escreveu v e r­
m inster Abbey e um S alão C om em o­
sos religiosos, para agradar sua mãe,
rativo em S outham pton, edificados
quando tinh a sete ou oito anos. Em
em sua h on ra .
con vicção religiosa fo i n ã o -c o n fo r -
m ista e por esta razão n ão era p er­
O HINO
m itido das universidades, mas estu ­
dou em H aberdasher’s Hall, . uma Q uando Em m a Sm ith fez a prim ei­
academ ia em L ondres. Aí, o tra b a ­ ra coleção de hinos dos Santos dos
lho excessivo cau sou -lh e um a fra q u e­ ú ltim os Dias ela escolheu e publicou
za física, da qual ele n u n ca se refez quinze escritos pelo D r. Isaac W atts.
com p letam en te. Serviu com o in s­ “ Suave é o tra b a lh o” fo i incluido, não
trutor na fam ília de Sir Joh n H ar- ten do sido, n un ca, exclu id o de nossas
top p e escreveu dois livros in stitu la- com p ila ções. Em m a Sm ith gostou
dos: Lógica, ou o Uso C orreto da R a­ desta bonita ca n çã o de elogio, assim
zão na In vestigaçã o da Verdade, e O com o os com piladores desde seu tem ­
C on h ecim en to Facilitado da Terra e p o . Não obstante, este h in o não é re­
dos Céus. No seu vigésim o a n o to r ­ con h ecid o pelos críticos ser tão bom
n ou -se assistente do Dr. C hauncey, com o alguns outros dos hinos de
um clérigo independente, e dois anos W atts. Um alto estandarte têm os
m ais tarde o sucedeu em M ark Lane, hinos deste autor, pois, dos 500 por ele
L ondres. Em 1712 residiu com Sir escritos, são m ais usados pelas c o n ­
T hom as Abney, de A bney Park, onde gregações de que quaisquer outros es­
perm aneceu o resto de sua vid a. critos em inglês .
O COM POSITOR — JOHN J. de 1874. Sua p recocidade m usical
McCLELLAN m a n ifestou -se em tenra idade. C o­
Em tôdas as ocu pações da vida, de m eçou o estudo de m úsica quando ti­
vez em quando aparecem h om en s e nha dez anos e fo i organ ista da Ig re ­
m ulheres que são m ais adian tados do ja com onze an os; estudou com p r o ­
que seus sem elhantes. Na ciência, fessores locais até Julho de 1891,
literatura, arte, indústria, estes g i­ quando saiu de U tah para M ichigan.
gantescos pela força natu ral de seus Lá ele trabalhou m uito, e m ais ta r­
talentos, d istin g u e m -se. Um destes de, em A nn Harbor, estudou com c o m ­
fo i John M cClellan, que distinguiu-se petentes professores con h ecid os in te r­
com o organ ista e que m ais do que n a cio n a lm e n te . Lá, ele tom ou parte
qualquer outro hom em fez adm irado em m uitos program as m usicais, en si­
o órgão pelo povo am erican o. nou classes, e fu n d ou um a orquestra
Joh n J. M cClellan, filh o de Joh n sin fôn ica . Sua vida m usical na
Jasper e E lizabeth B . M cClellan, n a s­ A m érica e Europa fo i m u ito ativa, e
ceu em Payson, Utah, a 20 de Abril in iciou cursos com X a v er Sharw enka,
o pianista notável da H ungria.
Saudações (Continuação da pág. 272) Q uando residiu em S alt Lake City,
eram aqueles que fora m ensinados torn ou -se organ ista do T abern ácu lo e
p or Jesus na carn e; que, com o Ele diretor da Salt Lake O pera C om pany.
disse a Nicodem os, assim ain da é, que Casou com M ary Douglass, e eles f o ­
os hom en s precisam nascer da água ram aben çoados com cin co cria n ça s.
e do espírito para que possam entrar Joh n J . M cC lellan m orreu n o dia 2
no reino de Deus, que as orden ações de A gosto de 1925. R eg.
para ou torgar estes precisam torn a r-
se efetivas, serem executadas p or Embaixador de Cristo
aqueles de posse do S a cerdócio de (Continuação da pág. 269
Deus; que a roch a da revelação é a da devido ao seu serviço na Ig re ja .
roch a sobre a qual a Ig re ja de Jesus Ele estudou e afin a l fo rm o u -se co m o
Cristo dos Santos dos ú ltim os Dias a d v og a d o. Na sua carreira p ro fis­
está con stru ída; e que Deus ainda guia sional êle provou ser um h om em h á ­
Sua Ig reja pelas revelações de Sua bil e ap to nas suas ob rigações.
v on ta d e; e que a Ig reja de Jesus A o adven to da segunda G uerra
Cristo dos Santos dos ú ltim os Dias é M undial veio a segunda ch am ad a da
a verdadeira Ig reja de Cristo e a ú n i­ prim eira presidência da Ig re ja para
ca Ig reja na fa ce da terra que possue que fôsse à N ova Zelândia para agir
as verdades do eterno E vange­ com o presidente da m issão. Desta
lh o, o direito de oficia r nas suas c e ­ vez levou con sigo a sua esposa e f a ­
rim ônias e ordenanças, e que tem a m ília. D urante m ais oito a n os êle
autoridade para agir em n om e de serviu com o presidente e fez um a
Deus, através de Seu S an to S a cerd ó­ obra m aravilhosa entre este p o v o .
cio, o qual som ente a Sua Ig reja pos­ Pela sua devoção ao trabalh o,
sue. am or para com o povo, bon d ade p r o ­
Nós prestam os este testem unho h u ­ p orcion ad a, grandeza e realizações
m ildem ente em n om e do S en hor Jesus da sua vida, êle positivam en te tem
Cristo, e sob Sua in spiração e pela v ir­ cum prido as palavras da sua bên ção
tude do Santo S a cerdócio de M elqui- p atriarcal p ron u n ciad a m uitos anos
zedec, o qual guardam os, seja assim . a trá s :
A m ém . Gieorge A lbert Smith. “ T u to r n a r -te -á s em baixador de
J. R eu ben Clark Jr. Cristo até os m aiores lim ites da te r­
David O. M cK ay. ra. O teu en ten d im en to será vasto
A P rim eira Presidência. e a tua sabedoria alca n ça rá os céus.”
— 278 —
SACERDÓCIO
Período de atividades: Hino, oração, 4. A importância das reuniões.
chamada, relato sobre as designações 5. Fidelidade e prosperidade.
executadas durante a semana, conside­
ração das maneiras para atrair os m em ­ TERCEIRA SEMANA DE JANEIRO
bros ausentes, designação, dos deveres
para todos os membros, instruções so­ “ A missão maravilhosa dos filhos de
bre os deveres e sobre os cumprimen­ Mosiah àos Lamanitas” — Capítulos 17
to das designações, atividades sociais e e 18 de Alma — O Livro de Mórmon.
fraternais. Pontos para a Discussão:
Período da L ição: Lição Sacerdotal 1. A vida simples e humilde destes
da semana — Instruções por um m em ­ servos de Deus. A fonte de seu poder.
bro da presidência do Ramo sobre há­
2. Como Deus proporcionou um ca­
bitos e virtudes.
minho para que Ammon pudesse mos­
trar o “ Seu” poder nele.
PRIMEIRA SEMANA DE JANEIRO
3. O verdadeiro Deus.
4. Manifestação e força do Espírito.
“ A perseguição dos crentes” — Ca­
pítulo 14 de Alma — O Livro de M ór-
mon. QUARTA SEMANA DE JANEIRO
Pontos para a Discussão:
1. Porque é que geralmente poucos “ Ammon, Instrumento do poder de
aceitam a mensagem dos profetas? Deus” — Capítulo 19 de Alma — O
2. A destinação dos inocentes que Livro de Mórmon.
sofrem injustamente. Pontes para a Discussão:
3- Tentação usada pelas forças do 1. A diferença entre a luz e a es­
mal (Vs. 24). (V eja Mat. Capítulo 4 ). curidão .
4. A libertação milagrosa de Alma 2. Há descrença ainda que tenham
e A m u lek . sinais dos Céus.
3. Não basta o batismo. A missão
SEGUNDA SEMANA DE JANEIRO: da Igreja organizada.

“ Conversão na Igreja Verdadeira” QUINTA SEMANA DE JANEIRO


— Capítulos 15 e 16 de Alma — O L i­
vro de Mórmon. “ Revista e Capítulo 20 de A lm a” —
Pontos para a Discussão: O L ivro de M órmon.
1. Necessidade de remorso e humil­ Pontos para a Discussão:
dade para obter perdão. 1. Porque o pai de Lamoni não
2. Poder da fé para conduzir uma aceitou o seu testemunho da verdade?
pessoa ao arrependimento e ao batis­ 2. As palavras de Ammon sobre
m o. a vingança dos inocentes.
3. Estabelecimento da Igreja com 3. Resumo das experiências de
oficiais. A m m on .

— 279 —
José Smith (Continuação da pág. 268) tando- liderança espiritual, do que foi
zou a Igreja de Jesus Cristo, 6 de Abril feita contra José.
de 1830. Pseudos-amigos haviam condenado-o
Então começou a perambulação do com verdades semi-ditas e louvores irô­
moderno Israel com uma vagarosa nicos.
multiplicação de seus membros o que Cada ato, palavra, e obra dele tem
durou, na éra de José, não por qua­ sido investigado minuciosamente para
renta anos, com o o velho Israel, mas se encontrar um ato equívoco, uma pa­
dezesete anos até que os Santos dos lavra casual, uma obra negligente afim
Últimos Dias achassem refúgio final e de causar suspeitas, zombarias, e tudo
uma paz comparativa nas Montanhas para destruí-lo e o seu trabalho.
Rochosas. Ainda mais — falsidades foram con­
Eles foram de Nova York, a Pennsyl- tadas usando os fatos com a intenção
vania, depois a Ohio, depois a Missou- de falsificar a verdade; situações fal­
ri, depois a Illinois, todos sob a che­ sas foram inventadas, registros dos tri­
fia do profeta, — 14 anos de grandes bunais têm sido inventados e usados
provações, grandes pcbrezas, persegui­ com o as bases de livros inteiros de de­
ções de tôda prova. Os passos de José clarações falsas e vis.
eram seguidos com opressões cruéis, Nascido, e servindo no mundo m o­
perseguições sem fundamento; com derno, com comunicações modernas e
amizades falsas e destruídas dos homens uma imprensa com liberdade completa
com os quais, ele confiava até a própria para imprimir as suas palvaras, tudo
vida; com a apostasia de alguns scbre que ele fez e deixou de fazer, as suas
os quais ele confiou em demasia, — 14 atitudes e pareceres, e expressas e pre­
anos de pilhagens, arruaças, incêndios, sumidas, as suas fraquezas (e era so­
forçados a abandonar, estupros, e vio­ mente hum ano), e com negação de li­
lências às mulheres, para ele e seu berdade das suas virtudes ele supor­
povo, e em tudo aquilo em que ele to­ tou uma publicidade que nenhum ou­
mava completa parte. Finalmente veio tro líder de uma dispensação, nem lí­
o seu martírio, nas mãos de uma mul­ der de uma reform ação precisava su­
tidão, contra quem o Governador de portar .
Illinois havia prometido, protegê-lo de
No inferno não há arma tão vil que
ira e dos seus planos sanguinários. A s­
não tem sido usada, e tornada a ser
sim selou o seu testemunho com o seu
usada contra ele.
sangue aos 38 anos de idade, ainda mais
jovem do que quando cs seus grandes As escrituras que ele nos deu por
predecessôres, os líderes das outras tradução e revelação, têm sido aplica­
dispensações, chegaram ao princípio do das a todos os testes que vil ingenui­
seu trabalho. dade podia inventar. Estas escrituras
Ainda, durante^ todos estes anos, ele têm sido as beneficiárias de ataques
estava perto do Senhor, como Moisés; tão vigorosos com propósitos tão m a­
ele tinha dias após dias de grande jú ­ lignos e intencionalmente destrutivos
bilo e exaltação espiritual, quando o com o qualquer que tem sido dirigido
Senhor falou-lhe como um amigo, contra a própria Biblia. Ambas escri­
quando recebeu, para ele mesmo e o turas têm sido as vítimas das mais in­
seu povüí de acôrdo com as necessida­ tensas guerras manifestadas e cam ou-
des, as revelações do Senhor Deus O fladas por atêios até agora dirigidas
Todo-Poderoso. Ele tinha dias de muita contra qualquer livro na história do
aflição e tribulação, mas nunca um dia mundo; ainda ambas suportaram todos
de dúvida. os testes, ambas repeliram cada ataque.
Nunca foi feita uma guerra de ca­ Que as escrituras de José eram e são
lúnia e abuso mais implacável contra os recipientes dos mesmos assaltos que
qualquer homem afirmando e manifes­ foram dirigidos contra a Biblia é um

— 280 —
testemunho que Santanaz reconhece W oodruff o. lenço, o qual abençoou, e
que as duas escrituras — a Biblia e Irmão W oodruff passando-o nas testas
as traduções e revelações do profeta — febris dos aflitos, curou-os mesmo como
são iguais, contendo os mandamentos nos dias antigos quando os doentes fo ­
do Senhor aos homens. ram curados pelos lenços ê aventais
Pergutamos àqueles que dão pouco trazidos do corpo de Paulo (Atos 19:
valor a José, e que levam a sério ou 11 ).
caçoam o seu trabalho e os seus en­ A sua fé conheceu somente os limi­
sinamentos, darem atenção para estes tes que Deus colocou sobre ela, pois
fatos: Deus não dá a ninguém uma fé que
Tendo um verdadeiro espírito mag­ possa frustrar os seus propósitos, e sa­
nético atraiu para si, ainda enquanto bedoria infinita, ou alterar o curso que
moço, homens adultos de experiência, e Ele delineou.
de instrução muito maior do que ele Pedimos àqueles que caçoam e zom ­
possuia. bam, a considerarem que enquanto or­
A sua própria família cedo acreditou ganizava e fortalecia a Igreja; enquan­
nele, embora que a família seja muitas to conduzia o seu povo, forçados a
vezes a última para reconhecer supe­ abandonarem lugar após lugar por la-
rioridade espiritual num dos seus mem­ mentaveis e algumas vezes sanguiná­
bros. (Parece que os irmãos e irmãs rias perseguições; enquanto- planejava
de Jesus não o aceitaram até depois da e dirigia a construção de cidade após
sua cru fica çã o ). cidade, e o erguimento de grandes edi­
Enquanto o seu trabalho efetivava- fícios públicos, o povo sempre estando
se outros grandes homens deram a José em grande pobreza, e ninguém mais
fidelidade, e respeito completo', obe­ pobre do que ele, produziu uma escri­
diência e honra — Brigham Young, tura (por tradução e revelação) que é
Heber C. Kimball, Willard Richards, quasi três quartos do tamanho do ve­
Daniel H. Wells, Jedediah Grant, W il- lho e novo testamento conjuntos; que
ford W oodruff, John Taylor, Lorenzo o Livro de Mórmon só, contem um vo­
Snow, os Pratts e muitos outros. cabulário de 5.500 palavras diversas
Ele era um homem de qualidades de — (José era um moço de 24 anos, sem
liderança sem rival. Do desastre de instrução form al quando terminou este
Zion’s Camp (Campo de Sião), e do liv r o ); que as suas escrituras contêm
meio daqueles que o seguiram num muitas passagens da mais excelente li­
exército para lutar se precissem pela teratura; que não há uma história exó­
posse das suas terras em Jackson Coun- tica por incidência erótica em todas as
ty, e atacados por praga, voltaram um escrituras que produziu, mais que se
por um, ou em pequenos grupos desor­ pode dizer da Biblia; que o Livro de
ganizados, ele sentiu-se suportado com Mórmon é quasi quatro vezes maior
ainda maior confiança e devoção de seu que os cinco livros de Moisés; que a
povo, pois, enquanto alguns criticavam maior parte do trabalho de José, o Li­
o povo em geral e 05 maiores homens vro de Mórmon, foi feito em talvez nâo
do acampamento ainda estimavam-no mais de 6 ou 8 mêses; que a sua escri­
como o sumo-sacerdote da Igreja, o tura inteira foi produzida durante um
profeta, vidente, e revelador do Senhor período de uns- 17 anos (1827-1844), e
para com o seu povo. Poucos homens a maior parte dentro de 12 anos (1827-
na história sobrevieram tal desastre. 1839); que estas escrituras estão cheias
Grande era a sua fé, como naquele de referências e alusões à Bíblia, que­
dia de milagres nos brejos ao lado do ro dizer, as referências do Livro de
Rio Mississipi, quando exausto, pois “ a Mórmon ao,s livros da Biblia existindo
virtude tinha deixado-o enquanto cura­ antes da catividade de Israel, embora
va os muitos doentes, ele deu ao Irmão o Livro de Éter, escrito por pessoas

— 281 —
sem conhecimento dos livros da Biblia, mia, e da constituição da matéria.
mesmo os Livros de Moisés, não con­ Quero citar-lhes os grandes dramas
têm nenhuma referência à B ib lia . que escreveu, — de Nephi, Alma, He-
Com tôdas as suas caçoadas, risadas, laman, o irmão de Jared, Mórmon, M o­
mofas, defamações, os seus desejos per­ roni, e muitos outros que nos dizem
versos e falsidades, um milhão de pes­ são as resultados de inspiração divina,
soas honram e veneram a José; este e por qual todos os incrédulos hostis
povo tem um conhecimento espiritual que negam-lhe revelação de Deus, pre­
de que ele era um profeta do Deus cisam reconhecer a sua autoria e gê­
vivo; que fundou sob a direção do Se­ nio creativo, assim proclamando a sua
nhor a Igreja de Jesus Cristo dos San­ grandeza, ou precisam produzir outros
tos dos Últimos Dias; que sêres celes­ que são ois autores reais, e não há ou­
tiais mandados pelo Todo Poderoso, tros. O trabalho era seu, feito de bai­
conferiram sobre ele o Santo Sacerdó­ xo da inspiração do Todo P oderoso.
cio de Deus. Os difamadores de José precisam
Embora as dificuldades e tribulações apoiar-se neste ou naquele dilema por­
com as quais ele e seu povo estavam que mais de 100 anos de realização sem
aflitos, dias após dias, sempre esfor­ igual da Igreja que ele organizou e do
çaram -se no trabalho missionário da povo que o venera com o profeta, vi­
Igreja — ele mesmo repetidamente dente, e revelador de Deus, Todo P o­
saindo para o campo, missionário — e deroso, não podem ser dispensados
que mesmo nas horas mais terriveis os com o coisas sem importância.
adeptos multiplicaram-se rapidamente, E agora ao. findar estas palavras, eu
e a lealdade devotada a José foi básica dou em toda a humildade meu próprio
para os Santo,s dos Últimos Dias. testemunho que José Smith foi o ins­
Chamo a atenção deis difamadores de trumento nas mãos de Deus para esta­
José para o fato que mesmo enquanto belecer a Igreja de Jesus Cristo dos
longe do povo, preso sem razão numa Santos dos Últimos Dias nesta dispen-
cadeia vil, era ainda o seu líder, o povo sação. da Plenitude dos Tempos pela
ainda tinha fé e esperança nele, eles última vez nesta terra; que através de
obedeceram os seus ensinamentos, não José o Evangelho de ,/esus Cristo e o
com o gente débil dominada por intri­ Santo Sacerdócio foram restaurados na
gas, mas como homens e mulheres nor­ terra, e ainda estão entre o povo de
mais entre os quais eram tais gigantes Cristo na ,sua Igreja; que José era, e
mentais e espirituais como já m encio­ é um profeta, vidente e revelador do
nei — Brigham Young e uma multidão Mais Sagrado; que o Evangelho Res­
de gente. Peço os inimigos de José a taurado de Cristo salvará e exaltará
voltar a sua atenção para a perfeita todos aqueles que acreditarem e obede­
diretriz e olhar no seu plano para abo­ cerem os seus princípios; e que não há
lir escravidão, as suas visões do No­ outro caminho de baixo dos Céus pelo
roeste dos Estados Unidos, seus concei­ qual o homem possa ser salvo e exal­
tos dos princípios de governar, como tado — somente por seguir os ensina­
ele deixou escrito, e na organização mentos restaurados do Cristo com o re-
maravilhosa da própria Igreja; a sua veladados e restauradados pelo Profeta
avaliação e estimação da Constituição, José Smith.
e a form a de govêrno dos Estados Uni­ Eu dou e apresento este testemunho
dos; as idéias dele de economia básica no nome do Redentor do mundo, Jesus
com o contidas no plano do United Cristo, e chamo a todos que ouvirem-
Order, e o cuidado dos pobres; a sua no ou lerem -no, a escutarem bem a sua
compreensão dos problemas de admi­ significação. Amém.
nistração e os seus princípios básicos;
os seus conceitos científicos da astrono­ Traduzido pelo Elder Harry M axwell

— 282 —
AS D Á D IV A S DAS CRIANÇAS
Personagens:
RUTE e JOÃO, crianças camponesas
D A V f, um pequeno pastor
M ARIA, filha de um pastor
OS TRÊS REIS MAGOS

VESTUÁRIO:
O vestuário de Davi é de tecido
grosso e simples. Um pedaço de fa ­
zenda grande e quadrado, deve ser enro­
lado em sua cabeça, em estilo oriental.
João veste roupa idêntica à de Da­
vi, porem mais pomposa e rica.
Maria e Rute devem usar mantos
longos com bastante fazenda com véus
coloridos aplicados sobre as cabeças e
caindo pelas costas em estilo oriental.
Os três Reis Magos vestem mfintos
orientais e turbantes. Pedem ser uti­
lizados roupões coloridos com faixas PARTICULARIDADES:
tambem coloridas e aplicadas na cin­ Para o I ato pode se fazer um poço
tura. facilmente com caixas vasias forrando-
Todos participantes devem represen­ se as partes exteriores com papel de
tar sua parte fazendo transparecer hu­ embrulho pintado de tal forma que
mildade. Devem usar tambem, sandá­ pareçam pedras. Devem ser- colocados
lias afim de simular os hábitos orien­ no poço um balde com uma corda ata­
tais. da e um cântaro grande. Dentro do
poço devem ser colocados um balde
I ATO
com água e algumas vasilhas para Ma­
Um poço perto de Belem. Rute ar­ ria dar aos Reis Magos.
rumando um bouquet de flores. Maria Para o II ato a mangedoura deve ser
sentada ao lado do poço, Davi em pé, feita de uma caixa vasia de maçãs com
perto dela inclinado, levemente apoia­ duas cruzetas pregadas no fundo, cheia
do' nas mãos. de fe n o .
------ x
M ARIA: Oh, que bonitas flores você zir as ovelhas ao mercado esta manhã.
tem Rute! U ff! Estes dias a cidade tem estado
(João entra com um cesto de uvas tão agitada!
no braço) JOÃO: Porque!
RUTE: Eu tamém as acho bonitas. OS OUTROS: Você não sabe?
A cabo de colhe-las no campo. JOÃO: Não. Não tenho ouvido nada
(Ela olha João.) Que tem você em de anormal.
seu cesta' João? DAVÍ: Meu pai viu um anjo.
JOÃO: (sentando-se sobre a borda M ARIA: E meu pai tambem viu
do p o ç o ): Uvas. Papai as venderá para esse anjo.
mim no mercado de Belem. JOÃO: Conte-me com o foi.
DAVÍ: Eu ajudei Papai a condu- M A RIA : Uma noite nossos pais es-

— 283 —
tavam vigiando as ovelhas. Reinava o RUTE: Como soubestes o caminho?
mais completo silêncio nas pastagens. TERCEIRO REI MAGO: Uma estre­
O céu estava azul e as estrelas nele la brilhante e bela surgiu no céu e vie­
cintilavam com fulgor. Repentinamen­ mos seguindo-a.
te um A njo apareceu. SEGUNDO REI M AGO: Deixamos
JOÃO: Eles não se assustaram? os camelos na encosta da montanha.
M ARIA: Sim, assustaram-se, até Eles podem se extraviar.
que o A njo falou. DAVÍ: Se quizerdes podereis tra­
JOÃO: Que disse o A njo? ze-los aqui. Daremos água a eles tam­
M ARIA: O A njo disse, “ Não temam, bem.
Eu vos trago notícias de grande júbilo. TERCEIRO REI M AGO: Somos gra-
Vosso Rei nasceu hoje na cidade de . tos, meu filho.
Belem.” PRIMERO REI M AGO: Através de
JOÃO: enfàticam ente): Meu avô toda viagem não encontrei crianças
frequentemente tem dito que nosso mais generosas que estas! Por isso hão
povo tem esperado por um Rei duran­ de ver nosso Rei um dia.
te muitos anos. Que mais aconteceu SEGUNDO REI M AGO: Traremos
naquela noite? já nossos camelos.
DAVÍ: Então, muitos anjos apare­ (Os três se vão.)
ceram e cantaram uma canção lindís­ RUTE: Oh, se eu pudesse ir ver o
sima. Papai disse que nunca havia Rei!
ouvido antes música tão suave e bonita. M A RIA : Nós não poderíamos ir?
RUTE: O que eles cantaram, Davi? DAVÍ: Eu estou certo que sim .
DAVÍ: “ Glória a Deus no infinito, Belem não fica muito distante daqui.
paz na terra e boa vontade aos justos” . M ARIA: Mas os Reis Magos têm lin­
JOÃO (anciosam ente): Oh, eu gos­ dos presentes. Nós não temos.
taria tanto de poder ver o nosso recem - RUTE: Eu poderia oferecer-Lhe m i­
nascido Rei! nhas belas flores.
OS OUTROS: Nós tambem. JOÃO: E eu o cesto de frutas.
M ARIA (erguendo-se e apontando RUTE: Você tem algum presente
para fora do p a lco): Olhem quem está Davi?
chegando! DAVÍ (com relutância): Tenho
RUTE (assomando-se fora do p a lco): apenas meu carneirinho. (ardentemen­
Três homens! Parecem cançados. te ): Quero-o tão ternamente, mas eu
(Os três Reis Magos entram.) o darei com toda alegria ao Rei.
D AVÍ: Salve, Peregrinos! M ARIA (soluçando um p o u cc): Eu
REIS MAGOS: Bom dia, crianças! não tenho presente. Não posso ir.
PRIMEIRO REI M AGO: Podemos RUTE e JOÃO (desolados): Não tem
tomar um pouco de água, meus filhos? presente!
M ARIA: Pois não. Eu vos darei M ARIA: Somente uma pequenina
água. moeda. Eu não poderia dar esse insi­
(Ela retira lentamente água do poço gnificante presente ao Rei.
e lhes dá. Todos três bebem e agra­ JOÃO: Pois eu acho que sim, Ma­
decem-lhe.) ria. Ele saberia que é tudo quanto
PRIMEIRO REI MAGO: Digam-me, você tem. Ninguém pode exigir mais.
Belem é longe daqui? M ARIA (enxugando os olh os): Eu
DAVÍ: Não. Vós podereis chegar me sentiria feliz em dar tudo que pos­
alí pelo anoitecer, seguramente. suo ao nosso Rei.
SEGUNDO REI M AGO: Nós estamos RUTE: Nós perguntaremos esta
muito fatigados. Viajamos muitos dias noite se podemos ir.
para trazermos os presentes ao nosso JOÃO e M ARIA: Também pergun­
Rei. taremos h oje.
— 284 —
DAVÍ: Bem, vou puxar água para igrejas que procurava era a verdadei­
os camelos. ra, mas que o Evangelho em sua ple­
M ARIA: Eu ajudarei você. Os ca­ nitude iria ser restaurado., e que ele
melos bebem muita água, você sabe. seria eleito com o um instrumento para
— C O R T I N A — essa restauração e restabelecimento da
II ATO verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Foi
Estábulo em Belem. Tantas crianças então ordenado a se preparar para o
quantas forerr), prechas. trabalho que lhe devia caber, como
Crianças ajoelhadas ao redor de uma tambem lhe foi prometido de que essa
mangedoura. Cada um segura seu pre­ visita se repetiria para novas instru­
sente. Os três Reis Magos de pé, cada ções.
qual segurando seu presente e olhan­ Quasi que completamente vencido
do em direção à mangedoura. Cantam por essa grandiosa experiência, ele vol­
suavemente, “ Noite -Feliz” . tou com grande dificuldade à sua casa,
(Iluminar com luzes azuis para se relatando o acontecimento a seus pais.
obter maior eficiência nesta c e n a ). Nos anos que se seguiram, enquanto
trabalhava como simples ajudante nos
— F IM —
trabalhc-s de uma fazenda, ele teve di­
versas visitas Celestiais e em 1823, foi
O Mormonismo
dirigido por um mensageiro Celestial a
(Continuação da pág. 274) uma colina próxima ao lugar em que
mília era pobre e não podia ministrar- residia, hoje conhecida como Monte
lhe os estudos, mas ele era inteligente Cumorah, onde lhe foi mostrado uma
e tinha algum conhecimento sobre a caixa de pedra escondida, contendo
B íblia. placas de ouro, sobre as quais haviam
Nessa perplexidade, lia ele uma pas­ gravações históricas acompanhadas de
sagem do livro de Tiago: “ Se algum instrumentos para a tradução, todos de
de vós tem falta de sabedoria, peça-a origem da antiguidade. Depois de al­
a Deus, que a todos dá liberalmente, e gum tempo essas placas e os instru­
o não lança em rosto, e ser-lhe-á mentos lhe foram entregues, quando
dada.” Ele acreditou que poderia con­ então ele passou árduos mêses na tra­
fiar nessa promessa, indo a uma flo ­ dução desses símbolos da antiguidade,
resta próxima para orar. Escreveu um gravados nas mencionadas placas. Ele
minucioso relato a respeito do qual so­ testifica ter feito as traduções com a
mente a parte mais substancial pode ajuda dos instrumentos que acompa­
ser dada aqui. nhavam as placas e com certos dotes
Ele disse que quando se ajoelhava espirituais que lhe foram dados. Teve
para orar, foi tomado repentinamente ajuda para escrever as traduções,
de inesperada e terrível força, que o e um número de outras pessoas
prostou violentamente ao solo, pare­ vieram ver essas placas e as manipu­
cendo ameaçar sua vida. Depois de laram. O resultado desses trabalhos
lutar com essa força por um tempo que foi a produção de um livro impresso
lhe pareceu muito longo e quando se e publicado em Palmyra, Nova York,
sentia quase vencido por ela, viu, re­ chamado “ O Livro de M orm on” .
pentinamente, uma visão em sua fren Durante o tempo em ' que ele se
te, de duas gloriosas personagens em ocupou com a tradução das placas a
forma de homens, suspensas no espa­ subsequente publicação do livro, foi
ço. Nesse memento, lhe foi dado. a alvo de grandes perseguições, afrontas
conhecer que uma delas era Deus, o e injúrias públicas, devido às afirma­
Pai, sendo que essa lhe apresentou a ções que fazia de ter tido revelações,
outra como Seu Filho. Essas persona­ divinas e ter recebido encargos de Se­
gens disseram-lhe que nenhuma das res Angélicos.

— 285 —
Logo após a publicação do livro de tória de sua vida se parece com a do
M ormcn e em conseqüência de instru­ Salvador, eujo representante cs seus
ções recebidas de fonte divina, ele e 6 seguidores o consideram .
outros membros, organizaram a Igreja A Igreja estabelecida por José Smith,
de Jesus Cristo dos Sai tos dos Últimos com tão rápido crescimento., não m or­
Dias, a qual a 6 de Abril de 1830, co­ reu com ele, mas a oposição e perse­
meçou a existir scb as leis do Estado guição por ele encontrada, persistiu.
de Nova York. Afirm ou ele que men­ Houve uma grande pressão por parte
sageiros divinos conferiram -lhe e a um da oposição e eles foram obrigados a
associado, a autoridade dó Santo Sa­ se transportar de Nova York a Ohio,
cerdócio, o- qual havia existido na pri­ de Ohio a Missouri e de Missouri a
mitiva Igreja e que sob esse sacerdó­ Illinois. Neste estado foram obrigados
cio e comissionado por Jesus Cristo, a se retirar da bela cidade de Nauvoo,
ele e seus associados foram batisados a maior cidade daquele estado naquela
e confirmados na veredadeira Igreja do época, de onde os seus líderes, sob o
Senhor. Com essa autoridade, outros comando de Brigham Young foram
foram batisados na Igreja e dentro de conduzidos em direção ao oeste para as
um ano aproximadamente, 1.500 mem­ Montanhas Rochosas. José Smith ha­
bros, que deram crédito aos seus rela­ via predito que eles iam se estabelecer
tos, foram trazidos para a Igreja. ali. A sua ocupação do deserto do oes­
Este jovem tinha somente 25 anos te é bem conhecida. De sua adminis­
quando a Igreja foi organizada, tendo tração central no vale da grande Cida­
ele vivido até a idade de 39. Duran­ de do Lago Salgado, mandaram mis­
te seu breve curso de vida, esse homem sionários para quase todos os recantos
fez com que os novos aderentes à Igre­ do mundo civilizado. O seu cresci­
ja fossem em missões para numerosas mento tem sido fabuloso, aumentando
partes do mundo, do- que resultaram de centenas e milhares os seus mem­
novas conversões. Antes de sua m or­ bros, tendo as estatísticas oficiais dos
te a Igreja contava com 20.000 mem­ EE. UU. reportado que essa é a Igre­
bros. Através de revelações, ele aper­ ja de mais rápido crescimento nesse
feiçoou a organização da Igreja, da país, de acordo com sua população.
mesma forma com o no tempo do Em mais de cem anos ela nunca aban­
Salvador. Recebeu as revelações das donou nem se divergiu da organiza­
quais fez novos volumes de escri­ ção e dos princípios que lhe foram da­
turas. (Vejam “ Dadcs Biográficos da dos por José Smith. Todos os seus
Vida de José Smith” ). Predisse que líderes construíram sobre bases estabe­
seu nome iria ser conhecido por bem lecidas por ele. O seu sistema social
ou por mal sobre toda a terra. As suas elaborado, as extensas possessões da
palavras já se tornaram realidade. Igreja e mesmo em propriedades co­
Teve que defender em juizo mais de merciais, a sua importância no desen­
40 acusações infamadas durante a sua volvimento das vidas e comunidades,
existência, tendo sempre sido absolvi­ a sua única e característica doutrina,
do. Uma dessas acusaçõe torhou-se a lealdade e fidelidade de seus m em ­
de considerável hostilidade, tefldo ele bros e sua história de sacríficio e de­
que enfrenta-la sob adequada proteção dicação quasi sem paralelo, são todos
do governador de seu estado. A pro­ atributos originados da inspiração, re­
teção prometida falhou, no eritretantò, velação, devoção e poder espiritual de
tendo sido assassinado friamente por um homem jovem , modesto, fiel e sem
um vagabundo, revoltado, tornando-se’ escola chamado José Smith, o Profeta
mártir da causa que defendeu. Este dos Últimos Dias.
homem foi José Smith, o profeta e fun­ (Traduzido por O. E. Jans com a
dador da Igreja dos Mórmons. A his­ cooperação de B. Nogueira) .
— 286 —
Porto Alegre Haviam deixado uma casa alugada
pouco tempo antes da sua partida. A
“ Das internas montanhas do grande
saida fora feita rapidamente e os pou­
vale do Lago Salgado, a Igreja de Je­
cos haveres que tinham foram deixa­
sus Cristc dos Santos dos Últimos Dias
dos muito em desordem.
apresenta, a seguir, pelas ondas da Esperando essa mesma cena na vol­
PRF-9, Rádio Difusora Porto Alegren- ta, eles entraram em casa e tiveram
se, o grande côro e órgão do Taber- uma grande surpreza. Nas palavras do
náculo Mórmon para inspirar esta san­ Elder John L. Hilton: “ Ao chegarmos
tificada m anhã. . . ” em casa, encontramos a luz acesa e vá­
Assim, aos Domingos, vai pelo ar um rios membros (recentemente converti­
programa radiofônico dirigido ao povo dos) e amigos arrumando a casa. Umas
Gaúcho, apresentado pelos missioná­ moças estavam cozinhando o jantar.
rios que trabalham no distrito de Perto Encontramos na prateleira, em vez do
Alegre. espaço que havia, comida enlatada, pa­
Faz quasi 3 mêses que a mensagem nelas de todos os tamanhos com tam­
do Evangelho restaurado está sendo pas, pratos, tigelas, talhares, chícaras e
transmitida aos riograndenses. Todos quasi todos os utensílios imagináveis
os Domingos às 8:30 horas, um linde para cozinhar.
hino da Igreja anuncia o começo de Os membrois que fizeram tudo por
mais uma meia hora de “ musica e a sua própria iniciativa tambem nos pro­
palavra falada” do grande Tabernáculo porcionaram uma mesa com toalhas e
situado no meio do quarterrãc do tem­ guardanapos bordados. Para estabele­
plo no coração da Cidade de Lago Sal­ cer os Elders em sua casa nova até ca­
gado, Estado de Utah. A música cons­ mas nos foram dadas. Eles hão om i­
ta de gravações enviadas pela comitê tiram nada com o comida, utensílies e
de publicidade e música da Igreja. A provisões. Ficamos tão felizes e agra­
“ palavra falada” consta de comentários decidos que lágrimas quasi nos vie­
sobre a música, a Igreja e de pensa­ ram.”
mentos inspiradores de Richard L. Temos, ouvido muito do progresso, e
Evans do Conselho dos Setenta. bem espirito que existe lá no Rio. Este
Os locutores são Amrni Sherer e João ato de bom Samaritano para com os
Torgan. O “ script” é preparado pelos missionários é sinal de que estamos co­
missionários, membros e amigos do dis­ lhendo os frutos do Evangelho.
trito o qual inclui os ramos de Porto
Alegre e Novo Hamburgo. Joinvile
Dale S. Bailey. Enquanto os Elders do ramo em Join­
ville ficavam avaliando o terreno do
Rio de Janeiro
quintal atrás da Igreja, eles pensavam
“ Pelos seus frutos os ccnhecereis.” em com o poderiam aproveitá-lo.
Os Elders do Rio ao voltarem da con­ Estavam pensando em poder cons­
ferência geral dos missionários apren­ truir alguma coisa que interessasse a
deram o significado destas palavras. juventude de Joinvile. Investigando,
Eles colheram, o que plantaram antes descobriram que os esportes prediletos
de terem ido para São Paulo. eram cestobol e voleibol. Então deci-
— 287
'' diu-se que um campo de cestobol e vo­ Novo Hamburgo
leibol seria ccnstruido.
A pesquisa dos materiais com eçou. Faleceu aos 71 anos, no dia 22 de
Outubro o nosso bom membro e pre­
Primeiro uma base de pedra foi neces­
sária. O dono duma pedreira foi pro­ sidente do ramo de Novo Hamburgo,
Irmão Anton Behrens após uma enfer­
curado e dis e que podiam ter gratui­
tamente as pedras necessárias se pu­ midade de alguns mêses. Além da sua
dessem transportá-las. Aqui apresen­ esposa Eva Schreiner Behrens, ele dei­
tou-se uma dificuldade, pois o orçamen­ xou três filhos e uma filha. Sua fi­
to requereria 25 carregamentos de ca­ lha Maria Magdalena Behrens mora
minhão para terminar a base do cam­ com a família em Novo Hamburgo.
po. Enquanto estavam refletindo sobre Irmão Behrens nasceu em Apatim,
a maneira pela qual poderiam arran­ Iuguslavia, no dia 7 de Dezembro de
jar caminhões, foi sugerido pedir o au­ 1876. Ele se casou com Eva Schreiner
xilio do exércitc. Em troca para o uso em 1899. Há 16 anos atrás eles vieram
dos caminhões, os Elders mostrariam juntos para o Brasil, e estabeceram-se
filmes apropriados a 0,3 soldados. na comunidade de Novo Hamburgo.
O comandante do exército deu plena Trabalhando com vim e ele ganhava a
cooperação e as pedras foram transpor­ vida para sua família. Ele encontrou
tadas. os missionários em 1938 e ao ouvirem
a mensagem por eles trazida, ele, sua
Os missionários com o auxílio do pes­
soal da Igreja, espalharam as pedras esposa e sua filha entraram na Igreja
e a terra e aprontaram o campo para de Jesus Cristo. Elders Louis E. Buhr-
ser aplanado com rôlo. Esta tarefa ley e Harold M. Rex cs batisaram no
necessitou um rôlo. Pediram ao Pre- dia 16 de Junho de 1938 .
feto de Joinvile que lhes emprestasse Quando a guerra começou e os mis­
um rôlo usado pela Prefeitura da c i­ sionários foram obrigados a voltar para
dade. O Prefeito cooperou fornecendo servirem nas forças armadas, o presi­
um rôlo que lhes foi entregue na por­ dente da missão William W. Seegmiller
ta de casa. Os membros, as crianças em 1943 ordenou-o ao Sacerdócio Mel-
de primária, e todos mais tomaram quizedec e encarregou-o do ramo em
parte ativa para completar esta fase Novo Hamburgo como presidente. Du­
da construção. rante a época da guerra os membros
deste ramo reuniram-se em sua casa
A areia necessária para cobrir a área
para realizar reuniões. Devido à sua
tambem apresentou um problema até
grande obra em encorajar cs membros
que surgisse a idéia para que fossem
à ficarem fiéis, a sobrevivência do ramo
buscá-la no rio. Os missionários foram
foi assegurada.
com pás, baldes e carrinhos de mão ao
Os membros da Igreja, os missioná­
rio e logo se resolveu esta dificuldade.
rios e os amigos lamentam muito a par­
Outro exemplo de engenho foi a bus­
tida deste homem de Deus.
ca de trilhos da companhia ferroviária
para fortalecerem as tábuas. A final o
Santos
campo completou-se sem haver muitas
despesas. No Domingo, dia 17 de Outubro, rea-
Agora torneios estão se organizando lizou-se a segunda conferência trimes­
com times que contam com jogadores tral do progressivo ramo de Santos.
de todas as idades. Enquanto o sol brilhante da prim ave­
A realização deste campo de cesto­ ra aquecia a sala, as palavras do Pre­
bol e voleibol trazendo boa recreação sidente Harcld M. Rex, o solo voèal
à juventude de Joinvile demonstra os pelo Elder Lynn Pinegar e o solo de
resultados obtidos pelo trabalho árduo, órgão pelo Elder Warren J. W ilson co­
cooperação e fé no auxílio dos Céus. moveram os corações dos presentes.
— Boyd H. Lee. ' Uma numerosa assistência com pare-
— 288 —
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E ld ers G rant C. T u c k e r , D onald F. G o ld , W arren J. W ilson, C e c il J. Baron e B y non
S D. T hom as, em en trev ista co m am igos do jo rn a l " A G a ze ta ” . (E ld er J essie, L .
M c C u lley a u sen te)

Terminaram as suas missões de dois Io, Ribeirão Preto e Ipomeia. Ele vai
anos e meio seis dos primeiros missio­ recomeçar as atividades n a . sua paró­
nários que voltaram após a guerra. quia em Rigby, Idaho.
Durante esse período realizou-se gran­ Entre os primeiros três que chega­
de prcgreeso na Missão Brasileira. Eles ram depois da guerra, estava Elder
foram responsáveis pelas aberturas de Tucker que durante dois anos e meio
muitos distritos e ramos novos. Parti­ trabalhou em Campinas, Piracicaba,
ram do Brasil no primeiro dia de No­ Curitiba, Ribeirão Preto, Ipomeia e
vembro pelo vapor S. S. Brazil do per­ Rio de Janeiro. Ele volta a sua resi­
to de Santos . dência em Cedar City, Utah.
Elder Wilson que finalizou a sua Elder McCulley terminou o seu
missão publicando “ A Gaivota” ocupou tempo no Brasil trabalhando em San­
a posição de secretário da missão e tra­ tos, e ante,} disso nos ramos em Cam­
balhou nos distritos de São Paulo e pinas, Piracicaba, Porto Alegre e São
Porto Alegre. Agora ele está voltando Paulo. Ele reside na comunidade de
ao seu lar em San Diego, Califórnis . M ilford, Utah.
Elder Baron começou a sua missão Elder •Thomas trabalhou em cinco
em Campinas e trabalhou nos ramos dos ramos no Brasil, — em Campinas,
seguintes: Joinvile, Curitiba, São Pau- Joinvile, Santos, Sorocaba e Ribeirão
Preto. Depois de uma missão de su­
ceu à reunião: o maior grupo jamais cesso ele vclta ao seu lar em Santa-
reunido no novo ramo de Santos. quin, Utah.
Nctou-se muito progresso neste ramo Elder Gold volta a Salt Lake City,
desde a inauguração em Maio deste Utah depois de cumprir a sua missão
an o. durante a qual trabalhou como secre­
O presidente do ramo Elder Jack tário da missão, e nos ramos de Porto,
Bowen relatou que os missionários en­ Alegre e Rio de Janeiro.
contraram uma sala maior e estão pla­ Queremos aproveitar esta oportuni­
nejando a abertura dá Associação de dade para lhes dar o,s nossos agrade­
Melhoramento Mútuo. cimentos por sua boa obra realizada
Os nossos parabéns e bons desejos, no Brasil, e desejar que as bênçãos do
Santos! Senhcr os acompanhem.
ONDE COMEÇA A PAZ
Por Vesta P. Crawford

“ D eixo-vos a paz, a minha paz vos nessas vidas têm que eitar em ordem
dou: não vo-la dou com o o mundo a antes que possamos ser exemplos que
dá. Não se turbe o vosso coração, merecerão a estima dos demais e terão
nem se atem orize” (João 14:27). influência para criar a harmonia no
mundo.
A aspiração- pela paz está sempre A paz, contudo, compreende o velho
conosco, um desejo urgente daqueles ensinamento: eu seu o protetor do meu
que procuram o verdadeiro siginifcado irmão. Nenhum grupo pode gozar da
da vida. Especialmente no tempo de paz ideal quando existem deficiência e
Natal nossos corações se enchem com falta de segurança entre os seus mem­
a vontade forte de ver o estabelecimen­ bros. Este princípio foi claramente
to da paz sobre a terra, para que ou­ entendido por nossos primeiros líderes
tros dons possam ser acrescentados. da Igreja e é reconhecido hoje em dia
O caminho à paz, entretanto, não é em vista do programa extensivo e efec 7
facilmente percorrido; o caminho à paz tivo do “ Bem Estar,” e da unidade que
é pouco conhecido. E’ o meie que pou­ liga os membros da Igreja em propó­
cos indivíduo', a minoria das nações sito comum.
têm encontrado. O mundo, em todo, Uma nação que não estabelece paz
nunca o conseguiu. no seu próprio país é fundamentalmen­
Há muito tempo, na região monta­ te fraca seja o que fôr c poder na su­
nhosa da Judéia, o Salvador ensinou perfície. Quando sacrificarem a força,
que a paz devia começar com o indi­ o bem estar e a oportunidade pela dis­
víduo. Devia ser primeiramente uma córdia, começí rão a desmoronar os al­
realização espiritual. Quando todos os tos e fortes muros duma nação.
valores intrincados sãc ponderados e Neste tempo de Natal vamos nos
dados a sua proporção própris, então lembrar do significado da mensagem
a paz pessoal se estabslece.
dos anjos que foi dirigida a todos os
Não depende completamente da hora, homsns em todos os lugares. Temos
do lugar ou da época, nem das condi­ que orar pela p l z mundial. Nenhum
ções pelas quais a pessia sabe que pode outro objetivo menor satisfará as nos­
controlar o seu des.ino espiritual. Como sas mais altas esperanças. É para a
Paulo, o apóstolo explicau, “ a inclina­ paz mundial que se animam os cânti­
ção e piritual é vida e paz” (Romanos cos de alegria. Os cantores da noite
3:6) . de Natal pensam na paz mundial en
Todavi", o indivíduo não anda só. As quanto cantam cs hinoj favoritos de
fase; da vida parecem-se às ondulações m uit.s nações.
feitas por uma pedrinha atirada no Por que um menino nos nasceu, um
lago plácido. Cada ondulação cresce e filhe se nos deu; e o principado está
torna-se parte do círculo maior. Cada sobre os seus ombros: e o £eu nome
família bem ajustada e harmoniosa traz será: Maravilhoso, Conselheiro. Deut
parentss, emigos e grupes ;ocisis num forte. Pai da eternidade, Príncipe da
círculo sempre crescente em acôrdo. paz. (I aías 9 : 6 ) .
Porem, nós que esperamo- a paz no
mundo devemos nos lembrar que as T r a d . por Joreph M. Hc~th

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BO AS FESTA S E FELIZ ANO NOVO

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